DISCIPLINA e CÓDIGO:
Literatura brasileira: textos canônicos (MEL 5502) ou Narrativa moderna e contemporânea (MEL 5507)
PERÍODO: 2002/2 DIA: SEXTA-FEIRA HORÁRIO: 14:00 ÀS 18:00h
SINOPSE: Leitura e análise de narrativas rosianas, procurando detectar seus métodos e processos de composição e sua
inserção no contexto histórico brasileiro, à luz de textos de crítica e de teoria literária,. A partir de propostas
interpretativas dos contos de Rosa, debate em torno de tópicos como cultura, interpretação, literatura, erotismo, loucura,
poder, leitura, história, representação, ironia, crítica, teoria e linguagem.
METODOLOGIA: As aulas serão dadas de forma expositiva pelo professor e por meio de mesas-redondas apresentadas
pelos alunos.
AVALIAÇÃO: O ARTIGO (trabalho escrito final) deverá: 1) ser entregue na secretaria do MEL até 30 dias depois do
último dia de aula; 2) ter até 10 páginas, com resumo de até 5 linhas e 3 palavras-chaves; 3) utilizar pelo menos 5 dos
artigos teóricos indicados.
ESTRUTURA: Em cada aula, a partir de um tema geral, será analisada uma narrativa de Rosa, com o amparo de dois
artigos de crítica literária específica da história indicada e de um texto teórico (portanto, quatro textos). Na primeira parte
da aula, deverá se formar uma mesa-redonda com quatro alunos, sendo cada um deles responsável por apresentar um dos
textos em até 20 minutos. Na segunda, debate com toda a turma a partir das quatro apresentações.
Ainda em cada aula, outros quatro alunos deverão trazer um resumo (a ser lido em sala) de até 20 linhas dos
mesmos quatro textos previamente estabelecidos.
Os alunos responsáveis pela apresentação inicial do conto (seja o resumo escrito em até 20 linhas, seja a
exposição oral em até 20 minutos) deverão apontar os aspectos estruturantes da narrativa: enredo, espaço, personagens,
tempo e narrador.
Os alunos responsáveis pela apresentação dos textos críticos devem apontar os parâmetros básicos da análise,
destacando o modo de construção do ensaio (estratégias, ênfases, opções teóricas).
Os alunos responsáveis pela apresentação do texto teórico devem apontar os argumentos mais relevantes,
procurando estabelecer alguma relação entre o texto, o tema e o conto da sessão.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
I. CONTOS DE GUIMARÃES ROSA (título, livro, páginas): “A hora e vez de Augusto Matraga” (S, 34), “São
Marcos” (S, 22), “O recado do morro” (CB/UP, 52), “Dão-Lalalão” (CB/NS, 56), “A terceira margem do rio” (PE, 4),
“Famigerado” (PE, 4), “Nenhum, nenhuma” (PE, 6) , “Lá, nas campinas” (T, 4), “Um moço muito branco” (PE, 6),
“Pirlimpsiquice” (PE, 6), “Desenredo” (T, 4), “Aletria e Hermenêutica” (T, 8), “Hipotrélico” (T, 6), “Nós, os temulentos”
(T, 4), “Sobre a escova e a dúvida” (T, 18), “Meu tio o Iauaretê” (EE, 24).
ROSA, João Guimarães. Ficção completa. 2 v. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. (Biblioteca luso-brasileira. Série
brasileira) [Inclui: Sagarana, Manuelzão e Miguilim, No Urubuquaquá, no Pinhém, Noites do sertão, Grande sertão:
veredas, Primeiras estórias, Tutaméia, Estas estórias, Ave, palavra.]
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II. TEXTOS CRÍTICOS:
ABRIATA, Vera Lucia Rodella. “A heterogeneidade mostrada e a heterogeneidade constitutiva em ‘Um moço muito
branco’”. In: Veredas de Rosa. Org. Lélia Parreira Duarte et al. Belo Horizonte: PUC Minas, CESPUC, 2000, p. 694-
696. (Seminário Internacional Guimarães Rosa, 1998, Belo Horizonte.)
ALBUQUERQUE, Virgínia Coeli Passos de. “Relações amorosas no espaço intertextual da novela Dão-Lalalão”.
Inédito. 20 p. [Ensaio apresentado na disciplina Semiótica literária e outros discursos do MEL, em 1996.]
ALVES, Maria Theresa Abelha. “Amar o amor, amaro amor: sob o jugo de Doralda”. In: Outras margens: estudos da
obra de Guimarães Rosa. / organizado por Lélia Parreira Duarte, Maria Theresa Abelha Alves. Belo Horizonte:
Autêntica PUC Minas, 2001, p. 213-230.
CARDOSO, Wilton & CUNHA, Celso. “’Hipotrélico’”. Português através de textos: estilística e gramática histórica.
Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1978, p. 174-182.
CARNEIRO, Flávio Martins. “O leitor vidente”. Entre o cristal e a chama: ensaios sobre o leitor. Rio de Janeiro:
EDUERJ, 2001, p. 116-120.
CORGOZINHO FILHO, Jair Alves. “A tela gotejante do Iauaretê”. In: Veredas de Rosa. Org. Lélia Parreira Duarte et al.
