Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2018
Copyright © UNIASSELVI 2018
Elaboração:
Profª. Carla Eunice Gomes Corrêa
Prof. Diego Boehlke Vargas
Prof. Maurício Leite
V297c
ISBN 978-85-515-0197-9
CDD 339.381
Impresso por:
Apresentação
Seja bem-vindo aos estudos de Contabilidade Social! A partir de
agora, entraremos em uma nova etapa do curso, na qual descobriremos
instrumentos capazes de mensurar quantitativamente o movimento da
atividade econômica de um país.
Você sabia que cada país possui uma maneira de organizar seu
Sistema de Contas Nacionais? É justamente por meio desses sistemas de
contas que as informações econômicas são agrupadas. Sua organização é
fundamental para que possam ser adequadamente utilizadas pelas políticas
econômicas nacionais.
III
financeiras das instituições. Em seguida, no Tópico 2, compreenderemos
a importância dos índices na análise econômica, estudando os índices de
variação de preço e de quantidade.
NOTA
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há
novidades em nosso material.
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa
continuar seus estudos com um material de qualidade.
IV
V
VI
Sumário
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL.................................................. 1
VII
TÓPICO 2 – BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA
E REGISTROS ................................................................................................................. 89
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 89
2 BALANÇO DE PAGAMENTOS....................................................................................................... 90
2.1 A ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS.............................................................. 94
2.2 A CONTABILIDADE DO BALANÇO DE PAGAMENTOS..................................................... 107
2.3 BALANÇO DE PAGAMENTOS E CONTAS NACIONAIS..................................................... 111
LEITURA COMPLEMENTAR.............................................................................................................. 114
RESUMO DO TÓPICO 2...................................................................................................................... 116
AUTOATIVIDADE................................................................................................................................ 117
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................ 185
VIII
UNIDADE 1
INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE
SOCIAL
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles, você
encontrará atividades que o auxiliarão no seu aprendizado.
1
2
UNIDADE 1
TÓPICO 1
CONTABILIDADE SOCIAL
1 INTRODUÇÃO
Nas páginas que compõem este livro, você descobrirá a importância
dos temas ligados à contabilidade social para o estudo da Ciência Econômica.
Estudaremos desde os conceitos mais elementares a respeito da contabilidade
social até a utilização das teorias pelos países para a compreensão de suas
economias.
3
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
2 CONCEITOS BÁSICOS
A Contabilidade Social é uma área que integra a Ciência Econômica,
responsável pela mensuração dos grandes agregados da economia de um
país em certo período. Trata-se da contribuição da Contabilidade para melhor
compreendermos as economias mundiais.
Para que uma política econômica seja eficiente, é preciso que saibamos
com precisão, por exemplo, quanto se produziu em certo período, qual foi o
nível de investimento, quanto se vendeu para o exterior, e quanto se comprou
do exterior. Outro exemplo está na execução das políticas fiscais, as quais não
ocorreriam caso não tivéssemos conhecimento a respeito da arrecadação e dos
gastos do governo.
NOTA
4
TÓPICO 1 | CONTABILIDADE SOCIAL
FONTE: Os autores
NOTA
5
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
NOTA
6
TÓPICO 1 | CONTABILIDADE SOCIAL
7
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
a) Ótica do dispêndio:
8
TÓPICO 1 | CONTABILIDADE SOCIAL
ATENCAO
NOTA
Os bens finais de uma economia são aqueles produtos que estão prontos para
serem consumidos pelos indivíduos. São aqueles itens que não precisarão passar por etapa
de produção alguma para poderem ser consumidos, tampouco serão utilizados para o
consumo intermediário.
9
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
NOTA
b) Ótica do produto:
ATENCAO
Quando miramos para o caso dos demais setores de nosso exemplo, temos
a conclusão exposta no Quadro 3:
NOTA
11
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
c) Ótica da renda
NOTA
12
TÓPICO 1 | CONTABILIDADE SOCIAL
NOTA
Para encontrarmos o produto pela ótica da renda, basta apenas que sejam
somadas as remunerações pagas aos diferentes fatores de produção: o total gasto
com salários e o total dos lucros ganhos no período (conforme podemos visualizar
na última linha da Tabela 1).
Pela ótica da renda, podemos avaliar o produto gerado pela economia
em um determinado período de tempo, considerando o montante total
das remunerações pagas a todos os fatores de produção nesse período
(PAULANI; BRAGA, 2012, p. 18).
13
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
FONTE: Os autores
14
TÓPICO 1 | CONTABILIDADE SOCIAL
FONTE: Os autores
ATENCAO
15
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
16
TÓPICO 1 | CONTABILIDADE SOCIAL
Empresas Famílias
2 4
O passo Número 2 da Figura 6 não aparece aqui, pois se trata das atividades
internas das empresas durante o processo de produção de bens e serviços. Assim
como o passo 4, uma vez que se refere ao consumo, uma atividade interna às famílias.
18
TÓPICO 1 | CONTABILIDADE SOCIAL
Segundo Paulani e Braga (2012, p. 23), uma síntese sobre as três óticas
poderia ser descrita da seguinte forma:
Na sociedade em que vivemos [...], a ótica do produto considera a
atividade dos indivíduos como produtores, ou seja, a atividade das
unidades produtivas ou empresas. Já́ a ótica do dispêndio (ou do gasto,
ou da demanda) refere-se a sua atuação como consumidores, ou seja,
como famílias. Finalmente, a ótica da renda analisa os indivíduos em
sua condição de proprietários de fatores de produção. As transações
ocorrem entre famílias e empresas e envolvem fluxos reciprocamente
determinados de bens e serviços concretos, por um lado, e de dinheiro,
por outro.
Assim, vimos ao longo deste tópico, que há uma identidade entre produto,
dispêndio e renda, mas, ainda, é preciso reforçar que o conjunto das atividades
e transações de uma economia (o agregado) se trata de diversas idas e vindas de
bens/serviços e de dinheiro.
19
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
Por outro lado, os bens/serviços reais (ou concretos) têm caminho apenas
de ida. Os fatores de produção saem das famílias e vão para as empresas. Quando
saem das empresas, já estão transformados em bens finais prontos para o consumo.
