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MANUAL DE APOIO
Índice 2
Prefácio ................................................................................................................... 3
Introdução ............................................................................................................. 4
Objectivos do Curso ................................................................................................ 6
Módulo II – O Formador e o Contexto em que se Desenvolve a Formação ........... 7
Perfil e Funções do Formador ........................................................... 24
Módulo III – Processos Facilitadores de Aquisição de Conhecimentos................... 29
Módulo IV – Gestão de Percursos Diferenciados de Aprendizagem e Animação
de Grupos de Formação…………………………………………………………………………………….. 41
Módulo V – Módulos Transversais .......................................................................... 64
Módulo VI – Definição e Estruturação dos Objectivos da Formação ..................... 103
Módulo VII – Metodologias e Estratégias Pedagógicas .......................................... 113
Módulo VIII – Recursos Didácticos na Formação .................................................... 126
Módulo IX – Avaliação da Formação e da Aprendizagem ....................................... 135
Módulo X – Planificação da Formação .................................................................... 148
Módulo XI – Estatística ........................................................................................... 153
Módulo XII – Simulação Pedagógica Final .............................................................. 164
Bibliografia .............................................................................................................. 168
Prefácio
O Centro Nacional de Formação de Formadores - CENFFOR - é uma instituição pública, 3
Nos últimos anos CENFFOR tem vindo a desenvolver um trabalho árduo e credivél no
âmbito da Formação Pedagógica de Formadores, bem como da certificação de
formadores, de todos os que pretendam iniciar a carreira de formadores quer sejam dos
Centros de Formação Profissional do MAPTSS, ou dos centros privados e que têm
contactado o CENFFOR nesse sentido.
Este manual também tem como público-alvo todos aqueles profissionais que, apesar de
não exercerem a actividade de formador, têm responsabilidades perante a sua empresa,
ou os colegas, de transmitirem conhecimentos quer seja em conferências, reuniões, ou
simplesmente na apresentação de um produto ou serviço.
Na realidade a formação está sempre presente no dia – a - dia. Todos nós estamos
permanentemente a “formar” e/ou a ser “formados”. O mundo em permanente evolução
exige que o acompanhemos.
Introdução
4
Cada grupo é único e, por isso, cada um terá o seu modo particular de expressão.
Para conseguir realizar este desafio, apresentamos de seguida o Manual que servirá de
apoio ao Curso de Formação Pedagógica Inicial de Formadores e que constituie um
5
elemento válido de preparação, reflexão e crítica das experiências formativas.
BOA SORTE!
Objectivos do Curso
MÓDULO II
Objectivos
Ela abrange:
A disposição das salas em U (torna-se mais acolhedora, menos ameaçadora e mais propícia à
participação e aprendizagem), sendo a formação “transportada” para os locais de trabalho, o
posto de trabalho ou empresas especializadas em formação.
2 Realidades = 2 Terminologias
11
Empresa
Escola
Local (ou posto) de Trabalho
Universidade
Centro de Formação
Preparar para...
Ensinar Integrar para...
Socializar Aperfeiçoar o desempenho para...
Reconverter/reciclar para...
Visa:
Visa: - O “saber – saber”, para aplicar.
- O “saber – saber”, para saber... - O “saber – fazer”, para produzir.
- O “saber – ser – estar”, na vida... - O “saber – agir”, no trabalho e na
vida.
Sala de Formação
Sala de Aula
Local (ou posto) de trabalho
Formador
Professor
Monitor
Docente
Animador
Formando
Aluno
Participante
Turma Grupo
Trabalho Individual
Exercício Trabalho de grupo
Trabalho prático
Teste
Trabalho
Prova
Trabalho de Aferição
Exame
Aferição do Sistema de Formação
Avaliação do Aluno
Aferição dos Resultados
12
O processo de formação pode ser considerado Inicial ou Contínuo, sendo que cada uma das
modalidades reveste - se de formas diferentes e é representada por diferentes cursos de
formação.
Formação Inicial
13
MODALIDADES TIPOS DE FORMAÇÃO
INICIAL Formação inicial para
adultos;
Artigo 9º nº2, alíneas a e b
Formação inicial para
jovens
CONTÍNUA Aperfeiçoamento
Artigo 12º, nrº2, alíneas a, profissional;
bec Reconversão profissional;
Reciclagem profissional
Qual é então, o papel que o formador deve desempenhar? Existem competências específicas
que deve possuir para desenvolver um bom trabalho como formador?
Consultar - Lei n.º 21-A/92, de 28 de Agosto, artigos 9º, 10º 11º e 12º.
Contudo, o papel de facilitador só poderá ter lugar com o estabelecimento de uma relação
pedagógica, na qual irá assentar todo o processo de formação, mediante a criação de
estreitos laços com os formandos. É esta relação que sustenta o processo e que permite a
prossecução da formação.
No entanto, para que o Formador desempenhe a sua actividade com sucesso deve
desenvolver uma série de competências que lhe permitam cumprir com os objectivos da
formação e proporcionar aos seus formandos as perspectivas necessárias ao seu próprio
Competências PROFISSIONAIS/TÉCNICAS.
COMPETÊNCIAS DO FORMADOR
Competências Pedagógicas
Estas competências dizem respeito às capacidades de planeamento, preparação, animação
e avaliação de uma acção de formação e que envolvem uma série de parâmetros, essenciais
ao desenvolvimento da formação e à intervenção no sistema de formação:
1. Planeamento / Preparação da formação
3. Avaliação da formação
A avaliação final da aprendizagem realizada pelos formandos;
Avaliação do processo formativo;
Reestruturação do plano de desenvolvimento da formação.
Competências Técnicas 17
A preparação como formador implica, para além das características referidas, também a
obtenção de uma qualificação (formação científica, técnica ou prática) de nível igual ou
superior ao nível de saída dos formandos no domínio em que se desenvolve a formação.
A Bolsa Nacional de Formadores potencia uma consulta interna e externa fácil, célere e fiel
aos dados que a integram, assenta num sistema informatizado, e simultaneamente reforça a
visibilidade do CENFFOR enquanto organismo de referência no país para a Formação de
Formadores.
LEIS E DECRETOS
A Aprendizagem/Motivação
Aprendizagem pode definir-se como uma mudança mais ou menos permanente que se
produz como resultado da prática.
24
Objectivos
Perfil do Formador
25
Ao mesmo tempo, é importante que crie laços estreitos de cooperação e de apoio com os
elementos do grupo e, para isso, ele terá que ser um Comunicador.
Funções do Formador
Coordenar e estruturar o conjunto de procedimentos do grupo, conduzindo-o aos
Objectivos Pedagógicos previamente definidos.
Diversificar os métodos e
Prever recursos
actividades do grupo
Gerir e aproveitar o tempo Dar ênfase ao Grupo e à instituição a que as pessoas pertencem
Aptidões do Formador
Talentos e disposições pessoais que cada um possui...
27
Saber escutar
Humildade
Disponibilidade
Tolerância
Entusiasmo
Responsabilidade
Humor
Qualidades do Formador
Competência e...
