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Resumo Livro The classic Style Haydn

Mozart e Beethoven
Géneros da Trindade Vienense (pois estes três compositores passaram pela primeira escola de
Viena fim do século 18 mas não são Vienenses):

• Haydn (Austriaco) 1732/1809 – Sinfonias, Quartetos de Cordas, Trios de Piano (Música


de Câmara), Oratórios (Música Sacra) – Só utilizava um tema (maioritariamente)
Monotemático, mestre em modulações não expectáveis e em justaposição de
tonalidades remotas, o uso abusivo do silêncio dramático, as frases assimétricas, por
vezes começa um andamento noutra tonalidade que não a tonalidade da armação de
clave (semelhante a Carl Philipp Emanuel Bach 1714/1788 o segundo filho de J.S Bach)
para depois modular até à tonalidade mãe, não foi um compositor de sucesso em
Ópera séria nem cómica (devido ao seu pensamento musical em pequena escala ou
muito concentrado), preferia agrupamentos mais pequenos. Falhou nas formas
dramáticas de Ópera e Concerto. Adorava a forma de esquema de dupla variação.

• Mozart (Austriaco) 1756/1791 – Concerto, Quinteto de Cordas e Ópera Cómica ou


Buffa. Politemático, Música simétrica. O primeiro compositor a utilizar a subdominante
como uma grande sensação de relaxamento depois de uma tensão harmónica. Usava
muito pouca ornamentação (mais frequente na ópera nas árias e ele escrevia a parte
ornamentada), preferia agrupamentos maiores mas era explícito na quantidade de
músicos que queria, as cenas dramáticas na Ópera são feitas sempre na forma de
recitativo acompanhado, fez a ligação entre a Ópera Buffa e a Séria (introduzindo
personagens sérias na Ópera Buffa). As formas dramáticas da Ópera e Concerto foram
os sinais de triunfo de Mozart, a música simétrica de larga escala espelhada na rica
simetria de detalhes (a música está em constante balanço), no estilo de Mozart
dramatização significa desenvolvimento e modulação,

• Beethoven (Alemão) 1770/1827 – Sinfonias, Sonatas, o sentimento fica acima do


batimento do metrónomo, temas com muita tensão e mistério, falta de conforto na
musica contrapontual, as cenas dramáticas na Ópera são escritas para um quarteto
totalmente trabalhado,

• Brahms – Estranho nas orquestrações

• Chopin – dificuldades com formas muitos grandes

• Gluck – foi compositor de Ópera Barroca Francesa (ficou mais próxima do drama
Grego), inovou a sua escrita da Ópera com a sua simplificação drástica (na acção, na
forma e na textura) por causa da sua grande naturalidade dramática, foi influenciador
de Mozart e Beethoven nas Óperas,
clássico com a letra pequena implica um estilo exemplar e normativo

Barroco/Romântico

Obbligato accompaniment aparece no quarteto op.33 de Haydn – definição de obbligato: é a


parte de um instrumento solista que saindo da tessitura orquestral passa a ter a mesma
importância do que as vozes solistas. Antigamente obbligato também queria dizer que a parte
musical deveria ser tocada exatamente como está escrita e não ad libitum. Obbligato
accompainement é quando o baixo continuo ou o acompanhamento é chamado para
acompanhar a voz solista como seu súbdito (árias ou recitativos do barroco tardio) mas
utilizando os mesmos motivos da voz principal tornando-se também o tema principal.

O retornar da tónica conjuntamente com o tema principal é uma fórmula standart de todos os
tipos de forma sonata.

Em Mozart o lugar tradicional da subdominante na forma sonata é logo a seguir ao inicio da


reexposição, em Haydn é muito frequente antes da reexposição e em Beethoven é
frequentemente deslocada para a Coda.

No andamento final de uma sonata ou sinfonia tradicionalmente tem uma parte maior na sub
dominante do que nos outros andamentos.

Muito raro no final do século 18:

• A reexposição começar no 4º grau sub dominante


• Começar uma peça em modo Maior e voltar a aparecer em modo da relativa menor

Forma Cavatina – Sonata em andamento lento, uma ária sem secção do meio seguido de um
retorno de “da Capo” (século 18)

As óperas de Mozart estão fortemente subjugadas à forma sonata

A segunda metade do século 18 representa uma importante fase no processo ao longo dos
séculos com a destruição do aspeto linear da música.

