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Ensino Fundamental - Anos Finais

LIVRO DO
OITAVO ANO PROFESSOR

1
Volume

C O
O V
C SI
O U
N L

Grupos 1, 2 e 3
SI XC
EN O E
D US

MATEMÁTICA
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

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EDITORIAL

SISTEMA COC DE ENSINO

Vice-presidência de Educação Juliano de Melo Costa


Gerência editorial de portfólio de Educação Básica e Ensino Superior Alexandre Ferreira Mattioli
Gerência de produtos editoriais Matheus Caldeira Sisdeli

C O
Gerência de design Cleber Figueira Carvalho
Coordenação editorial Felipe A. Ribeiro

O V
Coordenação de design Diogo Mecabô
Autoria André R. de O. Fabrino

C SI
Editoria responsável Maria Cecília R. Dal Bem Ribeiro
Editoria pedagógica Anita Adas

O U
Editoria de conteúdo Gilson Caires Marçola, Renato Bortolatto Nunes

N L
Controle de produção editorial Lidiane Alves Ribeiro de Almeida

SI XC
Assistência de editoria Gilson Caires Marçola, Renato Bortolatto Nunes
Preparação e revisão gramatical Ana Lúcia Alves Vidal, Roseli Deienno Braff, Alline Salles,
Flávio Rodrigues dos Santos
EN O E Organização de originais
Editoria de arte
Marisa Aparecida dos Santos e Silva, Luzia Lopes
Vanessa Cavalcanti
Coordenação de pesquisa e licenciamento Maiti Salla
Pesquisa e licenciamento Andrea Bolanho, Cristiane Gameiro, Heraldo Colon Jr.,
D US

Maricy Queiroz, Paula Quirino, Rebeca Fiamozzini, Sandra Sebastião


Editoria de Ilustração Carol Plumari
Ilustração Danilo Dourado | Red Dragon Ilustrações,
Leopoldo Anjo & Estúdio Pastelaria
A E

Capa e projeto gráfico APIS design integrado


E
EM L D

Diagramação e arte final APIS design integrado


PCP George Romanelli Baldim, Paulo Campos Silva Jr.
ST IA
SI ER
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M

Fone: (16) 3238.6300


Av. Dr. Celso Charuri, 6391 Todos os direitos desta publicação são reservados à
Jardim São José – Ribeirão Preto - SP
CEP 14098-510 Pearson Education do Brasil S.A.
www.coc.com.br

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KOVAL NADIYA/DREAMSTIME.COM
GRUPO
DINÂMICA
1 ORGANIZAÇÃO

C O
O V
C SI
O U
N L
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D

"À primeira vista, o céu estrelado impressiona por sua desor-


dem: um amontoado de estrelas, dispersas ao acaso. Mas, ao
olhar mais atento, aparece a ordem cósmica, imperturbável –
– cada noite, aparentemente desde sempre e para sempre, o
ST IA

mesmo céu estrelado, cada estrela no seu lugar, cada planeta


realizando seu ciclo impecável. Mas vem um terceiro olhar:
vem pela injeção de nova e formidável desordem nessa
SI ER

ordem; vemos um universo em expansão, em dispersão, as


estrelas nascem, explodem, morrem. Esse terceiro olhar exi-
ge que concebamos conjuntamente a ordem e a desordem [...]
Quanto à vida, também há a possibilidade de três olhares:
AT

à primeira vista, era a fixidez das espécies, reproduzindo-se


impecavelmente, de forma repetitiva, ao longo dos séculos,
dos milênios, em ordem imutável. E depois, ao segundo olhar,
M

parece-nos que há evolução e revoluções. Como? Por irrupção


do acaso, mutação ocasional, acidentes, perturbações geocli-
máticas e ecológicas. [...] e eis-nos confrontados com a neces-
sidade de um terceiro olhar, isto é, de pensar conjuntamente
a ordem e a desordem, para conceber a organização e a evo-
lução vivas."

Edgar Morin

Detalhe da organização fractal de uma inflorescência


de brócolis. Inúmeros processos e estruturas naturais
têm dimensão fractal: distribuição de galáxias e de
nuvens, ramificação de galhos e folhas, meandro de rios,
linhas costeiras, brônquios e bronquíolos etc. Fractal,
complexidade, sistemas dinâmicos, ordem e desordem
são estudados pela teoria do caos.

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CONHEÇA SEU LIVRO

ABERTURA DE CAPÍTULO
Traz elementos que
dialogam com o texto

C O
introdutório, buscando
contextualização e

O V
estimulando a reflexão
sobre o assunto em estudo.

C SI
O U
N L
SI XC
MÓDULOS
EN O E
Reunido em capítulos,
sistematiza a teoria que
será trabalhada no grupo.
Os exercícios referentes aos
D US

módulos são organizados após


a teoria para facilitar a rotina
de estudos.
A E
E
EM L D

OBJETIVOS DO GRUPO
Relação dos objetivos de
aprendizagem a serem
desenvolvidos no grupo.
ST IA
SI ER
AT
M

EXERCÍCIOS
Agrupados para facilitar o
estudo e a revisão de conteúdos,
são divididos em exercícios
de aplicação, trabalhados em
sala, e exercícios propostos,
realizados em casa ou em
outros momentos.

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PARA CONFERIR
Momento indicado para
conferir a aprendizagem de
conteúdos. Pode ser aplicado
ao final do capítulo ou durante
seu desenvolvimento.

C O
O V
C SI
O U
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SI XC
ORGANIZADOR VISUAL
Propõe uma revisão dos
conceitos e estabelece conexões
EN O E entre eles, proporcionando
uma articulação entre os
conteúdos do capítulo.
D US
A E
E
EM L D

ENCARTES E ADESIVOS
Apresentam recursos
complementares
ST IA

que enriquecem o
desenvolvimento
SI ER

dos módulos.
AT
M

PRODUÇÃO DE TEXTO
As folhas de redação são
destacáveis, facilitando
o uso pelo aluno e a
correção pelo professor.

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CONHEÇA SEU LIVRO

Da minha aldeia vejo quanto da


BOXES E ÍCONES
[terra se pode ver do Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande
[como outra terra qualquer, QUADRO DE TEXTO
Porque eu sou do tamanho do que Com referência direta MINIATURAS DOS ÍCONES
[vejo ao que está sendo

C O
trabalhado, permite
E não do tamanho da minha altura...
o contato com As miniaturas são um

O V
Nas cidades a vida é mais pequena diversos autores. recurso discursivo que

C SI
Que aqui na minha casa no cimo
facilitam a contextualização
[deste outeiro. dos quadros com o texto

O U
principal, indicando nele
Na cidade as grandes casas fecham em que ponto a informação

N L
[a vista à chave, adicional está relacionada.

SI XC
Escondem o horizonte, empurram
[o nosso olhar para longe de todo
EN O E [o céu,
VOCABULÁRIO
Tornam-nos pequenos porque nos
[tiram o que os nossos olhos nos Vanguarda: que está à VOCABULÁRIO
[podem dar, frente de seu tempo. Ter- Explica, de maneira
D US

mo inicialmente utilizado
E tornam-nos pobres porque a mais acessível e dentro
na guerra para designar
[nossa única riqueza é ver. aqueles que ficavam na do contexto, termos e
linha de frente do grupo conceitos, favorecendo sua
A E

Alberto Caeiro de soldados. assimilação, compreensão


E

e apropriação.
EM L D
ST IA

NOTA
SI ER

NOTA
Traz informações
AT

históricas ou sobre
estudiosos que se
destacaram no contexto
M

do conteúdo em estudo. EXPLORE MAIS


Da arte marcial a
Galileu Galilei (1564-1642)
esporte olímpico
Astrônomo italiano conhecido
Saiba mais sobre a
popularmente como o funda-
história do judô
dor da Astronomia Moderna. acessando o site em:
Galileu se destacou por me- EXPLORE MAIS <coc.pear.sn/T8bNyU9>.
lhorar o telescópio refrator, São dicas de sites, textos
fato que possibilitou inúme-
e links, em ambiente
ras descobertas, como a exis-
tência das manchas solares, a digital, relacionados
formação rochosa da Lua, as ao conteúdo estudado,
estrelas da Via Láctea, os anéis possibilitando ampliação
de Saturno, entre outras.
e aprofundamento.

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GRUPO
PARA IR ALÉM TEMÁTICO
GRUPO TEMÁTICO
Chefes do Estado Momento em que Regras para a economia
e de governo
o grupo temático é e o consumo de recursos
No parlamentarismo, “o rei naturais
PARA IR ALÉM trabalhado, por meio
reina, mas não governa”,
do qual as ligações Os recursos naturais não
Oportunidade de isto é, o rei ou a rainha re-
são bens infinitos. A fim de
aprofundar o conteúdo presenta o Estado em ce- entre as disciplinas são
poder preservá-los, é cada
rimônias oficiais, sendo o evidenciadas.
e desenvolver uma vez mais comum a criação de
chefe do Estado, enquanto
postura investigativa, textos normativos que regu-
quem governa é o primeiro-

C O
lam aspectos relacionados ao
estimulando a reflexão -ministro, que é o chefe de
meio ambiente. No Brasil, por
ao despertar a governo.

O V
exemplo, nos últimos anos,
curiosidade e o interesse. Nos sistemas presiden- formularam-se leis que vi-

C SI
cialistas, como no caso do savam ao fim da distribuição
Brasil, o chefe do Estado, ou gratuita de sacolas plásticas
seja, o presidente, também em supermercados. A moti-

O U
acumula a função de chefe vação dessa proibição é ten-
de governo.
NA PRÁTICA tar reduzir o excessivo consu-

N L
mo e, consequentemente, o

SI XC
Corrente do Golfo descarte desse material, que
A Corrente do Golfo é uma polui o meio ambiente, em
corrente marítima que se especial os mares.
EN O E origina no Golfo do México,
passa pela costa dos Estados
Unidos e vai em direção à Eu-
ropa. É responsável por aque-
cer muitos pontos da Europa
Ocidental, dentre os quais
D US

partes da Grã-Bretanha, da
NA PRÁTICA Noruega e da Irlanda. Se-
gundo pesquisadores, com o
Apresenta conceitos da
agravamento do efeito estu-
A E

disciplina aplicados em fa, a Corrente do Golfo pode


situações do cotidiano ou em deixar de existir, trazendo
E
EM L D

outras áreas do conhecimento, impactos profundos para o


planeta, tais como a dimi-
servindo também à nuição da temperatura da
divulgação científica. Europa Ocidental em até 5 ºC.
ST IA
SI ER

SELOS
AT

Os selos remissivos indicam o momento em que serão disponibilizados


M

materiais complementares ao desenvolvimento do módulo.

Eles podem aparecer no texto: E também em partes da página:

Redação pág. 399 Encarte pág. 399 Redação pág.399 Encarte pág.399 Adesivo

O selo colaborativo indica exercícios que exploram


Colaborativo
estratégias diferenciadas de aprendizagem:

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M A PA I N T E R D I S C I P L I N A R

C O
Este mapa mostra ligação entre os conteúdos
das disciplinas, sendo ponto de partida para

O V
um trabalho interdisciplinar.

C SI
LÍNGUA
PORTUGUESA

O U
Editorial, formação de

N L
palavras, checagem de
fatos e sustentação de
CIÊNCIAS

SI XC
MATEMÁTICA posicionamento DA NATUREZA
Geometria, números CS CN
Astronomia,
racionais e irracionais movimentos da Terra
EN O E clima, tempo e
mudanças climáticas
CN EF AR LP CS
D US
A E

EDUCAÇÃO GRUPO HISTÓRIA


E

FÍSICA
EM L D

Artes marciais 1 Revoluções inglesas


e Iluminismo
Organização dinâmica
ST IA

HI CS CN LP MA
SI ER
AT

GEOGRAFIA
ARTE Organização política,
M

Arte moderna no Brasil territórios nacionais e


Guerra Fria
CIÊNCIAS
SOCIAIS
HI LP HI MA AR CN
A natureza e o ser
humano

LP HI

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MA
C O
O V
C SI
O U
N L
SI XC
EN O E
TE
D US


PÁG.

60 CAPÍTULO 1
Elementos da Geometria
A E
E
EM L D

74 CAPÍTULO 2
Números racionais
ST IA

94 CAPÍTULO 3
SI ER

Números irracionais

TICA
122 CAPÍTULO 4
AT

Números reais
M

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CAPÍTULO

1 ELEMENTOS DA
GEOMETRIA

C O
O V
OBJETIVOS DO GRUPO

C SI
MATEMÁTICA

• Reconhecer as posições
relativas entre duas
retas coplanares.

O U
• Reconhecer e utilizar

N L
procedimentos para a
60

obtenção de uma fração

SI XC
geratriz para uma dízima
periódica.
• Identificar a
regularidade de uma
sequência numérica ou
EN O E
figural não recursiva.
• Reconhecer as
representações
D US

decimais dos números


racionais como uma
extensão do sistema de
numeração decimal.
A E

• Representar os números
E

reais geometricamente
EM L D

na reta numerada.
• Resolver problemas em
diferentes contextos,
que envolvam as
ST IA

relações métricas dos


triângulos retângulos
SI ER

(teorema de Pitágoras).
• Efetuar cálculos com
potências de expoentes
inteiros e aplicar
AT

esse conhecimento
na representação de
números em notação
M

científica.
• Resolver e elaborar
problemas usando
a relação entre
potenciação e radiciação,
para representar uma
raiz como potência de
expoente fracionário.
• Resolver problemas com
números racionais e
irracionais que envolvam
as operações.

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POPARTIC/ISTOCK
Não é de hoje que o ser humano desenvolve vários tipos de
desenho, seja na infância, com traçados simples, ou em atividades
profissionais, com a criação de elaborados desenhos usados em
projetos de engenharia e arquitetura. Se hoje é possível utilizarmos
poderosos sowares que auxiliam na elaboração desses desenhos,
o uso de instrumentos simples, como régua e compasso, ajuda
o ser humano há alguns milênios nessas construções.

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

61
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

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Verificar se todos os alunos possuem Módulos 1 e 2
os instrumentos de desenho neces-
sários para o estudo e se o compasso
de cada um está em boas condições CONSTRUÇÕES GEOMÉTRICAS

A
de uso.
Matemática não é uma ciência apenas de aplicação lógica no estudo
dos números e das operações. O uso da lógica também se aplica ao
estudo das formas e das medidas. Aliás, a preocupação que o ser
humano teve, há milênios, em conhecer melhor os traços dos desenhos,
as formas e as medidas ainda se mantém. E isso amplia cada vez mais a

C O
riqueza de conhecimento que criamos e investigamos.
Há relatos de que parte do estudo inicial da Geometria que estudamos hoje

O V
teve início com a civilização egípcia. Essa civilização usava as margens do

C SI
Rio Nilo para praticar a agricultura, seja pela facilidade em usar a água que
CAPÍTULO 1

o rio fornecia, seja pelo fato de a terra ali ser mais fértil. Essa fertilização

O U
ocorria na cheia do rio, que transbordava a água para as margens, tornando

N L
o solo mais rico em nutrientes; porém, com as inundações, era preciso re-
62

marcar os lotes que eram usados por agricultores, e estaria nessa ação uma

SI XC
possível origem para o nome geometria: geo (Terra) + metria (medida).

EN O E

MIFAIMOLTOSORRIDERE/ISTOCK
D US
A E
E
EM L D
ST IA

Rio Nilo.
SI ER

GRUPO TEMÁTICO
Geometria
HULTON ARCHIVE/GETTY IMAGES
AT

Apesar de muitos estudos sobre Geometria terem ocorri-


do há alguns milênios, por diferentes povos, em diferentes
momentos, foram os gregos, por volta do ano 600 a.C., que
M

começaram a estabelecer os alicerces de uma Geometria


lógica e organizada, na qual, por meio de um raciocínio
dedutivo, sem a necessidade de medições repetidas, de-
duziam-se fórmulas e teoremas que seriam usados nas re-
lações entre figuras geométricas planas e espaciais. Nesse
contexto, destacou-se Euclides, um matemático que viveu
por volta de 300 a.C. Ele teria organizado o conhecimento
matemático da época, com destaque para a Geometria.
Por meio dessa organização em um conjunto de 13 livros,
Os elementos, Euclides transformou a maneira de pensar
nesse ramo da Matemática, conferindo-lhe novos significa- Euclides teria organizado em livros
o conhecimento geométrico de seu
dos e usos. Muito do que se estuda e se aplica na Geometria tempo, transformando o estudo dessa
resulta dessa organização feita há pouco mais de 2 mil anos. importante área da Matemática.

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Mostraremos um breve estudo sobre os elementos da Geometria plana e de
que maneira é possível fazer construções usando apenas régua e compas-
so, além do lápis.

Elementos
Ponto, reta e plano: esses são os elementos básicos no estudo da Geometria.
Você poderá perceber que muitas das definições tomam como base esses
três elementos. Como exemplo, eles são assim representados:

C O
I. Ponto II. Reta III. Plano

O V
P r

C SI

MATEMÁTICA
·

O U
(ponto P) (reta r) (plano alfa)

N L

63
De acordo com essas ideias, podemos pensar em alguns postulados, que

SI XC
são ideias aceitas sem a necessidade de demonstrações. Veja dois exemplos.

I. Dois pontos distintos determinam uma única reta.


EN O E
De fato, na figura, apenas a reta r passa pelos pontos A e B. Qualquer ou-
tra reta que passe por esses dois pontos será coincidente com a reta r.
D US

B r

A
A E
E
EM L D

II. Três pontos não colineares determinam um plano.


O termo colinear indica “mesma linha”, isto é, em uma mesma reta. Sendo
ST IA

três pontos não colineares, eles não estarão em uma mesma reta e, nesse
caso, temos um único plano que os contém.
SI ER

Posição relativa de duas retas coplanares


AT

Dadas duas retas em um mesmo plano (coplanares), pode ocorrer que:


I. as retas tenham um único ponto comum;
M

Nesse caso, as retas r e s são concorrentes no ponto P. Sua representação


pode ser dada por r × s.

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II. as retas tenham todos os pontos comuns;

r s

As retas r e s são paralelas coincidentes. Sua representação é r s.


III. as retas não tenham pontos comuns.

C O
s

O V
As retas r e s são paralelas distintas. Sua representação é r // s.

C SI
CAPÍTULO 1

Construções fundamentais

O U
Retas perpendiculares

N L
64

SI XC
Usando régua e compasso, podemos fazer as construções a seguir.

EN O E 1a situação
Dados uma reta r e um ponto P pertencente à reta:

A P B r
D US

1. traçar o arco AB centrado em P como indicado na figura;


A E
E
EM L D
ST IA
SI ER

A P B r

2. traçar o arco C1 centrado em A e raio maior que a metade do segmento AB;


AT

C1
M

A P B r

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3. traçar o arco C2 centrado em B e abertura igual à utilizada no segundo
passo. Em seguida, traçar a reta s que passa pela intersecção de C1 e C2
e pelo ponto P.

s
C1 C2

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

65
SI XC
A P B r

EN O E
2a situação
Dados uma reta r e um ponto P não pertencente à reta:
D US

P
A E
E
EM L D
ST IA

A B r
SI ER

1. traçar um arco AB com raio maior que a distância de P a r centrado em


P, encontrando A e B em r;
AT

P
M

A B r

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2. traçar um arco C1 centrado em A e raio maior que a metade do segmen-
to AB;
P

C O
O V
C SI
CAPÍTULO 1

A B r

O U
N L
66

SI XC
C1

EN O E 3. traçar um arco C2 centrado em B e raio igual ao indicado no 2o passo. Em


seguida, traçar a reta que passa pela intersecção de C1 e C2 e pelo ponto P.
D US

P
A E
E
EM L D
ST IA

A B r
SI ER
AT

C1 C2

S
M

Retas paralelas
Dados uma reta r e um ponto P não pertencente à reta:

A r

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1. traçar um arco C1 centrado em P e raio maior que a distância de P a r;

C1

C O
O V
A r

C SI

MATEMÁTICA
O U
2. o ponto A será a intersecção de C1 e r;

N L

67
SI XC
3. traçar o arco C2 centrado em A e raio AP;

EN O E C2

C1

P
D US
A E
E
EM L D

A B r
ST IA

4. o ponto B será a intersecção de C2 e r;


SI ER

5. marcar o ponto C sobre o arco C1, traçando um arco centrado em A e


raio BP ; em seguida, traçar a reta s por P e C e paralela a r.
AT

C2
M

C1
P s
C

A B r

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CAPÍTULO 1
ELEMENTOS DA GEOMETRIA
Módulos 1 e 2 | Construções geométricas

Exercícios de aplicação
O exercício 1 mostra uma 1. Talvez você já tenha observado que muitos modelos de cadeira

GOIR/ISTOCK
situação prática em que ou de mesa, que possuem quatro pés, ficam um pouco instáveis,
está aplicado o postulado
comentado no texto teórico,
com uma leve oscilação em razão de um dos pés não ficar apoia-
sobre os três pontos no do no piso. O mesmo não ocorre para bancos ou mesas que têm
plano. Se possível, levar um três pés. Aliás, o tripé, como mostrado na imagem, recebe esse

C O
tripé para a sala de aula ou nome por possuir três pés e é o modelo mais usado para apoiar,
pedir previamente a um alu-
por exemplo, filmadoras ou câmeras fotográficas, que são obje-

O V
no que o leve. Verificar se a
cadeira ou a mesa que estão tos que necessitam de boa estabilidade.

C SI
usando possui algum tipo No texto teórico, mostramos um postulado que tem relação
CAPÍTULO 1

de movimento, com um dos


direta com essa ideia. Volte ao texto, procure qual seria esse
pés fora do piso. Ela poderá
postulado e escreva a relação que ele tem com a ideia citada a

O U
servir de comparativo para
o tripé. respeito do tripé.

N L
É o postulado que fala a respeito dos três pontos não colineares que definem
68

SI XC
um único plano. Os alunos devem perceber que as extremidades do tripé

sugerem a ideia dos três pontos, enquanto o piso está relacionado à ideia de
EN O E plano. Assim, o único plano que contém as três extremidades do tripé (três

pontos) é o plano definido pelo piso.


Modelo comum de tripé.

A ideia do exercício 2 é re- 2. Um estudante de desenho faz uso da superfície de uma folha de papel para representar um plano.
tomar as posições relativas
D US

Ele deseja traçar duas linhas retas, mostrando todas as possibilidades de posição que uma pode ter
entre duas retas, mostradas
em relação à outra. Fazendo uso dessa ideia e considerando o espaço em branco nos quadros se-
no texto teórico. Pedir aos
alunos que tentem respon- guintes, como representação de um plano, trace, com régua, um esboço das três possíveis posições
der sem voltar ao texto, relativas que duas retas r e s podem ter entre si, anotando também o nome dado ao respectivo tipo
usando-o apenas se não se de posição. Se necessário, volte ao texto teórico, observando quais são essas posições.
A E

lembrarem da explicação
dada anteriormente. É im-
E
EM L D

portante, também, ques-


tioná-los sobre a existên-
cia de outra possibilidade
além dessas; espera-se que
concluam que não. Sobre o
ST IA

traçado das paralelas, elas r


podem ser feitas, neste mo-
mento, apenas como esboço, s r
SI ER

indicando a ideia da posição


pedida, sem necessidade de s
instrumentos, como esqua-
dros, embora seu uso possa
AT

ser indicado e discutido com


os alunos. Outra opção é co- Retas coincidentes Retas concorrentes
locar em prática a constru-
ção das paralelas com uso de
M

régua e compasso.

Retas paralelas

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3. Dados a reta r e um ponto P pertencente a ela, trace uma reta s perpendicular a r no ponto P.

P
A B r

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
4. Dados a reta r e um ponto P fora dela, trace uma reta s perpendicular a r, passando pelo ponto P.

O U
s

N L
P

69
SI XC
EN O E A B r
D US

5. Dados a reta r e um ponto P fora dela, trace uma reta s paralela a r, passando pelo ponto P.
A E
E
EM L D

C P s
ST IA

B r
SI ER

A
AT

6. Usando uma régua, trace 5 retas que passem pelo ponto P. Depois, responda ao que se pede.

r
M

P
t

v
Sugestão de resposta.

Quantas retas podem passar por um único ponto P do plano?


Infinitas.

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CAPÍTULO 1
Se possível, desenvolver o 7. O traçado de linhas retas, sejam elas paralelas, coincidentes ou concorrentes, pode ser a base para a
exercício 7 com o professor criação de belos desenhos e pinturas. Muitos artistas fazem uso desse recurso para criar suas obras. Luiz
de Arte, pedindo a ele que
fale mais sobre o artista e suas
Sacilotto (1924-2003), por exemplo, foi um artista brasileiro que usou esse recurso. Veja um exemplo.
obras. Pode-se pensar em
uma posterior exposição, pe-

COLEÇÃO BANCO ITAÚ. LUIZ SACILOTTO


dindo aos alunos que façam o
desenho em folha separada.

C O
O V
C SI
CAPÍTULO 1

O U
N L
70

SI XC
EN O E
Vibrações verticais, de Luiz Sacilotto,1952, esmalte sobre madeira, 39,5 cm x 53,5 cm. Coleção Banco Itaú.
D US

Observe que há várias linhas retas traçadas, onde o artista usou cores diversas para preencher os
espaços delimitados pelas retas.
Inspirando-se na obra desse artista, crie, no quadro seguinte, com auxílio de régua, um desenho
abstrato que faça apenas uso de linhas retas, colorindo depois os espaços formados.
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 70 08/10/19 10:23


Exercícios propostos
8. A figura a seguir representa um cubo. Determine a posição relativa ocupada pelos pares de retas. Na correção do exercício 8,
os alunos devem perceber
outras retas que não per-
tencem a uma mesma face
(plano). Caso a sala de aula
tenha forma de bloco retan-
gular, usar o próprio ambien-
te para mostrar a posição de
retas que sejam, ou não,

C O
t coplanares.
As retas concorrentes, nessa

O V
figura, são também perpen-
diculares. Essa indicação

C SI

MATEMÁTICA
pode ser feita, embora prio-
rizemos, neste momento, as
posições relativas citadas no

O U
texto teórico.

N L
s

71
SI XC
a. r e s: b. r e t: c. t e s:
Concorrentes Paralelas Concorrentes
EN O E
9. Os pontos P, Q e R não são colineares. Use régua e trace todas as linhas retas que conseguir,
passando por dois desses pontos. Depois, responda ao que se pede.
D US

P
A E
E
EM L D

R Q
ST IA

Qual figura plana foi construída?


Um triângulo.
SI ER

10. Na figura seguinte determine os pares de retas que são:


AT

t
M

r a. paralelas;
res

b. concorrentes.
t e u, r e t, r e u, s e t, s e u

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 71 08/10/19 10:23


Módulos 1 e 2
1. De acordo com o texto teórico, qual é a relação do matemático Euclides com a Geometria?
Ele teria organizado em um conjunto de livros, intitulado Os elementos, o conhecimento que outros matemáticos tinham

desenvolvido e registrado.

C O
O V
2. Em cada quadro seguinte, indicamos uma posição entre duas retas a e b. Ligue com um traço a

C SI
figura com o nome dado à posição relativa entre elas.
CAPÍTULO 1

O U
a b Retas concorrentes

N L
72

SI XC
EN O E a

Retas paralelas

b
D US
A E

a b
E
EM L D

Retas coincidentes
ST IA
SI ER

3. O uso de régua e compasso pode ser útil na construção de várias figuras, como nas construções de
posições relativas entre duas retas. Nesse contexto, cite dois tipos de construção que podem ser feitas.
AT

De acordo com o texto teórico, podemos citar concorrentes, perpendiculares e paralelas.


M

4. Para traçar uma reta perpendicular a um ponto P que não esteja contido na reta, quantos traços
feitos com o compasso são necessários e suficientes?
Três traços.

5. Indique verdadeiro V ou falso F nas afirmativas a seguir.


V Por dois pontos distintos passa uma única reta.

F Três pontos distintos são sempre colineares.

V Três pontos não colineares determinam um plano.

F Três pontos não colineares determinam uma única reta.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 72 08/10/19 10:23


C O
O V
GEOMETRIA

C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

73
SI XC
EN O E Elementos
D US

Posição relativa entre


A E

Ponto, reta e plano duas retas (concorrentes,


coincidentes e paralelas)
E
EM L D
ST IA

Construção de
SI ER

perpendiculares com
régua e compasso
AT
M

Construção de paralelas
com régua e compasso

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 73 08/10/19 10:23


CAPÍTULO

2 NÚMEROS
RACIONAIS

C O
O V
C SI
MATEMÁTICA

O U
N L
74

SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 74 08/10/19 10:23


Ao realizar medições, o ser humano percebeu que não poderia mais usar
apenas números naturais, que geralmente usava para contar elementos
da natureza, como 4 árvores, 15 pessoas ou 56 maçãs. Surgiu, então, a
necessidade de aumentar o conjunto de números, incluindo os que hoje
conhecemos como frações e números decimais. A ampliação do conjunto
numérico fez com que fosse criado o conjunto dos números racionais.
Na imagem, vemos um instrumento chamado de paquímetro sendo usado
para indicar o diâmetro de uma peça circular, cuja medida é 43,7 milímetros.

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

75
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

MAXIM SERGEENKOV/DREAMSTIME

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 75 08/10/19 10:23


Verificar a necessidade de retomar Módulo 3
com os alunos o conceito de fração
aparente.
INTRODUÇÃO AOS NÚMEROS RACIONAIS
Nem toda divisão de um número inteiro por outro resulta em um número
inteiro. Como exemplo, veja duas divisões.
I. 10 ÷ 5 = 2
II. 10 ÷ 4 = 2,5
Na primeira divisão, o resultado (2) é um número inteiro. Entretanto, na

C O
segunda, o resultado é um número decimal.

O V
Há muito tempo, os matemáticos perceberam esse fato, sobretudo quan-

C SI
do se estudam medidas, em que, muitas vezes, não temos um valor inteiro
CAPÍTULO 2

para certa unidade. Nesse contexto, surgem os números racionais.

O U
N L
76

SI XC
EN O E °C
6,7
3
1 1 xícara de leite
2
D US
A E
E
EM L D
ST IA

2,560 k
g
SI ER
AT
M

Dizemos que um número é racional quando é possível escrevê-lo


na forma a , sendo a e b números inteiros e b ≠ 0.
b
Simbolicamente, representamos o conjunto dos números
racionais pelo símbolo ℚ.

Aqui, cabe uma curiosidade. O termo racional vem de razão, que, por
sua vez, tem mais de um significado na Língua Portuguesa. No contexto
em que estamos estudando, razão indica o quociente entre duas grandezas,
sendo muitas vezes escrita na forma de fração, como a (lê-se: a sobre b).
b

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Observação
Todo número natural, assim como todo número inteiro, é também um nú-
mero racional. Afinal, eles podem ser escritos na forma a , com o uso de
b
fração aparente. Veja alguns exemplos.

3= 3 0= 0 –6 = –12 7 = 21
1 5 2 3
Todo número racional na forma a pode ser escrito na forma de número
b

C O
inteiro, como mostramos anteriormente, mas também pode ser escrito na
forma decimal. Para isso, basta dividir o numerador pelo denominador. Fa-

O V
zendo essa divisão, e o quociente não sendo inteiro, teremos duas situações.

C SI

MATEMÁTICA
Decimal exato

O U
É um número que tem uma quantidade finita de casas decimais.

N L
Exemplos

77
SI XC
I. 7 = 7 ÷ 2 = 3,5
2
II. – 5 = –5 ÷ 8 = – 0,625
EN O E
8
III. 3 = 3 ÷ 4 = 0,75
4
97
D US

IV. = 97 ÷ 10 = 9,7
10

Dízima periódica
A E

São números que apresentam uma quantidade infinita de casas decimais, e


E
EM L D

esse resultado tem uma característica especial: um algarismo, ou um grupo


de algarismos da parte decimal, chamado de período ou dízima, repete-se
indefinidamente.
ST IA

Exemplos
I. 1 = 1 ÷ 3 = 0,33333... = 0,3
SI ER

3
II. 25 = 25 ÷ 99 = 0,252525... = 0,25
99
AT

III. 269 = 269 ÷ 990 = 0,271717171... = 0,271


990
IV. – 8 = –8 ÷ 7 = –0,142857142857... = –0,142857
M

7
Observação
O traço acima do(s) algarismo(s) da dízima indica o período (algarismo ou
grupo de algarismos que se repete indefinidamente). A dízima pode ser in-
dicada, também, com o uso de reticências (...), como nos exemplos anteriores.
A calculadora pode ser um instrumento que facilita a obtenção de deci-
mais exatos ou dízimas periódicas, bastando efetuar simples divisões do
numerador pelo denominador. Ao usar a calculadora, é possível que os re-
sultados dados na forma de dízima periódica tenham o algarismo mais à
direita no visor arredondado. Fique atento!

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 77 08/10/19 10:23


A obtenção da fração geratriz é Módulos 4 e 5
apresentada de duas formas. Tratar
o assunto calmamente, mostrando
aos alunos cada um dos passos dos
exemplos que aparecem no texto
GERATRIZ DA DÍZIMA
teórico e, se necessário, outros exem- Obter um decimal exato ou dízima periódica de uma fração é relativamente
plos na lousa. Mostrar-lhes, também,
que podemos usar modelos simples simples, bastando dividir o numerador pelo denominador, como mostramos
de equação, destacando que a incóg- no módulo anterior.
nita escrita é, justamente, a fração
geratriz procurada. Particularmente, para a dízima periódica, pode ser necessário o movimento
contrário, isto é, determinar a fração que gerou essa dízima. Nesse caso, cha-

C O
mamos de fração geratriz da dízima periódica. Como exemplo, temos:

O V
2 = 2 ÷ 9 = 0,222...

C SI
CAPÍTULO 2

O U
Nesse caso, 2 é a fração geratriz da dízima 0,2.

N L
9
78

SI XC
Obtendo a geratriz de uma dízima
EN O E a. Simples
Uma dízima periódica simples apresenta o período imediatamente após
a vírgula, como: 0,333..., ou 1,444... ou, ainda, 2,141414...
A fração que estamos procurando pode ser representada por uma incógnita,
D US

como x. Procurando, como exemplo, a fração geratriz da dízima 0,33..., temos:

x = 0,3333...
A E
E
EM L D

Agora, multiplicamos os dois membros da igualdade por uma potência de


10, cujo expoente é igual à quantidade de algarismos do período da dízima.
ST IA

(1) x = 0,3333...
(2) 10x = 3,3333...
SI ER

Fazendo (2) – (1), obtemos:

10x = 3,3333...
AT

– x = 0,3333...
9x = 3
M

3 1
x = =
9 3

Logo, a fração geratriz de 0,333... é 1 .


3
No próximo exemplo, temos uma dízima cujo período é formado por dois
algarismos:

x = 3,151515...

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 78 08/10/19 10:23


Agora, como são dois algarismos no período (15), multiplicamos os dois
membros da igualdade por 100, uma vez que 100 = 10²:

(1) x = 3,151515...
(2) 100x = 315,151515...

Fazendo (2) – (1), obtemos:

C O
100x = 315,151515...
– x = 3,151515...

O V
99x = 312

C SI

MATEMÁTICA
312 104
x = =
99 33

O U
N L
Logo, a fração geratriz de 3,151515... é 104.

79
SI XC
33
b. Composta
Uma dízima periódica é composta quando, entre a vírgula e o período, houver
EN O E
um ou mais numerais que não fazem parte do período, como: 0,35555... ou

3,275151...
D US

Como no exemplo anterior, nomearemos a dízima por x.

x = 0,3555...
A E
E
EM L D

Como a parte decimal que não forma o período só tem um algarismo,


multiplicamos primeiramente os dois membros por 10¹.
ST IA

10 x = 3,555...
SI ER

Assim, transformamos a dízima periódica composta em simples e, de-


pois, basta fazermos como no exemplo anterior:
AT

(1) 10x = 3,5555...


(2) 100x = 35,555...
M

Fazendo (2) – (1), obtemos:

100x = 35,555...
– 10x = 3,555...
90x = 32
32 16
x = =
90 45

Logo, a fração geratriz de 0,35555... é 16 .


45

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 79 08/10/19 10:23


Método alternativo para a obtenção da fração geratriz
Há outro caminho para se obter a fração geratriz de uma dízima pe-
riódica. Acompanhe com atenção!
Dízima periódica simples
Para encontrar a fração geratriz de uma dízima periódica simples com pe-
ríodo diferente de 9, constrói-se uma fração em que,
• no numerador, escreve-se o período;

C O
• no denominador, escreve-se um número formado por tantos noves

O V
quantos são os algarismos do período;

C SI
• a seguir, calcula-se a soma do número obtido com o número que apre-
CAPÍTULO 2

senta a parte inteira da dízima, caso ela exista.

O U
Exemplos

N L
80

SI XC
I. Na dízima 0,131313..., o período é “13”. Ele será o numerador da
EN O E fração: 13. Ao mesmo tempo, temos um número formado por dois
algarismos 9 no denominador (99), pois são dois algarismos no pe-
ríodo: 13 .
99
D US

II. Na dízima 5,8888..., temos a parte inteira (5) e a parte decimal


cujo período é “8”. No denominador, temos apenas um algarismo
9, pois há um só algarismo no período.
A E

5,888... = 5 + 0,888... = 5 + 8 = 5 8 ou 53.


9 9 9
E
EM L D

Dízima periódica composta


ST IA

Para encontrar a fração geratriz de uma dízima periódica composta, cons-


trói-se uma fração em que,
SI ER

• no numerador, escreve-se um número formado pela parte não perió-


dica, seguida do período, menos o número formado só pela parte não
periódica;
AT

• no denominador, escreve-se um número formado por tantos noves


quantos são os algarismos do período, seguido de tantos zeros quantos
M

são os algarismos da parte não periódica;


• a seguir, calcula-se a soma do número obtido com o número que repre-
senta a parte inteira da dízima, caso ela exista.
Seguindo os passos anteriores, temos os seguintes exemplos:

I. 0,16 = 16 – 1 = 15 = 1
90 90 6
II. 7,2154 = 7 + 2 154 – 21 = 7 + 2 133 = 7 + 237 = 7 937
9 900 9 900 1 100 1 100

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 80 08/10/19 10:23


Módulo 6 No módulo 6, retomamos a represen-
tação de números racionais na reta

REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA DOS numérica. Considera-se que seja um


conteúdo já conhecido pelos alunos

NÚMEROS RACIONAIS
em relação ao estudo dos anos ante-
riores, mas é importante retomar al-
guns dos principais conceitos, como
Desde que nascemos, passamos por situações que envolvem algum tipo de o de módulo ou valor absoluto.

medição, como de comprimento ou massa. Ao medir um comprimento, seja


com uma fita métrica esticada ou uma simples régua, podemos encontrar
medidas que não sejam inteiras dentro de uma unidade escolhida, como o

C O
centímetro. Assim, temos medidas como 45,8 cm ou 71,5 cm, cujos números

O V
representam números racionais.

C SI

MATEMÁTICA
WONRY/ISTOCK
O U
N L

81
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA

Uma régua ou fita métrica bem esticada passa-nos a ideia de uma reta numérica.
SI ER

Da mesma forma que ocorre com os números naturais e com os nú-


meros inteiros, também podemos representar geometricamente os nú-
AT

meros racionais em uma reta numerada, semelhante ao que ocorre, por


exemplo, no uso de uma régua. Nesse caso, podemos representar fra-
M

ções, números decimais exatos ou dízimas periódicas, sejam positivos


ou negativos.
De acordo com o estudo de Geometria retomado no capítulo 1, temos
que, entre dois pontos quaisquer da reta, existem infinitos pontos. Logo,
se usarmos cada ponto da reta para representar os números racionais,
podemos concluir que, entre dois números racionais, existem infinitos
números racionais, o que não ocorre apenas com os números naturais
ou inteiros. Por exemplo:entre 2,5 e 2,6 há a representação de 2,55. Nessa
mesma linha de raciocínio, entre 2,55 e 2,56 há, por exemplo, 2,557, e as-
sim por diante.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 81 08/10/19 10:23


Observe alguns exemplos na reta seguinte.
7 9 3 1 1 3 9 7
2 4 2 2 2 2 4 2

–4 –3 –2 –1 0 1 2 3 4

Módulo ou valor absoluto

C O
Quando representamos os números 3 e – 3 por pontos na reta, observa-
4 4

O V
mos que eles estão a uma mesma distância em relação ao ponto que re-

C SI
presenta o 0 (zero). Essa distância é chamada módulo ou valor absoluto.
CAPÍTULO 2

O U
N L
82

SI XC
–1 3 0 3 +1
4 4
EN O E Indicamos + 3 = 3 e – 3 = 3
4 4 4 4
D US

Opostos ou simétricos
Como + 3 e – 3 estão em direções opostas em relação ao referencial 0
4 4
A E

(zero), dizemos que eles são números opostos ou simétricos.


E
EM L D

Veja outros dois exemplos que ilustram a ideia de módulo, associada à


distância do número ao zero, e com números opostos ou simétricos.
a.
ST IA
SI ER

– 2,5 –2 –1 0 +1 +2 + 2,5
AT

Indicamos |+2,5| = 2,5 e |–2,5| = 2,5


M

Veja que +2,5 e –2,5 estão em direções opostas em relação ao referencial


0 (zero) e, por isso, dizemos que eles são números opostos ou simétricos.
b.

–1 –0,33... 0 +0,33... +1

Indicamos |+0,33...| = 0,33... e |–0,33...| = 0,33...


Novamente, observe que +0,33... e –0,33... estão em direções opostas em re-
lação ao referencial 0 (zero) sendo, portanto, números opostos ou simétricos.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 82 08/10/19 10:23


Módulo 7 O estudo sobre sequência favorece a
observação de padrões e regularida-

SEQUÊNCIAS NUMÉRICAS OU DE FIGURAS des, sendo essas habilidades importan-


tes ferramentas no estudo de outros
conteúdos, ou como simples observa-
Em nosso cotidiano, observamos a existência de sequências numéricas e, ção da lógica envolvida nos padrões.
Destacar esse fato para os alunos.
muitas vezes, não as percebemos. Um exemplo simples é a sequência de
múltiplos naturais do número 7.

M(7) = {0, 7, 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56,...}

C O
O V
Veja que essa é uma sequência que começa em 0 e aumenta de 7 em 7

C SI
unidades.

MATEMÁTICA
É possível, também, construir sequências com números decimais. Como

O U
exemplo, suponha que uma embalagem de produto alimentar tenha mas-
sa de 0,5 kg. À medida que são colocadas várias dessas embalagens, uma

N L

83
a uma, dentro de uma caixa que, vazia, tem massa de 1 kg, formamos a

SI XC
seguinte sequência:

EN O E (1,5; 2,0; 2,5; 3,0; 3,5;...)

As reticências, nesse caso, indicam que a sequência pode, em teoria, au-


mentar indefinidamente, apesar de considerarmos que há um limite para
D US

o número de embalagens na caixa.


Há sequências que podem, também, ser associadas a figuras. Veja dois
exemplos.
A E

• Números triangulares
E
EM L D
ST IA
SI ER

1 1+2 1+2+3 1+2+3+4


3 6 10
AT

Assim, temos a sequência: (1, 3, 6, 10, ...).


• Números quadrados
M

1 1+3 1+3+5 1+3+5+7


4 9 16

Assim, temos a sequência: (1, 4, 9, 16, ...).

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 83 08/10/19 10:23


CAPÍTULO 2
NÚMEROS RACIONAIS
Módulo 3 | Introdução aos números racionais

Exercícios de aplicação
No exercício 1, os alunos po- 1. Um número racional pode apresentar formas alternativas de escrita, incluindo a forma de porcenta-
dem efetuar as divisões por gem. Veja um exemplo.
meio de cálculo escrito ou
calculadora. Talvez seja este
o momento para eles reto- 7
7% = = 0,07
marem o estudo de anos 100

C O
anteriores sobre frações de-
cimais. Eles devem observar
Considerando frações decimais, complete corretamente o quadro seguinte.

O V
os padrões em relação à
quantidade de algarismos

C SI
zero na potência de 10 dada
CAPÍTULO 2

no denominador e o número ESCRITA EM FORMA ESCRITA EM FORMA ESCRITA EM FORMA


de casas decimais no núme- DE PORCENTAGEM DE FRAÇÃO DE NÚMERO DECIMAL

O U
ro decimal correspondente.