Esses bens também não irão circular, pois também têm caminho apenas de ida:
das empresas para as famílias.
E
IMPORTANT
Você entendeu o sentido do termo “fluxo circular da renda”? Cada uma dessas
palavras possui um significado importante para o entendimento do crescimento econômico.
• A relação entre empresas e famílias sem a presença de dinheiro pode ser vista
na troca entre fatores de produção e bens/serviços finais.
21
AUTOATIVIDADE
22
UNIDADE 1
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O tópico que você estudará a partir de agora é muito importante para
todo o estudo da disciplina de Contabilidade Social.
23
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
NOTA
Quando nos referirmos às economias “fechadas”, significa que certo país não
realiza transações econômicas, como compras ou vendas de produtos, com outros países
do mundo. Já as economias “abertas” possuem atividades econômicas com outros territórios.
FONTE: Os autores
24
TÓPICO 2 | SISTEMATIZAÇÃO DAS CONTAS NACIONAIS
A partir das informações podemos supor que cada país possui sua própria
forma de conduzir as contas nacionais. A base teórica e conceitual é importante
para que compreendamos a lógica básica por trás do que é específico para cada
país.
Em 1968, foi lançado o SNA 68, que vigorou por um longo período, até ser
substituído pelo complexo SNA 93, em 1993. Embora tenha ocorrido a mudança
nos sistemas, os princípios básicos do sistema não se alteram.
Por meio das situações apresentadas, podemos prever que de uma forma
será composta a conta de produção: de um lado, teremos o produto; de outro, a
utilização do mesmo produto pelo consumo das famílias (consumo pessoal ou
consumo privado) e pela formação ou variação de estoques (valor do estoque de
trigo, de pães não vendidos, de farinha de trigo e de sementes).
NOTA
26
TÓPICO 2 | SISTEMATIZAÇÃO DAS CONTAS NACIONAIS
FONTE: Os autores
ATENCAO
27
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
28
TÓPICO 2 | SISTEMATIZAÇÃO DAS CONTAS NACIONAIS
NOTA
29
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
Débito Crédito
C consumo pessoal a1 salários
F poupança líquida a2 lucros
a3 aluguéis
a4 juros
Utilização da Renda Líquida Renda líquida
Para que o sistema se complete, é preciso adicionar uma terceira conta que
apresente os lançamentos faltantes: a conta de capital. Analise a conta de capital
em sua primeira versão a partir do quadro a seguir.
Débito Crédito
D variação de estoques F poupança líquida
E formação bruta de capital fixo B depreciação
Investimento Bruto Poupança Bruta
Além da conta de capital completar e fechar o sistema, uma vez que todas
as contas passam a ter os lançamentos pareados, revela uma identidade também
importante para a contabilidade social: investimento ≡ renda.
30
TÓPICO 2 | SISTEMATIZAÇÃO DAS CONTAS NACIONAIS
NOTA
E
IMPORTANT
31
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
Agora, por outro lado, se a produção de uma economia contar com a utilização
de fatores de produção localizados em outros países, os fatores de produção dos
residentes têm o direito de receber a renda gerada ao longo do processo.
Débito Crédito
G exportações de bens e serviços não fatores I importações de bens e serviços não fatores
H renda recebida do exterior J renda enviada ao exterior
K resultado do BP em transações correntes
Total do Débito Total do Crédito
FONTE: Paulani e Braga (2012, p. 47)
Como é uma conta com o resto do mundo, no lado dos débitos aparecem
os itens que representam débito de nossa economia com o resto do mundo; no
lado dos créditos aparecem os itens que representam crédito com o resto do
mundo.
32
TÓPICO 2 | SISTEMATIZAÇÃO DAS CONTAS NACIONAIS
33
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
NOTA
Débito Crédito
D variação de estoques F poupança líquida
E formação bruta de capital fixo B depreciação
K resultado do BP em transações correntes
34
TÓPICO 2 | SISTEMATIZAÇÃO DAS CONTAS NACIONAIS
É justamente de tal conta que surge um saldo que pode ser negativo ou
positivo: a relação entre a arrecadação e os gastos do governo. Se o saldo for positivo,
indica um superávit das contas públicas quando o governo arrecada mais do que
gasta, gerando uma poupança do governo. Se o saldo for negativo, significa que o
governo gastou mais do que arrecadou, gerando um déficit das contas públicas,
precisando ser financiado por poupanças privadas internas ou externas.
35
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
O caso dos alimentos é o mais comum. Para que a população não seja
altamente prejudicada por uma safra ruim ou pela alta repentina de preços, o governo
normalmente subsidia a produção por meio da redução do ICMS dos produtos.
Uma vez que a atuação do governo altera o preço dos produtos tanto
por meio da cobrança dos impostos quanto por meio das políticas de subsídios,
é preciso que o acréscimo no valor tenha como contrapartida o pagamento aos
fatores de produção.
Débito Crédito
I importações de bens e serviços não fatores G exportações de bens e serviços não fatores
J-H renda líquida enviada (+) ou recebida (-) C consumo pessoal
do exterior
a1 salários L consumo do governo
a2 lucros D variação de estoques
a3 aluguéis E formação bruta de capital fixo
a4 juros
A renda ou produto nacional líquido
(A=a1+a2+a3+a4)
B depreciação
Q-N impostos indiretos líquidos de subsídios
Oferta de Bens e Serviços Demanda por Bens e Serviços
36
TÓPICO 2 | SISTEMATIZAÇÃO DAS CONTAS NACIONAIS
Débito Crédito
C consumo pessoal a1 salários
P-M impostos diretos líquidos de transferências a2 lucros
R outras receitas correntes líquidas a3 aluguéis
F poupança privada líquida a4 juros
Débito Crédito
L consumo do Governo P impostos diretos
M transferências p.1 empresas
N subsídios p.2 famílias
O saldo do governo em conta corrente Q impostos indiretos
R outras receitas correntes líquidas
Utilização da Receita Total da Receita
FONTE: Paulani e Braga (2012, p. 54)
Débito Crédito
D variação de estoques F poupança líquida
E formação bruta de capital fixo B depreciação
K resultado do BP em transações correntes
O saldo do governo em conta corrente
Investimento Bruto Total Poupança Bruta Total
37
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
38
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Cada país procura organizar seu próprio formato das Contas Nacionais a partir
do System of National Accounts organizado pela ONU.
