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I NSTITUTE
Unforgettable vibration training
SPECMAN
Enwnhalia, Diagnóstico e Manuterção, Lda
-0.2
-0.3
O 0.05
0.045
0.04
0.035
0.03
0.025
0.02
0.015
0.01
0.005
0.
1 2 4 5 6 7 8 9 10
Lin Low Range
Manutenção Correctiva
A manutenção correctiva é também conhecida por "manutenção
após avaria" e outras designações comuns. Consiste na prática de
deixar as máquinas funcionar até ocorrer uma avaria, ao contrário
de tomar medidas preventívas.
Manutenção Preventiva
A manutenção preventiva é também conhecida por uma variedade
de designações: "manutenção planeada", "manutenção
programada", "manutenção histórica" e outras.
Operatíng Hours
Operating Hours
Estimated Life
Probable Life
o-
Operating Hours
e Reiated Random
Total = 89%
Manutenção Predictiva
Do mesmo modo, a manutenção predictiva também é conhecida
por diversas designações - a mais comum é "manutenção
condicionada". Neste caso, a filosofia é:
..*
_ • • .• .0
Operating Hours
Manutenção Proactiva
Mais uma vez, a manutenção proactiva também é conhecida por
diferentes designações, incluindo "manutenção de precisão" e
"manutenção baseada na fiabilidade". A sua filosofia é:
Em Conclusão
Um programa de manutenção adequado incidirá na detecção e
diagnóstico de avarias e na análise da causa das mesmas. Tudo
começa com uma formação adequada - pelo que está, desde já,
no bom caminho! No entanto, necessitará de aprender como
implementar um programa de manutenção correcto, como mantê-
lo e optimizá-lo com base nos seus sucessos e fracassos.
Introdução
Esta secção tem como objectivo dar-lhe uma panorâmica geral da
monitorização da condição. Discutiremos os objectivos da
monitorização da condição e os requisitos envolvidos na realização
de um programa de monitorização da condição.
Vamos começar por descrever o termo "monitorização da
condição". Conforme o próprio nome diz, é a arte de monitorizar a
condição do equipamento, de modo a determinar se a saúde da
máquina está estável ou se está a deteriorar-se. Mas, não
confundir com o termo "manutenção predictiva". Monitorização da
condição tem a ver com a determinação do estado e performance
da máquina. Ambas são muito importantes. Contudo, o modo
como essa informação é usada no processo de tomada de decisões
na produção e na manutenção é um outro assunto - que também
abordaremos.
Paragens
Quando uma máquina avaria, pode implicar a paragem da
produção. O tempo de paragem pode ser incrivelmente oneroso.
Perdas de produção e produtos defeituosos (e desperdícíos)
diminuem drasticamente os lucros de uma organização.
Avarias Secundárias
Avarias secundárias podem ocorrer. Em vez de substituir apenas
um rolamento, poderá ser necessário substituir todo o rotor. Os
custos podem derrapar. O tempo de reparação é mais longo,
resultando num tempo de paragem maior e em custos de
manutenção mais elevados.
Segurança
Quando uma máquina se avaria, a segurança pode ficar
comprometida.
Menos Sobressalentes
Quando uma máquina avaria, os
sobressalentes deverão estar disponíveis
para permitir a reparação. Os sobressalentes
exigem armazenagem e a sua compra
antecipada para prever a ocorrência de
avarias. A armazenagem e gestão de
sobressalentes e bastante onerosa.
Por conseguinte, se conseguirmos avaliar o risco de avaria:
• Podemos planear o período de paragem de um modo mais
efectivo de um ponto de vista económico.
• Os sobressalentes podem ser encomendados e o trabalho
organizado. Conseguimos isto através de uma monitorização
apropriada.
• Se conseguirmos aumentar também a fiabilidade, as
máquinas não irão sofrer avarias com tanta frequência.
• Se conseguirmos que a máquina atinja o seu tempo de vida
útil inicial, conseguimos o retorno de investimento ideal e
mantemos os custos de manutenção no mínimo possível -
aumentando os lucros da empresa.
• Podemos alcançar estes objectivos através de equilibragens e
alinhamentos de precisão e outras actividades.
Então, o que é que se faz na monitorização da condição? Existem
diferentes testes que podem ser realizados. E apesar de termos
mencionado apenas as máquinas rotativas, obviamente que a
manutenção abrange todo o tipo de equipamentos.
Análise de Vibrações
Vamos primeiro rever o que se trata na análise de vibrações.
Todas as máquinas rotativas, tais como: bombas, ventiladores,
turbinas e compressores, vibram. O nível e a forma das vibrações,
dão-nos informações sobre a condição interna dos seus
componentes.
Se fizermos recurso a equipamento electrónico para medir as
vibrações, podemos monitorizar
os seus níveis e analisar as suas
formas. De um modo geral, se os
níveis aumentarem e as formas se
alterarem, não detectamos
apenas a existência de um
problema, mas, podemos
diagnosticar qual o tipo de
problema.
Detecção
A primeira tarefa do software de monitorização da condição é de
detectar se a máquina tem um problema. A menos que estejamos
a falar de um software de diagnóstico pericial, o software irá
comparar os níveis de vibração medidos com um conjunto de
valores limite definidos a priori. É então, tarefa do Técnico, o
estudo do "relatório de excepções" de modo a determinar quais as
máquinas que possivelmente terão um problema. Assim se inicia a
fase de análise.
Análise
Ao estudar os espectros e os sinais no tempo das vibrações, e
ainda as curvas de tendência e a comparação com o histórico
disponível, é possível saber se existe algo de errado com a
máquina e qual a sua severidade. Pode-se então efectuar um
relatório para a manutenção, recomendando as acções a
desenvolver.
Verificação
Finalmente, uma vez que a máquina tenha sido reparada,
efectuamos medições adicionais de modo a garantir que o
problema foi resolvido, que a reparação foi realizada com sucesso
e que a máquina não apresenta mais problemas. Esta é a fase de
verificação.
Conclusão
A análise de vibrações tem vindo a ser usada desde há vários anos
e existem inúmeras empresas, consultores, organismos
governamentais e universidades, que procuram novas maneiras de
melhorar as tecnologias e ferramentas usadas pelos Técnicos e
Analistas.
Análise de Óleos
As máquinas rotativas necessitam de uma lubrificação correcta. No
entanto, ficaria espantado com a frequência com que lubrificantes
errados ou contaminados são utilizados. O resultado é o aumento
do desgaste e a ocorrência de avarias nas máquinas.
Existe também um factor económico - os lubrificantes são caros,
tanto a sua aquisição, como a sua remoção. Muitas vezes, um
lubrificante em perfeitas condições é mudado, aumentando
desnecessariamente os custos de manutenção.
De modo a evitar este desperdício, são realizados testes aos óleos
e massas lubrificantes. Estes testes indicam-nos se os lubrificantes
podem continuar a desempenhar o seu papel (está o conjunto de
aditivos correcto, etc.), se existem contaminações e se existem
partículas metálicas ou outras, que possam indicar um desgaste
precoce da máquina.
No entanto, é necessário ter em conta que a maior parte dos
testes de análise a óleos são íncapazes de detectar partículas de
desgaste - os espectrómetros não conseguem a detectar partículas
com menos de 10 pm. Vamos ver mais adiante que são
necessários testes específicos para detectar partículas de
desgaste.
Muitas das empresas que comercializam lubrificantes, também
fornecem "gratuitamente" serviços de análise. Apesar destes
testes serem importantes, é necessário conhecer as suas
limitações. Existem inúmeras histórias de máquinas que
avariaram, apesar das análises de amostras dos seus óleos terem
sido dadas como "limpas".
Análises típicas a óleos usados incluem as seguintes:
• Viscosidade por cilindro vibrante.
• Viscosidade em banho de óleo.
• Espectrómetro por Rotating Disk Emission (análise
elementar).
• Espectrómetro FTIR.
• Número ácido total.
• Número básico total.
• Em água pelo Teste Karl Fisher.
• Em água pelo Test Crackle.
• Contagem de partículas.
A Internet
Obviamente que uma abordagem ao futuro, não pode passar sem
uma menção à Internet. Quando se tem um sistema de
monitorização permanente automatizado, capaz de detectar
problemas e, em alguns casos, de os diagnosticar, e quando a
manutenção e a produção, localizadas remotamente, estão
envolvidas, então, a comunicação torna-se num assunto
importante. Daí a importância da Internet.
A maioria dos sistemas são actualmente capazes de gerar
E alguns são mesmo capazes de gerar web sites; permitindo aos
utilizadores aceder a uma vasta quantidade de informação com
recurso apenas a um simples browser. Correio electrónico, pagers
e assistentes de dados pessoais, garantem que a informação chega
às pessoas indicadas, permitindo os browsers a realização de
investigações subsequentes.
Resumo
O objectivo é a redução dos custos de operação da empresa (ou o
aumento dos lucros), através da diminuição dos custos de
manutenção e da minimização dos tempos de paragem (e perdas
de produção). Tal é conseguido através do aumento da fiabilidade
dos equipamentos e da recuperação do controle no programa de
manutenção.
Este objectivo é alcançado através da implementação das
alterações necessárias, de modo a garantir uma maior fiabilidade
dos equipamentos. Em primeiro lugar, é necessário saber porque é
que o equipamento falha - elevados níveis de vibração (incluindo
desgaste) devido a desequílíbrios, desalinhamentos e
ressonâncias; lubrificação desadequada e lubrificantes
contaminados; reparações e sobressalentes de baixa qualidade;
problemas de projecto e fabrico das máquinas; etc.
Também monitorizaremos as máquinas para detectar problemas
na sua "infância", de modo a planear as acções de manutenção
necessárias de um modo economicamente eficaz.
Estes objectivos podem ser atingidos. Eles têm vindo a ser
alcançados, a diversos níveis, por diversas indústria em todo o
Mundo. Necessita do empenho da administração, formação
adequada e um elevado nível de dedicação
O que é a Vibração?
Quando medimos as vibrações numa chumaceira de uma máquina,
estamos de facto a medir a resposta da chumaceira às forças
geradas no interior da máquina. Estas forças estão relacionadas
com todos os componentes rotativos da máquina: o veio, os
elementos rolantes dos rolamentos e as pás da turbina do
ventilador, mais as vibrações vindas das máquínas e processos
circundantes.
Se o impulsor estiver desequilibrado, conseguirá vê-lo na vibração
medida. Se os diversos componentes estiverem desalinhados,
conseguirá vê-lo na vibração medida. Até se a máquina não estiver
devidamente apertada à fundação, a primeira vibrará e conseguírá
vê-lo na vibração medida.
Assim, concluímos que, se medirmos as vibrações e se as
analísarmos com um olhar atento, conseguiremos descobrir se
existe algo de errado com a máquina.
Mas, como é que sabemos o que as vibrações deverão mostrar? As
máquinas existem em diversas formas e tamanhos. Existem, no
entanto, um conjunto de regras básicas:
• Primeiro, existe um número de formas de onda que será
capaz de reconhecer. Se a máquina estiver desequilíbrada, a
vibração altera-se de uma determínada maneira. Se houver
um problema nos rolamentos, também se alterará, mas de
um modo diferente.
• Segundo, reparou no uso da palavra "alteração"? Bem, à
medida que a condição da máquina se degrada, os níveis e
as formas de onda das vibrações também se alteram. O nível
de vibração, geralmente, aumenta e a forma de onda pode
alterar-se de diversas maneiras.
Compreender as Vibrações
De modo a realmente compreender o que há de errado numa
máquina, necessitamos de estudar as vibrações mais de perto.
Mas, como fazer? Como é que as vibrações se parecem?
Há medida que um veio roda numa máquina, num motor, por
exemplo, geram-se vibrações. Se os rolamentos não tivessem
atrito, não haveria carga, se estivesse perfeitamente equilibrado e
alinhado, e não houvesse gravidade, então, talvez não vibrasse.
No mundo real, todas as máquinas vibram.
Para uma máquina vibrar, têm de existir forças internas. Essas
forças podem ser devido a desequilíbrios, desalinhamentos, veios
empenados, desapertos, atritos, problemas eléctricos e outros
factores. A vibração que nós medimos é devida, por um lado, à
magnitude dessas forças, e por outro lado, à massa, rigidez e
amortecimento da máquina.
Para tentarmos compreender melhor as vibrações, devemos ver as
coisas do ponto de vista da máquina. Está correcto abordar o
movimento harmónico simples e a rigidez e assim por diante, mas
pensamos que é necessário abordar o básico. Vamos ver dois
exemplos.
Primeiro, imagine uma ventoinha nova
com oito pás. Com a ventoinha ligada, se
puser a sua mão no motor, poderá não
sentir grande coisa - vamos assumir que
não sente nada (é uma excelente
ventoinha!).
Vamos agora alterar o sistema. Vamos
adicionar um peso a uma das pás.
Colamos a cabeça de um alfinete a uma
pá. Ligamos novamente a ventoinha, de modo a rodar uma
rotação por segundo. Com a adição de um peso tão pequeno, acha
que sentirá alguma coisa? É provável que não (a menos que tenha
posto muita cola!).
Ou seja, a massa de desequilíbrio é desprezável em relação à
massa da ventoinha, e a velocidade de rotação do veio não é
suficientemente alta para gerar elevadas forças centrífugas.
