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FORMULÁRIO-SÍNTESE DA PROPOSTA - SIGProj
EDITAL 2019 - FLUXO CONTÍNUO DAS AÇÕES DE EXTENSÃO
PARTE I - IDENTIFICAÇÃO
TÍTULO: Minicurso: Sistemas de Justiça e humanização
TIPO DA PROPOSTA:
( X )Curso ( )Evento ( )Prestação de Serviços
( )Programa ( )Projeto
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Universidade Federal do Tocantins
Pró-Reitoria de Extensão, Cultura e Assuntos Comunitários
1. Introdução
Periodicidade: Permanente/Semanal
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A Ação é Curricular? Não
Abrangência: Regional
1.2.1 Turmas
Turma 1
Identificação: Minicurso sobre sistemas de justiça e humanização
Data de Início: 22/04/2019
Data de Término: 26/04/2020
Tem Limite de Vagas? Sim
Número de Vagas: 50
Tem Inscrição? Sim
Início das Inscrições: 22/04/2019
Término das Inscrições: 26/04/2020
Contato para Inscrição: Bloco C - auditório
1.3 Público-Alvo
Nº Estimado de Público: 13
Discriminar Público-Alvo:
A B C D E Total
Público Interno da Universidade/Instituto 0 0 0 0 0 0
Instituições Governamentais Federais 3 3 3 1 3 13
Instituições Governamentais Estaduais 0 0 0 0 0 0
Instituições Governamentais Municipais 0 0 0 0 0 0
Organizações de Iniciativa Privada 0 0 0 0 0 0
Movimentos Sociais 0 0 0 0 0 0
Organizações Não-Governamentais
0 0 0 0 0 0
(ONGs/OSCIPs)
Organizações Sindicais 0 0 0 0 0 0
Grupos Comunitários 0 0 0 0 0 0
Outros 0 0 0 0 0 0
Total 3 3 3 1 3 13
Legenda:
(A) Docente
(B) Discentes de Graduação
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(C) Discentes de Pós-Graduação
(D) Técnico Administrativo
(E) Outro
1.4 Parcerias
Caracterização: Presencial
Subcaracterização 1:
Resumo da Proposta:
Palavras-Chave:
o minicurso contará com cinco encontros, quatro de formação e um de vivência,sendo eles os seguintes: 1
- sistemas de justiça, vulnerabilidades e humanização; 2 - gênero e interseccionalidades; 3 - políticas
públicas e a rede de atendimento à mulher; 4 - metodologias ativas e 5 - visita técnica à rede.
1.6.1 Justificativa
Permitir que o curso de direito da UFT realize mudanças positivas nas comunidades, esclarecendo,
orientando e até atuando judicialmente nos propósitos de prevenção e/ou repressão da violência contra as
mulheres residentes na periferia de Palmas/TO. Para que esse projeto se concretize, faz-se necessária a
qualificação dos/as acadêmicos/as que atuarão no projeto e os demais, para que tenham uma formação
humanizada.
A parceria com o MP/TO e com as advogadas voluntárias também fortalece o projeto, trazendo mais
pessoas e também compartilhando experiências, espaço e técnicas, nos propósitos do projeto.
O conceito de gênero concerne especificamente à categoria de pessoas, difere da expressão 'gênero', que
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'significa classe ou categoria que se divide em outras classes, categorias ou espécies que apresentam
caracteres comuns convencionalmente estabelecidos' e representa conceito histórico e dinâmico com
vários conteúdos de significado. É tema fulcral dos debates do movimento e teorias feministas, inclusive,
indo além, com a desconstrução de estereótipos e a afirmação de novos comportamentos e novas
identidades. Pimentel, Sylvia. Gênero e direito. Enciclopédia Jurídica da PUC/SP.