Conhecimento do papel do Formador;
Experiência em Formação...
Assim, aos formadores é exigido que mobilizem competências fortemente orientadas, não
só para o âmbito pedagógico, mas para atitudes e comportamentos que consigam
destacar, de um modo singular, no seio da elevada oferta que existe de formadores
no mercado. A diferenciação comporta a necessidade de ser empreendedor, ter
autonomia e espírito de iniciativa, capacidade de adaptação a qualquer público, ser
capaz de sair “do âmbito da sala” e ir para além do que é tradicional e convencional.
Em suma, exige-se inovação, criatividade, diversidade e mediação.
* Fonte: Adaptado de Quaternaire Portugal (2010), “Estudo Formador - Como e porquê muda uma profissão”, IEFP.
29
MÓDULO III
Objectivos
"Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina ."
30
(Cora Coralina)
Hilgard Bower
Para haver Aprendizagem tem que haver mudança (de conhecimentos, comportamentos,
atitudes...)
É baseado nas informações provenientes do meio, que o indivíduo cria o seu processo de
resposta.
31
Modelo de Ausubel
Para Ausubel, a aprendizagem pode ser significativa, ou seja, o sujeito aprende melhor
quando associa a nova informação à informação que já possui. Deve-se começar do geral
Teorias da Aprendizagem
No processo de aprendizagem as vias pelas quais a modificação de um comportamento ou
atitude se manifesta são múltiplas. Logo, existem diversas teorias que procuram explicar
as diferentes formas que este processo pode assumir. Essas teorias são:
Teoria Comportamentalista
Teoria Cognitivista
Teoria Construtivista
Teoria Humanista
Estas teorias centram-se na forma muito própria com que cada ser humano se comporta
perante uma determinada tarefa (cada indivíduo reage de forma diferente perante uma
determinada situação). A Aprendizagem é um processo cognitivo, mas o formando cresce
e adquire experiência com uma atitude livre, num processo de auto-realização activo e
pessoal. Para que a aprendizagem se dê, é necessária a implementação de um clima social
próprio ao desenvolvimento do trabalho. É necessário estimular o trabalho em conjunto e
Capacidade de interpretar;
Resistências sociais;
Vontade de mudar;
As crenças...
Actividades
Reforço
Redundância e exercícios
Ensinar a aprender.
Aprendizagem e Motivação
Prestígio social — O prestígio social é, para muitas pessoas, um valor e, como tal,
motiva. De facto, a procura de status social, de promoção, de consideração,
estimula os esforços pessoais.
A Aprendizagem não se vê em si mesma, mas apenas nos seus efeitos, ou seja, nas
modificações que opera no comportamento exterior, observável do sujeito;
Domínios da Aprendizagem 39
Apresentam-se de seguida alguns conselhos práticos que podem ajudar o Formador numa
situação pedagógica:
ALBERT EINSTEIN
MÓDULO IV
41
Gestão de Percursos Diferenciados de
Aprendizagem e Animação de Grupos em
Formação
Objectivos
O início do estabelecimento de uma Relação Pedagógica pressupõe que exista uma percepção
do outro, ou seja, daquele com quem se pretende relacionar.
Quando o Formador se insere num contexto relacional com um grupo, deverá atender às suas
características individuais, às de cada um dos formandos e, também, às características e
dinâmica do próprio grupo.
Todos os factores atrás referidos são mais evidenciados nos primeiros momentos de contacto,
na medida em que existe sempre o efeito das primeiras impressões. Deste modo, as relações
vão estar condicionadas se as primeiras impressões foram positivas ou negativas.
A Apresentação Formador/Formandos
Qualquer dinâmica de Formação sugere uma partilha de necessidades entre ambas as partes
envolvidas.
A relação com os Formandos deverá ser essencialmente positiva. As pessoas deverão ficar mais
conscientes das suas forças e de como ultrapassar as suas fragilidades.
PREPARADOS.
NÃO SABEMOS NADA DO OUTRO.
PROCURAMOS AGRADAR-LHE.
MAS COMO FAZER?
F.Alberoni
A melhor forma de um Formador entrar numa relação pedagógica com o Grupo de formandos é
através da humildade, demonstrando interesse e preocupação com todos eles, isto é, nivelando
o grupo.
O Contrato Pedagógico
Esta postura permite simultaneamente que as pessoas se mantenham envolvidas e que exista 45
Neste contexto, o formador poderá começar por estabelecer um contacto personalizado com o
olhar, dirigido a cada formando que vai chegando.
O Vestuário
O Poder
Não existem pessoas sem poder ou com poder, mas sim pessoas que conhecem as suas
potencialidades e as sabem desenvolver e utilizar. Contudo a legitimidade do poder assenta
exclusivamente nas qualidades do indivíduo e na sua personalidade.
O poder formal no contexto formativo decorre das competências técnicas e know-how (saber-
saber) que o formador possui.
Contudo, cabe ao Formador o papel de saber equilibrar o domínio dos conteúdos com a
capacidade de transmitir esses conhecimentos (saber-fazer).
Assim sendo, o Formador tem que transmitir uma imagem de credibilidade associada a uma
boa relação com o grupo de formandos (saber-ser).
Comunicação
46
A Comunicação pode ser definida como um processo de transmissão de informação entre dois
ou mais indivíduos ou organizações.
É um fenómeno dinâmico e evolutivo, cujo principal objectivo é permitir a interacção entre
indivíduos e grupos.
Estilos de Comunicação
1) Estilo Agressivo
2) Estilo Passivo
3) Estilo Manipulador
4) Estilo Assertivo ou Auto-Afirmativo
Comportamento:
a) Domina os outros;
b) Valorizar-se a custa dos outros;
c) Ignora e desvaloriza sistematicamente o que os outros fazem e dizem;
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2) Estilo Passivo – identifica-se como a atitude que evita a interacção com as pessoas e os
acontecimentos. O indivíduo afasta-se, não age, tem receio em decepcionar, tem muita
dificuldade em dizer não e em afirmar as suas necessidades, pois é muito sensível às
opiniões dos outros. É tímido ao mesmo tempo silencioso.
Comportamentos:
Comportamento:
Comportamento:
a) Mostra-se verdadeiro consigo e com os outros, não
dissimulando seus sentimentos;
b) Negoceia na base de interesses mútuos e não mediante
ameaças;
c) Estabelece com os outros uma relação de confiança e não de
dominação ou calculismo;
d) Comunica de forma assertiva usando um tom de voz
moderado.
Auto - Estima 49
Atitude Empática
Atitude Assertiva
Motivar o grupo
Gerir a comunicação
Diminuir o ruído
Usar a redundância
Objectivos pedagógicos;
Factores ambientais;
Grau de maturidade do grupo de formação.
No sentido de que a interacção serve para avaliar a participação dos formandos, para o
formador aumentar a dinâmica, deverá provocar interacções, intensificando as trocas de
informações entre os formandos, proporcionando um aumento qualitativo no grau de
maturidade do grupo em formação.