• A variação de estoques reúne os bens que serão consumidos de uma única vez.
• A formação bruta de capital fixo reúne os bens que não desaparecem após uma
única utilização e possibilitam a produção de outros bens e serviços.
39
AUTOATIVIDADE
40
UNIDADE 1
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Os estudos macroeconômicos têm uma forte preocupação com a condução
do estado na economia, bem como com o entendimento dos grandes agregados
macroeconômicos.
NOTA
Como você já sabe, a teoria keynesiana se refere aos estudos de John Maynard
Keynes, um dos mais importantes economistas do século XX. Algumas curiosidades: o pai
de Keynes foi o economista John Neville Keynes, formado em Cambridge. Keynes foi aluno
de Alfred Marshall, outro importantíssimo economista (FORSTATER, 2009).
41
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
Débito Crédito
a1 salários C consumo pessoal
a2 lucros D variação de estoques
a3 aluguéis E formação bruta de capital fixo
a4 juros
A renda ou produto nacional líquido
(A=a1+a2+a3+a4)
B depreciação
Renda ou Produto Bruto Despesa Bruta
42
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS AGREGADOS MACROECONÔMICOS
Y=C+I
Débito Crédito
I importações de bens e serviços não fatores G exportações de bens e serviços não fatores
J-H renda líquida enviada (+) ou recebida (-) C consumo pessoal
do exterior
a1 salários L consumo do governo
a2 lucros D variação de estoques
a3 aluguéis E formação bruta de capital fixo
a4 juros
A renda ou produto nacional líquido
(A=a1+a2+a3+a4)
B depreciação
Q-N impostos indiretos líquidos de subsídios
Oferta de Bens e Serviços Demanda por Bens e Serviços
FONTE: Paulani e Braga (2012, p. 54)
Y = C + I + G + (X – M)
Sendo:
43
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
Veja, por meio do trecho a seguir, a importância mais ampla que as análises
keynesianas trouxeram para o contexto das economias mundiais (PAULANI;
BRAGA, 2012, p. 83):
Tais considerações [a partir do keynesianismo], bem como o novo
papel que ganha o governo a partir delas, deram origem, no mundo
acadêmico, ao que se chamou consenso keynesiano e, no funcionamento
pratico do capitalismo, particularmente nas economias centrais, a um
período de cerca de 30 anos (do pós-guerra até meados da década de
1970), em que o Estado efetivamente assumiu esse papel.
45
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
NOTA
A Identidade 1 mostra que a Renda Nacional Bruta (RNB) pode ser entendida
como o valor do PIB deduzido das rendas líquidas enviadas ao exterior. Às vezes, o
PIB tenderá a ser maior do que a RNB; às vezes, o PIB será menor do que a RNB.
Então:
A partir da Identidade 3, percebemos que o PIB pode ser visto como a soma
da Renda Nacional Disponível Bruta com a renda líquida enviada ao exterior, mas
deduzidas as Transferências Unilaterais Correntes Líquidas Recebidas (TUR).
O que vimos até então ainda não menciona de forma explícita a participação
do governo. É preciso lembrar que a RDB pode ser dividida em renda do setor privado
e renda do governo ou renda liquida do governo (RLG). A RLG, por sua vez, é
composta pela soma dos impostos diretos e indiretos e das outras receitas correntes
do governo, mas deduzidas as transferências e subsídios concedidos às empresas.
47
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
Portanto:
Sendo:
RPD = Renda Privada Disponível
Y=C+I
e também
Y=C+S
5) I = S (ou I ≡ S)
Y=C+I+Ge
e também
Y = C + S + RLG
48
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS AGREGADOS MACROECONÔMICOS
6) I + G = S + RLG
Ou
6A) I = S + RLG – G
Sg = RLG – G
Em que:
6B) I = S + Sg
S + Sg = SD
NOTA
49
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
6C) I = SD
Lembrando que:
7B) I – S – Sg = SE ou
7C) I ≡ S + Sg + SE
50
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS AGREGADOS MACROECONÔMICOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Para ele, a parceria com o MMA e com o IBGE é também uma constatação
de que o Brasil caminha para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável, em especial o Objetivo nº 6 sobre água e saneamento.
Veja uma das informações que constam no relatório a respeito dos volumes
de água captados por setor no meio ambiente:
51
UNIDADE 1 | INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE SOCIAL
52
TÓPICO 3 | PRINCIPAIS AGREGADOS MACROECONÔMICOS
53
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você aprendeu que:
• A Renda Nacional Bruta é igual ao Produto Interno Bruto deduzido das rendas
líquidas enviadas ao exterior.
• Uma das identidades contábeis mostra que investimento tem identidade com
poupança.
54
AUTOATIVIDADE
55
56
UNIDADE 2
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir desta unidade você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles, você
encontrará atividades que o auxiliarão no seu aprendizado.
57
58
UNIDADE 2
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O sistema econômico consiste na forma organizada que a estrutura
econômica de uma sociedade assume, envolvendo o tipo de propriedade, a
gestão da economia, os processos de produção e circulação de bens e serviços, o
consumo, os níveis de desenvolvimento tecnológico e a divisão do trabalho. Cabe
destacar que o Sistema Econômico é organizado não apenas no ponto de vista
econômico, mas também social, jurídico e institucional.
59
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
UNI
60
TÓPICO 1 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN): CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS (CEI) E TABELAS DE
RECURSOS E USOS (TRU)
E
IMPORTANT
61
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
E
IMPORTANT
E
IMPORTANT
62
TÓPICO 1 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN): CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS (CEI) E TABELAS DE
RECURSOS E USOS (TRU)
ATENCAO
Formação Bruta de Capital Fixo: agrega os bens que não desaparecem depois
de uma única utilização, possibilita a produção e, portanto, o consumo futuro em um
período bastante extenso.
E
IMPORTANT
O IBGE divulgou, pela primeira vez, o novo SCN, em dezembro de 1997, com
a série histórica das contas nacionais para a década de 1990. Em março de 2007, o IBGE
reviu as contas nacionais do Brasil para aquela década, lançando as contas nacionais na base
2000. Em 2011, passou a apresentar a conta de patrimônio financeiro.
63
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
TUROS
ESTUDOS FU
• Agropecuária.