Joan Scott em seu artigo, Gênero uma categoria útil de análise histórica, publicado no Brasil em 1995, põe
em evidência que o uso do termo Gênero tem uma conotação mais objetiva e neutra que a categoria
‘mulheres’. Sendo assim, este se ajustaria de forma mais científica às ciências sociais dissociando-se da
política do feminismo. O gênero incluiria as mulheres sem mencionar, de forma estratégica, o que parecia
ser uma forte ameaça nos anos 1980, quando se buscava uma legitimidade acadêmica para os estudos
feministas.
Sendo assim, estudar o termo gênero é também uma forma de estudar mulheres. Cabe ainda destacar
que a pensadora americana é enfática em suas matrizes teóricas advinda do movimento na Nova História
e do Pós-estruturalismo.
Desta forma, o termo gênero constituiu-se como um instrumento analítico para designar as relações
sociais entre os sexos, definindo-se como uma “categoria social imposta sobre um corpo sexuado”
(SCOTT, 1995, p.80).
Incontestável a luta feminista para a equidade de gênero na sociedade. O estudo e as práticas que
permitam a desconstrução da ideia de que haja lugares preestabelecidos para as mulheres na hierarquia
social precisa ser incentivado, especialmente, na formação de acadêmicos (as) de direito. Nesse sentido,
na obra recentíssima “Constitucionalismo Feminista”, o importante destaque:
A história do feminismo e sua explosão em 2015 conhecida como a nova onda do feminismo, traz
reflexões sobre como se dá a construção coletiva da identidade da mulher e o quanto há reflexos no direito
das famílias, no direito do trabalho, no direito empresarial, no direito penal, no direito empresarial e etc.
Vê-se que a partir das críticas ao patriarcado, é viável uma sociedade melhor, menos violenta e mais
igualitária se as estruturas de gênero e raça puderem ser contestadas e modificadas, em prol da
igualdade, fundamento do direito e da própria constituição federal brasileira.
O próprio direito internacional dos direitos humanos garante o direito à igualdade, englobando aí,
identidade, diferença e igualdade como pressupostos de compreensão e aplicação do direito interno.
Nesse sentido, programas como o programa das Nações Unidas para o desenvolvimento, trazem
“Políticas para erradicar la violencia contra las mujeres in América latina y el Caribe. ONU (2007).
Em “ Identity and Violence: the illusion of destiny”, Sen, Amartya ( 2006, p.4), chama a atenção como a
diversidade pode ser um elemento para se aniquilar direitos. Ou seja, a diferença term servido apenas
para ver o outro (a) menor em dignidade e direitos: “ identity can be a source of richness and warmth as
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well as of violence and terror”.
Neste sentido o direito precisa reconhecer a categoria mulher negra, pois é importante contextualizar a
questão racial na sociedade capitalista, bem como seus impasses e dilemas, marcada por um sistema
desigual que não reconhece a população negra como sujeito de direito colocando a no lugar de
subalternidade.
Sendo assim, mesmo quando há mais de 130 anos da suposta libertação de escravos, fica mais nítido
compreender que faltam ainda muitos passos, para que a população negra tenha o mesmo acesso à
saúde, à educação de qualidade, às mesmas condições de trabalho.
No tocante a reflexão sobre a mulher negra, a abordagem deste projeto é realizada a partir das análises de
Sueli Carneiro (2003; 2015), Lélia Gonzalez (1984, 1988a), Beatriz Nascimento, Kimberlé Crenshaw
(2002), Angela Davis, Ochi Curiel, e tantas outras mulheres negras que tem produzido teoricamente desde
os anos de 1980 numa perspectiva de gênero, raça, classe e sexualidade.
O curso de direito precisa trazer essas reflexões e reconhecimentos de situações fáticas porque o caminho
para a redistribuição e reconhecimento de identidades e asseguramento da dignidade deve ser dar por
meio da justiça. O curso de direito formará cidadãos e cidadãs que atuarão nesse sistema de justiça, que
por sua vez, devem ter referencial teórico e práticas que os ensinem a lutar por tais direitos. FRASER,
Nancy. Igualdade, Identidade e Justiça Social. LE MONDE DIPLOMATIQUE BRASIL. Jun. 2012.