Condições Materiais
A disposição das mesas e cadeiras numa sala de formação depende dos seguintes factores:
Número de formandos;
CENFFOR - Garante a qualidade dos seus Formandos
Ru a Ferreir a do Amar al Nº77 R/ C ( por detr ás do Hotel Alame d a) tel m: 926 152 936
E- mail : ce nffor@ hot mai l.co m
CENTRO N AC ION AL DE FORMAÇ ÃO DE FORMADORES
Salão de chá: É adequado para grupos maiores do que 20 pessoas, também pode ser utilizado
para conferências. Tem vantagem de facilitar a comunicação, o agrupamento das mesas pode
servir para sessões de trabalho em grupo sem que seja necessário reorganizar as mesas e
cadeiras.
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Dinâmica do Grupo
O GRUPO representa uma entidade social dinâmica, composta por dois ou mais indivíduos,
interagindo interdependentemente em relação a um ou mais objectivos em comum, que são
CENFFOR - Garante a qualidade dos seus Formandos
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CENTRO N AC ION AL DE FORMAÇ ÃO DE FORMADORES
valorizados pelos seus membros. O grupo em Formação é um grupo de trabalho que procura
atingir determinados objectivos, apesar de no início não passar de um aglomerado de pessoas
53
que muitas vezes apenas conhecem os nomes ou as funções umas das outras.
Assim, o Formador quando se insere num contexto relacional com um grupo deverá atender às
suas características individuais, às de cada um dos formandos do grupo e, também, às
características e dinâmica do próprio grupo.
Por exemplo:
Um grupo reage mais vivamente do que cada um dos formandos que o compõem.
O Trabalho em Grupo
Apesar das vantagens que os grupos apresentam, existem sempre alguns problemas que
decorrem do facto de existirem elementos no grupo que colocam em causa a dinâmica do
mesmo. Estes elementos podem assumir os seguintes
comportamentos:
- São inflexíveis;
- Tomam atitudes defensivas;
- Não aceitam bem as críticas que lhe fazem;
- Desprezam as opiniões dos outros;
- Gostam de manipular;
- São agressivos;
- Interrompem;
- Gostam de se colocar à parte.
- Estimular a colaboração
- Apoiar em situações de desânimo
- Aceitar as ideias dos elementos
- Moderar as relações entre os membros
É positivo que ao apresentar uma dinâmica o formador passe pelos seguintes passos:
1) As atividades seguidamente apresentadas podem ser usadas no ínicio do dia ou entre outras
atividades para dar mais energia ao grupo.
1.1) CONTAGEM
Objetivo: A actividade ajuda a reflectir sobre o impacto de regras simples.
uma pessoa para escolher uma fruta e depois o seu vizinho para escolher outra, até se chegar
ao número desejado. Uma pessoa fica com o nome da primeira fruta, a seguinte com a segunda
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fruta e assim sucessivamente, até todas as pessoas incluindo o formador, terem o nome de
uma fruta (como maçã, laranja, banana, ananás, pêssego, goiaba, etc.).
Se for necessário, pode escrever os nomes das frutas no quadro, especialmente quando se joga
com mais de cinco tipos de fruta.
Antes de começar, peça às laranjas para levantarem a mão, depois às bananas, etc. Isto ajuda
as pessoas a lembrarem-se das suas frutas.
A pessoa que está no meio (que no início é o formador) chama o nome de uma fruta.
Imediatamente, todos os participantes que têm o nome daquela fruta têm que mudar de
cadeira! Quem está no meio também tentará apanhar um lugar e, em princípio, irá conseguir,
já que só tem metade da distância a percorrer.
Assim, quem não conseguiu apanhar uma cadeira fica no meio e repete o procedimento,
chamando o nome de outra fruta. Quando alguém chama “salada de fruta”, todas as pessoas
têm que mudar de lugar.
Continue o mesmo processo num ritmo rápido, para manter as pessoas em movimento.
59
2) As atividades seguintes servem para rever os conteúdos das sessões e para consolidar a
aprendizagem.
2.1) PALAVRAS- CHAVE
Divida os formandos em grupos. Cada grupo designará um líder e um secretário e recebe
papelinhos que o formador irá recolher depois de um minuto.
Escolha temas que tenham a ver com os conteúdos de aprendizagem das últimas sessões.
Cada grupo tem um minuto para escrever o maior número possível de palavras relacionadas
com o tema abordado.
Recolha os papelinhos, compare os resultados e dê um ponto por cada palavra certa e sem
erros ortográficos. Outra opção é cada grupo fazer a avaliação de outro grupo.
Continue com os outros temas. Ganha o grupo que tiver maior número de pontos.
Gestão de Conflitos
Apesar de as pessoas num grupo aparentemente concordarem com os objectivos a atingir, de
60
facto existem sempre alguns conflitos que precisam ser geridos. Estes decorrem das diferenças
que existem entre as pessoas, devido aos padrões diferenciados de comportamentos, de
valores, de educação, de prioridades, de personalidade e de sentido de humor.
Um conflito representa no fundo as divergências que existem entre duas ou mais pessoas; ou
de uma pessoa e um grupo; ou entre grupos.
No contexto formativo, deve-se criar um ambiente que propicie a partilha de ideias diversas
que advêm das vivências diferentes de cada um dos intervenientes. Cabe então ao Formador o
papel de moderar e gerir os debates de ideias e de valores.
O Formador deverá ter a capacidade de ajudar cada elemento a lidar com as diferenças dos
outros, e não diminui-las ou negá-las.
Através dos grupos podem-se obter resultados muito produtivos e altamente gratificantes para
os seus membros. Um grupo que consegue alinhar energia, esforço, inspiração e eficácia, será
com certeza maior do que a soma das suas partes. A partir das ideias dos seus elementos, bem
como das suas competências e experiências.
Este conjunto de características aliadas a um bom senso poderá permitir ao Formador gerir de
forma mais adequada possível situações de conflitos na formação.
“O divagador”
Questionar qual o assunto a que se refere.
Retomar uma afirmação dele. 62
“O teimoso”
Dizer, por exemplo, “Temos que avançar, fixemos a sua opinião e continuaremos”.
“O obstinado”
Não se lhe dirigir muito pessoalmente, mas apelar para o sentido didáctico do grupo.
Se for preciso, conversar com ele fora da formação.
“O contestatário”
Dizer “Estamos aqui para melhorar o nosso desempenho e não para continuar a criticar”
O Formador não poderá partir do pressuposto que existem “Formandos problemas”, existem
sim pessoas cujo comportamento pode oferecer resistência à própria dinâmica formativa no
grupo.
Um grupo onde os seus membros se sintam integrados e realizados, porque são devidamente
coordenados por um Formador, tem em si um potencial de trabalho rico em conteúdo e em
forma. Com toda a certeza constituirá um "terreno propício" ao desenvolvimento de
concretizações gratificantes e de sucesso.
