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FATORES DE LOCALIZAÇÃO:
SOL:
Um problema nesse espaço é a questão da disponibilidade de sol. A quantidade de sol
que entra no terraço, no inverno, é de apenas 3h/dia (7h às 10h da manhã); no verão é
um pouco mais (até próximo ao meio-dia).
VENTO:
No terraço venta muito o ano todo. A hora que mais venta é à noite. Fato confirmado
empiricamente e através dos dados da CEMIG. Essa grande percepção do vento à noite,
aliada à uma iluminação insuficiente, inviabiliza o uso noturno do terraço. A frente do
terraço não está posicionada na direção do vento, mesmo assim, pela localização do
imóvel na configuração espacial do bairro e da região, esse cômodo recebe uma
agradável ventilação ao longo do dia.
CHUVA:
As chuvas mais fortes, quando não está ventando muito, caem um pouco dentro do
terraço, e quando está ventando muito, cai um pouco mais, mas não chega a ser muita
chuva no interior do ambiente.
CONSTRUÇÃO:
O terraço está sendo construído ao longo do tempo (cinco anos). Os materiais usados
na construção e revestimento foram escolhidos por sua utilidade e viabilidade
econômica, não trazendo em si marcas mais evidentes de memórias. Não há produtos
artesanais, nem feitos pelos próprios moradores.
PISO E TELHADO:
O piso é cerâmico, com um ralo no canto da parede. Ele é antiderrapante. O telhado
atualmente não apresenta problema, mas já teve defeito.
ACESSIBILIDADE:
O grau de acessibilidade lá é baixo. O piso é antiderrapante, contudo, o acesso é difícil
(feito por uma escada alta), sem rampa de acesso, e dentro do ambiente não se
encontram barras de apoio, etc. Também não há saídas de emergência, ou maiores
proteções no parapeito.
AGRADABILIDADE
Em geral os moradores gostam do lugar, pois é um bom local para almoçar, é possível
sentir um vento agradável e admirar a vista, que é muito bonita. O lugar é marcado por
bons momentos, e nunca ocorreu alguma eventualidade traumática ou ruim. Fatores
externos também nunca exerceram grande influência a ponto de influenciar ou alterar
a ocorrência de um evento ou momento em família.
HIERARQUIA DE ESPAÇOS
O terraço fica no pavimento menos usado, possuindo importância apenas nas épocas
ou datas festivas, e em momentos recreativos do verão (quando é usado quase todos
os dias). Ele é considerado uma área mais pública, em relação aos outros cômodos da
casa.
ENTORNO:
O terraço é alto (3º andar?) e não é possível vê-lo com clareza do ponto de vista da rua..
Porém, do terraço se vê com clareza a rua.
ILUMINAÇÃO
É um fator que precisa ser bem trabalhado. No período diurno, ela é deficitária por não
receber muita luz do sol. À noite, a iluminação instalada não é suficiente, o que
inviabiliza o uso.
A fenomenologia
Viver o momento de uma manhã nesse terraço é, certamente, algo bem diferente do
que experienciá-lo no período noturno. Pela manhã, a pessoa que adentrar nesse
ambiente poderá ter uma experiência marcada pelo fenômeno solar. Os objetos e
superfícies estarão aquecidas, e o sujeito perceberá as características dos materiais
através da iluminação solar que revelará cores e tonalidades distintas daquelas
evidenciadas pela iluminação artificial. Os sentidos da visão e do tato estarão mais
sensibilizados pela luz e o calor solar; já o olfato será acionado caso algum dos materiais
ou objetos instalados ou deixados no terraço tenha sido aquecido pelo sol, e a audição
provavelmente escutará o roçar dos leves ventos em arvores próximas ou nos materiais
de dentro do ambiente. À noite, o ambiente se torna inóspito e até mesmo perigoso
para certas atividades. A pouca e precária iluminação artificial criará um desconforto
visual (ou mesmo uma impossibilidade de se enxergar certos objetos) que dificultará a
vivência de bons momentos. Os ventos mais fortes que sopram à noite nessa região da
cidade, adentram ao terraço pela frente e por vezes, trazem uma sensação desagradável
de frio. Não que o frio em si seja desagradável, ou agradável. Os atributos do vento frio
só terão significado e sentido para o sujeito que o percebe em sua pele. Para Paloma e
seus familiares, os ventos noturnos percebidos no terraço trazem uma sensação
desagradável a ponto de desestimularem a permanência dos moradores nesse local. A
fenomenologia do espaço se torna evidente nessa situação.