Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Consciência. Caminhos
propostos pelo Dr. David
Hawkins.
Vergonha
É um nível extremamente próximo da morte, podendo ser consequência de apegos
excessivos à zona de conforto. Entretanto, por mais que seja um nível de energia muito
baixa, também pode ser experienciado por pessoas em intenso trabalho espiritual. Quando
o ego está próximo de ser dissolvido (próximo ao estágio de iluminação), este pode vir a
experimentar o nível de vergonha, como se estivesse próximo da morte. Nesse contexto,
deve-se saber que apenas o ego está “ameaçado” de morte, já que o Ser permanece
seguro e intocado. Todo medo é uma ilusão, o que inclui o medo da morte vivido no nível
de consciência da vergonha.
Nesse estágio de consciência, como o contexto envolve um nível de energia muito baixo, a
saída para transcender esse nível é render-se à ajuda e misericórdia Divina.
Desde que encarada com observação, a culpa pode ser útil para que estejamos sempre
em evolução e transcendê-la, aprendendo com os erros ao invés de ficarmos presos a ela.
Apatia
Este nível representa bem a energia de inação (Yin, tamas). O mundo é visto como “sem
solução”. Não há energia para transcender, buscar alternativas ou oportunidades de
melhoria. Uma pessoa em apatia tem tão pouca energia que é muito importante participar
de grupos ancorados pela energia do Amor Incondicional, como o Alcoólicos Anônimos.
Fé, esperança e caridade também são ótimos caminhos para sair da apatia. Ajudar os
outros (incluindo animais) aumenta a autoestima, podendo contribuir para um ganho de
energia.
Tristeza
Medo
Este nível já possui mais energia que os anteriores, mas ainda vê um mundo negativo,
amedrontador, cheio de ameaças. É fácil “se perder” no nível de medo. Afinal, quando uma
pessoa foca no medo, os eventos (tragédias, violência, etc.) do mundo alimentam esse
medo em um ciclo sem fim.
Assim, o medo se manifesta em todos os níveis: medo de perder dinheiro ou ficar doente;
medo de ser privado de seus prazeres; medo de não conseguir terminar tarefas no prazo;
medo de perder um relacionamento; medo de passar vergonha ou não ser aceito; medo de
não ter conhecimento suficiente; medo do desconhecido; e assim por diante. Enquanto
culpa, vergonha e arrependimento representam o passado, o medo foca no futuro.
Segundo Hawkins, uma técnica simples para transcender o medo é se perguntar “E daí?”.
Por exemplo: “Tenho medo de perder o emprego”. “E daí?” “Daí posso ficar sem dinheiro.”
“E daí?” “Daí posso passar fome”. “E daí?” – E assim por diante.
Logo se percebe que todo medo culmina no medo da morte física. Ou seja, é um medo
puramente do ego, e não do Ser (já que o Ser não morre junto com o corpo).
Desejo
Em alguns casos, essa frustração “pós-desejo” leva ao nível de consciência de raiva, que
possui mais energia. Ao percebemos que nem todos os nossos desejos serão atendidos,
ficamos irritados e isso pode levar a uma mudança de atitude na busca de transcender
esse estado e quebrar de padrões.
Raiva
A raiva pode aparecer como uma conclusão construtiva de que nem sempre teremos
nossos desejos atendidos, abrindo caminho para o nível de consciência da coragem. Ou
ainda pode gerar comportamentos destrutivos quando o ser humano quer acabar com
aquilo ou aqueles que são diferentes dele.
Segundo Dr. Hawkins, os antídotos óbvios para transcender a raiva são: compaixão,
aceitação, amor e a disposição de perdoar. É preciso deixar de olhar para seus
ressentimentos como “injustiças” e apenas aceitar a realidade como ela é. Ao invés de
projetar insatisfações no mundo, a pessoa que pretende transcender o nível de raiva deve
buscar maneiras de mudar a si mesma. Como dizia Gandhi: “Seja a mudança que você
quer ver no mundo”.
É preciso compreender que a raiva é uma atitude da nossa “criança mimada”. Muitas
vezes achamos que todas as nossas vontades devem ser atendidas, ou que o mundo
deve se adaptar às nossas preferências. Transcender a raiva inclui perdoar, aceitar e
reeducar sua criança interior. É preciso ser o adulto responsável e tomar responsabilidade
por seus atos e emoções, o que também significa tomar responsabilidade pela sua própria
felicidade.
Orgulho
Comparado aos níveis anteriores, o nível de orgulho traz muito mais felicidade e
satisfação. Ainda assim, continua muito egocentrado. As chances de ter seu orgulho ferido
e cair em vergonha ainda existem. Apesar disso, esse é um nível extremamente
encorajado pela sociedade. O orgulho frequentemente é visto como algo positivo.