A cadência é o elemento mais básico na estrutura da Musica Ocidental desde o século 12 até
ao primeiro quarto do século 20.

Barroco 1600 até 1750 - Alto Barroco 1700-1750:

• Baixo horizontal (baixo continuo ou baixo figurativo)


• Simetria na harmonia e estrutura
• Forma de Dança Barroca : AB/AB
• Textura rítmica unida
• Perpetuum mobile Barroco???
• Dinâmicas iguais ou existência só de dois contrates fortes e pianos
• Não existência de frases sobrepostas
• Secção intermédia não muito intensa nem brilhante
• Melodia/Estrutura extensível quase indefinida
• Cada tempo no compasso tem o mesmo peso/importância
• Autonomia de cada parte e o uso de baixo figurativo
• Quando a forma é ABA o segundo A é igual ao primeiro mas os executantes podem
ornamentar o segundo A
• Muita ornamentação
• Estilo contrapontual

Maneirismo Clássico (Pré Clássico) 1759/1775 - Período Clássico ou Clássico Maduro 1775/

• O desenvolvimento, no Período clássico e nas formas/estilos de escrita clássicas é nada


mais que intensificação (criar mais tensão na harmonia) deste.
• Tem um desenvolvimento mais longo: Imitação do contraponto, Extensão das
melodias, Evitar as cadências.
• Evitar a periocidade e simetria na harmonia melodia e estrutura.
• Frases maiores (começam a aparecer frases de 3/5/6/7 compassos)
• O uso de articulação nas frases
• Perpetuum mobile????
• Coda com mais número de compassos normalmente na tónica para criar mais
estabilidade à parte final do andamento
• O drama provém da estrutura da musica e não nos temas nem na harmonia
• Cada tempo no compasso tem um peso/importância diferente
• Melodia e acompanhamento
• Música cómica apareceu na segunda metade do século 18
• Aumentou o poder da dissonância
• Os instrumentos graves ganham um peso/importância muito maior
• Progressão do estilo clássico em Haydn (fase jovem/fase mais adulta)
• O baixo continuo deixou de existir na música secular a partir da segunda metade do
séc 18.

Forma Sonata (Período Clássico) conceito criado depois de 1840 mas aplicado ao século 18

• 3 Andamentos????
• Exposição – Tema 1 ou grupo de temas na Tónica
• Modulação à Dominante (ou à relativa maior, mediante ou subdominante) Tema 2 ou
segundo grupo de temas
• Repetição da exposição
• Desenvolvimento com temas fragmentados e ou combinados (ou tema 3) com
diferentes tonalidades
• Retornar à Tónica
• Reexposição (Tema e ou Segundo grupo de Temas sempre na tónica)
• Coda (Opcional)
• Resolução e estrutura simétrica
• Posição central com a maior tensão
1. O primeiro andamento da forma sonata - divide-se em duas secções (por vezes
simétricas) nas quais podem ser repetidas: Primeira secção ou EXPOSIÇÃO tem dois
eventos (movimento ou modulação à Dominante e a Cadencia Final na Dominante)
Segunda secção tem dois eventos (o retorno à Tónica e a Cadencia final na Tónica)
2. O movimento lento da forma sonata - é quando existe um retorno à tónica com
resolução simétrica omitindo-se o desenvolvimento. Exposição (Tónica/Dominante) e
Reexposição (Dominante/Tónica)
3. Minueto da forma sonata – divide-se em duas partes mas normalmente tem três
frases (frases 2 e 3 estão juntas). As duas partes repetem-se sempre. Primeira frase
termina na Tónica ou na Dominante a Segunda frase faz um duplo papel de
desenvolvimento e segundo grupo de uma exposição e a Terceira frase resolve ou faz a
recapitulação à Tónica. Forma ternária ABA
4. Final da forma sonata – é mais vago e usado para resolver as tensões de toda a peça.
Sonata-Rondo - Se o primeiro andamento da forma retorna ao 1º tema na Tónica
antes da secção do desenvolvimento.

• Toda a música no século 18 caminhava da tónica para a dominante.


• As duas principais fontes da energia musical são a dissonância (pois precisa de uma
resolução) e a sequência (pois precisa de uma continuidade)
• Appoggiatura é o ornamento mais expressivo de todos e quase sempre é uma nota
dissonante.

