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STJ Súmula nº30 - 3ª T 05.06.90 - DJ 06.08.

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A comissão de permanência e correção monetária são inacumuláveis.

STJ Súmula nº 296 - 12/05/2004 - DJ 09.09.2004


Juros Remuneratórios - Comissão de Permanência - Inadimplência - Taxa Média de
Mercado
    Os juros remuneratórios, não cumuláveis com a comissão de permanência, são
devidos no período de inadimplência, à taxa média de mercado estipulada pelo Banco
Central do Brasil, limitada ao percentual contratado.

CUMULAÇÃO DE COMISSÃO DE PERMANÊNCIA


Ementa

Embargos de declaração. Contradição. Comissão de permanência que não pode vir


cumulada com outros encargos. Cumulação abusiva. Comissão de permanência
excluída. Vício sanado. Matéria enfrentada. Recurso acolhido, sem efeito modificativo.
(TJSP - Embargos de Declaração: ED 1671003420108260000 SP 0167100-
34.2010.8.26.0000 - Órgão Julgador: 21ª Câmara de Direito Privado - Relator(a):
Virgilio de Oliveira Junior - Julgamento: 09/02/2011)

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Apelação - Embargos à execução - Mútuo - Relação de consumo - Tabela Price - Sua


utilização não implica em capitalização de juros - Inadmissibilidade de cobrança
cumulada de comissão de permanência com outros encargos - Recurso parcialmente
provido. (TJSP - Apelação: APL 9086949302007826 SP 9086949-30.2007.8.26.0000 -
Órgão Julgador: 19ª Câmara de Direito Privado - Relator(a): Mauro Conti Machado -
Julgamento: 07/02/2011)

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APELAÇAO. EMBARGOS A EXECUÇÃO. "TERMO DE RENEGOCIAÇÃO DE OPERAÇÕES DE


CRÉDITO,CONFISSÃO E PARCELAMENTO DE DÍVIDA E INSTITUIÇÃO DE NOVAS
GARANTIAS". COBRANÇA DE COMISSÃO DE PERMANÊNCIA CUMULADA COM OUTROS
ENCARGOS.
Impossibilidade. Não se mostra possível a cumulação de comissão de permanência
com correção monetária, juros remuneratórios e moratórios,nem com a multa
contratual. Incidência das Súmulas nºs 30 e 296 do C. STJ. RECURSO DESPROVIDO.
(TJSP - Apelação: APL 2251326020098260002 SP 0225132-60.2009.8.26.0002 - Órgão
Julgador: 23ª Câmara de Direito Privado - Relator(a): Elmano de Oliveira - Julgamento:
16/02/2011)

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DEMANDA MONITORIA. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÉDITO ROTATIVO. EMBARGOS


JULGADOS PARCIALMENTE PROCEDENTES. DECISÃO MANTIDA. INCIDÊNCIA DO
REGIME DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. CAPITALIZAÇÃO MENSAL DE
JUROS. EXCLUSÃO QUANDO NÃO EXPRESSAMENTE CONVENCIONADA.
IMPOSSIBILIDADE DE CUMULAÇÃO DA COMISSÃO DE PERMANÊNCIA COM ENCARGOS
DE MORA. INCIDÊNCIA DO ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NA SÚMULA 294 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECURSO DESPROVIDO. (TJSP - Apelação: APL
13109820048260358 SP 0001310-98.2004.8.26.0358 - Órgão Julgador: 22ª Câmara de
Direito Privado - Relator(a): Campos Mello - Julgamento: 31/01/2011)

SAQUE INDEVIDO – CARTÃO CLONADO

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SAQUES INDEVIDOS. Uso de cartão clonado aplicação do Código de Defesa do


Consumidor - risco da atividade bancária - verossimilhança de grande magnitude -
hipossuficiência reconhecida - inversão do ônus da prova - recurso provido para
condenar o banco a restituir o valor pedido - sentença reformada. (TJSP - Apelação:
APL 7139198900 SP - Órgão Julgador: 24ª Câmara de Direito Privado - Relator(a): José
Luiz Germano - Julgamento: 14/03/2008)

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AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. Saques indevidos em conta


corrente. Cartão magnético clonado. Relação de consumo. Inversão do ônus da prova.
Responsabilidade objetiva da instituição financeira não elidida. Indenização por danos
morais fixada em R$ 5.000,00. Razoabilidade. Ação procedente. Sentença confirmada.
Recurso improvido. (TJSP - Apelação: APL 991090584016 SP - Órgão Julgador: 15ª
Câmara de Direito Privado - Relator(a): Adherbal Acquati - Julgamento: 14/09/2010)

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CONTRATOS BANCÁRIOS. CDC. SAQUES INDEVIDOS ATRAVÉS DE CARTÃO CLONADO.