,
fr i
O movimento para cima e para baixo da moeda de ouro, parece-se
com o movimento de uma bola presa a uma mola. Este movimento
é designado por "movimento harmónico simples". Tendo em
consideração que a moeda de ouro é a fonte de vibração (por
assim dizer), a força na ventoinha e, por conseguinte, a vibração
sentida no motor estão sincronizadas com o movimento vertical da
moeda.
E se deixarmos agora, o ponto (a moeda...) mover-se ao longo da
"página" a uma velocídade constante, deixando um rastro para
trás. A curva que obtemos é uma "onda sinusoidal".
Introdução da "Amplitude"
O próximo termo que vamos examinar é a "amplitude". A
amplitude revela-nos a severidade da vibração. A amplitude é igual
à altura dos ciclos. Se colocarmos duas moedas na pá da
ventoinha e voltarmos a marcar o nosso gráfico com a mesma
escala, a altura do gráfico será muito maior.
02
Introdução da Fase
Vamos agora aprender acerca da fase. O assunto da fase tem
causado queda de cabelo e envelhecimento prematuro a muita
gente, mas, acredite que não é assim tão difícil de perceber!
Nota: Neste exemplo, não esperamos que siga o exemplo
com ventoinhas - use apenas a sua imaginação.
Voltando ao nosso exemplo com a ventoinha. Vamos arranjar uma
outra ventoinha. Meta a mão no seu bolso e retire outra moeda -
desta vez, uma moeda de níquel - e cole-a a uma pá na nova
ventoinha. Coloque as duas ventoinhas lado a lado, rode as pás
manualmente de modo a que ambas moedas fiquem na posição
superior e ligue as ventoinhas ao mesmo tempo. Como são
ventoinhas boas, irão acelerar até à velocidade de rotação nominal
ao mesmo tempo.
Agora coloque a sua mão esquerda numa ventoinha e a sua mão
direita na outra ventoinha. Consegue sentir ambas ventoinhas a
pulsar. E esta agora, estão ambas a pulsar em simultâneo; ambas
atingem o seu pico ao mesmo tempo. Ambas pulsam em cada
segundo. Diz-se que as duas ventoinhas estão "em fase".
Medindo Vibrações
Até agora, temos "medido" as vibrações com recurso à nossa mão
(e à nossa imaginação) - colocámos a nossa mão na ventoinha de
modo a sentir a vibração. O nosso exemplo demonstrou como o
nível de vibração se altera ao longo do tempo. Mas, de facto,
existem três características possíveis que nós podemos medir.
Introdução do "Deslocamento"
Vamos agora usar um exemplo ligeiramente diferente. Por
enquanto, vamos apenas observar um veio a rodar, e não uma
ventoinha. O ponto vermelho indica o ponto em que a nossa
massa de desequilíbrio (a moeda) foi colocada.
Em primeiro lugar, à medida que imaginamos o veio a rodar,
iremos ver que ele se movimenta para cima e para baixo. Então,
pensamos que se tivermos uma maneira de medir a distância
entre um ponto de referência e o veio, iríamos ter o mesmo
padrão sinusoidal.
On/off
SPeed 11111 1CPN1
INSTITUYÉ
Copyntffit (c) 2005 1.t.y.s Iffititute Level
www.mobt InienOtatesag lif Fan 1111 f:PF
Introdução da "Velocidade"
Vamos considerar novamente o nosso veio. Observando o seu
movimento vertical, a partir da posição inferior, o movimento
vertical do veio acelera rapidamente, passa pelo ponto central à
velocidade máxima, e começa a desacelerar à medida que se
aproxima do ponto superior. Estamos agora a observar a
velocidade do veio.
Introdução da "Aceleração"
Já vimos o deslocamento e a velocidade, e como ambos se
relacionam. Vamos agora ver a aceleração.
Se observar o movimento vertical do veio, conseguirá ver que
desde o repouso no ponto inferior, terá de acelerar de modo a
atingir a velocidade máxima no ponto central, desacelerando de
seguida até ao repouso no ponto superior.
On/off
',AOBIUS Speed CPM
11.111r INSTITUTE
.11~ (c) 2003 nohium Level
wwwamblusier~rp
Acceleration
Yelocity
211 Displacrrnent
Introdução do Espectro
Vamos voltar à nossa forma de onda do sinal no tempo e vamos
considerar outro modo de representar esta informação. Nós
sabemos que existe um sinal na forma de onda, que é uma onda
sinusoidal pura, à velocidade de rotação.
Amplitude
2-
1-
o , II I I II
o I2 .5.
- 1.1 5 6 7 E 5 10
Frequency (Hz)
Amplitude
6-
5-
4-
1
11 1 1 1 .
5 6 7 8 O 10
Frequency (Hz)
Amplitude
5-
4-
3
6 7E O 10
Frequency (Hz)
Amplitude
6-
5-
4-
3-
2-
Amplitude
6- Ai\NWMAP
5-
4-
• I I
5 7 3 9 10
Frequency (Hz)
FFT
Waveform Spectrurn
1tu P
T r- e
Waveforrn
ordens da velocidade de
0 1 2 2 4 5 9 7 9 9 1 10 1 11 12
rotação. Basta então, Frequency (Hz)
pegar na frequência e
dividi-la pela velocidade de rotação.
À medida que abordamos máquinas mais complexas, com um
número maior de partes rotativas, a forma de onda do sinal no
tempo e o espectro tornam-se mais complexos.
Revisão
Vamos apenas rever os pontos importantes. O primeiro é que cada
componente rotativo será responsável pela geração de um ou mais
sinais a uma determinada frequência, amplitude e fase.
A combinação de todos os sinais (que podem ser medidos num
determinado ponto da máquina) contribuem para a formação da
forma de onda do sinal no tempo. A forma de onda pode mesmo
incluir ruído, vibrações provenientes de outras máquinas e sinais
que são simplesmente gerados devido ao modo como os sinais se
misturam.
Podemos decompor qualquer forma de onda de sinal no tempo
num número "infinito" de sinais puros individuais, cada qual com
uma frequência, amplitude e fase. Podemos representar esses
sinais individuais como um espectro.
Cada linha num espectro representa um sinal individual. A altura
da linha representa a sua amplitude, e a sua posição ao longo do
eixo das abcissas (eixo-x) representa a sua frequência.
A frequência pode ser representada por um valor absoluto,
tipicamente em Hz (Hertz ou ciclos por segundo) ou CPM (ciclos
por minuto) - sendo CPM, o mais comum nas nossas aplícações.
Em vez de representarmos a frequência em CPM no espectro,
podemos também dividir todas as frequências pela velocidade de
rotação da máquina. A unidade passa a ser "ordens". Assim, a
linha do espectro à velocidade de rotação da máquina é a "la"
ordem.
Amp itude
8-
7-
6-
5- 1X
4-
3- 8X
2-
1-
h 8 9 1 10 1 11 12
Frequency (Orders)
Amplitude
8-
7-
6-
5- 1X
4-
3- 12X
2-
1-
o
O 2 3 4 h 9 7 8 9 1 10 11 12
Frequency (Orders)
•
• 110 • 1 1 • 12
Frequency (orders)
Bali
diame (d)
2
Defect on Ball (BS) = + (0- )2 cos a
Where:
d = Ball Diameter
D = Pitch Diameter
n = Number of Balls
A = Contact Angle
Estes cálculos são complicados e não é de esperar que memorize
estas expressões! A maior parte dos softwares actuais têm bases
de dados de rolamentos que permitem determinar as frequências
características do seu rolamento. É apenas uma questão de
determinar a velocidade de rotação do veio e ir multiplicando.
Manual do Curso
Amplitude
6.7
• 1 • 1 • 1 • I
9 10 11 12
Frequency (orders)
8 8 -1b 11.2
Frequency (orders) Frequency (orders)
Componentes de Transmissões
Existem diversos componentes mecânicos que são usados para
alterar (transferência de potência) a velocidade de uma máquina.
Dois desses componentes comuns são as caixas de engrenagens,
que podem variar em tamanho, forma e configuração, e as
transmissões por correias.
No nosso primeiro exemplo, tínhamos uma caixa de engrenagens
com uma redução bastante simples que reduzia a metade a
velocidade. A razão de velocidades da caixa de engrenagens (ou
da correia de transmissão, acoplamento viscoso, ou outro
componente de transmissão) é normalmente referida como
accionamento: accionada. No nosso exemplo era de 2:1. Se a
entrada da caixa de engrenagens fosse 2.000 CPM, a saída da
caixa de engrenagens seria de 1.000 CPM.
Na análise de vibrações, é necessário determinar a razão de
velocidades de componentes como: caixas de transmissão,
correias de transmissão, correntes de transmissão, acoplamentos
viscosos e outros meios de transmissão. Consegue fazê-lo através
da determinação das velocidades de entrada e de saída (com
recurso a uma lâmpada estroboscópica, por exemplo) ou através
de informação mecânica do componente e calcular
subsequentemente a razão.
Vimos que podemos referir-nos a mudança de velocidade em
termos de entrada:saída. Por exemplo, 1:4 será um componente
acelerador com a saída quatro vezes mais rápida que a entrada.
Existe uma frequência característica fundamental que será
necessário calcular: a frequência de engrenamento. A frequência
de engrenamento é o número de
dentes da engrenagem
multiplicado pela velocidade de
rotação de veio.
Então neste exemplo temos 12
dentes na entrada e 24 dentes na
saída. A frequência de
engrenamento é 12 vezes a
velocidade da entrada, ou 24
vezes a velocidade da saída.
35 teeth
27 teeth
72692 CPM
4846 CPM
15 teeth
2692 CPN4
O Nosso Exemplo
Muito bem, pegámos na nossa máquina e substituímos a caixa de
engrenagens de um andar por uma caixa de engrenagens de dois
andares. Vamos calcular as frequências de engrenamento. Os
detalhes desta máquina são: turbina de arrefecimento do motor
com 8 pás, impulsor do compressor com 12 pás, pinhão de
entrada com 43 dentes e 17 dentes no veio intermédio, 34 dentes
na segunda engrenagem do veio intermédio e 19 dentes no pinhão
de saída.
Vamos tornar o motor, a nossa referência. Considerando a
primeira frequência de engrenamento, a velocidade do veio
intermédio será: 43/17=2,592X. A frequência de engrenamento é:
43X.
A próxima razão de engrenagem é 34/19=1,789X. No entanto, a
entrada desse par de engrenagens é 2,529X, sendo o veio de saída
2,529x1,789=4,524X. Com 34 dentes no veio intermédio, a
frequência de engrenamento será 34x2,529X=85,986X.
Se considerarmos as 8 pás na turbina do motor e as 12 pás no
impulsor do compressor, as frequências características são 8X e
(12x4,524)=54,288X.
Vamos agora ver tudo isto no nosso espectro. O nosso espectro
tem agora de ir até 90X por causa da elevada velocidade da
frequência de engrenamento do veio intermédio.
II • •
43X
•
•54.2X 85,9X
•
5 10 15 20 . A . A 35 40 45 50 55 6 O 70 20 9
Frequency (orders)
Nível Global
O "nível global" é o valor eficaz (RMS) do sinal. O valor eficaz tem
sido usado na medição de vibrações desde há muitos anos. Antes
da portabilidade dos analisadores de vibrações (hoje em dia,
colectores e dados), o nível global era o parâmetro de medição
mais comum. Ainda hoje, muitas empresas compram um simples
Outros Parãmetros
Durante muitos anos, tem-se também desenvolvido parâmetros
"escalares" (número único) orientados para dados de alta
frequência, essencialmente para indicar a condição de rolamentos.
Estes parâmetros incluem: "BCU", "Spike Energy", "SEE", "HFD",
"Shock Pulse" e outros. Não entraremos em detalhes em relação a
estas medições neste manual; deverá consultar o manual do seu
equipamento (ou os fabricantes, se ainda não adquiriu um
equipamento) de modo a aprender com realizar as medições e
quais as respectivas limitações.
Actualmente, podemos calcular estes parâmetros "passíveis de
análise de tendência" de diversas maneiras. Podemos medir o nível
global e o parâmetro de "condição de rolamentos" com o colector
de dados, ou, podemos extrair os parâmetros a partir do espectro
(com recurso a software) para realizar a análise de tendência e a
comparação com alarmes.
Estes parâmetros incluem o factor de crista (nível pico a dividir
pelo valor eficaz), o nível máximo numa "banda" de frequência
definida pelo utilizador (e muitos outros parâmetros calculados a
partir de uma banda de frequência) e nível de severidade
(calculado por um software pericial).
Na maioria dos casos, estes parâmetros são usados para chamar a
atenção para uma máquina que poderá ter um problema. Poderá
então, analisar o espectro, o sinal no tempo e outros dados
disponíveis, de modo a determinar a condição da máquina e a
severidade da falha, caso esta exista.
Introdução à Análise
Deverá possuir agora, uma boa compreensão de formas de onda
de sinais no tempo e espectros. Deverá também ter adquirido os
conhecimentos básicos acerca da fase, harmónicas (impactos) e
bandas laterais (modulação). Vamos agora rever como é que este
conhecimento pode ser aplicado na monitorização da condição.
A sua tarefa será recolher dados de vibrações em máquinas
periodicamente. As máquinas mais importantes serão medidas
mensalmente, enquanto que, as menos importantes serão apenas
monitorizadas trimestralmente.
Terá de ser capaz de rever os espectros e as formas de onda dos
sinais no tempo, de modo a verificar se indicam qualquer tipo de
avaria nas máquinas. As avarias poderão incluir: desequilíbrio,
desalinhamento, desgaste em rolamentos, desaperto em
rolamentos, problemas eléctricos, desapertos, desgaste nas pás
das bombas, desgaste nas pás de ventiladores, problemas de
engrenamentos e muitas outras falhas.
