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Resumo: Este texto discute a influência da Revolução Russa de 1917 nos movimentos de
resistência na América Latina. Procura refletir como a experiência da Revolução Socialista de
Outubro de 1917 reacendeu as esperanças das Revoluções na América Latina alimentou e
suscitou movimentos anticapitalistas e de resistência ao imperialismo no continente .
Palavras-chaves: revolução; movimentos revolucionários, anticapitalismo; anti-imperialismo
Abstract: This text discusses the influences of the Russian Revolution of 1917 on resistance
movements in Latin America. Seeks to reflect how the experience of the October Socialist
Revolution of 1917 rekindled the hopes of Revolutions in Latin America fed and raised anti-
capitalist and imperialist resistance movements on the continent.
Key-words: revolution; revolutionary movements;anti-capitalism;anti-imperialism.
Introdução.
Este ano comemora-se os 100 anos da Revolução Russa, inegavelmente um dos grandes
feitos da humanidade. Eric Hobsbawm a descreve como o maior legado para a humanidade,
talvez maior que a Revolução Francesa, no século XIX. Pois se “as ideias da Revolução
Francesa, como é hoje evidente, duraram mais que o bolchevismo, as consequências práticas
de 1917 foram muito maiores e mais duradouras que as de 1789” (HOBSBAWM, 1995,p.62).
John Reed (1967, p. 56), descreve de forma apaixonada os dias que abalaram o mundo: “ (...)
Enquanto isso, por todos os cantos ao redor dessa gente, a grande Rússia estava em trabalho
de parto para dar à luz um mundo novo”. A efervescência revolucionária tomava conta de toda
a Rússia: aprendia a ler e lia, política, economia, história, “porque o povo desejava saber“.
O fato é que a Revolução Russa mudou radicalmente o mundo. A sua política internacional
pode ser entendida como uma “luta secular de forças da velha ordem contra a revolução
social, tida como encarnada nos destinos da União Soviética e do comunismo internacional,
a eles aliada ou deles dependente” (HOBSBAWM, 1995, p.63). Não pode ser pensada como
uma luta nacional, embora a sua vitória proporcionou a formação de inúmeros estados-nação
(e o fim também).
No início do ano de 1917, o país está imerso numa crise econômica: todos os dias formam-
se filas intermináveis “ de gente que espera conseguir algum alimento”. Ainda, mergulhado
numa guerra, perdendo seus soldados no front. Foi na
*
Professora na Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do Maranhão. Coordenadora dos
grupos Observatório de Políticas Públicas e Lutas Sociais e Grupo de Estudos de Política, Lutas Sociais e
Ideologias.
manifestações também são armadas. Os fuzis despontam à frente da
multidão que se alastra pelas ruas (HOUZEL e TRAVERSO, 2009, p. 115-
116)..
O continente latino-americano viveu nestes primeiros anos do século XX, uma onda de
movimentos de resistência, de revoluções; de greves.
Revolução Mexicana:
Participaram mais 25 mil revolucionários lutando pelos mais variados motivos: cargos,
negócios, espólios, vingança e, por terra. A insurreição nacional convocada por Madero, se
materializou com o perigo de desencadear movimentos camponeses incontroláveis
(WOMACH, 2013). O que de fato ocorre. Madero, uma vez eleito sem grandes contestações
dos EUA, avisa que as reivindicações das aldeias teriam de aguardar o “estudo da questão
agrária”. Emiliano Zapata, destaca-se como uma grande liderança
Estava criado o mito que embalou a luta pela Reforma Agrária, por uma sociedade justa e
fraterna por todo o continente. Vimos ressurgir nos anos 1990, o movimento de resistência
anti-imperialista e anticapitalista, os neo-zapatistas.
1
Os Soviets (conselhos) órgãos revolucionários que representam o proletariado urbano ou rural sem estrutura
organizativa toma a forma de democracia direta.
