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AULA Nº 05 06-09-07

Cap. 4 Absorção de água

Água na célula  água na planta, entender a dinâmica sistemática da água na planta, como ela é
absorvida, como sai do solo e chega até o interior da raiz por movimento radial, como essa água vai até a
parte aérea e como é perdida na atmosfera.

4.1 – Introdução
Função da raiz – ancoragem e absorção de água e nutrientes há uma grande heterogeneidade do
sistema radicular ao longo do perfil do solo, porque encontramos no solo camadas com densidades
diferentes, camada de afastamento, o solo normalmente seca de cima para baixo, essa seca é heterogênea,
e com isso as raízes adaptadas ao ambiente heterogêneo encontrado nesse solo.
A parte aérea esta em uma condição termodinâmica que favorece grandemente a perda de água na
forma de vapor para a atmosfera, ou seja, a transpiração é um processo termodinamicamente muito
favorecido. Se a planta perde água, a água deve ser reposta, se não acontecer a planta entra em déficit
hídrico, se este for de magnitude suficientemente alta, pode gerar um colapso no metabolismo, levando a
planta a morte, cabe a raiz absorver água para repor a água perdida pelo processo transpiracional.

4.2 - Morfologia e anatomia radicular


Em uma planta herbácea o que podemos distinguir neste sistema radicular? Da coifa em direção a base do
solo nós temos:
EXTERNA
(1) Parte apical da raiz - coifa;
(2) tecido meristemático (enquanto no caule o ápice é o meristema, no sistema radicular o ápice é a coifa),
meristema primário, responsável pelo crescimento longitudinal, axial (ao longo do eixo, crescimento em
comprimento), meristema subapical de uma raiz na verdade é a coifa,
(3) região de alongamento do perfil: células meristemáticas se dividem, umas continuam sendo
meristemáticas, a outra é adicionada ao corpo vegetativo da raiz ou da planta, sistema de alongamento
permite o crescimento axial da raiz, acima deste temos:
(4) zona pilífera: pelos absorventes, células epidérmicas modificadas têm como função aumentar
superfície de contato raiz-solo. Na medida em que aumenta a superfície de contato, há a tendência de
maior absorção de água e nutrientes. Estes pêlos absorventes têm uma duração curta, são formados, a raiz
vai crescendo tem um atrito entre a raiz-solo, muito frágil, desprendem-se da raiz a medida que cresce,
quando o pêlo radicular se desprende gera lesão, para cicatrização há deposição de suberina.
(5) região de suberização,
(6) zona de ramificação, onde o sistema radicular começa a se ramificar;
Recapitulando da coifa para a base da raiz temos uma região de intersecção entre o caule-raiz.
INTERNA
Anatomia interna de uma raiz primária, parte mais externa da raiz? De fora para dentro temos:
(1) epiderme - a parte mais externa (proteção a raiz)
(2) depois entrando na raiz o córtex (baixa resistência ao fluxo de água, espaços entre as células),
(3) endoderme,
(4) interno a endoderme -conjunto- estelo, onde estão localizados os feixes vasculares xilema e
floema
(5) periciclo (crescimento radial).
Em algumas monocotiledôneas antes do córtex podemos encontrar uma exoderme (encontramos
lamela e estria).
Pêlo radicular (célula epidérmica modificada)  epiderme  (exoderme – algumas sp.) cortex
 endoderme (interno-estelo-feixes vasculares)  Periciclo.
O que caracteriza a endoderme e quando presente a exoderme (região contígua a epiderme), a
endoderme caracteriza-se pelas estrias de Caspary, deposição de lignina e suberina, tomarmos uma célula
da endoderme as paredes, os espaços intermicrofibrilares estão impregnados de lignina e/ou suberina, este
espaço formado fundamentalmente de hemicelulose, microfibrilas de celulose, espaços porosos entre as
fibrilas de celulose, nestes espaços temos a deposição de suberina e ou lignina há uma obstrução física
deste espaço, numa célula as paredes radias anticlinais estão impregnadas com lignina e suberina, como
em uma caixa de sapato, ou seja, a água não atravessa essa parte da parede, em função dos depósitos,
atravessando portanto, no interior da célula, na endoderme, onde não temos deposição de lignina e
suberina. Identificamos na endoderme e quando presente a exoderme a formação de uma lamela de
suberina, não confundir com estrias de caspary, lamela é a deposição de um filme de lignina nas células
endodérmicas e exodérmicas, um filme interno a parede primária, ou seja, imagine que o filme estaria
entre a parte mais externa da parede e a membrana plasmática, se não existisse a estria de caspary, essa
lamela de suberina afetaria o fluxo de água através da parede celular, não. Pois a lamela de suberina esta
interna a parede entre a parede e a membrana, a estria de caspary é a deposição de lignina e ou suberina
nos espaços intermicrofibrilares, dentro da parede, envolto a parede e a lamela de suberina deposição da
suberina na parte interna da parede, entre a parede e a membrana plasmática, a lamela de suberina em si
não afeta o fluxo de água através do apoplasto, pois o filme de suberina está internamente ao apoplasto.
Forma-se primeiro a estria, usualmente a lamela é formada a posteriore.