As boas notícias são que existem quatro tipos de avarias que são
mais comuns que todas as outras. Em alguns círculos, estas são
referidas como o "grande quatro". São: o desequilíbrio, o
desalinhamento, o desaperto e os problemas em rolamentos.
Poderá, então, focalizar-se no estudo destas avarias, antes de
abordar as demais.
De modo a diagnosticar avarias em máquinas, necessitará de
estudar os espectros e as formas de onda dos sinais no tempo.
Não apenas, precisará de procurar os padrões de avarias nos
espectros, mas, terá também de observar os níveis, de modo a
determinar se são anormais. Mas, o que é "anormal"?
Os espectros aparecem em todas as formas e tamanhos, e se não
possuir uma vasta experiência nas máquinas em questão, irá
basear-se na detecção de níveis variáveis em detrimento da
observação de níveis absolutos.
Existem normas internacionais disponíveis que fornecem
orientações, no entanto, uma vez que o seu programa de
monitorização condicionada esteja implementado e a funcionar,
deverá comparar as medições recentes com medições anteriores,
ou com medições recolhidas em máquinas semelhantes.
28.0 1.102
DANGEROUS
18.0 0.709
11.2 0.441
7.10 0.280
STILL PERMISSABLE
4.50 0.177
2.80 0.110
ACCERTABLE
1.80 0.071
1.12 0.044
0.12 0.028
GOOD
0.45 0.018
0.28 0.011
mmis rms ins rms
CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4
0.18 •
O 16
0.12- -
0.04 -
0.02 -
0.
O 2 4 5 6 9 10
Lin Low Rany e
91.548499 1420
MaxAnp
4.42
Pkt
18409.813 1129
E Scale
• 4.5
104K9138 1200
05EC1.08 1425
230E788 1137
0938,88 0822
OVERALL VALUE
10
FAULT
ALERT
2
Date: 10-610,88
20 40 60 90 100 120 140 160
Thoe: 12,00:48
Days: 09-SEP.88 To 31 -JAH-89 Anea: 9.721
A repetibilidade é essencial.
Mas, o que é que envolve realizar uma boa medição? Como é que
podemos ter a certeza que temos a melhor medição possível?
Bem, o facto de estar a ler este curso já é um primeiro passo. Se
tiver interesse neste assunto, é meio caminho andado para realizar
um bom trabalho.
O primeiro passo consiste em seleccionar o tipo de transdutor
adequado. Terá de seleccionar entre transdutores de
deslocamento, velocidade e aceleração. Informações como, a
velocidade de rotação da máquina e o tipo de chumaceiras, têm
influência na selecção do tipo de sensor.
De seguida, terá de escolher a marca/modelo que se adequa
melhor ao ambiente de medição. Terá de considerar: a
temperatura de operação, restrições de espaço, presença de água
ou outros líquidos, e outros factores.
Depois, temos de ter em consideração a técnica de montagem do
sensor no ponto de medição. O tipo de máquina, a natureza da
superfície da máquina no ponto de medida e outros factores
ambientais, a gama de frequência exigida e a acessibilidade, são
factores determinantes. Terá de estudar cuidadosamente a
máquina e certificar-se que identifica o melhor ponto de medida,
onde será montado o transdutor.
No final deste processo, deverá saber qual o tipo de transdutor a
utilizar em cada uma das máquinas e como e onde montá-los.
Para a maioria das pessoas, apenas um ou dois transdutores serão
necessários, fazendo recurso a um método de montagem quase
sempre semelhante. No entanto, se tiver máquinas com
velocidades de rotação baixas ou elevadas, máquinas instaladas
em ambientes potencialmente perigosos, turbinas ou outras
máquinas com chumaceiras de atrito, então, chegará à conclusão
que necessita de uma selecção mais vasta de transdutores e de
métodos de montagem. Um único sensor não serve para todas as
aplicações.
Precisa também de ter em consideração os seus percursos de
medição. Cada vez que uma máquina é testada, as medições terão
de ser realizadas do mesmo modo, a máquina terá de estar a
On/off
Speed . ,HCPM
ii.15.fi-TUtTE
Coppight (c) 2COS Mabirus rnstitute Level 1111
www.m.usinstit.na ,
Velocity
On/off
Speed • • HCPM
'
dr 1 N tj-TSE
Copyright (c) 2.1,5 gobius Iskstituts
www~usinstitutaorg Levei
[ocit
Acceleration
Yelocity
.0001 , .
1 1 1 100 1.00 0 Hz
.6 60 .6 6,000 60,000 cpm
FREQUENCY
607-Ri
V
D= 0.3187- = 0.716A
f2
Tipos de Transdutores
Deverá agora ser capaz de entender a diferença entre aceleração,
velocidade e deslocamento. Vamos agora abordar os diferentes
tipos de transdutores indicados para cada tipo de medição e
explicar onde é que cada um deles deverá ser usado.
Transdutores de Deslocamento
Os transdutores de deslocamento medem o movimento relativo
entre o veio e a extremidade do sensor. Deste modo, em vez de
serem montados no exterior da chumaceira, são instalados no
interior da mesma, sendo necessariamente instalados
permanentemente.
Os transdutores de deslocamento são normalmente usados em
monitorização permanente (protecção da máquina) de máquinas
com chumaceiras de atrito, como turbinas, bombas e ventiladores
de grandes dimensões. Contudo, é normalmente possível ligar um
colector de dados portátil às saídas analógicas de modo a realizar
espectros "normais" e análises de tendência.
Os transdutores de deslocamento são designados por sondas de
corrente de Eddy (ou de Foucault). Também são chamados de
sondas sem contacto e comercialmente, por sensores de
proximidade. Todos são baseados no mesmo princípio.
Existem três componentes: um oscilador, uma sonda e um cabo
entre ambos. O oscilador é alimentado por uma tensão,
produzindo um sinal RF. Esse sinal é transmitido, através do cabo,
à sonda. Um enrolamento, no interior da ponta da sonda, funciona
como uma antena e irradia a energia de elevada frequência para o
gap (espaço entre a extremidade da ponta da sonda e o veio) -
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▪
Capítulo 4 - Medição de Vibrações Página 65
Manual do Curso
111111111111111,U011111011111~4
— 111111111111
11111»,~111111111111111111111111111~
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1111111111111~1.111111111111111111M111»
1111111111111111,W11111101111110~11111111111
I i
Fracturas no veio podem ser detectadas deste modo, uma vez que
a dinâmica do veio se altera. Existem softwares avançados que
monitorizam a globalidade do movimento dinâmico do veio,
através da examinação de todos os sinais dos sensores de
proximidade e também de acelerómetros montados nas
chumaceiras, se estes existirem.
Vantagens:
• Resposta a baixa frequência (até 0 Hz ou DC).
• Medem o deslocamento relativo do veio em relação à
chumaceira.
• São fiáveis (quando instalados correctamente).
Desvantagens:
• São difíceis e caros de instalar.
• Não podem ser usados para medições de alta frequência.
• A sua calibração (determinação da razão entre a tensão de
saída e o deslocamento existente) depende do material do
Transdutores de Velocidade
Apesar de analisarmos frequentemente dados de vibração em
unidades de velocidade, normalmente não utilizamos transdutores
de "velocidade" nas medições. No entanto, os transdutores de
velocidade continuam a ser usados na Indústria, pelo que iremos
agora abordar o seu princípio, vantagens e desvantagens.
O "sensor de velocidade electrodinâmico" é basícamente um íman
suspenso, montado entre uma mola e um amortecedor. Um
enrolamento envolve o íman. À medida que o corpo do transdutor
vibra, o íman mantêm-se estacionário devido à inércía. Assim,
tem-se o movimento do íman dentro do enrolamento, gerando
electricidade proporcional à velocidade da massa.
A construção do transdutor pode também incluir um enrolamento
ligado a uma massa, rodeado por um íman estacionárío. O
resultado é o mesmo; electricidade é gerada quando existe
movimento relativo entre o íman e o enrolamento.
Vantagens:
• Não necessita de alimentação externa - gera electricidade.
• O sinal de saída é elevado.
• É fácil de usar - não é muito sensível a problemas de
montagem.
• Pode operar a temperaturas elevadas.
Desvantagens:
• Não é indicado para medições de baixa ou alta frequência.
• É sensível a mudanças de temperatura.
• Uma vez que inclui componentes móveis, está sujeito a
desgaste.
• Tem grandes dimensões.
• Pouco preciso, devido a uma baixa razão sinal/ruído.
Aplicações:
Acelerómetros
Os acelerómetros são, de longe, o tipo de transdutores mais
comummente utilizados na análise de vibrações em máquinas.
Todos os colectores de dados, hoje em dia, são fornecidos com um
acelerómetro, apesar da maior parte dos utilizadores "integrarem"
o sinal para velocidade e visualizarem os dados medidos em
unidades de velocidade. Os sistemas de monitorização permanente
de vibrações também usam acelerómetros, excepto no caso de ser
especificamente indicado o recurso a sensores de proximidade.
Existem actualmente vários tipos de acelerómetros. O
acelerómetro mais comum é o piezoeléctrico com amplificação
interna (IEPE). Há cerca de 10 anos atrás, a maioria dos
acelerómetros eram piezoeléctricos de carga, necessitando de um
conversor de carga externo.
Os acelerómetros piezoeléctricos são montados externamente,
normalmente na chumaceira de rolamentos. O método usado para
a sua montagem é muito importante. Existem acelerómetros de
todas as formas e tamanhos de modo a satisfazer diferentes
aplicações práticas.
Como é que funcionam? Lembra-se dos antigos gira-discos? A sua
agulha era um cristal e à medida que a pista do disco passava por
debaixo do cristal, este era comprimido e descomprimido ao longo
do percurso de vibração impresso na pista.
Esta compressão originava a produção de uma carga, que era
amplificada e reproduzida nos altifalantes como Deep Purple ou
Frank Sinatra - dependendo do seu gosto!
É basicamente assim que os acelerómetros piezoeléctricos
modernos funcionam. O material piezoeléctrico (cristal) é colocado
debaixo de uma massa. À medida que o transdutor vibra, o cristal
é comprimido.
A saída de carga é proporcional à força, e portanto à aceleração
(Segunda Lei de Newton; A força é proporcional à aceleração da
massa). É então necessário um conversor de carga para converter
a saída de carga numa saída em tensão.
Enquanto que os conversores de carga externos eram comuns à 10
anos atrás, os acelerómetros modernos já incluem o conversor de
carga no seu interior, sendo alimentado pelo colector de dados.
São conhecidos por "acelerómetros piezoeléctricos com
amplificação interna" (ou IEPE - Integrated Electronics
PiezoElectric ou ICP - Integrated Circuit Piezoelectric). Este
conversor de carga é alimentado por uma poiarização DC do
condutor do próprio sinal, não sendo necessário um cabo adicional.
Assim, o colector de dados precisa de disponibilizar esta
alimentação DC para este tipo de transdutor.
Nota: Irá encontrar o "ICP Power", ou algo semelhante, durante a
configuração do colector de dados - apenas os
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Página 68 Capítulo 4 — Medição de Vibrações
Manual do Curso
Acelerómetros Triaxiais
Uma variação interessante em relação ao acelerómetro standard é
o acelerómetro "triaxial". Neste caso, existem três acelerómetros
montados ortogonalmente entre si. Quando instalado numa
máquina, o acelerómetro triaxial é capaz de medir a vibração
vertical, horizontal e axial num único ponto de medição.
Colectores de dados da Predict/DLI, VSC, ITC e outros,
possibilitam a amostragem dos três acelerómetros em simultâneo,
resultando num teste que demora o mesmo tempo que uma
medição uniaxial standard, mas obtendo mais informação.
Calibração
A exposição a temperaturas extremas, assim como a queda numa
superfície dura, podem danificar um acelerómetro. Se um
acelerómetro cair de uma altura de algumas dezenas centímetros
numa superfície dura, o seu cristal pode-se fracturar, afectando a
sensibilidade e a resposta em frequência. Dado o ambiente em que
a maioria dos acelerómetros é usada, é uma boa prática verificá-
los e calibrá-los anualmente.
Vantagens:
• Vasta gama de frequência.
• Vasta gama de medição.
• Vasta gama de temperatura de operação.
• Normalmente, muito robustos e com vários modelos
disponíveis para todo o tipo de aplicações.
• Possibilidade do sinal de saída em velocidade ou
deslocamento (através de integração interna).
• Boa estabilidade ao longo do tempo, mantendo-se calibrados
(para a mesma vibração, o mesmo sinal de saída).
Desvantagens:
Selecção do Transdutor
Agora, que conhecemos as diferenças entre deslocamento,
velocidade e aceleração e sabemos como os diferentes tipos de
transdutores funcionam, vamos escolher o sensor mais apropriado,
tendo em consideração a aplicação em causa.
Mesmo que pense que um acelerómetro deverá ser usado, terá
ainda de seleccionar o mais apropriado e decidir se o sinal deverá
ser integrado em velocidade, para posterior análise.
Resposta em Frequência
Antes de avançarmos, temos de introduzir um novo conceito:
resposta em frequência. Num mundo ideal, se instalássemos um
transdutor numa máquina que vibrasse a mesma quantidade às
frequências de 0 Hz a 1 MHz, o referido transdutor iria produzir um
sinal de saída igual ao nível de vibração a todas as frequências.