REPARAÇÃO CIVIL POR DANOS MORAIS.

1. Os contratos bancários em geral submetem-se à disciplina do Código de Defesa do


Consumidor, conforme dispõe o art. 3º, § 2º da Lei 8.078/90 e consoante o teor do
enunciado sumular nº 297 do Superior Tribunal de Justiça.

2. Constatada a falha na prestação do serviço por parte da CEF ao deixar de evitar a


realização de saques na conta-corrente do demandante mediante a utilização de
cartão clonado e ao não efetuar o ressarcimento de forma imediata e integral, cabe à
instituição bancária ré compensá-lo pelos danos morais sofridos ao se ver privado, de
forma injustificada, de quantia, bem como na busca de uma solução ao ocorrido,
dispensando-se a demonstração de abalo psicológico, porquanto exigida como prova
apenas aquela relativa ao fato ensejador do dano. 3. Orientando-se o órgão julgador
pelos critérios sugeridos pela doutrina e jurisprudência, com razoabilidade, valendo-se
não apenas dos parâmetros utilizados em decisões de instâncias superiores, mas,
também, de sua experiência e bom senso, atento à realidade da vida e, notadamente,
da situação econômica do lesado e às peculiaridades do caso concreto, mostra-se
adequada a fixação do quantum indenizatório em R$ 3.000,00 (três mil reais), sob
pena de enriquecimento indevido. 4. Apelação parcialmente provida. (TRF2 -
APELAÇÃO CIVEL: AC 200651080000526 RJ 2006.51.08.000052-6 - Órgão Julgador:
OITAVA TURMA ESPECIALIZADA - Relator(a): Juiz Federal Convocado MARCELO
PEREIRA/no afast. Relator - Julgamento: 10/08/2010)

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Contrato de conta corrente - Cartão bancário clonado - Ação declaratória de


inexigibilidade de obrigação c.c. indenização por danos morais e materiais julgada
improcedente -Apelação do autor-correntista firme na tese de que nos casos de
clonagem de cartão a responsabilidade do banco por saques indevidos é objetiva, de
conformidade com o art. 14, do CDC e precedentes do Col. STJ - Acolhimento -,
Aplicação do CDC ao caso em questão -Não há que se falar em má utilização do cartão
diante da falha nà prestação dos serviços pelo banco -Aplicação do art. 14, do CDC -
Responsabilidade objetiva - Ressarcimento dos danos materiais devidos -
Desnecessidade de prova do dano, que se presume h partir do ato ilícito - Valor
indenizatório fixado em R$ 5.000,00 ~ Sucumbência a cargo do banco réu - Mecurso
provido. É do presjtador de serviços bancários eletrônicos a prova de ?que eles s^o
eficientes e seguro-s e que por- isso não permitem o uso indevido por terceiros (TJSP -
Apelação: APL 991060150177 SP - Órgão Julgador: 11ª Câmara de Direito Privado -
Relator(a): Moura Ribeiro - Julgamento: 02/09/2010)

Ementa

Código de Defesa do Consumidor - Instituição bancária - Réu sujeito às regras do CDC,