A preocupação com o direito internacional aplicável aqui diz respeito à necessidade de um diálogo
cosmopolita, para se alcançar uma hermenêutica global contra a lógica neocolonialista de imposição de
modelos centrais aos constituiconalismos periféricos. BURGORGUE- LARSEN, Laurence. Des droit
invoques aux droits protégés. Les petites affiches, Paris, n. 31, 2011.
O projeto preocupa-se com as especificidades da mulher negra e da mulher lésbica, para o que, uma
professora especialista nos temas fará o acompanhamento dos acadêmicos (as) interessados nessa
temática.
Também nos importa, a jurisprudência local e nacional sobre temas relacionados às mulheres e ações que
busquem políticas públicas que atenda as mulheres, sobretudo as que estão na periferia local. Silva,
Christine Oliveira Peter da. Por uma teoria feminina da Constituição. In: LEITE, George.
1.6.3 Objetivos
O objetivo geral desse projeto é permitir que a formação acadêmica dos alunos/as do curso de direito da
UFT seja sensível à determinação constitucional de igualdade e equidade e que levem à sociedade local
uma contribuição prática de seus aprendizados.
Objetivos específicos:
1 - O estudo da teoria crítica do direito feminista ( que passa pela compreensão de direitos humanos e
direitos fundamentais, orientados pela proteção internacional de direitos humanos);
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2 - A compreensão de como na prática buscar que a Justiça seja aplicável aos casos de violação dos
direitos das mulheres;
3 - A compreensão de que direito e gênero está presente no direito das famílias, direito do trabalho, direito
empresarial, direito penal e o quanto todas essas possibilidades jurídicas devem ser orientadas por um
direito internacional.
cliente, a perspectiva da intervenção jurídica a ser realizada é marcada pela alteridade. Significa dizer que
suas ações são informadas pela realidade econômica, social e cultural daquelas COM quem se está
trabalhando, e não PARA quem se está trabalhando.
Atender e encaminhar os casos em que se faça necessária a intervenção da rede de assistência social
municipal;
Reunir elementos mediante análise de processos judiciais, aplicação de questionários e/ou realização de
entrevistas para fins de
Capacitar os/as alunos/as na percepção da violência de gênero e nas estratégias para superá-la;
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1.6.5.1 Conteúdo Programático
1.6.7 Avaliação
Pelo Público
Pela Equipe
BEAUVOIR, Simone. O segundo sexo. A experiência vivida. Trad. por Sérgio Millet. 3. Ed. São Paulo.
BEDÍA, Rosa Cobo. Aproximaciones a la teoría crítica feminista. Boletín del programa de formación, no 1,
ano 1. Lima: CLADEM, abr., 2014. Disponível em: . Acesso em: 20.01.2017.
BUTLER, Judith. El género en disputa: el feminismo y la subversión de la identidad. Trad. por Maria
Antônia Muñoz. Barcelona: Paidós Ibérica, 2007.
Claassen, R. (2014). Human dignity in the capability approach. In M. Düwell, J. Braarvig, R. Brownsword, &
D. Mieth (Eds.), The Cambridge Handbook of Human Dignity: Interdisciplinary Perspectives (pp. 240-249).
Cambridge: Cambridge University Press. doi:10.1017/CBO9780511979033.030
CARNEIRO, Sueli. Enegrecer o feminismo. A situação da Mulher Negra na América Latina a partir de uma
perspectiva de gênero. Disponível em:
COOK, Rebecca J. Human rights and maternal health: exploring the effectiveness of the alyne decision,
global health and the law. Journal of law, medicine and ethics, 2013.
CRUZ, Rúbia Abs. Lei Maria da Penha: a compreensão da violência de gênero no Supremo Tribunal
Federal e no Superior Tribunal de Justiça. Dissertação. Mestrado em Direito. Faculdade de Direito, Centro
Universitário Ritte dos Reis: Porto Alegre,2017.
