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TIPOS DE ESCOAMENTO E
PERDA DE CARGA
(AULA 2)
SHS 409- Hidráulica de Condutos Forçados
CONTEÚDO AULA 2
1. Tipos de escoamento
– Livre / forçado
– Laminar / tubulento
2. Escoamento em condutos forçados
FU da perda de carga– análise dimensional – definição ∆H
definição de Rh e J (m/m)
Velocidade de atrito(u*) - escoamento permante – tensão
de cisalhamento…
2
1. Tipos de escoamento
Tipos de escoamento
critérios
Livre
• Pressão Forçado
Permanente
• Tempo
Uniforme
• Espaço
Gradualmente
Variado
Rapidamente
EN 2104
Conduto Livre Conduto forçado
P = Patm P > Patm
• Condutos forçados seção plena, fechada,
pressão maior que atmosférica, gravidade ou
bombeamento.
Tempo e Espaço
∂V
Regimes de Escoamento =0
∂s
Uniforme Não varia no Espaço
Permanente V=cte
Variado Gradualmente
Não varia c/ o tempo
Q=cte Bruscamente
Escoamento
•Escoamento Turbulento:
As trajetórias são errantes e cuja previsão é impossível;
•Escoamento de Transição:
Representa a passagem do escoamento laminar para o
turbulento ou vice-versa.
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Classificação do Escoamento
Experimento de Reynolds
•Consiste na injeção de um
corante líquido na posição central
de um escoamento de água
interno a um tubo circular de vidro
transparente
•O comportamento do filete de
corante ao longo do escoamento
no tubo define três características
distintas
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Classificação do Escoamento
Experimento de Reynolds Escoamento
•Escoamento Laminar
Escoamento
•Escoamento de Transição
Escoamento
•Escoamento Turbulento
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Classificação do Escoamento
Experimento de Reynolds
Regime Laminar:
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Classificação do Escoamento
Experimento de Reynolds
Regime de Transição:
13
Classificação do Escoamento
Experimento de Reynolds
Regime Turbulento:
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Classificação do Escoamento
Experimento de Reynolds
Reynolds observou que o fenômeno estudado dependia das
seguintes variáveis:
µ – viscosidade do fluido.
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Classificação do Escoamento
Experimento de Reynolds
Aplicando a análise dimensional, obteve o adimensional:
ρ ⋅V ⋅ D VD Velocidade
Re = =
µ ν Resistivas
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CONDUTOS FORÇADOS
• Regimes de escoamento LAMINAR
– Para Re < 2000 a 2500: o escoamento se dá por filetes paralelos
“lâminas” laminar ou lamelar as partículas descrevem
movimentos paralelos ao sentido do escoamento mas a velocidade
entre elas é diferente assim existe o atrito entre essas camadas
no contato entre o fluído e a parede do conduto a velocidade é
próxima a zero.
– Mesmo no regime turbulento, existe uma camada chamada filme laminar junto
às paredes do conduto onde o escoamento é viscoso:
• Se o “filme laminar” > ε a rugosidade não influi na turbulência não influi no
valor de f Tubos Lisos
Laminar
Turbulento
Turbulento liso
Turbulento
rugoso
2 Perda de de Carga
• Introdução..perda energia
• Definição da Perda de Carga
p
Energia ou carga de pressão
γ
Carga de posição (energia potencial em
z relação a uma referência ou DATUM)
V 2
Energia ou carga cinética
2g
CONDUTOS FORÇADOS
• Teorema de Bernoulli conservação da energia
Líquidos reais H decresce ao longo da trajetória, nos
sentido do escoamento (trabalho realizado pelas forças
J = ∆H/L resistentes)
= ∆H
Carga
piezométrica
L
V12 p1 V22 p2
+ + z1= + + z 2 + ∆H
2g γ 2g γ
perda de carga (perda de energia) por atrito em metros
∆H
∆H = J .L ⇒ J =
L
perda de carga unitária em m/m (declividade da linha de energia)
RELAÇÃO ENTRE PERDA DE
CARGA UNITÁRIA E DECLIVIDADE DA
LINHA PIEZOMÉTRICA
Denomina-se perda de carga unitária,J (m m ) = ∆H L , a relação
entre a perda de carga ∆H e o comprimento L entre duas
seções de uma tubulação.
Esta expressão mostra que a inclinação da linha Figura: Perda de carga unitária e declividade da
piezométrica em relação à horizontal é sempre maior que linha piezométrica.
a perda de carga unitária J, a menos que a tubulação Fonte: Porto, R.M. (1998).
EN 2104 esteja na horizontal, situação em que as duas são iguais.
2.1. Perda de de Carga
• Definição da Perda de Carga
=Linha Piezométrica
CONDUTOS SOB PRESSÃO
Pressão em Conduto Com Escoamento
Perda de Carga
PERDA DE CARGA
(Perda de Carga Contínua)
Fatores determinantes:
•Comprimento da canalização;
• Diâmetro da canalização;
• Velocidade média do escoamento;
• Rugosidade das paredes dos canos.
