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Comissão Editorial:
Diretor: Calasans Rodrigues
Eliana Carvalho
Ondemar Dias Jr.
Desenhistas:
Eva Sellei
Ondemar F. Dias
Auxiliares:
Rosângela Menezes
Divino de Oliveira
Carmen Salvador
Calasans Rodrigues
Eliana Carvalho
Ondemar Dias Jr.
Laura Silva
Paulo Seda
Índice
Além dos Profs. Claro Calasans, Ondemar Dias e Eliana Carvalho, com
vasta bibliografia publicada e já por demais conhecidos dos leitores, também
colaboram neste número o Prof. Paulo Seda, responsável pelo Núcleo de
Documentação de Arte Rupestre do Departamento de Pesquisas do IAB, já
experiente profissional integrado à Equipe e que pela primeira vez assina, como co -
autor, um artigo neste veículo de divulgação e a Prof.ª Laura Silva, da primeira
turma de arqueólogos formados em nível de graduação no Rio de Janeiro, que
igualmente integra a equipe e que faz sua estreia nesta oportunidade.
Podemos considerar São Tomé das Letras como a cidade mais “sui generis”
do Brasil, onde o tijolo não entrou, nem há casas de palha, pois o arenito ali
abundante fornece o único material usado nas construções. Extensos paredões de
pedras sobrepostas cercam a cidade dando-lhe um aspecto de ruínas. Até os telhados
das casas são grandes placas de arenito. O cemitério, vasto retângulo de pedras, foi
feito com terra trazida da baixada.
As “letras” nada mais são do que sinalações rupestres identificadas pelo Dr.
Ondemar Dias em 1968, quando, pelo IVº Ano do Programa Nacional de Pesquisas
Arqueológicas (PRONAPA) uma equipe do IAB se dirigiu à cidade de Baependi, de
onde seguiu para o Município de São Tomé das Letras, com o propósito de fazer o
levantamento e o cadastramento das pinturas rupestres existentes.
A informação fora dada pelo autor que ali estivera anteriormente com um
grupo de excursionistas e que então integrava a equipe. Foi feito naquela
oportunidade o cadastramento dos três sítios que constam do presente trabalho e
cujas características são as seguintes:
Citações Bibliográficas
5- Breves notas a respeito das pesquisas no sul de Minas Gerais, In: PROGRAMA
NACIONAL DE PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS; PRONAPA 4. Belém, PA,
Museu Paraense Emilio Goeldi (pub. Av. 26) pg. 133-148. 1971.
O Sítio D. Laura – RJ – LP – 43: Uma Pesquisa de Salvamento Num
Sítio Tupiguarani
Laura Silva
Introdução
Metodologia Aplicada
1- Dificuldades:
2- Técnica utilizada:
Iniciamos demarcando a área do achado (Corte 1) com aproximadamente 1m
x 1m. Como se tratava de um salvamento, realizamos a escavação retirando-se,
gradativamente, toda a terra de cima e ao redor da urna, para deixá-la exposta,
juntamente com as demais tigelas, que se fizeram acompanhar e que se encontravam
sobre a urna. Foi recolhida a terra granulada que estava no seu interior.
3- Documentação:
Material
Conclusão
É interessante ressaltar a importância deste material, uma vez que não se teve
ainda notícia de padrões de enterramento semelhantes a este, ou seja, de uma urna
coberta por duas tampas, na nossa área de atuação.
Equipe de trabalho
- Pesquisadores: Laura Silva, Eva Sellei, Rosangela Menezes, Eutália Pons, Gilda
Andrade, Cíntia Jalles, Marcelo Mazzi e Divino de Oliveira.
Bibliografia
Eliana Carvalho
Paulo Seda
9- Rocha Suporte: tipo de rocha que serviu de base para a obra rupestre;
É válido ressaltarmos que a maior parte destes dados foram obtidas através de
rápidas prospecções, daí, alguns apresentarem-se imprecisos ou menos incompletos.
Além dos sítios apresentados, existem ainda outros seis, que não foram relacionados,
devido aos dados encontraram-se muito incompletos: MG-CF-1, Lapa do Salitre I,
em Coração de Jesus; MG-CF-2, Lapa Pintada do Serapião, em Brasília de Minas;
MG-JF-3, Lapa dos Bichos, em Januária; MG-JF-8, Lapa da Lavagem, em Manga;
MG-CF-13, Lapa do Mamed, em Montalvânia e MG-CP-1, Gruta do Chié, em Além
Paraíba.
Apêndice
Referências Bibliográficas
14- DIAS JR., Ondemar F.; CARVALHO, Eliana; CHEIUCHE, Lilia. Pesquisas
arqueológicas em Minas Gerais (Brasil): O Propevale (Programa de
Pesquisas no Vale do São Francisco). Paris, Fondation Singer – Polignac,
1976. Separata de Actes du XLII congrés International des Americanistes,
Paris, v. IX-A: 13-34. 1976.