MÓDULO V 64
Módulos Transversais
Objectivos
Definir cidadania
65
CIDADANIA
Cidadania é o direito que cada cidadão tem de exigir que os outros respeitem os seus direitos,
que compreendam que o respeito pela vida em grupo é mais importante que os interesses
pessoais e que cumpram todas as regras consagradas na lei.
A história da cidadania confunde-se em muito com a história das lutas pelos direitos humanos.
Ser cidadão é ter consciência de que é sujeito de direitos. Direito à vida, à liberdade, à
propriedade, à igualdade, à justiça, enfim, direitos civis, políticos e sociais. Mas este é um dos
lados da moeda. Cidadania pressupõe também deveres. O cidadão tem de ter consciência das
suas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é a
coletividade, a Nação, o Estado, para cujo bom funcionamento todos teêm de dar a sua
contribuição.
Por exemplo:
Nós temos o direito de não ser incomodados pelo ruído que os vizinhos
possam fazer nas suas casas, mas também temos o dever de não fazer
barulho, para além das horas que a lei permite, pois só deste modo
67
Vantagens
Se conhecermos bem os nossos direitos e os nossos deveres seremos melhores cidadãos e não
teremos medo da autoridade sempre que esta não tiver razão.
Com a Cidadania vamos perceber que a nossa liberdade termina onde começa a dos outros e
que o conjunto dessas liberdades individuais é o pilar da vida democrática.
Nunca se esqueça “Acredite em si e utilize a sua força interior para realizar as mudanças
necessárias que TODOS desejamos para uma ANGOLA cada vez melhor”!
68
Art.º 108º, 141º, 142º, 171º, 175 da Constituição da República de Angola - “São órgãos de
soberania da república de Angola, o Presidente da República, a Assembleia Nacional, o Governo
e os Tribunais.”.
Bandeira Nacional
A cor vermelha representa o sangue derramado pelos angolanos durante a luta de libertação
nacional e defesa da pátria;
A Insígnia
69
Composta por:
* Na parte inferior do emblema está colocada uma faixa dourada com a inscrição República de
Angola.
O Hino Nacional
70
Conhecer o Hino Nacional é conhecer a Nação e com ela identificar – se.
Autoria: Manuel Rui Monteiro
Música: Rui Mingas
Angola avante!
Revolução, pelo Poder Popular
Pátria Unida, Liberdade
Um só Povo, uma só Nação!
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CENTRO N AC ION AL DE FORMAÇ ÃO DE FORMADORES
Para uma sociedade que é hoje diferente da que era no início do século XX, é necessário
reinventar o conceito de cidadania, considerando-a como global. O conceito de Cidadania
Global não é significativamente diferente do conceito de Cidadania, continua a representar um
vínculo entre o indivíduo e a sociedade, mas vivido numa multiplicidade de escalas de relação.
Exercer o seu dever de cidadania também é contribuir para uma sociedade livre de álcool e de
drogas.
ALCOOLISMO
O que é?
72
Alcoolismo é a dependência do álcool, tanto do ponto de vista físico como psíquico.
O indivíduo não consegue controlar o controlar o consumo de bebidas alcoólicas. A necessidade
de beber condiciona os seus pensamentos e modifica o seu comportamento.
A falta de álcool no organismo leva a uma necessidade constante de beber criando no indivíduo
uma dependência do álcool.
Uma doença que afecta toda a família.
O alcoolismo divide a família, separa-a, logo todos os membros são afectados por esta
dependência.
A moderação
A ingestão de bebidas alcoólicas provoca momentaneamente sensações agradáveis tais como:
* Prazer
* Desinibição
* Auto-confiança …
Poder-se-á dizer que para se chegar à dependência, o indivíduo passa por algumas etapas:
Consumo moderado – consumo de bebidas alcoólicas sem exagero (socialmente, à
refeição);
Consumo de risco – perda de controlo ao consumir álcool. Estes indivíduos pensam que
encontram efeitos e vantagens tão grandes, quer psíquica quer socialmente, que não
73
conseguem prescindir dele. Por vezes, arranjam desculpas para beber;
Consumo problemático – consumo diário, por vezes às escondidas.
Nesta fase, o consumo começa a influenciar negativamente a vida do indivíduo, as suas
responsabilidades e o seu ambiente familiar e profissional.
Embora ainda não se esteja numa fase de alcoolismo, o risco já é muito grande.
Dependência (alcoolismo) – o álcool domina por completo a vida do indivíduo e este
torna-se totalmente dependente, bebendo para não sentir os efeitos da sua falta no
organismo, que “necessita” para funcionar normalmente.
O álcool destrói:
A pessoa
A família 74
Os amigos
A profissão
Há solução?
Se o indivíduo tiver força e vontade suficientes para deixar o álcool, esta doença tem cura.
Ou por conta própria ou em grupos de ajuda ou com ajuda médica. No entanto, como acontece
com as DTS, a prevenção é o melhor remédio.
TABAGISMO
A revista “The Economist” comenta: “Os cigarros estão entre os produtos de consumo mais
lucrativos do mundo. São também os únicos produtos (legais) que, usados como “manda o
figurino”, viciam a maioria dos consumidores e muitas vezes matam.”
Cerca de setecentos aditivos químicos, mas a lei permite que os fabricantes guardem a lista em
segredo; entre os ingredientes: metais pesados, pesticidas e insecticidas. Alguns são tão tóxicos
que é ilegal despejá-los em aterros.
As mulheres que nunca fumaram, mas que inalam fumo de cigarro, correm um risco 30% maior
de contrair cancro do pulmão do que outras pessoas que também nunca fumaram.
No caso das crianças, o fumo do cigarro resulta em 150.000 a 300.000 casos anuais de
bronquite e pneumonia.
Consequências
Cancro do Pulmão: 87% das mortes por cancro do pulmão ocorrem entre os fumadores;
Cancro da mama: as mulheres que fumam 40 ou mais cigarros por dia têm uma
probabilidade 74% maior de morrer de cancro da mama;
Complicações da Diabetes - os diabéticos que fumam ou que mascam tabaco, correm maior
risco de ter graves complicações renais e apresentam retinopatia (distúrbios da retina) de
evoluções mais rápidas;
Cancro do Cólon: dois estudos com mais de 150.000 pessoas mostram uma relação clara entre
o fumo e o cancro do cólon;
Predisposição para fumar: as filhas de mulheres que fumavam durante a gravidez têm quatro
vezes mais probabilidade de fumar também.
Conclusão
Se o tabaco é um mal para uns, faz muito bem a outros tantos que usufruem do lucro gerado.
VIH/SIDA
76
O que é?
A sigla SIDA significa Síndrome de Imuno-deficiência Adquirida.
Adquirida - quer dizer que a doença não é hereditária e desenvolve-se por contacto com um
agente (no caso da SIDA, do Vírus da Imunodeficiência Humana - VIH).
77
O diagnóstico da SIDA é feito por um médico através de exames laboratoriais e clínicos
O que provoca?
O VIH chega a ficar incubado durante muitos anos, sem que o doente infectado manifeste os
sintomas da doença.
