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Instituto Federal de Sergipe

Aluno: Laerton dias Alves


Professor: Diego Coriolano
Disciplina: Eletricidade Experimental

Relatório sobre a carga e a descarga de um capacitor

Lagarto
04/11/2019
Sumário

Introdução teórica................................................................................................3
Objetivos..............................................................................................................4
Materiais .............................................................................................................5
Métodos e Resultados.........................................................................................5
Experimento de carga do capacitor..........................................................5
Experimento de descarga do capacitor....................................................9
Conclusão..........................................................................................................14
Referências........................................................................................................15

2
Fundamentação Teórica

Boylestad afirma que capacitância é uma medida da quantidade de carga


que o capacitor pode armazenar em suas placas; em outras palavras, é sua
capacidade de armazenamento. Assim o autor conclui que quanto maior a
capacitância, maior será a capacidade de carga de um capacitor para uma
mesma tensão.
A transferência de carga para as placas de um capacitor não ocorre
instantaneamente. Partindo de um circuito aberto, assim que o circuito se fecha,
o capacitor apresenta uma grande diferença de potencial. Isso faz com que haja
uma grande corrente elétrica que tende a zero com o passar do tempo. A tensão
no capacitor durante a carga apresenta rápido crescimento inicial, que se reduz
ao longo do tempo, de modo que essa tensão tende a se igualar a tensão no
ramo do circuito após um longo período. Esse período de carga do capacitor é
chamado de período transitório.
Como observado acima, o comportamento da tensão ao longo do tempo
não é linear. Essa tensão é representada então por uma exponencial. Com isso
Boylestad traz a seguinte equação para a tensão na carga de um capacitor:
Equação I
−𝑇
𝑉𝑐 = 𝐸 ∗ (1 − 𝑒 𝜏 )

E → Tensão aplicada;
T → Tempo;
Já o fator 𝜏 corresponde a uma constante de tempo do circuito, que é calculada
pela equação II:
Equação II
𝜏 = 𝑅∗𝐶

R → Resistência sobre a corrente até o capacitor;


C→ Capacitância do capacitor;
Para o tempo de carga de um capacitor Boylestad diz que: “A tensão
através de um capacitor em um circuito CC é essencialmente igual a tensão
aplicada após cinco constantes de tempo da fase de carga”.
A corrente através do capacitor, na fase de carga pode ser calculada pela
equação III:

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Equação III
𝑇
𝐸 ∗ 𝑒 −𝜏
𝑖𝑐 =
𝑅

ic → Corrente no capacitor.
A corrente de um capacitor será zero ampere para um valor de cinco
constantes de tempo. Nesse ponto, o capacitor pode ser substituído por um
circuito aberto.
A fase de descarga do capacitor ocorre quando o mesmo é posto em um
circuito fechado que funcionará como uma fonte de tensão ao circuito. A equação
IV determina a tensão no capacitor após a passagem de tempo na fase de
descarga.
Equação IV
𝑇
𝑉𝑐 = 𝐸 ∗ 𝑒 − 𝜏

O 𝜏 pode ser calculado assim como o da fase de carga, pela equação II.
Contudo, os valores poderão ser diferentes, já que o circuito de carga pode
conter resistência equivalente diferente da de descarga.
A corrente da fase de descarga pode ser calculada através da equação V:
Equação V
𝑇
−𝐸 ∗ 𝑒 − 𝜏
𝑖𝑐 =
𝑅

Nota-se que o valor da corrente de descarga é o oposto do valor de carga


para um mesmo 𝜏, fato que não ocorre para as tensões de carga e descarga.
Assim, sabe-se que o valor da corrente pode variar instantaneamente em
capacitor, entretanto a tensão não pode variar instantaneamente.

Objetivos

• Mostrar os gráficos de carga e descarga do capacitor;


• Verificar os resultados das tensões em relação as tensões teóricas;
• Identificar erros.

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Materiais
Para o experimento de carga foi utilizado:
• Um capacitor de 50 µF;
• Um resistor de 1 kΩ;
• Fonte de tensão contínua de 10 V;
• Protoboard;
• Fios jumper;
• Um osciloscópio.
• Software Tinker Cad;
• Software Excel.
Para realizar o experimento de descarga foi necessário:
• Um capacitor de 100 µF;
• Um resistor de 2 KΩ;
• Um relé;
• Um botão de acionamento;
• Uma fonte de tensão contínua de 5V;
• Protoboard;
• Fios jumper;
• Um osciloscópio;
• Software Excel.

Métodos e resultados

Experimento de carga do capacitor


Após selecionar os materiais e verificar sua eficiência, o primeiro
experimento foi feito. O circuito foi montado como ilustra a figura 1 abaixo:
Figura 1

Fonte: Acervo.

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Em seguida com o uso do osciloscópio, foi possível obter tensão em
função do tempo na fase de carga do capacitor para 1 𝜏, 2 𝜏, 3 𝜏, 4 𝜏 e 5 𝜏 as
figuras 2, 3 ,4, e 6 a seguir apresentam valores obtidos respectivamente:
Figura 2

Fonte: Acervo.

Figura 3

Fonte: Acervo.

6
Figura 4

Fonte: Acervo.

Figura 5

Fonte: Acervo.

7
Figura 6

Fonte: Acervo.

Para verificar a correlação entre os resultados experimentais e o valor


teórico é necessário fazer uso das equações anteriormente citadas. Com o uso
da equação II foi possível calcular o 𝜏.
𝜏 = 1*(10^3) *10*(10^-6)
𝜏 = 10 ms
Após conhecer o 𝜏 aplica-se a equação I para 1 𝜏, 2 𝜏, 3 𝜏, 4 𝜏 e 5 𝜏. A
figura 7 abaixo apresenta os cálculos realizados:
Figura 7

Fonte: Acervo.