• Indústria extrativa.
• Indústria de transformação.
• Produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto, e limpeza urbana.
• Construção civil.
• Comércio.
• Transporte, armazenagem e correio.
• Serviços de informação.
• Intermediação financeira, seguros e previdência complementar.
• Atividades imobiliárias e aluguéis.
• Outros serviços.
• Administração, saúde e educação públicas e seguridade social.
FONTE: Feijó et al. (2013, p. 100)
65
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
DICAS
66
TÓPICO 1 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN): CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS (CEI) E TABELAS DE
RECURSOS E USOS (TRU)
A = A1 + A2 (Equação I)
A = B1 + B2 (Equação II)
C = A1 – B1 (Equação III)
A relação (I) mostra que, para cada tipo de atividade econômica, a oferta
total da economia é igual à produção interna mais a importação. A oferta iguala-
se à demanda total, demonstrada pela relação (II). A mesma relação mostra que
a demanda total é constituída pela demanda para consumo intermediário e pela
demanda por bens finais. Já a relação (III) mostra o valor adicionado total da
economia (PIB) deduzindo do valor da produção o consumo intermediário.
E
IMPORTANT
67
QUADRO 3 – RECURSOS E USOS (TRU) PARA UMA ECONOMIA HIPOTÉTICA
68
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
ATENCAO
69
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
Agora passemos para a análise da matriz B1. Tal matriz nos mostra as compras
intermediárias que cada um dos setores efetua entre si, com o intuito de obter os
insumos necessários à produção de seus bens, ou seja, a matriz B1 nos mostra quanto
cada um dos seis setores da economia comprou de insumos dos demais setores. Para
o entendimento da matriz, observemos o raciocínio descrito a seguir.
No período em questão, o setor industrial (setor I), para produzir os seus US$
2.556 em produtos industriais, necessitou de US$ 300 em insumos vindos do setor
agropecuário (setor A), mais US$ 1.260 em insumos vindos do próprio setor industrial
(setor I), mais US$ 24 de insumos do setor de serviços (setor S), mais US$ 156 em
insumos do setor financeiro (setor F) e mais US$ 72 em insumos do setor de comércio
e transportes (setor C + T), totalizando US$ 1.812 em compras intermediárias.
E
IMPORTANT
Produto a custo de fatores: valor do produto que reflete o custo dos fatores,
excluindo impostos indiretos e subsídios do governo. Produto a preços de mercado: inclui
o valor dos impostos indiretos, compensados dos subsídios.
70
TÓPICO 1 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN): CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS (CEI) E TABELAS DE
RECURSOS E USOS (TRU)
E
IMPORTANT
Podemos observar que, dos US$ 744 de valor adicionado gerado pelo
setor industrial (setor I), $ 420 tomaram a forma de remunerações (sendo US$ 336
em salários e US$ 84 em contribuições sociais); US$ 276 constituíram o excedente
operacional bruto do setor; US$ 42 constituíram os rendimentos de autônomos,
enquanto US$ 6 tomaram a forma de outros impostos sobre a produção de
líquidos de outros subsídios sobre a produção. A mesma análise pode ser feita
para todos os demais setores.
DICAS
71
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
E
IMPORTANT
72
TÓPICO 1 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN): CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS (CEI) E TABELAS DE
RECURSOS E USOS (TRU)
73
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
Essa conta trata de uma espécie de conta síntese que apresenta, para a
economia como um todo, as informações sobre a oferta total e a demanda total
de bens e serviços. Diferentemente das demais contas, ela traz os recursos do
lado esquerdo e os usos do lado direito da conta. Determinada conta permite que
visualizemos a seguinte identidade:
74
TÓPICO 1 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN): CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS (CEI) E TABELAS DE
RECURSOS E USOS (TRU)
Como você pôde observar, o quadro acima traz menos informações, pois
parte das informações contidas na Conta 0 – Conta de Bens e Serviços, enquanto
outra parte das informações está nas próximas contas. De posse do valor do PIB, a
conta seguinte (Conta 2.1.1 - Conta de Distribuição Primária da Renda – Geração)
busca chegar ao valor do Excedente Operacional Bruto (EOB), utilizado para
encontrar o valor da Poupança Bruta, conforme demonstrado no quadro a seguir.
75
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
E
IMPORTANT
DICAS
76
TÓPICO 1 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN): CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS (CEI) E TABELAS DE
RECURSOS E USOS (TRU)
77
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
78
TÓPICO 1 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN): CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS (CEI) E TABELAS DE
RECURSOS E USOS (TRU)
79
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
80
TÓPICO 1 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN): CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS (CEI) E TABELAS DE
RECURSOS E USOS (TRU)
81
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
82
TÓPICO 1 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN): CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS (CEI) E TABELAS DE
RECURSOS E USOS (TRU)
83
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
DICAS
84
TÓPICO 1 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS (SCN): CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS (CEI) E TABELAS DE
RECURSOS E USOS (TRU)
LEITURA COMPLEMENTAR
• atualização das estruturas de impostos com base na revisão das alíquotas e nas
novas estruturas de consumo;
85
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
86
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• Em 1953, a ONU publicou pela primeira vez o manual para a construção das
contas nacionais. Desde então, o manual do Sistema de Contabilidade Nacional
se tornou padrão utilizado pela maioria dos países.
87
AUTOATIVIDADE
88
UNIDADE 2 TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
As relações econômicas extrapolam os limites territoriais de um país.
Estão interligadas por operações econômicas, financeiras e políticas. Dentre
elas: as exportações e importações de bens e serviços, investimentos fora do país
de origem, transferências financeiras entre as mais diversas regiões do mundo,
acordos de cooperações internacionais etc. Todo o complexo de operações faz
com que o desempenho econômico de um país não dependa apenas de suas
operações internas, mas também das operações para com o resto do mundo.
89
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
2 BALANÇO DE PAGAMENTOS
Como você deve ter percebido, o foco do nosso estudo tem se pautado
de forma mais específica na macroeconomia. No entanto, é necessário incluir,
na discussão das teorias econômicas, o comércio internacional. Conforme
Silber (2011), as trocas (ou comércio), neste contexto, não são realizadas entre
os indivíduos ou empresas de uma mesma nação. Não significa que o comércio
entre as nações seja feito por meio do governo.