N L
2% 2 0,02
100
84

SI XC
9
9%
100
0,09

EN O E 17%
17
100
0,17

28
28% 100
0,28
D US

150
150% 1,50
100
A E

1 1
O exercício 2 faz uso da cal- 2. O inverso de um número natural n é dado por . Por exemplo: o inverso de 7 é . De acordo com
n 7
E
EM L D

culadora como ferramenta.


Os alunos devem perceber essa ideia e fazendo uso de uma calculadora, calcule o inverso de cada número, escrevendo a forma
que ela é útil, neste momen- decimal correspondente. Depois, responda ao que se pede.
to, como forma de investigar
resultados e observar como
1 1
ST IA

são escritos. n n
n n
SI ER

1 1 6 0,16

2 0,5 7 0,142857
AT

3 0,3 8 0,125
M

4 0,25 9 0,1

5 0,2 10 0,1

a. Em relação aos números inteiros dados, escreva quais deles têm o inverso dado por:

• um decimal exato: 2, 4, 5, 8 e 10

• uma dízima periódica: 3, 6, 7 e 9


b. Qual desses números inteiros tem o inverso também dado por um número inteiro?
O número 1.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 84 08/10/19 10:23


3. Deseja-se calcular um aumento no preço de um produto. Esse aumento será de 8,3%. Para realizar 3. Considerando que 8,3% =
os cálculos, considerou-se escrever essa porcentagem na forma de um número decimal. Logo, ele =
8,3
, temos:
deverá ser escrito como 100
8,3 83
8,3% = = = 0,083
a. 0,83 100 1 000
b. 0,083
c. 8,300
d. 0,0083
e. 83,100

C O
Exercícios propostos

O V
C SI
4. Reflita sobre cada afirmação a seguir, assinalando-a como verdadeira V ou falsa F. Justifique cada

MATEMÁTICA
resposta, indicando um exemplo.

O U
a. V Todo número natural é um número racional.
10

N L
Exemplo: 5 é um número natural e pode ser escrito na forma de uma razão de dois números inteiros, como 2 .

85
SI XC
b. F Todo número racional é um número inteiro.
Exemplo: 0,6 é um número racional, mas não é inteiro.
EN O E
5. Escreva cada número racional na forma de fração irredutível.
D US

a. 0,4 = 4 = 2
10 5

b. 0,06 = 6 = 3
100 50
A E

c. 1,5 = 15 = 3
E
EM L D

10 2

d. –1,22 = – 122 = 61
100 50
ST IA

6. Um estudante transformou a escrita de um número fracionário para a forma de fração. Parte de seu 6. Se o quociente decimal
cálculo, entretanto, ficou borrado. Veja. 0,75 é obtido dividindo-se
o numerador desconhecido,
SI ER

que chamaremos de x, pelo


denominador 12, basta apli-
car a operação inversa, que é
a multiplicação.
AT

= 0,75 x
12
= 0,75
x = 0,75 · 12

12
M

x=9

Qual deve ser o número borrado no numerador?


a. 6
b. 8
c. 9
d. 16
e. 90

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 85 08/10/19 10:24


CAPÍTULO 2
Módulos 4 e 5 | Geratriz da dízima

Exercícios de aplicação
1. Identifique cada dízima periódica como simples ou composta.

NÚMERO 0,555... 0,59 81,6767... 13,31 6,865


Dízima
periódica
Simples Composta Simples Simples Composta

C O
simples ou
composta?

O V
2. Determine, na forma irredutível, a fração geratriz de cada dízima periódica a seguir.

C SI
CAPÍTULO 2

a. 0,4444...

O U
10x = 4,444…

N L
-
x = 0,444…
86

SI XC
9x = 4
4
x =
9
EN O E
D US

b. 3,5151...
A E

100x = 351,5151…
E
EM L D

-
x = 3,515151…
99x = 348
348 116
x = =
ST IA

99 33
SI ER
AT

c. 0,2333...
M

100x = 23,333…
-
10x = 2,333…
90x = 21
21 7
x = =
90 30

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 86 08/10/19 10:24


d. 4,21666...

1 000x = 4216,666…

100x = 421,666…
900x = 3 795
3 795 253
x = =
900 60

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
3. Um estudante precisa escrever uma dízima periódica em que a parte inteira é 17, a parte não perió-

O U
dica é 89 e o período é formado pelo algarismo 5. Represente esse número.

N L
17,89555… ou 17,895

87
SI XC
4. Avaliação Nacional
4
Realizando alguns cálculos, um estudante chegou à soma 0,56 + . Para fazer essa soma, decidiu No exercício 4, sendo x a
EN O E 9 fração geratriz procurada,
transformar o número 0,56 para a forma fracionária, encontrando, assim, a fração geratriz dessa temos:

dízima. Nesse caso, a fração geratriz procurada é dada por x = 0,56 (1)
56 56 44 56 56
a. b. c. d. e. Multiplicando os dois mem-
101 100 99 99 9
D US

bros da igualdade por 100,


segue que:
1
5. Se x = 3,888... e y = , calcule o valor de x – y na forma fracionária. 100 . x = 100 . 0,56
3
100x = 56,56 (2)
A E

Fazendo (2) – (1), vem:


35
E
EM L D

x = 3,888… =
9
100x = 56,56
35 1 35 3 32 –
x–y= – = – = x = 0,56
9 3 9 9 9
99x = 56
ST IA

56
x =
99
SI ER

Exercícios propostos
AT

6. Se a = 0,6060... e b = 1,4545..., qual é o valor de a + b em sua forma fracionária?


M

60
a = 0,6060… =
99
144
b = 1,4545… =
99
60 144 204 68
a+b= + = =
99 99 99 33

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 87 08/10/19 10:24


CAPÍTULO 2
No exercício 7, 7. Avaliação Nacional
45 ÷ 9 5
0,454545… = = A fração geratriz do número 0,454545... é
99 ÷ 9 11
25
a.
99
5
b.
11
7
c.
33
9
d.
20

C O
4
e.
9

O V
C SI
CAPÍTULO 2

Módulo 6 | Representação geométrica dos números racionais

O U
Exercícios de aplicação

N L
88

SI XC
No exercício 1, observar se os 1. Na reta numérica, temos as seguintes observações:
alunos percebem o fato de
que os pontos E, D e C têm • a divisão do segmento em partes iguais entre –1 e 0 gerou os pontos E, D e C;
relação com a divisão da uni- • a divisão do segmento em partes iguais entre 0 e +1 gerou os pontos A e B.
dade por 4, e os pontos A e B
EN O E
têm relação com a divisão da
unidade por 3.
E D C A B
–1 0 +1
D US

De acordo com essas informações, indique


a. o número racional, em sua forma fracionária, representado pelos pontos E, D e C;
E=– 3 ,D=– 2 eC=– 1 .
A E

4 4 4
b. o número racional, na forma de número decimal, representado pelos pontos A e B.
E
EM L D

A = 0,333… e B = 0,666…

2. A reta numérica seguinte representa, nos pontos P e Q, a temperatura em duas cidades situadas em
regiões diferentes.
ST IA

P R S Q
SI ER

–1 0 +1
AT

Sobre esses pontos, responda ao que se pede.


a. Que número decimal está associado ao ponto P?
M

O número –1,3.

b. Que número decimal está associado ao ponto Q?


O número +1,3.

c. Os números representados pelos pontos P e Q são simétricos em relação ao zero?


Sim.

d. Marque o ponto R que representa o número e, depois, o ponto S, simétrico de R.


e. Que fração irredutível está representada pelo ponto S?
1
A fração .
2

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 88 08/10/19 10:24


3. Alguns modelos de régua possuem duas escalas: centímetros e milímetros em um dos lados, e po-
legada (inch, em inglês) no outro lado. Entretanto, enquanto o centímetro tem como referência um
sistema decimal, com divisões em grupos de 10 milímetros, a polegada é dividida de outra forma,
como se pode observar na figura.

BRILT/ISTOCK
C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
Na imagem, a régua é usada simultaneamente para medir o comprimento de dois segmentos de

O U
reta, um deles marcado em verde, e outro, em vermelho. Determine:
a. a medida do segmento verde, em polegadas, indicada na régua e escreva essa medida com nú-

N L
mero decimal;

89
SI XC
A medida é de 3,25 polegadas.

b. a medida do segmento vermelho, em centímetros, indicada na régua e escreva essa medida com
número fracionário em sua forma irredutível.
EN O E
A medida é de 13 cm.
2
D US
A E

Exercícios propostos
E
EM L D

4. Complete corretamente cada igualdade.

a. – 2 = 2
5
ST IA

5
SI ER

b. + 0,3 = 0,3

c. – 0,57 = 0,57
AT

d. + 3 = 3
M

7 7

5. O inverso do valor absoluto do número –6 é 5. Do exposto, temos:


1 O valor absoluto de –6 é 6.
a.
6 1
O inverso de 6 é .
b. 1,6 6

c. –6

d. +6
1
e. –
6

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 89 08/10/19 10:24


CAPÍTULO 2
Módulo 7 | Sequências numéricas ou de figuras

Exercícios de aplicação
No exercício 1, os alunos de- 1. Um padeiro tinha um saco de farinha com massa exa-

RAWPIXEL/ISTOCK
vem perceber que se trata ta de 5 kg, incluindo o próprio saco. Ele foi retirando
de uma sequência finita.
quantidades correspondentes a exatamente 5 décimos
de quilograma, sendo uma porção por vez. Ao todo, ele
retirou 6 porções. Escreva uma sequência numérica que
indica a massa do saco com farinha que uma balança

C O
indicaria a cada porção retirada.
(5; 4,5; 4; 3,5; 3; 2,5; 2)

O V
C SI
CAPÍTULO 2

No exercício 2, sugerimos 2. Construa cada sequência indicada escrevendo os seis primeiros termos. Como sugestão, utilize uma
que os alunos usem a calcu-

O U
calculadora para chegar a cada um dos termos da sequência.
ladora como ferramenta de
cálculo. Comentar a função a. A sequência começa em 1,05 e aumenta de cinco em cinco centésimos.

N L
que muitas calculadoras (1,05; 1,1; 1,15; 1,2; 1,25; 1,3; …)
90

têm de efetuar esse tipo de

SI XC
sequência de cálculo usando b. A sequência começa em 2,1 e diminui de cinco em cinco milésimos.
a tecla “=”. Na primeira se-
quência, por exemplo, basta (2,1; 2,095; 2,09; 2,085; 2,08; 2,075; …)
indicar 1,05 no visor, adi-EN O E
cionar 0,05 e, na sequência, 3. No texto teórico, comentamos a sequência de quadrados, começando pelo número 1. Ela recebe
apenas pressionar a tecla “=”.
esse nome justamente por ser possível formar figuras em forma de quadrado, usando-se pequenos
círculos que representam as unidades do respectivo número. Da mesma forma, podemos reescrevê-
-la usando potências com o expoente 2, isto é, quadrados.
D US

(1², 2², 3³, 4², …)


A E

Há, entretanto, outra forma curiosa de formar essa sequência, partindo do número 1. Observe, com
atenção, novamente, a sequência mostrada no texto teórico e escreva como é possível obter o quin-
E
EM L D

to termo por meio do quarto termo. Explique, também, como essa sequência pode ser formada sem
o uso de potências e de figuras.
Sugestão: A sequência é formada pela adição de uma sequência de números ímpares. A partir do quarto termo (16, que
ST IA

pode ser entendido como 1 + 3 + 5 + 7), podemos adicionar o próximo número ímpar, que é 9: 16 + 9 = 25.

De fato, 25 = 5².
SI ER

No exercício 4, observamos
que, com um algarismo,
apenas o 7 foi escrito por
Clarice. Com dois algarismos,
AT

Clarice escreveu os números


múltiplos de 7 entre 14 e 98, 4. OBMEP
incluindo-os e totalizando Clarice escreveu os múltiplos de 7, um ao lado do outro, como mostrado a seguir.
13 números com dois alga-
M

rismos. Continuando a escri-


ta dos múltiplos de 7, agora
com números entre 105 e 7 14 21 28 35 42 49 56 63 70 77 84 91 98 105…
196, incluindo-os, Clarice
escreveu mais 14 números
de 3 algarismos, totalizando Observe que o oitavo algarismo que ela escreveu foi o 3. Qual foi o centésimo algarismo que ela
1+ 2 × 13 + 3 × 14 = 1 + 26 + escreveu?
+ 42 = 69 algarismos escritos.
Para chegar a 99 algarismos a. 0
escritos, Clarice escreveu os b. 1
próximos 10 múltiplos de 7,
chegando ao número 266 = c. 2
= 7 × 38. Assim, o centésimo d. 5
algarismo escrito por Clarice
foi o algarismo 2, o primeiro e. 6
do número 273 = 7 × 39.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 90 08/10/19 10:24


5. Observe a sequência das figuras. No exercício 5, são adiciona-
dos 2 quadradinhos a cada
nova figura. Primeiramente,
+ 2 dois quadrados verdes em
dois lados consecutivos aci-
ma e à direita, depois, outros
dois quadrados verdes abaixo
e à esquerda. Na sequência, a
inserção de quadrados ocorre
da mesma forma, mas de cor
amarela. Logo, a sexta figura
volta a adicionar dois quadra-
Figura 1 Figura 2 Figura 3 dos verdes acima e à direita.

C O
+ 2 Espera-se que os alunos cons-
truam a seguinte figura:

O V
+ 2

C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

91
SI XC
Figura 4 Figura 5

EN O E + 2

Anote, nos quadrinhos, a quantidade de quadradinhos que aumentou de uma figura para a próxima
e construa em seu caderno a próxima figura, inclusive com as cores dadas.
D US

Exercícios propostos
A E

6. Descubra a lei de formação de cada sequência, escrevendo quais são os dois próximos números. Sobre o exercício 6, item
b, pode-se comentar que
a. (1, 8, 27, 64, ...)
E
EM L D

a sequência formada é co-


Os dois próximos números são 125 e 216. Os números são os cubos dos números naturais maiores que zero: nhecida como sequência de
Fibonacci.
1³, 2³, 3³, 4³ etc.
ST IA
SI ER

b. (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, ...)


Os dois próximos números são 21 e 34, dados, cada um, pela adição dos dois números imediatamente anteriores.
AT
M

7. Uma sequência numérica é formada a partir do número 0,5 e aumenta de cinco em cinco centési- No exercício 7, temos:
mos. Então, o terceiro número dessa sequência será Primeiro termo: 0,5
Segundo termo:
a. 0,6 0,5 + 0,05 = 0,55
b. 1,5 Terceiro termo:
0,55 + 0,05 = 0,6
c. 0,06
Portanto, o terceiro número
d. 0,51 da sequência será 0,6.

e. 0,55

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 91 08/10/19 10:24


Módulo 3
1. Complete corretamente a frase que explica como transformar uma fração em um número decimal,
seja ele exato, seja dízima periódica.

Para transformar uma fração em um número decimal, basta dividir o

C O
numerador pelo denominador .

O V
Módulos 4 e 5

C SI
CAPÍTULO 2

2. Classifique cada uma das dízimas periódicas dadas em simples ou composta.

O U
15,717171... 0,22272727...

N L
92

Dízima periódica simples Dízima periódica composta

SI XC
3. Complete corretamente o esquema de cálculo seguinte, que possibilita determinar a fração geratriz
EN O E
x da dízima 2,5.
Seja x = 2,555...
Multiplicando os dois membros por 10 , temos:
D US

10 · x = 25,555...
Calculando a diferença entre as duas equações, temos:
A E

10 x = 25,555...

E

x = 2,555...
EM L D

9 · x = 23

23
ST IA

x= . 23
9 Logo, a fração geratriz de 2,555... é .
SI ER

Módulo 6
4. Complete as igualdades.
AT

2
a. + 2 =
7
M

b. –6,55... = 6,5…

Módulo 7

5. Observe a lei de formação da sequência e complete-a com os números que estão faltando.

(1,71; 1,78; 1,85; 1,92 ; 1,99 ; 2,06 )

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 92 08/10/19 10:24


C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
CONJUNTOS NUMÉRICOS

O U
N L

93
SI XC
EN O E
Números
racionais
D US
A E
E
EM L D

Representação
Dízima periódica Decimal exato Sequências
geométrica
ST IA
SI ER

Fração geratriz
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 93 08/10/19 10:24


CAPÍTULO

3 NÚMEROS
IRRACIONAIS

C O
O V
C SI
MATEMÁTICA

O U
N L
94

SI XC
EN O E
Em um simples pneu de bicicleta, podemos encontrar uma relação que faz
surgir um tipo de número que intrigou muitos matemáticos há alguns milênios.
Há poucos séculos, foi possível observar que esse mesmo número apresentava
D US

infinitas casas decimais, sem que se formasse um período. Em qualquer outro


objeto circular, também encontramos esse número tão especial que acabou
recebendo um nome específico. Além disso, muitos matemáticos verificaram
que ele não é como qualquer outro número racional. Neste capítulo,
apresentamos um estudo sobre ele e outros números com essa característica.
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 94 08/10/19 10:24


M
AT

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 95


SI ER
ST IA
EM L D
A E
D US
E
EN O E
SI XC
N L
O U
C SI
O V
C O
RAFAL OLKIS/ISTOCK

95 MATEMÁTICA

08/10/19 10:24
É muito importante que a razão pi

π E O PERÍMETRO DA CIRCUNFERÊNCIA
Módulos 8 e 9
tenha significado para os alunos,
de tal forma que eles conheçam sua
origem. A situação descrita no texto
teórico pode ser realizada na prática,
com o uso de materiais circulares e Conversando com o professor de Matemática, Igor descobriu que qualquer
tomando-se as medidas com uma
trena ou até mesmo com o auxílio que seja o tamanho de uma circunferência, a medida de seu perímetro, di-
de um paquímetro. vidida pela medida de seu diâmetro, resulta sempre em um mesmo valor,
que é uma constante. Sendo ele um aluno curioso, resolveu comprovar na
prática esse fato e mediu a circunferência e o diâmetro de três objetos cir-

C O
culares de diferentes tamanhos, anotando essas medidas em uma tabela,
assim como a razão indicada pelo professor.

O V
C SI
CAPÍTULO 3

O U
N L
96

SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER

Objeto Circunferência (c) Diâmetro (d) Razão c


d
AT

Tampa 31,4 cm 10 cm 3,14


Pneu 157,1 cm 50 cm 3,142
M

Relógio 75,4 cm 24 cm 3,1416

Note que, em todos os objetos, a razão encontrada é, de fato, muito pró-


xima de um valor único, aproximadamente 3,14. As pequenas diferenças
ocorrem em razão de não haver uma precisão tão grande nas medições.
De fato, basta pensarmos o seguinte: se uma circunferência dobra de ta-
manho, seu diâmetro também dobrará, ou seja, serão proporcionais. Nesse
caso, vemos que a circunferência é pouco maior que o triplo do diâmetro.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 96 08/10/19 10:24


Há muito tempo que o ser humano observou essa razão em círculos e cir-
cunferências, estudando em detalhes seu valor e suas possíveis aplicações.
Os gregos destacaram-se nesse aspecto, procurando estudar essa razão π
com maior profundidade e até atribuindo um nome a ela: (lê-se “pi”), que é
uma letra do alfabeto grego.
O estudo da razão π possui muitas aplicações, sendo uma das mais ime-
diatas no cálculo de um diâmetro, conhecendo a medida da circunferência,
ou vice-versa. Para isso, considere o raciocínio a seguir.

C O
O V
Sendo c a medida da circunferência e d a medida do diâmetro, temos que:

C SI
c ˜

MATEMÁTICA
= 3,14
d

O U
Chamando a razão obtida de π, temos:

N L
c =π

97
d

SI XC
Isolando c, temos:
c=π·d
EN O E
Considerando que o diâmetro (d) é o dobro do raio (r) da circunferência, chega-
mos à fórmula:
c=2·π·r
D US

Veja um exemplo do uso

MARTIN MEEHAN/ISTOCK
dessa fórmula.
A E

Uma piscina será construí-


da com a superfície circular.
E
EM L D

O raio do círculo que define


a superfície medirá 8 me-
tros. Ao redor da borda, será
ST IA

colocado um piso feito com


pedras, para auxiliar no es-
SI ER

coamento da água que trans-


borda. Para saber a quantida-
de desse tipo de piso que será
AT

utilizado, devemos calcular o


perímetro do círculo que de-
M

fine a superfície da piscina.


Admitindo π = 3,14, temos:
c=?
r=8m
Então:
c = 2 · 3,14 · 8
c = 50,24
Logo, a medida do comprimento da borda da piscina será de 50,24 metros.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 97 08/10/19 10:24


De maneira geral, usamos a aproximação de 3,14 para o va-
SHAWN_HEMPEL/ISTOCK

lor de π. Para efeito de treino ou de avaliação, pode ocorrer


que alguns enunciados adotem outros valores aproximados
para π, como apenas 3,1 ou, até mesmo, 3. Entretanto, não
há fim para as casas decimais no valor de π. Além disso,
não se observa qualquer tipo de período na parte decimal.
Logo, π não é um decimal exato, nem uma dízima periódica.
Ao longo da história, matemáticos ficaram intrigados com

C O
números desse tipo e perceberam que surgiria um novo con-
junto de números: os irracionais. Na verdade, π é apenas

O V
um exemplo de número irracional e, ao longo deste capítulo,

C SI
mostraremos mais exemplos.
CAPÍTULO 3

Conhecer um número maior de casas decimais para o valor

O U
de π pode ser útil em circunstâncias mais específicas, como

N L
nos cálculos envolvendo medidas no espaço. Afinal, quanto
98

maior a circunferência considerada, maior a diferença obti-

SI XC
da no cálculo para um número pequeno de casas decimais.
Ao contrário, quanto maior o número de casas decimais, mais
EN O E
Tira de papel mostrando os primeiros algarismos de π.
exato o valor da medida procurada.

NA PRÁTICA
D US

Uso do π
Poderíamos citar um grande número de profissionais que podem fazer uso do valor de π e do cálculo
envolvendo medida da circunferência, do diâmetro ou do raio. Engenheiros e arquitetos podem
aparecer no topo da lista, e até mesmo costureiras e cozinheiras podem precisar desse mecanismo,
A E

calculando a quantidade de material usado em enfeites de pedaços de pano circulares ou bolos com
E
EM L D

esse mesmo formato.


Há outras aplicações mais sofisticadas, com muitos cálculos envolvidos, como nos satélites que
são lançados para orbitar nosso planeta.
Temos cada vez mais satélites orbitando a Terra, com diversas funções, como monitorar o clima
ST IA

ou permitir melhorias nas comunicações, como no uso da internet. Conhecer a trajetória de cada
um desses equipamentos, levando em conta a distância que estão do centro da Terra e a distância
que percorrem ao redor dela são informações básicas, necessárias para seu correto funcionamento.
SI ER

NMLFD/ISTOCK
AT
M

EXPLORE MAIS
Origens do pi
Conheça mais sobre as ori-
gens do cálculo do valor de
π acessando o link.
Disponível em: <coc.pear.
sn/fHqkNKp>.

Esquema que mostra um satélite orbitando a Terra.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 98 08/10/19 10:24


Módulo 10 Iniciamos o estudo sobre radiciação
no 8o ano, antes da potenciação, em

RAIZ QUADRADA razão do extenso trabalho já realiza-


do sobre potenciação nesta coleção
em anos anteriores. É momento de
Nos módulos anteriores, comentamos sobre o número π que é um exem- retomar a ideia aplicada ao cálculo de
raízes e, ao mesmo tempo, associar
plo do chamado número irracional. De maneira geral, como o próprio esse estudo ao conjunto dos núme-
nome diz, o número irracional é aquele que não é racional, isto é, não ros irracionais.
No próximo capítulo, retomar as ope-
pode ser escrito como a razão entre dois inteiros. Nesse caso, é um nú- rações de potenciação ao definir o
mero que tem infinitas casas decimais, mas sem formar períodos, como conjunto dos números reais, inclusive

C O
com aplicação no estudo de notação
ocorre na dízima periódica. científica. Todos esses fatos podem
ser destacados.
No entanto, há uma infinidade de outros irracionais e encontramos mui-

O V
tos deles no cálculo de raízes. Como exemplo, vamos começar pelo cálculo

C SI

MATEMÁTICA
da raiz quadrada.
De acordo com o estudo sobre raízes nos anos anteriores desta coleção, um

O U
dos maiores exemplos de cálculo da raiz quadrada de um número pode ser

N L
encontrado na Geometria, quando tratamos da área de um quadrado. Veja um

99
SI XC
exemplo para relembrar essa ideia.
Deseja-se cercar uma região quadrada
com área de 36 m². Qual deve ser a medida
EN O E
de cada lado dessa região? A = 36 m2 xm
Para responder a essa pergunta, deve-
mos procurar o número cujo quadrado seja
D US

36. Sendo x a medida do lado desse qua-


drado, temos:
x² = 36
A E

Nesse caso, quando queremos descobrir o número não negativo que, ele-
E
EM L D

vado ao quadrado, resulta 36, estamos tentando obter a raiz quadrada des-
se número, e escrevemos da seguinte forma:
ST IA

x = 36
SI ER

Por estimativa, temos que:

x = 36 = 6, pois 6² = 36
AT

Entretanto, não é sempre que encontramos uma raiz quadrada exata,


como a de 36. Se tivéssemos 1 unidade a mais na área, sendo ela de 37 m²,
M

a medida x do lado seria dada por 37 , mas que não possui resultado intei-
ro. Usando uma calculadora, poderíamos realizar algumas tentativas para
decimais exatos.
6,1² = 37,21, que é maior que 37.
6,09² = 37,0881, que ainda é maior que 37.
6,08² = 36,9664, que ficou um pouco abaixo de 37.
Assim, tentaríamos números entre 6,08 e 6,09.
Matemáticos, desde a Antiguidade, perceberam que esse é um exemplo de
número irracional, assim como outras raízes, como 2, 3, 5 e tantas outras.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 99 08/10/19 10:24


A simplificação de raízes envolve o Módulos 11 e 12
entendimento de propriedades da
radiciação que são apresentadas no
texto. Certificar-se de que todos os
alunos compreenderam o princípio de
EXTRAINDO RAÍZES
funcionamento dessas propriedades, O cálculo de raiz pode ser ampliado para outros tipos de raiz, como a raiz
para que a lógica de resolução por de
composição tenha mais significado. cúbica. Quando falamos em volume de cubo, a ideia de raiz cúbica surge
Se houver tempo, apresentar outros quase que espontaneamente. Veja.
exemplos, além dos que são indica-
dos no texto teórico. Um cubo com volume de 8 cm³ será construído. Qual deve ser a medida de
sua aresta?

C O
O V
C SI
x cm
CAPÍTULO 3

V = 8 cm 3

O U
N L
100

SI XC
A medida do volume de um cubo é obtida pelo cubo da medida da aresta.
Sendo esta de medida x, temos:
EN O E
x³ = 8

Nesse caso, devemos encontrar a raiz cúbica de 8, ou seja, o número que,


D US

elevado ao cubo, resulta 8. Essa indicação é feita por meio de um índice,


3
que é o número 3. Fica assim: 8 (lê-se: raiz cúbica de oito).
Por estimativa, temos:
A E

3
8 = 2, pois 2³ = 8
E
EM L D

Para o cálculo de raiz cúbica, existe, também, a raiz cúbica de número


negativo, fato que não ocorre no cálculo de raiz quadrada. Exemplo:
ST IA

3
–8 = –2, pois (–2)³ = –8.
Seguindo uma linha de raciocínio semelhante e pensando em outras po-
SI ER

tências de expoente 4, 5 e assim por diante, temos:


a. raiz quarta de dezesseis: 4 16, pois 24 = 16;
AT

b. raiz quinta de menos trinta e dois: 5 –32, pois (–2)5 = –32;


6
c. raiz sexta de sessenta e quatro: 64 , pois 26 = 64.
M

Cálculo de raízes por decomposição em fatores primos


Para se extrair uma raiz, o método mais fácil é ter em mãos uma calcula-
dora. Porém, se formos calcular a raiz sem a calculadora, já mostramos, no
módulo anterior, que podemos fazer estimativas e tentativas para chegar a
valores exatos ou aproximados.
Entretanto, há maneiras alternativas de extrair a raiz, ou ao menos simplifi-
cá-la, por meio da decomposição do radicando em fatores primos. Isso mesmo!
Observe que uma técnica de cálculo usada, por exemplo, para calcular o mí-
nimo múltiplo comum de dois números pode ser usada no cálculo de raízes.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 100 08/10/19 10:24


Para fazer esse tipo de cálculo, devemos considerar basicamente duas pro-
priedades:

n
I. an = a II. a · b = a · b

Exemplo Exemplo
3
73 = 7 5· 7 = 5 · 7

C O
O V
O exemplo seguinte mostra como é possível usar a decomposição do ra-

C SI

MATEMÁTICA
dicando no cálculo de raízes.

O U
Exemplo 1

N L
Calcular o valor de 196.

101
SI XC
Decompondo o radicando 196, temos:

196 2
EN O E
98 2
49 7
D US

7 7
1 Logo, 196 = 22 · 72 = 22 · 72 = 2 · 7 = 14
A E

Exemplo 2
E
EM L D

3
Calcular o valor de 125.
Decompondo o radicando 125, temos:
ST IA

125 5
SI ER

25 5
5 5
3 3
1 Logo, 125 = 53 = 5
AT
M

Quando o resultado da raiz não é um número racional, fazemos apenas


uma simplificação. Observe, como exemplo, a simplificação de 28:

28 2
14 2
7 7
1 Logo, 28 = 22 · 7 = 22 · 7 = 2 7

Observe que o radicando foi simplificado de 28 para apenas 7.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 101 08/10/19 10:24


É importante que o teorema de Pitá- Módulos 13, 14 e 15
goras tenha significado geométrico
para os alunos. Por essa razão, iniciar
o estudo com base na ideia mostrada
sobre as áreas ao redor da piscina.
TEOREMA DE PITÁGORAS
Eles devem perceber que, quando se Um arquiteto está projetando uma piscina com a superfície em forma de
fala em “quadrado da hipotenusa” ou
“quadrado do cateto”, estamos falan- triângulo retângulo. Os lados dessa piscina medirão 3 m, 4 m e 5 m. Em
do não apenas do quadrado de um nú- cada um dos lados de sua borda, haverá uma região quadrada coberta por
mero, mas também de um quadrado
construído sobre aquele lado. grandes pisos, também quadrados. Nessas regiões, haverá cadeiras para
tomar sol e relaxar. O restante da região será coberto por grama. Veja um

C O
esquema desse projeto.

O V
Analisando com mais detalhes

C SI
a figura montada, podemos per-
CAPÍTULO 3

ceber uma curiosidade: a área

O U
maior, formada por 25 pisos
quadrados, corresponde à soma

N L
102

das áreas das outras duas re-

SI XC
giões quadradas, menores. Veja
em destaque na figura ao lado.
EN O E Essa relação curiosa já é co-
nhecida por matemáticos há
muito tempo. Há indícios, in-
clusive, de que os egípcios já
D US

sabiam que um triângulo com


lados de 3, 4 e 5 unidades é um
triângulo retângulo.
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 102 08/10/19 10:24


Com base nesse tipo de conhecimento, eles criavam uma espécie de esqua-
dro usando cordas com nós em espaços regulares, da seguinte forma:

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

103
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D

Esse tipo de “esquadro” era aplicado em construções quando se desejava


ST IA

obter lados perpendiculares, como nas bases quadradas das pirâmides.


Nesse caso, a corda era esticada na forma desse triângulo, prendendo-se
SI ER

estacas em seus “vértices”.


Ao longo da história, muitos outros matemáticos, de diferentes regiões,
AT

dedicaram-se ao estudo dessas relações entre os lados de um triângulo


retângulo. Alguns gregos, que eram discípulos do matemático e filósofo
Pitágoras (570-495 a.C.), participavam desse estudo e conseguiram provar
M

uma relação muito importante com as medidas dos lados de um triângulo


retângulo, que ficou conhecida como teorema de Pitágoras. Para falarmos
desse teorema, devemos antes definir o seguinte:

· Se um triângulo é retângulo, então ele tem


um ângulo reto (90°).
· O lado maior do triângulo retângulo é chama-
do de hipotenusa e é oposto ao ângulo reto.
· Os outros dois lados, que formam o ângulo
reto, são chamados de catetos.

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O teorema diz que:

O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.

De fato, considerando o triângulo formado no projeto da piscina, temos:


Medida da hipotenusa (m) = 5
Medida dos catetos (m) = 3 e 4

C O
De acordo com o teorema, temos:

O V
5² = 3² + 4²
25 = 9 + 16

C SI
CAPÍTULO 3

25 = 25
Verdade!

O U
N L
104

SI XC
5m
EN O E 3m
D US

4m
A E
E
EM L D

Essa relação, mostrada pelo teorema, não vale apenas para o triângulo de
lados medindo 3, 4 e 5 unidades, mas para qualquer outro triângulo retân-
gulo. Assim, podemos generalizar da seguinte forma:
ST IA

No triângulo retângulo, temos:


SI ER

Medida da hipotenusa = a
Medida dos catetos = b e c
Aplicando o teorema, temos:
AT

a² = b² + c²
M

a
b

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 104 08/10/19 10:24


Apesar de ficar conhecido como teorema de Pitágoras, ele já foi provado
de diversas maneiras por muitos outros matemáticos ao longo da história.
De forma prática, podemos aplicá-lo em situações em que não conhe-
cemos a medida de apenas um dos lados do triângulo. Nesse caso, você
perceberá que será escrita uma equação com incógnita elevada à segunda
potência. Veja um exemplo.

C O
x cm
5 cm

O V
C SI

MATEMÁTICA
12 cm

O U
Para determinar a medida x desconhecida, aplicamos o teorema de
Pitágoras:

N L

105
SI XC
x² = 5² + 12²
x² = 25 + 144
EN O E x² = 169

Aqui, temos uma equação do 2o grau incompleta (x² = 169). Uma equação
completa você terá a oportunidade de estudar no próximo ano, em detalhes.
D US

Mas aqui, basta aplicar a operação inversa da potenciação, que é a radiciação.


Em outras palavras, queremos descobrir o número positivo x que, elevado
ao quadrado, resulta 169. Basta, então, extrair a raiz quadrada de 169. Veja.
A E

x = 169
E
EM L D

x = 13
ST IA

Portanto, a hipotenusa mede 13 m.


SI ER

NA PRÁTICA
Uso do teorema de Pitágoras
Nos estudos sobre Engenharia, o uso do teorema de Pitágoras é recorrente. Podemos aplicá-lo em
AT

um projeto de telhado. Como exemplo, considerando um telhado como o da figura, em que a base
mede 6 m e a altura a partir da base do telhado mede 1 m, aplicamos o teorema para determinar a
medida x do comprimento do telhado.
M

x² = 1² + 6²
(x) m x² = 1 + 36
1m x² = 37
x = 37
6m x=~ 6,08

Portanto, a medida x procurada é de aproximadamente 6,08 m.

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CAPÍTULO 3
NÚMEROS IRRACIONAIS
Módulos 8 e 9 | π e o perímetro da circunferência

Exercícios de aplicação
1. Uma artesã fabrica um suporte para prato, conhecido
também como sousplat. Ele tem a forma circular, como

JOLKESKY/ISTOCK
mostrado na imagem. Em um dos modelos que ela faz,
será colada uma fita na borda. Se o diâmetro desse ob-
jeto é de 40 cm, qual deve ser o comprimento da fita

C O
usada para enfeitar um sousplat?
Considere π = 3,14.

O V
C SI
Exemplo de sousplat.
CAPÍTULO 3

O U
c = 3,14 ∙ 40

N L
c = 125,6
106

SI XC
EN O E A fita terá 125,6 cm de comprimento.

Sobre o exercício 2, destacar a 2. Em algumas plantações, são usados sistemas de irrigação que podem parecer curiosos para algu-
reflexão proposta no item b.
D US

mas pessoas. Um desses sistemas é conhecido como pivô central. Veja nas imagens.
Os alunos devem perceber
que a variação, nos dois
RANDOMPHOTOG/ISTOCK

WSFURLAN/ISTOCK
casos, é linear, apesar de
se indicar a medida de uma
curva.
A E
E
EM L D

Um exemplo de pivô central com destaque para as torres com duas rodas e a vista superior, mostrando
formato circular da trajetória das rodas e da área plantada.
ST IA

Nesse sistema, uma grande haste fica fixada em uma extremidade, onde é presa uma tubulação
SI ER

com água. Ao longo dessa haste, há eixos, também chamados de torres, com duas rodas cada um,
que fazem todo o conjunto girar em torno do ponto central. Consequentemente, cada roda percorre
uma linha curva, que traça uma espécie de circunferência.
AT

Sobre essa situação e considerando π = 3,14, responda ao que se pede.


a. Calcule a distância percorrida por uma roda, ao completar uma volta inteira, caso essa roda esteja
distante
M

• 25 metros do ponto fixo do pivô; • 75 metros do ponto fixo do pivô.

c = 2 · 3,14 · 25 c = 2 · 3,14 · 75
c = 157 c = 471

A roda terá percorrido 157 metros. A roda terá percorrido 471 metros.

b. De acordo com os cálculos anteriores, se triplicamos a distância do raio, a medida do perímetro


da circunferência também será triplicada?
Sim.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 106 08/10/19 10:24


3. Avaliação Nacional 3. Seja c = 2 πr a fórmula que
determina o comprimento
A figura a seguir mostra uma circunferência de diâmetro FE. Ela representa o início do projeto de de uma circunferência de
uma grande praça circular, cujo diâmetro é de 200 m. raio r. Se o diâmetro é de
200 m, o raio então mede
100 m (metade de 200 m).
Aplicando a fórmula, temos:
c=2.π.r
c = 2 · 3,14 · 100
c = 628
F E
Logo, o comprimento da cal-

C O
çada será de 628 m.

O V
C SI

MATEMÁTICA
Ao redor dessa praça, sobre a linha da circunferência, haverá uma calçada. Admitindo-se π = 3,14, o
comprimento dessa calçada será de

O U
a. 314 m b. 628 m c. 1 256 m d. 3 140 m e. 6 280 m

N L

107
4. Um satélite pode orbitar a Terra a uma altitude de aproximadamente 36 000 km. Considerando-se

SI XC
o raio da Terra em torno de 6 500 km, a trajetória circular de um satélite posicionado a essa altitude
terá o comprimento de uma circunferência de raio aproximado de 42 500 km. Admitindo-se π = 3,14,
qual será a distância percorrida por um satélite ao completar uma volta?
EN O E
c = 2 · 3,14 · 42 500
c = 266 900
D US

Será de 266 900 km.


A E
E
EM L D

Exercícios propostos
ST IA

5. Admitindo π = 3,14, calcule o comprimento de uma circunferência


a. cujo raio meça 30 m;
SI ER

c = 2 · 3,14 · 30
c = 188,4
AT
M

Será de 188,4 m.

b. cujo diâmetro meça 8 m.

c = 3,14 · 8
c = 25,12

Será de 25,12 m.

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CAPÍTULO 3
6. A pista de treinamento de um atleta tem a forma de um círculo de comprimento igual a 800 m e,
bem no meio desse círculo, há um bebedouro. Qual a menor distância que o atleta deve percorrer
para alcançar o bebedouro?
Adote: π = 3,14.

C O
O V
C SI
CAPÍTULO 3

O U
N L
108

SI XC
EN O E
D US
A E

800 = 2 · 3,14 · r
E

800
EM L D

r=
6,28
r =~ 127,4
ST IA
SI ER
AT

Deve percorrer aproximadamente 127,4 m.

7. Cite dois profissionais que podem realizar cálculos envolvendo o valor de π em seu trabalho.
M

Sugestão: Engenheiro e astrônomo.

8. A distância percorrida após um 8. Avaliação Nacional


giro completo do pneu coincide
com a medida C de sua circun-
Jorge tem uma bicicleta, e o pneu dela tem um diâmetro total de 70 cm. Ele instalou um mecanismo
ferência. Admitindo π =~ 3,14 e que conta o número de voltas que o pneu dá após um deslocamento. Nesse caso, considerando-se
sabendo que o diâmetro é de 70 π =~ 3,14, quantos metros a bicicleta terá percorrido após exatamente 10 giros do pneu?
cm (raio de 35 cm), temos:
a. 21,98 m
C = 2πr
b. 43,96 m
C = 2 · 3,14 · 35
C = 219,8 cm c. 2,198 m
Após um giro completo, o pneu d. 2 198 m
percorre 219,8 cm. Logo, após 10 e. 4,396 m
giros completos, percorrerá 2 198
cm (10 × 219,8).
Como 1 m = 100 cm, a distância
percorrida será de 21,98 metros.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 108 08/10/19 10:24


Módulo 10 | Raiz quadrada

Exercícios de aplicação
1. Na teoria, foi comentado que valores como 2 , 3 e 5 definem números irracionais, que são aque- Destacar, no exercício 1, que
os algarismos indicados no
les com infinitas casas decimais, sem que se forme um período. Uma calculadora que possui a fun- visor da calculadora não
ção de raiz quadrada nos indica as primeiras casas decimais desses números irracionais. Fazendo definem um decimal exato,
uso de uma calculadora, indique o valor aproximado, com as dez primeiras casas decimais indicadas apenas as primeiras casas
no visor, de cada raiz. decimais de cada número
irracional.

C O
a. 2 =~ 1,4142135624 Caso algum aluno utilize um
modelo de calculadora que

O V
mostre menos de 10 casas
b. 3 =~ 1,7320508076
decimais, pedir a ele que
complemente na correção.

C SI

MATEMÁTICA
c. 5 =~ 2,2360679775 Aproveitar para retomar os
critérios usados em arredon-
damento.

O U
2. Complete o quadro e responda ao que se pede.

N L
O exercício 2 explora a

109
ideia de quadrado perfeito.

SI XC
Os alunos devem perceber
ALGARISMO INDO-ARÁBICO 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 que os dez algarismos indo-
-arábicos estão elevados à
QUADRADO DO ALGARISMO 0 1 4 9 16 25 36 49 64 81 segunda potência e nenhum
EN O E deles termina em 2, 3, 7 ou 8.
Esse tipo de conhecimento
elementar pode auxiliá-los
a. Após confirmar os resultados do quadro com o professor, verifique e escreva em quais algarismos em cálculos futuros, sobre-
termina (ordem das unidades) cada quadrado dos algarismos indo-arábicos. tudo na estimativa de valor
Termina em 0, 1, 4, 5, 6 ou 9. para raiz.
D US

Apesar da análise ser feita


b. Seguindo a mesma análise anterior, verifique e escreva em quais algarismos o quadrado de um com os dez algarismos, eles
número não deve terminar. devem perceber que o racio-
cínio se aplica para qualquer
Não deve terminar em 2, 3, 7 ou 8. outro número. Por exemplo,
A E

se 4² termina em 6 (16), qual-


c. De acordo com as conclusões anteriores e sem efetuar qualquer cálculo, verifique se o valor de
quer número terminado em
E
EM L D

648 é um número inteiro. Justifique sua resposta. 4, elevado ao quadrado,


Não é inteiro, pois termina em 8, e o quadrado de nenhum número inteiro termina em 8. também terminará em 6,
como 34² = 1 156.
ST IA

d. Sem efetuar cálculos, indique qual é o algarismo das unidades do número que se obtém ao cal-
SI ER

cular o quadrado de 178. Justifique sua resposta.


É o 4. Como 178 termina em 8, e o quadrado de 8 termina em 4 (8² = 64), o quadrado de 178 também terminará em 4.
AT

e. Sem que se faça qualquer cálculo, é possível afirmar que o valor de 976 é, certamente, um
M

número inteiro? Justifique sua resposta.