2
Hoje cerca de 200 mil professores estão em greve no México contra a privatização da educação.
entre os operários. A pressão do imperialismo estadunidense faria com que o México
rompesse as relações diplomáticas com a URSS em 1930 numa clara ofensiva contra-
revolucionária como denunciou o Partido Comunista do México. Restabelecida em 1936, sob
a presidência de Lázaro Cárdenas, anti-imperialista3. .
Como relata Bandeira (2004), a Revolução de 1905 ecoou nos meios proletários do país, e o
jornal operário com o significativo nome Terra Livre4, publica carta de Kropotkin, agradecendo
a o envio de 4 libras esterlinas para os revolucionários russos. A módica quantia, nos dias
de hoje, significava uma pequena fortuna a pensar as condições precárias e os baixos salários
que estavam submetidos os trabalhadores. A jornada de trabalho, iniciava-se às 6 da manhã
com um intervalo de uma hora e terminava somente às 18h. No comércio este horário poderia
chegar até às 20h.
A carta:
Caro Camarada,
Agradeço-te bem fraternalmente — a ti e aos camaradas de São Paulo— o
envio de 4 libras esterlinas para os revolucionários russos.
Divido esta soma em duas partes iguais entre os socialistas revolucionários
e os anarquistas (apud BANDEIRA, 2004,p.34).
Revolução Boliviana
3
Concedeu exílio ao Trotski.
4
Dirigido por Neno Vasco e Edgard Leuenroth,
5
A guerra entre Bolívia e Paraguai, instigada pelos interesses das empresas de petróleo (Standard Oil do lado
boliviano e Shell por parte do Paraguai), foi um desastre absoluto para a Bolívia.
humilhação da perda de territórios, causa o desprestígio do Exército, responsabilizado pelo
fracasso. É neste contexto que aumenta a organização sindical e em 1937 criam a Central
Sindical dos Trabalhadores Bolivianos, fundam o Partido Operário Revolucionário, e em 1941
o Movimento Nacionalista Revolucionário (Ayerb, 2002). Como descreve Martim (2014, s/p).
O poder real, em abril de 1952 estava nas mãos dos trabalhadores e camponeses , e o poder
oficial não tinha força real. Situação semelhante a Rússia
após a Revolução de Fevereiro de 1917 ou Espanha, depois que os
trabalhadores derrotaram o levante fascista, em julho de 1936. Em ambos os
casos, os trabalhadores tinham o poder (na forma de sovietes na Rússia, e
os Comitês de Milícias Antifascistas, na Espanha), mas ainda havia, a seu
lado, o poder oficial (o governo provisório na Rússia e o governo republicano
na Espanha). Na Rússia, a situação foi resolvida em favor dos trabalhadores,
em menos de nove meses, com a tomada do poder pelos soviéticos, em
outubro de 1917. Na Espanha, a situação foi resolvida em favor do governo
da república, que gradualmente foi recuperando o poder real, desarmando as
milícias operárias e desmantelando qualquer elemento de poder dos
trabalhadores já para maio de 1937, que levou diretamente ao triunfo o
fascismo na guerra civil (Martim, 2002. In:
http://www.marxismo.org.br/content/bolivia-como-se-faz-e-como-se-perde-
uma-revolucao-proletaria/).
Daí em diante, repete-se o filme: as mudanças estruturais tinham chegado a um limite que
não deveria ser transposto. Controlar a desordem, definir um caminho para o
desenvolvimento, é a fórmula encontrada para sair do atraso econômico. Ao temer o avanço
da participação popular , Paz Estenssoro e Herman Siles Suazo, optam por negociar com os
EUA: reestruturam o Exército e passam a receber treinamento nos programas do Pentágono.
No século XXI, ocorre uma outra Revolução. Não sem contradições, mas que elege um
indígena presidente do país e com uma participação maior de um povo que sempre foi alijado
do poder. Não faltam mobilizações da velha oligarquia que não suportando a presença do
povo, preferem governar de costas para ele.
Revolução Cubana
Mais difícil retratar a Revolução Cubana. A que mais desperta paixões e ódios. Alimentou a
esperança de mudanças e transformações por todo continente latino-americano. A ideia de
soberania nacional, de dignidade do povo que vigora com a Revolução Cubana de 1959. Ao
derrotarem a ditadura de Fulgencio Batista, os revolucionários cubanos liderados por Che
Guevara e Fidel Castro, transformaram a história latino-americana e quiçá de todo mundo.