Mas, tal não acontece.
Pelo contrário, as características do transdutor, o método usado
para o montar e a electrónica incluída, todos "conspiram" contra
nós. Todos os transdutores têm, por si mesmos, limites práticos. E
esses limites são frequentemente comprometidos pelo método de
montagem (um sensor seguro pela mão do Técnico é pior que um
sensor montado com recurso a um perno roscado, por exemplo).
Representa-se a "resposta em frequência" através de uma curva
do sinal de entrada vs. o sinal medido. Compara-se o sinal de
saída do sensor com um sinal de entrada conhecido (e constante)
a todas as frequências. Numa situação ideal, a curva seria um
recta:
Frequency Range
100
10
1 a>
cn
.1
.01
.001
.000 1
.000 01
.000 001
.000 000 1
.1 Hz 1 Hz 10 Hz 100 Hz 1000 Hz 10 kHz 40 kHz
8 cpm 80 cpm 800 cpm 8000 cpm 80 kcpm 800 kcpm 2.4 Mcpm
Frequency Range
100
10
.000 1
.08001 ci
.000 001
.000 000 1
.1 Hz 1 Hz 10 Hz 100 Hz 1000 Hz 10 kHz 40 kHz
8 cpm 80 cpm 800 cpm 8000 cpm 80 kcpm 800 kcpm 2.4 Mcpm
Frequency Range
100
10
Volts out 1
of the Linear Range
4
Sensor
.01 ct
.001
.000 1
.000 01 ci
.000 001
.000 000 1
.1 Hz 1 Hz 10 Hz 100 Hz 1000 Hz 10 kHz 40 kHz
8 cpm 80 cpm 800 cpm 8000 cpm 80 kcpm 800 kcpm 2.4 Mcpm
Frequency Range
100
10
111111111111111111E:: ::E, E
....Z--2-2. -1
. :_
-3111111111111111
Volts out 1 0.5 g broad3and response 0)
of the (1 GO mVtisensor)
Sensor
.01
Operational Range
.001
.000 1
.00001
.000 001
.000 000 1
.1 Hz 1 Hz 10 Hz 100 Hz 1000 Hz 10 kHz 40 kHz
8 cpm 80 cpm 800 cpm 8000 cpm 80 kcpm 800 kcpm 2.4 Mcpm
20
-30
II eiplummonommemonq
a)
CO 40
Unidades de Vibração
Deverá ter agora, uma boa compreensão da diferença entre
acelerómetros e sensores de proximidade. Deverá também saber
que existem diferentes tipos de acelerómetros para diferentes
aplicações de monitorização e ambientes. Podemos agora abordar
a questão da escolha das unidades de vibração.
Posidonamento do Sensor
Agora . que compreendemos a diferença entre acelerómetros e
sensores de proximidade e sabemos qual o tipo de transdutor que
deve ser usado em diferentes situações, é tempo de aprender a
montar o transdutor na máquina. Uma correcta instalação é
essencial para a obtenção de bons resultados.
Os sensores de proximidade são geralmente fornecidos e
instalados por especialistas e como tal, não iremos abordar a
instalação deste tipo de sensores neste manual. Pelo contrário,
vamos abordar a instalação (permanente e periódica) de
acelerómetros.
Basicamente, existem duas situações diferentes: sensores que são
montados permanentemente e sensores que são montados em
várias máquinas para monitorização de rotina. Aplicam-se as
mesmas regras e são apenas os métodos de montagem que
variam.
Em primeiro lugar, o local deve permitir um acesso seguro quando
usamos a recolha de dados portátil (uma vez, associámo-nos com
uma empresa de consultoria para montar sensores para
monitorização permanente. Um dos seus Técnicos tentou montar
Montagem do Sensor
Sabemos agora que tipo de transdutor deve ser utílizado em cada
situação e onde é que deve ser instalado na máquina. Mas, como é
que montamos o sensor?
No passado, a maioria dos fabricantes de colectores de dados,
fornecia o acelerómetro com uma ponteira incluída. O utilizador
tinha simplesmente de segurar no acelerómetro contra o
rolamento e iniciar a medição. Era rápido, fácil e permitia a recolha
de medições em locais de outro modo inacessíveis (uma vez que a
ponta da ponteira podia chegar a locais exíguos). Mas, a resposta
em frequência e a repetibilidade eram ínaceitáveis.
Antes de abordarmos as opções de montagem, vamos examinar os
nossos objectivos. Se fosse possível, obteríamos uma medição que
representasse perfeítamente a condição da máquina: o desgaste, o
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Capítulo 4 - Medição de Vibrações Página 77
Manual do Curso
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0 -20
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1k 10k 1
Frequency (Hz)
Ponteiras
Quando os colectores de dados portáteis estão envolvidos, o
sensor é temporariamente ligado à máquina, durante o teste,
sendo removido após a conclusão da medição de modo a
prosseguir para o próximo local. As mesmas regras aplicam-se. O
sensor deve ser montado correctamente e o método utilizado deve
possibilitar uma boa repetibilidade.
Conforme referido anteriormente, as ponteiras eram muito
populares quando os colectores de dados surgiram na década de
80 e também na década seguinte. Tudo o que se tinha de fazer era
encostar a ponta da ponteira na chumaceira e carregar na tecla de
início da medição. As ponteiras ainda estão disponíveis como
extensões de acelerómetros standard.
Apesar de serem um método de ligação muito conveniente, essa
mesma conveniência tem um preço na repetibilidade e na resposta
em frequência (apenas 5 Hz a 1.000 Hz), devendo por isso ser
pouco usado.
15
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20 100 1,000 5,000
Hz
Frequency
Sem dúvida que muita gente ainda usa as ponteiras hoje em dia e
têm sucesso na detecção e diagnóstico de avarias em máquinas.
No entanto, pensamos que poderiam ser obtidos maiores sucessos
com bases magnéticas ou montagens de ligação rápida.
Resumo da ponteira:
• Usar apenas em locais difíceis de alcançar e em superfícies
de alumínio.
• Não usar para medições abaixo de 10 Hz.
• Ressonância de montagem: 800 Hz - 1.500 Hz.
Bases Magnéticas
A tecnologia das bases magnéticas tem melhorado ao longo dos
anos, garantindo uma ligação mais forte à máquina. Quando usada
correctamente, dois pólos magnéticos podem ser correctamente
aplicados a superfícies ligeiramente curvas, embora voltemos a
recomendar que a área seja maquinada de modo a ser o mais lisa
possível.
Se a superfície for pintada, terá de estar limpa e bem mantida.
Assim como a superfície da base magnética. Toda a sujidade,
partículas de metal e manchas, deverão ser removidas. Fluidos de
ligação, tais como óleo de máquina ou cera de abelha, melhoram
em muito a transmissão de altas frequências e, idealmente,
deverão ser usados com bases magnéticas de superfície recta.
Uma palavra de aviso: as bases magnéticas têm uma forte força
de ligação. Ao colocá-las na máquina, deveremos encostar de
início apenas um bordo e só depois o outro, de um modo suave.
Se tentarmos colocá-la rapidamente na chumaceira, irá ser puxada
rapidamente no último momento e a força de impacto resultante,
pode danificar o acelerómetro.
Resumo de bases magnéticas de 2-pólos:
• Usar em superfícies irregulares e curvas.
• Bases magnéticas feitas de "Alnico 5".
• Bases magnéticas incluem um perno roscado para ligação do
acelerómetro.
• Ressonância de montagem: 3.000 Hz - 7.000 Hz.
20
5,209 Hz
o 15 (372,0 00 Cphi
irú
3; -010
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-5
20 loo Hz 1 000 10, 00
Frequency
20 6 ,600 Hz
o 15
(336,0 fi O cpm)
• 10
o
o 5
-5
-10
20 loo Hz 1 000 10,000
Frequency
Discos de Montagem
Em alternativa, "discos de montagem" podem ser
permanentemente montados na máquina. Os discos em si podem
ser colados na máquina através de um perno roscado ou de cola
epóxida. Os discos fornecem uma área limpa e lisa para a
montagem da base magnética (especialmente útil em máquinas
sem superfícies ferromagnéticas).
Outra variante são acessórios de montagem especiais que podem
ser montados entre as aletas de um motor, possibilitando uma
localização de montagem satisfatória onde anteriormente era
impossível.
O sensor é então ligado ao disco através da base magnética ou
montado no perno roscado do disco. O sensor fica então "ligado"
ao disco, estando este último colado à máquina.
Este método é altamente recomendado quando utilizamos
sensores triaxiais (três acelerómetros no corpo do sensor,
orientados ortogonalmente entre si).
Transientes Térmicos
Se um sensor for retirado de uma superfície fria para uma outra
que esteja muito quente (ou vice-versa), irá sofrer um transiente
térmico. Isto também irá causar uma flutuação no sinal de saída,
que poderá ser visto na forma de onda do sinal no tempo e no
espectro, como uma "rampa de ski".
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Capítulo 4 — Medição de Vibrações Página 85
Manual do Curso
Montagem Incorrecta
Se verificar que o conteúdo de alta frequência da medição está em
falta ou está reduzido (só conseguirá saber isto, se comparar com
medições anteriores), poderá ser devido a uma montagem
incorrecta do sensor.
Superfície Suja
Superfícies sujas causam perda de conteúdo de alta frequência. Se
a superfície de contacto está suja, então, a resposta em frequência
será reduzida - o conteúdo de alta frequência não será transmitido
ao transdutor, o que significa que não surgirá na medição.
Terá de melhorar as técnicas de recolha, garantindo que possui
uma superfície limpa e lisa, antes do teste. Se estiver a usar um
disco de montagem, poderá considerar a compra de tampas
adequadas de modo a manter os discos limpos.
Problemas no Sensor
Vamos agora abordar os problemas que podem ocorrer nos
conversores de carga internos dos acelerómetros (ICP).
Conforme anteriormente descrito, estes transdutores são
alimentados por uma tensão DC - (8 a 14 V DC). O sinal AC
dinâmico é sobreposto à tensão de alimentação, resultando numa
variação de O V DC até ao limite da fonte de alimentação,
normalmente entre 18 a 30 V DC. O colector de dados remove
então a tensão de alimentação, deixando apenas o sinal dinâmico.
Observando o nível do sinal e verificando a tensão de alimentação,
é possível detectar uma gama de avarias no sensor e no cabo de
alimentação.
Amostragem
Vamos observar melhor este processo. Começamos por um sinal
de vibração contínuo.
Windowing
Existe outra propriedade da FFT que o seu uso afecta a análise de
vibrações. Deveremos lembrar-nos que a FFT é realizada a partir
de um conjunto de amostras, que é chamado sinal em tempo. No
cálculo da FFT, assume-se como verdadeiro que, o sinal em tempo
é contínuo, isto é, são idênticos os blocos do sinal imediatamente
anterior e posterior ao sinal em tempo guardado.
W\J
No exemplo apresentado o cálculo da FFT é realizado no conjunto
de dados com o fundo preto, no entanto, assumimos que os dados
continuam indefinidamente antes e depois do conjunto de dados
registados, conforme o representado nos dados com o fundo
cinzento.
Se estivermos a analisar uma forma de onda pura, isto é, um sinal
com apenas uma frequência e com um sinal em tempo contendo
um número inteiro de ciclos, então a aceitação deste facto é
verdadeira. Mas, e se assim não for?
No exemplo apresentado de seguida, o sinal não é periódico em
relação ao sinal em tempo. Quando unimos os blocos de dados,
anterior e posterior, ao bloco guardado (que é a forma como o
cálculo da FFT funciona), obtemos um sinal descontínuo. O sinal
não é o mesmo que o original e parece-se com níveis de
incremento passo a passo.
\\IV\A
No exemplo a seguir foram utilizados dados reais. Se olharmos
com atenção, veremos que existe uma variação na continuidade do
sinal.
LSeleot a totorialpanel ítom the iist, ii on the graph for a culsor teadout
riwindowing partel
Window type
i- "g -WinãO",;#
Hamming window
Flat top window
1.8
Leakagé .
• Your controt
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3.
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50 100 150 2013 250 300 350 400
in He.
Hanning
Harnming winclow
Flat top window
Real signat
Sàoulated signal
No leakage
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Horiz o ntal
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Horizontal
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I
Médias
Se a fonte da vibração fosse ruído livre, e se a vibração não
sofresse alterações de um momento para outro, então poderíamos
recolher um sinal em tempo, produzir um espectro FFT e
guardá-lo. Infelizmente existe sempre ruído e na maioria dos casos
a vibração não varia ligeiramente.
É do nosso interesse reduzir os impactos do ruído e realçar os
sinais de interesse. Um dos métodos utilizados é conhecido como
Média Linear (também conhecido como Média RMS). Esta média
calcula o valor médio em cada linha do espectro.
Select a tutorial panel fron, the ht on the graph for a cunor reack«
jAveraging panel
Signal 40,
10
Real signal
C Realfundown signal
Sit;ae'riedgeeir
etage control
Peek hold
• d :41 Ji
100 150 200 250 300 350 400
•Lop He.
Peak hold
No of averages -
1 2 4 6 8
10 20 _1:13:ED 500_ 1006
0.1
O 50 100 150 200 250 300 350 400
SrarVrehesh simulatio Lop Her.
As Quatro Fases
Todas as vezes que nos deslocamos com o nosso colector no
interior de uma fábrica, voltamos provavelmente com muitos
megabytes de dados. Conforme referido noutras secções, devemos
ter dados em espectros e formas de onda, dados de tendência e
outras medições relatívas a cada fabricante do colector de dados.