O VIH actua nas células do sistema imunitário (responsável pela defesa do corpo). Depois de
entrar na célula, começa a agir e a integrar-se no código genético (ADN) da célula infectada.
As células mais atingidas pelo vírus são os Linfócitos T Auxiliares (CD4+), que são utilizadas pelo
vírus para se multiplicar.
Conhecem-se dois tipos principais de vírus: o VIH-1 e o VIH-2; qualquer um deles é capaz de
infectar os seres humanos e provocar SIDA.
O VIH não se transmite através de contactos sociais (aperto de mão, toque, abraço, beijo social,
etc.), também não se transmite através de alimentos, da água, de espirros, da tosse, das
picadas de insectos, da água das piscinas ou pelo uso das casas de banho. Contudo, é preciso
evitar entrar em contacto directo com sangue, sobretudo se as feridas abertas se situarem na
superfície da pele.
O VIH é transmitido através de relações sexuais não protegidas, pela gravidez e por feridas
feitas com instrumentos infectados ou por transfusões de sangue e seus derivados
infectados.
CENFFOR - Garante a qualidade dos seus Formandos
Ru a Ferreir a do Amar al Nº77 R/ C ( por detr ás do Hotel Alame d a) tel m: 926 152 936
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CENTRO N AC ION AL DE FORMAÇ ÃO DE FORMADORES
Uma pessoa infectada pode transmitir o vírus através de qualquer tipo de relação sexual não
protegida - vaginal oral ou anal. A mãe infectada pode transmitir o vírus ao filho durante a
78
gravidez, parto ou aleitamento.
Para que não fique com dúvidas vamos falar de cada uma destas formas de transmissão.
SANGUE - o VIH só se transmite através do sangue se este estiver infectado e entrar no nosso
organismo.
A principal causa de transmissão por esta via ocorre através da partilha de agulhas, seringas e
outros objectos contaminados.
Embora representem um menor risco, não devem ser partilhados objectos cortantes onde
exista sangue de uma pessoa infectada, mesmo que já esteja seco. É o caso das lâminas de
barbear, “piercings”, instrumentos de tatuagem e de furar as orelhas e alguns utensílios de
“manicure/pedicure”.
Actualmente, todo o sangue usado nas transfusões é testado antes de ser utilizado, pelo que
não se deve ter medo destas situações.
O risco é maior em relações sexuais com parceiros desconhecidos, múltiplos parceiros sexuais
ou parceiros ocasionais; situações em que o uso do preservativo é imprescindível.
CENFFOR - Garante a qualidade dos seus Formandos
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CENTRO N AC ION AL DE FORMAÇ ÃO DE FORMADORES
79
É importante ter sempre em conta que basta uma relação sexual não protegida com uma
pessoa infectada (mesmo que aparentemente saudável) para o VIH se poder transmitir.
Se a mãe estiver infectada, pode transmitir a infecção ao seu bebé, quer seja durante a
gravidez, através do seu próprio sangue, quer seja durante o parto, através do sangue ou
secreções vaginais, ou mesmo através do leite, durante o período de amamentação.
Os testes chamam-se Elisa e Western Blot e são obrigatoriamente realizados nos dadores de
sangue e de órgãos.
Se tiver razões para acreditar que teve comportamentos de risco relativamente à infecção por
VIH, deve efectuar um teste de despiste do VIH. Embora sendo uma decisão pessoal, não se
pode esquecer que está a pôr em risco possíveis parceiros/as sexuais ao nível do aumento
exponencial da própria infecção.
Para avaliar as condições de detecção da presença do vírus, deve passar um prazo de três
meses (é chamado o período de janela) entre o momento em que a infecção terá ocorrido e a
realização do teste.
Durante este período, como em qualquer outro, é preciso que se proteja e que tome as
medidas preventivas para evitar os riscos de transmissão.
A SIDA EM ANGOLA
81
O primeiro caso de VIH em Angola foi detectado em 1988, contudo, foram montados muito
poucos sistemas de detecção de novos casos. Na verdade, o VIH/SIDA foi ignorado enquanto o
país mantinha uma guerra interna que deslocou aproximadamente um terço da sua população.
Com base ao relatório de progresso da resposta global à SIDA em Angola 2014, a epidemia da
SIDA em Angola é caracterizada de generalizada, com uma prevalência global estimada em
2,38% em adultos dos 15-49 anos. Através da vigilância sentinela ao nível das grávidas, com
implementação regular desde o ano de 2004 em Angola, complementada com informações não
extrapoláveis que apontam para uma estimativa de prevalência de 7,2% e de 8,2%, ao nível das
profissionais do sexo e de homens que fazem sexo com homens. Conforme o quadro a baixo.
82
INDICADOR ESTIMATIVAS
Mulheres 145.385
O relatório do Instituto Nacional de Luta Contra Sida demonstra que em relação ao tratamento
com antiretrovirais indica que houve um aumento significativo de oferta. Portanto, encontra-
83
se em fase avançada o programa de Integração dos serviços de prevenção da transmissão
vertical (PTV) em 90% dos serviços pré-natal.
Saiba quais são os direitos e deveres que a legislação angolana lhe confere em relação á
problemática do HIV e Sida no local de trabalho.
Os dados de notificação provinciais de testes positivos, relativos a 2013, apontam para uma
positividade global da infecção VIH de 4,7%. Conforme a tabela.
84
Benguela 96379 3571 3,7
85
A indústria esteve sempre associada à vertente humana, mas nem sempre tratada como sua
componente preponderante.
Até meados do século XX, as condições de trabalho nunca foram levadas em conta, sendo sim
importante a produtividade, mesmo que isso implicasse exposição a riscos capazes de provocar
doenças, acidentes ou mesmo a morte dos trabalhadores. Para tal, contribuíam, como factores
decisivos, uma mentalidade em que o valor da vida humana era pouco mais que desprezível e
uma total ausência, por parte dos Estados, de leis que protegessem o trabalhador.
Actualmente em Angola existe legislação que permite uma protecção minimamente eficaz de
quem integra actividades industriais, ou outras, devendo a sua aplicação ser entendida como o
melhor meio de beneficiar simultaneamente as Empresas e os Trabalhadores na salvaguarda
dos aspectos relacionados com as condições ambientais e de segurança de cada posto de
trabalho.
Definições
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a principal finalidade dos Serviços de Saúde
Ocupacional consiste na promoção de condições laborais que garantam o mais elevado grau de
qualidade de vida no trabalho, protegendo a saúde dos trabalhadores, promovendo o bem-
A higiene e a segurança são actividades que estão intimamente relacionadas com o objectivo
de garantir condições de trabalho capazes de manter o nível de saúde dos colaboradores e
trabalhadores de uma Empresa.
Acidentes de Trabalho
Lesão corporal é qualquer dano produzido no corpo humano, seja ele leve, como, por
exemplo, um corte no dedo, ou grave, como a perda de um membro.
Ambas são consideradas como acidentes do trabalho, quando delas decorrer a incapacidade
para o trabalho.