Um pouco da história. As lutas nacionais e anti-imperialistas sempre estiveram presentes
nesta pequena Ilha do Caribe, ocupada pelos ianques do norte. As contradições acirradas e
e os reflexos das Revoluções Russa e Mexicana são sentidos e retomados na criação da
Federação dos Estudantes Universitários, comandada por Julio Antonio Mela que mais tarde
estaria a frente da criação da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Cuba e do
Partido Comunista (1925). Cuba vive uma crise aguda gerada pelas contradições de seu
desenvolvimento histórico de país de gênese colonial. É patente o
O capital dos Estados Unidos estava presente nas “ nas plantações de cana-de-açúcar, nas
usinas, nas refinarias de petróleo, no sistema telefônico e no de eletricidade” (Ayerb, 2002,p.
129). Esperava-se nos EUA que os revolucionários impusessem uma orquestração moral, já
que Cuba era considerada um grande prostibulo, com jogatina, prostituição para alimentar os
desejos dos afortunados estadunidense e que encontravam respaldo nos regimes ditatórias
em Cuba. Finada essa fase, deveria convocar as eleições. No entanto, “o esgotamento dos
efeitos das medidas iniciais de moralização e melhoria conjuntural da situação econômica dos
setores populares, assumem importância as ações de alcance estrutural. Nesse momento, a
"boa vontade" dos Estados Unidos desaparece rapidamente” (idem).
O desenrolar deste intrincado novelo, conhecemos. Cuba, resistiu (resiste) ao maior embargo
da história. Mas como afirmam Barsotti e Ferrari (2002, p.140) a cada ato
À guisa de conclusão
(...) a história do Breve Século XX não pode ser entendida sem a Revolução
Russa e seus efeitos diretos e indiretos. Não menos porque se revelou a
salvadora do capitalismo liberal, tanto possibilitando ao Ocidente ganhar a
Segunda Guerra Mundial contra a Alemanha de Hitler quanto fornecendo o
incentivo para o capitalismo se reformar, e também — paradoxalmente—
graças à aparente imunidade da União Soviética à Grande Depressão, o
incentivo a abandonar a crença na ortodoxia do livre mercado.
6
Não cabe neste espaço, toda a avaliação dos erros cometidos no decurso da Revolução com o ascenso
estalisnismo.
acreditava há milhares de anos, mas para a sociedade, para a coletividade
social, para o Estado (..) Não fosse Outubro, ainda seria dominante a visão
de que a mulher independente é algo temporário e que o lugar das mulheres
est[a na família à custa do marido, que ganha a vida. Outubro mudou
diversos conceitos. (...) Somente a Revolução de Outubro admitiu
publicamente, por meio de leis e do novo sistema soviético, que a mulher é
uma trabalhadora da sociedade e que deve ser reconhecida como um
cidadão ativo. A grande mudança na posição feminina na União Soviética
gerou um impulso na consolidação das mulheres na luta entre os grupos
sociais (..). (KOLLONTAI, 2017,p.214-216).
São centenas de exemplos que poderíamos elencar aqui, que mostram as influências das
Revoluções Russa e Cuba nas lutas para (de) emancipação na América Latina. Não é
possível dar o passo seguinte sem re-ver seus acertos e erros. Esse “necessário e possível
que Ernst Bloch, chamará de “utopia concreta”.
Referências
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Visitado 01072017.
Mesa Coordenada: Revoluções e Resistência na América Latina:
I. INTRODUÇÂO
Esse cenário e propositado pelo próprio desenvolvimento de uma indústria local mas também
pela expansão da ação imperialista da Inglaterra, França, Alemanha e EUA. No início do
século XX, os EUA expandem sua atuação e o cenário surgido com a I Guerra alavancam
a industrialização de substituição de importação em alguns países como Argentina, Brasil,
México, Chile e Uruguai tal fato amplia ainda mais os negócios e o emprego da classe
trabalhadora urbana. ocorre também um número alto de mobilizações e greves por total
ausência de legislação trabalhista e por necessidade de ajuste do Estado como as
manifestações em Córdoba, a Campanha civilista no Brasil entre outras, tudo isso combina
com a expansão do capitalismo e imperialismo estadunidense criando uma atmosfera
bastante instável.