Quarteto de cordas (considerado como Música de Câmara) para público privado

• 4 vozes polifónicas e independentes no seu claro estado não-vocal


• A expressão é baseada na dissonância de uma tríade
• Distribuição das vozes sem dobragens de notas (V7) e sem ocupar muito espaço
musical
• É mais claro do que a escrita para piano
• Evoluiu bastante no Período Clássico através de Haydn
• Haydn escreveu muito da sua música para este agrupamento e foi inovador na escrita
como se houvesse um ar de conversação entre as vozes dos instrumentos (Arte da
Conversação)
• Os quartetos op.33 de Haydn chamam-se “Gli Scherzi” (mais cómicos provenientes da
Ópera através da técnica ritmica) porque mudou-se o tradicional Minueto por um
Scherzo

Sinfonia para público em geral

• Criada no período Clássico ????


• Concepção de igualdade em Orquestra (Orquestra vista como um todo)
• Existência de menos música só para um músico e dada a chance de se dobrarem em
dois ou em mais.
• Foi forçada a ser uma performance dramática devido à Ópera
• As sinfonias de Haydn são simplicistas
• Sinfonias de Haydn são eróicas pastorais (definição de PASTORAL)

Ópera Séria – 1710 em Itália; Drama através da Música

• A ópera séria não é uma forma é apenas um método de construção


• Ária concertante é uma convenção da Opera Séria
• A Ópera Barroca é monótona devido ao uso abusivo da forma Ária da Capo
Forma Concerto

• A forma Concerto desenvolveu-se depois 1750 e ganhou mais forma a partir de 1775
por Mozart. A forma concerto (1ºandamento/2ºandamento similar a este mas mais
simples) de Mozart é:
o Exposicão da Orquestra
o Exposição do Solo
o Desenvolvimento
o Reexposição ou recapitulação
o Coda (onde pode entrar a candência)
o Conclusão
• A exposição do solo no 1º e 2º andamento (Forma Sonata) é uma expansão da
exposição da orquestra
• A frase de abertura no 2º andamento é mais complexa e auto-suficiente do que no 1º
andamento
• O 3º andamento é o mais relaxado em relação à forma Sonata Rondo (começa com a
frase de abertura no solista e depois é que vem o forte da orquestra)
• É uma fusão de uma nova forma sonata com a antiga forma concerto (Barroco)
• A forma Concerto tem uma relação muito forte e chegada com a Ária Operática.
• O período clássico dramatizou o concerto (o solista tem de ser diferente) enquanto
que no Concerto Barroco o solista ou solistas fazem parte da orquestra
• O concerto Barroco é uma alternação solta do Ripieno (definição) e as seções de solo.
• O público espera e acompanha o solista quando entra e quando toca e volta a tocar
• No concerto clássico de Mozart a partir de 1776 a entrada para o solista é um evento
como a chegada de uma nova personagem ao palco.
• Mozart fez os solistas dos seus concertos cada vez mais como uma personagem numa
Ópera com enfâse e qualidades dramáticas do concerto (forma concerto similar à
forma ária da Ópera)
• Mozart utilizava o piano como um instrumento continuo nos seus concertos (col bass
(colado ao baixo ou copia o baixo) na parte de piano quando não está a ser solista)

Quinteto de cordas

• A grande conquista de Mozart: quinteto de cordas (quarteto comum mas com duas
violas)
• Mozart inspirou-se no estilo de Haydn (através dos seus quartetos) para a escrita dos
seus quintetos.

Ópera Cómica ou Buffa – inicio do século 18; comédia pela música e onde o dialogo é falado.

• Mozart escreveu a seu pai em 1778 a falar de um novo tipo de drama que se fazia em
Mannheim que se identificava a Ópera Cómica
• Para Mozart as palavras têm de ser mais faladas e menos cantadas (recitativo)
• Novo estilo foi apto para ação dramática com estes três pontos:
o articulação da frase e forma que dão um caracter de séries de eventos
distintos
o uma grande polarização da tónica/dominante
o o uso de transição rítmica
• Mozart mestrou a relação entre a música e o drama
• A comédia baseada numa personagem era o modo mais dominante
• Mozart criou algumas Óperas cómicas inspirando-se em Gozzi (escritor italiano de
fábulas que criticava a sociedade)

O estilo Popular

Trio de Piano

Música de Igreja

Beethoven

Epilogo

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