Você está na página 1de 18

COMANDO DA AERONÁUTICA

PROTEÇÃO AO VÔO

ICA 63-7
ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS DO SISCEAB
APÓS A OCORRÊNCIA DE ACIDENTE
AERONÁUTICO OU INCIDENTE
AERONÁUTICO GRAVE
21 MAR 2002
COMANDO DA AERONÁUTICA
DIRETORIA DE ELETRÔNICA E PROTEÇÃO AO VÔO

PROTEÇÃO AO VÔO

ICA 63-7
ATRIBUIÇÕES DOS ÓRGÃOS DO SISCEAB
APÓS A OCORRÊNCIA DE ACIDENTE
AERONÁUTICO OU INCIDENTE
AERONÁUTICO GRAVE
21 MAR 2002
PORTARIA DEPV Nº 79/DIRPV, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2001.

Aprova a edição de Instrução que


disciplina as ações do SISCEAB após a
ocorrência de acidente ou incidente
aeronáutico grave.

O DIRETOR DE ELETRÔNICA E PROTEÇÃO AO VÔO, no uso


de suas atribuições e de acordo com o estabelecido no inciso III do
Art. 5º, do Capítulo II, primeira parte, do Regulamento da DEPV,
aprovado pela Portaria nº 1.118/GM3, de 28 de dezembro de 1995,
resolve:

Art. 1º - Aprovar a edição da Instrução do


Comando da Aeronáutica, ICA 63-7, "Atribuições dos Órgãos do
SISCEAB após a Ocorrência de Acidente Aeronáutico ou Incidente
Aeronáutico Grave", elaborada pela Diretoria de Eletrônica e
Proteção ao Vôo.
Art. 2º - Esta Instrução entra em vigor em 21 de
Março de 2002.
Art. 3º - Revoga-se a Portaria DEPV nº
022/DIRPV, de 22 de abril de 1998, que aprovou a IMA 63-7
"Atribuições dos Órgãos do SISCEAB após a Ocorrência de Acidente
Aeronáutico ou Incidente Aeronáutico", de 30 de Abril de 1998.

(a) Maj.-Brig.-do-Ar PAULO ROBERTO CARDOSO VILARINHO


Diretor da DEPV

(Boletim Interno da DEPV nº 236, de 18 de DEZEMBRO de 2001)


21 MAR 2002 ICA 63-7

SUMÁRIO

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 7

1.1 FINALIDADE ................................................. 7


1.2 ÂMBITO ..................................................... 7

2 CONCEITUAÇÃO ............................................... 9

2.1 ACIDENTE AERONÁUTICO ....................................... 9


2.2 AGENTE DE SEGURANÇA DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO - ASCEA .... 9
2.3 ASSESSORIA DE SEGURANÇA DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO-ASEGCEA 9
2.4 CADEIA DE COMANDO DE INVESTIGAÇÃO - CCI....................10
2.5 CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES -
AERONÁUTICOS – CENIPA......................................10
2.6 COMISSÃO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE AERONÁUTICO-CIAA......10
2.7 INCIDENTE AERONÁUTICO ..................................... 10
2.8 INCIDENTE AERONÁUTICO GRAVE ............................... 10
2.9 INCIDENTE DE TRÁFEGO AÉREO ................................ 10
2.10 OCORRÊNCIA DE SOLO......................................... 11
2.11 OFICIAL DE SEGURANÇA DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO - OSCEA .. 11
2.12 ORGANIZAÇÃO REGIONAL ...................................... 11
2.13 PROGRAMA DE PREVENÇÃO ..................................... 11
2.14 RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO......11
2.15 RISCO CRÍTICO......... ...............................11
2.16 RISCO INDETERMINADO ....................................... 11
2.17 RISCO POTENCIAL ........................................... 12
2.18 SUBSISTEMA DE SEGURANÇA DO SISCEAB - SEGCEA ............... 12
2.19 SEÇÃO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES
AERONÁUTICOS - SIPAA.......................................12
2.20 SEÇÃO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES/INCIDENTES
DO CONTROLE DO ESPAÇOAÉREO - SIPACEA 12
2.21 SISTEMA DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES
AERONÁUTICOS - SIPAER......................................12
2.22 SISTEMA DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO - SISCEAB .. 12
2.23 TÉCNICO DE SEGURANÇA DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO - TSCEA .. 12