Não se pode afirmar com certeza, ainda que 976 termine em 6 e haja alguns números que terminem em 6 e sejam

quadrados perfeitos, pois há aqueles que não são, como 26 ou 46.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 109 08/10/19 10:24


CAPÍTULO 3
Apesar de sugerirmos o uso 3. Um jardineiro pretende separar uma região quadrada de um terreno para plantar flores. A área
de calculadora em alguns dos dessa região deverá ser de 196 m². Qual deve ser a medida do lado dessa região?
exercícios sobre raiz quadra-
da, é interessante que os
alunos também resolvam al-
guns deles por meio de esti- Sendo x a medida do lado, temos, por estimativa:
mativas, como no exercício 3.
Esse fato pode conferir maior x = 196 = 14
significado ao estudo sobre
radiciação.

C O
O V
A medida do lado dessa região deve ser 14 m.

C SI
CAPÍTULO 3

O U
Exercícios propostos

N L
110

SI XC
O exercício 4 pode ser resol- 4. A figura representada é composta de quadrados cujas áreas estão indicadas na legenda. Calcule o
vido de diversas formas. Uma perímetro total da figura.
delas consiste em somar os
perímetros dos cinco quadra-
dos. Depois, subtrai-se duas EN O E
vezes cada medida de lado
comum, indicada na figura
a seguir, pois não estão no
contorno da figura total.
D US

9
A E
E
EM L D

15
9
ST IA
SI ER

Legenda

9 m2
AT

36 m2
81 m2
225 m2
M

O perímetro é de 114 m.

5. Por estimativa, temos que 5. Um terreno quadrado será cercado com uma cerca de arame. Serão, ao todo, 5 fios de arame, e a cer-
484 = 22. Portanto, cada lado ca fechará todo o terreno. Se a área da região a ser cercada é de 484 m², quantos metros de arame,
medirá 22 metros. Logo, o perí-
metro será de 88 metros (4 · 22).
no mínimo, serão necessários?
Sendo 5 fios, temos: a. 88 m
Quantidade de fio = b. 110 m
= 5 · 88 m = 440 m
c. 440 m
Logo, a quantidade mínima ne-
cessária será de 440 metros. d. 605 m
Observação: falamos em “quan- e. 1 210 m
tidade mínima” em razão de
eventuais emendas ou perdas
na construção, podendo ser uma
quantidade um pouco maior.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 110 08/10/19 10:24


Módulos 11 e 12 | Extraindo raízes

Exercícios de aplicação
1. No texto teórico, comentamos que o cálculo de raiz cúbica tem relação direta com cálculos envol- No exercício 1, usar material
vendo o volume de cubos. De acordo com essa ideia, considere que um grande reservatório de água dourado para desenvolver
algumas ideias, como o em-
será construído cavando-se um buraco no chão. Esse buraco terá a forma de cubo, com volume de pilhamento de 125 cubos
125 m³. Nesse caso, qual deverá ser a medida de cada aresta desse cubo? em forma de um cubo maior.
Apesar de parecer elemen-
tar, essa é uma ideia que

C O
pode ainda não ser lógica
Sendo x a medida de cada aresta, temos, por estimativa: para alguns alunos.
3
x = 125 = 5

O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

111
SI XC
EN O E
Cada aresta deverá medir 5 metros.
D US

2. Complete cada esquema de cálculo que mostra a simplificação dos radicais.


a. 45
A E

45 3
E
EM L D

15 3
5 5
1
ST IA

Logo, 45 = 32 5 = 32 · 5 = 3 5
SI ER

b. 180

180 2
AT

90 2
45 3
15 3
5 5
M

Logo, 180 = 22 32 5 = 22 · 32 · 5 = 2 · 3 · 5 = 6 5

c. 98

98 2
49 7
7 7
1

Logo, 98 = 72 2 = 72 · 2 = 7 2

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 111 08/10/19 10:24


CAPÍTULO 3
A ideia explorada no exercí- 3 Um estudante verificou que a medida de lado de um quadrado é de 5 3 m. Para calcular a área
cio 3 pode auxiliar no cálcu-
lo do exercício 4, de acordo
dessa figura, ele desenvolveu o seguinte raciocínio:
com a sugestão de resolução
indicada. De forma alterna-
tiva, os alunos podem fazer
estimativas para o valor de
cada raiz não exata. ´ = (5 3 )2 = (5)2·( 3 )2 = 25·3 = 75
Area

C O
É fácil perceber, no cálculo anterior, que ( 3 )2 = 3. Afinal, elevar ao quadrado a raiz quadrada de um

O V
número faz com que se obtenha esse mesmo número, pois são operações inversas. Observe, também,
que ele distribuiu o expoente para cada fator na base. Usando essas ideias, responda ao que se pede.

C SI
CAPÍTULO 3

a. Sendo x = 2 7 , calcule o quadrado de x.

O U
N L
x2 = (2 7)2 = (2)2 · ( 7)2 = 4 · 7 = 28
112

SI XC
EN O E
b. Sendo x = 6 5 , calcule o quadrado de x.
D US

x2 = (6 5)2 = (6)2 · ( 5)2 = 36 · 5 = 180


A E
E
EM L D
ST IA

4. Os quadrados dos núme- 4. OBM


ros são respectivamente: 99,
Quantos dos números a seguir são maiores que 10?
SI ER

112, 125, 108 e 98. Destes,


apenas o primeiro e o último
são menores que o quadra-
do de 10, que é 100. Assim, 3 11, 4 7, 5 5, 6 3, 7 5
os três números do meio são
AT

maiores que 10.


a. 1 b. 2 c. 3 d. 4 e. 5
M

Sobre a ideia do exercício 5, 5. Há na Língua Portuguesa certas curiosidades, como os chamados palíndromos. A palavra OVO, por
é possível pesquisar e mos- exemplo, é um palíndromo, pois a sequência de escrita das letras é a mesma quando se lê de trás
trar aos alunos outros tipos
para frente. Essa coincidência se verifica, também, em algumas frases. Veja.
de palíndromos.

“Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos.”


“E até o Papa poeta é.”
“Anotaram a data da maratona.”

É claro que estamos considerando apenas a sequência de letras que, observada da direita para a
esquerda ou da esquerda para a direita, será igual nos dois sentidos.
Particularmente, na Matemática, temos algo parecido que se chama capicua, em que há uma repe-
tição de sequência de algarismos lidos da direita para a esquerda ou o contrário. Por exemplo: 565,
72 827 e 103 301.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 112 08/10/19 10:24


A seguir, temos algumas capicuas nos radicandos das raízes. Calcule cada raiz e verifique outra
curiosidade nessa situação, anotando o que observar.

121 11

12321 111

1234321 1 111

123454321 11 111
Sugestão: A raiz quadrada de todas elas é composta só por algarismos iguais a 1, e a quantidade de algarismos iguais a 1

C O
é igual ao número que ocupa a posição central do radicando.

O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
6. A simplificação de radicais pode ser ainda mais útil quando se conhece o valor aproximado de certas 6. Aproveitar o exercício 6

N L
raízes. Por exemplo, sabendo que 3 =~ 1,73, o valor aproximado de 48 pode ser assim calculado: para reforçar um possível

113
uso da simplificação de ra-

SI XC
dicais. Comentar, também,
que os valores finais obti-
48 = 22 · 22 · 3 = 22 · 22 · 3 = 2 · 2 · 3 = 4 · 3 =~ 4 · 1,73 = 6,92 dos ficam mais próximos
EN O E do valor real se utilizarmos
aproximações com mais ca-
Considerando, então, que 2 =~ 1,41 e 5 =~ 2,23, calcule um valor próximo de: sas decimais para as raízes
dadas no enunciado, ou seja,
a. 50 b. 245 quanto mais casas decimais,
melhor a aproximação.
D US

50 2 245 5
25 5 49 7
5 5 7 7
A E

1 1
E
EM L D

Logo, 50 = 52 · 2 = 52 · 2 = 5 2 =~ Logo, 245 = 72 · 5 = 72 · 5 = 7 5 =~


=~ 5 · 1,41 = 77,05 =~ 7 · 2,23 = 15,61
ST IA
SI ER
AT

c. 20 d. 242

20 2 242 2
M

10 2 121 11
5 5 11 11
1 1

Logo, 20 = 22 · 5 = 22 · 5 = 2 5 =~ Logo, 242 = 112 · 2 = 112 · 2 = 11 2 =~


=~ 2 · 2,23 = 4,46 =~ 11 · 1,41 = 15,51

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CAPÍTULO 3
Exercícios propostos
7. Faça uso da decomposição e simplifique cada radical dado.
3
a. 216 b. 2 700

216 2 2 700 2
108 2 1 350 2
54 2 675 3

C O
27 3 225 3

O V
9 3 75 3
3 3 25 5

C SI
CAPÍTULO 3

1 5 5

O U
1
Logo, 216 = 22 · 32 · 2 · 3 =
=2·3· 2·3 =6 6 3 3

N L
Logo, 2 700 = 33 · 22 · 52 =
3 3
114

= 3 · 22 · 52 = 3 100

SI XC
EN O E
5
c. 1 140 d. 375
D US

1 440 2 375 3
720 2 125 5
A E

360 2 25 5
E
EM L D

180 2 5 5
90 2 1
45 3
Logo, 375 = 52 · 5 · 3 =
ST IA

15 3
= 5 · 5 · 3 = 5 · 15
5 5
SI ER

5 5
Logo, 1 440 = 25 · 32 · 5 =
5 5
= 2 · 32 · 5 = 2 45
AT
M

8. Simplificando o radical 8. Avaliação Nacional


por meio da decomposição Rafael sabia que o volume de um grande reservatório de água em forma de cubo era de 3 000 m³.
do radicando, temos: 3
3 3
Para determinar a medida de cada uma das arestas desse cubo, ele decidiu calcular 3 000. Consi-
3
3 000 = 23 · 53 · 3 = derando que 3, a medida de cada aresta é de aproximadamente
3 3
= 2 · 5 3 = 10 3
a. 7,2 m
Adotando :
b. 144 m
3 =~ 1,44
3

c. 2,88 m
10 3 =~ 10 · 1,44 = 14,4
3

d. 14,4 m
A medida da aresta é de
aproximadamente 14,4 m. e. 10,08 m .

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Módulos 13, 14 e 15 | Teorema de Pitágoras

Exercícios de aplicação
1. Um estudante verificou que um triângulo com lados medindo 3 cm, 4 cm e 5 cm é um triângulo Sugerimos resolver o exercício
retângulo. Pensando nisso e observando que 3, 4 e 5 são números consecutivos, ele pretende cons- 1 com os alunos. Eles devem
perceber que o teorema de Pi-
truir um triângulo retângulo com lados medindo 7 cm, 8 cm e 9 cm, o que também indica números tágoras pode ser usado para
inteiros consecutivos. Entretanto, caso desenhe esse triângulo, este poderá ser classificado como confirmar se um triângulo é
triângulo retângulo? Explique sua resposta. classificado como triângulo
retângulo apenas com base

C O
nas medidas dos lados.

Aplicando o teorema de Pitágoras, temos:

O V
9² = 7² + 8²
81 = 49 + 64

C SI

MATEMÁTICA
81 = 113
Falso

O U
N L

115
SI XC
Não, pois, aplicando o teorema de Pitágoras no suposto triângulo retângulo, não temos o quadrado do maior lado
EN O E
igual à soma dos quadrados dos outros dois lados.
D US

2. Em relação a um triângulo retângulo, explique o que é hipotenusa e o que são catetos.


A hipotenusa é o nome dado ao maior lado do triângulo retângulo, oposto ao ângulo reto. Cateto é o nome dado a cada

um dos lados que formam o ângulo reto nesse mesmo triângulo.


A E
E
EM L D

3. Calcule a medida desconhecida em cada triângulo retângulo dado. Se possível, simplifique o radical. Sugerimos resolver o item b
do exercício 3 com os alunos.
ST IA

a. b. É uma situação um pouco


diferente, pois eles devem
(x) cm calcular o valor do cateto.
SI ER

3 cm 6 cm
2 cm
AT

3 cm (x) cm

x² = 3² + 3² 6² = x² + 2²
M

x² = 9 + 9 36 = x² + 4
x² = 18 x² = 36 - 4
x = 18 x = 32
x=3 2 x=4 2

A hipotenusa mede 3 2 cm. O cateto mede 4 2 cm.

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CAPÍTULO 3
4. A distância x pode ser ob- 4. Avaliação Nacional
tida aplicando-se o teorema
de Pitágoras no triângulo Caio mora em uma casa situada na beira de um lago, indicada pelo ponto A no esquema a seguir.
ABC: Para atravessar o lago, ele percorre 3 km de uma estrada retilínea até o ponto B, onde há um pe-
x2 = 3 2 + 4 2 queno cais. Depois, pega uma canoa e percorre 4 km em linha reta até o ponto C, seu destino final.
x2 = 9 + 16
x2 = 25 C
x = 25
x=5 (x > 0)
O caminho total percorrido é
de 7 km, pois:

C O
AB + BC = 3 km + 4 km = 7 km x 4 km

O V
7 km – 5 km = 2 km
Logo, a distância x é 2 km

C SI
menor que o caminho total
CAPÍTULO 3

que ele percorreu de A a C.

O U
A 3 km B

N L
116

Na volta, ele pretende partir de canoa do ponto C até o ponto A, em uma linha reta. A letra x indica

SI XC
a distância, em quilômetros, que Carlos terá de percorrer. Considere que o triângulo ABC formado na
figura é reto em B. Com isso, em relação ao caminho total que ele percorreu de A a C, a distância x será
a. 2 km menor.
EN O Eb. 5 km menor.
c. 1 km menor.
d. 2 km maior.
e. 1 km maior.
D US

No exercício 5, retomamos 5. Nos módulos anteriores, comentamos que números como 2 e 3 são exemplos de números irracio-
o estudo sobre os números nais. Sua representação na reta numérica pode ser feita de forma aproximada, mas podemos usar o
irracionais, mostrando aos
alunos uma forma prática
teorema de Pitágoras e um compasso para esse tipo de representação. Sobre isso, siga os passos.
A E

de representar o número a. Na figura, temos um quadrado de lado unitário construído sobre uma reta numérica. Calcule a
na reta numérica. Pode ser
E

medida x da diagonal desse quadrado.


EM L D

necessário desenvolver o
exercício com eles, pedindo
a participação ativa do gru-
po. Se houver software de
Geometria dinâmica para
ST IA

uso em lousa digital, fazer x


1
uso dessa ferramenta para
demonstrar a construção
SI ER

da atividade, caso contrário,


fazer uso de material con-
vencional.
1 P r
-1 0 1 2
AT

x² = 1² + 1²
x² = 1 + 1
M

x² = 2
x= 2

b. Abra um compasso com raio igual à diagonal do quadrado. Depois, com centro no ponto 0, trace
um arco do vértice oposto a esse ponto até a reta, marcando nela o ponto P. Qual número irracional
esse número representa na reta?
Representa o número 2.

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6. Calcule, com aproximação de uma casa decimal, a medida da diagonal de um terreno quadrado cujo
lado mede 10 m.

d² = 10² + 10²
d² = 100 + 100
d² = 200
d = 200
d =~ 14,1

C O
A diagonal mede aproximadamente 14,1 m.

O V
7. O teorema de Pitágoras é aplicado em um triângulo retângulo, sendo este uma figura plana. Entre- A ideia no exercício 7 é levar

C SI

MATEMÁTICA
tanto, é possível fazer uso desse teorema para resolver situações que, aparentemente, envolvem a os alunos a refletirem sobre
uma possível aplicação do
Geometria espacial. Como exemplo, considere o seguinte bloco retangular: Colaborativo teorema de Pitágoras em

O U
uma figura espacial. Eles
A devem perceber que, apesar

N L
de ser um sólido geométri-
4m

117
co, o teorema será aplicado

SI XC
nos triângulos traçados em
planos. Espera-se, com isso,
que os alunos, em pequenos
d grupos, possam desenvolver
EN O E
3m estratégias de resolução de
uma situação-problema, fa-
vorecendo a criatividade, o
uso da lógica, a reflexão e o
compartilhamento de ideias.
D US

Instruí-los para que formem


8m pequenos grupos, como
trios de alunos (pode ser
necessário formar dupla ou
B grupo de quatro). Fornecer
um tempo de aproxima-
A E

Ele representa uma sala de aula. Um barbante será esticado do vértice A até o vértice B, cruzando damente 15 minutos para
discutirem a proposta dada
E

o interior da sala.
EM L D

e chegarem a uma opção de


Sobre essa ideia, faça o que se pede. cálculo. Conduzir um deba-
a. Junte-se com mais dois colegas. Seguindo orientações do professor, pensem em uma forma de te, solicitando que os grupos
(um por vez) compartilhem
determinar a distância d aproximada dessa diagonal do bloco retangular e calculem-na. Usem o o raciocínio utilizado. Fazer
ST IA

quadro seguinte para registrar os cálculos necessários. algumas orientações e cor-


reções que sejam necessá-
rias. Procurar reconhecer
SI ER

boas ideias, dando-lhes


Resposta pessoal.
feedbacks construtivos. Caso
Sugestão de raciocínio: considerar a formação de dois triângulos retângulos (BCD e BDA), haja grupos que não consi-
conforme destacado na figura. Feito isso, aplica-se o teorema de Pitágoras duas vezes: gam desenvolver uma linha
AT

de raciocínio, indicar a eles


A x² = 4² + 8² d² = 3² + ( 80)² a sugestão dada no material
como opção de resolução.
x² = 16 + 64 d² = 9 + 80
M

x² = 80 d² = 89
3m
x = 80 d = 89
d
D d =~ 9,4 m
4m

x
C

8m

b. Escolham um representante do grupo para comentar, com os demais grupos, o raciocínio utiliza-
do na resolução do exercício. Confirmem se foi o mesmo.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 117 08/10/19 10:24


CAPÍTULO 3
8. Na figura seguinte, temos que AB = 3, E
BC = 6, AD = 5 e DE = 4, sendo todas
as medidas em metros.
Com base nessas informações e
4
considerando que os triângulos
ABD e EBC são retângulos, com ân-
gulo reto em B, faça o que se pede. y
D
a. Indique na figura cada uma das
medidas dadas.
5

C O
x

O V
3 6

C SI
A B C
CAPÍTULO 3

O U
b. Sendo BD = x, calcule essa medida.

N L
118

SI XC
5² = x² + 3²
25 = x² + 9
x² = 25 - 9
EN O E x = 16
x=4

c. Sendo EC = y, calcule essa medida.


D US

y² = 6² + 8²
y² = 36 + 64
A E

y² = 100
E
EM L D

y = 100
y = 10
ST IA

Exercícios propostos
SI ER

9. Calcule a medida da diagonal d em cada retângulo a seguir.


a. 5m
AT

d² = 5² + 3²
d² = 25 + 9
d d² = 34
M

3m
d = 34

A diagonal mede 34 m.

b.
d² = 9² + 20²
d
9m d² = 81 + 400
d² = 481
d = 481
20 m
A diagonal mede 481 m.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 118 08/10/19 10:24


10. Na figura, determine a área do quadrado A, sabendo que a área de B é igual a 1 296 m² e a de C é Aproveitar o exercício 10
igual a 729 m². para observar se todos os
alunos estão associando a
ideia do teorema de Pitá-
goras com as áreas dos qua-
drados construídos sobre os
lados do triângulo.

C O
B

O V
C SI

MATEMÁTICA
C

O U
N L

119
SI XC
A área A é a soma das áreas B e C. Logo, a área de A é 2 025 m² (1 296 + 729).

11. Avaliação NacionalEN O E


Uma torre usada para antena de
A 11. É possível observar
que se forma na figura um
triângulo retângulo em
rádio será instalada em uma área que a hipotenusa mede x,
rural. Para auxiliar em sua susten- e os catetos medem 28 m e
tação, serão usados cabos de aço. 21 m. Aplicando o teorema
D US

A altura da torre, que é perpendi- de Pitágoras, temos:


cular ao solo, a distância entre a x2 = 212 + 282
sua base e o ponto B de fixação do x2 = 441 + 784
cabo ao solo estão mostrados na 28 m x2 = 1 225
A E

figura ao lado. x x = 1 225


E
EM L D

Nesse caso, o comprimento x do x = 35


cabo que une os pontos A e B de- Então, a medida x procurada
verá ser de é de 35 m.

a. 7 2 m
ST IA

b. 49 m
c. 35 m
SI ER

d. 25 m 21 m
e. 7 m B
AT

12. Qual é a medida aproximada da hipotenusa de um triângulo retângulo em que os catetos medem 5 cm
e 9 cm?
M

x² = 5² + 9²
x² = 25 + 81
x² = 106
x = 106
x =~ 10,3

A hipotenusa mede aproximadamente 10,3 m.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 119 08/10/19 10:24


Módulos 8 e 9
1. No estudo das medidas de uma circunferência, como seu perímetro e a medida de seu diâmetro, é
comum usarmos um número irracional cujo valor aproximado é 3,14, sendo ele chamado de π (pi).
Esse número é obtido por meio de uma razão entre duas medidas. Explique que razão é essa.
É a razão entre a medida da circunferência e a medida do diâmetro.

C O
O V
C SI
CAPÍTULO 3

O U
2. Sendo c a medida do perímetro de uma circunferência e r a medida do raio dessa circunferência,

N L
assinale com um X a fórmula que relaciona corretamente essas medidas.
120

SI XC
r = 2 · π ·c c = 2 · π ·r c= 2·π c= 2 ·r
EN O E r π

X
D US

Módulo 10
3. Qual é a raiz quadrada do número 144?
É 12.
A E

Módulos 11 e 12
E
EM L D

4. Complete corretamente o esquema de cálculo que mostra a simplificação de 300.

300 2
ST IA

150 2
SI ER

75 3

25 5
AT

5 5

1
M

2 2 2 2
100= 2 5 3 = 2 5 3 = 2 · 5 3 = 10 3

Módulos 13, 14 e 15
5. Há um teorema, conhecido como teorema de Pitágoras, que relaciona as medidas dos lados de um
triângulo retângulo. A frase a seguir enuncia esse teorema. Complete-a corretamente.

Em um triângulo retângulo, o quadrado da medida da hipotenusa

é igual à soma dos quadrados das medidas dos catetos .

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 120 08/10/19 10:24


C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
CONJUNTOS NUMÉRICOS

O U
N L

121
SI XC
EN O E Números
irracionais
D US
A E

Simplificação
Razão de pi (π) Raiz quadrada
E
EM L D

de raízes
ST IA
SI ER

Fórmula do
Teorema de
perímetro da
Pitágoras
circunferência
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 121 08/10/19 10:24


CAPÍTULO

4 NÚMEROS REAIS

C O
O V
C SI
MATEMÁTICA

O U
N L
122

SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 122 08/10/19 10:24


A exploração espacial é um sonho que tem se tornado projeto real para
muitos cientistas. Prova disso é a existência de sondas espaciais em
Marte, como a simulação mostrada na cena desta página e outras que
vagueiam pelo espaço a bilhões de quilômetros da Terra e enviam-nos
informações, como imagens de fotografia, de lugares nunca antes
avistados. Toda essa transformação no estudo da Astronomia
se confunde com outras transformações ocorridas no campo da
Matemática, que tem como base a organização do conhecimento, desde

C O
simples conjuntos numéricos até relações e fórmulas mais complexas.

O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

123
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

DEVRIMB/ISTOCK

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 123 08/10/19 10:24


Aproveitar o início do texto teórico Módulo 16
para retomar as relações entre os

PROPRIEDADES DAS OPERAÇÕES EM ℝ


conjuntos numéricos já apresenta-
dos nos capítulos e anos anteriores.
É importante que os alunos tenham
consciência das propriedades, para Observe que, desde os anos iniciais de seu estudo, os conjuntos numéricos fo-
que possam compreender melhor as
técnicas de cálculo que são aplicadas ram apresentados em uma organização lógica. Primeiramente, os números na-
não apenas para valores numéricos,
mas também para variáveis, como
turais (ℕ), seguidos dos números inteiros (ℤ), que contêm os números naturais.
ocorre nos cálculos algébricos. Nos capítulos anteriores, mostramos ainda os números racionais (ℚ), que, além
dos números inteiros, são dados por frações, decimais exatos e dízimas perió-

C O
dicas. Finalmente, apresentamos os números irracionais (I), que não podem ser
dados por uma razão entre números inteiros e, portanto, não são racionais.

O V
Com base em todos esses conjuntos, formamos um único conjunto, chama-

C SI
CAPÍTULO 4

do de conjunto dos números reais, indicado por ℝ, que é a reunião do con-


junto dos números racionais com o conjunto dos números irracionais. Nesse

O U
caso, todos os pontos de uma reta podem ser ℝ

N L
ℚ I
representados por números reais, sendo eles ℤ
124

SI XC
racionais ou irracionais. O diagrama ao lado ℕ
mostra uma relação entre esses conjuntos.
EN O E Essa relação também pode ser indicada como: ℕ ⊂ ℤ ⊂ ℚ ⊂ ℝ.
Ela diz que o conjunto dos naturais está contido no conjunto dos inteiros,
que, por sua vez, está contido no conjunto dos racionais, que está contido
no conjunto dos reais. Vale lembrar que este último contém também os
D US

números irracionais.

Propriedades das operações em ℝ


A E

O conjunto dos números reais é fechado em relação à adição, subtração, mul-


E
EM L D

tiplicação e divisão por números reais diferentes de zero. Isso quer dizer que
a adição de dois números reais tem como resultado outro número real.
Vejamos, então, as propriedades válidas em ℝ.
ST IA

1. Adição e multiplicação
SI ER

• Associativa
Podemos associar, de formas diferentes, quaisquer números reais a, b e c:
AT

(a + b) + c = a + (b + c) e (a · b) · c = a · (b · c)
Exemplos
M

(–2 + 5) + 3 = –2 + (5 + 3) e (2 · 7) · 5 = 2 · (7 · 5)

• Comutativa
A ordem das parcelas não altera a soma ou a ordem dos fatores não
altera o produto, para quaisquer números reais a e b:
a+b=b+a e a·b=b·a
Exemplo
0,5 + 2,5 = 2,5 + 0,5 e 9 · 5 = 5 · 9

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 124 08/10/19 10:24


• Elemento neutro
Zero é o elemento neutro da adição, para qualquer número real a.
a+0=0+a=a
Exemplo
2+0=0+2=2
Um é o elemento neutro da multiplicação, para qualquer número real a.
a·1=1·a=a

C O
Exemplo

O V
5·1=1·5=5

C SI

MATEMÁTICA
• Elemento oposto

O U
Qualquer que seja o valor do número real a, existe um número real –a,

N L
tal que:

125
SI XC
a + (–a) = (–a) + a = 0
Exemplo
EN O E
1 + – 1 = – 1 + 1 =0
3 3 3 3
D US

• Elemento inverso
Qualquer que seja o valor do número real a, a ≠ 0, existe um número
1 ou a-1 real, tal que:
A E

2
a· 1 = 1 ·a=1
E

a a
EM L D

Exemplo
1 ·2=2· 1=1
2 2
ST IA

• Distributiva
SI ER

Quaisquer que sejam a, b e c, temos:


a · (b + c) = a · b + a · c ou (b + c) · a = b · a + c · a
AT

Exemplo
5 · (2 + 3) = 5 · 2 + 5 · 3
M

2. Subtração
A subtração em ℝ, quando efetuada, torna possível calcular a diferença a – b
de dois números reais a e b. A diferença a – b = a + (–b) é igual à soma de a
com o oposto de b.

3. Quociente
A divisão em ℝ, quando efetuada, torna possível calcular o quociente a : b
de dois números reais a e b, se b ≠ 0. O quociente a : b de dois números reais
a e b, com b ≠ 0, é igual ao produto de a pelo inverso de b.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 125 08/10/19 10:24


A potenciação é uma operação já Módulo 17
apresentada nos dois anos ante-
riores desta coleção. Com isso, es-
pera-se que os alunos apresentem
familiaridade com o tema. Particu-
POTENCIAÇÃO: EXPOENTE NEGATIVO E FRACIONÁRIO
larmente, para expoente negativo, A potenciação é uma operação que está relacionada com a multiplicação de
o estudo já foi desenvolvido no
ano anterior. Aproveitar este mo- fatores iguais, como: 25 = 2 · 2 · 2 · 2 · 2 = 32.
mento para retomar rapidamente 5 fatores
o assunto, preparando-os para o
estudo sobre notação científica no Ela já foi apresentada, nesta coleção, em anos anteriores, e retomada no
módulo seguinte. Ao mesmo tempo,
mostrar, apenas como curiosidade, capítulo anterior para o estudo das raízes. Neste momento, discutiremos o

C O
potências com expoente fracioná- que ocorre quando o expoente é negativo ou fracionário.
rio, relacionando-as ao estudo an-

O V
terior sobre radiciação.
Expoente negativo

C SI
CAPÍTULO 4

Seguindo a lógica da definição de potência, podemos completar o quadro

O U
a seguir.

N L
23 22 21 20 2 –1 2 –2 2 –3
126

SI XC
1 = 1 1 = 1 1 = 1
8 4 2 1
2 21 4 22 8 23
EN O E Veja que, a cada 1 unidade que se diminui no expoente, a potência
é dividida pela própria base. O que se observa é a seguinte relação:
a–n = 1n . Veja mais exemplos.
a
D US

a. 3–2 = 1 = 1 b. 5–3 = 1 = 1
32 9 53 125
A E

Expoente fracionário
E
EM L D

Potenciação e radiciação são operações inversas, e essa relação entre elas


pode ser ainda mais evidente quando temos um expoente fracionário. Veja,
ST IA

de modo geral, como definimos essa relação.


SI ER

b
c
a c = ab
AT

Para essa relação, temos: a é um número real, a > 0, b e c são números


naturais não nulos, com c ≠ 1.
Veja exemplos.
M

2 5
3 2
a. 7 3 = 72 b. 3 2 = 35

Podemos usar essa relação para calcular ou simplificar algumas raízes.


Veja um exemplo.
2
Calcular 56 :
6
2
56 = 5 2 = 53 = 125

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 126 08/10/19 10:24


Módulo 18 O estudo sobre notação científica não
deve ser novidade para os alunos de

NOTAÇÃO CIENTÍFICA acordo com o conteúdo desenvol-


vido no ano anterior desta coleção.
Entretanto, este é um momento para
O sistema de numeração indo-arábico, que é o que utilizamos, é um siste- retomar esse tipo de escrita, aprofun-
dando o tema e oferecendo um novo
ma decimal, isto é, de base 10. Números naturais, ou até mesmo decimais, olhar, pois, eventualmente, eles não
podem ser decompostos na escrita com potências de base 10. Por exemplo: tiveram até o momento contato com
essa escrita numérica.

50 000 = 5 · 10 000 = 5 · 104

C O
0,007 = 7 · 0,001 = 7 · 10-3

O V
Esse tipo de escrita em destaque, em que temos um fator entre 1 e 10,

C SI

MATEMÁTICA
multiplicando outro fator dado por uma potência de 10, é chamado de no-
tação científica. De maneira geral, a escrita de uma notação científica se-

O U
gue o seguinte padrão:

N L
EXPLORE MAIS

127
a ·10n,

SI XC
em que a é um número real, com 1 a  10, e n é um número inteiro. Informações curiosas
Acesse o link para conhecer
mais sobre a escrita de nú-
EN O E
Como o nome já sugere, a escrita em notação científica é usada, em ge-
meros na exploração espa-
cial, além de informações
ral, em estudos científicos. Um dos exemplos pode ser encontrado no estu- sobre sondas espaciais.
Disponível em: <coc.pear.
do de bactérias, que são seres muito pequenos, visíveis individualmente sn/cylQFv3>.
D US

somente ao microscópio. Alguns tipos de bactéria, como a Escherichia coli,


hóspede abundante e inócuo do intestino humano, pode ter comprimento,
enquanto viva, de 4 μm. O micrômetro (μm) é uma unidade de medida
menor que o milímetro, correspondendo à milionésima parte do metro, ou
A E

seja, 1 μm = 0,000001 m = 10–6m. Logo, o comprimento citado pode ser escri-


E
EM L D

to como 0,000004 m ou 4 · 10–6 m.


Se os expoentes negativos nas po-

MELLOWBOX
tências de 10 nos ajudam a escrever
ST IA

comprimentos muito pequenos, os


expoentes positivos ajudam-nos a
SI ER

escrever grandes comprimentos que


são encontrados em nosso Universo.
Apenas como exemplo, a distância
AT

entre a Terra e Marte é variável de


acordo com a posição dos dois plane-
tas em suas órbitas, mas pode che-
M

gar a pouco mais de 400 000 000 km.


É nesse planeta que se concentra
um grande esforço de cientistas com
a presença de sondas, como a Curio-
sity. Mas não se engane! A distância
de 400 milhões de quilômetros, que
pode ser escrita em notação científi-
ca, como 4 · 108 km, é muito pequena,
se comparada com outras distâncias Curiosity é um robô do tamanho de um carro que explora Marte como
parte da missão Mars Science Laboratory (MSL) da NASA.
em nosso Universo.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 127 08/10/19 10:24


CAPÍTULO 4
NÚMEROS REAIS
Módulo 16 | Propriedades das operações em ℝ

Exercícios de aplicação
1. Na figura ao lado, as medidas dos retângulos forma- 7 20
dos são dadas em metros.
Podemos calcular a área de toda essa figura seguin-
do, pelo menos, dois raciocínios diferentes. Um deles 10

C O
consiste em adicionar as áreas das duas regiões, e,
em outro raciocínio, calculamos a área como se fos-

O V
se um único retângulo. De acordo com essas duas
ideias, complete o esquema que mostra esses dois

C SI
raciocínios e responda ao que se pede.
CAPÍTULO 4

Área total = 10 · ( 7 + 20 ) ou 10 · 7 + 10 · 20

O U
Logo:

N L
10 ·( 7 + 20 ) = 10 · 7 + 10 · 20
128

SI XC
10 · 27 = 70 + 200

270 = 270
EN O E Qual propriedade se verifica nessa comparação de cálculos?
A propriedade distributiva.

No exercício 2, a ideia é que 2. Faça uso de propriedades das operações com números reais e calcule o valor de cada expressão. Ao
D US

os alunos possam fazer uso final, escreva quais propriedades foram utilizadas.
de propriedades das ope-
rações com números reais. 1 1 1
a. 5 · – + 0,9 + b. -0,6 + 5 · (2 + 3) – 10 – 15
Destacar esse fato, pois al- 5 3 3
guns podem simplesmente
resolver as expressões na
A E

ordem dada, sem verificar Sugestão: Sugestão:


E

propriedades que podem


EM L D

1 1 1 –0,6 + 5 · 2 + 5 · 3 – 10 – 15 =
facilitar e agilizar o cálculo. 5· – + . + 0,9 =
Há mais de uma possibilida- 5 3 3 = –0,6 + 10 + 15 – 10 – 15 =
de de pensamento. = 1 + 0 + 0,9 = = –0,6 + 10 – 10 + 15 – 15 =
= 1,9 = –0,6 + 0 + 0 =
ST IA

= –0,6
SI ER

Foram usadas as propriedades: comutativa, Foram usadas as propriedades: distributiva,

associativa, elemento inverso da multiplicação, comutativa, associativa, elemento oposto e ele-


AT

elemento oposto e elemento neutro da adição. mento neutro da adição.


M

3. Avaliação Nacional
As propriedades das operações elementares, como as da adição, podem facilitar o cálculo com ex-
pressões que envolvem várias operações. Veja, como exemplo, a seguinte expressão:

19 + 23 + (–27) + 27 + 1 + 28 + (–28)

Pode-se resolver mais rapidamente essa expressão iniciando os cálculos da seguinte forma:

19 + 23 + [(–27) + 27] + 1 + [28 + (–28)]=


= 19 + 23 + 0 + 1 + 0

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 128 08/10/19 10:24


Nesse caso, no cálculo anterior, aplicaram-se duas propriedades da adição, sendo elas 3. Quando se escolhem
quaisquer pares de parcelas
a. distributiva e do elemento oposto. de uma adição com mais de
b. associativa e do elemento oposto. duas parcelas para adicionar,
aplica-se a propriedade as-
c. comutativa e do elemento oposto. sociativa.
d. comutativa e do elemento inverso. Ao mesmo tempo, na resolu-
ção proposta, adicionaram-
e. associativa e do elemento inverso.
-se números opostos, cuja
soma é zero. Assim, aplicou-
4. Indique verdadeiro V ou falso F em cada afirmação a seguir. -se a propriedade do ele-
mento oposto.
a. V 3 é um exemplo de número real.

C O
1
b. F é equivalente a uma dízima periódica e, portanto, um número irracional.

O V
3
c. F 0,5 é um exemplo de número racional, mas que não é um número real.

C SI

MATEMÁTICA
d. V 4 é um exemplo de número racional.

O U
Exercícios propostos

N L

129
SI XC
5. Indique qual propriedade é dada como exemplo em cada item.
a. 3 + (– 3) = (– 3) + 3 = 0
EN O E
Elemento oposto

1 1 1 1
b. –5 – + 0,5 + = –5 – + + 0,5
7 7 7 7
Propriedade comutativa da adição
D US

c. 2 · (5 · 17) = (2 · 5) · 17
Propriedade associativa da multiplicação

6. Escreva o que diz a propriedade comutativa da


A E

a. adição;
E
EM L D

Diz que, em uma adição, a ordem das parcelas não altera a soma.

b. multiplicação.
Diz que, em uma multiplicação, a ordem dos fatores não altera o produto.
ST IA
SI ER

Módulo 17 | Potenciação: expoente negativo e fracionário

Exercícios de aplicação
AT

1 Os exercícios 1 e 2 fazem os
1. No texto teórico, mostramos a seguinte relação: a–n = . alunos recordarem algumas
1 n an
das propriedades ampla-
M

Com base nessa relação, mostre que a–n = também é verdade. mente apresentadas nos
a dois últimos anos desta co-
leção. Se necessário, revisar
as principais propriedades
da potenciação antes que
Temos que 1 = 1n. Assim: eles comecem a resolver es-
1 1n 1 n tes exercícios.
a–n = = =
an an a

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CAPÍTULO 4
a –n n
2. Usando propriedades da potenciação, mostrar que a igualdade = b é verdadeira.
b a

Sugestão:
a –n
1 1 bn b n
= = = 1· n =
b an a a
a n
bn
b

C O
O V
3. Desenvolva cada um dos cálculos seguintes, indicando a resposta na forma de uma fração irredutível.

C SI
CAPÍTULO 4

a. 5–2 = 12 = 1 n b. 4–3 = 13 = 1
5 25 4 64

O U
2 –1
3 3 3 –2
= 5 25
1 2
c. = = d. =
3 2 2 5 3 9

N L
4. Escreva cada potência na forma de radical.
130

SI XC
3 2 2
4 3 3
a. 2 2 = 2 = 8 b. 2 3 = 2 = 16
3 4

1 4 4
2
5 5
c. 5 4 = 5 = 5 d. 7 5 = 7 = 49
1 2

EN O E
5. Além do expoente fracionário, podemos também ter potência com expoente decimal. Veja um
exemplo sobre como é possível calcular esse tipo de potência.
D US

2 1
5 5
20,2 = 2 10 = 2 5 = 21 = 2

Com base nesse exemplo, escreva as potências na forma de radical.


4 2 6 3
A E

10 5 5 5 10 5 5 5
a. 30,4 = 3 = 3 = 32 = 9 b. 50,6 = 5 = 5 = 53 = 125
E

15 3 25 5
EM L D

10 2 2 2 10 2 2 2
c. 21,5 = 2 = 2 = 23 = 8 d. 32,5 = 3 = 5 = 35 = 243

Um dos objetivos do exer- 6. Aplique propriedades da potenciação e calcule o resultado de cada expressão, indicando o resulta-
cício 6, além de retomar al-
ST IA

do na forma de número natural ou de número decimal.


gumas das propriedades da
potenciação, é preparar o a. 2–3 · 5–3 b. 2–3 · 28 · 55
aluno para o raciocínio que
SI ER

pode ser utilizado no próxi-


mo exercício.
2–3 · 5–3 = 2–3+8 · 55 =
= (2 · 5)–3 = = 25 · 55 =
AT

1 1 = (2 · 5)5 =
= 10–3 = = = 0,001
103 1 000 = 105 = 100 000
M

O exercício 7 é mais desafia-


dor. Considere disponibilizar
um tempo maior, propondo
aos alunos que o resolvam
em duplas. Um dos objetivos
desse exercício é mostrar a
eles uma possibilidade de 7. OBMEP
uso de potência de base 10, Qual é a soma dos algarismos do número que se obtém ao calcular 2100 x 5103?
sendo esse conteúdo explo-
rado no próximo módulo. a. 7 b. 8 c. 10 d. 12 e. 13
7. Temos 2100 × 5103 = 2100 × 5100 × 53 = (2 × 5)100 × 53 = 125 × 10100,
que é 125, seguido de 100 zeros. A soma dos algarismos desse
número é 1 + 2 + 5 = 8.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 130 08/10/19 10:24


Exercícios propostos
8. Calcule a expressão indicada em cada item. 1 5
Na correção do exercício 8,
2 2 verificar como os alunos re-
a. 2 + 3–3 –2
b. 2 ·2 solveram cada item, sobretu-
do o item b. Mostrar-lhes que
é possível transformar para
radical e, depois, multiplicar.
2–3 + 3–2= 1 5
+
2 2
1 1 2 =
= 3+ 2=
2 3 6

C O
1 1 9 8 17 2
= + = + = =2 = 2 3= 8
8 9 72 72 72

O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

131
7

SI XC
9. Um cientista desenvolvia um cálculo e chegou à seguinte potência 2 3 . Seu valor é equivalente ao 9. Desenvolvendo o cálculo,
valor de temos:
3 3 3 3 3 7
a. 14 b. 49 c. 2 2 d. 4 2 e. 4 4 2 3 = 27 = 2 3 · 2 3 · 2 1 =
3 3
EN O E 3
=2·2· 2=4 2
3

Módulo 18 | Notação científica

Exercícios de aplicação
D US

1. Converse com os colegas e o professor sobre uma maneira prática de escrever um número de mui- O objetivo dos exercícios 1
tos algarismos, seja ele natural, seja decimal, na forma de notação científica. Após essa discussão, e 2 é promover nos alunos
uma reflexão sobre como
escreva cada número seguinte na forma de notação científica. transformar números na es-
A E

a. 50 000 000 = 5 · 107 b. 380 000 000 = 3,8 · 108 crita de notação científica e
E

vice-versa. É possível que al-


EM L D

c. 45 600 000 = 4,56 · 107 d. 6 400 000 = 6,4 · 106


guns se recordem do estudo
e. 0,0004 = 4 · 10–4
f. 0,000 065 = 6,5 · 10–5 no ano anterior. Além disso,
9 · 10–7 8,7 · 10–8 mostrar a eles exemplos
g. 0,000 000 9 = h. 0,000 000 087 = para que criem algoritmos
práticos, que apresentam
ST IA

2. Com base nas transformações do exercício anterior, pense em uma forma prática de escrever as relação direta com a po-
notações científicas em números naturais ou decimais. sição da vírgula. Se julgar
apropriado, criar com eles al-
SI ER

a. 7 · 105 = 700 000 b. 4,1 · 108 = 410 000 000


gumas regras, pedindo-lhes
c. 1,3 · 10 = 4 13 000 d. 3,85 · 10 = 9 3 850 000 000 que as anotem no caderno.

e. 2 · 10–3 = 0,002 f. 2,5 · 10–4 = 0,000 25


AT

g. 1,8 · 10 = –2 0,018 h. 5,9 · 10 = –6 0,000 005 9

3. Calcule a expressão indicada em cada item, indicando a resposta em forma de notação científica. Sobre o exercício 3, é inte-
M

ressante destacar para os


alunos que algumas proprie-
a. (3 · 105) · (2 · 104) b. 8 · 10
9
dades, como a comutativa e
4 · 104 a associativa, fazem-se ne-
cessárias, além de algumas
propriedades da potencia-
3 · 105 · 2 · 104 = 8 · 109 =
ção. Eles devem perceber
= 3 · 2 · 105 · 104 = 4 · 104
que ferramentas de cálculo
= 2 · 105
= 6 · 109 estudadas anteriormente
têm uma finalidade.