4.3 - Mecanismos de absorção da água:


A água entra na raiz devido a uma diferença de potencial hídrico entre a raiz e o solo. Como é
gerado mecanismos, como é gerada a diferença de gradiente de potencial hídrico entre a raiz e o solo?
Temos dois mecanismos básicos:
- Mecanismo ativo: a diferença de potencial hídrico entre a raiz e o solo é gerado as custas de energia
metabólica, a absorção de água em si não depende de energia metabólica, é um movimento passivo, sem
gasto de energia. Porém o mecanismo para gerar diferença de Pot. hídrico entre a raiz e solo é gasto
energia metabólica, então usualmente há o acúmulo de sais no estelo, todo o acúmulo de qualquer coisa é
um processo entropicamente desfavorável (tende a dispersar e não acumular) e para então acontecer, é
necessário que se acople energia metabólica, gera redução do Pot. osmótico mais negativo, que leva a
uma redução do Pot. hídrico, gerando gradiente de potencial entre o estelo e o solo, passando ao longo da
rota radial. Em reposta o agente formado por esse mecanismo ativo, a água flui para o interior.
- Mecanismo passivo, o gradiente de pot. hídrico é gerado sem gasto de energia metabólica, através da
transpiração, perda de água na forma de vapor pela parte aérea, a água perdida por transpiração deve
tracionar, succionar o xilema, essa força de sucção é transmitida ao longo do xilema e vai ate a raiz, essa
força de sucção gera diferença de Pot. Hídrico entre a raiz e o solo, (ativo acumula sal) aqui ocorre por
pressão negativa (sucção e tração), portanto Pot. pressão do xilema tende a cair, cai pot. pressão, reduz
Pot. Hídrico. Em termos quantitativos qual mecanismo é mais importante? Em 24 horas o mecanismo
passivo é mais importante, pois a maior parte da água entra pela diferença de Pot hídrico gerada pela
transpiração, a noite quando a transpiração é inexistente ou muito baixa e a demanda esta satisfeito, o
mecanismo ativo passa a ter importância, em outras palavras baixa taxa respiratória, se traduz como
aumento relativo da importância do mecanismo ativo como força motora para entrada de água na planta.
Mas desde que a transpiração ocorra o mecanismo ativo tem importância.