15- A Arte Rupestre do Vale do São Francisco em Minas Gerais. Paris, Fondation
Singer-Polignac, 1976. Separata de Actes du XLII Congrés International des
Amercanistes, Paris, v. IX-B: 301-12.
16- DIAS JR., Ondemar F. & CARVALHO, Eliana. Dados Preliminares sobre as
Escavações na Gruta do Gentio II (MG). Boletim do Instituto de Arqueologia
Brasileira. Rio de Janeiro, IAB, 10, 1982. No prelo.
18- PEPE, Braz F. & DIAS JR., Ondemar F. - Cerâmica Arqueológica do Norte e
Nordeste Mineiro – A Fase Cochá. Suplemento Ciência e Cultura. São Paulo,
25(6): 33. - 1973
19- PEREZ, Sonia. Práticas Funerárias nas Grutas da Região Sudeste do Brasil.
In: CONGRESSO NACIONAL DE ESPELEOLOGIA, 11, Ouro Preto, 1977.
No prelo.
Agradecimentos
Introdução
Em 1970 organizamos o Programa de Pesquisas no Vale do São Francisco
(PROPEVALE), destinado a efetuar as primeiras pesquisas arqueológicas no vale
mineiro daquele rio, até então praticamente em branco, exceto a área do seu
afluente, o rio das Velhas. Nesta primeira etapa os objetivos eram os mais
extensivos possíveis, pois procurávamos levantar os dados iniciais sobre a
potencialidade arqueológica do vale e as suas relações com as áreas vizinhas, que
também começavam a ser pesquisadas.
(*) Este trabalho foi verbalmente apresentado na Primeira Reunião Científica da Sociedade de
Arqueologia Brasileira (SAB) realizada no Rio de Janeiro em setembro de 1981, porém os originais
escritos não ficaram prontos a tempo de serem incluídos na publicação dos Anais.
(**) Diretor de Pesquisas do Instituto de Arqueologia Brasileira
(***) Coordenadora Técnica do Departamento de Pesquisas do IA
Com este intuito recomeçamos a prospecção em Unaí, sob a chefia do Prof.
Franklin Levy, o mesmo técnico que havia localizado a Gruta do Gentio. Desta feita,
em 1977, foram prospeccionados mais três sítios cobertos (Saco Grande, Foice I e
Foice II). A Lapa da Foice I, pelas suas características foi selecionada para a
escavação.
A Lapa da Foice I foi escavada em duas jornadas, durante o ano de 1980, sendo estas
as primeiras notícias a respeito daqueles trabalhos.
Características do Sítio
A Lapa da Foice (MG-RP-8) é de fácil acesso e tem sua boca voltada para o norte.
No paredão aparecem três salões interligados numa única cavidade do pilar.
Denominamos cada um deles com algarismo, sendo “1” o da extremidade oeste (a
direita de quem entra) e o “3”, o do extremo leste. Os dois primeiros apresentam
uma altura de boca (no conjunto) com cerca de 20 metros de altura. A profundidade
da lapa não ultrapassa os 12 metros na área da antiga habitação, embora possua
corredores e entradas baixas mais profundas, No aspecto geral, a Lapa está no meio
termo entre o que se convencionou chamar de “caverna” e “abrigo”.
A linha zero topográfica foi por nós estabelecida numa paralela à boca da
caverna e pudemos observar que a partir daí o solo sobe suavemente, na direção
leste, até cerca de mais 85 centímetros. Desta linha até a base do campo, na boca, há
um suave declínio, que em cerca de 10 metros de extensão, já no pasto (referência de
nível) atinge a cota de menos 1,70 metros. Daí, portanto, até o fundo da caverna, há
uma suave rampa de quase 2,50 metros de altura.
Resta registrar que numa cavidade profunda situada no mesmo bloco da Lapa
da Foice I, a oeste do salão “1”, encontramos fonte de água permanente. Esta área,
aliás, é permanentemente inundada, estando a caverna ocupada por um lago
subterrâneo. Dalí retiramos fragmentos de cerâmica e ossos esparsos, além de
cabaças de antiguidade duvidosa.
Primeiros Resultados
a) - Composição Estratigráfica
B) - Ocorrência de Material
De uma maneira geral o material cultural ocorreu em toda a espessura do
conjunto das camadas ocupacionais do sítio. Nos níveis superiores as equipes
recolheram artefatos líticos lascados, associados a raros cacos de cerâmica (no que
tudo indica, da Fase Unaí) e mais raros, ainda, restos de cestaria e de peças ósseas.
Conclusões
As escavações na Lapa da Foice poderão fornecer, conforme se afigurou no
campo, uma soma considerável de informações de grande importância a respeito dos
antigos períodos de ocupação daquela área do nosso país, ponto de passagem de
populações e trocas de influências culturais.
Citações Bibliográficas
Agradecimentos
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