E
IMPORTANT
Os países não são estruturas isoladas. Eles mantêm uma série de relações
econômicas com outros países, envolvendo trocas de mercadorias, fatores de produção e
ativos, reais e financeiros (PAULANI; BRAGA, 2012).
90
TÓPICO 2 | BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA E REGISTROS
UNI
91
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
• Exportações à vista
Conta creditada (+): Exportações
Conta debitada (-): Variação de Reservas
TUROS
ESTUDOS FU
Segundo Feijó et al. (2013), no Brasil, assim como na maioria dos demais
países, os registros do Balanço de Pagamento seguem as normas publicadas pelo
Fundo Monetário Internacional (FMI) que, por sua vez, adota uma metodologia
de registro contábil compatível com o Sistema de Contas Nacionais (SCN) da
Organização das Nações Unidas (ONU), sendo este divulgado pelo Instituto
Brasileiro de Estatística e Geografia (IBGE), conforme já estudado.
92
TÓPICO 2 | BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA E REGISTROS
DICAS
93
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
E
IMPORTANT
94
TÓPICO 2 | BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA E REGISTROS
95
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
NOTA
Paulani e Braga (2012) explicam que a estrutura foi adaptada e sintetizada para
fins didáticos. A descrição das contas em sua forma completa deve ser consultada na Nota
Técnica do BACEN nº1 de julho de 2001. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/pec/
notastecnicas/port/2001nt01bpm5p.pdf>. Acesso em: 2 maio 2018.
Devemos refletir a respeito do dito por Feijó et al. (2013). Imaginemos que a
importação de um determinado bem teve um custo de US$ 120 para o importador
(CIF), dos quais US$ 15 correspondem ao frete e US$ 105 ao valor propriamente
dito. A Balança Comercial irá registrar somente US$ 105 como importação, sendo
os outros US$ 15 como pagamento de fretes (subconta da Balança de Serviços).
96
TÓPICO 2 | BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA E REGISTROS
97
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
E
IMPORTANT
Ativos intangíveis são os ativos que não possuem existência física. Exemplos:
direitos de exploração de serviços públicos mediante concessão ou permissão do Poder
Público, marcas e patentes, direitos autorais adquiridos, softwares etc.
98
TÓPICO 2 | BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA E REGISTROS
DICAS
Se você retornar à Tabela 1 da seção anterior, você verificará que o item Balança
de Renda apresenta o valor negativo de US$ 38, 1 milhões de dólares.
99
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
E
IMPORTANT
100
TÓPICO 2 | BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA E REGISTROS
E
IMPORTANT
DICAS
102
TÓPICO 2 | BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA E REGISTROS
E
IMPORTANT
103
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
E
IMPORTANT
104
TÓPICO 2 | BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA E REGISTROS
Caso contrário, ou seja, se o resultado for negativo, o país não foi capaz
de gerar os recursos necessários para honrar seus compromissos em moeda
estrangeira. Assim, terá de obtê-los de outras formas: tomar empréstimos, atrair
investimentos estrangeiros e capital de curto prazo, vai consumir suas reservas
(se ainda tiver), pedir socorro ao FMI, ou ainda, em últimos casos, vai deixar de
pagar suas contas (Declaração de Moratória).
Devemos ter em mente que, apesar de ser uma situação pouco confortável,
em termos das relações internacionais, um país pode optar por uma declaração de
moratória em detrimento de se submeter às exigências impostas para a obtenção
de recursos de organismos internacionais de ajuda (PAULANI; BRAGA, 2012),
tais como FMI e Banco Mundial.
E
IMPORTANT
105
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
E
IMPORTANT
• direitos especiais de saque (DES): ativos de reserva emitidos pelo FMI, para
funcionar como um substituto do dólar e do ouro em transações internacionais;
• ouro: ouro em espécie, que pode ser diretamente utilizado como meio de
pagamento em transações domésticas ou internacionais;
DICAS
106
TÓPICO 2 | BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA E REGISTROS
107
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
108
TÓPICO 2 | BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA E REGISTROS
109
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
110
TÓPICO 2 | BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA E REGISTROS
Y = C + I + X – M (1)
111
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
Sendo:
Sendo:
Sendo:
112
TÓPICO 2 | BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA E REGISTROS
DICAS
113
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
114
TÓPICO 2 | BALANÇO DE PAGAMENTOS: CONCEITOS, ESTRUTURA E REGISTROS
FONTE: IPEA. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Carta Conjunta. Setor Externo. 2017.
Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/171130_cc_37_
setor_externo.pdf>. Acesso em: 23 jan. 2018.
115
RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
• Possui ainda uma conta de Erros e Omissões para registrar discrepâncias entre
as transações registradas.
116
AUTOATIVIDADE
117
118
UNIDADE 2 TÓPICO 3
MATRIZ DE INSUMO-PRODUTO
1 INTRODUÇÃO
Anteriormente, você estudou o Sistema de Contas Nacionais que,
juntamente com a matriz insumo-produto, integram a contabilidade nacional de
uma país. Neste tópico, vamos estudar a matriz de insumo-produto, que foi criada
pelo economista Wassily W. Leontief, que tem por objetivo aferir o resultado da
atividade econômica em um país.
ayx = 40 = 0,4
100
119
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
E
IMPORTANT
Uma forma simples para que você possa compreender a ideia da matriz
insumo-produto, bem como a sua forma de funcionamento e aplicabilidade,
é considerar uma economia com três setores econômicos, que estabelecem
transações econômicas entre si. Se Xij representa as vendas do setor i para o setor
j, podemos construir a tabela a seguir.
120
TÓPICO 3 | MATRIZ DE INSUMO-PRODUTO
Xij = aij Xj
Xij
Considerando que a = , podemos construir a chamada matriz de
Xj
coeficientes técnicos, representada no quadro a seguir:
1 2 3
1 a11 a12 a13
2 a21 a22 a23
3 a31 a23 a33
FONTE: Paulani e Braga (2012, p. 71)
AX + Y = X
(I – A) X = Y
X = (I – A)-1 Y
Sendo a matriz (I – A)-1 chamada matriz de Leontief e I a matriz identidade.