4.4-Pressão Radicular
a) a raiz como sistema osmótico
Quando a água atravessa a endoderme e chega ao estelo, podemos dizer que a endoderme é um ponto
obrigatório de passagem da água pelo simplasto radicular, pois na verdade ela não pode atravessar as
paredes em função das estrias de caspary. Quando a água chega a célula temos como destaque o volume
de água e a estria de caspary, tende a isolar o estelo da região externa a esse estelo, ou seja, fazendo com
que todo o estelo se comporte no grande sistema osmótico, diferenças de [] separadas por uma membrana
semipermeável. Se pensarmos em ... temos espaços entre as células, água e nutrientes passam livremente
por ali, mas no estelo não, para chegar ao estelo tem-se que forçosamente atravessar uma membrana
plasmática. A presença da endoderme permite a raiz funcionar como um sistema osmótico. Água que
chega ao estelo onde começa haver entrada de água na célula tem-se acumulo de água gerado em função
do gradiente de pot hídrico. Esta água acumulada em função da osmose, usada para hidratar células do
estelo, uma vez que estas se encontram hidratadas e continua a entrar mais água, para onde vai essa água?
O vacúolo está hidratado, uma única célula esta hidratada, chega uma hora que pára porque a parede
exerce uma pressão contraria, no estelo temos várias células se hidratando, na verdade entra água no
protoplasto, paredes hidratas, espaços hidratados, gera uma pressão hidrostática no estelo que favoreceria
ao movimento reverso da água, mas a água faz esse caminho de volta ao córtex? Não, na verdade temos
uma região que oferece menor resistência para que essa água possa se unir, em função de diferenças de
pot hídrica, que região seria essa, o xilema, quando maduro é um tubo oco, com células ocas, lúmem oco
de baixa resistência mecânica, em termos de probabilidade há tendência de voltar ao córtex, mas não
ocorre por dois motivos, primeiro o xilema oferece baixa resistência e segundo que há facilidade da água
entra no estelo através das aquaporinas, mas há dificuldade dessa água sair do estelo, porque e as
aquaporinas podem permite fluxo de água mais em uma direção que em outra, acumulo de agua gera um
excedente que vai para a região de menor resistência, ou seja, o xilema. A água é pressurizada na raiz e
essa pressurização faz com que a água cresça em movimento ascendente ao longo do xilema. Pressão
gerada na raiz é o que chamam de pressão radicular. O que sobe pelo xilema, água ou solução? Solução,
água e solutos. Se tivermos um sistema contendo uma solução qualquer imersa em um meio contendo
água pura com presença de membrana semipermeável, acontece a osmose, entrada de água na célula, o
volume aumenta, gera pressão hidrostática, portanto se conectado a um tubo capilar, acontece movimento
ascendente da solução através do tubo capilar, ou seja, movimento ascendente contra gravidade acontece
em função da pressurização para haver entrada de água pura por uma membrana semipermeável, isso que
acontece com a raiz, a endoderme passa pelo simplasto interconectadas por plasmodesmas, acumula sais,
diminui o pot. osmótico, diminui o potencial hídrico, entra água, ocorre uma pressurização, a água é
movimentada ascendentemente via xilema portanto uma pressão positiva.

