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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE

ELIARLEN PATRICK ALVES CRUZ

QUESTÃO BÁSICA: DEFINIÇÃO DE POLÍTICA, A RELAÇÃO ENTRE


DEMOCRACIA E CLASSES SOCIAIS E COMO É POSSÍVEL A ASCENSÃO DE
LÍDERES CESARISTAS EM TEMPOS DE DEMOCRACIA DE MASSA.

Trabalho submetido ao Curso de Mestrado


Profissional em Planejamento e Políticas Públicas
da Universidade Estadual do Ceará – UECE como
requisito avaliativo da disciplina de Teoria Política
II sob a orientação do Professor Emanuel Freitas.
MACAPÁ
2021
QUESTÃO BÁSICA: DEFINIÇÃO DE POLÍTICA, A RELAÇÃO ENTRE
DEMOCRACIA E CLASSES SOCIAIS E COMO É POSSÍVEL A ASCENSÃO DE
LÍDERES CESARISTAS EM TEMPOS DE DEMOCRACIA DE MASSA.

Eliarllen Patrick Alves Cruz 1

Democracia moderna, o líder político conquista a fé das massas na sua


pessoa por meio da demagogia de massa, essa afirmação relata a atualidade dentro
do contexto da pesquisa?
A pesquisa propõe uma análise do desenvolvimento socioeconômico da
região metropolitana de Macapá no Amapá para subsidiar o entendimento quanto às
dinâmicas do rio, rodovia e fronteira exercidas sob tal região a partir das
cooperações em arranjos produtivos locais. O estudo partiu de questionamentos
como compreendidas essas três abordagens no contexto regional, de que forma
elas interagem diante a economia local e qual é o poder explicativo das cooperações
em arranjos produtivos locais para a compreensão atual do desenvolvimento da
economia regional. A percepção de que a dinâmica da cidade rio, rodovia e fronteira
são cruciais para o cotidiano da região metropolitana de Macapá, mas não são tidas
em conta de forma integrada no seu todo devido à baixa articulação entre as esferas
estatais, causando prejuízos para todos os agentes envolvidos.
Partindo da problemática “Quais os impactos da cooperação em arranjos
produtivos locais para o crescimento e desenvolvimento socioeconômico na região
metropolitana de Macapá a partir da relação rio, rodovia e fronteira?” tendo objetivo
central de analisar o desenvolvimento socioeconômico na região metropolitana de
Macapá a partir das cooperações em arranjos produtivos locais mais conectados
com a lógica das pequenas cidades da Amazônia considerando seus diferentes
enfoques e suas características a partir da relação rio, rodovia e fronteira,
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1 Discente do curso de Mestrado Profissional em Planejamento e Políticas Públicas da Universidade Estadual do


