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CULTURA E INTERCULTURALIDADE
Resumo
Este trabalho tem como objetivo pensar o livro didático como ferramenta intercultural no
ensino de inglês como língua estrangeira no Brasil. Acreditamos que uma perspectiva
intercultural seria o ideal a ser vinculado com a concepção bahktiniana de linguagem e a
concepção de inglês como língua franca. Por isso, analisamos um livro de inglês, que em suas
instruções aos professores coloca claramente o uso de inglês como língua global: Global.
Nosso objetivo é verificar se tal perspectiva também está atrelada à interculturalidade. Para
tanto, utilizamos o conceito de interculturalidade de Almeida (2011), Kramsch (1993; 2000) e
Todorov (1991), a concepção bakhtiniana de linguagem, Bakhtin/Volochinov (2009) e Jordão
(2006), e a noção do Inglês como língua global, (GIMENEZ et al, 2011; Canagarajah, 2007).
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Doutoranda em Educação na UFPR. Professora da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – câmpus Pato
Branco. E-mail: marceledagios@gmail.com.
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Mestre em Educação pela UFPR. Professora do Centro Universitário Uninter no curso de Secretariado
Trílingue e professora substituta da UFPR. E-mail: iarabruz@gmail.com.
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Mestranda em Estudos Linguísticos na Universidade Federal do Paraná na linha de pesquisa em Linguagens,
culturas e identidades: ensino e aprendizagem com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de
Ensino Superior (CAPES); participa do grupo de pesquisa Identidade e Leitura da UFPR; Especialista em
Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR);
Acadêmica do curso de Comunicação Institucional (UTFPR) e professora de língua inglesa da rede pública
estadual (SEED-PR). E-mail:katiamulik@yahoo.
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Mestranda em Estudos Linguísticos na Universidade Federal do Paraná na linha de pesquisa em Linguagens,
culturas e identidades: ensino e aprendizagem; Especialista em Ensino de Línguas Estrangeiras Modernas pela
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); Formada em Letras Português Inglês pela Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUC); professora de língua inglesa no núcleo de línguas da Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUC) e na Associação Franciscana de Ensino Senhor Bom Jesus (BJSJP);
coordenadora da aplicação do teste TOEFL iBT (Test of English as a Foreign Language) pela Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUC). E-mail: kar_aires@yahoo.com.br
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Em nossa análise destacamos uma maior preocupação com personagens e com o uso de inglês
por falantes não nativos. Falantes não nativos têm o seu espaço garantindo nesse livro
didático, que planeja ensinar a língua inglesa com uma língua internacional. Porém, apesar de
encontrarmos exemplos positivos para um ensino intercultural de inglês, os exemplos de
países ditos do eixo central prevalecem sobre o de outros países. E os exemplos de outros
países, na sua maioria tendem a serem informações quase que apenas turísticas. Assim, quem
acaba ditando as regras e as normas da língua inglesa são os nativos, deixando para os
falantes não nativos uma participação periférica. Assim, os usuários do livro têm acesso a
uma língua fixa e pronta, com regras a serem adquiridas e não têm acesso a uma língua
realmente internacional, utilizada nos mais diversos lugares por diferentes pessoas.
Introdução
A sala de aula é um lugar de encontro das mais diversas culturas. Cada aluno e cada
professor trazem consigo uma história, uma vivência e experiências próprias, eles não deixam
de serem os indivíduos que são assim que passam pela porta da sala. Quando se trata da sala
de aula de línguas estrangeiras, podemos adicionar ainda mais a cultura do país alvo. Indo
além, com o ensino de inglês como segunda língua, podemos pensar em culturas de diversos
países, pois hoje o inglês é utilizado tanto por falantes nativos quanto falantes não nativos,
para comunicação nos mais diversos contextos e por diferentes motivos.
Com uma concepção de língua que requer uma língua como discurso e não meramente
como código, o livro didático se destaca como ferramenta importante para a sala de aula de
línguas, como influenciador de seus usuários. Como o inglês é falado no mundo todo, e está
passando para o status de língua internacional5 ou língua franca (RAJAGOPALAN, 2011,
2012; SIQUEIRA, 2011, 2012), é importante que o ensino dessa língua esteja atrelado a uma
concepção intercultural de ensino, assim aprendizes da língua inglesa podem relacioná-la ao
mundo, e não apenas a uma cultura, povo ou país.