Um funcionário pode apanhar uma gripe, por contágio com colegas de trabalho. Essa doença,
embora possa ter sido adquirida no ambiente de trabalho, não é considerada doença
profissional nem do trabalho, porque não é ocasionada pelos meios de produção.
Noutro caso, se um trabalhador perder a audição por ficar longo tempo sem protecção auditiva
adequada, submetido ao excesso de ruído, gerado pelo trabalho executado junto a uma grande
90
prensa, isso caracteriza igualmente uma doença de trabalho.
Contudo, na maior parte dos casos, é possível identificar um conjunto de factores relacionados
com a negligência ou desatenção por regras elementares e que potenciam a ocorrência de
acidentes ou incidentes.
Máquinas e ferramentas;
92
Na actividade corrente de uma empresa, compreende-se que os custos indirectos dos acidentes
de trabalho são bem mais importantes que os custos directos, através de factores de perda:
Danos materiais;
Atraso na execução do trabalho;
Custos inerentes às peritagens e acções legais eventuais;
Diminuição do rendimento durante a substituição;
A retoma ao trabalho pela vítima.
Por parte dos trabalhadores de uma Empresa, o emprego não deve representar somente o
trabalho que se realiza num dado local com o objectivo de auferir um salário, mas também uma
oportunidade para a sua valorização pessoal e profissional, para o que contribuem em muito as
boas condições do seu posto de trabalho.
desempenha não só uma função técnica e económica mas também um importante papel
comunitário e social.
95
EMPREENDEDORISMO
96
Interessaram-se pelo tema os economistas que viam na capacidade empreendedora a mola que
impulsionava a economia no sentido de promover as inovações.
Por último, os estudiosos da Administração passaram a interessar-se pelo tema, à medida que a
capacidade de realizar, de forma inovadora, novos projectos se tornou um elemento essencial
para a sobrevivência das empresas.
Pesquisas realizadas durante cinco anos por duas empresas norte-americanas de consultoria em
administração – Management Systems International (MSI) e McBer & Company – para a United
States Agency for International Development (USAID) indicaram que existem dez competências
pessoais empreendedoras (CPEs) frequentemente demonstradas por empreendedores bem-
sucedidos em diversos países pesquisados.
Empreendedorismo
… arte de fazer acontecer - criatividade e motivação.
97
… o prazer de realizar com vontade e inovação qualquer projecto pessoal ou
organizacional, em desafio permanente às oportunidades e riscos.
… um comportamento pró-activo.
…o despertar do indivíduo para o aproveitamento total das suas potencialidades.
Perfil do empreendedor:
Criatividade
Responsabilidade
Capacidade de liderança
1. Aprender a conhecer
2. Aprender a fazer
3. Aprender a conviver e aprender a ser
“O Empreendedor deve ser disciplinado, assumir riscos, ser inovador, ter ousadia,
persistência, visão, iniciativa, coragem, humildade e principalmente ter paixão pelo que faz, são
sem dúvida algumas das características pessoais que todo o empreendedor deverá ter, mas
apostar na actualização de competências em áreas de gestão, é cada vez mais necessário para a
sustentabilidade de qualquer empresa, seja esta micro ou de maior dimensão, quer o
empreendedor tenha formação superior, ou seja, autodidacta”. **
O relatório Global Entrepneurship Monitor — GEM Angola 2010 tira uma radiografia fidedigna
e actualizada da actividade empreendedora do País, dos factores que a obstaculizam e dos
principais instrumentos que a promovem.
2,3 Milhões de angolanos têm negócios novos ou nascentes, o equivalente 31,9% dos
adultos entre os 18 e os 64 anos, contra uma média de 22,7% nos países orientados por
100
factores de produção a que Angola pertence.
32,9% Dos homens são empreendedores que compara com 31,0% na população
feminina.
42,3% Dos empreendedores angolanos dizem que a criação do seu negócio deveu-se
à necessidade.
Como sucedeu noutros países participantes, o estudo pode e deve ser fortemente tomado em
conta na criação das políticas económicas de apoio às empresas e no processo de agilização da
actividade económica angolana. Num País com liquidez crescente e amplos recursos para
explorar como Angola, as lições do GEM - “Global Entrepneurship Monitor — GEM Angola
2010” terão mais potencial para resultarem em medidas efectivas e eficazes de apoio ao
empreendedorismo.
“Quando se compara Angola com as economias orientadas para a eficiência e para a inovação,
verifica-se também esta tendência em quase todos os aspectos”, sublinha o estudo.
Numa altura em que estão a ser implementadas reformas a todos os níveis no país, visando a
melhoria das condições existentes e o impulso do sector privado.
*** Os CLESE’s são orgãos que prestam um Serviço Público nos domínios do
Empreendedorismo e Emprego, nas localidades onde estão implantados, visando atender e/ou
satisfazer as necessidades dos cidadãos de todos os estratos sociais.
Segundo as primeiras estatísticas dos BUE, as profissões mais procuradas são as ligadas ao
pequeno comércio, pastelarias, mototáxis, cibercafés, serralheiros, canalizadores e electricistas.
*** Fonte: “Manual de mpreendedorismo na Gestão de Pequenos Negócios”, Governo de Angola, Ministério da Administração Pública
O professor bengalês Muhammad Yunus pensava em como poderia ajudar a reduzir a pobreza
no Bangladesh e imaginou que se as pessoas tivessem capital para investir em algo que
soubessem fazer, poderiam produzir e gerar a sua própria venda.
Imagem de Muhammad Yunus - empreendedor e autor do livro "O Banqueiro dos Pobres”
Esta iniciativa mudou a vida de muitas pessoas e tornou-se uma experiência única no
desenvolvimento de lugares pobres, por meio do desenvolvimento e financiamento da
capacidade empreendedora das pessoas.
O banco opera como uma empresa privada auto-sustentável e gerou lucros em quase todos os
anos da sua operação, excepto no ano da sua fundação e em 1991 e 1992.
O Grameen Bank ganhou o Prémio Nobel da Paz em 2006, juntamente com seu fundador.
103
MÓDULO VI
Objectivos
OPERACIONALIZAÇÃO DA FORMAÇÃO
104
A planificação de formação serve para definirmos objectivos que deverão ser atingidos até
ao final da mesma; sempre "privilegiando" o formando, isto é, um Objectivo de Formação
deverá ser definido em função do que o formando deverá saber-saber, saber-fazer e/ou
saber-ser/estar no final da formação.
Simples;
Mensuráveis;
Acordados mutuamente;
Realistas;
Temporais.
PARA O FORMANDO
Situar-se relativamente ao fim a atingir;
Distinguir o essencial do acessório;
Ponto de referência para controlar os progressos.
106
Metas – constituem o segundo nível da hierarquia (do mais geral para o mais específico) e
expressam de forma mais precisa os resultados desejados numa formação que se podem
107
concretizar em conjuntos de tarefas ou funções que o formando deve desempenhar no
final de uma formação – correspondem ao perfil final de formação.
São geralmente formulados pelos gestores de formação.
