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Francisco Borges
f.borges@uta.cv
tel: 3226562
Flexão
Introdução
➢ A teoria de tensões de flexão nas vigas se aplica para vigas admitidas com suficiente
➢ Uma viga é um elemento linear de estrutura que apresenta a característica de possuir uma
das dimensões (comprimento) muito maior do que as outras duas (dimensões da seção
transversal).
➢ A linha que une o centro de gravidade de todas as seções transversais constitui-se no eixo
longitudinal da peça, e dizemos que uma viga é carregada transversalmente quando suas
cargas são perpendiculares à este eixo.
➢ Quando uma viga que tem cargas perpendiculares ao seu eixo, desenvolve em suas secções
transversais solicitações de Momento Fletor (M) e Esforço Cortante (Q), sendo o Momento
Fletor responsável pela flexão e o Esforço Cortante responsável pelo cisalhamento da viga.
Flexão
Definições Gerais: Elemento estrutural (viga ou eixo)
Admite-se:
N Esforço Axial
➢ Peças Lineares
Forças VX
V Esforço Transverso
➢ Hip. Fundamentais Y
Equilibrio
(Secção)
T Momento Torsor
Momento M
M Momento Flector
➢ Prin. Fundamentais Y
X
Flexão
Definições Gerais: Tipos de carregamentos
➢ Forças concentradas
Tipos de carregamentos
➢Forças concentradas
➢ Carga uniforme distribuída
(W = p . L)
Flexão
➢ Carga uniformemente variável
(W = (p . L) /2)
➢ Momento concentrado
Flexão
Definições Gerais: → Premissa cinemática básica
➢ Hipótese fundamental da teoria da flexão: As seções planas de uma viga, tomadas
normalmente a seu eixo, permanecem planas após a viga ser submetida à flexão. Hipótese
válida quando o material se comporta elasticamente ou plasticamente, desde que a relação
espessura/comprimento da viga seja pequena
Flexão
Definições Gerais: Solicitação do carregamento → (x, y os eixos principais de inércia) → Posição
do plano
➢ Fibras de cima se encurtaram e o fizeram porque houve uma tensão normal de Compressão
encurtou.
➢ Existe uma linha na seção transversal na altura do eixo longitudinal constituída por fibras
Observações
➢ Numa flexão reta a LN é sempre um dos eixos principais centrais de inércia da secção:
➢ Numa flexão recta LN e PS são sempre perpendiculares entre si. A Linha Neutra
representa fisicamente o eixo em torno do qual a secção gira. Quanto mais afastada for
a fibra da LN maior será a sua deformação e conseqüentemente maior será a tensão
que lhe corresponde (lei de Hooke).
Flexão
Estado de Tensão
A expressão de deformação linear num ponto qualquer da viga é definida da forma:
u du
= lim
x →0 x
= ( 4.1 )
dx
y
= max ( 4.2)
c
Flexão
Estado de Tensão
Considerando o material trabalhando dentro da região elástico-linear, a Lei de Hooke, σ = E ε,
se aplica. Logo:
→ Fx = 0, dA ( 4.4 )
x
A
max
ydA = 0 ( 4.5)
A
c
De acordo com a equação para determinar a posição do centróide ydA = 0 ( 4.6 )
A
, conclui-se que o eixo neutro passa pelo centróide da secção transversal da viga.
