NORTE DO PARANÁ
Campus de Cornélio Procópio
DANIEL VIEIRA DA SILVA
Cornélio Procópio
2020
1. Os anticorpos são a forma secretada do BCR. As moléculas de
anticorpos possuem uma forma de "Y" e consistem em três segmentos de
igual tamanho, conectados por uma porção flexível. Descreva,
detalhadamente, a estrutura de uma molécula de anticorpo, indicando as
funções de cada parte da molécula.
R: A molécula de anticorpo consiste em uma estrutura simétrica composta por
duas cadeias proteicas leves (L) e duas cadeias proteicas pesadas (H). As
duas cadeias L são idênticas entre si e as duas cadeias H são idênticas entre
si. Cada uma das quatro cadeias totais apresentam uma extremidade
aminoterminal e uma extremidade carboxiterminal. As regiões aminoterminal da
molécula são variáveis, podendo variar em sua composição, e as regiões
carboxiterminais são constantes, não variando em sua composição.
A molécula do anticorpo apresenta uma porção denominada de região de
dobradiça, cuja função é permitir a movimentação da porção superior do
anticorpo, mas que ao ser quebrada, separa o anticorpo em três fragmentos.
Um dos fragmentos é chamado de fragmento cristalizávei (Fc), sendo a região
que contém apenas domínios Imunoglobulina (Ig) constantes, ou seja, que não
variam em sua composição. O Fc participa das funções efetoras
desencadeadas pela ligação com o antígeno. Os outros dois fragmentos são
denominados fragmentos de ligação de antígeno (Fab) e são compostos por
domínios Ig constantes e variáveis. O Fab é responsável pela ligação da
molécula ao antígeno. O anticorpo também apresenta uma região nas
extremidades aminoterminais tanto das cadeias L e H que são variáveis e, que
devido a essa característica, formam a região de determinação de
complementariedade (CDR). Os peptídeos que compõem a CDR são formados
por genes altamente recombinantes, dessa forma, a CDR é responsável pela
especificidade do anticorpo com um determinado antígeno.
11. A ativação das células T virgens requer a interação com uma APC,
como uma célula dendrítica. (a) Quais as diferentes moléculas das células
T envolvidas nesses processos, e com o que elas interagem nas APCs?
(b) Que consequências você esperaria se essas moléculas estivessem
ausentes em um indivíduo? (c ) Como você poderia usar tais moléculas
para desenvolver fármacos anti-inflamatórios ou imunossupressores?
R: a) São os receptores de linfócitos T (CTR), que reconhecem o peptídeo
antigênico presente na molécula de MHC e os ligantes de membrana, que se
ligam aos coestimuladores das células dendríticas.
b) Caso os CTRs estiverem ausentes, o linfócito T não poderá ser ativado pela
célula dendrítica, pois sem a interação com o peptídeo antigênico ligado ao
MHC, o linfócito T não poderá atuar no combate do microrganismo responsável
por este antígeno. Caso os ligantes de membrana estejam ausentes, o linfócito
T até será ativado, através da interação do seu CTR com o complexo peptídeo-
MHC, porém, esse linfócito irá sofrer apoptose ou irá gerar uma resposta imune
tolerante, que não combate o microrganismo responsável pelo antígeno.
c) Pode-se utilizar moléculas que inibem a interação dos coestimuladores da
célula dendrítica com os ligantes de membrana do linfócito T imaturo, dessa
forma o linfócito não é ativado completamente.
16. Como são geradas e quais são as funções das células T CD4+ na
imunidade mediada por células?
R: Os linfócitos T CD4+ que atuam na imunidade mediada por células tem
duas funções principais, reconhecer antígenos microbianos para serem
eliminados por fagócitos e secretar anticorpos de linfócitos B que irão se ligar
aos antígenos. Em ambos os casos, citocinas liberadas pelo linfócito T CD4+
irão determinar a sua função.