3 – A partir da discussão em torno das habilidades/limitações humanas e a relação entre
Cultura e Natureza em suas origens, teça considerações acerca das noções de
Maternidade e Depressão Pós-Parto.
É consensual entre antropólogos que as características biológicas ou diferenças genéticas
não são determinantes no que diz respeito as diferenças culturais. Os antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas não são determinantes das diferenças culturais. Ainda podemos inferir que o determinismo geográfico, discutido por Laraia (2001), também não é capaz, por si só, de atribuir adjetivos ou competências aos indivíduos. Um esquimó não é visto como selvagem ou “atrasado” da mesma forma que se intitula o índio das Américas no período da colonização - tendo em vista a diferença cultural de ambas em relação ao europeu colonizador. Na verdade, ao afirmarmos que a localização geográfica do irá determinar sua capacidade de “progresso”, percebe-se uma tentativa de inferiorizar o outro, ou seja, tomamos nossos conjuntos de valores e constituição cultural para estabelecer uma hierarquia, onde nos colocamos como superiores diante da nossa localização (perspectiva). Como Montaige (1972 apud Laraia 2001), claramente nos propõe, “na verdade, cada qual considera bárbaro o que não se pratica em sua terra.”
No estudos de variadas culturas podemos perceber as funções que inicialmente seriam
masculinas, destinadas as mulheres e também ao contrário, para Mead (1971), podemos utilizar dessas funções, como por exemplo, um homem amamentar uma criança com a mamadeira, auxiliar no parto e nas funções no puerpério, assim como citado no texto, a ajuda dos índios tupi no parto. Esse compartilhamento de tarefas desde a gestação pode diminuir esse processo de tristeza e quando chegar no processo de parto e puerpério a mulher não se sentirá só, mesmo com a elevada queda de hormônios e a dependência do bebê sob a mãe, o homem pode estar presente compartilhando as atividades como acima citado.