Sol.
MSP
H2O

b) Condições para ocorrência da pressão radicular


Onde há um acumulo de sal no estelo, o solo tem uma certa fertilidade, um solo pobre de nutrientes não é
comum observarmos uma PR, porque não é um caso que vai gerar excesso de nutrientes no estelo,
fertilidade do solo é um ponto importante, outro aspecto, importante também, seria uma adequada
disponibilidade de água no solo, trabalhando com excesso, a pressão se dá com excesso no estelo e
excedente de água no solo, em um seco não se observa ocorrência de PR, então água e nutrientes são
condições essenciais para que o fenômeno seja observado. Outro aspecto que horas que ocorre PR, em
que período do dia, a água move-se ascendentemente ou por pressão positiva pela pressão radicular ou
por pressão negativa por transpiração, podem em termos físicos os dois fenômenos co-ocorrerem? Não é
possível, ou ocorre um ou ocorre outro, se a coluna esta sob tração como pode estar sob pressão?
Excedente sobre tração, a pressão radicular é gerada quando temos um excedente de água, sob tração não
co-existe, o movimento de água via transpiração e via pressão radicular são excludentes ou ocorre um ou
ocorre o outro. Não existe excesso de água no estelo se tiver havendo tração, ou ocorre um ou ocorre
outro, a rigor pode acontecer em qualquer hora, desde que a transpiração seja muito baixa ou nula. Ex.
Soja decaptada (sem a parte aérea) ao meio dia depois de 30 min, começa haver exudação de seiva pela
região de decaptação, ao eliminar a parte aérea, elimina processo transpiracional, esta havendo ampliação,
gera excesso de água no estelo, excesso gerado após acumulo de sais, gera um gradiente de pot. hidrico
determinado por diferença de concentração de sais entre estelo e o solo a partir do qual ocorre entrada de
água, essa água vai pressurizar a base radicular e depois o movimento ascendente de seiva extravasado na
região de corte. Esse tempo necessário possa haver a condição necessária para acumulo de sais,
movimento de água e gerar pressão radicular , normalmente em condições de campo ocorre a noite e nas
horas inicias da manha, não acontece durante o dia, pois a transpiração é o processo mais importante para
determinar a ascensão da seiva, pressão negativa e não pressão positiva.

c) Importância
Primeiramente serve para o transporte de água ascendentemente, mas em termos quantitativos a
magnitude do transporte de água é baixa na faixa de 10% em media, o processo mais importante para
transportar a água é devido a transpiração, importância secundaria, importância bem menor, menor, para
facilitar o transporte ascendente, segunda importância principalmente quando temos seca no solo, parte do
xilema pode estar com embolismo, presença de bolhas de ar dentro dos vasos xilemáticos, essas bolhas de
ar - embolismo provoca uma grande redução na condutividade axial do xilema, e quando temos pressão
radicular, a pressão faz com que essas bolhas se dissolvam. Se tivéssemos água liquida ar e pressão,
pressurizassemos o sistema com embolo diminuiria o volume, o ar se dissolve na água. Essa pressão
favorece solubilidade de gases no liquido, pressão negativa, favorece saída de gases. Portanto PR
favorece que tubos xilemáticos, no quais ocorre bolhas de ar, seja dissolvido na seiva que esta subindo
através do xilema, pressão mecanismo efetivo na reversão da cavitação (processo decorrente do
embolismo, não se presta a condução pela presença de bolhas de ar) e transporte de Ca, nutriente para
frutos de baixa mobilidade. Em herbáceas, Ca reduz mobilidade no floema, usa-se a cavitação para mover
Ca.

AR

H2O

Ar reduz de volume, se dissolve na água.

d) características
d.1- diferença entre as espécies, nem todas as espécies exigem PR, a maioria das arvores não tem, uma
espécie herbácea pode ter, uma outra não, gramíneas tem PR maior que leguminosas herbáceas.
d.2- magnitude: 0,05 – 0,25MPa, valor médio mais próximo de 0,05 em exterior, com PR de 0,05 a água
poderia ser levada até que altura? 5 metros, uma pressão de 0,1MPa equivale a 10,33 metros, todavia há
atrito ao longo do transporte conseqüentemente parte da pressão radicular é usada para vencer o atrito 2/3
e apenas 1/3 para vencer a gravidade. Na prática uma pressão de 0,05 MPa chega a que altura? 1,67m, 5m
sem atrito 1/3 para gravidade, com pressão útil de 1,67m, a magnitude da PR é suficientemente alta
apenas para elevar água a alturas baixas. Árvore não se forma tal pressão para elevar a água. Essa pressão
vai apenas até uma altura, em uma planta herbácea o mecanismo pode ser efetivo, mas para uma arvore é
bem menor, pois não forma uma pressão considerável capaz de elevar essa água a alturas consideráveis.

e) Gutação ou sudação: extração de seiva pelos hidatódios, que são estômatos não mais funcionais, que
ocorrem na borda, no limbo mais concentrado em direção ao ápice da folha, gutação nada mais é que a
manifestação da ocorrência da pressão radicular, a seiva do xilema, quando chega a folha é usada para
hidratar superfícies foliares, se continua ainda haver pressão radicular, continua a chegar água pelas
folhas, o excedente é perdido para o meio através dos hidatódios, perde água e seiva. Em algumas
espécies quando ocorre transpiração o filme liquído na superfície foliar é perdido por evaporação, mas os
nutrientes não evaporam ficam retidos na folha e pode provocar a queima da folha quando evapora a água
e ficam os nutrientes.