ydA
y= A
dA
A
Flexão
Estado de Tensão
O momento interno actuante na secção transversal é a soma dos momentos infinitesimais
actuantes nas área dA. Assim, temos:
M = x dAy ( 4.7 )
A
Mc
max = ( 4.9)
I
Flexão
Estado de Tensão
Flexão
Análise da Segurança
M ( + ) Tração
( x ,y ) = x y
Ix ( − ) Compressão
Flexão
1. Verificação segurança
Verificação de Segurança:
(+)
Mmáx
Secção + Desfavorável → ( - )
M Mmáx
Estudo " máx ": máx = máx x y máx
Ix ( + )
Fibra + desfavorável → s ( x,y ) = ymáx
( − )
Flexão
2. Dimensionamento
Secção + Desfavorável
Mxmáx
Caso Geral: ymáx 1,5 Rd
Fibra + desfavorável Ix
Ix
i
ymáx → Wxi
Módulos Flexão: Wx = → para ( Tabelas )
ymáx y s
máx →Wx
s
Mxmáx 1,5
Wx → Escolha da secção ( ver tabelas )
Rd
Flexão
Exemplos:
3. Capacidade Máxima
Caso Geral
Rd Ix
Mxmáx
ymáx 1,5
Flexão
Dimensionamento
Análise incluindo o peso próprio do material
Critério Dimensionamento
Mxmáx 1,5
Mmáx ( sem p.p.) Wx
Rd
Flexão
3⁰: Escolha do perfil
perfil
Tabela w'x Wx
p.p. = ( valor ) → Corrigir '
Mmáx = Mmáx + MPP
4⁰: Verificação Segurança
'
Mmáx 1,5 Sim ( 0K )
Sd = Rd
Wx' Não ( kO )
5⁰:Escolha do perfil seguinte
Sim ( 0K )
M '
( com p.p.) → V .S. → Sd Rd
Não ( kO )
máx
Voltar ao ponto 5⁰
Flexão
Secções Heterogéneas (2 Materiais)
➢ Formas gerais de reforços exteriores com chapas metálicas
Flexão
Secções Heterogéneas (2 Materiais)
➢ Formas gerais de reforços com materiais compósitos de FRP (Sika, 2000)
Flexão
Estado de tenção
➢ Hipótese:
• e.s yy → ( Simétrica)
(+)
• Mx
(−)
• Mx = cons tante
• Materiais perfeitamente solidarizados
Material (1 ) → 1 ( x , y ) = E1
→
Material ( 2 ) → 2 ( x , y ) = E2
Flexão
➢ Principio de conservação de secções planas:
A extensão Normal varia linearmente com a distância y medida a partir do eixo neutro da
secção
l y
= 1 ( x , y ) = E1
→ Tensão
y y
= 2 ( x , y ) = E2
➢ Condições de equilíbrio
N = 1dxdy + 2dxdy = 0
A1 A2
1
N= E1 ydxdy + E2 ydxdy =0
A1 A2
Eixo neutro = Baricentro da secção (dois materiais)
Flexão
➢ Condições de equilíbrio
→ Momento Mx = .ydxdy
A
Mx = 1ydxdy + 2 ydxdy
A1 A2
1
Mx = E1 y dxdy + E2 y dxdy
2 2
A1 A2
Ix ,1 I X ,2
E I +E I 1 Mx
Mx = 1 x ,1 2 x ,2 =
E1Ix ,1 + E2Ix ,2
→ Momento My = .xdxdy = 0
A
= E1 xydxdy + E2 xydxdy = 0
A1 A2
Ixy Ixy
Flexão
Cálculo do estado de tensão
y E1Mx Mx Mx M
1 ( x , y ) = E1 = y= y= y 1 ( x,y ) = x y
E1Ix ,1 + E2Ix ,2 E Ix ,1 + m Ix ,2 Ix ,1
Ix ,1 + 2 Ix ,2
E1
m
y E 2M x E Mx M
2 ( x , y ) = E1 = y= 2 y = m x y 2 ( x , y ) = m 1 ( x , y )
E1Ix ,1 + E2Ix ,2 E1 Ix ,1 + m Ix ,2 Ix ,1
m = E2 / E1 ( Coeficiente de Homogeneização )
Flexão
Principio da Homogeneização da Secção
1 ( yC )
1 ( yA )
2 ( y A ) = m 1 ( y A )
2 ( yB )
➢ Se E1 ≥ E2 → Secção Homogeneização (Só material (1))
• x , y = EPCI
• e.s = yy → M = Mx
• Materiais perfeitamente solidarizadas na junta de ligação
• E2 E1
Flexão
Cálculo: Homogeneização da secção
• m = E2 / E1 ( Coeficiente de homogeinação 1 )
A1 y1 + mA2 y2
• yg = ( Centro de gravidade "G")
A1
Mx
Material (1) ( x ,y ) = y
1
Ix ,1
( x ,y ) =
Mx
Material ( 2 ) ( x ,y ) =m y = m ( x ,y )
2
Ix ,1 1
Obs.: O diagrama das tensões normais para a secção transversal apresenta uma
descontinuidade na fibra de transição entre os dois materiais 1 e 2 Peças Simétricas em
relação ao eixo de giro (eixo x)
1 ( yC )
1 ( yA )
2 ( y A ) = m 1 ( y A )
2 ( yB )
