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Resolução e revisão de contratos no CC e no CDC

De início friso que o CC/16, adepto do liberalismo, fincado na autonomia da vontade


adotou a teoria do pacta sunt senvanda, que veda a revisão dos contratos.

O Código Civil de 2002, nos artigos 478 e 317, adotou a teoria da IMPREVISÃO prevê a
possibilidade de revisão do contrato, estando presentes quatro requisitos:

a) contrato de trato sucessivo, ou seja, de execução continuada, não instantâneo;

b) desequilíbrio entre a prestação e contraprestação, chamado de “onerosidade


excessiva”; c) álea extraordinária, consubstanciada no evento imprevisível e extraordinário
que gerou o desequilíbrio;

d) inexistência de culpa da parte.

Diferentemente do Código Civil, o Código de Defesa do Consumidor consagrou a teoria do


rompimento da base objetiva do contrato. Por esta teoria, prevista no art. 6º, V, do CDC,
as cláusulas desproporcionais e as excessivamente onerosas podem ser modificadas e
revisadas, a fim de que contrato de consumo seja preservado. Além da previsão do artigo
acima, o art. 51, §2º, do CDC deixa evidente a intenção de preservação do contrato de
consumo.

Destaca-se, ainda, que o art.6º,V,do CDC exige apenas fato superveniente que torne a
obrigação excessivamente onerosa para o consumidor, não sendo necessário que o
fornecedor tenha extrema vantagem comisso

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