Já no início do século os EUA inauguram sua política de “Big Stick”, ameaçam e agem contra
qualquer pais que se oponha ou realizem política soberana frente a Washington. A abertura
do Canal do Panamá em 1915 fortalecem a economia estadunidense e possibilitam a sua
ação dinâmica nos dois oceanos inaugurando ali a corrida para a dominação do pacifico, o
que o levou ao conflito com o o Japão em 1941.
A Inglaterra era até então a principal compradora de produtos agrícolas, com seu esforço de
guerra há uma enorme redução desse comércio minando a base de seu apoio interno
centrado na oligarquia e no comercio exportador - importador. As jovens burguesias suprem
várias das necessidades internas, mas porem precisavam de créditos para a compra de
maquinário e expansão de negócios e esta necessidade será satisfeita com créditos junto a
bancos estrangeiros o que gera uma relação econômica e política entre a burguesia
nascente e o setor financeiro internacional.
O crescimento da burguesia, ainda esta longe de ser o principal fator econômico dos países
latinos que continuam tendo como seu carro chefe, as oligarquias que dominam os cenários
nacionais. A guerra facilitou o incremento de uma indústria leve principalmente têxteis e de
alimentos notadamente na Argentina, Uruguai e Brasil. Como consequência da guerra, houve
o aumento de produção de petróleo na Venezuela, de estanho na Bolívia e de cobre e salitre
no Chile. Com a abertura do canal do Panamá favoreceu o comercio marítimo e ampliou o
comercio do Chile, Peru, Equador e Bolívia com os EUA e Europa. Nesse período há
ampliação das estradas de ferro e instalações portuárias, na Argentina e Uruguai surgem
grandes frigoríficos e armazéns de cereais. O mesmo pode se dizer em respeito do sistema
bancário que multiplica suas agencias em cidades mais populosas, ou seja, a burguesia se
consolida como classe política na América Latina.
II, Brasil
Nesse período a maioria das organizações trabalhistas estava sobre a hegemonia dos
anarquistas. Em 1909 e realizado o primeiro congresso da Confederação Operaria Brasileira
(COB) sub a liderança do operário gráfico Edgar Laurenroth que foi destacado dirigente
sindical brasileiro durante décadas. Em 1917 em São Paulo ocorre a primeira greve geral. O
movimento iniciou-se contra a carestia produzida pela I Guerra por aumento de salário e
redução de jornada de trabalho. A forte repressão que se seguiu provocou a morte do líder
anarquista Jose Martinez pela polícia que fez com que a greve se generalizasse em São Paulo
e região e explodisse greves de apoio em Santos, Rio de Janeiro e Porto Alegre.
As constantes greves com resultados muitas vezes não satisfatórios promovia entre os
ativistas intensos debates. Nesse período são fundados vários centros de discussão, jornais
e partidos efêmeros. As manifestações contra a guerra somavam anarquistas e socialistas e
a eclosão da Revolução Russa fez com que houvesse um novo patamar de debate nos
movimentos e suas lideranças. Del Roio destaca a defesa feita por Astrogildo Pereira da
Revolução Russa de Outubro e de seu líder Vladimir Lenin ( DEL ROIO, 2007 p 74). Partem
da iniciativa do mesmo Astrogildo Pereira e de Edgard Leuenroth a iniciativa de construírem
em 9 de março de 1919 o Partido Comunista do Brasil, PCB. A ideia era constituir um partido
que apoiasse a Revolução Russa e que fosse expressão dos movimentos, sem
enquadramento disciplinar e sem finalidade política. Na verdade era uma organização
tipicamente anarquista. Conforme o movimento anarquista vai aprofundando suas
contradições com a revolução Russa, o suas lideranças se cindem e surge três anos depois
um verdadeiro partido comunista, na acepção do termo. (BANDEIRA, IDEM p159)
A construção do PCB dá-se tanto pela junção de vários grupos anarquistas como o Zumbi,
Coletivo de Rio Grande do Sul, de Cruzeiro (SP) e também de setores ligados ao instável
Partido Socialista. No Maranhão a organização partidária de agrupamentos de esquerda só
ocorrerão na década de 1930, com a fundação do PSB e do PCB, este na clandestinidade.