3 DOS CINDACTA/SRPV ........................................ 13

3.1 RESPONSABILIDADES ......................................... 13


3.2 PROCEDIMENTOS A SEREM CUMPRIDOS PELO OSCEA/ASCEA DESIGNADO
APÓS A OCORRÊNCIA DE ACIDENTE AERONÁUTICO OU INCIDENTE
AERONÁUTICO GRAVE ......................................... 13

4 DO ÓRGÃO LOCAL DO SISCEAB ................................. 15

5 DO GRUPO ESPECIAL DE INSPEÇÃO EM VÔO (GEIV) ............... 17

6 DISPOSIÇÕES FINAIS ........................................ 19


21 MAR 2002 ICA 63-7

INTENCIONALMENTE EM BRANCO
21 MAR 2002 ICA 63-7

1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

1.1 FINALIDADE

Esta publicação tem a finalidade de fornecer instruções a


respeito dos procedimentos a serem seguidos pelos órgãos do
Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), quando
da ocorrência de acidente aeronáutico/incidente aeronáutico grave.
Os procedimentos detalhados nos capítulos seguintes visam a
complementar a legislação pertinente e serão cumpridos sem
prejuízo daqueles especificados nos documentos em vigor sobre
acidente aeronáutico, NSCA 3-5, (Comunicação de Acidentes e de
Incidentes Aeronáuticos), NSCA 3-6 (Investigação de Acidente e de
Incidente Aeronáutico), ICA 64-1 (Mensagem SAR) e ICA 63-11
(Estrutura e Atribuições do Subsistema de Segurança do SISCEAB).

1.2 ÂMBITO

A presente Instrução, de observância obrigatória, aplica-se


a todas as Organizações integrantes do Sistema de Controle do
Espaço Aéreo Brasileiro.

7
21 MAR 2002 ICA 63-7

INTENCIONALMENTE EM BRANCO

8
21 MAR 2002 ICA 63-7

2 CONCEITUAÇÕES

2.1 ACIDENTE AERONÁUTICO

É toda ocorrência relacionada com a operação de uma


aeronave havida entre o período em que uma pessoa nela embarca,
com a intenção de realizar um vôo, até o momento em que todas as
pessoas tenham dela desembarcado e, durante o qual, pelo menos uma
das situações abaixo ocorra:

a)qualquer pessoa sofrer lesão grave ou morrer como


resultado de estar na aeronave, em contato direto com
qualquer de suas partes, incluindo aquelas que dela
tenham se desprendido, ou submetido à exposição direta
do sopro de hélice, rotor ou escapamento de jato, ou às
suas conseqüências;

NOTA:Exceção é feita quando as lesões resultarem de


causas naturais, forem auto ou por terceiros
infligidas, ou forem causadas a pessoas que
embarcaram clandestinamente e se acomodaram em
área que não as destinadas aos passageiros ou aos
tripulantes.

b)aeronave sofrer dano ou falha estrutural que afete


adversamente a resistência estrutural, o seu desempenho
ou as suas características de vôo ou, ainda, se exigir
a substituição de grandes componentes ou a realização
de grandes reparos no componente afetado; ou

NOTA:Exceção é feita para falha ou danos limitados ao


motor, carenagens, seus acessórios, hélices,
pontas de asas, antenas, pneus, freios; ou
pequenos amassamentos ou perfurações no
revestimento da aeronave.

c)a aeronave for considerada desaparecida ou o local onde


se encontrar for absolutamente inacessível.

2.2 AGENTE DE SEGURANÇA DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO - ASCEA

Funcionário Civil, exercendo função de Nível Superior,


designado por Organização Militar ou por Empresa participante do
SISCEAB para o desempenho das atividades específicas do SEGCEA.