Flexão
Estado limite de Resistência
Análise da Segurança
Estado Limite de Serviço
1. Verificação segurança
SdSuperior (1)
Rd
sd Rd SdInferior (2)
Rd
(1)
Junta : SdJunta
Rd
(2)
Rd
2. Dimensionamento
Rd ,1 Ix ,1
Mx1,máx
ymáx 1,5
Rd ,2 Ix ,1
Mx2,máx
ymáx 1,5 m
Cálculo:
Hipótese 1: Eixo neutro fora da secção de betão
E S EC ( S ) → ( C )
m = E S / EC
A = A + mA
C C S
y = AC dC + mAS d S
G
AC
Ix ,C = Ix ,C + mIx ,S
M
( x ,y )C = x y
Ix ,C
Tensões M
➢ Toda secção do betão e útil ( x ,y ) S = m x y
Ix ,C
Flexão
Hipótese 2: Eixo neutro dentro da secção de betão
Cálculo:
E S EC ( S ) → ( C )
m = E S / EC
Área útil da secção de betão:
Despreza-se a tracção no betão
A = a y
C G
yG
a y G = mAS d S
2
Ix ,C = Ix ,C + mIx ,S
M
( x ,y )C = x y
Ix ,C
➢ Despreza-se a zona de betão tracionado Tensões
M
( x ,y ) S = m x y
Ix ,C
Flexão
Flexão pura de vigas com secção assimétrica
Na discussão anterior, foram analisadas somente vigas com seções transversais simétricas,
porém o equacionamento é válido para secções quaisquer, desde que seus eixos sejam os
eixos principais de inércia.
Superposição (Limitações)
➢ Pode ser usado desde que haja uma relação linear entre tensão e carregamento.
➢ Geometria do membro não deve sofrer mudança significativa quando as cargas são
aplicadas. Isto deve ser assegurado de maneira que a tensão produzida por uma carga não
está relacionada com a tensão produzida por uma outra carga
Flexão
Viga / eixo submetida à uma flexo-compressão
v é a deflexão da viga de um
ponto distante x da
extremidade:
Flexão
Impondo o equilíbrio de momentos com relação ao eixo z, temos:
M a
= 0, M − P.v − RAy .x + W . ( x − a ) M = RAy .x − W . ( x − a ) + P.v ( 4.20 )
x=
´ P x = −
´´ My x
A I
P My
x = Carga centrada + Flexão = −
A I
Flexão
Exemplo 4.2 : Calcule as tensões no ponto C da viga de secção transversal rectangular, b = 50
mm e h = 250 mm:
Flexão
Definições Gerais: Solicitação do carregamento → (x, y os eixos principais de inércia) → Posição
do plano
Mx = M cos
Momento na secção →
My = Msen
Mx M
Estado de tensão → ( x ,y ) = y− y x
Ix Iy
Mx M Ix
Eixo neutro ( e.n ) → ( x ,y ) = y− y x =0 tan = tan ; + =
Ix Iy Iy
1. Verificação segurança
Flexão
(+)
Mmáx
Secção + Desfavorável → ( - ) (+)
Mmáx máx
Estudo " máx ": ( −)
( + ) máx
Fibra + desfavorável → s ( x,y ) = ymáx
( − )
Verificação segurança
Exemplos: Perfis
Sd = 1,5 máx Rd
Flexão
2. Dimensionamento
(+)
Mmáx
Secção + Desfavorável → ( - ) (+)
Mmáx máx
Estudo " máx ": ( −)
( + ) máx
Fibra + desfavorável → s ( x,y ) = ymáx
( − )
Flexão
Dimensionamento
cos sen
Secções de envolvente rectângular 1,5 Mmáx +
W x Wy
Flexão
Secções cuja a envolvente exterior é um rectangulo
➢ Pré-dimensionamento: Admite-se flexão plana
(+)
Mmáx
Mmáx = máx ( Mx , My ) ou Mmáx = (+)
Mmáx
➢ Escolha da posição mais conveniente para a secção (caso não seja pré-definida)
Mmáx 1,5
W Escolha do "W" + favorável
Rd
pp = ?
( Tabela) Wx = ?
Wy = ?
Flexão
➢ Verificação de segurança: Executada em flexão desviada
Diagonais AB ou CD
➢ Sim tentar reduzir o perfil até escolher o mais económico. Termina (OK)
➢ Não – Escolher um perfil superior até satisfazer a segurança (KO)
OK
sd Rd
( + ) Económico
Flexão
Elementos estruturais com carregamento excêntrico
P P.z0 z P.y0 y
= + + ( 4.27) Tensão resultante das tensões normais
A Iy Iz