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Título: ​Resenha do filme: “A língua das mariposas”.

O filme do diretor espanhol José Luis Cuerda conta a história do pequeno Moncho, um
garotinho que acaba de entrar em uma escola nova e aos poucos desenvolve uma ótima relação
com seu professor, o Sr. Don Gregorio.
No início da trama, Moncho tem uma difícil inclusão com os demais alunos, que tiram
sarro dele, causando um certo desconforto. Mas logo Don Gregorio age, colocando ele sentado
ao lado de sua carteira de frente para a sala para ajudar na adaptação do novo aluno à turma.
Com essa proximidade, os dias passam e Moncho fica cada vez mais conectado com seu
professor.
O filme se passa nos momentos iniciais do estourar da Guerra Civil Espanhola, que teve
início em 1936 e acabou 3 anos depois, em 1939. O período é marcado pela ascensão e queda de
2 ditadores. De 1923 até 1930, Miguel Primo Rivera comandava o território espanhol, e
Francisco Franco, de 1936 até 1975, com sua morte.
Os ideais dos dois eram baseados em puro ódio e ultranacionalismo, e aos poucos isso
foi se espalhando entre os moradores, e um viés anticumunista e anti anarquista tomou conta da
Espanha. Com a caçada aos comunistas pelo governo, a família de Moncho se vê amedrontada
por ter um vínculo muito forte com o Sr. Gregorio, um grande amigo da família e que pela
profissão era um alvo fácil para os perseguidores.
O filme termina com a triste cena do recolhimento dos considerados comunistas de uma
casa, entre eles, o professor. Eles foram levados algemados enquanto eram alvejados por
insultos dos moradores da vizinhança, e a família de Moncho, por medo de serem descobertos,
se vê na obrigação de também insultar o Sr. Gregorio. Trazendo aos espectadores, a grande
lição do como movimentos como esse, que pregam ódio,nacionalismo extremo, xenofobia e
preconceito, podem afetar nossas vidas e a de quem amamos.

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