2.3 ASSESSORIA DE SEGURANÇA DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO -ASEGCEA

Órgão central do SEGCEA, ligado diretamente ao Diretor


da DEPV, que tem por atribuição o trato de assuntos relacionados à
investigação, análise e prevenção de acidentes, de incidentes
aeronáuticos e de incidentes de tráfego aéreo no âmbito do
9
21 MAR 2002 ICA 63-7

SISCEAB, bem como a coordenação dos procedimentos de interação com


o SIPAER.

2.4 CADEIA DE COMANDO DE INVESTIGAÇÃO - CCI

São os órgãos envolvidos em um processo de investigação


de acidente aeronáutico, incidente aeronáutico grave, ocorrência
de solo ou incidente de tráfego aéreo.

2.5 CENTRO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS -


CENIPA

Órgão central do SIPAER que tem a sua constituição e


atribuições definidas em regulamento e regimento interno próprios.

2.6 COMISSÃO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE AERONÁUTICO - CIAA

Grupo de pessoas designadas para investigar um


acidente aeronáutico específico, devendo sua composição ser
adequada às características desse acidente.
Tem sua constituição e atribuições previstas na NSCA
3-6 Investigação de Acidente e de Incidente Aeronáutico.

2.7 INCIDENTE AERONÁUTICO

É toda ocorrência associada à operação de uma aeronave


em que haja intenção de vôo, que não chegue a se caracterizar como
um acidente, mas que afete ou que possa afetar a segurança da
operação.

2.8 INCIDENTE AERONÁUTICO GRAVE

É o incidente ocorrido sob circunstâncias em que um


acidente aeronáutico quase ocorreu. A diferença entre o incidente
aeronáutico grave e o acidente aeronáutico está apenas nas
conseqüências.

2.9 INCIDENTE DE TRÁFEGO ÁEREO

Toda ocorrência, envolvendo tráfego aéreo, que constitua


risco para as aeronaves, relacionada com:

a)Facilidades – situação em que a falha de alguma


instalação de infra-estrutura de navegação aérea tenha
causado dificuldades operacionais;
b)Procedimentos – situação em que houve dificuldades
operacionais por procedimentos falhos, ou pelo não
cumprimento dos procedimentos aplicáveis; e
c)Proximidade entre aeronaves (AIRPROX) - situação em que
a distância entre aeronaves, bem como suas posições
10
21 MAR 2002 ICA 63-7

relativas e velocidades foram tais que a segurança


tenha sido comprometida.

Em função do nível de comprometimento da segurança o


incidente de tráfego aéreo é classificado como: Risco Crítico,
Risco Potencial ou Risco Indeterminado.

2.10 OCORRÊNCIA DE SOLO

É toda ocorrência envolvendo aeronave e não havendo


intenção de vôo, da qual resulte dano ou lesão.

2.11 OFICIAL DE SEGURANÇA DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO - OSCEA

Oficial designado pelo Chefe ou Comandante da


Organização Regional, para o desempenho das atividades específicas
do SEGCEA.

2.12 ORGANIZAÇÃO REGIONAL

Organização do Comando da Aeronáutica subordinada à


DEPV, elo do SISCEAB, com jurisdição sobre uma determinada região.
São os CINDACTA e os SRPV.

2.13 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS -PPAA

Documento que estabelece ações e responsabilidades


definidas e dirigidas para a segurança da atividade aérea,
referindo-se a um período determinado.

2.14 RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO (RICEA)

Relatório padronizado, com classificação mínima de


“RESERVADO”, resultado da coleta e da análise de fatos, dados e
circunstâncias relacionadas a um incidente de tráfego aéreo.
Apresenta a conclusão da investigação da ocorrência e as
recomendações de segurança.

2.15 RISCO CRÍTICO

Condição na qual não ocorreu um acidente devido ao acaso


ou a uma ação evasiva com mudança brusca ou imediata da atitude de
vôo ou de movimento.