DAVIS, Angela. Mulheres, raça e classe. Trad. por Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2016.
ERTÜRK, Yakin. 15 years of the United Nations special rapporteur on violence against women, its causes
and consequences (1994 – 2009). Disponível em:. Acesso em: 20.01. 2019.
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FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. 2. ed. rev. ampl.
Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
ARENDT, Hannah. A vida do espírito: o pensar, o querer, o julgar. Trad. Por Antonio Abranches. Rio de
Janeiro: Relume Dumará, 1995.
HESPANHA, António Manuel. O caleidoscópio do direito: o direito e a justiça nos dias e no mundo de hoje.
2. ed. Coimbra: Almedina, 2009.
IHERING, Rudolf Von. A luta pelo direito. 6. ed. Rio de Janeiro: Forense, 1987.
LIMA, Luiza Ferreira. A verdade produzida nos autos: uma análise de decisões
judiciais sobre a retificação de registro civil de pessoas transexuais em tribunais brasileiros. Dissertação de
Mestrado. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.
Departamento de Antropologia, 2015.
NOVAK, Bruna e outras. Constitucionalismo Feminista. Editora Jus Podium. São Paulo: 2019.
ONU. Born free and equal: sexual orientation and gender identity in international human rights law. New
York and Geneva, 2012. Disponível em: .
PIMENTEL, Silvia. Evolução dos direitos da mulher: norma, fato, valor. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 1978.
RIBEIRO, Djamila. Prefácio. Mulheres, raça e classe. Angela Davis. Trad. por
SAFFIOTI, Heleieth I. B. Gênero, patriarcado e violência. 2. ed. São Paulo: Expressão Popular: Fundação
Perseu Abramo, 2004.
SAFFIOTI, Heleieth I.B.; ALMEIDA, Suely Souza. Violência de gênero: poder e impotência. Rio de Janeiro:
Revinter, 1995.
SEN, Amartya. Identity and Violence: The Illusion of Destiny. W.W. Norton & Company, 2007.
WEISELFISZ, Julio Jacobo. Mapa da Violência 2015: Homicídio de mulheres no Brasil. Brasília: Flacso,
2015. Disponível em . Acesso em 20.03.2017.
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1.6.9 Observações
1.7 Divulgação/Certificados
Meios de Divulgação:
Contato:
Emissão de Certificados:
Qtde Estimada de Certificados para Participantes:
Qtde Estimada de Certificados para Equipe de Execução: 0
Total de Certificados: 0
Menção Mínima:
Frequência Mínima (%):
Justificativa de Certificados:
1.9 Anexos
Nome Tipo
Modelo de Termo de Ciência
termo_de_ciencia___graziela_tavares_de_souza_reis___1_.pdf
e Compromisso
TERMO DE COMPROMISSO
termo_de_compromisso_do_aluno_voluntario___dinah.pdf
DO ALUNO VOLUNTÁRIO
TERMO DE COMPROMISSO
termo_de_compromisso_do_aluno_voluntario___dinah.pdf
DO ALUNO VOLUNTÁRIO
Modelo de Termo de
termo_ministerio_publico.pdf
Anuência
TERMO DE ADESÃO E
COMPROMISSO DE
PARTICIPAÇÃO
anuencia_dra_haydee.pdf
VOLUNTÁRIA DE
PRESTADORES DE
SERVIÇO
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2. Equipe de Execução
Discentes da UFT
Nome Curso Instituição Carga Funções
Dinah da Silva Rodrigues Direito UFT 0 hrs
Técnico-administrativo da UFT
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Coordenador:
Nome: Graziela Tavares de Souza Reis
Nº de Matrícula: 1629573
CPF: 99502135920
Email: grazielareis@mail.uft.edu.br
Categoria: Professor Adjunto
Fone/Contato: 63 - 32154737 / 63 - 9 92228072
, 03/10/2019
Local Graziela Tavares de Souza Reis
Coordenador(a)/Tutor(a)
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