III. Maranhão
Conforme o pacto social construído em torno da oligarquia e escravidão cedem espaços para
novos arranjos socioeconômicos, a velha acomodação vai perdendo legitimidade e permite
que novas classes sociais e atores políticos entrem em cena. Desta forma, com o fim da
escravidão o Maranhão conhece um significativo desenvolvimento econômico organizado em
torno da industrialização têxtil.
O movimento dos trabalhadores, dos operários cresceu entre os anos de 1910 e 1920 com
repercussão por todo o país Um Fator importante para essa ampliação foi o debate
impulsionado sobre a Guerra, o aumento da industrialização de substituição, o aumento da
exploração do trabalho ( DULLES, 1977 KOVAL, 1982,PRADO JR 1977).
Esses fatores econômicos se somarão ao fator político que foi a primeira Greve Geral
brasileira e 1917 e fundamentalmente a Grande Revolução na Rússia que ampliou a
discussão entre os diversos grupos intelectuais favoráveis e contrários ao movimento. A
consolidação da Revolução de Outubro com a opção por um Estado Socialista aprofundou
esse debate no cenário nacional..(BANDEIRA, 2015, KOVAL, 1980, FERREIRA, 2016)
Com repercussões organizativas no movimento sindical, popular e político como pode ser
visto nos anos seguintes na construção de órgãos de imprensa, CGT, Coluna Prestes e
formação do PCB, PSB, e de outros organismos .
O Maranhão não passou ao largo dessa intensa proposta ética-humana promovida pela
Revolução Russa e o debate pode ser observados através dos debates travados nos anais
da Assembleia Legislativa, órgãos da grande imprensa e nos círculos sindicais e popular
catalogados e disposta na biblioteca estadual do Maranhão.
Ao mesmo tempo em que as classes dominantes expressam seu ponto de vista, o surgimento
de um parque industrial que além de tecidos produzia chumbo, velas, cordas, charutos,
chapéus, licores, sabão e óleo expande ideias timidamente socialistas entre os trabalhadores.
Na década de 1890, são fundados em Codó os jornais “A Luta” e “A Gazeta” O Trabalho em
Caxias, em São Luís, o Jornal Operário, o objetivo desse jornal era criar o Partido Operário
do Maranhão (ALMEIDA, 2010, p, 23, OLIVEIRA, IDEM p 46).
As condições de trabalho de cerca de 15h, exercidas em sua maioria por mulheres e crianças
expressam uma série de descontentamentos entre os operários e foi este o caso da primeira
greve operária em São Luís nos de 1890 quando a fábrica Camboa, resolveu pagar menos
pelo metro do tecido produzido o que significava uma redução de salário. (VIANA, 2007. p 39)
Destaca-se nesse cenário organizativo das lutas das camadas desprivilegiadas a intensa
manifestações de camponeses na região de Codó e Dom Pedro nos fins dos anos de 1910 e
início dos anos de 1920, liderados socialista religioso Manoel Bernadino apelidado “Lenin
Maranhense” que comandou lutas contra coronéis locais e em 1925 se somou a Coluna
Preste, quando passou pelas terras maranhenses.( ALMEIDA, idem, p27)
Bibliografia
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ZAIDAN FILHO, Michel. O PCB e a Internacional Comunista (1922-1929), São Paulo, Vértice,
1988
RESUMEN
Desde 1959 en Cuba se desarrolla un proceso simultáneo de acciones constructivas
para el avance hacia el socialismo y de enfrentamiento a las fuerzas opuestas a ese
avance, lo que se expresa en una cultura de lucha y resistencia que ha tenido la
impronta del pensamiento socio político de Fidel Castro. Se analizan fuentes, algunas
facetas y concepciones de ese pensamiento, junto con elementos que definen la
cultura de lucha y resistencia y ejemplos de experiencias exitosas que han influido en
la radicalización del proceso revolucionario cubano y en su continuidad.