121
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
Compras setoriais
Setores Demanda Final Produção Bruta
Vendas Setoriais
1 2 3
1 45 240 15 200 500
Setores
2 90 600 210 2.000 2.900
3 0 144 0 1.808 1.952
Valor adicionado 365 1.916 1.727 4.008 -
Produção bruta 500 2.900 1.952 - 5.352
1 2 3
1 0,09 0,08 0,01
2 0,18 0,21 0,11
3 0,00 0,05 0,00
122
TÓPICO 3 | MATRIZ DE INSUMO-PRODUTO
123
UNIDADE 2 | O SISTEMA DE CONTAS NACIONAIS E O BALANÇO DE PAGAMENTOS
LEITURA COMPLEMENTAR
Matriz Insumo-Produto
124
RESUMO DO TÓPICO 3
Neste tópico, você estudou que:
125
AUTOATIVIDADE
126
UNIDADE 3
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
A partir dos estudos desta unidade, você será capaz de:
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em três tópicos. Ao final de cada um deles, você
encontrará atividades que o auxiliarão no seu aprendizado.
127
128
UNIDADE 3
TÓPICO 1
1 INTRODUÇÃO
O sistema monetário contempla um conjunto de instituições responsáveis
pela emissão de moeda no país. Os sistemas monetários são responsáveis não
somente pelo tipo de moeda que será colocado no mercado, mas também pelo
processo de fabricação e as condições para a circulação e aceitação.
NOTA
Entretanto, você deve lembrar que antes do real outras moedas existiram no
Brasil, não é mesmo? Com certeza seus avós e seus pais já devem ter comentado sobre
moedas antigas que existiam no passado, como o cruzeiro, o cruzado, entre outras.
129
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
NOTA
NOTA
131
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
Para que você compreenda melhor a transação, considere que João foi ao
banco X e depositou $1.000 em moeda corrente. O banco X mantém $250 do valor
(ou seja, 25%) no seu caixa e empresta $750 para Maria, que toma o empréstimo
para comprar uma máquina de costura. Alice recebe de Maria $750 e deposita no
Banco W.
O Banco W retém $200 em seu caixa e empresta $550 para Paulo, que vai
pagar sua conta no açougue do bairro. O dono do açougue, Sr. Juca, deposita o
dinheiro que recebeu no banco Alfa que, por sua vez, fica com $150 e empresta
$400 para o Pedro, que utiliza o dinheiro para o pagamento do aluguel para
Thiago, que deixa o dinheiro na sua carteira.
MP = pmpp + dv
Sendo:
MP = Meios de pagamentos.
Pmpp = Papel-moeda em poder do público.
Dv = Depósitos à vista.
132
TÓPICO 1 | CONTAS MONETÁRIAS E FINANCEIRAS
Papel-moeda emitido = total de moedas metálicas ou não emitidas com autorização do Banco
Central.
Papel-moeda em poder do público = papel-moeda emitido – caixa do sistema bancário.
Meios de Pagamento = papel-moeda em poder do público + depositados à vista do público nos
bancos comerciais.
133
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
FONTE: O autor
DICAS
134
TÓPICO 1 | CONTAS MONETÁRIAS E FINANCEIRAS
NOTA
Portanto, do ponto de vista econômico, uma empresa é solvente quando está em condições
de fazer frente a suas obrigações correntes e ainda apresentar uma situação patrimonial e
uma expectativa de lucros que garantam sua sobrevivência no futuro.
Nunca uma dívida de curto prazo deve financiar um bem imobilizado. Os capitais permanentes
não só devem financiar o ativo fixo, mas também uma parte do ativo circulante. A parte do
ativo circulante financiada com capitais permanentes constitui o chamado Capital de Giro.
Disponível em: <https://educalingo.com/pt/dic-pt/solvabilidade>. Acesso em: 20 jun. 2018.
FONTE: O autor
135
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
A terceira função é que o Banco Central funcione como banco dos bancos.
Significa que o Banco Central tem a função de receber os depósitos (reservas) dos
bancos, regular, monitorar e fornecer sistemas de transferência de fundos e de
liquidações de obrigações.
Ainda, a quarta função, de ser banqueiro do governo, faz com que o Banco
Central guarde em suas origens uma estreita relação com o direito de emissão do
banco central. “O banco central atualmente continua como o principal banqueiro
do governo, pois detém suas contas mais importantes, participa ativamente do
manejo do seu fluxo de fundos e é o depositário e administrador das reservas
internacionais do país” (BRASIL, 2016, p. 20).
DICAS
4 CONTAS MONETÁRIAS
Uma das formas para compreendermos as operações dos bancos
comerciais e do banco Central é através dos seus balancetes que, em conjunto,
constituem as chamadas contas monetárias.
NOTA
136
TÓPICO 1 | CONTAS MONETÁRIAS E FINANCEIRAS
ATIVO PASSIVO
A – Encaixes F – Recursos Monetários
1. Em moeda corrente Depósito à vista
2. Em depósitos do Banco Central
a) voluntários
b) compulsórios
B – Empréstimos G – Recursos não monetários
1. Ao setor público 1. Depósito a prazo, poupança e outros
2. Ao setor privado depósitos
C – Títulos 2. Recursos provindos do BC (redesconto)
1. Públicos 3. Passivo externo
2. Privados 4. Outras exigibilidades
5. Recursos próprios
D – Outras aplicações
E – Imobilizado
137
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
138
TÓPICO 1 | CONTAS MONETÁRIAS E FINANCEIRAS
ATIVO PASSIVO
ATIVOS DO BC PASSIVO MONETÁRIO
H – Reservas Internacionais M – Base monetária (pme+dep) (pme=pmpp+cmsb)
J – Empréstimos ao TN e para outros 1. pmpp
órgãos públicos e esferas de governo 2. Depósitos à vista dos públicos nos bancos comerciais
K – Títulos públicos federais
L – Outros
ATIVOS DOS BANCOS
PASSIVO NÃO MONETÁRIO DO BC
COMERCIAIS
B – Empréstimos aos setores públicos P – Depósitos do governo federal
e provados Q – Obrigações externas
C – Títulos públicos e privados U – Outros
PASSIVO NÃO MONETÁRIO DOS BANCOS
COMERCIAIS
G1 – Depósitos a prazo
G3 – Obrigações externas
V – Outros
139
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
140
TÓPICO 1 | CONTAS MONETÁRIAS E FINANCEIRAS
LEITURA COMPLEMENTAR
Gentil Corazza
142
TÓPICO 1 | CONTAS MONETÁRIAS E FINANCEIRAS
Essa breve descrição feita por Chick (1994) é sugestiva para realçar pelo
menos dois pontos importantes: primeiro, o papel econômico dos bancos evoluiu
de uma posição de intermediação passiva para uma ação ativa, e essa mudança
implica mudança teórica sobre a relação poupança/investimento; segundo,
justamente em um período em que eles parecem ter desenvolvido ao máximo
seu papel econômico e seu poder privado de criação monetária, são desafiados
pela concorrência de outros atores no desempenho de suas funções, de modo a
questionarem sua própria existência.