não porque ele seja fornecedor de um produto, mas porque presta um serviço
consumido pelo cliente, que é o consumidor final desses serviços - Entendimento que
acabou por ser cristalizado pelo STJ, mediante a edição da Súmula
297.Responsabilidade civil - Cartão magnético - Saques indevidos da conta corrente e
da conta poupança de titularidade da autora - Conduta negligente do réu -
Inviabilidade de se admitir que o sistema de segurança dos cartões magnéticos não é
vulnerável a fraudes - Tese de que somente é possível efetuar-se retiradas com a
utilização de cartão magnético e aporte de senha pessoal que é ilusória - Existência de
noticia de que até mesmo os moderníssimos cartões magnéticos munidos com "chip"
de segurança já foram objeto de "clonagem".Responsabilidade civil - Cartão magnético
- Saques indevidos - Admitida a possibilidade de violação do sistema em questão,
havendo operações, sejam de compras, sejam de saques, não reconhecidas pelo
cliente, impõe-se o reconhecimento da responsabilidade objetiva do fornecedor do
serviço - Responsabilidade apenas passível de ser refutada nas hipóteses do § 3o do
art. 14 do CDC - Caso em que nenhuma dessas situações de exclusão de responsa-
bilidade verificou-se.Responsabilidade civil - Dano moral - Incontroverso que o cartão
magnético da autora foi clonado por estelionatários, que o utilizaram para efetuar
empréstimo e realizar saques - Evidenciados os danos morais suportados pela autora-
Situação vivenciada pela autora, com a ameaça de inscrição de seu nome nos órgãos
de proteção ao crédito, que lhe causou aflição, transtornos e aborrecimentos passíveis
de indenização.Dano moral - "Quantum" - Arbitrada na sentença, a título de
indenização por danos morais, a quantia de R$ 56.270,70, correspondente a dez vezes
o valor dos saques realizados com o uso do cartão - Redução - Possibilidade - Inde-
nização que há de ser fixada dentro de um critério de prudência e razoabilidade -
Ressarcimento que se deve moldar pelo comedido arbítrio do juiz - Inexistência de
critérios determinados e fixos para a quantificação do dano moral- Justa a fixação da
indenização em R$ 17.000,00, equivalente a, aproximadamente, três vezes o valor
total dos saques indevidos - Apelo provido em parte. (TJSP - Apelação: APL
991030495764 SP - Órgão Julgador: 23ª Câmara de Direito Privado - Relator(a): José
Marcos Marrone - Julgamento: 14/04/2010)
REVISÃO DE JUROS
CONTRATO BANCÁRIO - FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO -REVISIONAL - Contrato de
trato sucessivo ou de duração - Relação de Consumo caracterizada - Aplicação do
Código de Defesa do Consumidor - Súmula 297-STJ. RECURSO PROVIDO

CONTRATO BANCÁRIO - FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO - Adoção da TR -


Admissibilidade - Contrato que estipulou correção das prestações e do saldo devedor
pelos mesmos índices aplicados aos saldos de caderneta de poupança. RECURSO
DESPROVIDO

CONTRATO BANCÁRIO - FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO -AMORTIZAÇÃO DO SALDO


DEVEDOR - Reajustamento do saldo devedor efetivado em momento anterior à
amortização decorrente do pagamento das prestações do financiamento -
Possibilidade - Súmula 450-STJ. RECURSO DESPROVIDO

CONTRATO BANCÁRIO - FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO - JUROS REMUNERATÓRIOS


– CAPITALIZAÇÃO Inadmissibilidade - Os juros capitalizados não são permitidos no SFH
- Precedentes do STJ - A taxa de juros nominal deve ser calculada de forma simples.
RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO

REPETIÇÃO DE INDÉBITO. Devolução em dobro - Inadmissibilidade no caso - Não


comprovado que o réu agiu de maneira maliciosa. RECURSO DESPROVIDO

CONTRATO BANCÁRIO - FINANCIAMENTO IMOBILIÁRIO - Seguro obrigatório no


contrato de financiamento regido pelo SFH - Inexistência de determinação para que o
seguro seja pactuado com o próprio agente financeiro - Taxa de seguro que deve ser
reajustada pelo mesmo índice do contrato, por se tratar de acessório. RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO

CONTRATO BANCÁRIO - MULTA CONTRATUAL - Contrato de trato sucessivo - A Lei n°


9.298/96 alterou o artigo 52, § 1o, do Código de Defesa do Consumidor, que estava em
vigor antes do inadimplemento - Necessária a redução da multa moratória de 10%
para 2%. RECURSO PROVIDO