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No exercício 4: 4. Avaliação Nacional
1 980 000 000 000 000 Um cientista calculou a massa do Sol em, aproximadamente, 1 980 000 000 000 000 000 000 000 000
000 000 000 000 toneladas = toneladas. A massa do Sol, aproximadamente, também é
= 1,98 · 10²7 toneladas
a. 1,98 · 1030 kg
Como uma tonelada tem mil
quilogramas: b. 1,98 · 1029 kg
1,98 · 1027 toneladas = c. 1,98 · 1028 kg
= 1,98 · 10 · 10 quilogramas =
27 3
d. 1,98 · 1027 kg
= 1,98 · 1030 quilogramas
e. 1,98 · 1026 kg

C O
No exercício 5, é importan- 5. Muitas pessoas sabem que o diâmetro do Sol é maior que o da Terra. Entretanto, pode não ser do conhe-
te destacar para os alunos cimento de muitos quão maior é. A impressão que temos de que o Sol nos parece pequeno ao o obser-

O V
a magnitude envolvida nas
medidas. Além disso, alertá-
varmos no céu ocorre porque está muito distante de nosso planeta, a quase 150 milhões de quilômetros.
Como exemplo, observando um prédio distante no horizonte, conseguimos cobri-lo com a mão, mas ele

C SI
-los de que a comparação
CAPÍTULO 4

é feita apenas em relação é, de fato, muito maior que nós. Ainda sobre o Sol, apenas como efeito comparativo, enquanto o diâme-
às medidas lineares (diâ- tro de nosso planeta é de aproximadamente 1,3 · 104 km, o do Sol é de quase 1,4 · 106 km.

O U
metros), para que não con-
cluam que o “volume” do Com base nessas informações, faça o que se pede.
Sol corresponde a 108 vezes a. Escreva, em notação científica, a distância aproximada entre a Terra e o Sol.

N L
o “volume” da Terra.
132

A distância é de 1,5 · 108 km.

SI XC
b. Calcule quantas vezes aproximadamente o diâmetro da Terra cabe no diâmetro do Sol. Utilize
uma calculadora.
EN O E 1,4 · 106 = 1,4 · 106 =~ 1,08 · 102 = 108
1,3 · 104 1,3 104
Cabe aproximadamente 108 vezes.
D US

Exercícios propostos
6. Escreva, em notação científica, a distância, em km, que a luz percorre em 10 minutos, sabendo que
A E

• 1 minuto = 60 segundos;
E
EM L D

• 10 minutos = 600 segundos;


• velocidade da luz = 300 000 km/s.
ST IA

(3 · 105) · (6 · 102) = 18 · 107 = 1,8 · 108


SI ER
AT

Portanto, percorre 1,8 · 108 km.


M

7. No número dado, são, ao 7. Existe uma diversidade de unidades de medida em virtude de se usar unidades mais adequadas a
todo, 9 casas decimais até o cada situação. Por exemplo, é mais conveniente dizer que a distância entre as cidades de São Paulo
algarismo 2. Assim, temos:
e Brasília é de aproximadamente 1 000 km do que dizer que é de 1 000 000 000 mm, embora sejam
0,000 000 002 km = 2 · 10-9 km.
duas medidas equivalentes.
Pensando nessa ideia, um estudante verificou que o comprimento de certa bactéria é de 2 µm (dois
micrômetros), sendo 1 µm = 0,000 001 m. Tentando escrever esse mesmo comprimento em quilô-
metros, ele chegou à medida de 0,000 000 002 km, que, em notação científica, deve ser escrita como
a. 2 · 108 km
b. 2 · 10-9 km
c. 2 · 10-8 km
d. 2 · 10-9 km
e. 2 · 10-10 km

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 132 08/10/19 10:24


Módulo 16
1. Ligue com um traço cada propriedade citada com o respectivo exemplo dado.

1 1
Propriedade comutativa + + 2 = 1 + 1 + 2

C O
2 3 3 2 3 3

O V
3 3
Propriedade associativa 5· 9+ =5·9+5·

C SI

MATEMÁTICA
4 4

O U
1 1
Propriedade distributiva –0,5 + = + (–0,5)

N L
5 5

133
SI XC
1 1
7· = · 7=1
Propriedade do elemento inverso 7 7
EN O E
2. Indique verdadeiro V ou falso F para cada afirmação a seguir.
a. F Todo número real é um número irracional.
D US

b. V Um número natural é um exemplo de número racional.

c. V Um número real é um número racional ou irracional.

d. V Todo número irracional é um número real.


A E
E
EM L D

Módulo 17
3. Complete corretamente as lacunas que mostram a relação entre expoente inteiro negativo e o res-
pectivo cálculo.
ST IA

1 1
4–3 = =
SI ER

3
4 64
AT

4. Complete corretamente as lacunas que mostram a relação entre expoente fracionário e radical.

3 3
M

2 2
5 25
53 = =

Módulo 18
5. Assinale com um X as expressões escritas na chamada notação científica.

a. X 5 · 106

b. 12 · 106

c. 0,03 · 10–2

d. X 7,4 · 10–7

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 133 08/10/19 10:24


C O
O V
CONJUNTOS NUMÉRICOS

C SI
CAPÍTULO 4

O U
N L
134

SI XC
EN O E Números
reais
D US

Propriedades
Potenciação Notação científica
A E

das operações
E
EM L D
ST IA
SI ER

Expoente negativo
e fracionário
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL DMAT_G1.indd 134 08/10/19 10:24


MYLIGHTSCAPES / DREAMSTIME
GRUPO

HUMANIDADE
2

C O
O V
C SI
O U
N L
SI XC
EN O E
D US

“Ao longo das eras do desenvolvimento humano, os seres hu-


manos estiveram sujeitos a dois tipos de infortúnios: aqueles
A E

impostos pela natureza externa e aqueles que eles mesmos


E

equivocadamente infligiram uns aos outros. De início, os


EM L D

piores males foram de longe os causados pelo ambiente. O


homem era uma espécie rara, cuja sobrevivência era pre-
cária. Sem a agilidade do macaco, sem qualquer camada de
pelo, ele tinha dificuldade em escapar de animais selvagens,
ST IA

e na maioria das partes do mundo não suportava o frio do


inverno. Ele tinha apenas duas vantagens biológicas: a pos-
tura ereta liberava suas mãos e a inteligência lhe permitia
SI ER

transmitir experiência. [...] Mas os males que os homens infli-


gem uns aos outros não diminuíram no mesmo grau. Ainda
há guerras, opressões e horrendas crueldades; homens vo-
razes abocanham ainda a riqueza daqueles que são menos
AT

habilidosos ou menos intrépidos que eles. O amor ao poder


conduz ainda a vastas tiranias ou à mera obstrução quan-
do suas formas mais grosseiras não são possíveis. [...] Tudo
M

isso é desnecessário; não há nada na natureza humana que


torne esses males inevitáveis. [...] Nossos problemas atuais se
devem, mais do que a qualquer outra coisa, ao fato de que
aprendemos a entender e controlar de forma aterrorizante as
forças da natureza que são externas a nós, mas não aquelas
que estão corporificadas em nós mesmos.”

Bertrand Russell

Os chimpanzés compartilham diversas características inte-


ressantes com os humanos, como trocar sorrisos genuínos,
compartilhar banquetes, pensar sobre si mesmos, decidir
coletivamente o que é certo e errado, memorizar cálculos,
cultivar amizades e declarar guerra.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL INICIAIS_G2.indd 3 06/09/19 09:40


M A PA I N T E R D I S C I P L I N A R

C O
Este mapa mostra ligação entre os conteúdos
das disciplinas, sendo ponto de partida para

O V
um trabalho interdisciplinar.

C SI
LÍNGUA
PORTUGUESA

O U
Emprego de citações,

N L
recursos argumentativos
MATEMÁTICA e gêneros reportagem e
CIÊNCIAS

SI XC
artigo de opinião
Área de figuras planas, DA NATUREZA
volume, capacidade CS CN
e operações com Geração de energia e
EN O E
polinômios sustentabilidade

CN GE LP LP MA GE
D US
A E

EDUCAÇÃO GRUPO HISTÓRIA


E

FÍSICA
EM L D

2
Independência dos
Estados Unidos e
Boxe Revolução Industrial
Humanidade
ST IA

LP GE CS
SI ER
AT

GEOGRAFIA
ARTE Dinâmica populacional,
Arte urbana, estudos demográficos,
M

música e moda dispersão humana e


Antártica
CIÊNCIAS
CS HI
SOCIAIS HI CN CS

Sociedades humanas

GE HI

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL INICIAIS_G2.indd 10 06/09/19 09:40


MA
C O
O V
C SI
O U
N L
SI XC
EN O E
TE
D US


PÁG.

56 CAPÍTULO 5
Uso de variáveis na Geometria
A E
E
EM L D

78 CAPÍTULO 6
Operações com polinômios
ST IA

62
SI ER

TICA
88
AT
M

104

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 55 20/09/19 13:28


CAPÍTULO

5 USO DE VARIÁVEIS
NA GEOMETRIA

C O
O V
OBJETIVOS DO GRUPO

C SI
MATEMÁTICA

• Resolver e elaborar
problemas que

O U
envolvam cálculo
do valor numérico

N L
de expressões
56

algébricas, utilizando

SI XC
as propriedades das
operações.
• Resolver e elaborar EN O E
problemas que
envolvam medidas
de área de figuras
geométricas, utilizando
expressões de cálculo
D US

de área (quadriláteros,
triângulos e círculos),
em situações como
determinar medida de
A E

terrenos.
• Reconhecer a relação
E
EM L D

entre um litro e um
decímetro cúbico e
a relação entre litro
e metro cúbico, para
ST IA

resolver problemas de
cálculo de capacidade
de recipientes.
SI ER

• Resolver e elaborar
problemas que
envolvam o cálculo do
AT

volume de recipiente
cujo formato é o de um
bloco retangular.
M

• Calcular áreas de
polígonos de diferentes
tipos.
• Resolver problemas que
envolvam noções de
volume.
• Identificar polinômios
e realizar operações
simples utilizando-os.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 56 20/09/19 13:29


SEAONWEB/DREAMSTIME
Com o passar dos milênios, a humanidade foi ocupando seu lugar na
superfície do planeta. Por muito tempo, as habitações eram de apenas
um pavimento, com cidades não muito povoadas. Com a construção
de grandes prédios, foi possível ocupar uma pequena área com um
grande número de pessoas, uma vez que a ocupação, nesse caso,
ocorre não apenas nas duas dimensões que indicam a área de um
terreno, mas também para cima, como se fosse uma terceira dimensão.

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

57
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 57 20/09/19 13:29


Módulos 19 e 20

ÁREA DE FIGURAS PLANAS


É fato que a população mundial tem aumentado com o passar do tempo. A
ocupação do solo de forma desorganizada é um problema não apenas das
grandes metrópoles, mas também de outras cidades menores. Quando se
pensa na expansão de uma cidade, com novos bairros e loteamentos, uma
das primeiras preocupações que se deve ter é com a área a ser ocupada.

C O
Aliás, essa preocupação com área vai além da construção
SKYNESHER/ISTOCK

de habitações, extrapola o limite da área urbana das cida-

O V
des e atinge a área rural. Afinal, para alimentar uma po-

C SI
pulação sempre crescente, é necessário comida, sendo que,
CAPÍTULO 5

para sua produção, faz-se uso de extensas áreas.

O U
Podemos perceber que a preocupação com o cálculo de

N L
área não é novidade, sendo estudado há muito tempo por
58

SI XC
inúmeros matemáticos e outras pessoas que se dedicam ao
tema. Você já deve ter conhecido a forma de se calcular a
EN O E área de algumas figuras planas. Nesse cálculo, é comum
usarmos letras que generalizam as medidas necessárias
para o cálculo de área. Apenas como exemplo, relembre a
estratégia de cálculo da área de um retângulo.
D US

No retângulo a seguir, chamaremos de u² a unidade de


medida de área, que corresponde à medida de um quadra-
dinho: u². Afinal, medir é comparar, e a medida de uma
superfície é comparada com a medida de outra superfície.
A E
E
EM L D
ST IA


SI ER

Desde simples projetos de construção, até os mais


elaborados, o cálculo de área está sempre presente. A área do retângulo é de 12 quadradinhos de medida u²,
ou seja, sua área é de 12 u².
AT

O cálculo de área não deve ser novi- Entretanto, em vez de usarmos uma medida u qualquer
dade para alunos que já utilizaram
esta coleção em anos anteriores, e de comprimento para o lado, podemos usar unidades do
M

até mesmo para alunos novos, de sistema métrico decimal, como centímetro (cm), metro (m)
outras escolas, que estejam utili-
zando a coleção pela primeira vez. ou quilômetro (km). Nesse caso, temos unidades de área
Com base nisso, apresentamos al-
gumas fórmulas de área de figuras
como centímetro quadrado (cm²), metro quadrado (m²) ou
planas no texto teórico de forma quilômetro quadrado (km²), entre outras.
mais direta, sem muitas deduções.
Nos exercícios, eles devem refletir Considerando que a figura anterior tenha 3 cm de largura
sobre a dedução da fórmula da área
do triângulo e do paralelogramo. O
e 4 cm de comprimento, podemos chegar aos 12 cm² de área
objetivo maior, neste capítulo, além por meio da multiplicação dessas duas medidas.
da revisão de temas importantes e
recorrentes associados ao cálculo
de área, é prepará-los para a reto- Área = 4 cm · 3 cm = 12 cm²
mada do cálculo algébrico, que já
aparece no próximo capítulo.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 58 20/09/19 13:29


De acordo com esse raciocínio, podemos generalizar, da seguinte forma:

Área = comprimento (a) · largura (b)


b
A=a·b

C O
Observe que usamos letras para generalizar a fórmula que possibilita cal-

O V
cular a área do retângulo. Essas letras também são chamadas de variáveis.

C SI

MATEMÁTICA
Além do retângulo, há uma infinidade de figuras, sendo algumas mais
conhecidas e usuais, como o triângulo, o paralelogramo e o círculo, e outras

O U
com formas não muito convencionais. Muitas apresentam uma fórmula es-
pecífica para cálculo de área, mas, para tantas outras, podemos fazer uso

N L

59
de composições e decomposições. Relembre, a seguir, a fórmula que define

SI XC
a área de algumas dessas figuras.

Paralelogramo EN O E
Área = base (b) · altura (h)
h
D US

A=b·h

b
A E

Triângulo
E
EM L D

Área = base (b) · altura (h)

b·h
ST IA

A=
h 2
SI ER

b
AT

Losango
M

Área = Diagonal maior (D) · diagonal menor (d)


d
D·d
A=
2

Veja, por meio desses exemplos, que a letra dada na fórmula precisa ser
identificada, seja na figura, seja por meio de texto. Ela pode, inclusive, ser
trocada por outras letras. No losango, por exemplo, podemos chamar as
medidas das diagonais de x e y.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 59 20/09/19 13:29


Além da decomposição mostrada no Nas figuras que não apresentam fórmula específica para cálculo de área,
texto teórico, pedir aos alunos que
pensem em outras possibilidades. podemos usar a ideia de decomposição. Como exemplo, imagine que a figu-
Sobre o boxe “Grupo temático”, usar ra seguinte represente a forma que um balcão de lanchonete terá.
imagens de centros urbanos, seja em
mapa, ou fotos de satélite, para des-
tacar a região correspondente à área
de 1 km². Dessa forma, o aprendizado
pode ser mais significativo.

C O
O V
C SI
CAPÍTULO 5

O U
Uma das informações básicas para cálculo da quantidade de material a

N L
60

ser usado é a área. Para o cálculo dessa área, podemos pensar em decom-

SI XC
por a figura de diversas formas, como nos dois casos a seguir.

EN O E Decompondo em retângulo,
triângulo e quadrado
Decompondo em trapézio
e quadrado
D US
A E
E
EM L D
ST IA

GRUPO TEMÁTICO
SI ER

Densidade demográfica
No estudo sobre a humanidade, há muitas variáveis para serem analisadas, como a densidade de-
mográfica de populações que ocupam, por exemplo, grandes centros urbanos, ou então, um país.
AT

A densidade demográfica é uma razão dada entre a população de uma região e a área considerada.
Essa área, geralmente, é medida em quilômetros quadrados (km2).
População
M

Densidade demográfica =
Área (km2)

Apenas como exemplo, a densidade demográfica no estado de São Paulo, de acordo com o
censo demográfico de 2010, realizado pelo IBGE, era de 166,23 hab. /km². Isso significa que, em
média, havia aproximadamente 166 habitantes em cada um dos 248 219,481 km² de área desse
estado. Já o estado do Amazonas, no mesmo censo, apresentava densidade de apenas 2,23 hab./
km², apesar de ter uma área muito maior, de 1 559 168,117 km².
Somente para se ter uma ideia da área correspondente a 1 km², imagine uma região quadra-
da formada por 100 quarteirões quadrados de tamanho padrão, ou seja, com forma quadrada,
medindo 100 m de lado. Essa região, com 10 quarteirões em cada lado, corresponde a 1 km² de
área, descontando a largura das ruas.
O conhecimento sobre área é básico para o crescimento organizado das populações, seja para
habitação, seja para o cultivo de alimentos.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 60 20/09/19 13:29


Módulos 21 e 22 O cálculo de volume, sobretudo do
bloco retangular, não deve ser novi-

VOLUME E CAPACIDADE dade para os alunos do 8o ano. Entre-


tanto, retomar a ideia desde o início,
possibilitando novo olhar sobre o
O cálculo da área que mostramos nos módulos anteriores nos permite medir tema, pois é possível, ainda que pouco
esperado, que alguns alunos cheguem
uma superfície. Entretanto, quando pensamos no espaço, a medida envol- a essa idade ainda sem a noção de vo-
vida é a de volume. Esse tipo de situação é encontrado desde a medida do lume totalmente consolidada. Além
disso, no próximo capítulo, aplicamos
espaço ocupado por uma piscina em um jardim até o espaço ocupado por esse cálculo nas operações com poli-
caixas em um caminhão, passando por uma infinidade de outras situações. nômios e, por essa razão, é importan-

C O
te que eles saibam reconhecer com
De maneira geral, dizemos que o volume é a medida do espaço ocupado tranquilidade o cálculo de volume do
bloco retangular.
por um corpo. Se, para medirmos uma superfície, usamos uma figura plana

O V
(quadrado), na medida de um volume, devemos usar um objeto espacial, e

C SI

MATEMÁTICA
o cubo é o sólido padrão para esse tipo de medição. Como exemplo, a pilha
de cubos a seguir é formada por cubos com 1 metro de aresta, ou seja, cada

O U
cubo com 1 m³ de volume.

N L

61
SI XC
EN O E
3m
D US

1 m³
A E
E
EM L D
ST IA

3m
SI ER
AT
M

4m

Para chegarmos ao total de cubos, basta multiplicar as medidas das três


dimensões, como se estivéssemos contando o total de cubos.
Total de cubos: 4 · 3 · 3 = 36
Como cada cubo tem 1 m³ de volume, essa pilha de cubos possui um vo-
lume total de 36 m³.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 61 20/09/19 13:29


Volume do bloco retangular
Tendo como referência o raciocínio anterior, o volume de um bloco retan-
gular é dado pelo produto das medidas das três dimensões.

Volume = comprimento · largura · altura

C O
V=a·b·c
c

O V
C SI
CAPÍTULO 5

O U
Veja dois exemplos de aplicação dessa fórmula.

N L
62

SI XC
Exemplo 1
Uma caixa produzida em uma indústria tem a forma de bloco retangular
EN O E com 20 cm de largura, 30 cm de comprimento e 10 cm de altura. O volume
que essa caixa tem é de 6 000 cm³. Afinal:

V = 30 cm · 20 cm · 10 cm = 6 000 cm³
D US
THOMAS-SOELLNER/ISTOCK

A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 62 20/09/19 13:29


Exemplo 2
Um modelo de piscina em forma de bloco retangular será construído em
um clube. Seu volume será de 600 metros cúbicos, e a área que se tem dis-
ponível para sua construção é retangular, com 25 metros de comprimento
e 12 metros de largura. Nessas condições, qual deverá ser a profundidade
dessa piscina?
Para responder a essa pergunta, chamamos de x a profundidade desco-
nhecida e, fazendo uso da fórmula que calcula o volume desse tipo de sóli-

C O
do geométrico, determinamos essa medida por meio da resolução de uma

O V
simples equação:

C SI

MATEMÁTICA
V=a·b·c

O U
600 = 25 · 12 · x
600 = 300 · x

N L
600

63
x=

SI XC
300
x=2
EN O E
Portanto, a profundidade da piscina será de 2 metros.
Da mesma forma que comentamos sobre a área, para o cálculo do vo-
lume, também podemos encontrar situações em que pode ser necessário
D US

decompor o sólido ou recompô-lo, obtendo figuras geométricas espaciais


em que se conheça o cálculo de seu volume.
RAPPENSUNCLE/ISTOCK

A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

Destacar que o cálculo feito para


obtenção do volume com base nas
medidas de comprimento, largura e
altura refere-se ao bloco retangular.
Comentar com os alunos que há uma
infinidade de outros sólidos, cada qual
com uma fórmula própria, ou modo
particular de cálculo, podendo ser
usada a ideia da decomposição da
figura em outras conhecidas.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 63 20/09/19 13:29


O conceito de capacidade é muito
próximo da ideia de volume, sendo Capacidade
possível estabelecer relações diretas
entre essas medidas, como a que A medida de capacidade tem uma relação muito próxima com a medida de
compara o metro cúbico ao litro. Des-
tacar relações e diferenças entre essas
volume. Afinal, nos dois casos, temos a medida de um espaço, como de uma
unidades. caixa, uma vasilha, ou outro objeto tridimensional qualquer.
No caso da medida de capacidade, geralmente, nós a relacionamos com a
medida de líquidos, sendo o litro (L) a medida padrão, embora tenha seus
múltiplos e submúltiplos, como o mililitro (mL). Este é um dos submúltiplos

C O
do litro mais usados no nosso dia a dia, presente na indicação de conteúdo
de diversos tipos de embalagens, como água, suco, passando por vários

O V
produtos de limpeza, entre outros.

C SI
Para se ter uma ideia de quão próximas são as medidas de volume e ca-
CAPÍTULO 5

pacidade, temos que a medida de 1 litro corresponde à medida de 1 dm³. De

O U
forma prática, podemos entender 1 dm³ como o volume de um cubo com
10 cm de aresta.

N L
64

SI XC
EN O E Volume = 10 cm · 10 cm · 10 cm = 1 000 cm³
ou
Volume = 1 dm · 1 dm · 1 dm = 1 dm³
Assim:
10 cm

1 Litro
D US

1 dm³ = 1 litro

10 cm
A E

10 cm
E
EM L D

Pensando nessa relação, podemos chegar


em outra, muito usual, que é a relação entre
ST IA

metro cúbico (m³) e litro. Para isso, siga o


raciocínio com base na figura ao lado.
SI ER

Cada cubinho menor tem volume corres-


pondente a um litro.
AT

Os cubinhos são organizados dentro de


uma caixa de dimensões com medidas iguais
a 1 m, em fileiras de 10, de modo que, no fun-
M

do da caixa, fiquem 10 · 10 = 100 cubinhos.


1m Como é possível formar um total de 10 ca-
madas, temos:

1m
Total de cubinhos = 10 · 10 · 10 = 1 000 cubinhos

Portanto:
1m

1 litro 1 m³ = 1 000 L

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 64 20/09/19 13:29


A medida de 1 mL corresponde à milésima parte do litro. Em outras pala- Proporcionar aos alunos um momento
de leitura coletiva e posterior reflexão
vras, a medida de 1 litro equivale à medida de 1 000 mililitros. Dessa forma, sobre o texto dado no boxe “Na práti-
temos que: ca”. Eles devem perceber que há uma
grande diversidade de situações do
cotidiano de muitos profissionais em
que a ideia de volume ou de capacida-
1 mL = 0,001 L de está presente.
No boxe “Explore mais”, há uma indi-
cação, apenas como curiosidade, so-
e bre o cálculo do volume do cilindro, do
cone e da esfera. Explorar essas fórmu-

C O
las por meio de exercícios, lembrando
1 000 mL = 1 L aos alunos de que, em momento opor-
tuno, eles poderão fazer uso delas,

O V
com base em novos conhecimentos
que vão adquirindo com o tempo de
Como exemplo, temos as seguintes equivalências:

C SI

MATEMÁTICA
estudo. Nos exercícios, o volume do
cilindro será também apresentado,
estabelecendo uma relação com a
a. 57 mL = 0,057 L

O U
ideia envolvida no cálculo do volume
de um bloco retangular (produto da
b. 2 500 mL = 2,5 L

N L
área da base pela medida da altura).

65
SI XC
NA PRÁTICA
EN O E
Engenharia e volume EXPLORE MAIS
O cálculo de volume está presente em diversas áreas, mas é na engenharia que encontramos muitas
Corpos redondos
aplicações desse tipo de cálculo. Em algumas construções, por exemplo, é necessário preparar o ter-
D US

reno para a obra ser executada, seja no serviço de terraplanagem, ou nos casos em que pavimentos Sólidos geométricos cha-
são construídos abaixo do nível do solo, como em estacionamentos de grandes prédios. Nesse tipo mados de corpos redondos,
de serviço, é preciso calcular o volume de terra que será retirado, quantos caminhões serão usados tais como cilindro, cone e
para esse trabalho e qual a capacidade de carga de cada um, determinando custo e tempo dessa esfera, apresentam fórmu-
las simples para o cálculo
A E

etapa da obra.
de volume. Acesse o link e
E

TARASOV_VL/ISTOCK

saiba mais sobre o assunto.


EM L D

Disponível em:
<coc.pear.sn/XUVTjc9>.
ST IA
SI ER
AT
M

O volume de terra que será retirado de um terreno e a capacidade dos caminhões


de transportá-lo são informações básicas em uma obra de engenharia.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 65 20/09/19 13:29


CAPÍTULO 5
USO DE VARIÁVEIS NA GEOMETRIA
Módulos 19 e 20 | Área de figuras planas

Exercícios de aplicação
Resolver o primeiro exercício 1. No texto teórico, retomamos as fórmulas da área do paralelogramo e as do triângulo, que têm como
com os alunos. Levá-los a referência a medida da base e da altura de cada figura. Juntamente com um colega, tentem mostrar,
perceber que o paralelogra-
mo pode ser decomposto e
por meio de decomposição e composição de figuras, uma possível explicação para cada uma das
recomposto, formando um fórmulas. Façam uso das figuras construídas sobre a malha a seguir para traçar as linhas que julga-
retângulo de base e altura rem necessárias para mostrar decomposições e recomposições.

C O
igual à do paralelogramo.
Já o triângulo pode ser dupli-

O V
cado de forma invertida, for-
mando um paralelogramo.

C SI
CAPÍTULO 5

Assim, a área do triângulo


corresponderá à metade
da área do paralelogramo

O U
de mesma base e altura. É
um exercício mais prático,

N L
em que se procura apenas
66

mostrar aos alunos a valida-

SI XC
de das fórmulas e pensar em
possíveis decomposições. Se
houver possibilidade, usar
soware de edição de ima-
gens, projetado em lousa,
EN O E
para mostrar a eles os recor-
2. O losango é um quadrilátero conhecido como paralelogramo, com todos os lados congruentes. Assim, o
quadrado é um tipo particular de losango. Em contrapartida, o retângulo é um paralelogramo com ângu-
tes e complementos feitos
los retos e, nesse contexto, o quadrado é um caso particular de retângulo. Pensando nessa ideia, observe
em cada figura.
o quadrado seguinte com diagonais de medida d e lado de medida x. Depois, responda ao que se pede.
D US

O exercício 2 retoma a clas-


sificação dos quadriláteros.
Os alunos devem perceber
A E

que o quadrado é um caso


particular de losango, como
E
EM L D

também um caso particular


d
de retângulo. A ideia é que X
pensem em formas alter-
nativas de relacionar as
medidas da figura para o
ST IA

cálculo de área, tendo como


referência as relações entre
os quadriláteros.
SI ER

a. Escreva uma fórmula que associa a área A do quadrado com a medida d de sua diagonal.
AT

A = d ∙ d ou A = d²
2 2

b. Escreva uma fórmula que associa a área A do quadrado com a medida x de seu lado.
M

A = x ∙ x ou A = x²

c. Calcule a área de um quadrado cuja diagonal mede 8 cm.

8² 64
A= = =32
2 2

A área é de 32 cm².

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 66 20/09/19 13:29


d. Calcule a área de um quadrado cujo lado mede 2,5 m. O exercício 3 apresenta,
apenas como curiosidade,
o cálculo da área do círculo,
A = 2,5² = 6,25 aplicando o estudo sobre a
razão π(pi) estudada no capí-
tulo 3 e ampliando o estudo
sobre área de figuras planas
neste capítulo. Destacar que
sua demonstração será fei-
A área é de 6,25 cm². ta posteriormente, em mo-
mento oportuno.

C O
3. A razão π(pi), além de ser usada no cálculo do perímetro de um círculo, é usada também no cálculo
da área de uma região circular. Essa fórmula é relativamente simples, tendo como base a medida do

O V
raio do círculo, da seguinte forma:

C SI

MATEMÁTICA
O U
N L
r

67
A = π ∙ r²

SI XC
EN O E
Observando a fórmula dada, faça o que se pede.
a. Escreva, por extenso, como se lê a fórmula mostrada, que determina a área do círculo.
D US

A área A do círculo é igual ao produto de pi pelo quadrado da medida do raio.

4. Cada faixa da bandeira


A E

tem área igual a 300 cm².


As partes brancas da faixa
b. Admitindo π = 3,14 , calcule a área de uma região circular com raio medindo 10 metros.
E
EM L D

superior têm, portanto, área


igual a 150 cm².
A parte branca da faixa
A = π · r² = 3,14 · 10² = 3,14 · 100 = 314 do meio tem área igual a
100 cm², e as partes brancas
ST IA

da faixa inferior têm área de


120 cm². Logo, a soma das
áreas dos retângulos bran-
SI ER

cos é de 150 cm² + 100 cm² +


+ 120 cm² = 370 cm².
Em outras palavras, se A1, A2
e A3 são as áreas dos retân-
AT

A área é de 314 m². gulos brancos, respectiva-


mente, então, em cada uma
das três faixas, a área total de
4. OBMEP todos os retângulos brancos
M

é A1 + A2 + A3 = 150 cm² +
As três faixas horizontais da bandeira ao lado têm o mes- + 100 cm² + 120 cm² = 370 cm².
mo comprimento, a mesma altura e cada faixa é dividida
em partes iguais. A área total da bandeira é 900 cm². Qual
é a soma das áreas dos retângulos brancos?
2
a. 300 cm² A1 = × 300 cm² = 150 cm²
4
b. 370 cm²
c. 375 cm²
1
d. 450 cm² A2 = × 300 cm² = 100 cm²
3
e. 600 cm²

2
A3 = × 300 cm² = 120 cm²
5

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 67 20/09/19 13:29


CAPÍTULO 5
5. Isabela comprou um terreno com o formato represen-
tado na figura a seguir. Ela deseja construir uma piscina
e, em cada lado, um jardim. No restante do terreno, ela Piscina
pretende construir uma casa. Qual é a área do terreno 4m 4m
destinada à construção do jardim, da piscina e da casa, Jardim Jardim
respectivamente?
3m 4m 3m

Área da casa: (3 + 4 + 3) · 25 = 10 · 25 = 250


3·4
Área do jardim: 2 · = 12

C O
2
Área da piscina: 4 · 4 = 16

O V
25 m

C SI
CAPÍTULO 5

O U
Área da casa: 250 m², área do jardim: 12 m² e área da piscina: 16 m².

N L
68

SI XC
3m
EN O E6. Dona Jandira reservou uma parte de seu quintal para plan-
tar girassóis. Na área reservada, composta de dois quadra-
dos e dois triângulos retângulos, conforme representado
na figura, ela deseja plantar 36 mudas de girassóis, de
D US

modo que seja destinada a mesma área para cada muda.


Qual será a área destinada para cada muda de girassol?
A E

6m
E
EM L D

Área do quadrado maior: 6² = 36

3·6
Área dos triângulos: 2 · = 18
2
ST IA

Área do quadrado menor: 3² = 9


Área total = 36 + 18 + 9 = 63
SI ER

Área reservada para cada muda = 63 ÷ 36 = 1,75


AT

A área destinada para cada muda será de 1,75 m².

b
M

7. A área de um trapézio tem como base de cálculo três


medidas mostradas na figura: base maior (B), base me-
nor (b) e altura (h).
h
Sua área A é dada pela metade do produto da soma das
medidas da base pela medida da altura. Sabendo disso,
faça o que se pede.
B

a. Escreva a fórmula que permite calcular a área do trapézio.


A = (B + b) ∙ h
2

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 68 20/09/19 13:29


b. Calcule a área de um trapézio com bases medindo 12 cm e 10 cm, sendo a altura metade da
base maior.

(12 + 10) ∙ 6
A=
2
22 ∙ 6
A= = 66
2

C O
A área pedida é de 66 cm².

O V
8. O desmatamento de áreas de florestas é um grave problema que atinge toda a humanidade. No No exercício 8, destacar,

C SI
Brasil, as taxas que representam o desmatamento não são baixas. Como exemplo, veja o gráfico da para os alunos, a grandio-

MATEMÁTICA
sidade da área desmatada,
área desmatada em alguns estados do país em 2017 e 2018. no estado do Pará, em ape-

O U
nas dois anos. Dessa forma,
TAXA DE DESMATAMENTO POR ESTADO DO BRASIL EM 2017/2018 a compreensão sobre as

ARTE / G1
Estados grandes extensões de terra

N L
desmatadas pode ser mais

69
Acre

SI XC
470 significativa para eles.

Amazonas 1 045

MaranhãoEN O E 281

Mato Grosso 1 749

Pará 2 840
D US

Rondônia 1 314

Roraima 176
A E

Tocantins 25
E
EM L D

0 500 1 000 1 500 2 000 2 500 3 000


Taxa em km2

Disponível em: <coc.pear.sn/0KYFRgm>. Acesso em: abr. 2019.


ST IA

Com base no gráfico, responda ao que se pede.


a. Uma região quadrada com 1 km de lado possui 1 km² de área. Calcule essa mesma área em metros
SI ER

quadrados, completando adequadamente a relação a seguir.

A = 1 000 · 1 000 = 1 000 000


AT

1 km² = 1 000 000 m²


M

b. A área de um quarteirão comum, com lado medindo 100 metros, é de 10 000 m². Calcule quantos
quarteirões como esse correspondem à área desmatada no estado do Pará nos anos considerados.

Área desmatada no Pará = 2 840 km² = 2 840 000 000 m²


2 840 000 000 ÷ 10 000 = 284 000

A área desmatada corresponde a 284 000 quarteirões.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 69 20/09/19 13:29


CAPÍTULO 5
Exercícios propostos
9. Um jardineiro está fazendo um jardim com canteiros de formato geométrico.
Para cada metro quadrado, é usado 0,5 kg de adubo, e cada quadradinho do esquema a seguir
equivale a 2 m² do formato real. Quantos quilogramas de adubo o jardineiro usará para plantar nos
canteiros destacados a seguir?

Área em destaque = 27 quadradinhos

C O
1 quadradinho = 2 m². Logo, a área em destaque
é de 54 m².

O V
54 · 0,5 kg = 27 kg

C SI
CAPÍTULO 5

O U
O jardineiro usará 27 kg de adubo.

N L
70

SI XC
10. A área do quadrilátero é 10. OBMEP
a soma das áreas dos triân-
gulos. Traçando por P uma Juliana desenhou, em uma folha de papel, um retângulo
de 12 cm de comprimento e 10 cm de largura. Ela esco-

10 cm
paralela a um dos lados do
retângulo, como na figura, EN O E lheu um ponto P no interior do retângulo e recortou os
este fica dividido em dois triângulos sombreados como na figura. Com esses triân- P
retângulos menores.
gulos, ela montou o quadrilátero da direita. Qual é a área
12 cm
do quadrilátero?
10 cm

P
D US

12 cm
a. 58 cm² b. 60 cm² c. 64 cm² d. 66 cm² e. 70 cm²
A área de cada um dos triân- 11. Descreva uma situação-problema em que seja necessário calcular a área de um terreno. Ele deve
gulos é igual à metade da apresentar a forma de alguma das figuras estudadas neste módulo. Depois, troque de livro com um
área do retângulo menor
colega, para que cada um resolva a situação descrita pelo outro. Finalmente, destroquem os livros e
A E

correspondente. Como a
soma das áreas dos retân- corrija o seu exercício, com o auxílio do professor.
E
EM L D

gulos menores é igual à área


do retângulo maior, a soma
das áreas dos triângulos será
igual à metade da área do re-
tângulo maior, ou seja, será
ST IA

igual a 1 · 10 · 12 = 60.
2
Essa é a área do quadrilátero
SI ER

em centímetros quadrados.

Resposta de acordo com situação-proble-


AT

ma criada pelo aluno.

12. Quantos pisos quadrados com 50 cm de lado são necessários para cobrir uma região quadrada com
M

De forma alternativa, o exercí-


cio 12 pode ser resolvido por 1 m² de área?
meio de desenho, em que um
quadrado com 1 m² de área
é dividido em quatro qua-
50 cm = 0,50 m
drados menores, com 0,5 m
(50 cm) de lado cada um. Área do piso = (0,5 m)² = 0,25 m²
1 : 0,25 = 4

São necessários quatro pisos.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 70 20/09/19 13:29


Módulos 21 e 22 | Volume e capacidade

Exercícios de aplicação
1. No texto teórico, mostramos que a medida de 1 litro corresponde a 1 000 mL. Também mostramos O exercício 1 procura compa-
que 1 L equivale ao volume de 1 000 cm³. Com base nessas informações, faça o que se pede. rar mililitro com centímetro
cúbico. Essa relação pode ser
a. Complete a relação a seguir entre mililitro e centímetro cúbico. ilustrada, de forma prática,
por meio da unidade do ma-
terial dourado. Geralmente,
1 mL = 1 cm³ o cubinho que representa a

C O
unidade do material dourado
apresenta o volume de 1 cm³,
b. Um aquário será construído com a forma de paralelepípedo. Considerando que corresponde a 1 mL. Se

O V TANUHA2001/ISTOCK
suas medidas internas, ele terá 20 cm de comprimento, 18 cm de largura e houver no colégio esse tipo
de material, mostrar essa

C SI
altura de 30 cm. Entretanto, a água será colocada até atingir uma altura de

MATEMÁTICA
relação aos alunos, para que
25 cm. Nessas condições, calcule: ela seja mais significativa
• o volume interno total desse aquário em centímetros cúbicos; para eles.

O U
N L
V = 20 · 18 · 30

71
SI XC
V = 10 800

EN O E
O volume será de 10 800 cm³.

• a quantidade total, em litros, que poderá ser colocada nesse aquário.


D US

V = 20 · 18 · 25
V = 9 000
A E

9 000 cm³ = 9 000 mL = 9 L


E
EM L D

Poderá ser colocada uma quantidade de 9 litros.


ST IA

2. Há situações em nosso cotidiano que nos parecem simples, elementares. Entretanto, de forma prá- O exercício 2 leva os alunos
tica, podem ocorrer outras variáveis que não estamos considerando. Pense sobre essa ideia e res- a pensar em situações reais
e concretas. Não é raro que
SI ER

ponda à afirmação feita a seguir, justificando seu raciocínio. eles pensem apenas em
Há um grande número de caixas iguais, cada qual com volume de 2 m³, para serem colocadas em um uma variável quando se tra-
caminhão. A carroceria desse caminhão é do tipo baú, totalmente fechada, com abertura por uma ta de situações desse tipo.
Destacar que, na prática,
porta, com um volume interno de 160 m³. Então, é certeza que será possível acomodar um total de
AT

outras variáveis podem ser


80 caixas no baú desse caminhão, estando ele inicialmente vazio. necessárias para se chegar
Não necessariamente. Afinal, as 80 caixas ocupariam todo o volume interno do baú, porém não se deve considerar apenas a uma conclusão. Comentar
que, embora seja possível
M

o volume, pois as caixas podem apresentar um formato, ainda que na forma de bloco retangular, cujo empilhamento não acomodar 80 caixas dentro
das outras condições obser-
seja compatível com a forma interna do baú. Além disso, devemos considerar também a massa total de cada caixa, que vadas, não se pode afirmar
essa possibilidade.
não pode exceder a capacidade de carga do caminhão.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 71 20/09/19 13:29


CAPÍTULO 5
3. Uma piscina tem a forma e as dimensões como as da figura a seguir.

2m

C O
O V
6m

C SI
CAPÍTULO 5

O U
N L
4m
72

SI XC
Quantos litros de água são necessários para encher completamente a piscina?

EN O E V=4·6·2
V = 48
48 m³ = 48 000 L
D US
A E
E
EM L D

Serão necessários 48 000 litros de água para encher a piscina.


ST IA

4. Um paciente tem uma receita médica indicando que deve tomar 5 mL de um medicamento 3 vezes ao
SI ER

dia, por um período de 60 dias. O frasco de remédio disponível para venda na farmácia tem 250 mL.
Então, qual é a quantidade de frascos que ele deverá comprar para seguir o tratamento da forma pres-
crita pelo médico?
AT

Total de doses = 3 · 60 = 180


Sendo 5 mL por dose: 180 · 5 mL = 900 mL
M

900 ÷ 250 = 3,6 =~ 4

Ele deverá comprar 4 frascos.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 72 20/09/19 13:29


5. Calcule o volume dos sólidos apresentados.
a.

1m

C O
O V
2m

C SI

MATEMÁTICA
3,5 m

O U
N L

73
3,5 ∙ 2 ∙ 1 7

SI XC
V= = = 3,5
2 2

EN O E
D US

Volume de 3,5 m³.

b.
A E
E
EM L D

3m
ST IA

3m 3m
3m
SI ER

4m
AT

6m
M

V = 6 · 4 · 3 + 3³
V = 72 + 27
V = 99

Volume de 99 m³.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 73 20/09/19 13:29


CAPÍTULO 5
O exercício 6 apresenta, 6. O volume de um bloco retangular é dado pelo produto da área da base pela medida da altura. Se-
como curiosidade, neste guindo essa mesma lógica, um cilindro, que chamaremos de reto, como os que são comumente en-
momento, o cálculo do
volume do cilindro, com-
contrados nas formas de vários tipos de embalagem, também tem seu volume obtido pelo produto
plementando o estudo dos da área da base pela medida da altura. Sendo a área da base dada por π · r², a figura a seguir mostra
módulos anteriores. Sugerir a fórmula para o cálculo do volume do cilindro.
aos alunos que usem calcu-
ladora, observando a ideia
envolvida no volume e não
necessariamente nas opera-
ções elementares.
Destacar que, sempre que

C O
se fala em capacidade de
embalagens, tanques ou
objetos do tipo, deve-se con- h V = π ∙ r² ∙ h

O V
siderar as medidas internas
do espaço de que se deseja

C SI
calcular a capacidade.
CAPÍTULO 5

O U
N L
74

SI XC
Com base nessa informação e considerando π = 3,14, responda ao que se pede.
a. Escreva, por extenso, como se lê a fórmula dada para o cálculo do volume do cilindro.
O volume V de um cilindro é dado pelo produto de pi com o quadrado do raio r e da altura h.
EN O E
b. Um reservatório de água terá a forma de um cilindro com altura interna de 6 metros e raio da base,
também interno, medindo 2 metros. Qual será a capacidade total desse reservatório em litros?
D US

V = 3,14 · 2² · 6
V = 3,14 · 4 · 6
V = 75,36
A E

75,36 m³ = 75 360 L
E
EM L D

A capacidade total será de 75 360 litros.

c. Um pilar cilíndrico de concreto servirá de base de sustentação em uma construção. Ele deverá ter
ST IA

um volume de 1,57 m³ com raio da base medindo 0,5 m. Qual será a altura desse pilar?
SI ER

1,57 = 3,14 · 0,5² · h


1,57 = 3,14 · 0,25 · h
1,57 = 0,785 · h
AT

1,57
h= =2
0,785

A altura será de 2 metros.