FONTE: CORAZZA, Gentil. Passado e futuro dos bancos comerciais. Ensaios FEE, Porto Alegre, v.
21, n. 1, p. 101-118, 2000. Disponível em: <https://revistas.fee.tche.br/index.php/ensaios/article/
viewFile/1962/2341>. Acesso em: 10 maio 2018.
143
RESUMO DO TÓPICO 1
144
AUTOATIVIDADE
145
146
UNIDADE 3
TÓPICO 2
1 INTRODUÇÃO
O número-índice é uma medida que sintetiza, por meio de uma expressão
quantitativa, a variação média entre duas situações, considerando todos os
elementos de um conjunto.
De acordo com Feijó et al. (2013), o número-índice tem por objetivo medir
as variações no tempo, considerando determinadas operações econômicas como:
147
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
148
TÓPICO 2 | ÍNDICES DE VARIAÇÃO DE PREÇO E QUANTIDADE
NOTA
Desde então, foram editadas as seguintes revisões: em 1958 (revisão 1), 1968 (revisão 2),
1990 (revisão 3), 2002 (atualização 3.1). A revisão 4, discutida em 2002-2005, foi aprovada
pela Comissão de Estatística das Nações Unidas em 2006, para entrar em vigor em 2007.
Disponível em: <https://concla.ibge.gov.br/images/concla/documentacao/CNAE20_
Introducao.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2018.
149
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
Exemplo:
Seção A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
Divisão 01 Agricultura, pecuária, e serviços relacionados
Grupo 01.1 Produção de lavoras temporárias
Classe 01..11.3 Cultivo de cereais
Subclasse 0111-3/01 Cultivo de arroz
150
TÓPICO 2 | ÍNDICES DE VARIAÇÃO DE PREÇO E QUANTIDADE
Seções da CNAE
Seção Denominação
A Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura
B Indústria extrativas
C Indústrias de transformação
D Eletricidade e gás
E Água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação
F Construção
G Comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas
H Transporte, armazenagem e correio
I Alojamento e alimentação
J Informação e comunicação
K Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados
L Atividades imobiliárias
M Atividades profissionais, científicas e técnicas
N Atividades administrativas e serviços complementares
O Administração pública, defesa e seguridade social
P Educação
Q Saúde humana e serviço sociais
R Artes, cultura, esporte e recreação
S Outras atividades de serviços
T Serviços domésticos
U Organismos internacionais e outras instituição extraterritoriais
FONTE: Disponível em: <https://concla.ibge.gov.br/images/concla/documentacao/CNAE20_
Introducao.pdf>. Acesso em: 21 jun. 2018.
DICAS
151
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
3 CONSTRUÇÃO DE NÚMEROS-ÍNDICES
Agora que você já estudou os conceitos e a classificação dos números-índices,
vamos estudar como podemos construir tais números a partir de alguns exemplos.
5.000 , 00
Variação no preço = = 2, 5
2.000 , 00
Percentual = (2,5-1) x 100 = 1,50%
Número-índice = 2,5 x 100 = 250
Multiplicador = 2,5
152
TÓPICO 2 | ÍNDICES DE VARIAÇÃO DE PREÇO E QUANTIDADE
NOTA
Um número-índice maior que 100 significa que houve aumento em relação à base.
Um número-índice igual ao número 100 significa que o valor não se alterou em relação à base.
Um número-índice menor que 100 significa que o valor diminuiu em relação à base.
3.2 RELATIVOS
O conceito de relativo está associado à variação do valor, preço ou
quantidade de um único produto para uma dada operação econômica (consumo,
exportação, produção etc.). Assim, o cálculo do relativo é feito diretamente pela
razão dos valores entre o período final e inicial (FEIJÓ et al., 2013). Para calcular
a variação nos preços, usamos:
pti
Mp0i ,1 =
p0i
Sendo que:
De acordo com Feijó et al. (2013), com base na forma de cálculo, a variação
é expressa como um multiplicador, porém para ser considerado um número-
índice, o resultado deverá ser multiplicado por 100. Teremos:
ipti
P = i x 100
0 ,1
p0
153
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
i qti
Mq 0 ,1
= i (multiplicador)
q0
qti
Q0i ,1 = (número-índice)
q0i
Cálculo pela razão entre o valor dos produtos nos dois períodos:
vti
Multiplicador - Mv0i ,1 = ou
v0i
i vti
Número-índice - V 0 ,t
= i x100
v0
Cálculo pelo produto do índice de preço de quantidade:
i i i
Multiplicador - Mv0 ,t = Mp0 ,t xMq0 ,t
Número-índice = V0i,t Mp0i ,t xMq0i ,t x 100
Agora, veremos como utilizar as fórmulas em nossos cálculos. Considere
um conjunto de informações sobre a quantidade e o preço, conforme dados
estabelecidos no quadro a seguir, por um período de quatro anos. Escolhemos
como período de referência o ano de 2012 para o cálculo dos números-índices
para valor, preço e quantidade.