2.16 RISCO INDETERMINADO

Condição sobre a qual a qual as informações disponíveis


não permitiram determinar o nível de comprometimento da segurança
da operação.

11
21 MAR 2002 ICA 63-7

2.17 RISCO POTENCIAL

Condição na qual a proximidade entre aeronaves, ou entre


aeronaves e obstáculos tenha resultado em separação menor que o
mínimo estabelecido pelas normas vigentes sem, contudo, atingir a
condição de risco crítico.

2.18 SUBSISTEMA DE SEGURANÇA DO SISCEAB - SEGCEA

Subsistema que tem por finalidade o gerenciamento das


atividades de prevenção de acidentes, de incidentes aeronáuticos e
de incidentes de tráfego aéreo, bem como das atividades de
investigação de incidentes de tráfego aéreo.

2.19 SEÇÃO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS -


SIPAA

Órgão pertencente à estrutura das O.M. que tenha


aeronave orgânica ou unidade aérea sediada.

2.20 SEÇÃO DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES/INCIDENTES DO


CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO - SIPACEA

Seção com atuação regional pertencente à estrutura dos


CINDACTA e dos SRPV, ligada sistemicamente à ASEGCEA, e que tem
por atribuição o trato de assuntos relacionados à investigação,
análise e prevenção de acidentes e incidentes aeronáuticos e de
incidentes de tráfego aéreo, no âmbito do SISCEAB, em sua área de
jurisdição.

2.21 SISTEMA DE INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS


- SIPAER

Sistema instituído com a finalidade de planejar,


orientar, coordenar, controlar e executar as atividades de
investigação e prevenção de acidentes aeronáuticos .

2.22 SISTEMA DE CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO BRASILEIRO - SISCEAB

Sistema instituído com a finalidade de dotar o Comando


da Aeronáutica de uma estrutura capaz de integrar os órgãos e
sistemas que participam do controle da Circulação Aérea Nacional,
nos limites das suas respectivas atribuições.

2.23 TÉCNICO DE SEGURANÇA DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO - TSCEA

Graduado ou funcionário civil de nível médio, designado


para exercer as funções específicas do SEGCEA.

12
21 MAR 2002 ICA 63-7

3 DOS CINDACTA/SRPV

3.1 RESPONSABILIDADES

Logo que tenha conhecimento de acidente


aeronáutico/incidente aeronáutico grave, na sua área de
jurisdição, o Comandante do CINDACTA ou Chefe do SRPV, determinará
a execução dos procedimentos descritos no item 3-2.

3.2 PROCEDIMENTOS A SEREM CUMPRIDOS PELO OSCEA/ASCEA DESIGNADO


APÓS A OCORRÊNCIA DE ACIDENTE AERONÁUTICO OU INCIDENTE AERONÁUTICO
GRAVE

3.2.1 Deslocar-se, o mais rápido possível, para o órgão do SISCEAB


envolvido com o acidente aeronáutico/incidente aeronáutico grave,
sempre que houver indícios de envolvimento da atividade ATS na
ocorrência.

3.2.2 Localizar o responsável pelas ações iniciais da investigação


do acidente aeronáutico/incidente aeronáutico grave em questão,
informando-o de sua missão.

3.2.3 Entrar em contato com os operadores de serviço na hora do


acidente/incidente aeronáutico, a fim de inteirar-se da
ocorrência, independentemente do horário de chegada.

3.2.4 Convocar reunião com todos os membros do órgão do SISCEAB


para orientação geral, se for o caso.

3.2.5 Verificar se foram transmitidas as informações previstas em


4-2 e, se for o caso, providenciar a transmissão imediata das
mesmas.

3.2.6 Providenciar para que sejam preservadas as fichas de


progressão de vôo, o Livro de Registro de Ocorrências (LRO), o
Livro de Registro de Comunicações (LRC), as mensagens ATS e as
gravações das comunicações referentes à(s) aeronave(s)
envolvida(s) e outras que sejam de interesse para o esclarecimento
do acidente/incidente aeronáutico.

3.2.7 Providenciar para que sejam preservadas as gravações de


revisualização dos dados radar, quando for o caso.

