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De acordo com o Art. 119 da Lei 5.172/66 - Código Tributário Nacional, sujeito
ativo da obrigação tributária é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência
para exigir o seu cumprimento. (BRASIL, 1966).
Assim, uma vez que o Simples Nacional abrange várias esferas públicas, temos a
União como sujeito ativo dos tributos federais, os Estados e o Distrito Federal como sujeito
ativo dos tributos estaduais, e os Municípios e o Distrito Federal como sujeito ativo dos
tributos municipais.
Ressalta-se que a atribuição de fiscalização do cumprimento das obrigações
principais e acessórias é da Secretaria da Receita Federal e das Secretarias de Fazenda ou
de Finanças do Estado ou Distrito Federal, conforme a localização do estabelecimento.
Tratando-se da prestação de serviços pertencentes à competência tributária municipal, a
competência também será do respectivo município, como diz o art. 33º da LC n.º123/2006. 1
Por fim, o valor não quitado apurado em procedimento de fiscalização deverá ser lançado
de ofício pela autoridade competente que praticou a fiscalização. ¹
Tabela 1 - Simples Nacional - Quantidade de Optantes por UF - Ano de 2019 (Inclusive Optantes
SIMEI)
UF JAN FEV MAR ABR
AC 16.232 18.112 18.656 19.250
AL 116.653 119.917 121.116 122.520
AM 112.334 114.720 116.214 118.135
AP 26.661 27.294 27.555 27.882
BA 693.893 709.318 716.081 724.328
CE 394.598 402.550 405.978 410.370
DF 222.897 229.499 232.552 236.016
ES 294.283 300.704 304.204 308.344
GO 421.709 435.688 440.994 447.309
MA 181.108 185.753 187.312 189.269
2
Art. 3º (LC n.º123/2006) Para os efeitos desta Lei Complementar consideram-se microempresas ou empresas de pequeno
porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o
empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) , devidamente
registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:
I - no caso da microempresa aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso da empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais).
II - no caso de empresa de pequeno porte aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro milhões e oitocentos mil reais).
MG 1.387.004 1.421.221 1.436.918 1.455.438
MS 167.678 171.926 174.224 176.643
MT 206.187 213.658 216.614 219.894
PA 251.329 256.702 259.800 263.342
PB 151.482 155.515 157.287 159.404
PE 351.138 362.884 367.085 372.108
PI 112.772 115.734 116.823 118.079
PR 855.955 878.067 887.956 899.679
RJ 1.254.633 1.281.725 1.296.572 1.314.584
RN 154.395 157.736 159.660 161.845
RO 78.185 79.989 80.815 81.883
RR 20.247 20.829 21.067 21.311
RS 848.707 868.613 877.352 887.190
SC 546.011 561.908 568.684 577.172
SE 70.936 73.710 74.609 75.667
SP 3.509.293 3.600.918 3.646.600 3.702.055
TO 84.058 86.048 86.943 88.016
Total Geral 12.530.378 12.850.738 12.999.671 13.177.733
Fonte: Receita Federal do Brasil (2019)
HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA
BASE DE CÁLCULO
A base de cálculo utilizada para aplicação das alíquotas do Simples será a receita
bruta auferida. Considera-se receita bruta, o produto da venda de bens e serviços nas
operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado nas operações em
conta alheia, não incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos
(art. 3º, II, § 1º da LC n. 123/2006).
ALÍQUOTAS
FORMA DE APURAÇÃO
Para ilustrar a forma de apuração, segue situação proposta por IOB (2018), na qual
pessoa jurídica optante pelo Simples Nacional, na condição de empresa de pequeno porte,
apresentou os dados abaixo relativos ao mês de novembro/20X1:
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1a Faixa Até 180.000,00 4,00% -
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00
1. Cálculo da Alíquota Efetiva (AE):
Se a pessoa jurídica preferir, o registro contábil do montante devido pode ser feito
de modo pormenorizado, especificando as parcelas correspondentes a cada tributo no mês.
Para que seja possível, é preciso decompor o percentual devido no mês, conforme previsto
no Anexo I da LC n. 123/2006:
CONCLUSÃO
O presente trabalho discorreu sobre o Simples Nacional, expondo alguns conceitos
elementares, hipóteses de incidência, base de cálculo e alíquotas aplicadas, formas de
apuração e registros contábeis. O Simples é um regime compartilhado de arrecadação,
cobrança e fiscalização de tributos indicado para Microempresas e Empresas de Pequeno
Porte, com aspectos positivos como a possibilidade de declaração única e simplificada de
dados fiscais e socioeconômicos.
Segundo informações extraídas do Portal do Simples, disponibilizadas pela Receita Federal
do Brasil, em 2014 existiam 9.513.065 contribuintes optantes pelo Simples Nacional. Já em
abril de 2019, como visto anteriormente, há 13.177.733 contribuintes, evidenciando um
incremento de 38.52 %. Podemos concluir que os mecanismos de
REFERÊNCIAS
SILVA, Gener Otaviano. Parecer n.º 0346 de 2014. Secretaria de Estado da Fazenda de
Goiás. Disponível em:<
http://aplicacao.sefaz.go.gov.br/perguntaresposta/problema_popup.php?
cod_problema=2082>. Acesso em: 30 jun. 2019.