M

O exercício 7 explora algu- 7. OBM


mas transformações de uni-
dades de medida, incluindo Platina é um metal muito raro, mais até do que ouro. Sua densidade é 21,45 g/cm³. Suponha que
a de massa. Embora não seja a produção mundial de platina foi de cerca de 110 toneladas em cada um dos últimos 50 anos e
um estudo específico deste desprezível antes disso. Assinale a alternativa que representa o volume mais próximo do volume de
capítulo, as medidas de mas- platina produzido no mundo em toda a história.
sa já devem fazer parte do
repertório de conhecimento a. Uma caixa de sapatos
dos alunos. A resolução pro- 7. O volume de platina produzido na história é:
b. Uma piscina
posta é uma opção de cálcu- 110 toneladas 1 000 000 g 1 cm³ 1 m³
c. Um edifício de dez andares 50 anos ∙ ∙ ∙ ∙ =~ 256 m³
lo. As transformações podem 1 ano 1 tonelada 21,45 g 1 000 000 cm³
ser realizadas separadamen-
d. O Monte Pascoal Volume próximo ao de uma piscina (por exemplo, de 1,60 m de profundidade,
te. Pedir a eles que resolvam
16 metros de largura e 10 metros de comprimento).
este exercício em dupla. e. A Lua

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 74 20/09/19 13:29


Exercícios propostos
8. Certo dia, um garoto estava ansioso esperando encher uma piscina em sua casa. Seu pai usou uma
mangueira de água, imaginando que, se usasse um balde, poderia enchê-la mais rapidamente. Ele
sabe que as dimensões internas da piscina são 3 m de largura, 4 m de comprimento e 1 m de
profundidade. Se a capacidade do balde é de 10 litros, quantas vezes ele deveria despejar água na
piscina com seu balde cheio, estando ela inicialmente vazia?

C O
V = 4 · 3 · 1 = 12
12 m³ = 12 000 L

O V
12 000 ÷ 10 = 1 200

C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

75
SI XC
EN O E
Teria de despejar 1 200 vezes a água do balde na piscina.
D US

9. Avaliação nacional 9. O prisma mostrado tem


volume V equivalente à me-
A E

Para a realização de um trabalho de terraplanagem, será necessário retirar um volume de terra que tade de um bloco retangu-
corresponde ao prisma de base triangular mostrado na figura a seguir. lar com dimensões iguais às
E
EM L D

mostradas:
20 ∙ 50 ∙ 60
V=
2
60 000
V=
ST IA

2
V = 30 000
Como é obtido em metros
SI ER

cúbicos, o volume retirado


de terra é de 30 000 m³.
AT

20 m
50 m
M

60 m

O volume de terra retirado, de acordo com as medidas dadas, é de


a. 60 000 m³.
b. 30 000 m³.
c. 3 000 m³.
d. 1 500 m³.
e. 65 m³.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 75 20/09/19 13:29


Módulos 19 e 20
1. Ligue com um traço cada figura ao respectivo cálculo da área. Pode-se traçar mais de uma linha para
uma mesma figura.

C O
Metade do produto das medidas das
Retângulo
diagonais

O V
C SI
CAPÍTULO 5

Metade do produto da medida da base


Losango
pela medida da altura

O U
N L
76

Produto da medida da base pela

SI XC
Triângulo
medida da altura

Paralelogramo
EN O E Produto da medida do comprimento
pela medida da largura

2. Pensando na densidade demográfica de uma região, mantendo o número de habitantes, quanto


D US

maior área, a densidade será maior ou menor?


Será menor.

Módulos 21 e 22
A E

3. Complete corretamente as lacunas que mostram a equivalência entre algumas unidades de medida
E
EM L D

de capacidade e de volume.
a. 3 m³ = 3 000 L

b. 0,5 m³ = L
ST IA

500

c. 6,7 L = 6 700 mL
SI ER

d. 8 mL = 0,008 L

4. Um bloco retangular qualquer tem o retângulo da base com comprimento de medida x, largura de
AT

medida y e altura de medida z. Escreva, com base nessas informações, uma fórmula que indique o
volume V desse sólido.
V=x·y·z
M

5. A medida de 1 litro tem relação direta com o volume de certo cubo. Qual é a medida da aresta desse
cubo cuja capacidade é de 1 litro?
A aresta mede 10 cm (ou 1 dm).

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 76 20/09/19 13:29


C O
O V
UNIDADES DE MEDIDA

C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

77
SI XC
EN O E Uso de letras nas
fórmulas
D US

Área de figuras
A E

Volume
planas
E
EM L D
ST IA
SI ER

Capacidade
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C5_G2.indd 77 20/09/19 13:29


CAPÍTULO

6 OPERAÇÕES
COM POLINÔMIOS

C O
O V
O avanço da Matemática ao longo dos milênios fez com que o

C SI
universo do cálculo puramente numérico fosse ampliado, com a
MATEMÁTICA

inserção de variáveis representadas por letras, que generalizam


cálculos, como os que foram mostrados no capítulo anterior. Foi

O U
por meio desse tipo de avanço que a humanidade ganhou novas
formas, com a ampliação do estudo em diversas áreas, como na

N L
Física, que, por sua vez, auxiliou no desenvolvimento de ramos
78

SI XC
da Tecnologia, da Engenharia, da Medicina, entre outros.

EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 78 20/09/19 13:24


M
AT
SI ER

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 79


ST IA
EM L D
A E
D US
E
EN O E
SI XC
N L
O U
C SI
O V
C O
IEVGENII VOLYK/ISTOCK

79 MATEMÁTICA

20/09/19 13:24
O estudo dos polinômios é abstrato e Módulos 23 e 24
mais técnico, sendo uma importante
ferramenta de cálculo para conteúdos
que ainda serão apresentados, como POLINÔMIOS
produtos notáveis, equações, funções,
entre outros. Mostrar aos alunos que A álgebra é um ramo da Matemática que faz uso de letras para represen-
alguns conteúdos, como grau do mo-
nômio, mesmo não tendo, aparente-
tar valores desconhecidos e generalizar raciocínios apenas numéricos. Por
mente, aplicação direta, são base meio do seu estudo, outros ramos, como a Geometria, ganharam força,
importante para cálculos posteriores.
ampliando o desenvolvimento de ferramentas que possibilitaram, e ainda
possibilitam, o avanço das mais diversas áreas.

C O
Nesse contexto, o estudo inicial sobre polinômios é de grande interes-
se, pois fornece-nos ferramentas muito importantes para a realização de

O V
outros cálculos, como equações e funções. Mas, o que será exatamente um

C SI
CAPÍTULO 6

polinômio?
Essa é uma palavra de origem grega, cujo prefixo “poli” é encontrado em

O U
muitas palavras, como polissílaba, polígono, poliedro, poliesportivo etc. Em

N L
todas elas, temos a ideia de “vários”. Ainda na palavra polinômio, destaca-
80

SI XC
mos nômio, que significa termo, e é sobre o termo algébrico que iniciare-
mos o estudo sobre os polinômios.
EN O E Termo algébrico
No capítulo anterior, vimos algumas fórmulas que indicam relações entre
medidas de um polígono para o cálculo de sua área. Na fórmula da área do
D US

retângulo de base x e largura y, sua área é dada por x · y. Esse é um caso de


termo algébrico, sendo definido da seguinte forma:
A E

Termo algébrico é uma expres-


são em que temos o produto de
E
EM L D

um número real por uma va-


riável ou produto de variáveis.
Um número real também é um
termo algébrico, da mesma
ST IA

forma que apenas a variável


ou o produto de variáveis.
SI ER

De acordo com essa ideia, temos os seguintes exemplos de termo algébrico:


AT

3a −5xy a²b 7 1 ab²c³


2
M

Em cada um dos exemplos de termo algébrico, podemos destacar duas


partes importantes: o coeficiente e a parte literal.
• O coeficiente, também chamado de coeficiente numérico, é justamen-
te o fator numérico, ou seja, o número real que multiplica as variáveis.
• A parte literal refere-se ao fator, ou fatores, dados por variáveis, ain-
da que estejam elevadas a um expoente maior que 1.
No exemplo do termo algébrico que determina a área do retângulo (x · y),
temos que o coeficiente é 1, afinal 1 · x · y = x · y, enquanto a parte literal é
o produto x · y.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 80 20/09/19 13:24


De acordo com os exemplos anteriores, destacamos: Enfatizar o estudo sobre monômios
semelhantes. Afinal, é com base nes-
TERMO ALGÉBRICO COEFICIENTE PARTE LITERAL sa ideia que os alunos podem simpli-
ficar expressões algébricas, além de
3a 3 a adicionar e subtrair polinômios com
mais tranquilidade.
−5xy −5 xy
a²b 1 a²b
7 7 Não tem
1 ab²c³ 1

C O
ab²c³
2 2

O V
O termo algébrico, também é chamado de monômio, uma vez que monô-
mio pode ser entendido como um (mono) termo (nômio).

C SI

MATEMÁTICA
Grau do monômio

O U
Uma vez que a parte literal pode apresentar potências, definimos o grau de

N L

81
um monômio de acordo com a soma dos expoentes de sua parte literal.

SI XC
Exemplos
EN O E
a. −7x³y² é um monômio de 5o grau, pois 3 + 2 = 5.
b. − 2 p3t é um monômio de 4o grau, pois 3 + 1 = 4.
3
Um monômio que não possui parte literal tem grau zero.
D US

Podemos, também, determinar o grau de um monômio com base apenas


no expoente da variável considerada.
A E

Exemplos
E
EM L D

MONÔMIO GRAU DO MONÔMIO


Monômio de 3o grau em relação à variável x
8x³y²
ST IA

Monômio de 2o grau em relação à variável y


Monômio de 4o grau em relação à variável a
a4b
SI ER

Monômio de 1o grau em relação à variável b


Monômio de 3o grau em relação à variável p
– 2 p³t5
3
AT

Monômio de 5o grau em relação à variável t

Monômios semelhantes
M

É possível perceber que há uma infinidade de monômios, que apresentam


infinitas possibilidades para o coeficiente numérico e para a parte literal.
Entretanto, alguns monômios são conhecidos como monômios semelhan-
tes, definidos da seguinte forma:

Monômios semelhantes são aqueles que apre-


sentam a mesma parte literal. Quando não
houver a parte literal, mas apenas os coeficientes,
também serão semelhantes.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 81 20/09/19 13:24


Veja alguns exemplos de monômios semelhantes com destaque para a par-
te literal comum.
a. 7x³y² e −3x³y² são semelhantes.
b. −2a³b, 0,5a³b e são semelhantes.
c. 2, −0,1 e −1,5… são semelhantes (não apresentam parte literal).

Polinômios

C O
Imagine um retângulo qualquer cujas medidas de comprimento e largura se-
jam medidas quaisquer, indicadas pelas letras a e b, como na figura a seguir.

O V
a

C SI
CAPÍTULO 6

O U
N L
82

SI XC
EN O E b b
D US
A E
E
EM L D

Duas informações básicas que podemos associar a essa figura são a área
e o perímetro. Em ambos os casos, temos expressões algébricas com as va-
ST IA

riáveis a e b. Veja.
SI ER

• Área: a ∙ b
• Perímetro: a + a + b + b ou 2a + 2b
Em relação às duas expressões obtidas, em destaque, podemos observar que:
AT

• a expressão a ∙ b é um monômio;
• a expressão 2a + 2b é uma adição de monômios.
M

Quando temos uma adição de monômios, dizemos que temos um polinô-


mio. Na verdade, o polinômio é formado por qualquer adição algébrica de
monômios. Entende-se por adição algébrica não apenas adições, mas tam-
bém subtrações. Afinal, lembre-se de que a subtração pode ser entendida
como uma adição de oposto.

Exemplo
3x² − 5xy = 3x² + (−5xy).......Adição de 3x² com −5xy

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 82 20/09/19 13:24


Assim, definimos: Destacar que a adição algébrica tam-
bém está relacionada com a operação
de subtração, quando se adiciona um
Polinômio é qualquer adição algébrica de monômios. termo negativo.

Exemplos
a. 4x + 5y
b. −a + b + c
c. −3x² + 9y − 6xy

C O
d. a³ + 3a²b + 3ab² + b³

O V
Retomando a ideia do início do texto, veja que polinômio significa “mui-

C SI

MATEMÁTICA
tos termos”. Há, também, dois nomes mais específicos e que são muito estu-
dados na álgebra: binômio (dois termos) e trinômio (três termos).

O U
Exemplos

N L

83
a. x² + xy (binômio)

SI XC
b. −3x − 5y (binômio)
c. a² − 2ab² + b (trinômio)
EN O E
d. 9x² + 6xy + y² (trinômio)
Contudo, mesmo um monômio, um binômio ou um trinômio podem ser
chamados, de maneira geral, simplesmente de polinômio.
D US

Grau do polinômio
Assim como ocorre com o monômio, todo polinômio é identificado pelo seu
A E

grau. Para isso, basta considerar como grau do polinômio o monômio de


E
EM L D

maior grau.

Exemplos
a. 3x² + 9y³
ST IA

Esse polinômio é de 3o grau. O segundo termo está definindo o maior grau.


SI ER

b. x²y − 5xy³
Esse polinômio é de 4o grau. O segundo termo está definindo o maior
grau, pois 1 + 3 = 4.
AT

Também é possível determinar o grau do polinômio em relação a uma


variável específica, sendo adotado o maior expoente dessa variável como
M

grau do polinômio.

Exemplos
a. −5x² + 6x − 8y³
Esse polinômio é de 2o grau em relação à variável x, entretanto é de 3o
grau em relação à variável y.
b. 8x5y + 5xy4
Esse polinômio é de 5o grau em relação à variável x, entretanto é de 4o
grau em relação à variável y.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 83 20/09/19 13:24


A simplificação de termos semelhan-
tes é base para as demais operações Simplificação de polinômios
com polinômios. É muito importante
que os alunos saibam adicionar ou Em certos casos, os polinômios apresentam termos semelhantes que, por
subtrair termos semelhantes com
tranquilidade e segurança. Um dos
se apresentarem dessa forma, podem ser adicionados (ou subtraídos), sim-
pontos mais delicados desse cálculo plificando o polinômio dado a uma forma equivalente.
são as operações de adição e subtra-
ção de coeficientes positivos e nega- Para efetuar uma adição algébrica de termos semelhantes, basta adicio-
tivos. Considerar uma revisão à parte nar (ou subtrair) os coeficientes, mantendo a parte literal.
sobre essas operações, levando-os
a treinar até que tenham segurança
para desenvolver os cálculos algébri- Exemplos

C O
cos.
Destacar as propriedades da adição a. 9y + 5y = (9 + 5)y = 14y

O V
que são usadas na simplificação, como
a comutativa, a associativa e elemen-
b. 3x² − 5x² = (3 − 5)x² = −2x²

C SI
tos opostos. c. −2xy − xy = (−2 − 1)xy = −3xy
CAPÍTULO 6

Assim, na simplificação de polinômios, usaremos com frequência a pro-

O U
priedade comutativa e a propriedade associativa da adição, na tentativa de

N L
efetuar a adição algébrica de termos semelhantes.
84

SI XC
Exemplos
EN O E a. 7a + 5b − 2a + 6b
Agrupamos as parcelas com termos semelhantes, adicionando-os:
7a + 5b − 2a + 6b =
= 7a − 2a + 5b +6b =
D US

= 5a + 11b

b. x² + 4y − x − 3x² − 9y + 6x
A E

Agrupamos as parcelas com termos semelhantes, adicionando-os:


E
EM L D

x² + 4x − x − 3x² − 9y + 6x =
= x² − 3x² − 9y + 4y − x + 6x =
= −2x² − 5y + 5x
ST IA

A simplificação de polinômios pode ser observada em situações de ori-


gem geométrica. Como exemplo, considere o seguinte retângulo com as
SI ER

medidas dos lados dadas por monômios.



AT
M

2ab 2ab

Temos:
Perímetro = 2ab + a² + 2ab + a² =
= 2ab + 2ab + a² + a² =
= 4ab + 2a²...(forma simplificada)

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 84 20/09/19 13:24


Módulos 25 e 26 Na adição de polinômios, não é obriga-
tório separar a escrita dos polinômios

ADIÇÃO DE POLINÔMIOS com parênteses, mas seu uso é interes-


sante no sentido de organizar melhor
o cálculo e preparar os alunos para o
Um polinômio pode representar um valor numérico ou medida qualquer estudo da subtração, em que o sinal de
parênteses é muito importante.
nas mais diversas situações. Em muitos casos, pode ser necessário realizar
operações com esses polinômios, e a adição é uma delas. Acompanhe a si-
tuação a seguir.
Caio e sua amiga Fernanda têm um pequeno comércio de venda de rou-

C O
pas em sua cidade. Eles compram peças de vestuário em lojas que vendem
no atacado para revendê-las no varejo. Cada um visitou uma loja diferente

O V
para comprar três tipos de produto: camiseta, bermuda e saia. Eles combi-

C SI

MATEMÁTICA
naram em comprar a mesma quantidade x de camisetas, y de bermudas e
uma quantidade z de saias cada um. Veja o preço dos três itens de vestuário

O U
na loja que cada um visitou.

N L

85
SI XC
LOJA VISITADA POR CAIO

R$ 25,00 R$ 30,00 R$ 35,00


EN O E
D US
A E
E

LOJA VISITADA POR FERNANDA


EM L D

R$ 28,00 R$ 32,00 R$ 30,00


ST IA
SI ER
AT
M

Eles compraram os itens em cada uma das lojas de acordo com o combi-
nado. Nesse contexto, podemos escrever um polinômio indicando o total
gasto para cada um dos dois amigos na respectiva loja visitada. Ficará da
seguinte forma:
Total gasto por Caio = 25x + 30y + 35z
Total gasto por Fernanda = 28x + 32y + 30z
Considerando que eles juntarão todos os itens e calculando o total que
gastaram na compra das duas lojas, devemos adicionar os dois polinômios:
Total gasto nas duas lojas = (25x + 30y + 35z) + (28x + 32y + 30z)

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 85 20/09/19 13:24


O uso de parênteses, nesse caso, serve apenas para reforçar a identificação
dos dois polinômios. Na prática, quando o adicionarmos, a sua escrita é omi-
tida, e realizamos a adição dos termos semelhantes. Para isso, o agrupamen-
to dos termos semelhantes, antes de adicioná-los, pode facilitar o cálculo.

Total gasto nas duas lojas = (25x + 30y + 35z) + (28x + 32y + 30x) =
= 25x + 30y + 35z + 28x + 32y + 30z =
= 25x + 28x + 30y + 32y + 35z + 30z =

C O
= 53x + 62y + 65z

O V
Assim, o total gasto por eles é dado pelo polinômio 53x + 62y + 65z.

C SI
CAPÍTULO 6

Os polinômios podem ser nomeados por letras maiúsculas do nosso al-

O U
fabeto.

N L
Exemplo
86

SI XC
A = 3x² + 5x + 7
B = x² − 5
EN O E C = 2x² − 3x

De forma prática, se quisermos determinar a soma A + B + C, podemos


usar um dispositivo prático, muito semelhante ao algoritmo usado na adi-
D US

ção de números reais. Nesse caso, indicamos as parcelas na vertical com


o cuidado de posicionar termos semelhantes na mesma coluna, ou seja,
um termo semelhante sobre outro. Quando não houver termo semelhante,
podemos identificá-lo com coeficiente zero, ou deixar o espaço vazio. Veja.
A E
E
EM L D

A→ 3x² + 5x + 7 A→ 3x² + 5x + 7
B→ + x² + 0x − 5 ou B→ +x² −5
ST IA

C→ 2x² − 3x + 0 C→ 2x² − 3x
SI ER

A+B+C→ 6x² + 2x + 2 A+B+C→ 6x² + 2x + 2


AT

Além desse dispositivo prático, o cálculo também pode ser indicado es-
crevendo-se em linha, como no exemplo anterior.
M

A + B + C = (3x2 + 5x + 7) + (x2 − 5) + (2x2 − 3x)


A + B + C = 3x2 + 5x + 7 + x2 − 5 + 2x2 − 3x
A + B + C = 3x2 + x2 + 2x2 + 5x − 3x + 7 − 5
A + B + C = 6x2 + 2x + 2

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 86 20/09/19 13:24


Módulos 27 e 28 No estudo sobre subtração de poli-
nômios, destacar a importância de se

SUBTRAÇÃO DE POLINÔMIOS usar o sinal de parênteses, evitando-


-se escrever a subtração de apenas
um dos termos do polinômio dado no
A subtração de polinômios é realizada de forma semelhante à adição, in- subtraendo. Considerando o estudo
do texto teórico, vale relembrar aos
clusive com a possibilidade de uso do dispositivo prático. Entretanto, é im- alunos os termos de uma subtração:
portante atentar-se a duas ideias. minuendo, subtraendo e resto ou di-
ferença. Alguns podem esquecer-se
• A subtração pode ser entendida como uma adição de oposto. desse tipo de conhecimento mais ele-
mentar, dificultando o entendimento
a. 18 − 15 = 18 + (−15) do texto ou a explicação em aula.

C O
b. 17x − 20x = 17x + (−20x)

O V
• O uso do sinal de parênteses nos polinômios, principalmente no sub-

C SI
traendo, é muito importante.

MATEMÁTICA
O U
Dados: A = 7x + 9 e B = 5x + 6

N L
Para calcular o valor de A – B, escrevemos:

87
SI XC
A – B = (7x + 9) − (5x + 6)
EN O E
Como a subtração pode ser entendida como a adição de opostos, pode-
mos reescrevê-la como uma adição, efetuando o cálculo, como mostrado
nos módulos anteriores. Acompanhe.
D US

A – B = (7x + 9) − (5x + 6)
A – B = (7x + 9) + (−5x − 6)
A E

A – B = 7x + 9 − 5x − 6
E
EM L D

A – B = 2x + 3

Observação
ST IA

Atenção! No exemplo anterior, se não indicamos o sinal de parênteses,


estamos subtraindo apenas o termo 5x. Observe: 7x + 9 – 5x + 6.
SI ER

Na prática, quando subtraímos um polinômio, ao eliminar o sinal de pa-


rênteses, os sinais dos termos algébricos do subtraendo são trocados.
AT

Exemplo
M

a. (5x + 3) − (6x + 8) =
= (5x + 3) + (−6x − 8) =
= 5x + 3 − 6x − 8 =
−x − 5
b. (x² + y) − (−2x² − y) =
= (x² + y) + (+2x² + y) =
= x² + y + 2x² + y =
= 3x² + 2y

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 87 20/09/19 13:24


A multiplicação de monômios faz uso Módulos 29 e 30
recorrente de propriedades da poten-
ciação, sobretudo a que se refere ao
produto de potências de mesma base. MULTIPLICAÇÃO DE MONÔMIO POR POLINÔMIO
Se necessário, reforçá-la com os alu-
nos. Retomar calmamente a proprie- Além das operações de adição e subtração, podemos encontrar também si-
dade distributiva da multiplicação em
relação à adição e à subtração.
tuações em que seja necessário realizar uma multiplicação de monômios ou
envolvendo polinômios de maneira geral. Isso pode ser observado na Geo-
metria. Como exemplo, considere um retângulo em que as medidas de suas
dimensões tenham como referência certa variável a, como mostra a figura.

C O
O V
C SI
CAPÍTULO 6

2a

O U
N L
88

3a

SI XC
Sua área é obtida pelo produto das medidas das duas dimensões:
EN O E Área = 2a · 3a

Entretanto, lembrando que cada monômio é um termo algébrico que in-


D US

dica uma multiplicação, basta usarmos as propriedade comutativa e asso-


ciativa da seguinte forma:
A E

Área = 2 · a · 3 · a
E
EM L D

Área = 2 · 3 · a · a
Área = 6a²
ST IA

Concluindo:
SI ER

Na multiplicação de monômios, multiplicamos os coeficientes numéricos


e as variáveis, fazendo uso de propriedades da potenciação na multipli-
cação de potências de mesma base, quando necessário.
AT

Veja exemplos.
M

a. (3a) · (5a²) = 3 · 5 · a · a² = 15a³


b. (4xy²) · (2y) = 4 · 2 · xy² · y = 8xy³
c. (−5x³y²) · (7x³y) = −5 · 7 · x³ · y² · x³ · y = −35x6y³

Na multiplicação de um monômio por um polinômio, devemos pensar no


uso da propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição (ou
subtração). Relembrando:

3 · (10 + 5) = 3 · 10 + 3 · 5

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 88 20/09/19 13:24


A propriedade distributiva pode ser aplicada e compreendida no cálculo de
área de figuras planas, como na situação a seguir.

2y

C O
O V
3y 4

C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

89
SI XC
2y

EN O E
3y + 4
D US

Observe, pela figura, que sua área total pode ser calculada de dois modos.
1o modo
Área = AI + AII = 2y · 3y + 2y · 4
A E

Área = AI + AII = 6y² + 8y


E
EM L D

2o modo
Área = 2y · (3y + 4)
ST IA

Das duas expressões obtidas, que são equivalentes (correspondem à mes-


ma área), podemos escrever:
SI ER

2y · (3y + 4) = 6y² + 8y
AT

Veja que o monômio 2y é distribuído (multiplicado) por cada termo do


polinômio (3y + 4). Acompanhe o passo a passo nos exemplos a seguir.
M

a. x² · (3x² + 5x + 2) = x² · 3x² + x² · 5x + x² · 2
= 3x4 + 5x³ + 2x²
b. 3xy · (5x² − xy − x − 3) = 3xy · 5x² + 3xy · (−xy) + 3xy · (−x) + 3xy · (−3)
= 15x³y − 3x²y² − 3x²y − 9xy
c. −2a · (a² + 2ab − b − 2b²) = −2a · a² − 2a · (2ab) − 2a · (−b) − 2a · (−2b²)
= −2a³ − 4a²b + 2ab + 4ab²

Fique sempre atento aos sinais que antecedem cada termo do polinômio,
além, é claro, do sinal do monômio que multiplica o polinômio, aplicando
as regras de sinal de forma adequada.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 89 20/09/19 13:24


Desenvolver calmamente a teoria Módulos 31 e 32
sobre multiplicação de polinômio por
polinômio, fazendo uso da abordagem
geométrica, para que o cálculo tenha MULTIPLICAÇÃO DE POLINÔMIO POR POLINÔMIO
mais significado. Além dos exemplos
mostrados no texto teórico, apresen- Os cálculos numéricos podem apresentar formas alternativas e curiosas.
tar aos alunos novos exemplos. Desta-
car que a simplificação de polinômios
Como exemplo, veja uma forma alternativa de se calcular a multiplicação
pode ser usada com mais frequência, por meio da decomposição de cada fator.
atentando-se à escrita de sinais e de
expoentes.
12 · 16 = (10 + 2) · (10 + 6) = 10 · 10 + 10 · 6 + 2 · 10 + 2 · 6 =

C O
= 100 + 60 + 20 + 12 =
= 192

O V
C SI
Essa multiplicação, que faz uso da propriedade distributiva, pode ser
CAPÍTULO 6

compreendida também por meio da geometria, no cálculo de área. Veja.

O U
10 6 A área total é dada pelo produto 12 · 16.

N L
Entretanto, podemos adicionar as áreas das
90

quatro regiões, da mesma forma que mos-

SI XC
tramos no cálculo anterior.
EN O E 12 · 16 = 10 · 10 + 10 · 6 + 2 · 10 + 2 · 6
I II III IV
10
I II 12 · 16 = 100 + 60 + 20 + 12 = 192
D US

O raciocínio anterior nos faz pensar na se-


guinte generalização para a multiplicação
de um binômio por outro binômio:
A E

(a + b) · (x + y) = a · x + a · y + b · x + b · y
E

IV
EM L D

2
III
ST IA

De forma geral, para qualquer


SI ER

multiplicação de polinômios, de-


vemos multiplicar cada termo de
um polinômio pelos termos do
AT

outro polinômio, adicionando os


produtos obtidos.
M

Exemplos
a. (x + 1) · (1 + y − 3) = x · 1 + x · y + x · (−3) + 1 · 1 + 1 · y + 1 · (−3) =
= x + xy − 3x + 1 + y − 3 =
= −2x + 3xy + y − 2 =
b. (x² − y) · (2x − y² + 1) =
= x² · 2x + x² · (−y²) + x² · 1 − y · 2x − y · (−y²) − y · 1 =
= 2x³ − x²y² + x² − 2xy + y³ − y

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 90 23/09/19 16:38


Módulos 33 e 34 Na divisão envolvendo polinômios, é
muito comum o uso da propriedade

DIVISÃO DE POLINÔMIO POR MONÔMIO da potenciação que trata da divisão


de potências de mesma base. Além
desta, utiliza-se também, em alguns
Completando as quatro operações elementares com polinômios, temos a casos, a propriedade sobre potência
de expoente negativo. Recordá-las
divisão. De início, mostraremos apenas divisões envolvendo monômios. com os alunos, enfatizando seu uso
neste momento.

Divisão de monômio por monômio Destacar o exemplo b, no início do


texto teórico, em que se tem como re-
sultado uma fração algébrica. Mostrar
Ao dividir um monômio por outro, efetuamos a divisão dos coeficientes,

C O
a eles que não se trata de um polinô-
multiplicando o quociente pela divisão das partes literais. Nesse caso, faz- mio, de acordo com a definição, e que
terão a oportunidade de estudar com
-se uso recorrente da divisão de potências de mesma base, em que con-

O V
mais detalhes esse tipo de fração em
servamos a base e determinamos a diferença dos expoentes. A escrita na momento oportuno.

C SI

MATEMÁTICA
forma fracionária pode facilitar a identificação das divisões envolvidas,
embora ela não seja obrigatória.

O U
a. (18x³) ÷ (6x²) = 18 ∙ x³ = 18 · x³ = 3 · x3 – 2 = 3x

N L
6 ∙x² 6 x²

91
SI XC
b. (5a5b) ÷ (3a³b²) = 5a²b = 5 · a5b = 5 · a5 – 3 · b1 – 2 = 5 · a² · b–1 = 5a
2

3 ∙ a³b² 3 a³b² 3 3 3b
Observe, no segundo exemplo, que o resultado pode ser uma fração, in-
EN O E
clusive com a escrita de variável no denominador. Esse tipo de fração, cha-
mada de fração algébrica, será estudada em momento oportuno, não se
tratando de polinômio.
D US

Divisão de polinômio por monômio


Para dividir um polinômio qualquer por um monômio, basta dividir pelo
A E

monômio cada termo do polinômio dado como dividendo. O monômio


E
EM L D

dado como divisor deve ser não nulo. Os quocientes são adicionados ou
subtraídos, de acordo com os sinais dados no polinômio.

Exemplos
ST IA

a. (18x − 9) ÷ (3) = 18x - 9 = 18x − 9 = 6x − 3


3 3 3
SI ER

Essa divisão pode ser escrita apenas na horizontal, da seguinte forma:


AT

(18x − 9) ÷ (3) = (18x) ÷ (3) − 9 ÷ 3 = 6x − 3

b. (48a5b6 + 12a4b³) ÷ (−6a²b³) = 48a5b6 + 12a4b³ = −8a³b³ − 2a²


M

−6a²b³ −6a²b³
Essa divisão pode ser escrita apenas na horizontal, da seguinte forma:

(48a5b6 + 12a4b³) ÷ (−6a²b³) =


= (48a5b6) ÷ (−6a²b³) + (12a4b3) ÷ (−6a²b³)
= −8a³b³ − 2a²

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 91 20/09/19 13:24


A divisão de polinômio por polinô- Módulos 35 e 36
mio pode ser mais abstrata para
alguns alunos. Comentar o exemplo
do texto teórico na lousa com bas- DIVISÃO DE POLINÔMIO POR POLINÔMIO
tante calma, pedindo a participação
ativa de todos no passo a passo do A divisão de um polinômio por outro polinômio pode ser feita por meio de
cálculo. Depois, mostrar a eles ou-
tros exemplos, além dos que estão
um algoritmo semelhante ao que é utilizado na divisão de números natu-
na teoria, até que demonstrem con- rais. Entretanto, devemos nos atentar a alguns detalhes. Observe, por meio
fiança na execução dos cálculos.
de quatro exemplos, os passos usados em uma divisão desse tipo.

Exemplo 1

C O
O V
Dividiremos (6x³ − 2x² − 5x + 7) por (x − 1).

C SI
CAPÍTULO 6

1o passo: dividimos o termo de maior grau do dividendo (6x³) pelo termo

O U
de maior grau do divisor (x).

N L
92

6x³ ÷ x = 6x²

SI XC
Esse quociente (6x²) será multiplicado pelo divisor (x – 1), subtraindo do
EN O E dividendo o valor obtido. Em outras palavras, podemos adicionar o oposto
desse resultado no dividendo.
D US

6x – 2x – 5x + 7 x – 1
– 6x + 6x 6x
+4x – 5x + 7
A E
E
EM L D

Observe que o restante do dividendo é copiado junto ao resto.


2o passo: dividimos o termo de maior grau do “resto” (o “novo dividendo”)
pelo termo de maior grau do divisor.
ST IA

4x² ÷ x = 4x
SI ER

Novamente, o quociente obtido (4x) será multiplicado pelo divisor (x – 1),


subtraindo do dividendo o valor obtido. Em outras palavras, podemos adi-
AT

cionar o oposto desse resultado no dividendo:


M

6x – 2x – 5x + 7 x – 1
– 6x + 6x 6x + 4x
+ 4x – 5x + 7
– 4x + 4x
–x + 7

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3o passo: dividimos o termo de maior grau do “resto” (o “novo dividendo”)
pelo termo de maior grau do divisor.

–x ÷ x = –1

Como das outras vezes, o quociente obtido (–1) será multiplicado pelo
divisor (x – 1), subtraindo do dividendo o valor obtido. Em outras palavras,
podemos adicionar o oposto desse resultado no dividendo.

C O
O V
6x – 2x – 5x + 7 x – 1

C SI

MATEMÁTICA
– 6x + 6x 6x + 4x – 1
+ 4x – 5x + 7

O U
– 4x + 4x

N L

93
–x +7

SI XC
x –1

EN O E 6

Como o grau do resto é menor que o grau do divisor, a divisão está encerrada.
Assim, obtemos o quociente = 6x² + 4x – 1 e o resto = 6.
D US

Para verificar se a divisão está correta, basta aplicar a propriedade


fundamental da divisão, usada desde as divisões com números naturais.
Relembrando:
A E
E
EM L D

Dividendo = quociente · divisor + resto

De fato, na divisão anterior, temos:


ST IA
SI ER

Dividendo = (6x³ − 2x² − 5x + 7)


Quociente = (x − 1)
Divisor = (6x² + 4x − 1)
AT

Resto = 6
M

Aplicando a propriedade, temos:

Dividendo = (x − 1) · (6x² + 4x − 1) + 6
Dividendo = 6x³ + 4x² − x − 6x² − 4x + 1 + 6
Dividendo = 6x³ − 2x² − 5x + 7.......(confere com o dividendo dado!)

Observação
É importante escrever os polinômios com os expoentes das variáveis em
ordem decrescente, organizando o cálculo.

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Exemplo 2

Dividiremos (x5 + 2x³ − 1) por (x² + 3).

Nessa divisão, dividendo e divisor estão incompletos, ou seja, mesmo que


estejam organizados com os expoentes em ordem decrescente, há termos
faltando. Nesse caso, ao usar o algoritmo, é conveniente completá-los, como
mostra a sequência do cálculo a seguir.

C O
O V
Divisão (algoritmo)

C SI
CAPÍTULO 6

x5 + 0x4 + 2x3 + 0x2 + 0x – 1 x 2 + 0x + 3

O U
–x5 – 0x4 – 3x3 x3 – x
Quociente

N L
3 2
– x + 0x + 0x – 1
94

SI XC
x3 + 0x 2 + 3x
3x – 1
Resto
EN O E
Cálculos auxiliares
D US

1o passo: x5 ÷ x² = x³
x³ · (x² + 0x + 3) =
= x5 + 0x4 + 3x³
A E

2o passo: (−x³) ÷ x² = −x
E
EM L D

(−x) · (x² + 0x + 3) =
= −x³ − 0x² − 3x
3o passo: 3x ÷ x²
ST IA

Nesse caso, observa-se o grau do resto menor que do


divisor. Assim, o resto é 3x− 1.
SI ER

A divisão anterior não é exata, com resto diferente de zero. Verificando


AT

se está correta, temos:


M

Dividendo = (x³ − x) · (x² + 3) + (3x − 1)


Dividendo = x5 + 3x³ − x³ − 3x + 3x − 1
Dividendo = x5 + 2x³ − 1...(confere com o dividendo dado!)

Até este ponto já é possível observar que, nas verificações das divisões,
fazemos uso, naturalmente, da multiplicação de polinômios, sendo ela uma
operação inversa da divisão. Repare, nesse sentido, a importância de se
usar adequadamente os sinais de parênteses e a propriedade distributiva.

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Exemplo 3
Há casos, também, em que a divisão é exata, como se pode ver na divisão
de (x² − x − 6) por (x − 3). Veja.

Divisão (algoritmo)

x2 – x – 6 x – 3
–x 2 + 3x x+2

C O
Quociente

2x – 6

O V
–2x + 6

C SI

MATEMÁTICA
0
Resto (divisão exata)

O U
N L

95
SI XC
Cálculos auxiliares
1o passo: x² ÷ x = x
EN O E x · (x − 3) = x² − 3x
2o passo: (2x) ÷ x = 2
(2) · (x − 3) =
= 2x − 6
D US

Exemplo 4
A E

Observe mais um exemplo de divisão exata de polinômios quando se divi-


E
EM L D

de o trinômio (2x2 – x – 10) pelo binômio (x + 2):

Divisão (algoritmo)
ST IA

2x2 – x – 10 x+2
– 2x2 – 4x 2x – 5
SI ER

Quociente
– 5x – 10
+ 5x + 10
AT

0
Resto (divisão exata)
M

Cálculos auxiliares

1o passo: 2x2 ÷ x = 2x
2x · (x + 2) =
2x2 + 4x

2o passo: (–5x) ÷ x = – 5
(–5) · (x +2) =
= – 5x – 10

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CAPÍTULO 6
OPERAÇÕES COM POLINÔMIOS
Módulos 23 e 24 | Polinômios

Exercícios de aplicação
O exercício 1 procura estabele- 1. Escreva na forma de um monômio cada situação dada a seguir.
cer uma relação mais prática e
significativa sobre a escrita de a. O preço total de x canetas custando 3 reais cada uma.
um monômio. Desenvolver o 3x
exercício juntamente com os
alunos, pedindo a participação b. A área de um retângulo com base de medida x e altura de medida z.

C O
do grupo.
xz

O V
c. A área total de 3 paralelogramos de base de medida b e altura de medida h cada um.

C SI
3hb
CAPÍTULO 6

d. A área de um triângulo de base b e altura de medida h.

O U
bh
2

N L
e. O perímetro de um hexágono cujo lado tem medida x.
96

SI XC
6x

2. Complete o quadro com as informações que estão faltando.


EN O E TERMO ALGÉBRICO COEFICIENTE NUMÉRICO PARTE LITERAL
5x 5 x
D US

−4y² −4 y²

x²y5 1 x²y5
A E

−0,6abc −0,6 abc


E
EM L D

2 2
3
pq²
3 pq²

9x³yz7 9 x³yz7
ST IA

3. Determine o grau de cada monômio a seguir.


SI ER

a. x²y²
2 + 2 = 4. Monômio de 4o grau

b. −5xy²
AT

1 + 2 = 2. Monômio de 3o grau

c. 0,4a²bc²
M

2 + 1 + 2 = 5. Monômio de 5o grau

d. 19ab
1 + 1 = 2. Monômio de 2o grau

O exercício 4 admite diversas


possibilidades de resposta, 4. Faça o que se pede em cada item. Depois, compare com outras respostas escritas pelos colegas.
sendo importante correção a. Escreva um monômio de 3o grau com coeficiente igual a –5 e apenas uma variável.
individual. Entretanto, é
importante também que se Sugestão de resposta: −5x³
possa compartilhar algumas
das respostas dadas, para
b. Escreva um monômio de 4o grau com coeficiente igual a 9 e duas variáveis.
que o alunos observem a Sugestão de resposta: 9a³b
variedade de possibilidades.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 96 20/09/19 13:24


5. Em cada item, pinte com a mesma cor os quadrinhos abaixo dos monômios que sejam semelhantes.
Siga modelo.
a.
3x²y² −2x²y 6xy² −4xy² −7x²y² x²y

azul cinza cinza azul

Sugestão de cores indicando pares de monômios semelhantes.


b.
8a³b² 8a²b³ −4a²b² 3a³b² −a²b² a²b³

C O
azul verde cinza azul cinza verde

O V
Sugestão de cores indicando pares de monômios semelhantes.

C SI

MATEMÁTICA
c.
−4xyz 7xyz −3xz 5yz −9yz 7xz

O U
azul azul cinza verde verde cinza

N L
Sugestão de cores indicando pares de monômios semelhantes.

97
6. Em cada item, identifique a expressão como um monômio, binômio ou trinômio.

SI XC
a. x² + y²
Binômio

b. −3 + x + y²
EN O E
Trinômio

c. a²bc²
D US

Monômio

d. a + b + c
Trinômio
A E

e. ay4
Monômio
E
EM L D

f. −ab + b
Binômio
ST IA

7. Determine o grau de cada polinômio nos itens a seguir.


a. 6xy + x³y²
SI ER

3 + 2 = 5. Polinômio de 5o grau.

b. 9ab − 9a³ + 9ab³


1 + 3 = 4. Polinômio de 4o grau.
AT

c. a²b + ab² + a²b²


2 + 2 = 4. Polinômio de 4o grau.
M

d. 5x³y + x²y4 − 8xy − x4y


2 + 4 = 6. Polinômio de 6o grau.

8. Quando um polinômio possui apenas uma variável, podemos organizá-lo de acordo com as potên- O exercício 8 apresenta uma
cias das variáveis. Nesse sentido, é comum organizarmos os termos com os expoentes em ordem informação importante do
decrescente. Veja um exemplo. ponto de vista de organi-
zação do cálculo. Enfatizar
essa ideia.
4y − 5 + 3y²
Reescrevendo com os expoentes dos termos em ordem decrescente, temos:
3y² + 4y − 5

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CAPÍTULO 6
Seguindo essa ideia, reescreva cada polinômio dado a seguir com base na ordem decrescente dos
expoentes dos polinômios. Depois, escreva também qual é o grau do polinômio.
a. x + 9 + 3x³ + 7x²
3x³ + 7x² + x + 9

Grau do polinômio: 3o grau

b. −2x + 1 + 4x³ − 2x²− 6x4


−6x4 + 4x³ − 2x² − 2x + 1

C O
4o grau
Grau do polinômio:

O V
c. 8y + 5y5 − y² − 3y4 + 4y³ − 11

C SI
5y5 − 3y4 + 4y³ −y² + 8y − 11
CAPÍTULO 6

O U
Grau do polinômio: 5o grau

N L
9. Para que seja um trinômio, 9. Um exemplo de trinômio de quarto grau pode ser dado por
98

devemos ter uma adição al-


a. 3x4

SI XC
gébrica de três termos. Além
disso, para que seja de 4 o b. 4x³
grau, o maior expoente (ou
soma dos expoentes de um c. 4x³y2z
mesmo termo) deve ser 4.
Essas características são
EN O E d. x4 + x² + x
e. 4x³ + x² + 4x
observadas no polinômio
x4 + x2 + x.
10. Simplifique cada um dos binômios dados a seguir.
D US

a. 9x − 5x

(9 − 5)x =
= 4x
A E
E
EM L D

b. 6y − 8y
ST IA

(6 − 8)y =
= −2y
SI ER
AT

c. −x² − 3x²
M

(−1 − 3)x² =
= −4x²

d. −8x²y + x²y

(−8 + 1)x²y =
= −7x²y

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Exercícios propostos
11. Escreva na forma de um binômio cada situação dada a seguir.
a. O custo total de x ingressos de teatro custando 25 reais cada um e y ingressos custando 20 reais
cada um.
25x + 20y

b. A soma da área de um quadrado com lado de medida x e um retângulo com comprimento de


medida y e largura de medida z.

C O
x² + yz

c. A diferença, nesta ordem, entre a área de um retângulo de medidas a e b e um paralelogramo

O V
com base medindo x e altura medindo y.

C SI

MATEMÁTICA
ab − xy

d. De um total de 60 laranjas, retirar dois pacotes contendo x laranjas cada um.