Belo Horizonte: PUC Minas, CESPUC, 2000, p. 289-294. (Seminário Internacional Guimarães Rosa, 1998, Belo
Horizonte.)
DELMASCHIO, Andréia. “‘São Marcos’: a mimese como produção da diferença”. In: Revista Contexto. Nº 6. Vitória:
UFES/PPGL, 1999, p. 7-18.
DUARTE, Lélia Parreira. “‘Pirlimpsiquice’: a estória que não faz História”. In: Veredas de Rosa. Org. Lélia Parreira
Duarte et al. Belo Horizonte: PUC Minas, CESPUC, 2000, p. 354-358. (Seminário Internacional Guimarães Rosa, 1998,
Belo Horizonte.)
GALVÃO, Walnice Nogueira. “O impossível retorno”. Mitológica rosiana. São Paulo: Ática, 1978, p. 13-35. (Ensaios;
37)
GALVÃO, Walnice Nogueira. “Metáforas náuticas”. Desconversa (ensaios críticos). Rio de Janeiro: Editora UFRJ,
1998, p. 115-128.
GOULART, Audemaro Taranto. “A insatisfação com as margens do rio”. In: Outras margens: estudos da obra de
Guimarães Rosa. / organizado por Lélia Parreira Duarte, Maria Theresa Abelha Alves. Belo Horizonte: Autêntica PUC
Minas, 2001, p. 7-20.
LIMA, Elizabeth Gonzaga de. “O riso e o nada em ‘Aletria e hermenêutica’”. In: Veredas de Rosa. Org. Lélia Parreira
Duarte et al. Belo Horizonte: PUC Minas, CESPUC, 2000, p. 215-219. (Seminário Internacional Guimarães Rosa, 1998,
Belo Horizonte.)
LINS, Ronaldo Lima. “As idéias, a alma e a angústia de Pascal: a propósito de um conto de Guimarães Rosa”. In: Range
rede. Revista de literatura. Rio de Janeiro: UFRJ; Rio Arte, Ano 2, nº 2, 1996, p. 28-32.
LOPES, Paulo César Carneiro. “Pobres e ricos – a antítese fundamental”. Utopia cristã no sertão mineiro. Uma leitura
de ‘A hora e vez de Augusto Matraga’ de João Guimarães Rosa. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997, p. 86-118.
MACHADO, Ana Maria. “Em Nome do homem”. Recado do nome: leitura de Guimarães Rosa à luz do nome de seus
personagens. Rio de Janeiro: Imago, 1976, p. 95-115.
MACHADO, Lino. “Silêncio, loucura, enigma: abordando ‘A terceira margem do rio’”. In: Literatura e marginalidades.
Francisco Aurelio Ribeiro, organizador. Vitória: PPGL/DLL/UFES, 2000, p. 70-91.
NUNES, Benedito. “Tutaméia”. O dorso do tigre. São Paulo: Perspectiva, 1969, p. 203-210.
PERRONE-MOISÉS, Leyla. “Nenhures 2: ‘Lá, nas campinas’”. Inútil poesia e outros ensaios breves. São Paulo:
Companhia das Letras, 2000, p. 264-279.
PERRONE-MOISÉS, Leyla. “Nenhures: considerações psicanalíticas à margem de um conto de Guimarães Rosa”.
Flores da escrivaninha: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 1990, p. 11-126.
RIBEIRO, Maria Célia Chaves. “A química da paciência de Jó em louvor ao prazer”. Pulsões de vida e morte em
Tutaméia. Dissertação. UFES/PPGL/MEL: Vitória , 2001, p. 92-113.
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RIBEIRO, Renato Janine. “Augusto Matraga, a salvação pelo porrete”. In: Personae: grandes personagens da literatura
brasileira. Lourenço Dantas Mota, Benjamin Abdala Junior organizadores. São Paulo: Editora SENAC São Paulo, 2001,
p. 195-208.
SALVADOR, Pedro Jorge. “A transvivência semiológica em ‘Pirlimpsiquice’”. In: Veredas de Rosa. Org. Lélia Parreira
Duarte et al. Belo Horizonte: PUC Minas, CESPUC, 2000, p. 567-570. (Seminário Internacional Guimarães Rosa, 1998,
Belo Horizonte.)
SANTIAGO, Silviano. “Transtornado incerto”. In: Suplemento Literário de Minas Gerais. Belo Horizonte, nov 1996, nº
19.
SIMÕES, Irene Gilberto. “Os parâmetros disfarçados”. Guimarães Rosa: as paragens mágicas. São Paulo: Perspectiva,
s/d, p. 19-37.
UTÉZA, Francis & RASSIER, Luciana Wrege. “Sagarana: Marcos São Marcos”. In: A astúcia das palavras: ensaios
sobre Guimarães Rosa. Lauro Belchior Mendes, Luiz Cláudio Vieira de Oliveira organizadores. Belo Horizonte: Pós-
graduação em Letras / Estudos Literários – UFMG, Ed. UFMG, 1998, p. 35-50.
WISNIK, José Miguel. “Recado da viagem”. In: Scripta. v. 1, n. 1, 1997. Belo Horizonte: PUC Minas, 1997, p. 160-70.