PALABRAS CLAVES
INTRODUCCIÓN
Poco más de cuarenta y un años después del estallido y triunfo de la gran revolución
socialista de octubre de 1917, en Cuba se iniciaba un proceso revolucionario de
liberación nacional y construcción del socialismo. Hoy ese proceso continúa su
marcha en nuevas condiciones históricas con la convicción de que hay que preservar
y desarrollar las conquistas en materia de desarrollo económico, dignidad humana y
justicia social alcanzadas durante más de 58 años, junto con la independencia y la
soberanía nacional frente a las injerencias y agresiones del imperialismo
norteamericano.
No es posible en tan poco espacio abordar las diferentes facetas del pensamiento
sociopolítico de Fidel y de su obra al frente de la Revolución Cubana. Es un legado
que aún está por sistematizar de forma más integral para mostrar sus aportes al
desarrollo de la teoría marxista de la revolución socialista, especialmente en el
contexto de América Latina y El Caribe. En este trabajo se sintetizan aspectos que
muestran la dialéctica que Fidel imprimió a la lucha revolucionaria en pos de la
construcción del socialismo y a la resistencia contra las políticas imperiales y sus
intentos para revertir el proceso revolucionario.
Fue un contexto que en Cuba estuvo marcado en los años 20 y 30 del pasado siglo
por el accionar martiano y marxista de Julio Antonio Mella y Rubén Martínez Villena y
por las posiciones antiimperialistas de Antonio Guiteras. También por la impronta de
la lucha guerrillera y antiimperialista de Sandino en Nicaragua.
A MODO DE CONCLUSIONES
Hoy, cuando millones de seres humanos luchan por una sociedad más justa, y cuando
en varios países el movimiento popular de obreros, campesinos, indígenas, mujeres,
activistas sociales, junto con intelectuales y académicos, retoman la crítica al
capitalismo con renovados bríos y enfrentan la ofensiva conservadora, las
concepciones de Fidel Castro contribuyen al análisis y a la transformación del injusto
orden social imperante.
El legado de Fidel es en gran medida el legado de la Revolución Cubana, y viceversa.
Es una de las armas para enfrentar las acciones contrarrevolucionarias y la guerra de
pensamiento que hoy tenemos que librar contra el imperio del norte. Esa guerra
también es cultural y ha incluido la ofensiva revolucionaria y la resistencia a la
injerencia, a la imposición de valores y patrones de conducta ajenos a la liberación
nacional y al socialismo.
Dos experiencias de la Revolución Cubana hoy pasan a un primer plano. Primero, el
pueblo no debe limitarse a resistir los embates del enemigo, sino que tiene que
aprender a combatirlos con acciones revolucionarias. Segundo, el combate no es solo
con armas de fuego, si fuera necesario usarlas, sino que es un combate cultural, una
batalla de ideas, con armas morales y con ética, con pensamiento.
Para ganarlo hay que mantener activado el principal detonante, percutor o gatillo de
las armas para esa batalla: la educación de las nuevas generaciones y de todo el
pueblo que sea capaz de reproducir en nuevas condiciones la cultura de lucha y
resistencia.
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SINAIS DO PRESENTE: teoremas da equação política da emancipação no século XXI
RESUMO
ABSTRACT
The essay discusses the emancipatory signs in the ambivalences of the present. It
preliminarily elaborates a critical outline on the idea of socialism as taking political
power. He then insists on the hypothesis that the future lies throughout the struggles
and alternatives of the anti-capitalist subjectivities that still insist on a post-capitalist
world.
