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4.

PRINCÍPIOS E PROJECTO DE UNIDADES DE TRANSFE-


RÊNCIA DE CALOR EM ESTADO ESTACIONÁRIO.

er
riv
rD
4.1. Introdução e mecanismos de transferência de calor

te
in
Pr
(4.1).

le
tib
pa
om
C
• equação geral de transferência de propriedade

F
PD
e
(momento, calor ou massa)

th
of
n
io
rs força impulsora ou
ve
fluxo (velocidade) coef.difusão,
o
m

diferença de potencial
de

de transferência = difusividade *
e
th

resistência
ith
w
d
te
ra
ne


ge

ψ z = −δ [quant.propr. m-3]
as
w

dz
e
fil
is
Th

[quant.propr. m-2 s-1] [m2.s-1] [m]

• equação geral de balanço de propriedade num


volume elementar

caudal entrada caudal geração


propriedade + propriedade =
de propriedade
Ψin . Ain R.V

caudal saída caudal acumulação


= +
propriedade propriedade
de de ∂transferência
Γ
Ψout . Aout .V
∂t

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 61


• transporte molecular de momento (lei de Newton)

er
d (v x ρ ) µ

riv
τ zx = −ν

rD
ν= viscosidade cinemática

te
ρ

in
dz

Pr
le
• transporte molecular de calor (lei de Fourier)

tib
pa
om
C
F
d (ρ c p T )

PD
qz k
= −α α= difusividade térmica

e
th
A dz ρ cp

of
n
io
rs
se ρ.cp for o mesmo para todo o fluido à mesma temperatura,
ve
o
m

qz dT
de

= −k [k] = cal/cm.s.ºC, W/m.K, btu/pé.hr.ºF


e
th

A dz
ith
w
d
te
ra
ne
ge

A lei de Fourier, descreve a transferência de calor por


as
w
e

condução (por mecanismo dito molecular – e electrónico no


fil
is
Th

caso dos metais), que ocorre em sólidos e fluidos.

A condutividade térmica:
gases: varia aprox. c/ T^1/2; diminui com a dimensão da
molécula (0.014 – 0.17 W/m.K)
líquidos: varia pouco e de modo aprox. linear com T; muito
elevada para a água (0.569 W/m.K a 25ºC) (
sólidos: pode variar muito com o material (0.03 – 2.25
W/m.K)); muito elevada nos metais (45 – 390 W/m.K)

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 62


No caso da transmissão de calor entre dos fluidos existe um

er
mecanismo adicional de transferência de calor, envolvendo o

riv
rD
movimento de agregados macroscópicos de moléculas que é a

te
in
Pr
convecção.

le
tib
pa
om
C
q
= h (Tw − T f ) ;

F
w – parede; f – fluido

PD
A

e
th
of
h – coeficiente de transferência de calor por convecção; é um

n
io
rs
coeficiente pelicular (“film coefficient”) (W/m2.K)
ve
o
m
de
e
th

camada limite viscosa


ith
w

fl. turbulento fl. turbulento


d
te

T1
ra
ne
ge

T2
as
w
e
fil

Fluido frio T3 Fluido quente


is
Th

T4

T5
T6

q = h A (T-Tw) ;

h, W/(m2.K)
Vapor condensante 5700 – 28 000
Líquidos em ebulição 1700 – 28 000
Água em movimento 280 – 17 000
Ar em movimento 11 – 55
Ar parado 3 - 23

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 63


A radiação constitui um importante terceiro mecanismo de
transferência de calor, independente da existência ou não de

er
qualquer meio físico ligando as fontes quente e fria. A energia

riv
rD
é transferida sob a forma de ondas electromagnéticas. Estas

te
in
Pr
ondas são parcialmente absorvidas pelos materiais onde

le
tib
pa
incidem, líquidos ou sólidos, sendo a energia transportada

om
C
transformada em calor. A radiação utilizada estende-se por

F
PD
uma larga banda de frequências, desde a chamada radio-

e
th
of
frequência, passando pelas micro-ondas até à radiação infra-

n
io
vermelha rs
ve
o
m
de
e
th
ith
w
d
te
ra
ne
ge
as
w
e
fil
is
Th

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 64


4.2. Transferência de calor por convecção forçada
em tubagens (4.5).

er
riv
rD
te
Associação de resistências à transferência de calor

in
Pr
le
tib
pa
Transmissão de calor através de um conjunto de (3)