4.5 – Movimento radial da água


Quando a planta é herbácea a principal resistência para água sair do solo, é considerada o movimento
radial da água ao longo da raiz, então distinguimos três rotas possíveis:
a) Rota
- apoplástica: indo da superfície da raiz da epiderme até o estelo fundamentalmente através do apoplasto
(paredes e espaços intercelulares). Porém quando chega na endoderme e se houver exoderme a rota
apoplastica nesta região não é possível, em função fundamentalmente da deposição de suberina e ou
lignina nos espaços intermicrofibilares. Obviamente esta rota apoplástica tem uma baixa resistência, pois
a água esta nos espaços intercelulares e as paredes são altamente porosa, não limitam movimento da água,
desde que estejam hidratada. Parede pouco hidratada com pressão mátrica consideráveis, a água é retida
nas paredes, quando hidratada oferece uma limitação ao fluxo de água, mas como é porosa passa o fluxo
de água normalmente.
- simplastica: a água vai de uma célula a outra pelos plasmodesmos. A água não atravessa membranas
biológicas, plasmáticas, vai de uma célula a outra.
- transmembranar: (aquaporinas e plasmodesmos) água atravessa célula, pode passar pela parede, passar
pela parede de outra célula através da membrana, membrana simplasto, passa pelo vacúolo e assim por
diante (temos movimento célula-célula independentemente de passar pelos plasmodesmas).
Experimentalmente a água pode ir de uma célula a outra via plasmodesmas, pode ir de uma célula a outra
sem passar pelos plasmodesmas atravessando paredes e membranas. Os dois processos são possíveis, em
termos quantitativos qual o mais importante? Transmembranar, aproximadamente 95% (estimado, não é
medido) do transporte excluindo a via apoplastica, se da pela via transmembranar. Porque o Transporte é
um fenômeno de área, quanto maior a área disponível para que a água se difunda, maior o transporte, o
movimento. A área ocupada por plasmodesmas é muito pequena, para transporte de nutrientes é muito
importante, em termos quantitativos a planta transporta muito menos nutrientes que macronutrientes. Para
os nutrientes irem de uma célula a outra via plasmodesmas importância muito maior para o transporte de
água. Tem muito pouco área de plasmodesmas ao longo da qual a água se difundisse, portanto em termos
quantitativos movimentos meramente simplastico tem importância quantitativa pequena, é difícil ou
quase impossível experimentalmente em separar a rota simplastica da transmembrana. Como não se
podem separar, elas são estudadas juntas e tratadas como rota célula-celula. Movimento transcelular.
Água entrando pelo pêlo radicular – entra na verdade pelo simplasto ou protoplasto, esta entrando por um
plasmodesma, dessa célula para outra célula, seria uma rota simplastica.
A maior parte da célula vegetal madura é tomada pelo vacúolo, se a rota fosse eminentemente simplastica
a água circunda o vacúolo sem atravessar o protoplasto ate chegar ao estelo. Movimento de água por uma
rota puramente simplastica, é um movimento de pequena magnitude, já uma rota apoplastica, quando a
água chega no córtex ela pode em termos de probabilidade simplesmente ir via parede celular, espaços
intercelulares, ao chegar na endoderme aquela via de caspary impede ou bloqueia essa rota apoplastica de
modo que a água seja forçada a penetrar no simplasto radicular. Para o movimento da água não tem muita
importância que essa água seja forçada a entrar no simplasto endodérmico, importante para o movimento
de nutrientes. Eles podem chegar ate a endoderme via movimento do apoplasto, para que a raiz alcance
permeabilidade seletiva, é necessário e fundamental que em algum ponto os nutrientes atravessem a
membrana plasmática e faz isso quando encontra endoderme. A endoderme é mais importante para a
permeabilidade seletiva que pela passagem de água pelo simplasto radicular, é obvio que quando o
mecanismo passivo de geração de pot. hídrico está concorrendo a água presente é tracionada essa tração é
transmitida célula-celula que é transmitida nas paredes, há uma tendência que o movimento de água no
fluxo transpiratório se de em termos quantitativos muito mais pelo apoplasto ressalvando a região da
endoderme quando presente a exoderme que pela rota célula-celula, pois nesta a água atravessa a parede,
membrana, citoplasma, vacúolo, resistência é relativamente alta.
Obviamente quando temos mecanismo passivo de geração de gradiente de pot. hídrico entre raiz e o solo
a rota apoplastica entra. A noite pouca transpiração, ou não há transpiração a rota célula-célula é mais
importante.
Precisa energia apenas para o mecanismo ativo, gerado por um gradiente de pot. hídrico, mecanismo ativo
depende de energia, passivo independe de energia metabólica, na transpiração preciso energia solar.