A evitar:
Fixar objectivos demasiado ambiciosos, dificilmente realizáveis por o seu alcance
não depender do Formador, ou demasiado amplos para se poder ver de maneira
precisa as acções necessárias para os alcançar.
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Sujeito – a actividade solicitada deve ser sempre realizada pelo formando, sendo, então,
este que assume o papel de sujeito;
Verbo – designa a actividade a realizar pelo sujeito (formando). Devemos ter o cuidado de
seleccionar verbos operatórios, ou seja, verbos que descrevam actividades observáveis
109
(ex. fazer, calcular, recitar, aplicar, conceber,…);
Objecto – a actividade do formando exerce-se sobre um objecto que terá como resultado
um produto;
Ex. No final da formação o formando deve ser capaz de fazer um portão de ferro.
- ao nível da quantidade
- ao nível da qualidade
111
Objectivos terminais: São aqueles que definem o que um formando deverá ser capaz de
realizar no termo de uma acção de formação completa. Definem competências que
devem ser definitivamente adquiridas e com aplicação integral na vida futura.
113
MÓDULO VII
Objectivos
Uma situação de Formação, seja qual for o contexto em que ocorre, deve ser encarada
como uma realidade dinâmica e, como tal, os métodos pedagógicos a adoptar devem
estar de acordo com a dinâmica das relações que se estabelecem entre os diferentes
intervenientes e, necessariamente, com os objectivos e as finalidades da própria
Formação.
Perigos a Evitar:
115
Os Metódos Pedagógicos
Para que a aprendizagem aconteça, é necessária a existência de um método, ou seja, de
um conjunto de princípios que regulem as acções constituintes do processo de Formação.
Os métodos pedagógicos a adoptar devem estar de acordo com a dinâmica das relações
que se estabelecem entre os diferentes intervenientes.
A. MÉTODO EXPOSITIVO
B. MÉTODO DEMONSTRATIVO
C. MÉTODO INTERROGATIVO
D. MÉTODO ACTIVO
B. MÉTODO DEMONSTRATIVO
118
As principais fases pedagógicas do Método Demonstrativo são:
119
MÉTODO INTERROGATIVO
120
E. MÉTODO ACTIVO
•Simulação/Autoscopia;
•Trabalhos de Grupo;
•Jogos Pedagógicos.
O Formador detém o saber, mas não o dá, deixando o Formando em confronto directo com
a totalidade do problema, de modo a descobrir, por si próprio, a solução global.
Consiste numa “tempestade de ideias”, uma técnica de dinâmica de grupos que tem como
objectivo gerar o maior número de soluções criativas para um determinado problema ou
situação - problema, num determinado período de tempo.
É uma técnica que envolve muita imaginação e criatividade e que promove o aparecimento
de ideias novas. No entanto, para que aplicada com sucesso necessita da criação de um
a) Características:
O número de participantes ideal para esta técnica é entre 6 e 12 formandos, de forma a
evitar a passividade dos formandos ou a multiplicidade de fontes.
O tempo a disponibilizar para este tipo de actividade depende dos objectivos a atingir e
pode variar entre 10 minutos e 2 horas.
b) Regras:
Não são permitidos juízos críticos – não são permitidos juízos relativamente a qualquer
ideia expressa seja pelo próprio formando (auto-crítica ou auto-censura), seja por qualquer
outro elemento do grupo, sendo que constituem factores inibitórios da criatividade e
imaginação.
Encorajar a imaginação livre – Mesmo a ideia mais fantasiosa ou original pode gerar
soluções importantes que o realismo não poderia gerar.
Quantidade de ideias formuladas – quanto maior for o número de ideias formuladas,
maior será a probabilidade de surgirem novas ideias.
Role – Playing
a) Objectivos:
Jogos Pedagógicos
Estudo de Caso
Simulação Pedagógica/Autoscopia
127
MÓDULO VIII
Objectivos
Aprendemos: Retemos:
1% através do gosto 10% do que lemos
1,5 % através do tato 20 % do que escutamos
3,5 % através do olfato 30 % do que vemos
11 % através da audição 50 % do que vemos e escutamos
83 % através da visão 70 % do que ouvimos e logo
discutimos
90 % do que ouvimos e logo
realizamos
Como conclusão podemos afirmar que os meios audiovisuais contribuem quer para uma
melhor aprendizagem quer para uma melhor memorização.
129
MEIOS AUDIOVISUAIS
Flipchart
Para escrever nas folhas de flipchart, a letra de imprensa é mais legível do que a escrita
manual. O uso de letras maiúsculas na palavra escrita é mais facilmente distinguível. O
Formador deverá orientar a escrita pela distância dos participantes.
O Flipchart deverá ser colocado num local e posição visível por todos, sem muito
esforço.
Escolher a altura certa para escrever. O Formador não deve estar nem em bicos
dos pés nem de joelhos à frente do Flipchart.
Colocar o Flichart à direita, se for dextro ou, à esquerda, se for canhoto, evitando
tapar com o corpo, o que estiver a ser escrito.
131
O Retroprojector
Estas devem ser colocadas o tempo suficiente de modo a que os participantes - caso o
132
desejem - possam tomar notas e receber o conteúdo num ritmo ajustado.
Regras de utilização:
O Videoprojector
Num ambiente onde a utilização da tecnologia cresce de dia para dia
a utilização dos videoprojectores em contexto de formação
profissional encontra-se já relativamente generalizada.
Chegar cedo ao local de formação – Permite ultrapassar dificuldades de última hora como
a falta de uma ficha tripla ou alguma dificuldade em ultimar as parametrizações dos
equipamentos, especialmente quando a formação depende fortemente da parte
expositiva.
As regras passam não só pela sua utilização no decorrer da sessão, mas também pela
elaboração dos slides, principalmente na combinação das cores.
Televisão/Vídeo
A Televisão e o Vídeo são, de entre os meios audiovisuais, os que têm sofrido uma maior
evolução, tendo, hoje-em-dia, um conjunto muito variado de aplicações, desde a área
profissional até à área doméstica, passando naturalmente pelo campo da Formação
Profissional.
Cuidados a ter:
Em suma, cada vez mais se recorre às novas tecnologias (TIC- Tecnologias de Informação e
de Comunicação), como forma de fortalecer a dinâmica formativa.
MÓDULO IX
136
Objectivos
Definir avaliação
137
O que é a Avaliação?
Portanto:
Indicar os resultados;
Identificar os problemas decorrentes das práticas pedagógicas;
Diagnosticar as necessidades dos formandos;
Sugerir novos métodos e técnicas pedagógicas ou recursos didácticos;
Predizer os resultados e facilitar a orientação;
Motivar os formandos e os formadores para a consecução dos objectivos;
Orientar os esforços dos formandos na definição de um trajecto pessoal de
aprendizagem.
O que se Avalia?
Quando Avaliar?
140
1. Contínua – efectua-se de forma regular;
Quanto à
Regularidade 2. Pontual – efectua-se num determinado momento,
normalmente no fim da formação ou de uma unidade.