O U
60 − 2x

N L
12. Simplifique os polinômios dados em cada item a seguir.

99
SI XC
a. 3x + 8y − x + 7y b. −5x² + 4x − 6x + 9x²

3x − x + 8y + 7y =
EN O E −5x² + 9x² + 4x − 6x =
= 2x + 15y = 4x² − 2x
D US

c. −x²y + 5xy² + 9xy² − 3x²y d. 3ab + 7a + 8b + 9ab − 11a − 5b


A E
E
EM L D

−x²y − 3x²y + 5xy² + 9xy² = 3ab + 9ab + 7a − 11a + 8b − 5b =


= −4x²y + 14xy² = 12ab − 4a + 3b
ST IA
SI ER

13. A figura mostra um retângulo do qual será retirada uma região quadrada. 13. Do exposto, temos:
Área do retângulo = xy
AT

Área do quadrado = a²
A região colorida de verde é
dada pela diferença dessas
y duas áreas:
M

a
Área da região verde = xy – a²

A região que sobra, destacada em verde, terá área dada pelo polinômio
a. xy − a
b. xy − a²
c. xy − 4a
d. x + y − a²
e. 2x + 2y − 4a

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CAPÍTULO 6
Módulos 25 e 26 | Adição de polinômios

Exercícios de aplicação
A forma polinomial de um
1. Há uma forma curiosa de realizar uma adição de números naturais. Para isso, faremos uso da escrita
número natural é usada no de um número natural na forma polinomial. Aliás, a forma polinomial de um número recebe esse
exercício 1 como aplicação nome justamente por ser escrita na forma de um polinômio, mas apenas com fatores e parcelas
direta da adição de poli- numéricas. Juntamente com um colega, acompanhe um exemplo.
nômios. Comentar com os
alunos que se trata de uma
forma alternativa de cálculo. 387 = 3 · 100 + 8 · 10 + 7 · 1 = 3 · 10² + 8 · 10¹ + 7 · 100

C O
No último item, eles devem Trocando a base 10 da potência por x, temos: 3 · x² + 8 · x1 + 7 · x0 , ou,
refazer o raciocínio chegan-

O V
do aos seguintes resultados: simplesmente, 3x² + 8x + 7
351 + 427 = 778

C SI
De acordo com essa ideia, faça o que se pede.
CAPÍTULO 6

436 + 352 = 788


Depois de corrigir os itens a. Na adição a seguir, escreva cada parcela na forma polinomial, substituindo a base 10 por x.

O U
anteriores, orientá-los a
criar uma adição com par-
243 + 325

N L
celas maiores que 999, ob-
100

servando qual polinômio é

SI XC
formado, tanto nas parcelas,
quanto na soma.
243 = 2 · 100 + 4 · 10 + 3 · 1 = 2 · 10² + 4 · 10¹ + 3 · 100 =
= 2 · x² + 4 · x¹ + 3 · x0 =
EN O E = 2x² + 4x + 3

325 = 3 · 100 + 2 · 10 + 5 · 1 = 3 · 10² + 2 · 10¹ + 5 · 100 =


= 3 · x² + 2 · x¹ + 5 · x0 =
= 3x² + 2x + 5
D US
A E

b. Adicione os polinômios obtidos no item anterior.


E
EM L D

(2x² + 4x + 3) + (3x² + 2x + 5) =
= 2x² + 3x² + 4x + 2x + 3 + 5 =
= 5x² + 6x + 8
ST IA
SI ER

c. Na soma obtida, troque a variável x por 10, calcule e encontre a soma das parcelas dadas no item a.
Depois, efetue a soma dessas parcelas pelo método convencional, verificando se seu resultado está
AT

correto.

5x² + 6x + 8 = 5 · 10² + 6 · 10 + 8 = 5 · 100 + 6 · 10 + 8 = 500 + 60 + 8 = 568


M

Adicionando as parcelas iniciais:


243 + 325 = 568

d. Em seu caderno, resolva as duas adições seguindo um raciocínio semelhante ao mostrado ante-
riormente. Depois, proponha ao colega de dupla outra adição que siga essa ideia, com parcelas
contendo mais de 3 ordens.
• 351 + 427
• 436 + 352

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2. Calcule a adição de polinômios em cada item a seguir.
a. (x² + 5x + 6) + (2x² − 7x − 4) b. (−x² + 3x + 5) + (4x² + 6x − 9)

x² + 5x + 6 + 2x² − 7x − 4 = −x² + 3x + 5 + 4x² + 6x − 9 =


= x² + 2x² + 5x − 7x − 4 + 6 = = −x² + 4x² + 6x + 3x + 5 − 9 =
= 3x² − 2x + 2 = 3x² + 9x − 4

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
c. (−5x² + 12) + (−2x² − x + 7) d. (−4x + 7) + (−3x² + x − 9)

O U
−5x² + 12 − 2x² − x + 7 = −4x + 7 − 3x² + x − 9 =

N L
= −5x² − 2x² − x + 7 + 12 = = −3x² + x − 4x + 7 − 9 =

101
SI XC
= −7x² − x + 19 = −3x² − 3x− 2

EN O E
D US

e. (−2a + b) + (4a − 5b) + (3a − b) f. (−a² + 3) + (a − 7) + (a² − a)

−2a + b + 4a − 5b + 3a − b = −a² + 3 + a − 7 + a² − a =
A E

= −2a + 4a + 3a + b − 5b − b = = −a² + a² + 3 − 7 + a − a =
= 5a − 5b = −4
E
EM L D
ST IA
SI ER

3. Avaliação Nacional 3. Adicionando os dois poli-


nômios apresentados pelas
Um jogo estava sendo disputado cartas, temos:
AT

entre Felipe e Laura. Cada um de- (3x² − 7x − 9) + (x² + 2x − 4) =


veria virar uma carta com um poli-
= 3x² + x² − 7x + 2x − 9 − 4 =
IEVGENII VOLYK/ISTOCK

nômio escrito nela. Veja as cartas


= 4x² − 5x − 13
M

que eles viraram.


Então, ganhará a rodada
Feito isso, quem respondesse mais e as cartas quem primeiro
rápido, de forma correta, qual era responder 4x² − 5x − 13.
a soma dos dois polinômios vence-
ria a rodada e ficaria com as duas 3x2 – 7x – 9 x2 + 2x – 4
cartas. Então, ficará com as cartas
quem primeiro responder
a. 4x² − 5x − 5
b. 3x² − 5x − 13
c. 4x² − 9x − 13
d. 3x² − 5x + 13
Carta de Felipe Carta de Laura
e. 4x² − 5x − 13

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CAPÍTULO 6
Exercícios propostos
4. Considere os seguintes polinômios:

A = 4a³ + a² + 2a + 4
B = 6a³ − 2a² + 3a − 8
C = −7a³ + 3a² − 5a − 7

Determine a soma em cada adição a seguir.

C O
a. A + B

O V
(4a³ + a² + 2a + 4) + (6a³ − 2a² + 3a − 8) =

C SI
CAPÍTULO 6

= 4a³ + 6a³ + av − 2aI + 2a + 3a + 4 − 8 =


= 10a³ − a² + 5a − 4

O U
N L
102

SI XC
b. A + C
EN O E (4a³ + a² + 2a + 4) + (−7a³ + 3a² − 5a − 7 ) =
= 4a³ − 7a³ + a² + 3a² + 2a − 5a + 4 − 7 =
= −3a³ + 4a² − 3a − 3
D US
A E

c. B + C
E
EM L D

(6a³ − 2a² + 3a − 8) + (−7a³ + 3a² − 5a − 7 ) =


= 6a³ − 7a³ − 2a² + 3a² + 3a − 5a − 8 − 7 =
= −a³ + a² − 2a − 15
ST IA
SI ER

5. Observe a figura. 5. Avalição Nacional


x+a
AT

x + 2a Um terreno na forma irregular será cercado. Considere a figura a seguir, que representa esse terreno.

3x x+a
M

2a x + 2a

2x + a 3x

O perímetro é a soma das


medidas dos lados.
2a
Perímetro: x + a + x + 2a + 2a +
-+ 2x + a + 3x = 7x + 6a
2x + a

O total de cerca que será utilizado é igual ao perímetro da figura dada. O perímetro é dado pelo
polinômio
a. 13x b. 13a c. 7x + 5a d. 6x + 7a e. 7x + 6a

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Módulos 27 e 28 | Subtração de polinômios

Exercícios de aplicação
1. Na escrita de uma subtração de polinômios, o uso do sinal de parênteses é de grande importância. O principal objetivo do exer-
Para entender melhor que diferença há no uso ou não desse sinal de associação, uma aluna do 8o ano cício 1 é mostrar aos alunos
que a indicação do sinal de
procurou escrever e calcular a diferença entre os polinômios P e Q com e sem o uso de parênteses. parênteses, principalmente
Veja os polinômios e as duas formas de escrita que ela fez. no subtraendo, é muito im-
portante.
P = 3x² + 5x − 7

C O
Q = 2x² − 3x + 11

O V
C SI

MATEMÁTICA
3x² + 5x 7 2x² 3x + 11 3x² + 5x 7 (2x² 3x + 11)

O U
3x² + 5x − 7 − 2x² + 3x − 11 =

N L
3x² − 2x² + 5x − 3x − 7 + 11 = = 3x² − 2x² + 5x + 3x − 7 − 11 =

103
= x² + 2x + 4 = x² + 8x − 18

SI XC
EN O E
D US

Desenvolva cada um dos cálculos anteriores e confirme se o resultado final será, de fato, diferente.
Identifique qual é o cálculo correto.
A E

Sim, o resultado é diferente. O cálculo correto é o realizado com o uso de parênteses.


E
EM L D

2. Considerando os polinômios A = 2x² − 3x − 4, B = x² − 5x e C = −x² + 7, calcule as diferenças.


a. A – B b. B – C
ST IA

2x² − 3x − 4 − (x² − 5x) = x² − 5x − (–x² + 7 ) =


= 2x² − 3x − 4 − x²+ 5x = = x²− 5x + x² − 7 =
SI ER

= 2x² −x² − 3x + 5x − 4 = = x² + x² − 5x − 7 =
= x²+ 2x − 4 = = 2x² − 5x − 7
AT
M

c. B – A d. C – A

x² − 5x − (2x² − 3x − 4 ) = −x² + 7 − (2x² − 3x − 4 ) =


= x² − 5x − 2x² + 3x + 4 = = −x² + 7 − 2x² + 3x + 4 =
= x² − 2x² − 5x+ 3x + 4 = = −x² − 2x² + 3x + 7 + 4 =
= −x² − 2x + 4 = −3x² + 3x + 11

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 103 20/09/19 13:24


CAPÍTULO 6
3. As medidas nas duas figuras a seguir tomam como referência certa variável x.

x+3
x–4 x–5

x+8 x+2

C O
Com base nas informações dadas nas figuras, faça o que se pede.
a. Escreva na forma de um polinômio simplificado o perímetro de cada figura.

O V
C SI
CAPÍTULO 6

Perímetro do retângulo = x − 4 + x + 8 + x − 4 + x + 8 = 4x + 8
Perímetro do triângulo = x − 5 + x + 2 + x + 3 = 3x

O U
N L
104

SI XC
b. Fazendo uso dos polinômios obtidos no primeiro item e considerando uma unidade de medida
qualquer, determine o valor numérico do perímetro de cada figura para x igual a 10.
EN O E Perímetro do retângulo = 4x + 8 = 4 · 10 + 8 = 40 + 8 = 48
Perímetro do triângulo = 3x = 3 · 10 = 30
D US

c. Sabendo que o perímetro do retângulo é maior que o do triângulo dado, calcule o polinômio
A E

simplificado que indica a diferença entre os dois perímetros.


E
EM L D

4x + 8 − 3x =
= 4x − 3x + 8 =
=x+8
ST IA
SI ER

d. Com base na conclusão anterior, é correto afirmar que, dado um valor numérico para x, a diferença
AT

entre os perímetros será sempre 8 unidades a mais que x?


Sim.
M

4. O polinômio (5x − 6) foi obtido adicionando-se um polinômio P ao polinômio (−3x² + 7x − 8). Determine
qual é o polinômio P.

(−3x² + 7x − 8) + P = (5x − 6)
P = (5x − 6) − (−3x² + 7x − 8)
P = 5x − 6 + 3x² − 7x + 8
P = 3x² + 5x − 7x − 6 + 8
P = 3x² − 2x + 2

P = 3x² − 2x + 2

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Exercícios propostos
5. Calcule a diferença entre os polinômios dados em cada item a seguir.
2 3
a. (a³ + ab + b²) − (2a³ − 4ab + 3b²) b. a + 0,5b − 20 − a − 1,7b
3 2

a³ + ab + b²− 2a³ + 4ab – 3b² = 2 3


a + 0,5b − 20 + a + 1,7b =
= a³ − 2a³ + b² – 3b² + ab + 4ab = 3 2
2 3
= –a3 – 2b2 + 5ab = a+ a + 0,5b + 1,7b − 20 =

C O
3 2
13
= a + 2,2b − 20
6

O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

105
SI XC
1 1
c. (a4 + 8a³ + a²) − (a4 − a³ − a²) d. 1,5a³ − ab − b − 3b − ab + a³
5 2

EN O E
a4 + 8a³ + a² − a4 + a³ + a² =
= a4 − a4 + 8a³ + a³ + a² + a² =
1,5a³ −
1
5
1
ab − b − 3b + ab − a³ =
2
1 1
= 9a³ + 2a² = 1,5a³ − a³ − ab + ab − b − 3b =
5 2
3
= 0,5a³ + ab − 4b
D US

10
A E
E
EM L D

6. Considerando A = 4x² − 6x + 2, B = 7x² − 5x − 3 e C = x² − 3x, calcule o polinômio, em sua forma simpli-


ficada, equivalente à expressão A – (B – C).
ST IA

4x² − 6x + 2 − [(7x² − 5x − 3) − (x² − 3x)] =


SI ER

= 4x² − 6x + 2 − [7x² − 5x − 3 − x² + 3x] =


= 4x² − 6x + 2 − [6x² − 2x − 3] =
= 4x² − 6x + 2 − 6x² + 2x + 3 =
AT

= −2x² − 4x + 5
M

O polinômio procurado é –2x² − 4x + 5.

7. Do exposto, temos:
7. Ao calcular a diferença P – Q entre os polinômios P e Q, um estudante encontrou como diferença o P–Q=T
polinômio T = 2x² − 6x + 2. Se P = 3x² + 5x − 1, e o cálculo do estudante está correto, então Q deve ser Substituindo os polinômios
dados, temos:
a. x² − x + 1
(3x² + 5x − 1) – Q = 2x² − 6x + 2
b. 5x² − x + 1
Então:
c. x² + 11x + 1 Q = 3x² + 5x − 1 − (2x² − 6x + 2)
d. x² + 11x − 3 Q = 3x²+ 5x − 1 − 2x² + 6x − 2
e. 5x² − 11x − 1 Q = x²+ 11x − 3

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CAPÍTULO 6
Módulos 29 e 30 | Multiplicação de monômio por polinômio

Exercícios de aplicação
Aproveitar situações como 1. O bloco retangular faz parte de um projeto de tamanhos variados de caixas que devem seguir as
a mostrada no exercício 1 medidas das três dimensões mostradas na figura, em que uma variável a é considerada.
para retomar os cálculos de
área e volume explorados no
capítulo anterior.
2a

C O
O V
5a

C SI
CAPÍTULO 6

8a

O U
Com base nessas informações, faça o que se pede.

N L
a. Determine o monômio que indica o volume desse sólido.
106

SI XC
8a · 5a · 2a = 80a³

EN O E O monômio é 80a³.

b. Ao todo, seis faces retangulares compõem a superfície desse sólido, sendo três tamanhos distintos.
D US

Calcule o monômio que indica a área de cada um dos três retângulos distintos que formam sua face.

A1 = 8a · 5a = 40a²
A2 = 2a · 5a = 10a²
A E

A3 = 8a · 2a = 16a²
E
EM L D

Os monômios são 40a², 10a² e 16a².

2. Calcule os produtos de monômios a seguir.


ST IA

a. (3xy) · (2x²y) = 6x³y² b. (−2a) · (5a³) = −10a4


SI ER

c. (x³y²) · (x4y) = x7y³ d. (3a²) · (−4a³b) = −12a5b

e. (−4y) · (−3y³) = 12y4 f. (−ab²c) · (−3a²c) = 3a³b²c²


AT

3. Desenvolva os cálculos, determinando o produto de um monômio por um polinômio.


a. 5x · (2x + 9) b. 2xy · (x² − 3y)
M

5x · 2x + 5x· 9 = 2xy · x² + 2xy · (−3y) =


= 10x² + 45x = 2x³y − 6xy²

c. −3x · (x² − 5x − 1) d. y · (−x² + y − 4y² + x)

−3x · x² − 3x · (−5x) − 3x · (−1) = y · (−x²) + y · y + y · (−4y²) + y · x =


= −3x³ + 15x² + 3x = −x²y + y² − 4y³ + xy

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 106 20/09/19 13:24


Exercícios propostos
4. Determine o polinômio que representa o volume dos paralelepípedos.
a. b.

3x
2x

x+6 3x 2x + 8
2x

C O
O V
V = 3x · 3x · (x + 6) V = 2x · 2x · (2x + 8)
V = 9x³ + 54x² V = 8x³ + 32x²

C SI

MATEMÁTICA
O U
N L
c. d.

107
SI XC
EN O E x + 13 x+1

4x
6x
5x 2x
D US

V = 2x · 5x · (x + 13) V = 4x · 6x · (x + 1)
A E

V = 10x³ + 130x² V = 24x³ + 24x²


E
EM L D

5. O volume V de um bloco
5. Avaliação Nacional
ST IA

retangular é obtido pelo


Um arquiteto está desenvolvendo um projeto de reservatório de água em forma de bloco retangular. produto das medidas das
De acordo com seus estudos, dada uma medida x qualquer, as medidas de suas três dimensões devem três dimensões. Logo:
SI ER

seguir as características dadas no esboço seguinte: V = 2x · x² · (4x − 1)


V = 2x³ · (4x − 1)
V = 8x4 − 2x³
AT
M

3x

4x – 1
x2

Considerando que essas sejam as dimensões internas, o volume desse reservatório será dado pela
expressão
a. 8x4 − 1 b. 8x³ − 1 c. 8x³ − 2x³ d. 8x4 − 2x³ e. x² + 6x − 1

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CAPÍTULO 6
Módulos 31 e 32 | Multiplicação de polinômio por polinômio

Exercícios de aplicação
Aproveitar situações como a 1. As medidas de comprimento e largura do retângulo a seguir têm como referência uma variável x.
mostrada no exercício 1 para
retomar e ampliar o cálculo
de área explorado no capítu-
lo anterior.

3x – 1

C O
O V
C SI
CAPÍTULO 6

2x + 5

O U
Calcule o polinômio, em sua forma simplificada, que indica a área dessa figura.

N L
108

SI XC
A = (2x + 5) · (3x − 1)
A = 6x² − 2x + 15x − 5
A = 6x² + 13x − 5
EN O E A área é dada por 6x² + 13x − 5.

2. Calcule cada produto de polinômio, escrevendo-o na forma simplificada.


D US

a. (2x² + 3y) · (x² − 2y + 1)

2x4 − 4x²y + 2x² + 3x²y − 6y² + 3y =


A E

= 2x4 − x²y + 2x² − 6y² + 3y


E
EM L D

b. (x² − 5) · (2x − 3y − 5)
ST IA

2x³ − 3x²y − 5x² − 10x + 15y + 25


SI ER
AT

c. (a + b + c) · (a − b − c)
M

a² − ab − ac + ab − b² − bc + ac − bc − c² =
= a² − b² − c² − 2bc

d. (2a − b − 3) · (3a + b + ab − 1)

6a² + 2ab + 2a²b − 2a − 3ab − b² − ab² + b − 9a − 3b − 3ab + 3 =


= 6a² − b² − ab² + 2a²b − 4ab − 11a − 2b + 3

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 108 20/09/19 13:24


3. Avaliação Nacional No exercício 3, temos: (2x² + 3y) · (x² − 2y + 1) =
Considere o seguinte produto de polinômios: = 2x4 − 4x²y + 2x² + 3x²y − 6y²+ 3y =
= 2x4 − x²y + 2x² − 6y² + 3y
(2x² + 3y) · (x² − 2y + 1)

Desenvolvendo esse produto e escrevendo-o em sua forma reduzida, chega-se ao polinômio


a. 2x4 + x²y + 2x² − 5y² + 4y
b. 3x4 − x²y + 2x² − 6y² + 3y
c. 2x4 − x²y + 2x² − 6y² + 3y

C O
d. 2x4 − x²y + 2x² + 6y² + 3y
e. x4 + x²y + 2x² − 6y² − 3y

O V
C SI

MATEMÁTICA
Exercícios propostos

O U
4. Desenvolva os cálculos a seguir com polinômios. O item b do exercício 4
merece maior atenção, em

N L
a. (x − y) · (x + 2) + (x + y) · (x − 2) função da subtração envol-

109
vida. Deixar que os alunos

SI XC
o resolvam sem esse alerta,
x² + 2x − xy − 2y + x² − 2x + xy − 2y = mas verificar cada resolução
= 2x² − 4y individualmente durante
EN O E a correção, destacando a
importância do uso dos pa-
rênteses.
D US

b. (a + b) · (a + 2) − (a − b) · (a − 2)

a² + 2a + ab + 2b − (a² − 2a − ab + 2b) =
= a² + 2a + ab + 2b − a² + 2a + ab − 2b =
A E

= 4a + 2ab
E
EM L D

5. Avaliação Nacional 5. O volume V de um bloco


ST IA

retangular é dado pelo pro-


No estudo das medidas de um bloco retangular, adotou-se uma medida x como padrão. Com base duto das medidas de suas
nessa medida, considerou-se que o comprimento desse bloco mede o triplo de x, a altura mede 2 três dimensões:
SI ER

unidades a menos que x e a largura mede 2 unidades a mais que o dobro da medida x. Com isso, V = 3x · (x − 2) · (2x + 2)
obtém-se a figura dada no rascunho a seguir. V = (3x² − 6x) · (2x + 2)
V = 6x³ + 6x² − 12x² − 12x
AT

V = 6x³ − 6x² − 12x

x–2
M

2x + 2
3x

O polinômio que representa o volume desse sólido é dado por


a. 6x³ + 6x² − 12x
b. 6x³ − 6x² − 12x
c. x³ − x² − 12x
d. −9x² − 12x
e. −9x² − 6x

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CAPÍTULO 6
Módulos 33 e 34 | Divisão de polinômio por monômio

Exercícios de aplicação
1. Calcule cada quociente nas divisões entre monômios.

a. (45a¹¹) ÷ (−9a9) = −5a²

b. (18x5y²) ÷ (3x4y²) = 6x

C O
c. (−33a5b³c) ÷ (−11a³b²c) = 3a²b

O V
d. (−27x8y³) ÷ (−x5y) = 27x³y²

C SI
e. (−63p7q6) ÷ (−21p³q²) = 3p4q4
CAPÍTULO 6

O U
f. (54a5b³) ÷ (−18a³) = −3a²b³

N L
2. Determine o quociente em cada divisão de um polinômio por um monômio.
110

a. (24x5 + 18x²) ÷ (6x²)

SI XC
(24x5 + 18x²) ÷ (6x²) = (24x5) ÷ (6x²) + (18x²) ÷ (6x²) =
EN O E = 4x³ + 3

b. (x5y³ − 18x²y²) ÷ (−xy)


D US

(x5y³ − 18x²y²) ÷ (−xy) = (x5y³) ÷ (−xy) + (−18x²x²) ÷ (−xy) =


= −x4y² + 18xy
A E
E
EM L D

c. (18x6 − 6x² − 3x) ÷ (3x)

(18x6 − 6x² − 3x) ÷ (3x) = (18x6) ÷ (3x) + (−6x²) ÷ (3x) + (−3x) ÷ (3x) =
ST IA

= 6x5 − 2x − 1
SI ER

d. (x9 + x7 − x6 − x5) ÷ (−x5)


AT

(x9 + x7 − x6 − x5) ÷ (−x5) =


= (x9) ÷ (−x5) + (x7) ÷ (−x5) + (−x6) ÷ (−x5) + (−x5) ÷ (−x5) =
M

= −x4 − x² + x + 1

3. Por qual monômio devemos multiplicar (−7a²bc) para que se obtenha, como produto, o monômio
(−56a8b²c³)?

Sendo M o monômio procurado e aplicando a operação inversa, devemos ter:


M = (−56a8b²c³) ÷ (−7a²bc)
M = 8a6bc²

O monômio procurado é 8a6bc².

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 110 20/09/19 13:24


4. Breno precisou sair antes que terminasse a aula de Matemática, pois tinha
uma consulta. Depois do horário de aula, ele pediu que um colega enviasse
por aplicativo de troca de mensagens uma fotografia dos exercícios realizados . (3X 2
no final da aula. A aula revisava a multiplicação e a divisão de polinômios. Uma
) = 1 2X 4
– 6X 3 +
das fotos, entretanto, não estava enquadrada corretamente e um dos fatores 27 X 2
não apareceu. Veja ao lado.
Ele sabia que o exercício tratava de multiplicações de apenas dois fatores. Antes
de solicitar uma nova fotografia, Breno percebeu que poderia descobrir o fator
que não aparece, aplicando a operação inversa da multiplicação. Se ele calcular
corretamente, qual será o fator que não apareceu na fotografia?

C O
O V
Chamando de P o polinômio que não apareceu, podemos escrever:
P · (3x²) = 12x4 − 6x³ + 27x²

C SI

MATEMÁTICA
Aplicando a operação inversa (divisão), temos:
P = (12x4 − 6x³ + 27x²) ÷ (3x²)

O U
P = 4x² − 2x + 9

N L

111
O polinômio que não apareceu na fotografia é 4x² − 2x + 9.

SI XC
5. Determine o polinômio que indica
a medida da base do retângulo a
EN O E Chamando de P o polinômio que indica a medida da base do
seguir, sabendo que a área dessa retângulo, podemos escrever: P · (ab) = a²b² − ab²c
figura é dada por a²b² − ab²c. Aplicando a operação inversa (divisão), temos:
P = (a²b² − ab²c) ÷ (ab)
P = ab − bc
D US

ab

O polinômio que indica a medida da base é ab − bc.


A E

?
E
EM L D

Exercícios propostos
6. Considere os seguintes polinômios:
ST IA

A = 18x5 − 27x4 B = 3x³ C = −9x


SI ER

Com base nesses polinômios, calcule e simplifique o que se pede em cada item.
AT

(18x5 − 27x4) ÷ (3x³) − (−9x) =


a. A ÷ B − C = 6x² − 9x + 9x =
= 6x²
M

(3x³) + (18x5 − 27x4) ÷ (−9x) =


b. B + A ÷ C = 3x³ − 2x4 + 3x³ =
= 6x³ − 2x4

(18x5 − 27x4) ÷ (−9x) ÷ (3x³) =


c. A ÷ C ÷ B = (−2x4 + 3x³) ÷ (3x³) =

=− 2 x+1
3

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 111 20/09/19 13:25


CAPÍTULO 6
7. O volume do paralelepí- 7. Avaliação Nacional
pedo é o produto das três
dimensões. O volume de um aquário em forma de um paralelepí-
Dessa forma, dividindo-se
pedo retângulo é a²bc + ab²c + abc², e ab e c são o com-
o volume do paralelepípe- primento e a largura, respectivamente, como mostra a
do pelo produto das outras figura ao lado.
duas dimensões (compri-
mento e largura da base),
A medida da altura do aquário é
temos a medida da altura: a. a.
Altura = b. b.
(a²bc + ab²c + abc²) ÷ abc
c. c.

C O
Altura = a + b + c
d. a + b + c. c
ab
e. abc.

O V
C SI
CAPÍTULO 6

Módulos 35 e 36 | Divisão de polinômio por polinômio

O U
Exercícios de aplicação

N L
112

1. Tendo como base certa variável x, o comprimento de um re-

SI XC
tângulo é dado pela diferença entre o dobro dessa variável
e 1, como mostra o esboço. ?
Se a área dessa figura é dada pelo polinômio (2x² + x – 1), qual
EN O E
polinômio corresponde à medida da largura dessa figura?
2x – 1

2x2 + x – 1 2x – 1
D US

–2x2 + x x+1
2x – 1
–2x + 1
0
A E
E
EM L D

A largura é dada pelo polinômio (x + 1).


ST IA

2. Efetue cada divisão de polinômios, determinando o quociente e o resto. Em seguida, use a proprie-
SI ER

dade fundamental da divisão para conferir os resultados.


a. (x³ + x² − 11x + 3) ÷ (x − 3)

DIVISÃO
AT

Quociente = x² + 4x + 1
Resto = 6
M

VERIFICAÇÃO

(x − 3) · (x² + 4x + 1) + 6 =
= x³ + x² − 11x + 3

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 112 20/09/19 13:25


b. (6x³ + x² + 14x − 5) ÷ (3x − 1)

DIVISÃO

Quociente = 2x² + x + 5
Resto = 0

C O
O V
VERIFICAÇÃO

C SI

MATEMÁTICA
(3x − 1) · (2x² + x + 5) =
= 6x³ + x² + 14x − 5

O U
N L

113
SI XC
c. (2x³ + 3x² + 4x − 1) ÷ (2x² + x − 2)

EN O E DIVISÃO

Quociente = x + 1
Resto = 5x + 1
D US
A E

VERIFICAÇÃO
E
EM L D

(x + 1) · (2x² + x − 2) + (5x + 1) =
= 2x³ + 3x² + 4x − 1
ST IA
SI ER

d. (4x4 − 64) ÷ (2x² + 8)

DIVISÃO
AT

Quociente = 2x² − 8
Resto = 0
M

VERIFICAÇÃO

(2x² − 8) · (2x² + 8) =
= 4x4 − 64

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 113 20/09/19 13:25


Exercícios propostos
3. Considere os seguintes polinômios:

A = x² + 5x − 6
B=x−1
C=x+4

Com base nesses polinômios, calcule o quociente e o resto na divisão pedida em cada item.

C O
a. A ÷ B b. A ÷ C

O V
DIVISÃO DIVISÃO

C SI
CAPÍTULO 6

O U
x2 + 5x – 6 x – 1 x2 + 5x – 6 x + 4
–x2 + x x+6 –x2 – 4x x+1

N L
x–6
114

6x – 6

SI XC
–6x + 6 –x – 4
0 –10

EN O E
D US

Quociente: x+6 Quociente: x+1


A E

Resto: 0 Resto: -10


E
EM L D

4. Avaliação Nacional
4. O volume do sólido pode
ser obtido pelo produto da O volume do paralelepípedo reto retângulo é representado pelo polinômio
ST IA

área da base e da altura. V = 4x³ − 12x² + 19x − 15, e sua altura é representada pelo polinômio h = 2x – 3.
Assim:
SI ER

V=B∙h
(4x³ − 12x² + 19x − 15) = B · (2x − 3)

B = 4x³ − 12x² + 19x − 15


2x − 3
AT

B = 2x² − 3x + 5 h = 2x – 3
M

Portanto, o polinômio que representa a área da base é


a. 4x² − 6x + 10
b. 2x² − 3x + 5
c. 4x² + 6x + 10
d. 2x² + 3x − 5
e. 8x4 − 36x + 70x² − 87x + 45

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 114 20/09/19 13:25


Módulos 23 e 24
1. Simplifique cada um dos polinômios dados. Depois, nomeie a forma simplificada de cada um deles
como monômio, binômio ou trinômio.
x² − 3x + 5x − 6x² 9 + 2x² + 5x − 6 4x² − 5x + 6x² + 5x

C O
x² − 6x² − 3x + 5x = 2x² + 5x − 6 + 9 = 4x² + 6x² − 5x + 5x =

O V
= −5x² + 2x = 2x² + 5x + 3 = 10x²

C SI

MATEMÁTICA
O U
N L
Binômio Trinômio Monômio

115
SI XC
Módulos 25 e 26
2. Considerando A = 2x² + x − 4 e B = 3x² − 7x − 8, determine o valor de A + B.
EN O E
(2x² + x − 4) + (3x² − 7x − 8) = 2x² + x − 4 + 3x² − 7x − 8 = 5x² − 6x − 12
D US

A soma pedida é 5x² − 6x − 12.


A E

Módulos 27 e 28
E
EM L D

3. Ao efetuar uma subtração com polinômios, fazer uso ou não do sinal de parênteses é muito signifi-
cativo. Como exemplo, sendo A = 7x − 4 e B = 5x − 2, assinale qual cálculo a seguir permite calcular
corretamente o valor de A – B, resolvendo apenas o cálculo correto; no outro, escreva incorreto.
7x − 4 − 5x − 2 7x − 4 − (5x − 2)
ST IA

Incorreto Correto: 7x − 4 − 5x + 2 =
SI ER

= 2x − 2
AT

Módulos 31 e 32
M

4. Complete corretamente o polinômio equivalente à multiplicação dada.

(x + y) · (a + b − c) = ax + bx − cx + ay + by − cy

Módulos 33 e 34
5. Indique corretamente o quociente em cada divisão a seguir.
15x³y²
a. = 3x²y
5xy
ab² − a²b
b. = b−a
ab

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 115 20/09/19 13:25


POLINÔMIOS

C O
O V
C SI
CAPÍTULO 6

O U
N L
Operações com
116

SI XC
polinômios

EN O E
Adição de Subtração de
D US

polinômios polinômios
A E
E
EM L D

Multiplicação de Divisão de
ST IA

polinômios polinômios
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 02 MI DMUL DMAT C6_G2.indd 116 20/09/19 13:25


FUNTAP P/DREAMSTIME
GRUPO
ONSUMO
3 ECONOMIA E C

C O
O V
C SI
O U
N L
SI XC
EN O E
D US

“Como podemos alinhar a ética consumista com a ética ca-


pitalista do empresário, de acordo com a qual os lucros não
A E

devem ser desperdiçados, e sim reinvestidos na produção?


É simples. Como em épocas anteriores, existe hoje uma di-
E
EM L D

visão de trabalho entre a elite e as massas. Na Europa me-


dieval, os aristocratas gastavam o dinheiro despreocupada-
mente em luxos extravagantes, ao passo que os camponeses
levavam uma vida frugal, cuidando de cada centavo. Hoje, a
situação se inverteu. Os ricos gerenciam seus ativos e inves-
ST IA

timentos com muito cuidado, enquanto os menos abastados


se endividam comprando carros e televisores de que na ver-
SI ER

dade não necessitam.

A ética capitalista e a consumista são dois lados da mesma


moeda, uma combinação de dois mandamentos. O man-
damento supremo dos ricos é ‘invista!’. O mandamento su-
AT

premo do resto de nós é ‘compre!’. A ética capitalista-con-


sumista é revolucionária em outro aspecto. A maioria dos
sistemas éticos anteriores apresentava às pessoas um acor-
M

do muito difícil. Elas recebiam a promessa do paraíso, mas


só se cultivassem a compaixão e a tolerância, superassem o
desejo e a fúria e controlassem seus interesses egoístas. Isso
era difícil demais para a maioria. A história da ética é um
conto triste de ideais maravilhosos que ninguém consegue
colocar em prática.”

Yuval Noah Harari

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL INICIAIS_G3_P4.indd 3 17/09/19 14:16


M A PA I N T E R D I S C I P L I N A R

C O
Este mapa mostra ligação entre os conteúdos
das disciplinas, sendo ponto de partida para

O V
um trabalho interdisciplinar.

C SI
LÍNGUA
PORTUGUESA

O U
Textos normativos e

N L
reinvidicativos, proposta
política, preposição,

SI XC
MATEMÁTICA regência verbal e termos CIÊNCIAS
da oração DA NATUREZA
Ângulos e triângulos CS CN HI
EN O E Eletricidade

CN GE LP MA GE
D US
A E

EDUCAÇÃO GRUPO HISTÓRIA


FÍSICA
E
EM L D

Conscientização
corporal, ioga e pilates
3 Revolução Francesa e
Império Napoleônico
Economia e consumo
ST IA

LP GE CS
SI ER
AT

ARTE GEOGRAFIA
Arte comercial
M

Continente americano
e música
CIÊNCIAS
SOCIAIS
CS HI HI CN CS
Trabalho e
relações sociais

GE HI

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL INICIAIS_G3_P4.indd 10 17/09/19 14:16


MA
C O
O V
C SI
O U
N L
SI XC
EN O E
TE
D US


PÁG.

70 CAPÍTULO 7
Ângulos – De construções a propriedades
A E
E
EM L D

104 CAPÍTULO 8
Triângulos
ST IA
SI ER

TICA
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 69 20/09/19 13:36


CAPÍTULO

7 ÂNGULOS – DE CONSTRUÇÕES
A PROPRIEDADES

C O
O V
OBJETIVOS DO GRUPO

C SI
MATEMÁTICA

• Construir mediatriz,
bissetriz, ângulos de
90°, 60°, 45° e 30° e

O U
polígonos regulares,
utilizando instrumentos

N L
de desenho ou softwares
70

SI XC
de Geometria dinâmica.
• Descrever, por escrito
e por meio de um
fluxograma, um EN O E
algoritmo para a
construção de um
hexágono regular de
qualquer área, pela
D US

medida do ângulo
central e pela utilização
de esquadros e
compasso.
A E

• Identificar propriedades
de triângulos pela
E
EM L D

comparação de medidas
de lados e ângulos.
• Resolver problemas que
utilizam propriedades
ST IA

dos triângulos (soma


dos ângulos internos em
que cada ângulo externo
SI ER

é a medida da soma
dos dois internos não
adjacentes a ele).
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 70 20/09/19 13:36


Traçar ângulos com o auxílio de um transferidor é algo
esperado, pois a função básica desse instrumento é auxiliar
no traçado de ângulos, bem como medir um ângulo
já esboçado. Entretanto, podemos traçar uma grande
variedade de ângulos, de medida conhecida, apenas com
régua e compasso, como faziam geômetras da Antiguidade.

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

71
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

RAPIDEYE/ISTOCK

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 71 20/09/19 13:36


Considerando o estudo de Geometria Módulos 37 e 38
desta coleção, o primeiro capítulo do
7o ano propõe um trabalho sobre o
traçado de ângulos com o auxílio de
régua e compasso. Assim, espera-se
CONSTRUÇÃO DE ÂNGULOS E POLÍGONOS
que alguns alunos se lembrem des- O estudo de elementos da Geometria é muito antigo, tendo sua origem há
sas construções, facilitando o apren-
dizado. Verificar o que eles sabem a milênios, em diversas civilizações e culturas. Um estudo mais formal e or-
respeito deste conteúdo e comentar ganizado, entretanto, foi conduzido por Euclides de Alexandria, que teria
que alguns conceitos serão retomados
e aprofundados. vivido por volta de 300 a.C. Com muitas pesquisas, ele organizou o conheci-
Para estas aulas, os alunos precisam mento matemático à época. Diversos tipos de elementos geométricos, como

C O
ter instrumentos básicos de desenho,
como régua, compasso, esquadros e perpendiculares e alguns tipos de ângulos, eram feitos apenas com com-
transferidor. Apresentamos, também, passo e régua sem graduação.

O V
um breve estudo sobre a construção
de gráficos de setores, como forma de No ano anterior desta coleção, mostramos como é possível traçar alguns

C SI
recordar o cálculo de porcentagem e
CAPÍTULO 7

de retomar o uso desse instrumento. ângulos com o auxílio de régua e compasso, incluindo o traçado de bis-
setriz. Agora, vamos ampliar esse assunto, traçando polígonos regulares

O U
EXPLORE MAIS apenas com o auxílio desses dois instrumentos.

N L
Inicialmente, lembre-se de que:
72

O legado de Euclides

SI XC
Na atualidade, é fácil aces-
sar uma infinidade de co- Polígono regular é todo polígono que tem
nhecimentos. Com poucos lados e ângulos de mesma medida.
EN O E
cliques ou até mesmo com
um simples comando de
voz, acessamos centenas O triângulo equilátero é o polígono regular com menor número de lados.
de sites que se dedicam a
organizar o conhecimento Depois, temos o quadrado e, na sequência, infinitos polígonos regulares.
D US

que pretendemos alcan- Mostraremos processos práticos para traçar polígonos regulares com 3,
çar. Em tempos remotos,
entretanto, a realidade 4, 6, 8 e 12 lados.
era outra. Acesse o link e
A E

descubra um pouco mais


sobre Os elementos, uma
E
EM L D

coleção de livros escrita


por Euclides há mais de
dois mil anos, que orga-
nizou o conhecimento
matemático de sua época,
ST IA

auxiliando os matemáticos
de sua geração e das gera-
SI ER

ções seguintes.
Disponível em:
<coc.pear.sn/h8VaIHJ>.
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 72 20/09/19 13:36


Hexágono regular
Para cada um dos passos indicados, acompanhe na figura.
C B
1. Com a ponta seca do compasso em O e raio OA, traçar
a circunferência.
2. Com a ponta seca do compasso em A, abertura OA, traçar B.
3. Com a ponta seca do compasso em B, abertura OA, traçar C.
60O
4. Seguir de forma sucessiva até encontrar o ponto A. D A

C O
0
5. Traçar os segmentos unindo os pontos AB, BC, CD, DE, EF

O V
e FA.

C SI
Observe que o ângulo BÔA mede 60° e é chamado de ângu-

MATEMÁTICA
lo central. Sendo este um polígono regular de 6 lados, temos:

O U
E F

N L
Ângulo central do hexágono regular = 360° = 60°

73
6

SI XC
Dodecágono regular EN O E Mostrar aos alunos cada uma das cinco
O dodecágono é um polígono de 12 lados. Usamos, para sua construção, a construções, com uso de instrumentos
base do hexágono anterior. de desenho próprios para uso na lousa.
Outra opção é utilizar a lousa digital,
1. Repetir o processo anterior, dividindo a circunferência em 6 partes com sowares de Geometria dinâmica.
Assim, além das construções feitas em
D US

iguais. papel, com régua e compasso, os alu-


nos também poderão usar sowares,
2. Traçar as bissetrizes dos ângulos AÔB; BÔC; CÔD; DÔE; EÔF e FÔA. Com explorando ainda mais algumas dessas
isso, a circunferência fica dividida em 12 partes congruentes, poden- construções. Um desses sowares é o
Geogebra, que apresenta a versão para
A E

do-se, então, traçar o dodecágono regular. uso on-line, além de ser um aplicativo
gratuito. Nesse caso, explorar, inicial-
E

Para traçar a bissetriz:


EM L D

mente, o soware, procurando refazer


as construções da teoria nesse progra-
• com a ponta seca do compasso em A e com uma abertura qualquer, ma, para, depois, mostrar o resultado
traçar um arco; a eles. O traçado de linhas curvas, feito
com o compasso, pode ser obtido por
ST IA

• em seguida, em B, e com a mesma abertura anterior, traçar um segun- meio da construção de circunferências,
que, depois, serão ocultadas.
do arco, cruzando o primeiro no ponto G. A semirreta OG é a bissetriz
SI ER

de AÔB. Portanto, AÔG = 30°.


EXPLORE MAIS
B
AT

Euclides, a geometria
que tomou forma
G Para saber mais acesse:
M

<coc.pear.sn/ZyJxr1z>.

30O
A
0

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 73 20/09/19 13:36


Triângulo equilátero B
Para a construção do triân-
gulo equilátero, usamos, no-
vamente, a base do hexágo-
no anterior.
120O
1. Com a ponta seca do
A
compasso em O, abertu- C

C O
ra OA, traçar a circunfe-
rência.