A Pirâmide
Uma das formas de abordar este assunto é fazendo uma analogia
com uma pirâmide. A forma da pirâmide representa o número de
máquinas envolvidas em cada fase (e não a quantidade de tempo
disponibilizada, esforço envolvido, importância ou aptidões
necessárias).
VERIFICATION
ROOT CAUSE
ANALYSIS
\
Detecção de Problemas
Então, aqui estamos. Acabámos de entrar, vindos do nosso
percurso de medições, com o nosso colector de dados a rebentar
pelas costuras com tantos dados de vibração, ligámos o colector
de dados ao nosso computador e descarregámos tudo para o
nosso disco rígido. E agora?
Podemos sentar-nos de forma confortável, começarmos pela
primeira máquina e iniciarmos a visualização de cada uma das
medições. Bom, é claro que alguns programas de softwares
simplificam esta tarefa. Então, vamos observar as tendências das
frequências características (em bandas) dos dados extraídos, de
modo a verificar se alguma coisa se passa.
No caso de termos testado 20 máquinas, tendo quatro ou cinco
pontos por cada máquina, e em cada ponto existam meia dúzia de
bandas, então temos apenas que observar 600 tendências.
Relatório de Excepção
Há uma abordagem alternativa - A utilização da automação.
Durante largos anos os principais pacotes de softwares incluíam
um relatório de excepção. Este relatório fazia um varrimento a
todos os novos dados de vibração, comparava-os com os valores
limites de alarme, como opção poderia comparar essas mesmos
valores com os realizados na medição anterior, e finalmente
gerava uma lista de máquinas com os resultados obtidos.
Os resultados desse relatório indicariam quais as máquinas com
avaria e qual a severidade associada. Máquinas com dados
significativamente acima do valor de alarme seriam tratadas de
forma diferente das dos dados com valores ligeiramente acima da
excepção.
DANGEROUS
AC EPTABLE
GOOD
INIIPAIL=11111.11111 • SMALL-
REDUCE LIMITS
■IGLIE
125
122 _
al111~IF
immerAarmièmiiiarauk:IIIIR
BY 4dB
• MEDIUM-
LIMITS ARE
115
OcIS
AS SHOWN
110 _
• ,011F Aimpffir.g. " • LARGE, LOW SPEED-
INCREASE LIMITS
1.5_ :■■.;aueurnaquerd.«..
zi A1111111111. •IbVath,
BY 4 dB
Elr 4ffil/ 4r41~. 91s! R
Aeffir Ar idellffilffillI•511~111111111", • LARGE, HIGH SPEED-
100 INCREASE LIMITS
BY 8 dB
35 —
VOI3 • RECIPROCATING-
02
2 A. INCREASE LIMITS
s 500 10 Hz 1 1 19501
BY 8 dB
FREOUENCY
Técnicas de Detecção
Acabámos de ver como são fixados os limites de alarme e como
podem ser usados os cálculos estatísticos para calcular valores que
possam ser aplicados aos limites de vibração. Mas como são
aplicados esses valores?
Esta é uma área onde a abordagem a seguir é largamente ditada
pelo pacote que estamos a usar. Resumidamente existem "alarmes
de bandas", "alarmes de envelope (máscara), "sistemas periciais"
e "sistemas de intelígência artificial".
Alarme de Bandas
Simplesmente colocam-se alarmes de bandas a trabalhar segundo
o princípio que existem diferentes parcelas de espectro, diferentes
medições escalares (níveis globais, medições específicas para
rolamentos, etc.) e aplicam-se alarmes diferentes para cada
banda.
Por exemplo, podemos recolher um espectro e criar uma banda à
volta do pico correspondente à velocidade de rotação. O software
irá concentrar os níveis de vibração entre 0,9X a 1,1X.
Seguidamente o software irá observar a vibração dentro dessa
gama de frequências e calculará o nível máximo, o nível médio, o
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Página 110 Capítulo 6 — Análise de Vibrações
Manual do Curso
1 2 8 4 5 6 7 8 9 10 11 12 10 14 15 16 17 18 1 .9 2
Envelope Alarmes
Os alarmes de envelope (também conhecidos por alarmes de
máscaras e que não devem ser confundidos com a detecção de
envelope usada na análise de rolamentos) têm uma abordagem
diferente. Em vez de partir o espectro em bandas individuais, um
limite de alarme é aplicado à totalidade do espectro.
i" i4wJ4-01V4LiiMkibilkN4J',kkivA..~kk,
1 2 3 4 5 6 7 89 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 2
Normalização
Em primeiro lugar temos que introduzir o conceito de
normalização. Falamos muitas vezes sobre a frequência em termos
de múltiplos da velocidade de rotação, 1X corresponde ao pico da
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Capítulo 6 — Análise de Vibrações Página 113
Manual do Curso
Compensação da Velocidade
Mas, e em relação a outras frequências, como a frequência da rede
que não é influenciada pela velocidade de rotação? Infelizmente,
quando se normaliza um espectro, os picos relacionados com a
velocidade de rotação ficam alinhados, os que não são
(frequências da rede, frequências de ressonância, fontes externas
de vibração, etc.) não ficam alinhados.
A resposta não é simples e mais uma vez depende do sistema que
se está a utilizar. Alguns sistemas são capazes de dar resposta a
estas situações, enquanto que outros não são. Quando chegar a
altura de realizar a análise espectral, deve-se estar avisado para
estas situações de forma a ajustar a nossa análise de acordo.
Uma situação ainda mais importante é saber quanta variação é
que se pode tolerar. Se uma máquina variar em velocidade apenas
uma pequena percentagem então pode-se normalizar o espectro e
realizar uma análise dos dados de forma normal. Fora desta gama
a normalização não é apropriada, já que é provável que os níveis
obtidos sejam diferentes (devido a ressonâncias, impactos,
diferenças de carga, entre outros factores).
Existem outras abordagens que se podem fazer e mais uma vez
dependerá do sistema que se está a utilizar. Em alguns casos, e
perante diferentes gamas de operação, devemos decidir pela
criação de diferentes máquinas na nossa base de dados de forma a
armazenar dados recolhidos em testes com diferentes condições.
Por exemplo, podemos ter na nossa base de dados duas máquinas
chamadas de "Chiller A Verão" e "Chiller A Inverno". No verão,
quando o chiller encontra-se em condições de carga mais
elevadas, deveremos recolher dados para a máquina "Chiller A
Verão", e no Inverno, quando a carga é menor e
consequentemente os níveis são mais baixos, devemos recolher
dados para a máquina "Chiller A Inverno".
Do mesmo modo, podemos ter "Bomba A a 1000RPM", "Bomba A
a 1200RPM", e por aí em diante. Se não podermos controlar a
velocidade da máquina, então, simplesmente, teremos que
armazenar os dados na nossa base de dados em máquinas
diferentes e aplicar limites de alarme diferentes para cada
máquina.
Então, a primeira regra é, se possível, controlar a velocidade e a
carga das máquinas. A segunda é minimizar as variações de modo
a podermos comparar os dados de todos os testes. Por último, e
se isto não for possível, temos de configurar o nosso sistema de
modo a termos separados os dados e os limites de alarme.
Tendência
O nosso software dar-nos-á uma série de maneiras de visualizar as
tendências dos nossos dados de vibração. Tipicamente existem
dois tipos de tendências: Tendência de dados medidos e
tendências de dados calculados.
4.0
FAULT 1H. -20H.
3.5
3.0
2.6
2.0
1.5 ALERT
1.0
0.5
IN '16
Dabe: 10-NOV-88
O 20 40 601 80 100 120 140 160
Tirne:
Days: 09-SEP-88 To 31-JAH-89 Arnpl: .671
Passing Time -+
Time
Time
Time
Análise Espectral
Agora é a altura indicada para observarmos os espectros de
vibração. A análise de espectros é muito envolvente, como tal, não
podemos esperar que nos tornaremos uns mestres já na próxima
hora. Mas não devemos ter receio, vamos aprender passo-a-passo
e dentro de algum tempo e com um pouco de experiência seremos
uns mestres - Em tempo útil.
Então, por onde vamos começar? A primeira coisa que temos que
fazer é validar os nossos dados. Sabemos que temos em nosso
poder um colector de dados caríssimo, que tentámos criar
repetidas condições de teste e que lemos vasta informação sobre a
montagem de sensores, mas isto não é uma garantia para o
sucesso.
Quando trazemos espectros para análise, em primeiro lugar
algumas situações devem ser verificadas antes de observarmos
muito atentamente o conteúdo real de um espectro.
Depois de ter sido feita esta verificação podemos então olhar uma
vez mais para o espectro e verificar a existência de padrões
clássicos: Harmónicas, bandas laterais, montes, entre outras
coisas.
De seguida podemos começar à procura de avarias específicas:
desequilíbrio, desalinhamento; falhas em rolamentos, etc..
0.001
gti,41V,
0.00001 7
10 20 40
Lo g
Condições de Teste
Assumindo que os dados estão "limpos", deveremos então realizar
a próxima verificação: Estaria a máquina a funcionar nas condições
correctas? Conseguimos identificar o pico à velocidade de rotação?
Estaria a máquína a funcionar à velocidade correcta?
Poderá ser difícil avaliar se a velocidade ou a carga não estivessem
correctas, a não ser que elas fossem consideravelmente diferentes
das normais. Necessitamos portanto de confirmar se os dados
estão diferentes ou então necessitamos de comparar os dados de
um mesmo ponto com outros dados anteriores.
Ponto de Teste
De seguida devemos verificar se os dados foram recolhidos na
máquina nos pontos e direcções (vertical, horizontal e axial)
correctas. Pode parecer estranho mas, erros acontecem.
É um erro comum recolher dados em pontos errados, ou de uma
máquina errada (unidade "A" em vez da unidade "B"). Estes erros
podem ser corrigidos enquanto estamos em campo, já que o
colector pede-nos uma confirmação para repetição do teste, num
momento em que nós não sabíamos se quer que o teste já teria
sido realizado.
Devemos ter sempre na nossa mente a ideia de que quaisquer
dados que observamos poderão não ter sído obtidos na correcta
localização, ou de terem sido recolhidos em condições incorrectas.
Pode-se reduzir bastante o potencial para ocorrência destes
problemas, através da utilização de acessórios de montagem, de
discos rápidos de ligação e de auxiliares de identificação de pontos
como por exemplo etiquetas com códigos de barras.
ii
il g
O .7
- — —• ..
0 .5 • .: `..
0.4 o
E ai
E —
0 .3 • -'!
0.1
UtL, „ A.,-. ..,....., N.. . 1 i',..,./14 i''''' ,...,Ko. ,i),.. .(ik,J1,-_43^= k,...,A,k,..„?',,,,,t.,k,/
3 4 5 6 7 9 10
Orders
Identificar Harmónicas
Vamos agora falar sobre os métodos usados para identificar
harmónicas, bandas laterais e outros sinais reveladores clássicos.
Mais tarde vamos abordar o modo como identificar o desequilíbrio,
o desalinhamento, as folgas, as falhas num rolamento e muitas
outras avarias.
-1 0
0.5 1.5 2
Duas Abordagens
Um ponto importante a referir é que a investigação das bandas
laterais pode ser realizada por duas maneiras completamente
distintas. Uma abordagem é quando sabemos exactamente o que
devemos procurar (sabemos qual a frequência central e quais as
frequências das bandas laterais), a outra situação é quando
tentamos determinar o que é responsável pela existência de picos
no espectro e precisamos verificar se a modulação é a
responsável.
Por exemplo, estamos interessados nas bandas laterais à volta da
frequência de engrenamento. Se um dente na engrenagem ficar
gasto obtemos bandas laterais à frequência de funcionamento.
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Capítulo 6 — Análise de Vibrações Página 127
Manual do Curso
-0.05
-0 1
0.15
-0.2
0.005
0.004
0.003
0.002
0.001
25
Orders
Amplitude
Não podemos abordar um tema como este sem mencionar o termo
amplitude. Por vezes ao observarmos um espectro verificamos
indícios de padrões e harmónicas, ou eventualmente um pico
muito dominante, mas antes de darmos o alarme, primeiro temos
que verificar a amplitude.
ká
0.6 .
05
• .. _
0.2
, ■ ht
O
2 3 4 5 6 8 9 10
Lin Low Rangt Orders
Gráficos Sobrepostos
A forma mais fácil de ver os dados é sobrepondo os gráficos, uns
em cima dos outros. Assim, podemos verificar exactamente como
é que os dados se alteraram em cada pico do espectro.
Provavelmente é possível visualizar três ou quatro gráficos deste
modo, mantendo sempre a relação dos espectros com as
diferentes datas.
0.18.
016
0.14«
0.12«
0.1
0.08
0.06
0.04.
0.02. --
0
2 3 4 5 6 7 8 10
Lin Low Range
1
,
-
5 6 7 6 6 1Z
I
1
Uma insuficiência dos gráficos empilhados é que quando temos
muitos conjuntos de dados e dada a existência de pouco espaço
disponível para cada gráfico, eles tornam-se comprimidos
dificultando a visualização de detalhes. O gráfico de cascata,
apresentado de seguida, resolverá este problema.