Não influem:
• Posição da tubulação;
• Pressão interna.
PERDA DE CARGA (Contínua)
Análise Dimensional Aplicada ao Escoamento Forçado
∆P = F (ρ, V , D, µ, L, ε )
PERDA DE CARGA (Contínua)
Análise Dimensional Aplicada ao Escoamento Forçado
∆P = F (ρ, V , D, µ, L, ε )
∆P ρ µ ε
V D L
[M ]⋅ [L ]⋅ [t ]−2 [M ]⋅ [L ]−3 [L ]⋅ [t ]−1 [L ] [M ]⋅ [t ]⋅ [L ]−2 [L ] [L ]
n grandezas físicas,
Π 1 = ρ a ⋅ V b ⋅ D c ⋅ ∆P
a b
M L c M
3 ⋅ ⋅ (L ) ⋅
L t L ⋅t
2
M: a + 1 = 0 → a = −1
L: −3 ⋅ a + b + c − 1 = 0 → 3 − 2 + c − 1 = 0 → c = 0
t: −b − 2 = 0 → b = −2
Π 1 = ρ −1 ⋅ V −2 ⋅ D 0 ⋅ ∆P
∆P
Π1 = Número de Euler
ρ ⋅V 2
PERDA DE CARGA (Contínua)
Análise Dimensional Aplicada ao Escoamento Forçado
Π 2 = ρa ⋅V b ⋅ D c ⋅ µ
a b
M L c M
3 ⋅ ⋅ (L ) ⋅
L t L ⋅ t
M: a + 1 = 0 → a = −1
L: −3 ⋅ a + b + c − 1 = 0 → 3 − 1 + c − 1 = 0 → c = −1
t: −b − 1 = 0 → b = −1
Π 2 = ρ −1 ⋅ V −1 ⋅ D −1 ⋅ µ
µ 1 Reynolds
Π2 = =
ρ ⋅ V ⋅ D Re
PERDA DE CARGA (Contínua)
Análise Dimensional Aplicada ao Escoamento Forçado
Π 3 = ρa ⋅ V b ⋅ D c ⋅ L
a b
M L
3 ⋅ ⋅ (L ) ⋅ (L )
c
L t
M: a = 0
L: −3 ⋅ a + b + c + 1 = 0 → 0 + 0 + c + 1 = 0 → c = −1
t: −b = 0 → b = 0
Π 3 = ρ 0 ⋅ V 0 ⋅ D −1 ⋅ L
L
Π3 =
D
PERDA DE CARGA (Contínua)
Análise Dimensional Aplicada ao Escoamento Forçado
Π 4 = ρa ⋅ V b ⋅ D c ⋅ ε
a b
M L
3 ⋅ ⋅ (L ) ⋅ (L )
c
L t
M: a = 0
L: −3 ⋅ a + b + c + 1 = 0 → 0 + 0 + c + 1 = 0 → c = −1
t: −b = 0 → b = 0
Π 4 = ρ 0 ⋅ V 0 ⋅ D −1 ⋅ ε
ε
Π4 = Rugosidade relativa
D
PERDA DE CARGA (Contínua)
Análise Dimensional Aplicada ao Escoamento Forçado
Portanto existe uma função adimensional na forma:
∆P µ ε L
= Φ ρ ⋅ V ⋅ D D , D
,
ρ ⋅V 2
A experiência mostra que a queda de pressão é diretamente proporcional à relação
L/D, logo a expressão torna-se:
∆P L µ ε
= ⋅ F , ,
ρ ⋅V 2 D ρ ⋅V ⋅ D D
f*
A função F pode ser óbtida experimentalmente obtendo-se f*:
L
∆P = ρ ⋅ f * ⋅ ⋅ V 2
D
Como ∆P = ρ ⋅ g ⋅ ∆h , vem:
L V2
∆h = f ⋅ ⋅
*
D g
PERDA DE CARGA (Contínua)
Análise Dimensional Aplicada ao Escoamento Forçado
Introduzindo o fator ½ para reproduzir a definição de carga cinética da equação de
energia, obtém-se:
L V2
∆h = f ⋅ ⋅
D 2⋅g
Conhecida como fórmula universal de perda de carga ou equação de Darcy-
Weisbach, sendo:
•f : fator de atrito;
•L: comprimento da tubulação (m); Deve-se observar que a
aplicação dos Teorema dos
•D: diâmetro interno da tubulação (m); Πs não fornece a expressão
•V: velocidade média do escoamento (m/s); analítica da função
adimensional Φ, o que pode
•g: aceleração da gravidade (m/s2). ser obtido, particularmente,
por experimentação.
Equação da Perda de Carga
Generalizada
Equação da Perda de Carga
Generalizada
Aplicação 1
1. Qual a vazão que passa através da tubulação
de aço comercial de 150 mm de diâmetro
mostrada na figura? Dado: ε = 0,05 mm
1,5 m
0,3 m
Q→ 150 mm
90 m
• Desafio: exercício 1.8
• Obrigada!