om
C
resistências em série, envolvendo condução (1) e convecção

F
PD
e
(2):

th
of
q= U A ∆T

n
io
rs
ve
o
m
de

U – coeficiente global de transferência de calor


e
th

(associado à área de transferência A)


ith
w
d
te
ra

∆x
ne

1 1 1
= + +
ge
as

UA hi Ai kAm he Ae
w
e
fil
is
Th

∆T = (∆T1+ ∆T2+ ∆T3)

camada limite viscosa


fl. turbulento fl. turbulento
T1
T2

Fluido frio T3 Fluido quente


T4

T5
T6

q = h A (T-Tw) ;

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 65


h = f(propriedades do fluido, regime fluxo, geometria,
temperatura) , expresso a partir de relações empíricas,

er
envolvendo os números adimensionados de Prandtl e de Nusselt

riv
rD
(NPr, NNu), além de NRe .

te
in
Pr
le
tib
µ ρ c .µ

pa
difusivida de de momento
NPr = = = P

om
k ρ .c P

C
difusivida de de calor k

F
PD
e
th
of
coef.trans fer.calor convecção h.D
=

n
NNu =
io
rs
condutivid ade térmica kve
o
m
de
e
th
ith
w
d
te
ra
ne
ge
as
w
e
fil
is
Th

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 66


• Fluxo laminar em tubagens horizontais (eq. de Sieder e
Tate)

er
riv
rD
(NNu)ma = (ha.D/k) = 1.86 (NRe . NPr . D/L) 1/3 (µb/µw)0.14

te
in
Pr
le
tib
pa
ma – média aritm. (average); b – seio do fluido (bulk) ;

om
C
w – parede (wall)

F
PD
e
th
of
Equação válida para NRe < 2100 e (NRe.NPr.D/L) > 100

n
io
rs
ve
o
m

A força directriz, ∆T=(T-Tw) deve ser um valor médio


de
e

aritmético entre os ∆T à entrada e à saída


th
ith
w
d
te
ra

transfer. total de momento D v ρ c P


ne

NRe.NPr = NPe = =
ge
as

transfer.molecular de calor k
w
e
fil
is
Th

• Fluxo laminar em tubagens verticais: Pigford, 1955


(Perry):

• Fluxo turbulento em tubagens

(NNu)ml = (hml.D/k) = 0.027 NRe0.8. NPr1/3 (µb/µw)0.14

ml – média logarítmica = valores calculados com base em ∆T ml


∆Tml = ∆T1 − ∆T2
∆T
log( 1 )
∆T2
Geankoplis usa hL = hml

Equação válida para NRe > 6000, 0.7 <NPr.< 16 000, L/D > 60

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 67


Para L/D < 60 usa-se um valor de h corrigido por:

er
h/hL = 1 + (D/L)0.7 ; 2 < L/D < 20

riv
rD
te
in
Pr
h/hL = 1 + 6.(D/L) ; 20 < L/D < 60

le
tib
pa
om
C
F
PD
NOTAS:

e
th
of
a) os valores de Tw e de Ta dependem de h, pelo que o

n
io
rs
processo é iterativo; começar por arbitrar valores de Ta e
ve
o
m

de Tw e depois corrigir
de
e
th

b) se a secção do tubo não for circular, usa-se o diâmetro


ith
w

equivalente, (4*área fluxo/perímetro molhado)


d
te
ra

c) no caso de metais em fusão, NPr << 1 e há correlações


ne
ge

especiais:
as
w
e

NNu = 0.625 NPe0.4 ; L/D > 60 e 100 < NPe <104;


fil
is
Th

propriedades avaliadas à temperatura média no seio do


fluido

NNu = 5.0 + 0.025 NPe0.8 ; parede a temperatura constante

d) no caso do fluxo de ar, há expressões simplificadas:


hL(W/m2.K) = 3.52 v(m/s)0.8/D(m)0.2
e) para água, na gama de temperatura de 4 a 105ºC:
hL(W/m2.K) = 1429 (1+0.0146 TºC) v(m/s)0.8/D(m)0.2
f) para líquidos orgânicos há também uma expressão
simplificada:
hL(W/m2.K) = 423 v(m/s) 0.8/D(m)0.2
g) no caso de tubos em serpentina helicoidal, com NRe > 104,
hL deve ser multiplicado por (1 + 3.5 D/Dhélice)

