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Porto Alegre
2011
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Folha de rosto
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Verso da falsa folha de rosto = autoridades da instituição, conforme exemplo (os nomes mudaram agora!)
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Folha de rosto
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Verso da folha de rosto = dados da obra e créditos, conforme exemplo:
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LISTA DE FIGURAS
7
LISTA DE TABELAS
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SUMÁRIO
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1 M1 – A ETHERNET ORIGINAL – BASE DA METRO ETHERNET
Este módulo tem por objetivo resgatar os conhecimentos do treinando sobre Ethernet. São
apresentadas de maneira sucinta as principais características da Ethernet: um breve histórico e
o princípio de funcionamento, o formato do quadro e a evolução da tecnologia com as
diferentes velocidades.
A Ethernet baseou-se nos conceitos utilizados na rede ALOHA, ou ALOHANET, que foi
desenvolvida por Norman Abramson e seus colegas na década de 1970, na Universidade do
Havaí. Tratava-se de uma rede sem fio, de acesso múltiplo (qualquer estação poderia enviar
dados a qualquer momento), que interligava os prédios da Universidade, localizados em
diferentes ilhas. O tráfego era controlado por uma estação base. As demais estações, quando
queriam se comunicar, enviavam e recebiam os quadros de dados para e desta estação base.
Mais detalhes podem ser obtidos em Forouzan (2006), Tanenbaum (2003) ou Barret e King
(2010).
A este sistema de rede local foi dado o nome de Ethernet, uma alusão ao éter luminoso, pelo
qual no passado se acreditava que as radiações eletromagnéticas se propagavam (antes de se
descobrir que estas radiações eram capazes de se propagar no vácuo). O meio de transmissão
da Ethernet era um cabo coaxial grosso de até 500 m, que podia ser estendido por até 2,5 km
utilizando-se de repetidores. A velocidade da Ethernet original era de 2,4 Mbps. Os
computadores (até 256 máquinas) conectavam-se ao cabo usando-o como meio compartilhado
entre todos. A Ethernet tinha uma eficiência maior que a ALOHANET porque os
computadores verificavam a ocupação do cabo antes de transmitir. Na ALOHANET esta
verificação era impossível, visto que um terminal numa ilha poderia não detectar a
transmissão de outro terminal localizado numa ilha mais distante que o ponto central.
Esta solução da Xerox foi muito bem sucedida, tanto que em 1978 a DEC, a Intel e a Xerox
padronizaram a Ethernet de 10 Mbps, com o nome de padrão DIX. Em 1983 este padrão
sofreu pequenas alterações e se tornou o padrão IEEE 802.3.
Como a Xerox não demonstrou interesse além de trabalhar na padronização da Ethernet, Bob
Metcalfe retirou-se e fundou sua própria empresa, a 3COM, para comercializar as placas de
rede Ethernet para computadores.
Com relação ao formato dos quadros Ethernet e IEEE 802.3, as duas únicas diferenças
referem-se ao preâmbulo e aos dois bytes do cabeçalho, intitulados Tipo/Tamanho. Por conta
disto está apresentado na figura 1 apenas o quadro IEEE 802.3. Os detalhes de cada campo do
quadro são apresentados a seguir.
Octetos: 7 1 6 6 2 46 - 1500 4
O primeiro campo do quadro chama-se preâmbulo. Ele é constituído de sete octetos com o
valor binário 10101010. Este campo é utilizado para estabelecer a sincronização inicial para a
recepção correta do restante do quadro. Observe-se que o quadro pode ser criado a qualquer
momento, necessitando deste sincronismo inicial para que a estação receptora faça a aquisição
correta dos dados.
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receptora sincronizar, mesmo perdendo a contagem dos octetos do preâmbulo, é possível
detectar o início do cabeçalho do quadro.
No antigo padrão Ethernet este segundo campo não existia, e o preâmbulo era constituído por
oito octetos.