3.2.8 Determinar aos operadores de serviço na hora do


acidente/incidente aeronáutico que forneçam, individualmente,
relatórios escritos e detalhados da ocorrência, a partir da
primeira mensagem recebida relativa à(s) aeronave(s).

3.2.9 Comunicar aos operadores de serviço na hora do


acidente/incidente aeronáutico que qualquer solicitação de
13
21 MAR 2002 ICA 63-7

declaração a respeito da ocorrência seja feita por seu intermédio,


exceto aquela que o responsável pelas ações iniciais da
investigação venha a solicitar.

3.2.10 Permanecer, sempre que possível, no órgão do SISCEAB, a fim


de orientar as respostas às chamadas telefônicas ou a qualquer
pedido de informações sobre o acidente/incidente aeronáutico, as
quais serão prestadas ao responsável pelas ações iniciais da
investigação e às autoridades competentes.

3.2.11 Observar o impacto psicológico causado aos operadores de


serviço na hora do acidente/incidente aeronáutico, providenciando
a assistência médica pertinente para os mesmos, se for o caso.

3.2.12 Solicitar a substituição dos operadores de serviço na hora


do acidente/incidente aeronáutico por um período cuja duração
seja função do estado emocional dos mesmos.

3.2.13 Elaborar o Relatório sobre a sua missão, com grau de


sigilo reservado, anexando todos os documentos ou cópias de
documentos obtidos e o croqui explicativo do acidente/incidente
aeronáutico.

14
21 MAR 2002 ICA 63-7

4 DO ÓRGÃO LOCAL DO SISCEAB

4.1 O Chefe do Órgão local do SISCEAB deverá informar o acidente


aeronáutico/incidente aeronáutico grave ao comandante do CINDACTA,
ou ao Chefe do SRPV, pela via mais rápida, imediatamente após ter
tomado conhecimento da ocorrência, a fim de permitir a adoção das
medidas previstas no Capítulo 3.

4.2 Independentemente das providências previstas na legislação em


vigor sobre comunicação de acidente/incidente aeronáutico (NSCA 3-
5 Comunicação de Acidentes e de Incidentes Aeronáuticos e ICA 64-1
Mensagens SAR), o chefe do órgão ATS local, ou seu substituto,
logo que tenha conhecimento de um acidente/incidente aeronáutico
grave, deverá comunicar ao GEIV pelo meio mais rápido possível e,
adicionalmente, à SIPACEA e ao RCC de sua jurisdição, as seguintes
informações:

a)tipo e matrícula da(s) aeronave(s) envolvida(s) no


acidente/incidente;
b)data e hora do acidente/incidente;
c)fase do vôo em que ocorreu o acidente/incidente;
d)condições meteorológicas na hora do acidente/incidente;
e)regras de vôo segundo as quais voava(m) a(s) aeronave(s)
envolvida(s) no acidente/incidente;
f)auxílios visuais, à navegação e à aproximação em operação na
hora do acidente/incidente que pudessem estar sendo
utilizados pela(s) aeronave(s) envolvida(s) no
acidente/incidente;
g)procedimento de tráfego aéreo que a aeronave acidentada
pudesse estar utilizando no momento da ocorrência; e
h)equipamentos de radionavegação de bordo da(s) aeronave(s)
envolvida(s) no acidente/incidente, lançados no plano de
vôo.

NOTA: A impossibilidade de informação sobre um ou mais dos


itens anteriores não deverá constituir motivo para
atraso no envio das demais informações.

4.3 Deverá, ainda, observar as seguintes medidas em relação às


equipes de manutenção dos auxílios à navegação aérea:

a)registrar as configurações dos diversos auxílios em operação


no momento do acidente/incidente;
b)proibir ajustes nos auxílios que estavam em operação no
momento do acidente/incidente, tendo em vista que ajustes
realizados nessas circunstâncias podem produzir condições
fora de tolerância em equipamentos normais, ou agravar essas
condições, no caso de equipamentos com deficiências; e

15
21 MAR 2002 ICA 63-7

c)retirar o auxílio de operação, caso surjam dúvidas a


respeito das condições de funcionamento do mesmo, não
devendo ser ajustado até a realização da inspeção em vôo.