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 68


• Fluxo de transição em tubagens (2100<NRe<6000)
Neste caso recorre-se a uma correlação gráfica de jq

er
riv
rD
jq = (ha/CPG) (NPr)2/3 ((µw/µb)0.14 = f(NRe) ; G = ρ.v

te
in
Pr
le
tib
pa
om
C
F
PD
e
th
of
n
io
rs
ve
o
m
de
e
th
ith
w
d
te
ra
ne
ge
as
w
e
fil
is
Th

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 69


Caso de um permutador com força directriz ∆T variável:

er
no caso geral de um permuta de calor entre fluidos diferentes,

riv
rD
∆T varia ao longo do permutador:

te
in
Pr
le
tib
pa
Contracorrente Cocorrente

om
C
F
PD
e
th
of
T1’ T2’

n
io
∆T1
rs
ve T2’ T1’
o
m
de

T1 ∆T ∆T2 ∆T ∆T1
e
th
ith
w
d
te

T1
ra
ne

T2 T2
ge
as

distância distância
w
e
fil
is
Th

é necessário tomar um ∆T médio; demonstra-se que deve ser


tomada uma média logarítmica dos valores extremos (∆Tlm):

∆T2 − ∆T1
(∆Tlm) = ; se ∆T1 = ∆T2 = ∆T è ∆Tlm = ∆T
ln ( ∆T2 ∆T1 )

q = U A (∆Tlm)

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 70


4.3. Transferência de calor por convecção forçada no
exterior de distintas geometrias (4.6).

er
riv
rD
Expressão geral para cálculo do coeficiente médio de

te
in
Pr
transferência de calor

le
tib
pa
om
NNu = C NRem NPr1/3

C
F
PD
e
th
of
• fluxo paralelo a uma placa plana

n
io
rs
ve
o
m

NNu = 0.664 NRe,L0.5 NPr1/3 ; NRe,L= Lvρ/µ ;


de
e
th

L – comprimento da placa;
ith
w

regime laminar: NRe,L < 3.105 e NPr > 0.7


d
te
ra
ne
ge

NNu = 0.0366 NRe,L0.8 NPr1/3 ;


as
w
e

regime turbulento: NRe,L > 3.105 e NPr > 0.7


fil
is
Th

• cilindro com o eixo perpendicular ao fluxo

NNu = C NRem NPr1/3 ; C, m da tab. 4.6-1 (Geankoplis, 1993)

NRe m C
1-4 0.330 0.989
4 - 40 0.385 0.911
40 - 4e3 0.466 0.683
4e3 - 4e4 0.618 0.193
4e4 - 2.5e5 0.805 0.0266

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 71


• fluxo passando uma esfera (aquecimento/arrefecimento)

er
NNu = 2.0 + 0.60 NRe0.5 NPr1/3

riv
rD
te
in
Pr
para: 1 < NRe < 70 000 e 0.6 < NPr < 400

le
tib
pa
om
• fluxo através de um feixe tubular cilíndrico

C
F
PD
Sp

e
th
Sp

of
n
io
rs D
ve
o

Sn
m
de

Sn
e
th
ith
w
d

fluxo
te

fluxo
ra
ne
ge
as
w
e

Sp’
fil
is
Th

Valores de h10 para feixes com 10 fiadas de tubos


Sn S p Sn S p Sn S p
= = 1.25 = = 1.50 = = 2.0
arranjo D D D D D D
C m C m C m
alinhado 0.386 0.592 0.287 0.620 0.254 0.632
alternado 0.575 0.556 0.511 0.562 0.535 0.556

Razão hn/h10 para feixes tubulares


n 1 2 3 4 6 8
alinhado 0.64 0.80 0.87 0.90 0.94 0.98
alternado 0.68 0.75 0.83 0.89 0.95 0.98