Para tanto, analisamos o livro Global (PICKERING, K; MCAVOY, J, 2010), pois
além de ser um livro atual, traz como princípio o ensino de inglês como língua internacional.
Além disso, o nome da série, que contém seis livros, já indica um ensino voltado para o
mundo todo e não apenas para países ditos do eixo central como os Estados Unidos e a
Inglaterra. Porém, ao realizar a análise, constatamos que a presença da globalidade no
material limita-se a exemplos de falantes não nativos e a informações de países que não
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Termos como inglês como língua franca, internacional ou global são usadas com um sentido comum no
trabalho. Como esse não é o foco da discussão neste trabalho, não aprofundaremos essa discussão.
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Os sujeitos que se envolvem nessas relações dialógicas não são entes autônomos e
pré-sociais, mas indivíduos socialmente organizados. Isso significa dizer que os
sujeitos se definem como feixes de relações sociais: constituem-se e vivem nestes
feixes que são múltiplos, não fixos e nunca totalmente coincidentes de pessoa a
pessoa (ainda que membros de um mesmo grupo social). Os sujeitos são, portanto,
seres marcados por profunda e tensa heterogeneidade.
normas da língua inglesa como uma língua estrangeira, mas de uma língua que permita a
comunicação entre sujeitos e culturas, estando esses sujeitos em contato ou não com o
território do falante nativo. Sendo assim, “o inglês como língua global pertence a um discurso
virtual, no qual os falantes não estão locados em uma determinada área, mas eles habitam e
praticam outras línguas e culturas em sua própria localidade imediata” (CANAGARAJAH,
2007, p. 925).
Por isso, o livro didático de língua inglesa tem um papel fundamental na interação
entre língua/cultura e os sujeitos aprendizes. A construção do conhecimento através da
linguagem e o desenvolvimento da competência intercultural são mediados pelo livro
didático, que por sua vez apresenta elementos interculturais que facilitam o processo de
aquisição da língua estrangeira com base na alteridade e no hibridismo cultural (BHABHA,
2005).
Por isso, iremos analisar um livro didático de edição recente que traz uma proposta de inglês
mundial para verificarmos se existem representações socioculturais dessa perspectiva.
O conceito de interculturalidade é, portanto, muito discutido na perspectiva
sociológica de linguagem e na perspectiva do Inglês como Língua Global. Entendida como
comunicação entre povos de diferentes culturas dentro dos limites de uma nação ou encontro
de pessoas de diferentes culturas e línguas, além das barreiras políticas de estados ou países, a
interculturalidade está presente dentro da sala de aula através das diferentes “culturas” que
cada aluno ali representa (KRAMSCH, 2000). No ensino de língua estrangeira, o aluno pode
apreender a língua do outro para refletir sobre a sua própria cultura. O aluno tem a
oportunidade de desenvolver suas percepções e visões de mundo e, assim, agir sobre este
mundo.
Kramsch também ressalta que:
discurso verbal e o contexto extraverbal, segundo Bakhtin. Para tal, existem diversas
dimensões: a primeira delas, segundo Kramsch (1993), é a linguística; e a segunda pode ser
considerada a dimensão do contexto, já que um aluno pode, por exemplo, dominar a forma
linguística, mas pode não saber em que contexto aplicá-la. Neste caso, deve haver uma
relação, um pacto entre o locutor e o seu interlocutor, no qual o contexto influenciará no
percurso da língua como um todo. Devemos considerar aqui não apenas a fala em si, mas
falante, dos traços culturais que ele carrega e dos que ele agrega com o convívio na sociedade
globalizada.
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sujeitos relacionem as culturas da língua alvo e as culturas de sua própria língua e identidades,
numa relação de alteridade. Todorov (apud DORNBUSCH, 1997, p. 183) explicita que “a
relação com o outro não se dá numa única dimensão”. Segundo o autor, esta aproximação
com o outro e com a língua/cultura alvo na sala de língua inglesa efetua-se a partir de quatro
níveis de conhecimento:
de meus próprios parâmetros, julgando que o mundo estranho segue as mesmas regras que o
meu. Nesse sentido, o elemento estrangeiro é encaixado em dois extremos – ele é bom ou
mau.
partir das informações que obtive do outro, concluindo que os valores de ambos são relativos,
e não definitivos.