O V
2. Dividir a circunferência

C SI
em 6 partes iguais.
CAPÍTULO 7

3. Com base em A, marcar C

O U
os pontos B e C alter-

N L
nados. Assim:
74

SI XC
AÔB = 60° + 60° = 120°

EN O E Quadrado
Para a construção do quadrado, usamos o traçado de perpendiculares.
1. Com a ponta seca do compasso em O e raio OA, traçar a circunferência.
D US

2. Com uma abertura qualquer do compasso, maior que OA, traçar dois
arcos, com a ponta seca em A e, depois, em C. O cruzamento dos arcos
forma o ponto E.
A E

3. Traçar a reta OE, determinando os pontos de intersecção B e D. A reta


E
EM L D

OE é perpendicular de CA no ponto O.
4. Traçar o quadrado ABCD, unindo A e B, B e C, C e D, D e A. O segmento
BD é a mediatriz do segmento AC. Portanto, AÔB ≡ BÔC = 90°.
ST IA
SI ER

B
AT
M

90O
C A
0

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 74 20/09/19 13:36


Octógono regular
A construção do octógono regular (polígono de oito lados)
toma como referência a construção anterior do quadrado e 1
o traçado de bissetriz.
3 B
1. Repetir o processo anterior, dividindo a circunferência F
em quatro partes iguais. E
2. Traçar as bissetrizes dos ângulos AÔB, BÔC e, em segui-

C O
da, as bissetrizes de CÔD e DÔA. Teremos, então, unin-
do os pontos na circunferência, um octógono – polígo-

O V
C 0 A
no de oito lados.

C SI

MATEMÁTICA
De forma alternativa, pode-se traçar apenas uma bisse-
triz, como a que determina o ponto E. Com o compasso e a

O U
H
abertura igual ao segmento EA, definimos o ponto H, por

N L
meio de A (ou de D). Traçando e prolongando essas duas G

75
D

SI XC
bissetrizes, definimos os demais vértices que permitem
construir o octógono.

Ângulo central e gráfico de setores


EN O E
Com o uso de transferidor, que nos permite determinar diversas medidas
de ângulo, é possível construir gráficos de setores, também popularmente
D US

conhecidos como gráficos de pizza, pela semelhança com essa iguaria.


Para a construção de um gráfico de setores, basta conhecer ou calcular a
medida de cada setor, traçando a circunferência e, por meio do seu centro,
A E

traçando a medida do ângulo relativo a cada setor. Como exemplo, conside-


re que uma pesquisa foi realizada com certo grupo de entrevistados sobre
E
EM L D

uma marca preferida de impressora. Três marcas foram pesquisadas, de-


nominadas de A, B e C. O quadro mostra a porcentagem de votos em cada
marca e o cálculo realizado para determinar o ângulo referente ao setor
ST IA

relativo a cada uma delas.


MARCA PORCENTAGEM DE VOTOS CÁLCULO PARA DETERMINAR O ÂNGULO
SI ER

A 25% 0,25 · 360° = 90°


B 55% 0,55 · 360° = 198°
AT

C 20% 0,20 · 360° = 72°


M

PREFERÊNCIA POR MARCA DE IMPRESSORA

72o 90o Marca A


Marca B

198o o
198 Marca C

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 75 20/09/19 13:36


Retomamos nos módulos 39 e 40 o es- Módulos 39 e 40
tudo já apresentado nesta coleção, no
início do 7o ano. Considerar a impor-
tância de os alunos conhecerem uni-
dades de medida de tempo e medidas
TEMPO E GRAU – A BASE 60
de ângulo, que usam como referência A medida do ângulo tem como referência a divisão de uma circunferência
a base sexagesimal, retomando esse
assunto, conforme o trabalho reali- (uma volta inteira) em 360 partes, denominadas graus (°), isto é, 360°.
zado no ano anterior. Atentar para
alunos novos, que ainda não tenham
Entretanto, há casos em que precisamos obter medidas menores que 1°
estudado essas unidades, sobretudo e, para isso, usamos seus submúltiplos: minuto (’) e segundo (”), com base
a divisão do grau.
nas seguintes relações:

C O
1º = 60’ e 1' = 60”

O V
C SI
CAPÍTULO 7

Esses submúltiplos do grau podem ser verificados em alguns polígonos


regulares cujo número de lados não é divisor de 360°.

O U
Como exemplo, considere o desenho de

N L
um polígono regular de 16 lados, como
76

SI XC
mostrado na figura. A medida do ângulo
central pode ser obtida dividindo-se 360°
EN O E por 16. Essa divisão pode ser feita da se-
guinte forma:

360° 16
D US


32° 22° 30’
? 40°

32°
A E

8° = 480’

480’
E
EM L D

0’

No cálculo anterior, veja que o resto de 8°


ST IA

é transformado em 480’, uma vez que


8 · 60’= 480’. Se houvesse resto dado em mi-
SI ER

nutos, transformaríamos para segundos,


continuando a divisão. Apenas se houver
resto em segundos, passamos a usar a base
AT

decimal, indicando décimos de segundo,


centésimos de segundo, milésimos de se-
M

gundo, e assim por diante.


NA PRÁTICA
Aplicações dos submúltiplos do grau
Alguns profissionais usam os submúltiplos do e 46° 28’ 10’’ Oeste. Esses submúltiplos do
grau com mais frequência, como é o caso dos grau, embora sejam difíceis de ser medidos
cartógrafos, que precisam lidar com medidas em ângulos traçados em uma folha de papel,
de latitude e longitude. Pilotos de avião e he- são muito úteis e perceptíveis em situações
licóptero, além de comandantes de embarca- que envolvem grandes circunferências ou gi-
ções, podem também fazer uso dessas medi- ros, como ocorre com o nosso planeta ou com
das. Como exemplo, temos que o aeroporto de o posicionamento de telescópios para observar
Guarulhos possui coordenada de 23° 25’ 55’’ Sul corpos no espaço.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 76 20/09/19 13:36


Deve-se ter atenção ao realizar cálculos com unidades de medida dadas Além dos exemplos de operações
dados no texto teórico, mostrar mais
na base 60 (sexagesimal). Afinal, há uma troca de 60 em 60, e não de 10 exemplos aos alunos, caso eles não se
em 10. Os múltiplos observados para o grau têm nomes iguais aos que são lembrem desse assunto, estudado no
início do ano anterior.
usados em medidas de tempo, embora a sigla seja diferente. Nas medidas
de tempo, temos minuto (min) e segundo (s), e, nas medidas de ângulo,
temos minuto (’) e segundo (”). As trocas e operações, entretanto, são feitas
da mesma forma nos dois casos.
Veja alguns exemplos de operações envolvendo medidas de tempo ou de

C O
ângulo e como as transformações ocorrem.

O V
C SI
a. (2h42min16s) + (1h25min55s) b. (20° 30’ 25’’) – (10° 40’ 52’’)

MATEMÁTICA
2h 42min 16s 89’

O U
+
1h 25min 55s 19° 90’ 85”

N L
3h 67min 71s
20° 30’ 25”

77
1min –60s –

SI XC
3h 68min 11s 10° 40’ 52”
1h –60min 9° 49’ 33”
EN O E
4h 8min 11s

Sobre o texto indicado no boxe “Gru-


po temático”, verificar se os alunos
Atenção! Nesses dois exemplos, veja que, apesar de realizarmos trocas conhecem o gerador movido a diesel.
D US

na base 60, as operações para cada unidade são feitas na base 10 (decimal). Pedir ao professor de Ciências que
comente esse tipo de transformação
de energia.

GRUPO TEMÁTICO
A E

Grandezas e medidas

MIROSLAV110/ISTOCK
E
EM L D

O uso de unidades de medida de base


decimal e sexagesimal também pode
ocorrer na razão entre grandezas. Um
exemplo é o consumo médio de um
ST IA

gerador de energia movido a diesel.


Esse tipo de equipamento pode ser
usado para gerar energia temporária,
SI ER

como em shows, e também para for-


necer energia elétrica emergencial,
como em hospitais.
Considere que certo gerador con-
AT

sumiu 60 litros de diesel em 1 hora e


30 minutos de funcionamento. Seu
consumo médio foi de 40 litros por
M

h (40 L/h). Veja o cálculo.


1 hora e 30 minutos = 1,5 h
Consumo médio =

= quantidade (L) = 60 (L) = 40 L/h


tempo (h) 1,5 (h)

Modelo de gerador de energia de emergência movido a diesel.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 77 20/09/19 13:36


A ideia tratada nos módulos 41 e 42 Módulos 41 e 42
tem como finalidade preparar os alu-
nos para os próximos módulos, em
que as retas cortadas pela transversal
são paralelas. Assim, é importante en-
ÂNGULOS FORMADOS PELO CRUZAMENTO DE RETAS
fatizar a classificação dos ângulos, que Um ângulo, por definição, é
será retomada posteriormente. s
formado por duas semirre-
tas de mesma origem. En-
tretanto, podemos encon- 1̂
trar a formação de ângulos 2̂
r

C O
no cruzamento de duas re-
tas, como mostra a figura.

O V


Nela, temos o cruzamento

C SI
CAPÍTULO 7

das retas r e s, com destaque


para dois pares de ângulos

O U
opostos pelo mesmo vértice

N L
(O.P.V.): 1̂ e 4̂; 2̂ e 3̂.
78

SI XC
Nessa situação, temos que os ângulos O.P.V. são congruentes, isto é, apre-
sentam a mesma medida. Assim: 1̂ = 4̂ e 2̂ = 3̂. Essa relação é simples, mas
EN O E muito importante no estudo que apresentamos neste capítulo.
Outra situação existente no estudo da Geometria plana é a ideia de reta
transversal. De maneira geral, quando, em um mesmo plano, temos duas
retas quaisquer e uma terceira reta, desse mesmo plano, cortando essas
D US

duas em pontos distintos, dizemos que essa reta é uma transversal. Ao


cortá-las, a transversal determina com elas oito ângulos. Veja na figura a
transversal t e os oitos ângulos formados com as retas r e s.
A E
E
EM L D

1
ST IA

2
3
r
SI ER

5 4

6
AT

s
7

8
M

Nessa figura, dizemos que:


• os ângulos 1̂, 2̂, 7̂ e 8̂ são chamados “ângulos externos”, pois pertencem
à região externa às retas r e s;
• os ângulos 3̂, 4̂, 5̂ e 6̂ são chamados “ângulos internos”, pois pertencem
à região interna às retas r e s.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 78 20/09/19 13:36


A figura seguinte destaca as chamadas regiões “interna” e externa” citadas
anteriormente.

Região externa

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
r

O U
N L

79
SI XC
Região interna
s

EN O E
D US

Região externa
A E

Agrupando os oito ângulos aos pares, conforme a localização, podemos


E
EM L D

nomeá-los dois a dois, da seguinte forma:


ST IA

t
1̂ e 5̂
• ângulos correspondentes � 2̂ e 6̂
SI ER

3̂ e 7̂ 1
4̂ e 8̂
2
• ângulos alternos internos � 3̂ e 6̂
AT

4̂ e 5̂ 3
r
4
� 1̂2̂ ee 7̂8̂
5
• ângulos alternos externos
M

6
s
• ângulos colaterais internos � 3̂4̂ ee 6̂5̂ 7

8
• ângulos colaterais externos � 1̂2̂ ee 8̂7̂

Nessa figura, temos a formação de quatro pares de ângulos opostos pelo vér-
tice. Lembre-se de que, em cada um desses pares, os ângulos são congruentes.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 79 20/09/19 13:36


Módulos 43, 44 e 45

RETAS PARALELAS INTERCEPTADAS POR


UMA TRANSVERSAL
A situação mostrada nos módulos anteriores sobre a transversal tem um
caso específico: retas paralelas cortadas por uma transversal. Esse caso
apresenta algumas curiosidades sobre os ângulos formados, que mostra-
remos em detalhes a seguir. Observe.

C O
• Se uma reta transversal intercepta duas retas paralelas, os ângulos cor-

O V
respondentes, por ela determinados, são congruentes.

C SI
CAPÍTULO 7

t

O U
2̂ r

N L

80

SI XC

6̂ s

EN O E 7̂ 8̂

Sendo r // s e t uma transversal, temos:


D US

2̂ = 6̂
� 4̂ = 8̂
1̂ = 5̂
A E

3̂ = 7̂
E
EM L D

• Se uma reta transversal intercepta duas paralelas, os ângulos alternos,


sejam eles externos ou internos, são congruentes.
ST IA

ÂNGULOS ALTERNOS INTERNOS ÂNGULOS ALTERNOS EXTERNOS


SI ER

t t
1̂ 1̂
2̂ 2̂
AT

r r
3̂ 3̂
4̂ 4̂
M

5̂ 5̂
6̂ 6̂
s s
7̂ 7̂
8̂ 8̂

Sendo r // s e t uma transversal, temos:

� 3̂ = 6̂ � 1̂2̂ == 8̂7̂
4̂ = 5̂

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 80 20/09/19 13:36


• Se uma reta transversal intercepta duas paralelas, temos a formação
de ângulos colaterais externos e ângulos colaterais internos. Entende-
-se por “colateral” o ângulo formado de um mesmo lado da transversal,
interna ou externamente à região formada entre as retas paralelas. Veja
em destaque a seguir.

Ângulos colaterais internos

C O
t

O V

C SI

MATEMÁTICA

r

O U

N L

81
SI XC


EN O E s


D US
A E

t
E
EM L D



r
ST IA



SI ER


AT


s
M


Temos que 3̂ e 5̂ são colaterais internos, da mesma forma que 4̂ e 6̂. Além
disso, esses pares de ângulos são suplementares, isto é:

3̂ + 5̂ = 180º
� e
4̂ + 6̂ = 180º

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 81 20/09/19 13:36


Ângulos colaterais externos



r

C O

O V
C SI
CAPÍTULO 7

O U

N L
82

SI XC


EN O E
t
D US



A E

r
E
EM L D



ST IA


SI ER

s
AT



M

Temos que 1̂ e 7̂ são colaterais externos, da mesma forma que 2̂ e 8̂. Além
disso, esses pares de ângulos são suplementares, isto é:

1̂ + 7̂ = 180º
� e
2̂ + 8̂ = 180º

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 82 20/09/19 13:36


É importante lembrar-se das regras seguintes. O uso de softwares de edição de
imagem pode auxiliar os alunos no
estudo dos ângulos formados em re-
tas paralelas cortadas por uma trans-
1. Os ângulos opostos pelo vértice são congruentes; do desenho anterior, temos: versal. Projetando em uma lousa uma
1̂ = 4̂ figura padrão desse tipo, pode-se

2̂ = 3̂ selecionar um dos cruzamentos e
5̂ = 8̂ deslocá-lo até o outro cruzamento,
6̂ = 7̂ sobrepondo os ângulos. Destacar
que, embora não se provem as rela-
2. Os ângulos suplementares têm a soma de suas medidas igual a 180°. Ainda na ções mostradas, é uma forma práti-
ca de verificar as congruências ou a
figura anterior, são suplementares: existência de ângulos suplementares.

C O
r⌒t → 1̂ e 2̂; 2̂ e 4̂; 1̂ e 3̂; 3̂ e 4̂

O V
s⌒t → 5̂ e 6̂; 6̂ e 8̂; 5̂ e 7̂; 7̂ e 8̂

C SI
Observação

MATEMÁTICA
A escrita r⌒t indica “intersecção das retas r e t”, identificando os ângulos forma-

O U
dos nesse cruzamento. A mesma ideia se aplica em s⌒t.

N L
Há situações em que temos mais de uma transversal interceptando duas

83
SI XC
retas paralelas. Ainda assim, podemos usar as ideias anteriores para des-
cobrir algumas medidas de ângulos. Veja, no exemplo a seguir, como pode-
mos determinar a medida x desconhecida.
EN O E
75o
D US

r // s


A E

145o
E
EM L D

s
ST IA

Pelo vértice de x̂ traçamos a reta v, paralela às retas r e s. O ângulo x̂ fica,


SI ER

então, decomposto nos ângulos ŷ e ẑ.


AT

75o
r
M


v

145o
35o
s

Como as retas r e v são paralelas, concluímos que y = 75° (ângulos corres-


pondentes).
E como as retas v e s são paralelas, z = 35° (ângulos alternos internos).
Logo, como x̂ = ŷ + ẑ, concluímos que 75° + 35° = 110°.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 83 20/09/19 13:36


CAPÍTULO 7
ÂNGULOS – DE CONSTRUÇÕES A PROPRIEDADES
Módulos 37 e 38 | Construção de ângulos e polígonos

Exercícios de aplicação
O exercício 1 procura reto- 1. Com base nas construções mostradas no texto teórico, use régua e compasso para reproduzi-las
mar as cinco construções de acordo com o que se pede em cada item, seguindo os passos dados. Considere o ponto O como
mostradas no texto teórico.
É importante permitir que
centro da circunferência usada como base, sendo OA o raio dessa circunferência.
os alunos tentem seguir os a. Triângulo equilátero

C O
passos indicados no texto,
procurando lembrar-se de
como os exercícios foram

O V
feitos na lousa. Observar os
que necessitam de auxílio em

C SI
relação à coordenação moto-
CAPÍTULO 7

ra no uso dos instrumentos.

O U
A
O

N L
84

SI XC
EN O E
b. Quadrado
D US
A E
E
EM L D

A
O
ST IA
SI ER
AT

c. Hexágono regular
M

A
O

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 84 20/09/19 13:36


d. Octógono regular

A
O

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L
e. Dodecágono regular

85
SI XC
EN O E
A
D US

O
A E
E
EM L D

2. Com base na construção dos polígonos regulares no exercício anterior, use régua e compasso para No exercício 2, os alunos
traçar um ângulo com as medidas solicitadas. devem perceber que será
traçado apenas um trecho
ST IA

do polígono, referente a um
a 60° de seus ângulos internos.
SI ER
AT

60°
M

b. 45°
Traçar a bissetriz de 90°.

45°

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 85 20/09/19 13:36


CAPÍTULO 7
3. De acordo com o quadro, 3. Avaliação Nacional
20% dos entrevistados es-
colheram uva como o sabor O quadro seguinte apresenta o resultado de uma pesquisa que a dona de uma cantina escolar rea-
preferido. Sendo 360° uma lizou com os alunos de um colégio.
volta completa, devemos
considerar 20% de 360°. PREFERÊNCIA POR SABOR
Assim:
20% de 360° = 0,20 · 360° = Porcentagem de votos em relação ao total
= 72º
Sabor de suco Laranja Uva Limão Abacaxi
Portanto, o ângulo do setor
procurado deverá medir 72°. Porcentagem de votos 45% 20% 15% 20%

C O
Foram citados quatro sabores diferentes como preferidos, sendo indicado um sabor por entrevis-

O V
tado. A dona da cantina deseja, com isso, direcionar a compra de frutas para fazer sucos naturais.
Para visualizar melhor os resultados de sua pesquisa, ela criará um gráfico de setores referente aos

C SI
dados da pesquisa. Nesse caso, o setor referente à porcentagem de votos no sabor uva deverá medir
CAPÍTULO 7

a. 72° b. 62° c 54° d. 36° e. 20°

O U
N L
Exercícios propostos
86

SI XC
4. Use régua e compasso para construir um ângulo de 30°.

EN O E Traçar a bissetriz de 60°.


D US
A E
E
EM L D

30°
ST IA

5. Avaliação Nacional
SI ER

5. Basquete recebeu 25%


dos votos. Nesse caso:
Um professor de Educação Física realizou uma pesquisa com seus alunos sobre preferência por tipo
25% de 360° = 0,25 · 360° =
= 90°.
de esporte. Com isso, pretendia iniciar um projeto de formação de times no colégio. Três esportes
foram citados, conforme o resultado da tabela a seguir.
AT

ESPORTE PORCENTAGEM DE VOTOS EM RELAÇÃO AO TOTAL


M

Futebol 40%
Basquete 25%
Vôlei 35%

Agora, ele pretende construir um gráfico de setores com base nas informações dessa tabela. Nesse
caso, o setor referente ao basquete deverá apresentar um ângulo central com medida de
a. 25°
b. 35°
c. 90°
d. 126°
e. 144°

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6. Silvana tentou desenhar um ângulo de 60° dividindo uma circunferência em seis partes congruentes. Sobre o exercício 6, se julgar
Depois, traçou um hexágono regular unindo os pontos obtidos na circunferência e, finalmente, traçou interessante, pedir aos alu-
nos que façam o desenho
as diagonais do polígono. Vendo que o desenho estava bonito, aproveitou e coloriu-o. Observe. em uma folha separada para
expor em um mural.

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L
Agora é com você! Inspire-se na figura anterior e crie um desenho, partindo da divisão de um círculo

87
SI XC
em seis setores iguais.

EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 87 20/09/19 13:36


CAPÍTULO 7
O exercício 7 apresenta uma 7. Há muitas formas alternativas de desenhar um polígono regular, como o hexágono, sendo algumas
forma alternativa de cons- mais simples e diretas, outras com mais passos. É possível usar apenas régua e compasso, como
trução do hexágono regular.
Não se trata de uma constru-
mostramos anteriormente, mas pode-se também associar outros instrumentos, como o esquadro
ção mais simples, feita ape- de 60°. A seguir, há um esquema mostrando os passos para a construção de um hexágono regular
nas com compasso e régua, usando compasso, régua e esquadro de 60°.
mas de uma forma alternati-
va, que pode ser usada caso
Acompanhe com atenção os passos e, depois, faça o que se pede.
não haja um compasso, e
sim uma circunferência de
centro conhecido (passo 1
já pronto). É importante per-
mitir que os alunos tentem

C O
compreender o fluxograma,
escrevendo com as próprias

O V
palavras o passo a passo. 0
Na correção, pedir a eles

C SI
que padronizem a resposta,
CAPÍTULO 7

caso seja necessário. Outra


opção é aplicar este exercí-

O U
cio em aula, solicitando-lhes 1 2 3
que expliquem cada passo, à

N L
medida que se faz a constru-
ção na lousa.
88

SI XC
EN O E
D US

4 5 6
A E
E
EM L D
ST IA

7
SI ER

a. Escreva, para cada passo, qual foi a construção realizada.

1. Traçar uma circunferência com centro O e raio qualquer.


AT

2. Traçar um diâmetro da circunferência.


M

3 e 4. Posicionar o vértice com ângulo de 60° do esquadro no centro O, alinhando um dos lados com o diâmetro
traçado. Apoiar a régua no esquadro e traçar um novo diâmetro.

5 e 6. Repetir o passo anterior, mas com o esquadro posicionado de forma simétrica em relação à posição anterior.
Traçar um terceiro diâmetro.

7. Unir os seis pontos determinados pelos diâmetros na circunferência.

b. Refaça essa construção em uma folha separada ou em seu caderno.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 88 20/09/19 13:36


Módulos 39 e 40 | Tempo e grau – A base 60

Exercícios de aplicação
1. Estudando a construção de polígonos regulares, um estudante ficou curioso em tentar descobrir a Se achar necessário, resolver
medida x do ângulo central de um heptágono, em destaque na figura. o exercício 1 com os alunos.

C O
O V
x

C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

89
SI XC
Considerando a subdivisão do grau em minutos (’) e segundos (”) e sabendo que, abaixo de 1'' (um
segundo), a divisão ocorre na base decimal, determine a medida de x com aproximação de três casas
EN O E
decimais nos segundos.

360° 7

D US

357° 51° 25’ 42,857’’


3°=180’

175’
5’ = 300’’

294’’
A E

60’’

E
EM L D

56’’
40’’

35’’
50’’

ST IA

49’’
1’’
SI ER
AT
M

A medida x é de aproximadamente 51° 25’ 42,857”.

2. O planeta Terra gira em torno do próprio eixo num movimento chamado de rotação. No tempo de
1 hora, o planeta faz um giro correspondente a 1 do giro completo. Qual é a medida do ângulo
correspondente a esse giro? 24

360° ÷ 24 = 15°

O ângulo pedido é de 15°.

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CAPÍTULO 7
No exercício 3, destacar a 3. Para nós, que estamos no planeta Terra, pode não parecer que sua velocidade de translação, que é o
magnitude da velocidade giro em torno do Sol no período de 1 ano, seja bem alta. Essa trajetória não é perfeitamente circular,
dada, comparando-a, por
exemplo, à velocidade de
pois a Terra está um pouco mais próxima do Sol, ou mais distante, de acordo com a época do ano.
veículos, que é algo mais Dependendo de sua distância em relação ao Sol, sua velocidade é de aproximadamente 30 km/s.
fácil de ser considerado na Escreva essa velocidade em quilômetros por hora (km/h).
comparação.

Considerando que 1 h = 3 600 s, temos:

30 km 30 km 108 000 km
= = 30 ∙ 3 600 = = 108 000 km/h

C O
1s 1 1h
3 600

O V
C SI
CAPÍTULO 7

A velocidade é de aproximadamente 108 000 km/h.

O U
N L
4. Considere uma roda-gigante for-
90

SHAUNL/ISTOCK
SI XC
mada por 15 aros. Para a sua cons-
trução, é necessário que os ângulos
centrais sejam muito bem medi-
EN O E dos, para distribuir as cadeiras uni-
formemente. Assim, responda ao
que se pede.
a. Qual deve ser a medida de cada
um dos ângulos centrais dessa
D US

roda-gigante?
A E

360° : 15 = 24°
E
EM L D

A medida de cada ângulo central dever ser de 24°.


ST IA
SI ER

b. Caso a roda-gigante tivesse 21 aros, qual deveria ser a medida aproximada de cada ângulo
central? (Utilize apenas a base 60, com indicação em graus, minutos e segundos.)
AT

360° 21

357° 17° 8’ 34’’
3°=180’

M

168’
12’ = 720’’

714’’
6’’

Cada ângulo central deveria medir aproximadamente 17° 8’ 34’’.

5. Quantos minutos há em 1 dia?


Há 1 440 minutos em 1 dia (60 ∙ 24 = 1 440).

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 90 20/09/19 13:36


6. Avaliação Nacional 6. Adicionando o tempo dos
dois filmes, incluindo o in-
O funcionário de um canal de televisão especializado na projeção de filmes separou dois filmes para tervalo de 5 minutos, temos:
exibir no começo de uma tarde. Um deles tem um tempo total de 119 min, e o outro tem um tempo 119 min + 5 min + 128 min =
de duração de 128 min. Entre a exibição do primeiro e do segundo filme haverá um intervalo de 5 = 252 min
minutos. Logo, o tempo total necessário para exibir os dois filmes inteiros será de Dividindo 252 minutos em
a. 2 horas e 47 minutos. grupos de 60 minutos, en-
contramos o tempo em ho-
b. 2 horas e 52 minutos. ras e minutos:
c 4 horas e 2 minutos. 252 60

d. 4 horas e 7 minutos. 240 4

C O
e. 4 horas e 12 minutos. 12

O V
Portanto, temos um tempo
de 4 horas e 12 minutos.
Exercícios propostos

C SI

MATEMÁTICA
7. Um policial rodoviário pretende verificar qual é a velocidade de um carro em certo trecho da estra-

O U
da. Para isso, ele fez duas marcações no asfalto em uma longa descida. As duas marcações estão

N L
distantes 200 m entre si. Observando um veículo que passava pelo local, ele verificou que o carro

91
percorreu o trecho de 200 m em 5 segundos. Qual era a velocidade média desse veículo em km/h?

SI XC
200 m
= 40 m/s
EN O E
5s
40 m 0,040 144 km
= = 0,040 × 3 600 = = 144 km/h
1s 1 1h
3 600
D US
A E
E
EM L D

A velocidade média desse veículo era de 144 km/h.

8. Avaliação Nacional 8. Tempo total (Ricardo):


JACOBLUND/ISTOCK

2h32min44s
ST IA

Um grupo de atletas participou


Tempo total (Breno):
de uma prova de triátlon. Nessa 2h33min17s
prova, eles participaram, de forma
SI ER

Diferença: (2h33min17s) –
ininterrupta, de três modalidades – (2h32min44s) =
esportivas: natação, ciclismo e cor- = (2h32min77s) –
rida. Veja os tempos obtidos pelos – (2h32min44s) = 33 s
AT

atletas Ricardo e Breno em cada


uma das três modalidades.
M

RICARDO BRENO
Natação 25min49s 26min19s
Ciclismo 1h18min43s 1h16min51s
Corrida 48min12s 50min7s

Qual foi a diferença no tempo total entre os atletas Ricardo e Breno após a conclusão das três mo-
dalidades esportivas?
a. 1min3s b. 2min47s c. 33 s d. 3 s e. 57 s

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CAPÍTULO 7
Módulos 41 e 42 | Ângulos formados pelo cruzamento de retas

Exercícios de aplicação
O exercício 1 apresenta a 1. Ao se cruzar duas retas, além dos ângulos opostos pelo vértice, temos também a presença de ân-
ideia de ângulos suplemen- gulos suplementares, que são aqueles cuja soma das medidas é 180°. Sobre essa ideia, observe a
tares. É importante discutir
essa ideia com os alunos,
figura a seguir, formada pelo cruzamento das retas r e s. Depois, responda ao que se pede.
pois será aplicada ao longo
deste capítulo. s

C O
1

O V
2

C SI
CAPÍTULO 7

O U
3 r

N L
92

SI XC
4

EN O E a. Identifique e escreva quais são os pares de ângulos opostos pelo vértice.


1̂ e 4̂; 2̂ e 3̂

b. Identifique e escreva todos os pares de ângulos suplementares.


1̂ e 2̂ ; 1̂ e 3̂; 2̂ e 4̂; 3̂ e 4̂
D US

c. Se o ângulo 1̂ mede 115°, determine a medida de cada um dos outros três ângulos.

4̂ = 1̂ = 115°
A E

2̂ = 3̂ = 180° – 115° = 65°


E
EM L D

4̂ = 115°; 2̂ = 65°; 3̂ = 65°


ST IA

2. Determine a medida do ângulo correspondente à letra x na expressão que identifica a medida do


ângulo formado pelo cruzamento de duas retas.
SI ER
AT

45º
3x – 90º
M

3x – 90° = 45°
3x = 45° + 90°
3x = 135°
x = 45°

A medida de x é 45°.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 92 20/09/19 13:36


3. Na figura, os dois ângulos em des-
taque são suplementares. Calcule
a medida do ângulo correspon- 9x + 35º
dente à letra x. 55º

A B C

9x + 35° + 55° = 180°

C O
9x + 90° = 180°
9x = 180° - 90°

O V
9x = 90°
x = 10°

C SI

MATEMÁTICA
O U
A medida de x é 10°.

N L

93
SI XC
4. Na montagem de trilhos de trens, é muito importante que eles sejam paralelos para que o trem não
descarrile. Entretanto, na montagem dos trilhos indicada na figura a seguir, o ângulo a = 90° e o b = 88°.
Com isso, responda ao que se pede.
EN O E
Dormente
D US

â Trilhos
A E
E
EM L D

Oeste Leste

ST IA
SI ER
AT

Em situações como a mos-


trada no exercício 5, incen-
a. Se não corrigissem o erro, os trilhos se encontrariam no leste ou no oeste?
tivar os alunos a substituir
Eles se encontrariam no leste. o valor de x nas duas ex-
M

pressões, a fim de verificar


b. Na figura, considerando-se que o dormente representa uma reta r e que os trilhos representam a igualdade.
as retas s e t, o que a reta r é em relação às retas s e t?
5. Sendo os ângulos opostos
É uma transversal. pelo vértice, temos:
3x + 6° = 2x + 24°
5. Dois ângulos opostos pelo vértice têm suas medidas dadas pelas expressões 2x + 24° e 3x + 6°. Qual 3x – 2x = 24° – 6°
é a medida de cada um desses ângulos? x = 18°
a. 18° Para x = 18°:
b. 30° 2 · 18° + 24° = 36° + 24° = 60°

c. 60° ou
3 · 18° + 6° = 54° + 6° = 60°
d. 84°
Portanto, cada um dos ângu-
e 96° los mede 60°.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 93 20/09/19 13:36


CAPÍTULO 7
6. Considere a figura seguinte, na qual as retas r, s e t são transversais.

b̂ â

C O

O V
ê

C SI
CAPÍTULO 7

s
f̂ ĝ

O U
N L
94

SI XC
Com base nos ângulos destacados, responda ao que se pede.
a. Que pares de ângulos são alternos externos?
EN O E â e f̂ ; b̂ e ĝ

b. Que par de ângulos é alterno interno?


ĉ e d̂

c. Que pares de ângulos são correspondentes?


D US

â e d̂; b̂ e ê; ĉ e f̂

d Que ângulos estão na região externa?


â, b̂, ĝ e f̂
A E

e. Dos ângulos assinalados, quais estão na região interna?


E
EM L D

ĉ, d̂ e ê

Exercícios propostos
ST IA

7. Sendo os pontos A, B e C 7. Na figura, os pontos A, C e B são colineares, ou seja, pertencem a uma mesma reta.
SI ER

colineares, os ângulos for-


mados com vértice em C são
suplementares. Assim:
10y + 5y – 30° = 180°
AT

15y = 210°
10y
y = 14°
M

5y – 30º

A B C

Nessas condições, em cada um dos dois ângulos, y deve medir


a. 6°
b. 10°
c. 14°
d. 40°
e. 140°

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 94 20/09/19 13:36


8. A figura mostra três retas concorrentes, duas a duas. Determine as medidas dos ângulos â, b̂ e ĉ.

130o

40o ĉ

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
â = 90° (suplemento de 90°)

O U
b̂ = 40° (OPV)
ĉ = 180° – 130° = 50°

N L

95
SI XC
EN O E
â = 90°, b̂ = 40° e ĉ =50°

9. Em cada figura, determine o valor de x, y e z. Para isso, não use o transferidor.


D US

a. s b.
x r s
r 47
o
x
A E

y 3z + 1o y + 62o 3
t
E
EM L D

72o 3y
110o
z
t
ST IA
SI ER

y = 47° 3y = y + 62º
x = 180° - y = 180° - 47° = 133° 2y = 62º
z = 180° - 72° = 108°
AT

y = 31º

3z + 1 + 110º = 180º
M

3z = 69º

z = 23º

x
+ 3y = 180º
3
x
+ 3 ∙ 31º = 180º
3
x
+ 93º = 180º
3
x
= 87º
3
x = 261º

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 95 20/09/19 13:36


CAPÍTULO 7
Módulos 43, 44 e 45 | Retas paralelas interceptadas por uma transversal

Exercícios de aplicação
No exercício 1, um dos obje- 1. Na figura seguinte, as retas r e s, paralelas, são cortadas por uma reta transversal t. Sobre essa figura,
tivos é que os alunos perce- responda ao que se pede.
bam que, dado um ângulo
dentre os oito formados
pelas paralelas cortadas por t
uma transversal, os demais b̂
serão congruentes ou suple- â

C O
mentares a esse ângulo. s

O V
C SI
ê
CAPÍTULO 7


r//s

O U

N L
96

SI XC
a. Identifique cada par de ângulos dados no quadro a seguir como congruentes ou suplementares.

b̂ e ê Congruentes â e ĥ Congruentes
EN O E d̂ e f̂ Suplementares ê e ĝ Congruentes

d̂ e ê Congruentes b̂ e ĥ Suplementares
D US

b. Considerando que â = 52°, determine as medidas dos demais ângulos, completando o quadro
seguinte.

ÂNGULO
A E

b̂ ĉ d̂ ê f̂ ĝ ĥ
E
EM L D

MEDIDA 128° 52° 128° 128° 52° 128° 52°

No exercício 2, pedir aos 2. No caso de duas retas paralelas cortadas por uma transversal, é possível haver oito ângulos congruentes
alunos que usem esquadro
ST IA

entre si. Pense em qual seria essa situação e escreva em qual caso específico isso ocorre, representando-a
ou transferidor e régua para
traçar as perpendiculares e também por meio de um desenho com duas retas paralelas, r e s, cortadas por uma transversal t.
as paralelas. Orientá-los na
SI ER

construção do desenho.

t
AT

s
M

Essa situação é observada quando duas retas paralelas são cortadas por uma perpendicular, formando oito ângulos retos.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 96 20/09/19 13:36


3. Observe com atenção o processo de construção feito com uma régua e um esquadro de ângulos 90°,
45° e 45°. Depois, responda ao que se pede.

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

97
a. Todos os passos da construção são feitos com a régua em uma posição fixa, apenas deslizando

SI XC
O exercício 3 destaca o
o esquadro na sua lateral para traçar as retas r e s, que interceptam a transversal t, traçada com processo de construção de
retas paralelas com uso de
uma régua apenas. Quais devem ser as medidas dos ângulos indicados com as letras x e y? Justi- esquadro e régua. Os alunos
fique sua resposta.
EN O E devem perceber que, no
Cada um desses ângulos mede 45°, pois é justamente o ângulo formado no vértice do esquadro. paralelismo formado, os ân-
gulos correspondentes são
congruentes (45°). Pode-se
ampliar a ideia para outros
b. De acordo com o estudo sobre retas paralelas cortadas por uma transversal, como são classifica- ângulos do par de esquadros
D US

dos os ângulos x e y? (30°, 60° e 90°), mostrando-


-os na lousa e pedindo a
São correspondentes e congruentes. eles que façam essas cons-
truções em folha separada.
c. As retas r e s são paralelas? Justifique sua resposta.
A E

Sim, pelo fato de os ângulos correspondentes serem congruentes.


E
EM L D

4. Duas retas paralelas entre si foram cortadas por uma transversal, formando dois ângulos alternos
internos de medidas indicadas pelas expressões: 3x + 14° e 2x + 34°.
Determine o valor de x e a medida de cada um desses ângulos.
ST IA

3x + 14º = 2x + 34º
SI ER

3x - 2x = 34º - 14º

x = 20º

3x + 14º → 3 ∙ 20º + 14 = 60º + 14º = 74º


AT
M

O valor de x é 20°, sendo 74° a medida de cada um dos dois ângulos.

5. Complete corretamente cada frase com a palavra “congruentes” ou “suplementares”.


a. Em duas retas paralelas cortadas por uma reta transversal, dois ângulos alternos externos são
congruentes .
b. Em duas retas paralelas cortadas por uma reta transversal, dois ângulos colaterais internos são
suplementares .

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 97 20/09/19 13:36


CAPÍTULO 7
6. Do exposto, temos que 6. Avaliação Nacional
os ângulos de medida x e
2x – 30° são colaterais inter- A figura seguinte mostra o início de um esboço traçado por um arquiteto. As retas paralelas r e t
nos. Considerando as retas indicam as paredes de uma casa, e a reta u representa a posição do telhado. Uma das condições esta-
paralelas r e t cortadas pela belecidas no início do projeto é que, definido o ângulo x formado pelo telhado com uma das paredes,
transversal u, esses dois ân- o ângulo na parede oposta deve medir 30° a menos que o dobro da medida do ângulo x, conforme
gulos são suplementares.
Logo, temos:
representado na figura.
x + 2x - 30° = 180°
r
3x = 180° + 30°
3x = 210°

C O
x = 70°
Então:

O V
2x - 30° = 2 ∙ 70° – 30° = x
= 140° – 30° = 110°

C SI
Portanto, a medida do maior
CAPÍTULO 7

t
ângulo formado entre as re-
tas t e u deverá ser de 110°.

O U
A compreensão do exercício 2x – 30º u
7 poderá proporcionar aos

N L
alunos melhor aproveita-
98

mento de conteúdos poste-

SI XC
riores, como o de semelhan-
ça entre triângulos.

EN O E
A medida do maior ângulo formado entre as retas t e u deverá ser de
D US

a. 30°
b. 70°
c. 110°
d. 120°
A E

e. 130°
E
EM L D

7. Na figura, a reta r é paralela à reta s, suporte do segmento que é base do triângulo dado.
ST IA
SI ER

â b̂
r
AT

d̂ ĉ
M

ê f̂
s

Sobre essa figura, responda ao que se pede.


a. Que pares de ângulos são correspondentes?
â e ê, b̂ e f̂

b. É correto afirmar que os dois ângulos correspondentes são também congruentes?


Justifique sua resposta.
É correto afirmar que â = ê, b̂ = f̂ são congruentes, pois r//s.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 98 20/09/19 13:37


8. Em retas paralelas cortadas por uma transversal, há dois ângulos com medidas dadas pelas seguin-
tes expressões:

2x + 15° e 3x + 5°

Determine a medida correspondente à letra x e a medida de cada um dos dois ângulos caso eles sejam:
a. correspondentes;

3x + 5° = 2x + 15°

C O
3x - 2x = 15° - 5°
x = 10°

O V
3x + 5° → 3 ∙ 10° + 5° = 30° + 5° = 35°

C SI

MATEMÁTICA
O valor de x é 10°, sendo 35° a medida de cada um dos dois ângulos.

O U
b. colaterais internos.

N L

99
SI XC
3x + 5° = 2x + 15° = 180°
5x + 20° = 180°
5x = 180° - 20°
EN O E
5x = 160°
x = 32°
3x + 5° → 3 ∙ 32° + 5° = 96° + 5° = 101°
2x + 15° → 2 ∙ 32° + 15° = 64° + 15° = 79°
D US

O valor de x é 32°, sendo 101° e 79° a medida de cada um dos dois ângulos.
A E

Exercícios propostos
E
EM L D

9. Com base nas informações apresentadas na figura, determine a medida de x. No exercício 9, atentar para o ângulo de 80°.
Alguns alunos podem querer dividi-lo ao meio, como
ST IA

se a paralela fosse uma bissetriz.


SI ER

30º
Traçando retas paralelas às retas r e s,
r temos os seguintes ângulos:

30º r
AT

30º
M

80º 50º r//s


r // s

y
z 160º
160º s
x

z + 160° = 180°
s z = 20°
160º y = 50° (alternos internos)
x = z + y = 20° + 50° = 70°

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 99 20/09/19 13:37


CAPÍTULO 7
10. Sem usar o transferidor, determine o valor de x na figura, em que a//b.

50º

C O
b

O V
30º

C SI
CAPÍTULO 7

O U
N L
Devemos traçar uma reta que passe pelo vértice de x e seja paralela às retas a e b.
100

SI XC
50º
Temos, então, que x = y + z.
y a
Como a//b:
z
EN O E z = 30° (correspondentes)
b y = 50° (correspondentes)
30º Então, x = 30° + 50° = 80°.
D US

11. De acordo com o enun- 11. Avaliação Nacional


ciado, considerando que
os ângulos de medidas x Um marceneiro está desenvolvendo um novo modelo de estante. Ela deverá apresentar prateleiras
e y são formados por retas na horizontal, porém as tábuas que darão suporte não serão colocadas na vertical, mas, sim, de
A E

paralelas cortadas por uma forma inclinada. Veja o esboço.


transversal, temos, por defi-
E

nição, que esses ângulos são


EM L D

colaterais internos. Assim,


serão suplementares. Das x
alternativas dadas, temos
que 121° e 59° são ângulos
ST IA

suplementares.
SI ER

y
AT
M

As prateleiras são paralelas entre si. Nesse caso, considerando que cada tábua representa uma reta,
assinale a única alternativa que pode representar uma realidade sobre os ângulos x e y.
a. Os ângulos x e y são alternos internos e, caso x = 132°, teremos y = 58°.
b. Os ângulos x e y são correspondentes e, caso x = 114°, teremos y = 56°.
c. Os ângulos x e y são colaterais internos e, caso x = 121°, teremos y = 59°.
d. Os ângulos x e y são correspondentes e, caso x = 138°, teremos y = 52°.
e. Os ângulos x e y são colaterais internos e, caso x = 137°, teremos y = 53°.

12. Certo ângulo obtido no cruzamento de duas retas paralelas cortadas por uma transversal mede 43°.
Em relação a ele, um segundo ângulo de medida x é colateral externo. Qual é a medida de x?
A medida de x é 137° (suplemento de 43°).

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 100 20/09/19 13:37


13. Considerando que r//s e a//b, determine a medida de x na figura a seguir. O exercício 13 pode auxiliar
os alunos no estudo dos ân-
gulos internos de um para-
a lelogramo.
r

70º

C O
s
b

O V
Como a//b e r//s, temos que x = 70°.

C SI

MATEMÁTICA
14. Determine a medida dos ângulos assinalados na figura.

O U
N L
x - 10º r//s

101
SI XC
EN O E 3x + 30º

s
D US

3x + 30° + x - 10° = 180°


4x + 20° = 180°
4x = 160°
x = 40°
A E

Os ângulos medem:
E
EM L D

3x + 30° = 3 ∙ 40° + 30° = 150°


e
x – 10° = 40° – 10° = 30°
ST IA

Os ângulos medem 150° e 30°.


SI ER

15. Quando duas retas paralelas foram interceptadas por uma reta transversal, formaram-se dois ân-
gulos colaterais internos. Um deles tem medida x, e o outro mede 10° a mais que o quádruplo de x.
AT

Qual é a medida de cada um desses ângulos?