Ceará – UECE. Graduado no curso de Administração e no curso de Ciências Contábeis, especialista em Gestão
de Projetos. Professor do curso de Administração na Universidade Federal do Amapá – UNIFAP AP
eliarllen.patrick@gmail.com.
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caracterizando o desenvolvimento socioeconômico na região metropolitana de
Macapá a partir da cooperação em arranjos produtivos locais, analisando as
políticas públicas para aceleração do desenvolvimento no atual cenário da região
metropolitana de Macapá em cooperações em arranjos produtivos locais e
evidenciando em escala local considerando o contexto histórico do lugar e da
dinâmica que o rio, rodovia e fronteira exercem sobre a região tanto na sua gênese
quanto no momento em que decorre o contexto do próprio desenvolvimento.
“Não há uma autoridade ética a ser consultada pelo político, ele deve confiar
em seu próprio discernimento – tentar conciliar o que seus princípios exigem com as
prováveis consequências de seus atos”.
Os arranjos produtivos locais correspondem a um agrupamento de produtores
ou empresas localizadas em um mesmo território que se especializam em uma
cadeia produtiva e mantem um vínculo de interação e articulação entre si bem como
com outros segmentos da localidade como associações, governos, instituições de
fomento e etc.
No Estado do Amapá, a fisiografia da região metropolitana de Macapá
apresenta atributos naturais que refletem atividades em cooperação considerando
características de cidades da Amazônia, o que faz da região metropolitana de
Macapá estratégica para esse tipo de agrupamento em arranjos produtivos, temos
as margens o rio Amazonas que desagua no Oceano Atlântico, a área de fronteiras
faz parte ativa do cotidiano de produtores amapaenses, tanto em nível nacional
como internacional ao norte do estado, a integração em rodovias ainda é uma
problemática que requer atenção por não possuir uma estrutura adequada bem
como não podendo a produção ser escoada somente utilizando esta dinâmica. Esta
definição estrutural foi feita com base nas diferenças e semelhanças que existem
entre e dentro de cada uma dessas unidades, quanto ao tipo de arranjo produtivo,
ao preço do produto na origem e à trajetória de escoamento da produção.
A partir do ano de 1992 no estado do Amapá, percebemos a importância e
relevância do levantamento das discussões quanto da evidenciação das políticas de
alcance para o desenvolvimento em arranjos produtivos locais e como complexa ela
se faz a partir da caracterização de cada região para a construção de um plano de
desenvolvimento sustentável para dinamizar a economia por meio das cooperações
em arranjos produtivos locais. O debate acerca do desenvolvimento sustentável é
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amplo e provido de diferentes enfoques, assim temos em nível local a busca por
alternativas em cooperações em arranjos produtivos locais para o desenvolvimento
socioeconômico considerando fatores regionais como rio, rodovia e fronteira no
alcance desse desenvolvimento. A relevância do trabalho habita em estudos
voltados para o desenvolvimento socioeconômico sobre a região metropolitana de
Macapá, a partir da influência das cooperações em arranjos produtivos locais com
as dinâmicas da cidade rio, rodovia e fronteira. As potencialidades do estado do
Amapá, especificamente a região metropolitana, diante as dinâmicas da relação rio,
rodovia e fronteira, possibilita perspectivas para o desenvolvimento socioeconômico
da região ante as cooperações em arranjos produtivos.
O arranjo produtivo local (APL) que se trata de um conjunto de fatores
econômicos, políticos e sociais, localizados em um mesmo território, desenvolvendo
atividades econômicas correlatas e que apresentam vínculos de produção,
interação, cooperação e aprendizagem, têm se destacado no cenário do mercado
local em função da sua participação em diversos setores produtivos, na capacidade
de adaptação, dentre outros aspectos.
No estado do Amapá, especificamente na região metropolitana de Macapá,
essas cooperações representam uma parcela significativa, segundo o Grupo de
Trabalho Permanente sobre Arranjos Produtivos Locais do Brasil (GTP-APL), a
região possui alguns tipos de arranjos produtivos locais organizados que integram
não somente a região metropolitana como outros municípios como Santana,
Mazagão, Laranjal do Jari e Oiapoque, em parceria, sendo no ramo da agricultura,
artesanato, cerâmica, criação de abelhas, floricultura, fruticultura, horticultura,
madeira e móveis, oleiro cerâmico, pecuária bubalina, pesca e aquicultura, produtos
florestais não madeireiros e turismo. Nesse contexto a grande escala de atividades
participantes e de fundamental importância no mercado local, são relevantes no que
se refere ao desenvolvimento econômico e social, haja vista a geração de emprego
e renda aos envolvidos direta ou indiretamente no processo. O objetivo é
desenvolver essas entidades fazendo com que alcancem resultados positivos,
implementando a competitividade, a sustentabilidade, a saúde financeira, a
qualificação de mão de obra, acesso ao crédito, o desenvolvimento de novos
produtos e processos e uma melhor gestão dessas instituições.

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Com o surgimento e implantação de grandes indústrias no território local,
essas comunidades tiveram que buscar uma forma de manter seu potencial
competitivo ante essas grandes indústrias e com isso a cooperação em arranjos
produtivos locais tornou-se ferramenta importante neste processo de manutenção do
desenvolvimento socioeconômico diminuindo as desigualdades regionais.
A contribuição de Maquiavel para este trabalho está ligada ao seu
pensamento de que na política a ética é utilitária e a moralidade deveria ser medida
com base em atos que sejam úteis à coletividade, mesmo que com isso acabe
ferindo valores individuais, por se tratar de uma cooperação onde a coletividade está
em evidencia, esse contraponto é importante, um dos pontos mais centrais do
pensamento de Maquiavel é a dicotomia entre virtude e sorte, ou “fortuna”. Um
príncipe, ou governante, virtuoso é aquele que não necessariamente é pérfido, mas
sabe conquistar seus favores para manter o poder e expandir o domínio sem
depender do acaso. Na visão do filósofo, ser virtuoso é saber o momento certo de
agir e de não fazer nada, sem deixar margem para a fortuna. Algumas
interpretações enxergaram isso como ser diabólico ou ardiloso.
Tais pontos são interessantes de se por paralelamente para o
desenvolvimento da pesquisa, todas as observações de Maquiavel tinham, no fundo,
a intenção de mostrar que o objetivo da política era manter a estabilidade social e do
governo a todo custo. Cabe lembrar que o contexto em que vivia era de guerras e
disputas, em uma Itália fragmentada e com o poder muito ditado pela Igreja, e isso
se mostra muito interessante.

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