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 72


• transferência de calor em leitos com enchimentos

er
para uma camada elementar de altura dz :

riv
rD
te
in
Pr
dq = h (a S dz) (T-Ts) ; a – área de sólido/volume de leito

le
tib
pa
om
C
2/3
h  cpµ 

F
2.876 0.3023

PD
ε JH =ε   = + 0.35

e
c p v' ρ  k  f

th
N Re N Re

of
n
io
rs
ve
o

para: 10 < NRe = Dv’ρ/µ < 10 000 ; a eq. pode ser usada para
m
de
e

leitos fluidizados
th
ith
w
d
te
ra
ne
ge
as
w
e
fil
is
Th

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 73


4.4. Transferência de calor por convecção natural (4.7)

er
Tw

riv
rD
vx

te
in
Pr
le
tib
pa
om
C
Tb

F
PD
x

e
th
of
n
io
rs
ve
o
m
de
e
th

y
ith
w
d
te
ra

m
 L3 ρ 2 gβ ∆T c p µ 
ne

hL
( )
ge

N Nu = = a  = a N . N m
k 
as

Gr Pr
µ2
w

k 
e
fil
is

β – coeficiente de expansão térmica volumétrica (gases:1/T)


Th

Ø a tabela 4.7-1 apresenta os valores de a e m para várias


geometrias (cilindros e planos verticais, cilindros
horizontais, placas horizontais);

Ø existem também expressões simplificadas (tabela 4.7-2).

Convecção natural em espaços fechados: há uma sobreposição


complexa de mecanismos; Geankoplis apresenta várias
correlações aplicáveis em distintas situações.

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 74


4.5. Ebulição e condensação (4.8).

er
• ebulição nucleada

riv
rD
te
in
Pr
Superfícies horizontais

le
tib
h(W/m2.K) = 1043 (∆T(K))1/3 ; q/A < 16 kW/m2

pa
om
h(W/m2.K) = 5.56 (∆T(K))3 ;

C
16 < q/A < 240 kW/m2

F
PD
e
th
of
Superfícies verticais

n
io
h (W/m2.K) = 537 (∆T(K))1/7 ; rs q/A< 3 kW/m2
ve
o
m

h (W/m2.K) = 7.95 (∆T(K))3 ; 3 < q/A < 63 kW/m2


de
e
th
ith
w

se a pressão é superior a 1 atm, hP = h 1atm (P, atm)0.4


d
te
ra
ne
ge

dentro de tubos:
as
w
e

h (W/m2.K) = 2.55 (∆T(K))3 eP/1551 ;


fil

P, kPa
is
Th

• ebulição tipo filme

14
 kv3 ρ v ( ρ l − ρ v ) g (λv + 0.4 c p ∆T ) 
h (W/m2 K) = 0.62  v 
 D µ v ∆T 
 

∆T = (Tw – Tsat), propr. físicas avaliadas a Tf = (Tw+Tsat)/2 ;


λv a Tsat

A condensação apresenta também padrões complexos,


sendo mais importantes a condensação tipo filme e com
formação de gotas. Geankoplis apresenta equações a usar
para condensação em superfícies verticais, tanto em regime
laminar como turbulento.

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 75


4.6. Permutadores de calor (4.9).

er
Tipos de permutadores de calor

riv
rD
te
in
Pr
a) de tubos concêntricos

le
tib
pa
om
C
F
PD
e
th
of
n
io
rs
ve
o
m
de
e
th
ith
w

b) de carcassa e tubos
d
te
ra
ne
ge
as
w
e
fil
is
Th

1 passagem na carcassa, 1 passagem nos tubos

1 passagem na carcassa, 2 passagem nos tubos

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 76


Th
is
fil
e
w
as
ge
ne
ra
te
d
w
ith
th
e
de
m
o
ve
rs
io
n
of
th
e
PD
F
C

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03


om
pa
tib
le
Pr
in
te
rD
riv
er

77
c) feixes tubulares de fluxo cruzado, arrefecidos com ar

er
riv
rD
te
in
Pr
le
tib
pa
om
C
F
PD
e
th
of
n
io
rs
ve
o
m
de
e
th
ith
w

• tubos alhetados
d
te
ra
ne
ge
as
w
e
fil
is
Th

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 78


d) de placas

er
riv
rD
te
in
Pr
le
tib
pa
om
C
F
PD
e
th
of
n
io
rs
ve
o
m
de
e
th
ith
w
d
te
ra
ne
ge
as
w
e
fil
is
Th