CONTRATO BANCÁRIO - COMISSÃO DE PERMANÊNCIA – A Súmula 294-STJ admite a


cobrança da comissão de permanência desde que esteja em conformidade com a taxa
média de mercado estabelecida pelo Banco Central - Daí a necessária informação
dessa cláusula para que seja possível a verificação da legalidade da comissão de
permanência cobrada - Vedação de cumulação com outros encargos moratórios.
RECURSO PROVIDO
CONTRATO BANCÁRIO - REVISÃO - Apuração de saldo devedor - Eventual saldo
devedor deve ser apurado em liquidação de sentença - RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO
(Apelação n° 9179876-25.2001.8.26.0000 - 23a Câmara de Direito Privado – Rel.
SÉRGIO SHIMURA j. 10 de agosto de 2011)
CONTRATO BANCÁRIO - REVISIONAL - Contrato de "cheque especial" - Relaçã o
de consumo caracterizada - Aplicaçã o do CDC - Sú mula 297-STJ - RECURSO
PROVIDO

CONTRATO BANCÁRIO - Juros remunerató rios – Informaçã o prévia ao


consumidor da taxa prevista contratualmente – As instituiçõ es financeiras podem
cobrar juros remunerató rios livremente, nã o se submetendo aos limites do
Decreto n° 22.626/33 - Assim, nã o há respaldo legal para a fixaçã o da taxa em 1%
ao mês - Todavia, deve haver prévia informaçã o ao consumidor, nos termos do art.
46, primeira parte, do CDC – Nã o havendo tal informaçã o prévia, a taxa dos juros
remunerató rios deve corresponder à taxa média de mercado nas operaçõ es da
espécie, divulgada pelo "Bacen", exceto se a efetivamente cobrada pela instituiçã o
financeira for mais proveitosa para o cliente - Orientaçã o firmada pelo STJ, ao
aplicar a "Lei de Recursos Repetitivos" - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO

CONTRATO BANCÁRIO - Os juros remunerató rios podem ser cobrados até o


vencimento da dívida, porquanto inexistem juros futuros - Depois do vencimento
da dívida, só cabem correçã o monetá ria pelos índices oficiais, juros morató rios e
multa se contratada - Precedentes jurisprudenciais.

REVISIONAL - CONTRATO BANCÁRIO - Capitalizaçã o dos juros - Em regra, o


ordenamento jurídico proíbe o anatocismo (Sú mula 121-STF) - A capitalizaçã o só é
permitida quando autorizada por lei, como, por exemplo: capitalizaçã o anual (art.
591, Có digo Civil; art. 4o do Decreto 22.626/33), capitalizaçã o referente a crédito
rural, comercial e industrial (Sú mula 93-STJ) - Capitalizaçã o mensal dos juros
pactuada de maneira expressa, clara, garantindo ao contratante a plena ciência dos
encargos ajustados - Arts. 46 e 47 do CDC. RECURSO DESPROVIDO

INFORMAÇÃO PRÉVIA E CLÁUSULAS CONTRATUAIS. Em se cuidando de relaçã o


de consumo, o consumidor há de ser previamente informado sobre as respectivas
taxas, tarifas e encargos cobrados na relaçã o contratual, conforme o disposto no
artigo (art. 46, CDC) - Nos termos do art. 51, IV, CDC a fixaçã o de encargos deixada
ao arbítrio de uma das partes (banco) considera-se potestativa e, portanto, nula -
Cobrança indevida que nã o pode prevalecer.
(Apelação n° 9162716-45.2005.8.26.0000- 23a Câmara de Direito Privado -
Rel. SÉRGIO SHIMURA j. 10 de agosto de 2011)

EMENTA

CONTRATO BANCÁRIO - REVISÃO - JUROS - TAXA MÉDIA. Uma vez comprovado que a
instituição financeira cobrou juros em percentual superior à taxa média do mercado,
devem eles ser reduzidos a um percentual adequado. Considerando que os
particulares podem cobrar juros de 2% ao mês, equivalentes ao dobro da taxa legal
(art. 1º do Dec. 22.626/33, c.c. art. 406 do C. Civil e 161, § 1º, do CTN), os bancos, que
têm gastos com pessoal, imóveis, móveis, maquinários, papéis, pagamento de
rendimentos e propaganda, podem cobrar um pouco mais, sendo adequada a taxa de
4% (quatro por cento). (TJMG: 106870604623260012 MG 1.0687.06.046232-6/001(2)
- Relator(a): FABIO MAIA VIANI - Julgamento: 09/02/2010)

EMENTA

AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTRATO BANCÁRIO. JUROS


REMUNERATÓRIOS. NÃO LIMITAÇÃO.