Gráficos em Cascatas
Um modo muito popular de podermos analisar um conjunto
alargado de espectros é o gráfico de cascata. Este gráfico é usado
para exibir o modo como os picos e os padrões foram-se alterando
ao longo do tempo.
dK Mieor
EEY
0.2
.113:
0 1:É •
0:14
0.11
06:
5
g-45,1
Exibição Logarítmica
Muitas vezes utilizamos em gráficos a escala logarítmica para
realçar as harmónicas, bandas laterais e outros padrões nos
nossos dados, isto porque a exibição logarítmica permite-nos
observar amplitudes pequenas na presença de elevadas.
Portanto, não é preciso dizer que a escala logarítmica é muito útil
quando se realizam comparações gráficas entre dois conjuntos de
dados (ou entre dados espectrais e os dados de referência).
Observemos os dois gráficos seguintes, ambos contêm os mesmos
dados.
Gráficos Triaxiais
Uma maneira de realizar esta comparação é através de um gráfico
triaxial, através do qual é possível observar de uma só vez todos
os três eixos de vibração (vertical, horizontal e axial).
rn r int Strivwfnistp . 390, PIFACI
gEk-k,Metji,
frL
91•1*;
ri
gar,
FS-
/7";•.:31'
10,1C f [ rYi
Verificação
Agora encontramo-nos na fase final. Realizámos a análise e as
recomendações necessárias, realizámos testes adicionais para
determinar a natureza da avaria, mas agora que a reparação da
máquina está concluída temos que voltar ao trabalho.
Sempre que uma reparação foi executada, quer tenha sido
resultado de uma avaria catastrófica, quer de uma manutenção
planeada, ou quer de uma reparação baseada num diagnóstico
feito por nós, a máquina deverá ser minuciosamente verificada
uma vez de volta ao serviço.
Acontecem vezes sem conta avarias precoces em máquinas após
uma reparação, quer tenha sido pela utilização de componentes
incorrectos, quer pela instalação incorrecta de componentes, quer
devido à pobre lubrificação ou por componentes avariados (avarias
em rolamentos são resultado de marcas causadas pelas esferas
brunelling), o facto é que existe uma probabilidade bastante alta
de ocorrer uma avaria após uma reparação.
Então, quando a máquina voltar ao serviço, devemos recolher um
conjunto de medições, verificar se o problema original foi corrigido
e observar se os níveis de vibração e os padrões não indicam a
existência de um novo problema.
Dependendo daquilo que encontramos e da importância da
máquina, podemos ter a necessidade de inspeccioná-la de novo no
prazo de uma semana apenas para nos certificarmos que tudo está
bem. Após este período de rodagem, podemos voltar à nossa
periodicidade original dos testes.
Compreender o Espectro
Se a nossa abordagem for do ponto de vista do espectro, podemos
tentar criar um cenário daquilo que deveríamos ver quando
analisamos um espectro. Basicamente, podemos classificar o que
vemos e relacioná-lo com uma condição de avaria:
• Pico 1X elevado
• Pico 2X elevado
• Harmónicas de 1X
• Presença de bandas laterais
• Quaisquer outros picos síncronos
• Picos não-síncronos
• Picos sub-síncronos
• Picos muito direccionais (num determinado eixo e não no
outro).
O Sub-síncrono refere-se à área no espectro abaixo da velocidade
de funcionamento (1X) da máquina. Algumas falhas que podem
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O 2 3 4 5 7 8 9 10
Sub-Synchronou Non-synchronous 1
4. Folgas
5. Ressonãncia
Outros continuam a preferir concentrar-se na causa de avaria de
muitos problemas, como tal, adicionam a ressonância à lista das
condições de avarias principais e que nós entendemos bem
porquê.
Então a nossa recomendação será a de tentarmos entender a
causa das várias condições de avarias em máquinas e
compreender os assuntos relacionados com o processamento de
sinal. Se conseguirmos fazer isto estaremos mais preparados para
diagnosticar avarias em máquinas numa fase inicial do seu
desenvolvimento.
Para começar vamos direccionar-nos para as "Três Grandes", e
tenham a certeza que percebem a ressonância.
1. Desequilíbrio
2. Desalinhamento
3. Avarias em Rolamentos
Desequilíbrio
A descrição técnica para o desequilíbrio é uma condição onde "as
linhas de eixo geométricas do veio e da massa não coincidem" ou
onde "o centro da massa não está alinhado com o eixo de
rotação". Noutras palavras, existe um ponto pesado em alguma
parte ao longo do veio.
Esse ponto pesado no veio produz uma força centrifuga nos
rolamentos quando roda e esta força varia suavemente por cada
rotação do rotor.
Desequilíbrio Estático
Existem na realidade dois tipos de desequilíbrio: Estático e Binário.
O tipo de desequilíbrio mais simples é equivalente a um peso num
único ponto do rotor. Isto é chamado de desequilíbrio estático,
porque é identificado mesmo se o rotor não estiver a funcionar. Se
o rotor for colocado num par de lâminas ele rodará até que o peso
se encontre na posição mais baixa.
Imbalance (static)
lx
90 0 ±300 betweert
vertical and horizontal
5 C•4 3
Orders
Desequilíbrio de Binário
Um rotor com um desequilíbrio de binário poderá estar equilibrado
estaticamente (pode parecer perfeitamente equilibrado se o
colocarmos em cima de um par de lâminas). Contudo, quando
roda produzirá forças centrífugas nos rolamentos em oposição de
fase.
Imbalance (couple)
lx 4•11111.
7 2 Y
Orders
Desequilíbrio Dinâmico
Um rotor poderá ter desequilíbrio estático e binário ao mesmo
tempo e a esta condição é chamada de desequilíbrio dinâmico.
Este tipo de desequilíbrio é o que usualmente é encontrado na
prática. Sem a medição do ângulo de fase é difícil distinguir entre
o desequilíbrio estático e dinâmico.
Máquinas Horizontais
Já vimos que o sinal em tempo será sinusoidal e deverá aparecer
no espectro um pico a 1X elevado. Para máquinas dispostas na
horizontal devemos observar estas características vibratórias nas
direcções radiais, i.e. vertical e horizontal.
O nível de vibração a 1X medido depende da rigidez da montagem
da máquina, bem como, da quantidade de desequilíbrio. Para o
mesmo grau de desequilíbrio, uma máquina com apoios de molas
apresentará maior amplitude a 1X, do que uma máquina
rigidamente montada.
Devemos comparar os níveis de vibração a 1X obtidos nas
direcções vertical e horizontal. Quanto mais próximos estiverem
esses níveis, mais provável a causa será o desequilíbrio. Em todo o
caso, a direcção na qual a máquina terá menos rigidez, terá os
maiores níveis de vibração a 1X.
Máquinas Verticais
Máquinas verticais, como bombas, estão normalmente em balanço
em relação à fundação (cantiléver) e normalmente apresentam
níveis de vibração a 1X no ponto do motor do lado oposto ao
ataque, independentemente do componente que na realidade se
encontra desequilibrado.
Mais uma vez o espectro apresentará um pico a 1X elevado,
quando medido na direcção radial (horizontal ou tangencial).
Rotores em Consola
Ventiladores e bombas em consola são muito usuais na indústria.
Deveremos analisar de perto as máquinas rotativas para assegurar
que temos conhecimento quando um componente está em consola
ou suportado por rolamentos nos dois lados.
Numa máquina em consola ou em balanço (cantiléver),
observaremos novamente uma amplitude levada do nível de
vibração a 1X, no entanto desta vez será também testemunhado
na direcção axial bem como nas direcções vertical e horizontal. As
medições devem ser recolhidas no rolamento mais próximo do
impulsor em consola ou das pás do ventilador.
Causas de Desequilíbrio
Existe uma série de razões para uma máquina não se encontrar
em equilíbrio. Claro que se uma máquina não estiver originalmente
equilibrada correctamente, devido a falta de formação, ausência de
equipamento apropriado (ou de tempo), então a máquina
permanecerá desequilibrada e poderá criar avarias nos rolamentos
e empanques.
Em adição, as seguintes condições podem resultar em
desequilíbrio:
• Sujidade acumulada nos rotores dos ventiladores de forma
desigual
• Falta de homogeneidade dos materiais, em especial em
peças fundidas (bolhas, secções porosas, furos de
enchimento)
• Dimensões díferentes de peças de união (veios, furos...)
• Rotores excêntricos (Serão abordados brevemente)
• Rotores fissurados
• Deflexão de rolos (rolos e máquinas de papel)
• Erros de maquinagem
• Distribuição de massas irregulares nos enrolamentos
eléctricos
• Corrosão irregular ou erosão dos rotores
• Massas de equilibragem perdidas.
10.
6. --
=
9.
8.
7.
6.
5.
-.É 4.
E 3.
2.
1.
0. i
o 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Lin Low Range Orders
8.
E 6.
4.
o.
O 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Lin Load Range Orders
o.
O 3 4 5 9 10
Lin Loini Range Orders
Desalinhamento
Resumidamente, o desalinhamento é a condição onde as linhas de
eixo dos veios acoplados não coincidem.
Desalinhamento Paralelo
Se o desalinhamento das linhas de eixos do veio são paralelas mas
não coincidem, então o desalinhamento é paralelo (offset).
Desalinhamento Angular
Se o desalinhamento dos veios encontra-se num ponto mas não
são paralelos, então o desalinhamento é angular.
Na prática, quase todas as condições de desalinhamento
detectadas são a combinação destes dois tipos básicos.
Desalinhamento Angular
O desalinhamento angular produz um momento flector em cada
veio, como tal, origina uma elevada vibração a 1X e alguma
vibração a 2X obtidas na direcção axial nos dois rolamentos.
Desalinhamento Paralelo
O desalinhamento paralelo produz quer uma força de corte, quer
um momento flector nos pontos acoplados de cada veio.
São produzidos elevados níveis de vibração a 2X, bem como a 1X
nas direcções radiais (vertical e horizontal) nos rolamentos do lado
do acoplamento. A maior parte das vezes a componente a 2X será
mais elevada que a componente a 1X.
Desalinhamento comum
A maior parte dos casos de desalinhamento é a combinação entre
os desalinhamentos paralelo e angular. Regra geral, o diagnóstico
é baseado na vibração dominante a duas vezes a razão de rotação
(2X), com o aumento dos níveis da razão de rotação (1X) segundo
as direcções axial e horizontal ou vertical.
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Capítulo 7 — Diagnóstico de Avarias em Máquinas Página 155
Manual do Curso
Causas de Desalinhamento
O desalinhamento é tipicamente causado pelas seguintes
condições:
• União incorrecta de componentes — motores e bombas
• Mudança da posição relativa de componentes depois de
instalados
• Distorção devido às forças exercidas pelo encanamento
• Distorção de suportes flexíveis devido ao binário
• Aumento da estrutura da máquina por indução de
temperatura
• Face do acoplamento não é perpendicular ao eixo do veio
• Pata coxa, a máquina muda quando os pernos de fixação são
apertados.
Claro que, a outra razão principal para que as máquinas se
encontrem desalinhadas é porque, em primeiro lugar, não foram
alinhadas correctamente. Isto é devido a falta de formação ou falta
0.35
0.i
0.25
0.2
2xLF I:
.E 0.15
0.1
0.05
2 3 4 5
Low Range
02
0.15. - • - - - • • •- • • - - -
0.1
0.05 - •
0.- .
Axi al
1 -0.05. •
-0.1 • -- •
-0.15 -
I
-0.2-
I
Se existir um forte nível da componente a 2X, bem como, algum
nível da componente a 1X, a forma de onda produz uma
característica oscilante.
O mesmo acontece nas medições do ângulo de fase através da
união de acoplamento. Quando comparamos a componente a 1X
das medições horizontal ou vertical, elas estarão em fase ou 180 0
desfasadas.
2 3 4 5 6
Lin Low Range
3.5
2.5
2.
1.5
0.5
L
1 2 3 4 5 6 6 9 10
Lin Low Range Orders
l!.
3.5
2.5
2.
E 1 .5
0.5
0.
2 3 5 8 10
Lin Lowu Range Orders
Folgas
Esta condição irá também gerar significativos picos a 1X. Na
realidade existem dois típos de folgas a considerar: Folgas de
componentes rotativos e folgas de componentes estáticos.
A folga de componentes rotativos é causada por folgas excessivas
entre elementos rotativos e estacionários de uma máquina, como
por exemplo num rolamento. Enquanto que a folga de
componentes estáticos é causada entre dois componentes
estáticos, como por exemplo uma pata de apoio e a fundação, ou
uma chumaceíra e a máquina.
Folgas Rotativas
As folgas rotativas podem ocorrer devido ao desgaste num
rolamento. Em primeiro serão detectados outros sintomas de
desgaste do rolamento, seguidos de folgas.
7+5
X
4X 5X 7X
6X 8X gx
0.6 -1,
0.2
ee-0.2.1 I
30.
25.
É
20.
15.
10.
o.
0 2 3 4 5 6 7 9 10
Lin Low Range Orders
Condições de Ressonãncia
A ressonância é uma condição de operação onde uma frequência
de excitação encontra-se próxima de uma frequência natural da
estrutura da máquina. A frequência natural é uma frequência à
qual uma estrutura vibrará se deflectida e largada.
Uma estrutura normal tem muitas frequências naturais. Quando a
ressonância ocorre, os níveis de vibração podem ser
extremamente elevados e causar rápidas avarias.
A ressonância é identificada no espectro de vibrações como um
pico no qual a frequência é constante mesmo que a velocidade
seja alterada. O pico poderá ser mais nítido ou mais largo,
dependendo da quantidade de amortecimento efectivo que a
estrutura tem a essa frequência específica.