Factores de correcção de (∆T)lm

necessário no caso de passagens múltiplas ou de fluxo cruzado


com fluidos misturados;

[(∆T)lm]efectiva = F T . (∆T)lm

não devem ser utilizados arranjos a que correspondam


factores F T < 0.75

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 79


Eficiência de permutadores de calor:

er
riv
rD
THi

te
in
Pr
TCo THo

le
tib
pa
TCi

om
C
F
PD
sendo q= (m cp)H (THi-THo) = (m cp)C (TCo-TCi) =

e
th
of
= C H (THi-THo) = CC (TCo-TCi)

n
io
rs
ve
o
m

se a área de transferência fosse infinita, (TCo) = (THi)


de
e
th
ith
w

A eficiência ε define-se então como:


d
te
ra
ne
ge

C H (THi − THo )
as

ε=
w

se C H > CC and
e

CC (THi − TCi )
fil
is
Th

CC (TCo − TCi )
ε= se C C > CH
C H (THi − TCi )

nestas condições,

q= ε.Cmin (THi-TCi) = UA (∆T)lm

UA (T − TCi )
NTU = = ε Hi
Cmin ( ∆T ) lm

Geankoplis apresenta diagramas que permitem calcular e em


função de NTU e Cmin/Cmax e a partir daí (∆T)lm ou q, THo e TCo

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 80


formação de incrustações e efeito no coeficiente global U

er
1

riv
Ui =

rD
1 1 ∆x. Ai A Ai

te
+ + + i +

in
Pr
hi hdi k . Alm Ao ho Ao hdo

le
tib
pa
om
C
valores típicos de coeficientes de incrustações para projecto

F
PD
e
de permutadores:

th
of
n
io
rs
ve
hd, W/m2.K
o
m
de

água do mar 12 000


e
th

água da rede urbana 6000


ith
w
d

agua com sólidos 2000-3000


te
ra
ne

gases 3000
ge
as

vaporização de líquidos 3000


w
e
fil

óleos vegetais ou minerais 2000


is
Th

Valores típicos de U em permutadores de carcassa e tubos:

U, W/m2.K
água / água 1100 – 1700
água / salmoura ou liq.orgânico 600 – 1100
água / vapor condensante 1500 – 2200
água / gasolina 350 – 600
água / gasóleo 150 – 350
água / óleo vegetal 110 –280
gasóleo / gasóleo 110 – 280
vapor / agua ebulição 1500 – 2300
água /ar (tubo alhetado) 110 –230
hidroc.leve / hidroc. leve 230 – 500
hidroc. pesado / hidroc. leve 60 - 230
DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 81
4.7. Transferência de calor por radiação; utilizações
principais (4.10).

er
riv
rD
ondas de radio 1500 - 10-1 m 200 kHz – 3GHz

te
in
Pr
longas 1500 – 500

le
tib
pa
medias 500 – 200

om
C
curtas 100 – 10

F
PD
fm, televisão,

e
th
of
comunicações 10 – 0.1 m

n
io
micro-ondas, radar rs
0.1 – 10-4 m 3 – 3 THz
ve
o
m

raios infravermelhos 10-4 – 7*10-7 m


de
e

7*10-7 – 4*10-7
th

raios visíveis
ith
w

raios ultravioletas 4*10-7 – 10-8


d
te
ra

raios x 10-9 – 10-11


ne
ge

raios γ , cósmicos < 10-12


as
w
e
fil
is
Th

absorção e reflexão; corpos negros e cinzentos

absortividade (α) e emissividade (ε)

Equação de Stefan-Boltzman:

q = A σ (ε1 T14 – α12T24) = A σ ε (T14 – T24);


σ = 5.676 W/m2K4

q = hr A (T1 – T2)

σε (T14 - T24 )
hr =
(T1 - T2 )

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 82


a Tabela 4.10-1 (Geankoplis, 1993) apresenta valores de
emissividade para alguns materiais radiantes.

er
riv
rD
O aquecimento por radiação utiliza-se sobretudo em operações

te
in
Pr
de secagem, liofilização, reticulação de revestimentos

le
tib
pa
(pinturas), fixação de estampagens e em condicionamento

om
C
ambiente.