M

x + 4x + 10° = 180°
5x = 180° - 10°
5x = 170°
x = 34°
Logo:
x = 34° e 4x + 10° = 4 ∙ 34° + 10° = 136° + 10° = 146°

Os ângulos medem 146° e 34°.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 101 20/09/19 13:37


Módulos 37 e 38
1. A circunferência ao lado, de centro conheci-
do, representa a vista superior de uma pizza.
Com auxílio de régua e compasso, trace seg-
mentos de reta com extremidade no centro,

C O
dividindo a “pizza” em seis fatias iguais, ou
seja, seis setores de mesma medida.

O V
C SI
CAPÍTULO 7

O U
N L
102

SI XC
Módulos 39 e 40 EN O E
2. Dê dois exemplos de grandeza que usam a base sexagesimal e outros dois exemplos de medidas
que usam a base decimal.
Sugestão: Base sexagesimal: ângulo e tempo. Base decimal: comprimento e volume.
D US

3. Complete corretamente a sentença a seguir, que relaciona diferentes unidades de medida de ângulo.
A E

A medida de 1° é dividida em 60 partes menores, cada qual chamada de minuto (').


E
EM L D

Além disso, cada minuto é dividido em 60 partes menores, chamadas de

segundo ("). A divisão do segundo (") em partes menores é feita na base

decimal .
ST IA
SI ER

Módulos 41 e 42
4. O que se pode afirmar sobre as medidas de dois ângulos opostos pelo mesmo vértice?
São ângulos congruentes.
AT

Módulos 43, 44 e 45
M

5. Sobre a figura, dê um exemplo de pares de ângulos:


2̂ r
a. alternos internos;

3̂ e 6̂ ou 5̂ e 4̂
4̂ r//s
5̂ b. colaterais externos.
6̂ s 1̂ e 7̂ ou 2̂ e 8̂


CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 102 20/09/19 13:37


C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L
ÂNGULOS

103
SI XC
EN O E
D US

Retas coplanares
Construção com Unidades de medida
A E

interceptadas por
compasso e régua de ângulo e tempo
uma transversal
E
EM L D

Retas paralelas
ST IA

Polígonos regulares Base sexagesimal interceptadas por


uma transversal
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 103 20/09/19 13:37


CAPÍTULO

8 TRIÂNGULOS

C O
O V
C SI
MATEMÁTICA

O U
N L
104

SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 104 20/09/19 13:37


PHOTOVIDEOSTOCK/ISTOCK
O triângulo é, desde tempos remotos, a forma preferida no uso de estruturas
que requerem maior rigidez, sendo mais difícil de se deformar em relação
a estruturas de outras formas. A imagem desta página é de parte do Centro
de Convenções de Milão, na Itália. A estrutura, como um todo, lembra formas
curvilíneas. Entretanto, um olhar mais atento mostra-nos diversas formas
triangulares. Neste capítulo, aprofundaremos o olhar sobre o triângulo,
estudando em detalhes sua construção e algumas propriedades de seus ângulos.

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

105
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 105 20/09/19 13:37


Espera-se que, neste momento do Módulos 46, 47, 48 e 49
estudo, os alunos reconheçam que a
soma das medidas dos ângulos inter-
nos de qualquer triângulo é 180°, con-
siderando um estudo pregresso sobre
TRIÂNGULOS E PROPRIEDADES
o assunto. Entretanto, o capítulo 8 Recortando figuras planas em cartolina, um estudante percebeu uma curio-
propõe uma retomada desse estudo,
com novo olhar e novas formas de se sidade presente nos ângulos de um recorte triangular: a soma das medidas
demonstrar esse fato. dos ângulos internos é 180°. Veja como ele observou essa característica.

C O
O V
C SI
CAPÍTULO 8

O U
Entretanto, esse modo de verificação não é uma demonstração válida para

N L
106

quaisquer triângulos. Há outras formas de se chegar a essa importante pro-

SI XC
priedade presente nos ângulos de um triângulo. Acompanhe com atenção!

EN O E Propriedade 1
Inicialmente, considere o triângulo a seguir com destaque para seus elementos.
• Vértices: A, B e C
A ê
• Lados: AB, BC e CA
D US

• Ângulos internos: â, b̂ e ĉ â

• Ângulos externos: ê, f̂ e ĝ
A E

Com base nesses elementos e usando



as relações entre os ângulos formados
E
EM L D

b̂ ĉ C
em retas paralelas cortadas por uma B f̂
transversal, podemos demonstrar a
propriedade citada anteriormente.
ST IA

Para isso, dado o triângulo ABC e seus respectivos ângulos internos â, b̂


e ĉ, vamos traçar, passando pelo vértice A, uma reta paralela ao lado BC, e
SI ER

chamemos de d̂ e f̂ os ângulos destacados na figura que, adicionados ao


ângulo â, têm soma de 180°.
AT

A r // BC
M

d̂ f̂
â

b̂ ĉ
B C

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 106 20/09/19 13:37


Na figura, temos:
Ângulos alternos internos: d̂ + b̂
Ângulos alternos externos: f̂ = ĉ
Como d̂ + â + f̂ = 180°, concluímos que: b̂ + â + ĉ = 180°.
De acordo com a propriedade comutativa da adição, temos:

â + b̂ + ĉ = 180°

C O
Como exemplo, considere a seguinte situação.

O V
Ao traçar dois ângulos de medidas 40° e 67° partindo respectivamente

C SI

MATEMÁTICA
dos vértices A e B, um terceiro ângulo é formado no ponto C, formando o
triângulo ABC, como mostra a figura.

O U
N L

107
SI XC
C

?
EN O E
40º 67º
D US

A B

A medida x do ângulo interno com vértice em C pode ser obtida conside-


rando a soma de 180° nas medidas dos ângulos internos.
A E
E
EM L D

x + 40° + 67° = 180°


x + 107° = 180°
x = 180° – 107°
ST IA

x = 73°
SI ER

Propriedade 2
Em todo triângulo, os ângulos interno e externo, num mesmo vértice, são
AT

adjacentes suplementares. Lembre-se de que ângulos adjacentes são aque-


les com um lado em comum, mas nenhum ponto interno em comum, como
M

é o caso na figura seguinte dos ângulos b̂ e ŷ que possuem o lado BC em


comum, mas nenhum ponto interno comum.

x̂ A

â + x̂ = 180°
â
ẑ b̂ + ŷ = 180°
b̂ ĉ ĉ + ẑ = 180°
B
ŷ C

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 107 20/09/19 13:37


Propriedade 3
Em todo triângulo, a medida de um ângulo externo é sempre igual à soma
das medidas dos ângulos internos não adjacentes a ele.

C O
O V
x

C SI
b̂ ĉ
CAPÍTULO 8

B C

O U
Para demonstrar essa propriedade, partimos inicialmente da seguinte

N L
108

relação:

SI XC
â + b̂ + ĉ = 180° → soma dos ângulos internos do triângulo ABC (I).

EN O E x̂ + ĉ = 180° → adjacentes e suplementares (II).


Com base nas afirmações I e II, temos:
â + b̂ + ĉ = 180°
x̂ + ĉ = 180° ⇒ ĉ = 180 – x̂
D US

Assim:
â + b̂ + 180° – x̂ = 180°
â + b̂ = 180° – 180° + x̂
A E

â + b̂ = x̂
E
EM L D

Propriedade 4
Em todo triângulo, ao maior ângulo, opõe-se o maior lado, reciprocamente.
ST IA

Neste momento, apenas mostraremos essa propriedade por meio de um


exemplo numérico, com base em uma ideia intuitiva sobre essa relação; a
SI ER

demonstração ficará para outro momento mais oportuno.


Assim, considerando o triângulo ABC a seguir, com as medidas de seus
AT

ângulos dadas e as medidas dos lados dadas em certa unidade, temos:

A
M

1 3

60o
30o
B C
2

90° > 60° > 30°


↓ ↓ ↓
oposto oposto oposto
2 > 3 > 1

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 108 20/09/19 13:37


Módulos 50, 51 e 52 A construção de triângulos envolve
novamente o uso de compasso. Des-

CONSTRUÇÃO DE TRIÂNGULOS tacar esse fato mostrando aos alunos


mais uma utilidade desse instrumen-
to. Lembrá-los também de mantê-lo
Uma das primeiras figuras planas que um aluno conhece na fase escolar em bom estado de uso.

é o triângulo, que é o polígono com menor número de lados. Desenhar um


triângulo qualquer é simples, basta traçar três segmentos de reta unidos
pelos vértices; entretanto, desenhar um triângulo com base em algumas
de suas medidas pode não ser tão simples, embora sejam usados poucos

C O
passos na sua construção.
Nessa situação, vamos utilizar novamente o compasso, além da régua.

O V
A seguir, mostramos como é feita a construção em três casos diferentes.

C SI

MATEMÁTICA
1o caso: construir um triângulo ABC, conhecendo-se os lados a, b e c.

O U
a

N L

109
b

SI XC
c

EN O E
1o: Sobre a reta r, marcamos o ponto B; com a ponta seca do
compasso em B e abertura a, determinamos o ponto C.
D US

r
B a C
A E

2o: Com a ponta seca em B, traçamos um arco de raio c; com a ponta seca em C,
E
EM L D

traçamos outro arco de raio b. Os arcos cortam-se em um ponto comum: A.

A
ST IA
SI ER

r
B a C
AT
M

3o: Ligando os pontos A com B e A com C, obtemos o triângulo ABC.

c b

r
B a C

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 109 20/09/19 13:37


2o caso: construir um triângulo ABC, conhecendo-se dois lados e um ân-
gulo entre eles.

a
b C

1o: Sobre a reta r, transportamos o lado “a”.

C O
Os extremos C e B serão os dois vértices r
C a B
do triângulo.

O V
C SI
CAPÍTULO 8

O U
2o: Por meio de transporte de ângulo,
com o compasso, construímos o ângulo

N L
C, tendo como vértice o ponto C.
110

SI XC
r
C a B

EN O E A
3 : Com a ponta seca do compasso em C
o
b
e abertura b, determinamos o ponto A.
D US

Unindo os pontos A e B, determinamos o


triângulo procurado.
r
C a B
A E

3o caso: construir um triângulo ABC, conhecendo-se dois ângulos e um


E
EM L D

lado entre eles.


ST IA
SI ER

a
C B
AT

1o: Sobre a reta r, marcamos o pon-


to C; com a ponta seca do compasso r
M

a
em C e abertura a, determinamos o C B
ponto B.

2o: Por meio de transporte


de ângulo, com o compasso,
construímos o ângulo C, ten-
do como vértice o ponto C. C a B

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3o: Por meio de transporte de ângulo, com o
compasso, construímos o ângulo B, tendo como A
vértice o ponto B. O ponto comum das duas se-
mirretas é o ponto A, ficando, assim, determi-
nado o triângulo ABC.
a
C B

C O
É interessante observar que não é possível conhecer as medidas dos seg-

O V
mentos e dos ângulos em cada uma das construções anteriores. Para me-
didas conhecidas de segmentos e ângulos, pode-se usar, também, o trans-

C SI

MATEMÁTICA
feridor, indicando as medidas especificadas, sendo desnecessário o uso do
compasso em alguns casos. Como exemplo, considere construir um triân-

O U
gulo com um dos lados medindo 5 cm e dois ângulos com medidas de 35° e

N L
40°, com o segmento de 5 cm em comum.

111
SI XC
1o: Com a régua, traçar o segmento de 5 cm.

EN O E 5 cm

2o: Com o transferidor, medir uma das medidas de ângulo dadas em


D US

uma extremidade do segmento.


A E
E
EM L D
ST IA

35º
SI ER

5 cm

3o: Ainda com o transferidor, medir o outro ângulo, na outra extremida-


AT

de, traçando o ângulo de tal forma que esses dois últimos segmentos
se cruzem, formando o triângulo.
M

40º
35º
5 cm

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 111 20/09/19 13:37


Módulos 53 e 54

EXISTÊNCIA DE UM TRIÂNGULO
Nos módulos anteriores, mostramos que é possível construir um triângulo
com régua e compasso, conhecendo-se as medidas de seus lados ou, ao me-
nos, dados dos segmentos que formam os lados, sem conhecer as medidas
propriamente ditas.
Entretanto, nem sempre é possível construir um triângulo considerando

C O
medidas quaisquer. Como exemplo, veja o que ocorreu na tentativa de cons-
trução de um triângulo com base nos segmentos de medidas 2 cm, 3 cm e 6 cm.

O V
Segmentos:

C SI
CAPÍTULO 8

O U
2 cm

N L
112

SI XC
3 cm

6 cm
EN O E
Tentativa de construção do triângulo:
D US
A E

2 cm 3 cm
E
EM L D

6 cm
ST IA

Observe, com atenção, que 6 cm > 2 cm + 3 cm. Logo, conclui-se que a


construção do triângulo é impossível, inclusive pela observação dos traços
SI ER

do compasso, destacando que os dois extremos dos segmentos de 2 cm e


3 cm nunca irão se encontrar.
De acordo com essa ideia e o exemplo mostrado, é possível concluir, gene-
AT

ricamente, que, em qualquer triângulo, a medida de um lado deve ser


menor que a soma das medidas dos outros dois lados.
M

De acordo com a figura seguinte, temos:

AB < AC + BC
AC < AB + BC
CB < AC + AB

A C

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 112 20/09/19 13:37


Exemplos
1. Verificar se é possível construir um triângulo com os lados medindo
12 cm, 7,5 cm e 6,5 cm.
Sendo 12 cm a medida do maior lado, basta verificar se ele satisfaz a se-
guinte relação:
12 cm < 7,5 cm + 6,5 cm

C O
Como 12 cm < 14 cm, podemos construir um triângulo com as medidas
12 cm, 7,5 cm e 6,5 cm.

O V
2. Um triângulo tem o lado maior medindo 10 cm e o menor, 6 cm. Quais

C SI

MATEMÁTICA
são as possíveis medidas inteiras, em centímetros, do terceiro lado
desse triângulo?

O U
Observe que temos de satisfazer as seguintes condições:

N L

113
• 10 cm é a medida do maior lado;

SI XC
• 6 cm é a medida do menor lado;
• L é a medida do terceiro lado.
EN O E
Devemos ter 10 cm < 6 cm + L.
D US

Para satisfazer essa relação, L tem de ser maior que 4 cm, mas, observando
que 6 cm é a medida do menor lado e que são procuradas as possíveis medidas
inteiras, concluímos que o terceiro lado (L) poderá medir 7 cm, 8 cm ou 9 cm.
A E

Observação
E
EM L D

Sendo a, b e c as medidas dos lados de um triângulo, devemos ter:


a<b+c
b<a+c
ST IA

c<a+b
SI ER

Isolando a nas três desigualdades, temos:


a<b+c (I)
b<a+c → b–c<a (II)
AT

c<a+b → c–b<a (III)


De I, II e III, conclui-se que:
|b–c|<a<b+c
M

O mesmo raciocínio se aplica para os lados de medidas b e c. Logo,


a medida de um lado deve, também, ser maior que o módulo da
diferença entre as medidas dos outros dois lados. Essa condição
se aplica nos exemplos 1 e 2 anteriores.

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CAPÍTULO 8
TRIÂNGULOS
Módulos 46, 47, 48 e 49 |Triângulos e propriedades

Exercícios de aplicação
Situações como a do exercí- 1. Um estudante pensou na possibilidade de um triângulo
cio 1 exemplificam bem pos- ter as medidas de seus ângulos dadas por números in-
síveis relações entre Álgebra
e Geometria. Destacar esse
teiros consecutivos e fez o esboço ao lado. x

fato para os alunos. Verifique se é possível existir tal triângulo, indicando

C O
também suas medidas.

O V
x + 2º x + 1º

C SI
CAPÍTULO 8

O U
x + x + 1° + x + 2° = 180°

N L
3x = 180° – 3°
114

3x = 177°

SI XC
x = 59°

EN O E Sim, é possível. Os ângulos medem 59°, 60° e 61°.

2. Em certo triângulo, dois ângulos internos medem 35° e 42°. Quanto deve medir o ângulo externo
D US

não adjacente a eles?

Sendo x a medida do ângulo procurada, temos:


A E

x = 35° + 42°
E
EM L D

x = 77°

Deve medir 77°.


ST IA

3. A figura mostra parte de um projeto de arquitetura, com a vista lateral do telhado de um chalé. O
SI ER

ângulo de medida 139° é externo. Qual deve ser a medida de x?


AT

x
M

74º 139º

x + 74°= 139°
x = 139° – 74°
x = 65°

A medida de x deve ser 65°.

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4. Faça uso das propriedades existentes entre os ângulos formados por paralelas cortadas por trans-
versal e a soma dos ângulos internos de um triângulo e determine o valor de x em cada figura.
a.
x

50º
s
s

90º
40º

C O
40º r//s
r//s u

O V
u

x + 40° + 90° = 180°

C SI

MATEMÁTICA
x = 50°

O U
N L

115
b. a//b b

SI XC
Por meio do paralelismo existente, podemos deter-
minar as seguintes medidas na figura:
130º 110º a//b b
EN O E x
130º
110º
x

50º
D US

130º
Então, x + 50° + 70° = 180°
x = 180° – 120°
A E

x = 60°
E
EM L D

5. Há dois tipos de triângulo isósceles com um dos ângulos internos medindo 42°. Determine as medi-
das dos ângulos internos de cada um deles.
ST IA

O triângulo isósceles possui dois ângulos internos congruentes. Assim, temos:


SI ER

1o caso: sendo dois ângulos de medida x:


x + x + 42° = 180°
2x = 180° – 42°
AT

x = 69°
2o caso: sendo dois ângulos de medida 42°:
x + 42° + 42° = 180°
M

x = 180° – 84°
x = 96°

Um deles terá ângulos de medida 96°, 42° e 42°, e o outro terá ângulos de medidas 42°, 69° e 69°.

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CAPÍTULO 8
6. A soma dos ângulos in- 6. OBMEP
ternos de um triângulo é
180°. Observe que os três Na figura, os pontos A, B e C estão
ângulos não marcados dos alinhados. Qual é a soma dos ân-
triângulos (com vértices em gulos marcados em verde?
B) somam 180°, já que A, B e
C estão alinhados. Assim, a a. 120°
soma dos ângulos marcados b. 180°
é (3 × 180°) – 180° = 360°.
c. 270°
d. 360°
A B C
e. 540°

C O
7. Na figura, temos que r//s. Com isso, determine os valores de x e y.

O V
C SI
CAPÍTULO 8

x = 70° (correspondentes)
s 40º Usando o conceito de OPV, temos no triângulo a seguinte soma:

O U
x x + y + 40° = 180°
70°+ y + 40° = 180°

N L
r
y = 70°
116

70º

SI XC
t

y
EN O E x = 70° e y = 70°

8. Dada uma medida x qualquer, calcule a medida de cada ângulo interno de um triângulo cujas medi-
D US

das sejam dadas pelas expressões a seguir.


a. x, 2x e 7x
A E

x + 2x + 7x = 180°
10x = 180°
E
EM L D

x = 18°
x = 18°, 2x = 36° e 7x = 126°
ST IA
SI ER

As medidas são 18°, 36° e 126°.


AT

b. 2x, 5x e 8x
M

2x + 5x + 8x = 180°
15x = 180°
x = 12°
2x = 24°, 5x = 60° e 8x = 96°

As medidas são 24°, 60° e 96°.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 116 20/09/19 13:37


9. OBMEP A Situações como a do exer-
cício 9 levam os alunos a
O triângulo ABC é isósceles de base BC, e o ângulo BÂD retomar algumas das carac-
mede 30°. O triângulo BCD é isósceles de base BD. Deter- terísticas das classificações
mine a medida do ângulo DĈA. de triângulos, já apresenta-
das nesta coleção, no 7o ano.
a. 45° Observar se eles se lembram
b. 50° D
de que, em um triângulo
isósceles, os ângulos opos-
c. 60° tos aos lados congruentes
d. 75° são também congruentes.

e. 90° B C

C O
9. A soma dos três ângulos
internos de um triângulo é
10. Um triângulo acutângulo tem um de seus ângulos internos medindo 41°. Se um segundo ângulo 180°. Como o ângulo  do

O V
interno mede 85°, qual será a medida do terceiro ângulo interno desse triângulo? triângulo ABC mede 30°,
a soma dos ângulos AB̂C e

C SI

MATEMÁTICA
AĈB é 180° – 30° = 150°. No
Chamando de x a medida do ângulo desconhecido, temos: entanto, como o triângulo
é isósceles de base BC, as

O U
41° + 85° + x = 180° medidas dos ângulos AB̂C e
x = 54° AĈB são iguais, logo cada um

N L
deles mede 150° ÷ 2 = 75°.

117
Como o triângulo BĈD é

SI XC
isósceles de base BD, temos
BD̂C = CB̂D = 75°. O mesmo
raciocínio usado anterior-
mente mostra que DCB =
EN O E 180° – 2 × 75° = 30°. Se-
gue que DĈA = AĈB - DĈB =
O terceiro ângulo terá a medida de 54°. = 75° – 30° = 45°.
Aproveitar os exercícios 11
e 12 para retomar o cálculo
D US

com submúltiplos do grau.


11. Um triângulo ABC tem em seu vértice A um ângulo interno com medida de 45° 30’, e em seu vértice
B, um ângulo interno medindo 34° 45’. Qual deve ser a medida do ângulo externo no vértice C?
A E

Chamando de x a medida do ângulo desconhecido, temos:


x = 45° 30’ + 34° 45’
E
EM L D

x = 79° 75` = 79° 60’ + 15’ = 80° 15’


ST IA
SI ER

O ângulo externo no vértice C mede 80° 15’.


AT

12. Em um triângulo isósceles, há dois ângulos internos congruentes medindo 45° 55’ cada um. Deter-
mine a medida do terceiro ângulo interno desse triângulo.
M

Chamando de x a medida procurada, temos:


x = 180° – (45° 55’ + 45° 55’)
x = 180° – 91° 50’
x = 88° 10’

O terceiro ângulo mede 88° 10’.

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CAPÍTULO 8
13. Os ângulos internos de um triângulo têm suas medidas representadas pelas expressões 3x, x – 10°
e x – 5°. Quanto mede cada ângulo desse triângulo?

3x + x – 10° + x – 5° = 180°
5x – 15° = 180°
5x = 195°
x = 39°
3x → 3 · 39° = 117°
x – 10° → 39° – 10° = 29°

C O
x – 5° → 39° – 5° = 34°

Cada ângulo desse triângulo mede 29°, 34° e 117°.

O V
C SI
CAPÍTULO 8

14. Dois ângulos são complementares quando a soma de suas medidas é 90°. Sabendo disso, mostre que,
em um triângulo retângulo, os dois ângulos internos agudos de medida a e b são complementares.

O U
N L
Em um triângulo retângulo, há um ângulo reto. Assim:
118

SI XC
90° + a + b = 180°
a + b = 180° – 90°
a + b = 90°
EN O E
No exercício 15, a ideia é que Logo, os ângulos de medida a e b são complementares.
D US

os alunos percebam que o


maior lado está oposto ao
maior ângulo que, nesse
caso, é reto. É possível apli-
15. Certo triângulo retângulo ABC tem as seguintes medidas de lado: AB = 13 cm, BC = 12 cm e CA = 5 cm.
car o teorema de Pitágoras, Qual dos vértices corresponde ao ângulo reto?
embora seja desnecessário,
A E

O vértice C (oposto ao maior lado).


de acordo com a informação
E

dada no texto teórico.


EM L D

Exercícios propostos
O exercício 16 tem como re- 16. Para se desenhar um triângulo retângulo com um de seus ângulos internos medindo 30°, é neces-
ST IA

ferência a ideia discutida no sário que o outro ângulo agudo meça quantos graus?
exercício 14. Observar se os
SI ER

alunos estão atentos a esse


fato.
Como o triângulo é retângulo, então um de seus ângulos mede 90°. Logo, sendo
x a medida do ângulo desconhecido, temos:
30° + 90° + x = 180°
AT

x = 60°
M

É necessário que o outro ângulo meça 60°.

17. Se as três medidas dos ângulos internos de um triângulo forem números primos, então uma delas
certamente será 2°. Explique sua resposta e dê um exemplo.
A soma das três medidas deve ser um número par (180°). Logo, caso as três medidas sejam números ímpares, não teremos

o resultado par. Assim, para que as três medidas sejam formadas por números primos, uma tem de ser 2 (primo par). Como

exemplo, temos: 2°, 71° e 107°.

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 118 20/09/19 13:37


18. Em um triângulo TEU, dois ângulos internos dos vértices T e E medem: t̂ = 4x + 10°, ê = x + 5°. Se o
ângulo externo do vértice U mede 95°, quanto medem os ângulos t̂ e ê?

4x + 10° + x + 5° = 95°
5x + 15° = 95°
5x = 80°
x = 16°
t = 4x + 10° → 4 · 16° + 10° = 64° + 10° = 74°
e = x + 5° → 16° + 5° = 21°

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
O ângulo t̂ mede 74°, e o ângulo ê mede 21°.

N L

119
19. Determine a medida de x no triângulo ABC.

SI XC
AĈB = 84° (OPV)
EN O E CB̂A = 60° (suplemento de 120°)
x + 84° + 60° = 180°
84º
x = 180° – 144°
x = 36°
C
D US
A E

120º
E
EM L D

A B
ST IA

A medida procurada é 36°.


SI ER

20. Determine a medida do ângulo x indicado na figura. No exercício 20, questionar


os alunos sobre o uso, ou
não, do ângulo reto presente
na figura para determinar o
Na figura, temos os ângulos colaterais
AT

x valor de x.
externos (150° e 30°).
Eles devem perceber que tal
x uso não é necessário. Desta-
car que nem sempre todas
M

as informações dadas são


y necessárias para a resolução.

30º
r
r//s
s
r
150º
r//s Em contrapartida, chamando o ângulo
interno do triângulo de y, temos:
s y = 180° – 30° – 90° = 60°
x = 180° – y = 180° – 60° = 120°
150º

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 119 20/09/19 13:37


CAPÍTULO 8
No exercício 21, temos: 21. OBMEP
5x
3x + 4x = 7x 5x 6x + 2x = 8x Na figura, quanto vale x?
2x
3x 6x a. 6°
4x 180° – 7x
b. 12°
3x 2x
8x = 180° – 7x + 5x ⟺ c. 18°
⟺ 10x = 180° ⟺ x = 18° 6x
d. 20°
4x
e. 24°

22. Na figura, podemos 22. Avaliação Nacional

C O
desconsiderar o ângulo reto
O esboço seguinte mostra o início do projeto de um telhado realizado por um engenheiro.
indicado. Com isso, x será a

O V
medida do ângulo externo
ao triângulo com ângulos
internos de 45° e 60° não

C SI
CAPÍTULO 8

adjacentes ao ângulo de
medida x. Dessa forma,

O U
temos:
x
x = 45° + 60° = =105°

N L
120

SI XC
EN O E
D US

45º 60º
A E
E
EM L D

De acordo com as medidas dadas, será correto concluir que a medida x é de


a. 75° b. 105° c. 135° d. 150° e. 195°
ST IA

23. Nomeando os vértices 23. Avaliação Nacional


do triângulo maior e sendo
AD a altura em relação ao
A vista frontal do telhado de uma casa que está sendo projetada tem os contornos do madeiramen-
SI ER

lado CB, temos: to com base na figura seguinte.


A

x
AT

31°
C D B
Do triângulo retângulo ABC,
M

os ângulos internos medem x


90°, 31° e 59°, pois a soma
é 180°.
A

x
59° 31°
C D B
31º
Do triângulo ACD, vem:
59° + x + 90° = 180°
x = 180° – 59° – 90° Do exposto na figura, a medida x deve ser de
x = 31°
a. 21° b. 31° c. 45° d. 59° e. 69°

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 120 20/09/19 13:37


Módulos 50, 51 e 52 | Construção de triângulos

Exercícios de aplicação
1. Em cada item seguinte, use régua e compasso para traçar o triângulo ABC de acordo com as medi-
das dos lados indicadas.
a. AB = 5 cm, BC = 4,5 cm e AC = 6,5 cm

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

121
SI XC
B A
EN O E
b. AB = 6 cm, BC = 3 cm e AC = 5 cm
D US

C
A E
E
EM L D
ST IA

A B
SI ER

2. Use régua e compasso para traçar o triângulo formado pelos segmentos de medida a, b e c em cada
AT

item.
a.
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 121 20/09/19 13:37


CAPÍTULO 8
b.
a

C O
O V
C SI
CAPÍTULO 8

Sobre o exercício 3, verificar 3. Construa um triângulo equilátero qualquer.

O U
se os alunos percebem que
podem escolher, inicialmen-

N L
te, uma medida qualquer
122

que será a mesma utilizada Resposta pessoal. Sugestão:

SI XC
em toda a construção.

EN O E
D US

4. Em cada item, usando régua e compasso, construa o triângulo de acordo com a medida dos
A E

segmentos e do ângulo formado por esses segmentos.


E
EM L D

a.
a

b
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 122 20/09/19 13:37


b.
a

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
N L

123
SI XC
EN O E
5. Com o auxílio de régua e transfe-
ridor, construa um triângulo ABC C
considerando
D US

AB = 4 cm
 = 45°
B̂ = 76°
A E
E

45o
EM L D

76o
A 4 cm B

6. Em cada item, usando régua e compasso, construa um triângulo de acordo com a medida dos ângulos
ST IA

e do segmento comum a eles.


a.
SI ER

a
AT
M

CO EF 08 INFI 02 1B LV 03 MI DMUL DMAT_G3.indd 123 20/09/19 13:37


CAPÍTULO 8
b.
a

C O
O V
C SI
CAPÍTULO 8

O U
N L
124

SI XC
O exercício 7 mostra, de for- 7. Reúna-se com dois colegas. Cada um deverá construir um triângulo BOA com  = 30° e Ô = 55°. O
ma sutil e sem definições segmento OA deverá ter medida única para cada um dos três. Por exemplo, caso você considere que
neste momento, a ideia de
triângulos semelhantes. Os
EN O E OA = 4 cm, cada um de seus dois colegas deverá escolher outra medida, diferente de 4 cm. Caso o
alunos devem perceber que, espaço a seguir seja insuficiente de acordo com a medida escolhida, o triângulo pode ser construído
apesar de variar a medida do em folha separada. Depois, responda ao que se pede. Colaborativo
segmento usado como base
D US

na construção, uma vez de-


finidas as medidas de dois
Resposta pessoal. Sugestão:
ângulos, o terceiro terá me-
dida fixa, mesmo mudando
as medidas dos lados. Inicial-
mente, deixar claro que eles
A E

B
terão aproximadamente 5
minutos para definir a medi-
E
EM L D

da do segmento AO de cada
um e construir o triângulo
em seu próprio livro. Depois
de responderem ao item a,
devem compartilhar a con-
ST IA

clusão obtida, observando


que o mesmo se repete para
todos os grupos.
SI ER

55o
30o
AT

A O
M

a. Com o transferidor, meça o ângulo B̂. Escreva qual é essa medida e confirme se a soma das medi-
das dos três ângulos internos é 180°.
Resposta esperada: B̂ = 95°. Sim, a soma é 180°.

b. A medida de B̂ foi a mesma encontrada por seus colegas?


Resposta esperada: Sim.

c. A medida escolhida para o segmento OA interfere na medida encontrada para o ângulo?


Resposta esperada: Não.

d. Escolha um integrante do trio para compartilhar com os demais grupos a conclusão obtida no
item anterior. Verifique se todos chegaram à mesma conclusão.

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Exercícios propostos
8. Construa, com o auxílio de régua e transferidor, um triângulo TUV no qual VU = 6,5 cm, VT = 5 cm e No exercício 8, verificar se
V̂ = 40°. os alunos percebem que o
segmento TU fica automa-
ticamente determinado na
figura. Para isso, é interes-
sante orientá-los a fazer
R um rascunho antes, a fim
de visualizar o que devem
construir.

C O
O V
C SI

MATEMÁTICA
40o

O U
V U

N L

125
SI XC
9. Construa, com o auxílio de régua e transferidor, um triângulo FGH no qual HG = 8 cm, Ĥ = 25º e Ĝ = 35º.
EN O E
F
D US

35o
A E

25o
E

H G
EM L D
ST IA

10. Use régua e compasso e construa um triângulo com as medidas a, b e c dos segmentos dados. Não
os meça com régua.
SI ER

b
AT

c
M

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CAPÍTULO 8
Módulos 53 e 54 | Existência de um triângulo

Exercícios de aplicação
1. Uma professora de anos iniciais quer mostrar aos alunos vários formatos de triângulos. Para isso,
ela usará diferentes pedaços de canudo, que serão presos nas extremidades com tachinhas, como
mostra a figura.

C O
O V
C SI
CAPÍTULO 8

O U
N L
126

SI XC
EN O E
D US

Ela já recortou dois pedaços de canudos com medidas de 9 cm e 6 cm. Para conseguir montar o
triângulo, o terceiro pedaço poderá ter quais medidas inteiras em centímetros?
A E

Sendo x a medida procurada, temos:


E
EM L D

|9 – 6| < x < 9 + 6
3 < x < 15
ST IA
SI ER

Sendo medidas inteiras, em centímetros, temos as seguintes possibilidades: 4 cm, 5 cm, 6 cm, 7 cm, 8 cm, 9 cm,

10 cm, 11 cm, 12 cm, 13 cm ou 14 cm.


AT

2. Cláudio trabalha em uma gráfica que faz diversos tipos de panfletos para propaganda.
A ideia no exercício 3 é ve-
rificar se os alunos estão se Um de seus clientes lhe enviou um e-mail pedindo um panfleto no formato de um triângulo com os
M

lembrando do estudo sobre lados medindo 12 cm, 11 cm e 25 cm. No entanto, Cláudio respondeu dizendo que não seria possível
o teorema de Pitágoras, fazer esse panfleto, pois as medidas não estavam corretas. Explique, geometricamente, o motivo
apresentado no capítulo 3. pelo qual não é possível fazer o panfleto com essas medidas.
Não se trata da verificação
da existência de um triân- Como se trata de um triângulo, temos que uma das medidas (25 cm) é maior que a soma das outras duas:
gulo, mas da existência de
um triângulo retângulo, ou 25 > 11 + 12
seja, verificar se o triângulo
é classificado como retângu- Com isso, não é possível existir o triângulo pedido pelo cliente.
lo. Na correção, pedir a eles
que indiquem o teorema,
afirmando que o quadrado
do maior lado (suposta hi- 3. Dadas três medidas de um triângulo, qual teorema possibilita verificar se ele pode ser classificado
potenusa) deve ser igual à como um triângulo retângulo?
soma do quadrado de cada
um dos supostos catetos. O teorema de Pitágoras.

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4. Em relação ao triângulo mostrado na figura, responda às questões. No exercício 4, verificar se os
alunos percebem que, para
que x assuma o maior valor
possível, devemos conside-
rar esse lado como o maior
lado do triângulo. No item
7m b, propomos uma reflexão
3m sobre o menor valor inteiro
para x.

C O
x

O V
a. Verifique qual é a maior medida inteira, em metros, que x pode assumir para que o triângulo exista.
Como a medida de um lado deve ser menor que a soma das medidas dos outros dois lados, temos que x < 7 + 3, ou

C SI

MATEMÁTICA
seja, x < 10.

O U
Logo, a maior medida inteira, em metros, será 9 m.

N L
b. Qual deve ser o menor valor inteiro, em metros, para x?

127
SI XC
A medida x deve ser maior que o módulo da diferença entre as outras duas medidas:
|7 – 3| < x
4<x EN O E
Logo, a menor medida inteira, em metros, será 5 m.
D US

5. Considerando apenas medidas inteiras em centímetros, use régua e compasso e construa todos Um dos objetivos do exer-
os possíveis triângulos com dois lados medindo 4 cm e 6 cm. Depois, anote quantos triângulos, no cício 5 é levar os alunos a
A E

treinarem a construção de
máximo, com essas características podem ser desenhados. triângulos, apresentada nos
E
EM L D

módulos anteriores, ao mes-


mo tempo em que verificam
Sendo x a medida do terceiro lado, temos: a existência de triângulos.
|6 – 4| < x < 6 + 4 Por essa razão, é importante
que eles possam construir os
2 < x < 10
ST IA

triângulos em folha separa-


da ou no caderno.
SI ER

O terceiro lado pode medir 3 cm, 4 cm, 5 cm, 6 cm, 7 cm, 8 cm ou 9 cm. São 8 triângulos no máximo.
AT

6. Um triângulo isósceles tem dois lados congruentes medindo 12 cm cada um. Quais medidas intei-
M

ras, em centímetros, o terceiro lado desse triângulo pode medir?

Sendo x a medida do terceiro lado, temos:


|12 – 12| < x < 12 + 12
0 < x < 24

O terceiro lado pode ter qualquer medida positiva menor que 24 cm.

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Exercícios propostos
O exercício 7 apresenta uma 7. É possível existir um triângulo que tenha seus lados medindo 2,3 cm, 17 mm e 6,5 cm? Justifique sua
boa oportunidade para ve- resposta.
rificar a atenção dos alunos
em relação às unidades de
medida fornecidas, que são
diferentes. Inicialmente, devemos escrever todas as medidas em uma mesma unidade, por exemplo,
milímetro.
2,3 cm = 23 mm
17 mm

C O
6,5 cm = 65 mm

O V
Então, temos que: 65 > 23 + 17.

C SI
CAPÍTULO 8

Não satisfaz a condição de existência. Logo, tal triângulo não existe.

O U
8. Em uma extensa área, três antenas de comunicação serão instaladas. Na figura, os pontos D, E e F re-

N L
presentam os pontos de instalação das antenas, sendo apenas um esboço. Definiu-se que FE = 12 km e
128

FD = 15 km. Para que as antenas continuem associadas aos vértices de uma região triangular, a distância

SI XC
entre os pontos D e E deve variar em qual intervalo de medida?

F
EN O E
D US

E
D
A E

|15 – 12| < DE < 15 + 12


E
EM L D

3 < DE < 27
ST IA

A distância deverá ser maior que 3 km, mas menor que 27 km.
SI ER

9. Para cada caso a seguir, verifique se é possível construir um triângulo com as medidas dos lados
indicadas. Justifique sua resposta.
a. 45 cm, 18 cm, 23 cm
AT

45 > 18 + 23

Não é possível, pois a medida de 45 cm é maior que a soma das outras duas medidas.
M

b. 69 cm, 33 cm, 36 cm
69 = 33 + 36

Não é possível, pois a medida de 69 cm é igual à soma das outras duas medidas.

c. 31 cm, 32 cm, 33 cm
33 < 31 + 32

É possível, pois a medida de 33 cm é menor que a soma das outras duas medidas (o mesmo ocorre para as outras medidas).

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Módulos 46, 47, 48 e 49
1. Em qualquer triângulo, seja ele acutângulo, retângulo ou obtusângulo, qual é a soma das medidas
dos três ângulos internos?
A soma das três medidas é 180°.

C O
2. No triângulo mostrado na figura, o ângulo de medida x é um ângulo externo. Com base nas infor-
mações dadas, determine essa medida.

O V
C SI

MATEMÁTICA
O U
38°

N L

129
SI XC
x

22°

EN O E
A medida x é 60°, pois 22° + 38° = 60°.

3. Em certo triângulo retângulo, os lados medem 3 m, 4 m e 5 m. Sabendo que há dois ângulos agudos
nessa figura, o lado oposto ao ângulo reto tem qual medida?
D US

O lado oposto mede 5 m (o maior lado, oposto ao maior ângulo).

Módulos 50, 51 e 52
4. Para construir um triângulo usando apenas régua e compasso como instrumentos de desenho,
A E

podem-se conhecer apenas três informações dessa figura. De acordo com o texto teórico, escreva
E
EM L D

quais são as informações que devem ser conhecidas em cada caso.

1o caso: As medidas dos três lados.


ST IA

2o caso: A medida de um ângulo interno e dos dois lados que formam esse ângulo.
SI ER

3o caso:
AT

A medida de dois ângulos internos e do lado comum a eles.


M

Módulos 53 e 54
5. Para construir um triângulo com dois lados medindo 5 cm e 8 cm, é necessário que a medida do
terceiro lado seja dada em certo intervalo numérico de números reais. Complete corretamente o
esquema, que mostra em qual intervalo numérico a medida x, em centímetros, do terceiro lado deve
estar compreendida.

8 – 5 <x< 8 + 5

3 < x < 13

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C O
O V
C SI
CAPÍTULO 8

O U
N L
TRIÂNGULOS
130

SI XC
EN O E
D US

Verificação da
Propriedades Construção
A E

existência de
dos ângulos de triângulos
triângulos
E
EM L D

Uso de régua
ST IA

Ângulos internos
e compasso
SI ER

Uso de régua
AT

Ângulo externo
e transferidor
M

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PROJ E T O I N T E R D I S C I P L I N A R
GRUPOS 1, 2 E 3 | ORGANIZAÇÕES Solicitar aos alunos que se organizem em grupos e pe-
dir que analisem o transporte urbano local ou de uma
E TRANSFORMAÇÕES cidade referência da unidade federativa em que se en-
contram. Cada grupo pesquisará um dos itens a seguir
Objetivo como solução para o problema da mobilidade urbana

C O
Discutir e apresentar propostas para o problema da do local escolhido. Se preferir, o grupo escolherá um
exemplo de uma cidade do mundo na qual os órgãos

O V
mobilidade urbana, pelo qual passam muitas grandes
cidades do Brasil. públicos encontraram e adotaram uma solução para

C SI
tal problema. O grupo apresentará o seu trabalho aos
Áreas trabalhadas demais, fazendo uso de imagens e meios tecnológicos

O U
Geografia, Ciências Sociais e Língua Portuguesa possíveis e adequados.

N L
Justificativa Sugestões de itens

SI XC
Promover debates e levantar sugestões a respeito de – Criação de projetos de integração entre os meios de
questões enfrentadas pelas pessoas em suas cidades é transporte. Exemplo: ônibus, trem, metrô, bilhete
uma estratégia de reflexão e de interação com o mun-
EN O E único etc.;
do em que se vive e do qual os alunos fazem parte. – Mais investimento em transporte público de quali-
dade;
Material necessário – Incentivo ao setor de pesquisa e técnicas no emprego
D US

Computadores para material de consulta, além de ma- de soluções menos poluentes;


terial impresso, de acordo com a pesquisa realizada.
– Incentivo ao uso de transporte não motorizado,
Desenvolvimento como, bicicletas e construção de ciclovias;
A E

Mobilidade urbana é definida como o deslocamento – Restrição ao uso de veículos motorizados, rodízio,
taxas mais elevadas para quem usa automóveis etc.
E

de pessoas e de cargas nas regiões metropolitanas de


EM L D

forma motorizada ou não, seja por meio individual, a


partir do uso de automóvel, bicicleta, motocicleta, por
Conclusão
exemplo, seja de forma coletiva, em que as pessoas Realizar com os alunos um processo de autoavaliação
ST IA

transitam de ônibus, trem, metrô ou outros meios de com base nas seguintes perguntas.
transporte público. São muitos os problemas que a po- – O que você achou mais interessante nessa atividade?
SI ER

pulação das grandes cidades tem enfrentado no que – O que a realização desse trabalho o fez refletir sobre
se refere ao deslocamento: congestionamento, serviço o problema apresentado?
público de má qualidade no transporte, a inexistên- – O que esse trabalho o fez pensar sobre o futuro?
AT

cia de ciclovias como meio sustentável de mobilidade,


– O que você julga ter aprendido com essa atividade?
falta de recursos públicos na implantação de novas
tecnologias de transporte, além do impacto ambiental
M

causado pelo excesso de automóveis.

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ANOTAÇÕES / /

C O
O V
C SI
O U
N L
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 07 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL ANOTACOES_G1.indd 286 06/08/19 20:08


/ / ANOTAÇÕES

C O
O V
C SI
O U
N L
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 07 INFI 02 1B LV 01 MI DMUL ANOTACOES_G1.indd 285 06/08/19 20:08


C O
O V
C SI
O U
N L
SI XC
EN O E
D US
A E
E
EM L D
ST IA
SI ER
AT
M

CO EF 06 INFI 91 1B LV 01 MI DMUL PR PI_G1.indd 2 8/27/18 16:55


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