2. O QUE QUEREMOS?
Para além do tópos foucaultiano que estabelece a relação entre poder e resistência,
lei e transgressão, a linguagem da emancipação social não pode ser pensada senão
numa gramática radical que reponha o absoluto hegeliano como momento
predominante da política e que, em termos propriamente dialéticos, ultrapasse o
presente do capital reificador, posto que:
A tarefa da política emancipadora está alhures: não em elaborar uma proliferação de
estratégias de como “resistir” ao dispositivo predominante a partir de posições
subjetivas marginais, mas em pensar as modalidades de uma possível ruptura radical
no próprio dispositivo predominante. Em todo o discurso sobre os “lugares de
resistência”, tendemos a esquecer que, por mais difícil que seja imaginar isso hoje, os
mesmos dispositivos a que resistimos mudam de tempos em tempos. É por isso que,
de uma maneira profundamente hegeliana, Catherine Malabou preconiza o abandono
da posição crítica em relação à realidade como horizonte último do nosso
pensamento, independentemente de que nome seja chamada, desde a jovem “crítica
crítica” hegeliana à teoria crítica do século XX. Mas essa posição crítica não consegue
cumprir o próprio gesto: radicalizar a atitude crítico-negativa subjetiva em relação à
realidade em uma autonegação crítica ampla. Mesmo que o preço seja sermos
acusados de “regressar” à velha posição hegeliana, deveríamos adotar a posição
autenticamente hegeliana absoluta que, como aponta Malabou, envolve uma espécie
de “rendição” especulativa do Si ao Absoluto oniabrangente, mas a inscrição da
lacuna “crítica” que separa o sujeito da substância (social) contra a qual ele resiste,
nessa mesma substância, como seu próprio antagonismo ou autodistância (ZIZEK,
2012: 111-112).
Entretanto, é óbvio que a sentença hegeliana que diz que devemos “agir como
sujeito finito” (ZIZEK, 2012: 115), que faz de seu engajamento o “coração antigo” do
futuro, esquadrinha a equação política da emancipação no século XXI, para além do
estatismo burocrático proletário e sua estratégia da emancipação como “tomada do
poder político”. Lenin esboçou as teses fundamentais da transição socialista do século
XX em torno da tomada do poder político através da “revolução violenta” proletária
que, fundamentalmente, realizaria a “abolição do Estado proletário, isto é, a abolição
de todo e qualquer estado” (LENIN,2007: 39). Grosso modo, toda a tradição política
socialista após a Revolução de Outubro girou sua ação e concepção em torno da
hipótese do socialismo como tomada violenta do poder político. Todavia, diante dos
impasses societários do século XXI, da complexidade do “fracasso” na tentativa de
mudar o mundo e da necessidade de retomada da emancipação como horizonte de
expectativas das subjetividades radicais, parece necessário não apenas ir além do
programa leninista, mas ao mesmo tempo enfrentar a ausência de futuro que
caracteriza decisivamente as subjetividades do capitalismo pós-moderno e “pós-
ideológico”.
A centralidade da política no ideal emancipatório de Lenin carrega em si uma série de
problemas hoje:
A noção de que os ideais da sociedade moderna representam um momento não
capitalista daquela sociedade corre paralela à ideia de que existe uma contradição
estrutural entre o modo proletário de produzir, como um momento não capitalista da
sociedade moderna, e o mercado e a propriedade privada. Esta adota o “trabalho”
como o ponto de vista da sua crítica e não tem a concepção da especificidade histórica
da riqueza e do trabalho no capitalismo. Portanto, ela implica que mesma forma de
riqueza, que no capitalismo é expropriada por uma classe de proprietários privados,
seria apropriada coletivamente e regulada conscientemente no socialismo. Pelo
mesmo motivo, ela sugere que o modo de produção no socialismo será
essencialmente o mesmo que o do capitalismo; o proletariado e seu trabalho se
realização do socialismo (POSTONE, 2014: 88).