abandono minha identidade primeira, não podendo a ela retornar, ao mesmo tempo que me
aproximo do outro, sem haver uma fusão total com ele. O resultado epistêmico é uma nova
reconhecimento dessa diferença. Os quatro níveis de conhecimento citados acima fazem parte
Diversos pesquisadores detêm-se nos LDs, tais como Batista (2002), Coracini (2011),
Grigoletto (2011), Bruz (2012). Este é um objeto que mudou no decorrer do tempo e ainda
sofre constantes mudanças. Segue as tendências que o mercado exige já que move bilhões de
reais nas suas vendas. Em 2007, a revista Época publicou uma reportagem intitulada “Maior
segmento do mercado editorial é o de livros didáticos”, na qual destaca a importância
comercial que a indústria de LD criou no Brasil.
Batista (2002) indica certa falta de prestígio de pesquisas realizadas sobre LDs, apesar
disso o LD é um bem de consumo, está presente nas escolas em todo o país (ibid., 2002), além
de e movimenta milhões de reais em programas do governo relacionados ao LD. Assim
sendo, o LD, é objeto relevante para ser pesquisado.
O LD faz parte das nossas histórias pessoais. Desde quando freqüentamos a escola já
temos contato com LDs. Estamos tão habituados a tê-los nos nosso dia a dia, seja na escola,
em cursos, etc que acabamos não questionando seus conteúdos. Muitos professores e alunos
consideram os conteúdos apresentados pelos LDs como a verdade (única e inquestionável).
Segundo Grigoletto (2011), aponta algumas características para esse discurso de verdade. O
LD possui um “caráter homogeneizante”, que considera os alunos como um bloco de
indivíduos iguais uns aos outros, independentemente do local onde é utilizado. Também se
encontra nos LDs a “repetição” dos exercícios, que leva os alunos a uniformizarem suas
reações diante das atividades ali propostas. E, por fim, os conteúdos são apresentados de tal
forma que parecem ser naturais, “criando-se o efeito de um discurso cuja verdade ‘já está lá’,
na sua concepção” (GRIGOLETTO, 2011, p. 68).
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Big and Small
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2010, p. 63). Porém, esses exemplos apenas fornecem informações turísticas. Não
acrescentam muito sobre a cultura dos lugares e nem sobre como o inglês é falado e onde por
seus moradores.
Por fim, destacamos um exemplo final sobre o país Papua Nova Guiné (figura 3).
Neste exemplo existem informações sobre o país e está na unidade intitulada “línguas &
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aprendizado” (PICKERING; MCAVOY, 2010, p. 91). Como podemos observar, as
informações contidas no texto são basicamente sobre as línguas faladas no país. Interessante
que não há informações sobre o inglês, que também é falada pela população e é uma das
línguas nacionais do país ao lado do Tok.8 Resta perguntar o porquê omitir essa informação?
Não é interessante para os alunos e professores saberem que o inglês está lado a lado de
outras línguas em países multilíngues e multiculturais. Por que o inglês apenas aparece como
língua oficial em países considerados do eixo principal como Estados Unidos, Inglaterra,
algumas vezes Autrália, Irlanda? Será que o inglês aparecesse vinculado a países
multiculturais perderia seu prestígio? Em outra unidade, em outro assunto, no livro é
mencionado que o inglês é língua oficial em 53 países (PICKERING; MCAVOY, 2010,
p.93), mas o assunto não é detalhado.
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Languages & learning
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http://www.ethnologue.com/country/PG/status
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Outro ponto a ser destacado é a escolha da foto nesse exemplo. Como podemos notar,
aparecem apenas pessoas caracterizadas. Há a omissão de que existem pessoas que parecem
com pessoas como nós (figura 4), como mostra o exemplo da figura em uma eleição. A
impressão que temos é que em um país com aproximadamente 841 línguas faladas, não existe
civilização aos moldes ocidentais. É interessante colocar exemplos das diferenças entre
culturas, mas também seria interessante serem colocados exemplos de semelhanças. Assim os
usuários dos livros não constroem apenas uma versão da cultura/país que estão vendo no
livro. Como está colocado aqui nos exemplo da figura 3, pode ser motivo de uma construção
estereotipada dos papuásios.
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Disponível em: < http://www.heraldsun.com.au/news/world/teenage-son-of-a-papua-new-guinea-election-
official-has-been-kidnapped/story-fnd134gw-1226441270811> Acesso em: 20 maio 2013.