O cabeçalho é formado por três campos: endereço físico de destino, endereço físico de origem
e tipo/tamanho_do_campo_de_dados.
Os endereços físicos de destino e de origem são formados por 6 octetos. O bit mais
significativo desses endereços indica se o endereço é específico de uma placa de rede (bit=0)
ou se é um endereço de um grupo de estações (bit =1). Quando for de grupo, o mesmo quadro
será recebido por todas as estações que pertencem àquele endereço de grupo. Se todos os bits
do endereço forem ”1”, este endereço é especial e significa que o quadro foi enviado para
todas as estações da rede. O segundo bit mais significativo do endereço também tem
significado especial: se for igual a “zero”, seu uso é global (trata-se de um número único no
mundo, atribuído pelo IEEE), e se for igual a “um” seu uso é apenas local (não pode ser usado
num contexto global).
O próximo campo é constituído por dois bytes. Originalmente (padrão DIX) este campo era
utilizado para informar o tipo de dados transportados (o protocolo da camada superior, dois
bytes com valor sempre acima de 1500). No quadro IEEE 802.3 este campo pode ser usado
para informar o tipo de dados ou o tamanho do campo de dados.
O próximo campo é denominado campo de Dados. Pode ter tamanho entre 46 e 1500 octetos.
Se a quantidade de dados a ser transportada for menor que 46 bytes, o campo deve ser
preenchido com os bytes necessários para completar 46 bytes. Este conjunto de bytes de
preenchimento é chamado de padding. O campo de dados deve ter no mínimo 46 bytes para
que haja detecção de colisão por uma estação transmissora, mesmo que a outra estação esteja
localizada na distância máxima permitida em relação à primeira. Detalhes adicionais sobre
detecção de colisão e tamanho mínimo de quadro podem ser encontrados em Tanenbaum
(2003).
O último campo é formado por quatro bytes e chamado de Frame Check Sequence (FCS).
Trata-se de um código de redundância para detecção de erros no quadro.
A Ethernet com velocidade de 10 Megabits por segundo possui quatro meios de transmissão
diferentes: cabo coaxial grosso, cabo coaxial fino, cabo de pares trançados e cabo de fibra
óptica.
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A codificação utilizada é a Manchester, um tipo de codificação em banda base. A codificação
em banda base utiliza a mesma banda de frequência do sinal original para sua codificação.
As distâncias máximas permitidas dependem do meio de transmissão utilizado. A tabela 1
apresenta um resumo sobre os tipos de Ethernet conforme o meio de transmissão.
A Ethernet original compartilhava o mesmo meio físico para todas as máquinas ligadas à rede.
Em outras palavras, havia a possibilidade de duas máquinas desejarem transmitir ao mesmo
tempo, pelo mesmo meio físico. Para permitir o funcionamento adequado criou-se um padrão
para acessar o meio físico, chamado CSMA/CD (carrier sense multiple access with collision
detect). Esta técnica consiste no seguinte: antes de uma máquina iniciar a transmissão ela
verifica se o meio está desocupado; se estiver desocupado, ela ocupa o meio, transmitindo; se
o meio estiver ocupado, a estação espera ficar desocupado para então transmitir; se duas ou
mais estações ocuparem o meio ao mesmo tempo, haverá colisão de dados; elas então jogam
mais dados no meio para que todos percebam que houve colisão e então param de transmitir;
cada estação espera um tempo aleatório para verificar novamente se o meio está desocupado;
a estação que escolheu o tempo menor ocupará o meio.
Embora a velocidade da Ethernet fosse bem mais alta que as alternativas existentes (conexões
seriais via modens de 1200 bps), o crescente uso de redes locais e as novas aplicações
surgidas foram responsáveis pelo incremento de sua velocidade. É o que será visto no
próximo subitem.