8
Com a equação 2 e o uso do Excel foi possível então montar o gráfico 1
abaixo, que mostra a curva da tensão na carga do capacitor ao longo do tempo:
Gráfico 1

TENSÃO EM UM CAPACITOR
6,000
5,000
5,000

4,000
TENSÃO (V)

3,000
1,839
2,000
0,677
1,000 0,249 0,092
0,034 0,012 0,005 0,002 0,001 0,000
0,000
0

2
0,2

0,4

0,6

0,8

1,2

1,4

1,6

1,8
TEMPO (S)

Fonte: Acervo.

Para analisar os resultados teóricos junto aos resultados do experimento


foi montada a tabela 1 a seguir:
Tabela 1
Análise das divergências entre o valor teórico e o experimental da tensão na
carga do capacitor
Tempo 1𝜏 2𝜏 3𝜏 4𝜏 5𝜏
Resultado 6,321 V 8,647 V 9,502 V 9,817 V 9,933 V
teórico
Resultado 6V 8,6 V 9,6 V 9,8 V 10 V
experimental
Divergência: 5,07% 0,54% 1,03% 0,17% 0,67%
Fonte: Acervo.

Após a análise das informações, verifica-se uma maior divergência para


um intervalo de tempo em que a tensão se altera rapidamente, de modo que o
maior de valor de divergência é de 5,07% em relação ao valor teórico.

Experimento de descarga do capacitor


Para realizar do experimento de descarga foi montado o seguinte circuito
representado pela figura 8:

9
Figura 8

Fonte: Acervo.

Em seguida com o uso do osciloscópio, foi possível obter tensão em


função do tempo na fase de descarga do capacitor para 1 𝜏, 2 𝜏, 3 𝜏, 4 𝜏 e 5 𝜏 as
figuras 9, 10 ,11, 12 e13 a seguir apresentam valores obtidos respectivamente:
Figura 9

Fonte: Acervo.

10
Figura 10

Fonte: Acervo.

Figura 11

Fonte: acervo.

11
Figura 12

Fonte: Acervo.

Figura 13

Fonte: Acervo.

Para analisar a correlação entre os resultados experimentais e o valor


teórico é necessário calcular o 𝜏. Para esse fim usou-se a equação II:
𝜏 = 2*(10^3) *100*(10^-6)
𝜏 = 200 ms
Após conhecer o 𝜏 aplica-se a equação IV para 1 𝜏, 2 𝜏, 3 𝜏, 4 𝜏 e 5 𝜏. A
figura 14 abaixo apresenta os cálculos realizados:

12
Figura 14

Fonte: Acervo.

Com o uso do Excel e da equação IV, montou-se o gráfico 2 que mostra


a tensão ao longo do tempo na descarga do capacitor:
Gráfico 2

TENSÃO EM UM CAPACITOR
6,000
5,000
5,000

4,000
TENSÃO (V)

3,000
1,839
2,000
0,677
1,000 0,249 0,092
0,034 0,012 0,005 0,002 0,001 0,000
0,000
0

2
0,2

0,4

0,6

0,8

1,2

1,4

1,6

1,8

TEMPO (S)

Fonte: Acervo.

Para relacionar os valores teóricos com os experimentais, foi construída


a tabela 2 abaixo:

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Tabela 2
Análise das divergências entre o valor teórico e o experimental da tensão na
descarga do capacitor
Tempo 1𝜏 2𝜏 3𝜏 4𝜏 5𝜏
Resultado 1,839 V 0,677 V 0,249 V 0,09 V 0,034 V
teórico
Resultado 2V 0,8 V 0V -0,2 V 0V
experimental
Divergência: 8,75% 1,82% 100% 322 % 100%
Fonte: Acervo.

Para o experimento de descarga os valores encontrados não se


mostraram fieis. Ao fazer a análise de modo percentual a discrepância entre os
resultados teóricos e práticos é muito alta. Contudo percebe-se que existe uma
divergência maior para valores de tensão muito baixos enquanto que em tensões
maiores os resultados foram aceitáveis em termos de proporção entre os valores
obtidos. Consequentemente, em uma análise apenas dos valores absolutos a
divergência não se mostra muito elevada.

Conclusão

Para a carga houve poucas divergências percentuais, tendo sido maior


para um menor valor de tensão. Essa diferença pode estar associada as
variâncias dos instrumentos, tanto da fonte, resistor e capacitor quanto do
osciloscópio. Por tanto, os resultados obtidos para a carga estão em
conformidade com os valores teóricos. Outro ponto interessante a se destacar é
o fato de o capacitor apresentar carga praticamente completa em 5 𝜏, mostrando
ser suficiente considerar esse intervalo de tempo como período para carga do
capacitor.
Para a descarga do capacitor, ao longo do tempo a tensão se mostra
muito baixa. As diferenças percentuais encontradas devem ser causadas por
conta da variação dos instrumentos utilizados que para valores próximos de zero
acabam por não ser tão precisos. Assim verifica-se que a sensibilidade do
osciloscópio na escala utilizada e dos demais instrumentos para tensões muito
pequenas não é adequada para este experimento. Deve-se ainda levar em
consideração percas causadas por resistências internas. Por fim, apesar de o
capacitor no experimento já se mostrar descarregado para um tempo de 3 𝜏, é
conveniente que se use um tempo de 5 𝜏, pois neste intervalo de tempo o
capacitor já estava experimentalmente e teoricamente descarregado,
proporcionando assim mais segurança.

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Referências

Boylestard, Robert L. Introdução à Análise de circuitos. 12 edição.

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