Os níveis de consciência acima de 200 são aqueles onde a verdade prevalece. Nesses
níveis, já há mais consciência do que ego.
Coragem
É o nível de empoderamento, onde o ser humano se abre para experimentar coisas novas
e lidar com os desafios da vida. No nível de coragem existe energia suficiente para
aprender novas habilidades e encarar medos. É considerado o primeiro nível realmente
positivo de consciência. Ao invés de drenar energia do mundo (como ocorre até o nível de
orgulho), a pessoa no nível de coragem dá ao mundo tanta energia quanto ela toma dele.
Segundo Dr. David Hawkins, “Cruzar o nível de 200 é o passo mais crítico na evolução da
consciência humana”.
Neutralidade
De acordo com Hawkins, o nível de neutralidade pode ser visto como um estágio de
recuperação do espírito/alma após passar por tantos desafios relacionados às energias de
vibração mais baixa. Porém, por causa disso, muitas pessoas passam o resto de suas
vidas nesse nível de recuperação e cura interior. É importante lembrar que, por mais
pacífico e agradável que seja, o nível de neutralidade ainda está muito distante do
verdadeiro Amor e Alegria Divina.
Disposição
É colocado por Dr. Hawkins como o portão de entrada para os níveis mais elevados de
consciência. No nível de disposição, o crescimento é rápido e a construtividade ganha
espaço. Há a vontade de contribuir com o mundo e com o bem da sociedade. Nesse
estágio, a pessoa entende que é responsável por sua própria vida, por seus resultados,
por seus relacionamentos, etc. O sucesso econômico e social tende a ocorrer
naturalmente.
A ilusão do nível de disposição é que o “eu” individual é o único responsável pelo próprio
sucesso. Para avançar até o nível de aceitação, é preciso abandonar a crença do eu
pessoal como realidade básica e lembrar-se de que o indivíduo é parte do Todo — por
isso, não controla seus próprios resultados.
Aceitação
O nível de aceitação é marcado pelo entendimento de que nada externo é capaz de fazer
alguém feliz. De que o amor não é algo que se recebe do mundo ou de outras pessoas,
mas sim é criado de dentro para fora. Aceitação significa dar o seu melhor
constantemente, porém sabendo que o mundo não tem a obrigação de atender aos seus
caprichos e vaidades.
Nesse nível, os objetivos de longo prazo são priorizados e a disciplina fica evidente. Há
ainda menos interesse em julgamentalismos. O que importa é o resolver problemas de
forma que todos sejam beneficiados. O outro ser humano é visto como alguém que tem os
mesmos direitos, resultando em menos discriminação e intolerância.
Razão
Apesar dos grandes benefícios deste nível, Hawkins comenta que é fácil perder-se na
racionalização, na linearidade e na objetividade, criando apego pela razão e privando-se
de avançar ao nível de Amor. Isso acontece quando a intelectualização torna-se um fim
em si mesma.
Amor
Ao contrário do que ocorre até o nível de Razão, os campos de consciência a partir de 500
priorizam o significado, o propósito e a subjetividade como qualidades da experiência de
observação. Este nível traz o Amor como guia, dominando a maneira como o ser conduz
suas atitudes e sua forma de ver o mundo. Para o Amor, a oportunidade de servir ao
mundo e a satisfação de longo prazo prevalecem sobre os prazeres de curto prazo
buscados pelo ego. O Amor não vem da mente, do intelecto; ao invés disso, emana do
coração.
De acordo com David Hawkins, um ponto chave para tornar o Amor incondicional é
perdoar experiências passadas. Perdoar qualquer condição que possa fazer com que
vejamos alguém como não digno de ser amado. Com a intenção de expandir nosso Amor,
podemos recontextualizar o que julgávamos como “bom/ruim” para simplesmente
“preferível” ou “menos preferível”, sem julgamentos.
Hawkins comenta que nos 500s altos (estágios mais avançados de Amor), o mundo é visto
como fonte de beleza e a perfeição da criação é admirada constantemente. Tudo acontece
por sincronicidade, sem esforço. A vontade individual une-se à vontade Divina. Há o
desejo de usar o próprio nível de consciência em benefício dos outros, e não de si próprio.
No nível de Êxtase, há um estado de energia incansável. Entretanto, pode tornar-se
complexo atuar no mundo “comercial” e pode haver a preferência de retirar-se do convívio
da sociedade ordinária.
Seção Quatro – Níveis de Calibragem de 600-1000: Os Estágios de
Iluminação