4.4 Instruir todo o pessoal do SISCEAB para ficar à margem de todo


o sensacionalismo sobre o acidente aeronáutico ou incidente
aeronáutico grave, alertando que a veiculação das informações
relacionadas ao caso devem ficar a cargo do OSCEA/ASCEA designado.

4.5 Preservar as fichas de progressão ao vôo, o Livro de Registro


de Ocorrências (LRO), o Livro de Registro de Comunicações (LRC) e
as Mensagens ATS.

4.6 Providenciar, se disponibilizados os meios, para que sejam


preservadas as gravações das comunicações e de revisualização dos
dados radar referentes à(s) aeronave(s) envolvida(s) e outras que
sejam de interesse para o esclarecimento do acidente/incidente
aeronáutico.

4.7 Providenciar a substituição dos operadores de serviço na hora


do acidente/incidente aeronáutico por um período cuja duração seja
função do estado emocional dos mesmos.

16
21 MAR 2002 ICA 63-7

5 DO GRUPO ESPECIAL DE INSPEÇÃO EM VÔO (GEIV)

5.1 Imediatamente após tomar conhecimento do acidente aeronáutico/


incidente aeronáutico grave, o GEIV deverá certificar-se da
necessidade da execução da Inspeção em Vôo Especial após Acidente.

5.1.1 Caracteriza-se a necessidade de Inspeção em Vôo Especial


após Acidente, sempre que existirem indícios de que o(s)
auxílio(s) à navegação e à aproximação, ou o procedimento de
tráfego aéreo que a(s) aeronave(s) acidentada(s) pudesse(m) estar
utilizando contribuiu(ram) para a ocorrência do acidente
aeronáutico ou incidente aeronáutico grave.

5.2 O Comandante do GEIV, ou o seu substituto legal, é o


responsável por determinar a realização da inspeção em vôo, em
função das informações recebidas, e está autorizado a emitir a
Ordem de Missão pertinente.

NOTA: O GEIV deverá possuir normas internas que definam as ações


de seu pessoal, de forma que as necessidades de Inspeção em
Vôo após Acidente sejam prontamente atendidas.

5.3 Confirmada a necessidade da inspeção em vôo, o GEIV deverá


tomar as providências que se seguem:

a) utilizar a aeronave de inspeção em vôo disponível que


possa iniciar a inspeção em menor tempo e, se
necessário, deslocar uma aeronave já engajada em outra
missão;
b) solicitar que o piloto-inspetor faça a verificação de
outras atividades do SISCEAB que possam estar
relacionadas com o acidente/incidente, quando não houver
possibilidade de ação imediata de órgão ou elemento do
SEGCEA;
c) orientar ao comandante da aeronave de inspeção em vôo
que remeta ao GEIV, pelo meio mais rápido possível, os
dados obtidos;
d) processar os dados da inspeção em vôo com prioridade
sobre as demais tarefas;
e) confeccionar o relatório com o máximo de informações e
suficiente clareza para permitir a sua compreensão por
pessoas não habituadas ao trato de dados referentes à
inspeção em vôo;
e) submeter o Relatório de Divulgação de Resultado de
Inspeção em Vôo à apreciação do Diretor de Eletrônica e
Proteção ao Vôo, antes de ser encaminhado para a
ASEGCEA; e
f) arquivar todos os dados obtidos na inspeção em vôo por
um período mínimo de 3 (três) anos, inclusive os
relatórios, que terão caráter RESERVADO.

17
21 MAR 2002 ICA 63-7

INTENCIONALMENTE EM BRANCO

18
21 MAR 2002 ICA 63-7

6 DISPOSIÇÕES FINAIS

6.1 Os casos não previstos serão submetidos ao Exmo. Sr. Diretor


de Eletrônica e Proteção ao Vôo.

19

Você também pode gostar