1. "A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não
indica abusividade" (Súmula 382/STJ).

2. Os juros remuneratórios são devidos à taxa contratada; salvo se comprovado, in


concreto, que são abusivos, assim entendidos aqueles que discrepem
significativamente da média praticada no mercado.

3. Agravo regimental a que se nega provimento.( STJ - AGRAVO REGIMENTAL NO


AGRAVO DE INSTRUMENTO: AgRg no Ag 1140126 SC 2008/0284287-9 - Órgão
Julgador: T3 - TERCEIRA TURMA - Relator(a): Ministro VASCO DELLA GIUSTINA
(DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJ/RS) - Julgamento: 03/02/2011)

EMENTA

APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. FINANCIAMENTO.


RELAÇÃO DE CONSUMO CARACTERIZADA. UTILIZAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR. JUROS REMUNERATÓRIOS. SENTENÇA QUE ESTABELECEU A TAXA SELIC
PARA EFEITOS DE CÁLCULOS. INADMISSIBILIDADE. UTILIZAÇÃO DA TAXA MÉDIA DE
MERCADO LIMITADA AO PERCENTUAL CONTRATADO. CAPITALIZAÇÃO DE JUROS.
PRÁTICA VEDADA PELO ORDENAMENTO JURÍDICO BRASILEIRO. SÚMULA 121 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. CLÁUSULA ANULADA. PROVIMENTO PARCIAL DO
APELO.( TJ-RN, 1ª Câmara Cível - Apelação Cível 2008.005585-8, Rel. Des. convocado
Virgílio Fernandes julgado em 12/08/2008)

MÚTUO BANCÁRIO - LIMITAÇÃO DE DESCONTO.


 
A Turma indeferiu agravo de instrumento interposto por instituição
financeira contrário à decisão que limitou os descontos incidentes na
remuneração do devedor para pagamento de mútuo bancário. Segundo a
Relatoria, em ação de revisão contratual, o Magistrado deferiu pedido de
antecipação de tutela para determinar que o banco se abstivesse de
descontar percentual superior a trinta por cento dos vencimentos do
correntista para saldar o empréstimo contraído. A Julgadora afirmou que os
contratos de crédito e financiamento, por se submeterem ao regramento
do Código de Defesa do Consumidor, devem observar o princípio da boa-fé
objetiva (art. 4º, inc. III, do CDC) e o dever de transparência (art. 4º,
caput). A Desembargadora explicou que, ao celebrar contrato de abertura
de crédito, os bancos tornam-se titulares de direitos e também de
obrigações adjetas, tais como: o dever de informar, avaliar riscos e exercer
a cogestão responsável do crédito. Desse modo, os Julgadores entenderam
que o fornecedor que concede crédito a quem não tem condições de
cumprir o contrato pratica abuso de direito, assumindo o ônus de rever
suas expectativas iniciais de recebimento da dívida, porquanto não é lícita
a integral apropriação do salário do devedor, ainda que prevista em
contrato, haja vista tratar-se de verba destinada à sua subsistência e de
sua família. Ponderaram, todavia, que a limitação dos descontos somente é
aplicável quando preenchidos os seguintes parâmetros objetivos: o volume
de empréstimo seja manifestamente superior à capacidade de solvência do
correntista; o credor conheça ou deva conhecer a noticiada insuficiência de
recursos; os descontos incidam sobre verba alimentar indispensável à
manutenção do devedor. Assim, ao considerar flagrante a abusividade da
obrigação contratual, o Colegiado confirmou a decisão monocrática que
restringiu os descontos nos vencimentos do devedor.
 
20110020026281AGI, Relª. Desª. VERA ANDRIGHI. Data do
Julgamento 30/03/2011.

COBRANÇA INDEVIDA DANO MORAL

AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS - Relação de consumo caracterizada -


Aplicação do CDC - Dívida quitada - Manutenção indevida da negativação - Dano moral
presumido configurado - Indenização devida - Aplicação correta de pena por litigância
de má-fé, vez que evidenciado o dolo processual e intuito malicioso do réu - RECURSO
DESPROVIDO
(Apelação n° 9144785-92.2006.8.26.0000 - 23a Câmara de Direito Privado - Rel.
SÉRGIO SHIMURA j. 10 de agosto de 2011)

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