3. Interna – feita pelo próprio formador;
Quanto ao
Avaliador 4. Externa – feita por alguém de fora do processo de formação.
7. Inicial – permite:
Seleccionar os candidatos mais aptos;
Orientar os formandos para determinado tipo de formação;
Colocar os candidatos em determinada fase de formação,
- As causas de insucesso
PERMITE: PERMITE: PERMITE:
Níveis de Avaliação
142
Numéricas;
Literais;
Descritivas.
Numéricas
a) Ordinais b) Percentuais
0à5 0 à 100%
0 à 10
0 à 20
0 à 100
Literais
A, B, C, D, E
Descritivas
143
Exemplos:
As Técnicas de Avaliação são acções cuidadosamente escolhidas para fornecerem dados que permitam medir ou constatar
eficazmente a aprendizagem verificada.
Instrumentos De
Técnicas de Avaliação Vantagens Desvantagens
Avaliação
* Permite captar importantes * É uma actividade * Fichas de Observação:
Observação elementos no momento em extremamente exigente e Registam-se os factos que vão
que acontecem, de uma forma cansativa para o formador, ocorrendo durante uma sessão,
fidedigna e real; principalmente; uma visita de estudo, um
exercício prático;
* Requer uma atenção e
Permite obter dados em todos 144
cuidado constantes;
os domínios do saber:
- Afectivo * Listas de Ocorrências:
* Diminui a disponibilidade do Listagem de comportamentos
- Cognitivo
formador para o grupo, já que que esperamos que venham a
- Psicomotor
tem de se concentrar num acontecer, tornado o seu registo
formando de cada vez. fácil, rápido e objectivo;
* Escalas de Classificação:
146
A Subjectividade da Avaliação
Cada avaliador tem a sua maneira muito própria de avaliar, baseada em muitos factores,
alguns dos quais escapam à sua consciência e dependem de condições físicas e
psicológicas do próprio avaliador. Algumas causas são:
149
MÓDULO X
Planificação da Formação
Objectivos
Com um plano de sessão e através do seu conteúdo, o formador sabe o que fazer, porque
fazer, como fazer, como transmitir, o tempo previsto, os conhecimentos teóricos.
Fases da Sessão
O plano de sessão deve incluir 3 fases:
152
1ª) Introdução
Preparar os formandos para a sessão (fase da motivação): a forma como se inicia a sessão
condiciona o seu desenvolvimento e o seu fim – “Tudo acaba bem quando começa bem.”
No plano: tópicos da aproximação para chamar a atenção, fazer nascer o interesse do que
vai ser abordado.
2ª) Desenvolvimento
3ª) Conclusão
Como o próprio nome indica, esta fase pode servir para entre outras coisas:
Este é o momento indicado para entregar os textos de apoio e bibliografia que não foi
utilizada durante a sessão.
153
O Plano de Sessão é o culminar de todo o trabalho complexo de preparação que o
formador deve fazer para as suas acções/sessões. Nele devem constar entre outros, os
seguintes elementos: Objectivos; métodos e técnicas; meios/equipamentos a utilizar;
tempo previsto e avaliação.
154
MÓDULO XI
Estatística
Objectivos
A Estatística 155
Áreas da Estatística
Estatística Descritiva;
156
Probabilidade;
Inferência Estatística.
Tecnologia de Amostragem.
• Pesquisa de mercado,
• Pesquisa de opinião,
• Avaliação da Formação
Amostragem Aleatória
Amostragem Estratificada
Classificar a população em, ao menos dois extractos e extrair uma amostra de cada um.
158
Variável
Qualquer característica associada a uma população.
Existem dois tipos de Variáveis:
Variáveis Qualitativas:
Variáveis Quantitativas:
159
As variáveis quantitativas são aquelas que podem ser mensuradas numa escala de valores,
dividem em discretas e contínuas.
• As contínuas por sua vez, podem assumir qualquer valor real entre dois extremos
(processo de medição).
Grau de
instrução (i)
ni fi fri %
1º Grau 12 0,3333 33,33%
2º Grau 18 0,5000 50%
Superior 6 0,1667 16,7%
Total n =36 1,0000 100%
ni
: Frequência absoluta da categoria i (número de indivíduos que pertencem à
categoria i)
ni
f : Frequência relativa da categoria i
i n
60,00%
50,00%
50,00%
40,00%
33,33%
30,00%
20,00% 16,70%
10,00%
0,00%
1o Grau 2o Grau Superior
i Número de % de centros de
formandos Número centros de formação
(Xi) formação (fri)
n
( i)
1 0 4 20%
2 1 5 25%
3 2 7 35%
4 3 3 15%
5 5 1 5%
Total 20 100%
4-7 ; 7-10
Notação: 4-7
- Média Aritmética;
- Mediana;
- Moda.
Média aritmética
Dados desagregados
1 n
X Xi
n 1
1 n n
X fi X i
n 1
fi X i
1
Xi ni fi fiXi
0 13 0.43 0
1 11 0.37 0.37
2 3 0.10 0.20
3 2 0.07 0.21
4 1 0.03 0.12
Total 30 1 0.9
X = 0.9
1 n
f i Ci
n
X f i Ci
n 1 1
Classes ni fi Ci fiCi
0, 2 9 0.30 1 0.30
2, 4 10 0.33 3 1.00
4, 6 6 0.20 5 1.00
6, 8 3 0.10 7 0.70
8, 10 2 0.07 9 0.60
Total 30 1 3.6
X = 3.6
Caso prático
165
MÓDULO XII
Objectivos
ensino aprendizagem;
166
O clima de ansiedade é provocado por esta etapa do Curso ser sentida pelos Formandos
como o momento de avaliação mais importante. Devido a esta situação, pode ocorrer que
a espontaneidade demonstrada na Simulação Pedagógica Inicial seja um pouco “abafada”
pela preocupação em seguir as regras e normas assimiladas ao longo do Curso.
A Simulação Pedagógica Final por ser, tal como já foi referido, um momento de excelência
que representa o culminar da aquisição de conhecimentos e competências, permite
avaliar a eficiência da dinâmica criada e se os objectivos, propostos inicialmente, foram
atingidos. O procedimento da Simulação Pedagógica Final é bastante semelhante ao da
Inicial. A alteração mais visível prende-se com a etapa da planificação, que implica a
preparação, desenvolviemento e avalliação de uma sessão de formação bem como a
preparação de todo o material e os recursos necessários à sua operacionalização.
O investimento, assim como a forma única com que cada Formando implementa os
conteúdos desenvolvidos ao longo do Curso de Formação, permitem a construção de
168
momentos muito gratificantes, tanto para o próprio Formando (que experimenta um novo
papel, desta vez já com alguns conhecimentos específicos), como para o Formador e todo
o grupo.
Por esta razão, é importante que a cada momento, o grupo se sinta co-responsável pela
sua própria progressão e deve constituir um factor decisivo no desenvolvimento da sua
autonomia, espírito de entre-ajuda e da capacidade de gerir a sua própria aprendizagem.
BIBLIOGRAFIA
169