0.35 - ,
0.3 - -
O .25 - -
-k,
5
E
0.15 - —
?1
CI n--- '.`"Nb>44"0 ,'.-
- ...11 ..
-
Avarias em Rolamentos
Os rolamentos são encontrados num grande número de máquinas
e são responsáveis por muitas avarias em máquinas. Bem, esta
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Página 164 Capítulo 7— Diagnóstico de Avarias em Máquinas
Manual do Curso
016,
014 -
0.12-
4.) a
Wris
0..04 -
0 .02
O
10
Frequências Características
Ba U
diam e er (d)
Pitch
diame
Number
of balls (n)
C ntact angi a)
As fórmulas serão:
Primeira Fase
A avaria de um rolamento na fase mais incipiente apresenta
frequências na gama de 20kHz a 60 kHz e possivelmente até
frequências mais altas.
Bearings: St ge One
3X 500 Hz 20 kHz
E
lx
2X
Segunda Fase
Nesta fase os defeitos já são suficientemente grandes para causar
o "cantar" do rolamento, assim como, um sino toca à sua
frequência de ressonância (natural). Esta frequência actua como a
frequência portadora, modulando a frequência de defeito no
rolamento. Esta questão será abordada mais á frente.
Bearings: Stag T o
500 Hz
lx
2X
•
Dect l'requences Litracnc
N .8turzt, fr,-.-quencieá,
Terceira Fase
Nesta fase as frequências de defeito do rolamento começam a
aparecer. Numa primeira fase observamos apenas as frequências,
como por exemplo a falha da pista interna.
BP
Defect frequences _
N . turaí
Quarta Fase
À medida que a avaria progride, as frequências de avarias
desenvolvem harmónicas, o que indica que ocorrem alguns
impactos.
1.X BPI
2X 2xBPI
Defect frquence.5
Natur.1 frurie
Quinta Fase
À medida que a avaria se torna pior e os danos no rolamento
pioram, os níveis de vibração aumentam e aparecem mais
harmónicas. Nesta altura, as bandas laterais aparecem,
dependendo da natureza da avaria.
f f
Weakest irnpacts -
lowest amplitude
0.3
O 005
0.045
0.04
0.03
3 09X Beanog tone I
0.025
0.02
0.015
0.01
0.00,
0.
2 4 5
Lin Low Rang e
Sexta Fase
Nesta fase a frequência a 1X será amplificada e as suas
harmónicas irão aparecer. Esta situação pode ser atribuída ao
facto do desgaste resultar em folgas excessivas.
f f
Sétima Fase
Neste momento as frequências de defeito e as bandas laterais são
substituídas por montes no espectro, normalmente referidas como
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Capítulo 7 — Diagnóstico de Avarias em Máquinas Página 173
Manual do Curso
2X
Oitava Fase
As coisas agora estão a tornar-se muito complicadas. Os
"amontoados" e as harmónicas irão crescer juntamente com folgas
adicionais, as tendências das medições de alta frequência em
rolamentos continuarão a decrescer e mais importante, o ruído de
fundo irá elevar-se. Neste momento é definitivamente possível
ouvir o rolamento. O tempo está a acabar!
Nona Fase
Pronto, nós avisámos! O espectro será muito baixo, porque a
máquina não está a funcionar!
ï /
Caso de Estudo
Esta máquina tem um motor de 40 Cv
accionando um ventilador com 16 pás, a
transmissão por correias tem uma razão
de 2:1. Esta máquina está instalada no
telhado num renovador de ar de um
apartamento de uma fábrica.
Para este exemplo vamos observar uma
série de medições recolhidas durante um
período de nove meses.
Quando se iniciou a monitorização, em
4/5/99, os dados horizontais e verticais
não evidenciavam muita coisa e os níveis
de amplitude eram baixos. A forma de
onda apresentava algum conteúdo
relativo a altas frequências, que
sugeriam sinais prévios de desgaste.
Os picos associados à razão das correias e ao veio do ventilador
eram também visíveis
3.1 X
■
5,IWL11
1
.. _
0.7
0.6 ,
- ;
V erti c al
•
E 0.3.— ........
2 5 6 8 9 10
Lin Low Range Orders
, ' .. ..,..
. • •
V ertk al
.) 75,11 1,111
. .. . . .. ...
.. ... ..
L
i
.
. •
• V erti cal
.1 DiSMUJ
Ifil
1I _ I
•
I 1
il
„,. . , 'ík k .: ' li . i ' 11;. I i , - 7 Iã 1
Litaidib i
C
O lo 20 30 40 50 60 70 80 90 100
LNI High Range Ordew
0.01
,09 O 10 20 30 40 50 60 70 60 90 100
High Range Orders
0.
-0.5
-- -
.
0 005 0.1 0.15 02 025 0.3
0.18 •
0.16 -- ------ - - ___.... _ , ............. ---- ... .;
0.14 ,..
0.12 -------. -- : ',.7
0.08 - .. -
_
8006
0.04
0.02 -
0.
O
•
500
1 ,IIii,,,- :: .-. 1 ii ii
1000 1.5k
i I ii II,1¶i l i I 1i
II
2k 2.5k
Lin Orders
Frequency Range
100
10
Volts out 1
of the Linear Range
Sensor .1
.01
.001
.000 1
.000 01
.000 001
.000 000 1
.1 Hz 1 Hz 10 Hz 100 Hz 1000 Hz 10 kHz 40 kHz
8 cpm 80 cpm 800 cprn 8000 cpm 80 kcprn 800 kcpm 2.4 Mcpm
Cavitação
A cavitação gera normalmente vibrações de alta frequência
aleatórias ou ruído. Esta condição é normalmente identificada
como um monte no espectro de vibrações.
Cavitation
1X VP
• I j
O 41 . ' 8 116 20 24 28 32 36 40
Orders
Caso de Estudo
Uma bomba centrífuga, com 6 pás no impulsor, é accionada por
um motor eléctrico com 20Cv. Esta máquina faz parte de um
sistema de evaporação, que ferve a água para a retirar do licor,
numa fábrica de papel.
Se observarmos os dados da bomba, com 3200 linhas de
resolução, obtidos segundo a direcção horizontal, verificamos no
Avarias em Bombas
Até agora já foram abordadas muitas situações relacionadas com
bombas, no entanto, nesta secção vamos rever alguns conceitos
específicos relacionados com tipos de bombas comuns.
Existe um número variado de tipos de bombas usados
normalmente e as suas assinaturas vibratórias variam largamente.
Quando monitorizamos as vibrações em bombas é importante que
as condições de operação sejam mantidas de um teste para o
teste seguinte, de modo a garantir a consistência dos padrões de
vibração. Pressão de sucção, pressão de descarga e especialmente
a indução de ar e a cavitação vão afectar muito os padrões de
vibração.
Bombas Centrífugas
As bombas centrífugas têm sempre uma componente de vibração
dominante à frequência de passagem de pás, a qual é igual ao
número de pás vezes a velocidade. Se a amplitude dessa
10 12 14 115 18 20
Orders
Bombas de Carretos
As bombas de carretos são normalmente usadas para bombear o
óleo de lubrificação e normalmente apresentam uma forte
componente de vibração à frequência de engrenamento dos
dentes, a qual é calculada pelo número de dentes vezes a
velocidade do veio do engrenamento.
10 12 14 16 10 20
Orders
Avarias em Ventiladores
A maior parte dos ventiladores ou são do tipo de hélice de fluxo
axial ou são centrífugos. Os ventiladores são propícios a acumular
resíduos nas suas pás, especialmente quando transportam ar com
partículas ou gás. Esta situação causa desequilíbrio e deverá ser
corrigido assim que for diagnosticado.
Fan imbalance
Ventiladores em Consola
Se o ventilador for de consola, o que é muito comum, então a
amplitude de vibração a 1X também será segundo a direcção axial.
2BP
BP
Ventiladores Centrífugos
Um problema comum em ventiladores centrífugos é a irregular
distribuição da velocidade do ar de alimentação através da
entrada, o que causa o aumento dos níveis de vibração à razão da
passagem das pás. Se o ventilador estiver desequilibrado e, no
caso de ser um ventilador em consola, o pico de vibração a 1X
com amplitude elevada aparecerá na dírecção axial, bem como,
nas duas direcções radiais.
Compressores Centrífugos
Compressores centrífugos geram espectros idênticos aos
ventiladores centrífugos, pelo que a frequência de passagem de
pás será dominante.
CV = Número de Pás x RPM do Veio
8 10 12 14 16 18 20
Orders
1
10 12 14 16 18 20
Orders
Stator
O estator do motor AC contém um
número de enrolamentos nas s/ots do
Windings
estator. Existem muitas mais s/ots do
que enrolamentos, então esses
3-phase
enrolamentos são entrelaçados de uma
AC Line
forma muito complexa.
Quando os enrolamentos são
Magnetic field energizados, um campo magnético de
rotação é criado no interior do estator.
A velocidade de rotação é dependente
Motores Síncronos
Se um rotor, que esteja
permanentemente magnetizado, for
colocado no interíor do estator, será
arrastado rotativamente pela atracção
magnética e à velocidade do campo
giratório. A isto chamamos velocidade
síncrona e a este arranjo chamamos
motor síncrono.
Motores de Indução
Os motores de indução são diferentes dos motores síncronos
porque o rotor não se encontra permanentemente magnetizado,
mas sim um tipo de electroíman. O rotor tem diversas barras
montadas em ranhuras e dispostas ao longo do seu comprimento e
espaçadas uniformemente à volta da sua periferia. As barras
encontram-se todas ligadas umas às
outras por anéis soldados que se Stator
Problemas no Estator
Os problemas no estator geram elevadas vibrações à segunda
harmónica da frequência da rede eléctrica (100 ou 200 Hz). A
excentricidade do estator produz um entre-ferro estacionário
desigual entre o rotor e o estator a qual produz uma fonte de
vibração muito direccional.
2xLF
1X
Pata-coxa
A pata-coxa ou bases deformadas podem originar um estator
excêntrico. Alternando a tensão dos pernos de fixação do motor,
ou reparando a fundação deverá resolver o problema.
Rotores Excêntricos
Os rotores excêntricos produzem uma variação do entre-ferro
rotativa entre o rotor e o estator, o qual induz uma fonte de
vibração pulsatória. Mais uma vez vamos observar a componente a
duas vezes a frequência da rede eléctrica, no entanto, neste caso
haverá bandas laterais à frequência de passagem dos pólos à volta
desta frequência, bem como, da frequência a 1X.
Eccentric rotor
- t-t3
2xLF .6
7
1X 2X
IPPF
PPF IPPF
rt.
1X 'tz$
'1Z3
—
Gnf Ct
GM
4 12 16 18 23
Or ers
Where PI = 3.1416
Correias Desgastadas
Se uma correia está solta ou desgastada vamos identificar um pico
à frequência de passagem das correias (2BR) e as suas
harmónicas, com a segunda harmónica de maior amplitude
(quando existem duas polias).
Exemplo
Este exemplo é da máquina de teste do iLearnHandsOn.
Estragámos suavemente a correia de modo a induzir uma avaria.
Sempre que a avaria bate na polia um impulso é observado na
forma de onda.
A natureza transiente do impulso gera muitas harmónicas no
espectro. Tanto os impulsos no sinal em tempo, como as
harmónicas no espectro, podem ser claramente identificadas.
Offset or Angular
parallel
Conclusão
Isto conclui a secção de diagnóstico.
É quase impossível podermos lembrar-nos de todos os factos e de
todas as figuras apresentadas nesta secção. No entanto, se
tentámos entender as razões existentes por detrás das técnicas de
diagnóstico, então aprendemos muito.
Não esquecer que podemos sempre voltar atrás para reavivar a
memória!
Questões Financeiras
Nunca se esqueça que o que está a fazer tem de ser
economicamente justificável. Se o tempo e o esforço necessários
para monitorizar uma máquina não são justificáveis, então, não a
monitorize.
Terá de ter em consideração a história da máquina. Tem sido
fiável? Qual é que tem sido (qual é que será) o impacto das
avarias: paragem da máquina, avarias secundárias, necessidades
de mão-de-obra e de sobressalentes. Quais são os custos
envolvidos nas perdas de produção e na manutenção? Existe uma
unidade sobressalente?
Terá mesmo de realizar uma análise de risco. Essa análise irá
ajudá-lo a decidir o que será monitorizado, com que frequência e
com recurso a que tecnologia(s). Também o ajudará mais tarde
quando uma avaria for detectada: em que fase deverá a
intervenção de manutenção ser realizada?
O risco poderá variar ao longo do ano. Em épocas de elevada
procura ou em alturas de condições atmosféricas adversas (o
Verão para máquinas de arrefecimento e o Inverno para a
Indústria produtora de energia, por exemplo), a frequência da
monitorização e o planeamento das acções de manutenção podem
ser alterados.
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Onde Medir?
De seguida, vai precisar de um plano de monitorização. Terá de
decidir onde montar os sensores - a sua posição na máquina e os
eixos (vertical, horizontal e axial) a serem monitorizados.
O ideal seria a recolha de dados nos três eixos de cada
chumaceira. Poderá recolher os dados nos três eixos
simultaneamente com um sensor triaxial, se o seu colector de
dados o permitir; de outro modo, terá de medir em cada eixo e de
cada vez. Terá também de decidir qual a posição na máquina que
Ihe dará informações mais úteis.