QUADRO 6 – NÚMEROS-ÍNDICES
NÚMEROS-ÍNDICES
Período Preço (R$) Quantidade Valor (R$)
2012 2 2 4
2013 3 5 15
2014 9 7 63
2015 29 15 435
154
TÓPICO 2 | ÍNDICES DE VARIAÇÃO DE PREÇO E QUANTIDADE
QUADRO 7 – NÚMEROS-ÍNDICES
Números-Índices
Período Preço (R$) Quantidade Valor (R$)
2012 100 100 100
2013 150 250 375
2014 450 350 1.575
2015 1.450 750 10.785
FONTE: Adaptado de Feijó et al. (2008)
155
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
156
TÓPICO 2 | ÍNDICES DE VARIAÇÃO DE PREÇO E QUANTIDADE
E
IMPORTANT
157
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
DICAS
158
TÓPICO 2 | ÍNDICES DE VARIAÇÃO DE PREÇO E QUANTIDADE
LEITURA COMPLEMENTAR
Luis Licks
Apenas para ficar no IPCA e no INPC, que são divulgados pelo IBGE,
pode-se constatar que o primeiro (IPCA) tende a observar o quanto variaram
os preços daqueles bens que são consumidos pelos brasileiros com rendimento
familiar de 1 a 40 salários mínimos, enquanto que o INPC é uma pesquisa para
verificar a variação dos bens mais básicos, consumidos pelas famílias que recebem
de 1 a 5 salários mínimos.
159
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
160
RESUMO DO TÓPICO 2
161
AUTOATIVIDADE
1 O que é o CNAE?
162
UNIDADE 3
TÓPICO 3
1 INTRODUÇÃO
Atualmente, mensurar a qualidade de vida, o desenvolvimento social,
econômico e político da sociedade tem sido fundamental, uma vez que foi
crescente a necessidade de tornar as informações mais acessíveis à população.
163
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
2 CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
Estudamos nas unidades anteriores que o Sistema de Contas Nacionais
tem por objetivo mensurar de forma quantitativa os agregados de uma economia,
possibilitando analisar seu desempenho em um determinado período de tempo.
NOTA
164
TÓPICO 3 | INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
NOTA
165
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
166
TÓPICO 3 | INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
NOTA
O valor zero representa a situação de igualdade, ou seja, todos têm a mesma renda. O valor
um (ou cem) está no extremo oposto, ou seja, uma só pessoa detém toda a riqueza.
Na prática, o Índice de Gini costuma comparar os 20% mais pobres com os 20% mais ricos.
No Relatório de Desenvolvimento Humano de 2004, elaborado pelo Pnud, o Brasil aparece
com Índice de 0,591, quase no final da lista de 127 países. Apenas sete nações apresentam
maior concentração de renda. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/desafios/index.
php?option=com_content&id=2048:catid=28&Itemid=23>. Acesso em: 2 maio 2018.
43,4% 10%
90% da massa total
da população 56,6% da população
da massa total
167
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
NOTA
168
TÓPICO 3 | INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
O uso de indicadores tem se tornado cada vez mais relevante nos estudos
econômicos, pois possibilita uma melhor análise da realidade e contribui para a
transparência das informações.
NOTA
Você pode observar que sempre que falamos de indicadores também nos
referimos a monitorar, mensurar, acompanhar e avaliar. Contudo, para realizar
tais ações, podemos fazer indicadores, porém nem sempre teremos as informações
prontas. Muitas vezes, precisamos inicialmente trabalhar com índices.
169
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
170
TÓPICO 3 | INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
171
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
FONTE: O autor
172
TÓPICO 3 | INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
173
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
174
TÓPICO 3 | INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
2 Dinamarca 0,247
3 Japão 0,249
34 Índia 0,325
67 Portugal 0,385
76 EUA 0,408
90 China 0,447
Observe, na figura anterior, que o primeiro país que se destaca como mais
desigual é a Hungria (0,244) e que em último está a Nambia (0,707). O Brasil se
destaca em 120º com um índice de 0,591.
175
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
176
TÓPICO 3 | INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
DICAS
177
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
LEITURA COMPLEMENTAR
Rodinei Vechia
178
TÓPICO 3 | INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
179
UNIDADE 3 | SISTEMA FINANCEIRO E INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
Mais de 66% dos gastos com pesquisas são financiados pelo setor privado
por meio de incentivos fiscais. A gestão dos recursos é eficiente, ou seja, criou-se
um ciclo virtuoso que produz continuamente resultados auspiciosos.
180
TÓPICO 3 | INDICADORES ECONÔMICOS E SOCIAIS
Estudos econômicos dão conta que cada ano de estudo escolar acrescenta
10% na produtividade de um trabalhador. Não é por acaso que na maioria dos
países europeus, assim como nos EUA, no Japão e na Coreia do Sul, há um alto
nível de escolaridade, que beira 12 anos de estudo.
FONTE: VECCHIA, Rodnei. A qualidade da educação básica brasileira comparada com outros
países. 2014. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/artigos/academico/a-qualidade-
da-educacao-basica-brasileira-comparada-com-outros-paises/78861/>. Acesso em: 22 jun. 2018.
181
RESUMO DO TÓPICO 3
182
AUTOATIVIDADE
183
184
REFERÊNCIAS
BACEN. Banco Central do Brasil. Série histórica do balanço de pagamentos.
6. ed. do manual de balanço de pagamentos e posição de investimento
internacional (BPM6). 2018a. Disponível em: <http://www.bcb.gov.br/htms/
infecon/Seriehist_bpm6.asp>. Acesso em: 16 jan. 2018.
CARVALHO, Maria Auxiliadora Vieira de; SILVA, Cesar Roberto Leite da.
Economia internacional. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. XII.
185
FEMENICK, Tomislav. Meios de pagamento. 2005. Disponível em: <http://
www.tomislav.com.br/meios-de-pagamento/>. Acesso em: 20 abr. 2018.
FORSTATER, Mathew. Pequeno livro das grandes ideias: economia. São Paulo:
Ciranda Cultura, 2008.
OXFAM. A distância que nos une: o retrato das desigualdades brasileiras. 2017.
Disponível em: <https://www.oxfam.org.br/publicacoes/a-distancia-que-nos-
une-um-retrato-das-desigualdades-brasileiras>. Acesso em: 10 maio 2018.
ROSSETTI, José Paschoal. Contabilidade social. 7. ed. Rev. e atual. São Paulo:
Atlas, 1992.
186
_______. Introdução à economia. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
187