F
PD
e
th
of
Os meios aquecedores mais utilizados são o vapor de baixa e

n
io
rs
média pressão, óleos de aquecimento e energia eléctrica (mais
ve
o
m

flexível e limpa)
de
e
th
ith
w
d
te
ra
ne
ge
as
w
e
fil
is
Th

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 83


4.8. Transferência de calor com fluidos não-Newtonianos

er
(4.12).

riv
rD
te
in
Pr
• Fluxo laminar em tubos, fluidos que seguem lei da

le
tib
pa
potência

om
C
F
PD
e
Eq. de Metzner e Gluck

th
of
n
io
rs
ve
(NNu)a = h a D/k = 1.75 δ1/3 NGz1/3 (γb/γw)0.14
o
m
de
e
th

válida para :
ith
w

NGz = m cp/k L = π/4 NRe NPr D/L >20 e n’> 0.1


d
te
ra
ne

(γb/γw) = K’b/K’w = Kb/Kw


ge
as

ha à temperat. média no comprimento L e para :


w
e
fil

∆Ta = 1/2 [(Tw-Tbi) + (Tw-Tbo)]


is
Th

• Fluxo turbulento em tubos

NNu = hL D/k = 0.0041 NRe0.99 [K’ cp/k (8v/D)n-1]0.4

4.9. Coeficientes de transferência de calor especiais


(4.13).

• tanques agitados com camisas de aquecimento

13 m
 C pµ 
b
hDt  D Nρ   µ 
= a a     
k  µ   k   µw 

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 84


os valores de a, b, m variam com o tipo de agitador

er
Valores habituais de U em tanques com camisa

riv
rD
fluido na fluido no parede agitação U, W/m2K

te
in
Pr
camisa tanque

le
tib
pa
vapor água cobre nenhuma 850

om
C
lenta 1400

F
PD
vapor pasta ferro fundido raspador 700

e
th
of
duplo

n
io
vapor água cobre nenhuma rs 1400
ve
o
m

ebulição
de
e
th

vapor leite ferro fundido nenhuma 1100


ith
w

esmaltado lenta 1700


d
te
ra
ne

água água fria ferro fundido nenhuma 400


ge
as

quente esmaltado
w
e
fil

vapor puré metal agitado 170


is
Th

tomate

• tanques agitados com serpentinas de aquecimento :


correlações idênticas, com valores específicos de a,
b, m (ver Geankoplis, 1993)

• permutadores de paredes raspadas

• permutadores com alhetas (longitudinais e


transversais)

há correlações específicas (Geankoplis. 1993)

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 85


4.10. Condensadores para evaporadores e cristalizadores
(8.6)

er
riv
rD
Condensação de vapores que saem de uma câmara onde existe

te
in
Pr
vácuo è condensação (com água) + descarga à pressão

le
tib
pa
atmosférica.

om
C
F
PD
Condensadores: de superfície arrefecida

e
th
of
de contacto directo

n
io
rs
ve
o
m

Condensadores de superfície arrefecida:


de
e

• Não há mistura de fluidos


th
ith
w

• Purgas de não-condensáveis podem ser feitas num ponto frio


d
te
ra

do condensador
ne
ge

• A saída dos fluidos a baixa pressão tem de ser assegurada


as
w
e
fil

por bomba ou máquina de vácuo


is
Th

• É um sistema caro

Condensadores de contacto directo:


• Há uma contracorrente com um
chuveiro de água
• condensado é descarregado através de
uma perna barométrica que assegura a
variação de pressão
• É um sistema económico e fácil de usar
• consumo de água pode ser estimado
através de um balanço energético
• Os não-condensáveis podem ser retirados por uma máquina
de vácuo (se se usar um jacto de agua a alta pressão, este
pode arrastar os não condensáveis; gastam mais água e são
difíceis de controlar)

DEQ/FEUP – Operações de Transferência, 2002/03 86

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