As posições de monitorização na máquina têm de ser orientadas e
localizadas de acordo com as linhas de transmissão das forças
mais importantes, por exemplo, nas chumaceiras e caixas de
engrenagens devemos alinhar pelos rolamentos. Podemos instalar
acessórios de montagem especiais entre as aletas de
arrefecimento dos motores para montar o sensor.
Em máquinas orientadas horizontalmente, as medições são
normalmente realizadas no plano horizontal, com, pelo menos,
uma medição vertical em cada um dos componentes principais
(motor, bomba, ventilador, etc.). As medições axiais são
efectuadas nas posições de impulso; contudo, as forças axiais
transmitem-se normalmente de igual modo para as posições
comuns do veio.
Conforme referido anteriormente, deverá identificar claramente os
pontos de medição nas máquinas, de modo a minimizar os erros
de recolha de dados. O uso de discos de montagem e de etiquetas
de identificação (p.e. com códigos de barras) são uma excelente
solução e um bom investimento.
BATE ,
VERTICAL HORIIONTAL
Deírer Itneanediate
, „H4Sh
Mfr MEr: Mfr:
Mo C: 7do
e:
Geer rgedt 2:
Poles: tnkits
#CoupErkg Elerreents
Brg :
C OMMENTS
Sketch (include inounting block locations dir ctiut ofnotrh, arientetions end beerings )
O Que Medir?
Terá agora de decidir quais os dados a recolher. Na realidade, esta
questão encerra duas partes. Em primeiro lugar, terá de decidir o
tipo de medições (medições de níveis globais, espectros, etc.)e em
segundo lugar, quando necessário, as especificidades das
medições (gama de frequência, número de médias, etc.).
Cada porção de dados recolhidos necessitará de tempo para medir,
para armazenar, para analisar e para reportar. No entanto, no
início do seu programa é aconselhável ter informação a mais do
que informação a menos. Se chegar à conclusão de que alguns dos
dados não são úteis, poderá deixar de os recolher.
As opções óbvias a considerar são: medições de níveis globais
(normalmente de 10 Hz a 1.000 Hz), formas de onda de sinais
temporais, espectros, medições de rolamentos (BCS, spike energy,
HFD, etc.) e espectros desmodulados.
As medições de níveis globais podem ser úteis para a realização de
análises de tendência e para a comparação com tabelas de
Normas. Os níveis globais poderão auxiliá-lo a começar através de
um sistema de aviso básico, mas, a longo prazo, poderá concluir
que fornecem pouca informação.
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Capítulo 8 — Implementação de um Programa com Sucesso Página 199
Manual do Curso
Pump
PUrrP
Tarefas do Dia-a-dia
Uma vez que tenha o sistema configurado, o seu trabalho
consistirá em recolher medições de acordo com a periodicidade
estabelecida. O ideal é ter um programa flexível de modo a que,
no caso de detecção de um problema numa máquina, a sua
periodicidade de teste aumente. Por outro lado, se determinadas
máquinas provarem ser extremamente fiáveis ao longo do tempo,
a sua periodicidade de medição pode ser reduzida.
A Fase de Detecção
Quando regressa ao seu gabinete, juntamente com o seu colector
de dados (após uma série de recolha de medições), iniciará a
primeira fase: a detecção de avarias. O seu software de
monitorização deverá percorrer os dados adquiridos e identificar
medições incorrectas ("rampa de ski" na forma de onda, etc.) e
máquinas com medições que tenham ultrapassado os níveis de
alarme predefinidos.
A Fase de Análise
Após uma revisão do relatório de medição e, talvez, de uma
observação dos dados (de modo a remover falsos alarmes), deverá
agora ter uma lista muito menor de máquinas que necessitam de
uma investigação adicional. Começa então a segunda fase: a
análise de avarias.
A Fase da Recomendação
Depois de ter uma imagem completa do que se passa na máquina,
deverá estar pronto para emitir a sua recomendação. Terá de
compreender o modo como a sua organização de manutenção
funciona, de maneira a saber como reportar as avarias em
máquinas.
A consequente acção a realizar dependerá da natureza e
severidade da avaria, mas também, da necessidade da máquina,
da disponibilidade de sobressalentes e de outros factores. É
essencialmente uma decisão económica.
Pode ser frustrante saber que todo o seu trabalho de detecção e
diagnóstico de uma avaria está aparentemente a ser ignorado. No
entanto, terá de compreender que outros colaboradores são
responsáveis pelo funcionamento contínuo da empresa e pelo
orçamento da manutenção. Muito factores têm de ser tomados em
consideração antes de realizar uma reparação não programada.
No caso ideal, conseguirá emitir a sua recomendação com bastante
tempo de antecedência, de modo a conseguir realizar a reparação
durante o próximo período de paragem programado. É este o seu
objectivo final.
Deverá também perceber que, em particular no início do seu
programa, os demais colaboradores da sua empresa (manutenção,
produção e engenharia) poderão estar um pouco cépticos em
relação à sua capacidade de diagnóstico. Terá de ser paciente,
mas ao mesmo tempo, pro-activo.
Deverá tentar informá-los de modo a que compreendam como
chegou à sua conclusão e insistir para que eles próprios estejam
envolvidos no processo de diagnóstico.
Se os tiver consultado acerca de várias questões relativas a
avarias passadas, histórico de reparações, histórico de máquinas
semelhantes, o rendimento actual da máquina, ruídos estranhos
que a máquina possa emitir, etc., então, eles irão sentir-se como
parte integrante do processo. Torne-os parte da equipa.
A última coisa que deverá fazer é dar a impressão de que apenas
você consegue compreender a sua tecnologia.
Técnicos que tenham trabalhado com a máquina durante muito
tempo, tendem a sentir que sabem muito mais do que você com o
seu novo colector de dados. Respeite esses sentimentos e peça o
seu conselho - irá obter muitas informações acerca da máquina.
A Fase de Verificação
Não se esqueça que quando uma reparação é levada a cabo numa
máquina, independentemente da precisão da sua recomendação,
deverá proceder a testes adicionais de modo a garantir que o
problema foi corrigido e que a máquina está agora a funcionar em
boas condições. Estamos agora na fase final: a fase da verificação.
Verifique a equilibragem e o alinhamento. Verifique que os
rolamentos estão correctos. Verifique que os parafusos de aperto
estão apertados e por diante. O seu colector de dados e as suas
novas aptidões são vitais neste processo.
Conclusão
É nosso desejo que este curso o tenha ajudado a iniciar de forma
correcta o seu programa de monitorização da condição, ou o tenha
ajudado a integrar-se numa equipa já existente. Esperamos ter-lhe
fornecido informações suficientes de modo a ter sucesso, tanto no
diagnóstico de avarias consideradas difíceis, como na manutenção
e crescimento da sua equipa.
Nós procuramos constantemente sugestões de modo a melhorar
os nossos produtos. Queremos que tenha sucesso e gostaríamos
que transmitisse aos seus colegas as suas impressões sobre este
curso, para que eles possam ponderar a sua frequência no mesmo.
Assim, estamos abertos a todas as sugestões que tenha para
melhorar este nosso produto.
Boa sorte e muito obrigado! De todos nós na Mobius e de todos os
nossos Representantes, desejamos o melhor na realização dos
seus esforços. Lembre-se sempre que estamos aqui para o ajudar
com os nossos produtos e a aumentar os seus conhecimentos de
monitorização da condição.
www.iLearnInteractive.com
support(ffliLearnInteractive.com
1 Análise Vibrações
Quatro Fases
Detecção
1X Técnicas 109
Avarias em Correias de Transmissão Análíse Vibrações 114
Desalinhamento entre Polias 192 Análise Vibrações
Desequilíbrio de Ventiladores em Consola 183 Tendência 114
1X Bandas Laterais Análise Vibrações
Desequilíbrio de Ventiladores Centrífugos 184 Análise Espectral
Desgaste em Compressores Centrífugos 185 Identificação do Pico à Velocidade de
Funcionamento 120
Análise Vibrações
2 Análise Espectral
Análise Rápida 122
2 x Frequência da Rede Análise Vibrações
Avarias em Motores Eléctricos Análise Espectral
Rotores Excêntricos 188 Identificar Bandas Laterais 125
2 x LF Análise Vibrações
Avarias em Motores Eléctricos Análise Espectral
Rotores Excêntricos 188 Amplitude 129
2X Análise Vibrações
Desalinhamento 153 Comparação Espectral 129
Análise Vibrações
Comparação Espectral
Comparação com Dados de Referência 130
Análise Vibrações
Comparação Espectral
Acelaração Comparação com Dados de Referência
Equações Conversão 64 Gráficos Sobrepostos 131
Acelerómetro 67 Análise Vibrações
Acelerómetro Capacitivos 69 Comparação Espectral
Acelerómetro Extensómetro 69 Comparação com Dados de Referência
Acelerómetro Piezoresistivos 69 Gráficos Empilhados 132
Acelerómetros Análise Vibrações
Calibração 69 Comparação Espectral
Outros Tipos 69 Comparação com Dados de Referência
Sensibilidade 73 Gráficos em Cascata 132
Triaxiais 69 Análise Vibrações
Acelerómetros Triaxiais 69 Comparação Espectral
Alarme de Bandas Espectro de Referência 134
109
Alarmes Envelope Análise Vibrações
111
Comparação Espectral
Alarmes Máscaras 111 Exibição Logarítmica 134
Análise da Causa da Avaria 14 Análise Vibrações
Análise Espectral Comparação Espectral
Amplitude 129 Outros Eixos 135
Análise Rápida 122
Análise Vibrações
Avarias em Rolamentos 164 Comparação Espectral
Identificação do Pico à Velocidade de Funcionamento
Outros Eixos
120
Gráficos Triaxiais 136
Identificar Bandas Laterais 125
Análise Vibrações
Análise Óleos 19 Comparação Espectral
Análise Partículas Desgaste 19 Outras Máquinas 137
Aná I ise Vibrações Análise Vibrações
Quatro Fases Quatro Fases
Detecção Fase da Detecção 201
Configurar Limites de Alarme 101 Análise Vibrações
Relatórios Excepção 101 Quatro Fases
Pirâmide 99 Fase da Análise 201
Análise Vibrações
Análise Vibrações
Análise 18 Quatro Fases
Análise Causa Avaria 18
Fase da Verificação 203
Detecção 18
Quatro Fases Avaliar a Severidade do Desequilíbrio 144
18, 97
Análise 98 Avarias em Bombas
Verificação 99 Bombas de Carretos 182
1
N
Impulso Choque 54
Impulso de Choque 177 Nível Global 52
ISO 10816 103 Nível Referência 101
ISO 10816 Tabela Severidade 55 Nível RMS 52
Normalização 112
L
P
Levantamento da Fábrica
Análise de Risco 195 Paragens 15
Questões de Ordem Prática 196 Período 26
Questões Financeiras 195 Perno Roscado 81
Limites de Alarme Pico 27
Ajustar Linha Referência 105 Pico-a-Píco 27
Alarme de Bandas 109
Alarme Envelopes 111
Picos Não-Síncronos 164
Pk 27
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Document ID: TCM 220405
Training Course Manual Index - 211
Ponteiras 78 Termografia 20
Processamento Dados Transd ucer
Razão Amostragem 88 Comparison between Types 63
Transd utor 64
Aceleração
I ntrod ução 61
Acelerómetro 67
Avarias
Razão Amostragem 88 Tempo Estabilização 119
Razão das Correias 190 Transientes Térmicos 118
Coreias Desgastadas 191 Contacto Incorrecto 85
Desalinhamento entre Polias 192 Deslocamento 64
Razão Velocidade 49 Introdução 61
Recolha Dados Gama Operação 72
Reconhecimento Dados Errados Métodos Montagem
Superfície Suja 85 Discos Montagem 80
Recolha Dados 81 Pontas Sondas 78
Reconhecimento Dados Errados Montagem 76
Montagem Incorrecta 85 Montagem Incorrecta 85
Tempo Estabilização 84 Posicionamento 75
Transientes Térmicos 84 Resposta Frequência 70
Reconhecimento.Dados Errados 84 Sonda Correntes Eddy 65
Recolha Dados Sondas Proximidade 65
Reconhecimento Dados Errados Superfície Suja 85
Contacto Incorrecto 85 Tempo Estabilização 84
Relatórios Excepção Transientes Térmicos 84
101
Velocidade 66
Resposta Frequência 70 I ntrod ução 61
Ressonância 163 Transdutor Deslocamento 64
Frequências Críticas 163
Velocidades Críticas 163
Transdutores
Métodos Montagem
RMS 28 Magnéticas 79
Rolamentos See Rolamentos
Transientes Térmicos 118
Root Mean Square Amplitude 28 Transmissão Correias 51
Rotores em Consola 148
Rotores Excêntricos 188
Ruído de Fundo 129, 180
Unidades
Equações Conversão 64
Vibração 74
SEE 54 Unidades Vibração 74
Segurança 15
Sinal em Tempo
Análise
Avarias em Correias de Transmissão 192
Avarias em Rolamentos 164
Cavitação 180 Variação Velocidade 112
Sobressalentes 16 Normalização 112
Spike Energy 54, 177 Velocidade
Equações Conversão 64
Velocidade de Funcionamento
Identíficação no Espectro 120
Velocidade Saída 48
Velocidade Transdutor 66
Tabela Severidade 55 Velocidades Críticas 163
Técnicas de Detecção 109
Alarme de Bandas 109
Alarmes Envelope/Máscaras 111
Tempo Estabilização 119
Tendãncias 57
Tendência 114 Windowing 90