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(PICKERING; MCAVOY, 2010, p. 93). Mesmo com mais exemplos do que em outros livros
didáticos de personagens de outros países, as informações ainda tendem a ser turísticas.
É um avanço outras culturas terem seu lugar garantido dentro de um livro didático de
inglês. Segundo Rajagopalan (2012), todo material carrega em si uma ideologia, que
geralmente está implícita, ou seja, não podemos nunca afirmar que livros didáticos são
neutros e são influenciadores “de maneira muito sutil” (RAJAGOPALAN, 2012, p. 75) quem
os utiliza. Assim sendo, percebemos que o livro em questão nessa análise, apesar de conceder
mais espaço para personagens e informações de locais que não possuem a língua inglesa
como língua materna ou oficial, ainda assim prevalecem informações de países considerados
do eixo central como Inglaterra.
Siqueira (2011), afirma que precisamos começar a “colorir as nossas salas de aula”
(2011, p. 109) de inglês como língua franca com sotaques oriundos do mundo todo. O autor
complementa:
Vamos trazer as vozes dos guetos, das minorias, dos imigrantes, dos contadores de
histórias que traduzem em palavras, versos, olhares e emoções as mais belas, ricas e
diversificadas tradições culturais de sociedades da África, Ásia, América e até do
interior dos enclaves excluídos que hoje povoam as grandes metrópoles dos países
hegemônicos de língua inglesa. (Ibid., p. 109)
Se o livro analisado fosse seguir a sugestão de Siqueira (2011), iríamos ter mais acesso
a informações sobre falantes de inglês de outras partes do mundo e esses exemplos não iriam
tender mais para o turismo que para a cultura dos locais. Não haveria uma concentração maior
de exemplos de países falantes nativos da língua. O livro quando coloca a intenção de ensinar
o inglês como língua internacional e ao mesmo tempo tende para uma vertente apenas do
inglês – a dita britânica- implica que existe uma norma fixa a ser seguida. Isso vai a favor do
que Rajagopalan coloca, “é certo que o ensino e a aprendizagem de línguas estrangeiras, nos
moldes nos quais vimos conduzindo as nossas práticas pedagógicas, se valem muito de
códigos fixos previamente elaborados” (2012, p. 63) e vai contra com o que o autor relata em
seguida, “mas, isso não quer dizer que a disponibilidade de tais códigos seja condição sine
qua non para as atividades em questão” (Ibid., p. 63).
Siqueira (2012) coloca que muitas editoras estão atentando para esse aspecto, mesmo
que timidamente. “Porém, fica claro que o inglês que está sendo ensinado não o inglês (nem
os ‘ingleses’) do mundo”. (SIQUEIRA, 2012, p. 335). Parece que o inglês internacional fica
camuflado ao lado da vertente com prestígio dos falantes nativo. É o falante nativo quem dita
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regras e fornece as instruções dos exercícios. São os falantes nativos quem mais aparecem no
livro didático, assim ditando a norma da língua inglesa proveniente deles.
Considerações Finais
REFERÊNCIAS
BATISTA, Antônio Augusto Gomes. “Um objeto variável e instável: textos, impressos e
livros didáticos”. IN: ABREU, Márcia (org). Leitura, História e História da Leitura.
Coleção Histórias de Leitura, Campinas: Mercado de Letras/ Associação de Leitura do Brasil;
São Paulo: FAPESP, 1ª re-impressão, 2002
CORACINI, Maria José. O livro didático nos discursos da Linguística Aplicada e da sala de
aula. In: CORACINI, M. J. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático.
Campinas, SP: Pontes Editores, 2011.
GIMENEZ, T. CALVO, L.C.S.; EL-KADRI, M.S. (orgs.) Inglês como língua franca:
ensino-aprendizagem e formação de professores. Campinas: Pontes, 2011.
____________. Se o inglês está no mundo, onde está o inglês nos materiais didáticos de
inglês?. In: SCHYERL, D.; SIQUEIRA, S. (Orgs.) Materiais didáticos para o ensino de
língua na contemporaneidade: contestações e proposições. Salvador: EDUFBA, 2012.
VOLOCHINOV, V.N. Discourse in Life and Discourse in Art. In: Freudianism. A marxist
critique. Tradução de: FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. New York, Academic
Press, 1976. p. 93-116.