b) Resistência, ao longo do movimento radial, o que oferece resistência do movimento radial da


superfície da raiz até o estelo?
b.1 – estrias de caspary presente na endoderme e quando ocorre também na exoderme.
b.2 – lamela de suberina - lignificação de suberina
b.3- lignificação e suberização de células radiculares, quando a célula vai decrescendo na região de
suberização temos a deposição de suberina, lignina, tende a reduzir a condutibilidade radial ate o estelo,
na estria de caspary temos deposição controladas em regiões especificas a raiz, temos para haver
lignificação e suberização de paredes principalmente em raízes de plantas lenhosas, temos a redução do
movimento de água, principalmente redução na rota apoplástica, lignina afeta a rota célula-celula, mas
não afeta rota apoplástica, visto que esta depositada internamente as paredes.
b.4- conexão com o solo, da raiz com o solo, imposição de falta de água o que acontece com o diâmetro
médio de um raiz, aumenta ou diminui? Tronco de uma arvore frondosa sofre variações de diâmetro ao
longo do dia, variações consideráveis. Diâmetro máximo pela manhã, hidratação máxima, pressão
hidrostática máxima, dilatação máxima, quando mais quente ocorre déficit de água na planta, pressão
hidrostática cai, ocorre contração de tecidos, temos diâmetro mínimo. Quando a raiz perde água e o solo
está mais seco, esta raiz não esta completamente hidratada, portanto o diâmetro médio em solo seco o
diâmetro tende a diminuir, em outras palavras a raiz sofre contração. Ocupava espaço no solo, havia
contato intimo da raiz com o solo, quando o solo seca a argila tende a contrai assim como as raízes
também se contraem, o que se forma entre raiz e solo, espaço, ar gera interface, lacunas preenchidas por
ar, que desfavorecem a passagem de água.
Especula-se que a exoderme quando presente é importante não apenas para limitar a perda de água da raiz
para o solo também, dificultar a contração do sistema radicular, a deposição de suberina ou lignina faz
com que se tenha uma região mais rígida da parede, difícil para que haja uma contração da parte mais
externa da raiz, a epiderme, desfavorece aparecimento de lacunas de ar entre a raiz e o solo, necessário o
contato mais intimo entre raiz e solo ainda que o solo estiver seco. Não adianta a planta ter um pot.
hidrico mais baixo que o solo se não haver um contato da raiz com o solo, se a interface é preenchida por
ar, que limita movimento da água do solo para a raiz, endoderme evitaria contração do sistema radicular,
endoderme teria importância? Não, porque a endoderme esta internamente, é um deposito de lignina e
suberina, difícil se o córtex que esta externamente se contrai a raiz se contrai e isso favorece lacunas de ar
entre a raiz e o solo. Gramíneas de regiões áridas uma mucilagem entre os pêlos radiculares que aumenta
contato com o solo, mucilagem faz com que o solo se agregue a superfície radicular mantendo a rota de
transporte de água sem que haja permeação de ar, esse contato quando o solo estiver seco poderia
favorecer a perda de água, mas são vários mecanismos envolvidos ao mesmo tempo. Manter integridade
da raiz, reduzir pot. hidrico e manter contato, evitando presença de ar que impediria o fluxo de água em
direção a atmosfera.