Assim, por mais difícil que seja, o exame crítico do programa revolucionário da tomada
do poder político não é apenas necessário, mas indispensável se realmente
quisermos elaborar uma ultrapassagem do presente modo de vida social, para além
de toda mistificação e ideologias políticas. O erro do reformismo e do socialismo da
tomada do poder político foi justamente acreditar, de um lado, na possibilidade de
regulação do capital e da pacificação dos conflitos constitutivos do capitalismo e, de
outro, em reduzir a necessidade do controle social ao aparato burocrático do estado
político. Seremos sempre “piores” na tentativa de controlar o sistema complexo do
capital pelo seu controle político:
Dessa forma, no momento em que a burocracia quer mostrar sua superioridade no
terreno do capitalismo, ela confessa ser um parente pobre do capitalismo. Assim como
sua história efetiva está em contradição com seu direito, e sua ignorância,
grosseiramente mantida, em contradição com suas pretensões cientificas, seu projeto
de igualar-se à burguesia na produção de uma abundância mercantil é emperrado
pelo fato de tal abundância trazer em si mesma uma ideologia implícita e ter como
complemento normal uma liberdade sem limites para multiplicar falsas opções
espetaculares, pseudoliberdade que é inconciliável com a ideologia burocrática
(DEBORD, 1997: 76-77).
O problema é como realmente podemos fazer a transição social a uma sociedade pós-
capitalista sem cairmos na conhecida degeneração burocrática estalinista? Teríamos
que abandonar a posição de Marx? É erro da estratégia comunista ou um problema
da tática política medidora?
O verdadeiro objetivo da estratégia defendida por Marx é a divisão social hierárquica
do trabalho, que simplesmente não pode ser abolida. Tal como o Estado, ela pode
apenas ser transcendida por meio da reestruturação radical de todos aqueles
processos e estruturas sociais pelos quais ela necessariamente se articula.
Novamente, como podemos ver, não há nada errado com a concepção global de Marx
e com sua temporalidade histórica de longo prazo. O problema surge de sua tradução
direta no que ele denomina “divisa revolucionária” a ser inscrita na bandeira de um
movimento dado. É simplesmente impossível traduzir diretamente as perspectivas
últimas em estratégias políticas praticáveis (MÉSZÁROS, 2015: 162).
Com efeito, nossa preocupação não poderia se fixar nas “preocupações dos outros”
em tentar resolver os problemas fundamentais de funcionamento da totalidade
orgânica do sistema do capital e suas vicissitudes. Aliás, temos que ir além da mera
resistência que funciona como uma consciência crítica sobre ele. Zizek diz que “há
uma armadilha nesse excesso de crítica” anticapitalista, pois seu ponto de vista
político objetiva apenas “democratizar o capitalismo” (ZIZEK, 2012: 91). A grande lição
que talvez tenhamos que aprender é que não basta uma política do excesso de
anticapitalismo, como sua negação finita determinada, precisamos realmente de uma
negação finita indeterminada, que não mire apenas alguns aspectos disformes do
sistema como um todo, mas que se imponha enquanto a autonegação do sistema e a
germinação dialética do “futuro”, pois “o verdadeiro teste de valor é o que permanece
no dia seguinte, ou como nossa vida cotidiana normal é modificada” (ZIZEK, 2012:
81).
A luta infinita pela supressão da opressão social deve ser o fato decisivo na tomada
de decisão sobre o que fazer. O legado de Marx é justamente o de lutar contra as
formas de exploração econômica, dominação política e humilhação social. Não se
trata do estabelecimento de outras formas de dominação social, da preponderância
de uma classe sobre outras classes, mas certamente a inscrição da eliminação da
necessidade social da existência das próprias classes sociais como o real do
capitalismo realmente existente. Esse é o significado mais autêntico da ideia da
ditadura do proletariado como a única classe capaz de eliminar o sistema de
antagonismos estruturais, autoextinguindo-se. A tarefa do trabalho duro da política
emancipatória autêntica é entender e religar a explosão da fúria global nos motins e
violências cruas que explodem pelo mundo afora como a hipótese comunista. O futuro
não está distante de nós, mesmo que sejamos absolutamente apaixonados pela
“revolução dos outros”, o futuro está em toda a parte.
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