C) Aquaporina e condutibilidade radial, mais de 40 proteinas


PIP – proteínas integrais dos plasmodesmas e TIP – proteínas integrais do cloroplasto.
Proteínas integrais que atravessam toda a extensão das membranas do plasmodesma, cloroplastos e outras
membranas biológicas. Natureza bicamada lipídica desfavorece o movimento radial, no entanto
movimento é bastante rápido, difusão rápida até pela presença destas proteínas que são como uns portões
abrem ou fecham-se como qualquer canal em função de fosforilação e desfosforilação, uma vez aberto a
água passa, quando fechado a água não passa.
A região da raiz que mais apresenta aquaporinas, é a endoderme, pois a resistência tende a ser maior por
causa das deposições de lignina e suberina, em algumas espécies um pequeno ferimento na endoderme
aumenta a condutividade, alguns ferimentos não reajustam sem aumento da condutividade, em função de
uma alta proporção de aquaporinas presente na raiz.
Células radiculares com HgCl2, esse composto se liga a cisteína, resulta em uma redução de 60% da Lp
(condutividade radial), mercúrio fecha os portões de aquaporina.
Quando subseqüentemente tratado com B-mercaptoetanol, remove Hg e restabelece Lp.
Algumas plantas transgênicas antisenso para aquaporina, também exibem redução de Lp, existira menos
abundancia de aquaporinas nestas plantas transformadas.
Planta sob déficit hídrico, salinidade e hipoxia (deficiência de H), stress nutricional, raiz tratadas com
HgCl não tem redução adicional de Lp. B-mercaptoetanol seqüestra os íons Hg restabelecendo a Lp. Na
Falta de água especula-se que haja menos aquaporina em função de redução de sua síntese ou estariam
obstruídas por mecanismos de fosforilação, obstruindo a passagem de água. Importante ao reduzir Lp é
importante que a planta não perca água para o solo.
Ou existe menos aquaporina (síntese) ou não estão aptas pelos canais obstruídos. Isso faz com que haja
alterações na Lp em função das particularidades que uma raiz possa ter em função da presença de
presença de um teor de .. Lamela de suberina internamente a célula, lamela tende a reduzir o movimento
radial. Na raiz desde a epiderme até a endoderme a resistência é baixa, pois a água pode interromper o
apoplasto especialmente quando a célula sofrer transpiração em condição mais normal da planta, a
endoderme imediatamente haveria uma redução da Lp não é tão grande como se previne pela alta
abundancia de aquaporinas presentes na região, mesmo na endoderme a condutividade não aumenta tanto
pois já garantiriam alta condutividade pela existência de obstrução dos espaços intermicrofibrilares pela
deposição de lignina e suberina, a lamela de suberina com toda segurança não tendem a reduzir o
movimento simplasto de água, mas não se sabe exatamente qual o mecanismo atual pelo qual a água flui
sabe-se que o movimento não é tão limitado como se supunha em função da natureza hidrofóbica da
suberina. Em teoria a lamela reduz a condutividade, mas em termos práticos a redução da condutividade
não é acompanhado em função do tipo de organização da lamela internamente na parede celular o
mecanismo que explica a passagem por essa camada é desconhecido sabe-se que se passa mas não se sabe
como é essa passagem de qualquer modo a lamela de suberina acontece por toda a extensão interna da
planta e ela é maior nas paredes anticlinais.

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