Em virtude dos novos anseios, o Comitê 802.3 elaborou um adendo à norma, chamado
802.3u, tornando a ethernet mais rápida. A velocidade foi aumentada em dez vezes e, por
conta disto, foi chamada de Fast Ethernet. Manteve-se a compatibilidade retroativa com as
LANs Ethernets existentes (TANENBAUM, 2003).
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A Fast Ethernet trouxe como novidade a autonegociação: trata-se de uma maneira de negociar
a taxa de transmissão de dados. Ela permite a conexão entre um dispositivo novo, que trabalha
a 100 Mbps, e um dispositivo antigo, que só trabalha a 10 Mbps. Neste caso o dispositivo
novo baixa sua velocidade para 10 Mbps. A autonegociação também permite que uma estação
sonde a capacidade do HUB (FOROUZAN, 2006).
A utilização de cabos categoria 5, com largura de banda de 100 MHz, possibilitou que se
evoluísse para a utilização de apenas dois pares, um para transmissão e outro para recepção.
Este padrão de transmissão Fast Ethernet é conhecido por 100Base-TX.
Como terceira opção tem-se a transmissão por fibra óptica, utilizando duas fibras multimodo,
uma para transmissão e outra para recepção. Nesta situação, pode-se trabalhar com distâncias
de até 2 km. O nome dado para este padrão Fast Ethernet é 100Base-FX.
Ainda existe o padrão 100Base-T2, desenvolvido em 1997 para ser usado com cabos
categoria 3. Ele utiliza apenas dois pares e é muito pouco usado devido à complexidade dos
componentes e também ao seu custo (TANENBAUM, 2003).
Com o aparecimento de novas aplicações de imagens em três dimensões e com alta definição
surgiu a necessidade de incrementar novamente a velocidade, como se verá no próximo item.
Logo após a padronização da Fast Ethernet, no ano de 1995, foi iniciado o trabalho para
aumentar a velocidade novamente em dez vezes. Em 1998, o IEEE lançou oficialmente a
padronização 802.3z, correspondente à Ethernet de 1 Gigabit. Posteriormente lançou-se
também a 802.ab usando cabos de pares trançados. Manteve-se a compatibilidade retroativa
com todas as Ethernets pregressas: mesmo tipo de endereçamento, mesmo formato do quadro,
mesmos tamanhos mínimo e máximo (TANENBAUM, 2003).
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Como novidade, a Gigabit Ethernet só permite conexões ponto a ponto entre dois dispositivos
ativos, em detrimento da Ethernet clássica de 10 Mbps, que permitia topologias físicas
multiponto.
A Gigabit Ethernet possui dois métodos de acesso ao meio: o modo half-duplex (com
CSMA/CD) e o modo full-duplex (sem CSMA/CD). No modo half-duplex, para que se
continue com uma distância máxima do cabo em 100 m, é necessário estender o quadro
mínimo a 512 bytes. O uso de CSMA/CD só se faz necessário quando se utiliza um HUB
como equipamento de intermediação entre os equipamentos terminais da rede. Como a
implementação do modo half-duplexé é mais complicada, e como o desempenho da rede
diminui se comparado com o modo full-duplex, a grande maioria das aplicações usa o modo
full-duplex. Nele, o domínio de colisão possui apenas dois equipamentos, permitindo
transmissão e recepção simultâneas e dispensando o uso do método de acesso CSMA/CD
(TANENBAUM, 2003).
No próximo item é apresentada a até então mais nova padronização da família Ethernet.
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1.6 10 GIGABIT ETHERNET
A Ethernet 10 Gigabit pode ser utilizada em redes locais e também em redes geograficamente
distribuídas. Em redes locais atingem-se a distâncias de até 100 m com cabos de par trançado
e de até 300 m com cabos de fibra óptica multímodo. Em redes geograficamente distribuídas,
utilizando-se fibras ópticas monomodo, pode-se atingir distâncias de até 40 km sem a
necessidade de repetidores (WIKIPEDIA, 2010).
1.7 LABORATÓRIOS
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2 M2 – TECNOLOGIAS USADAS EM ETHERNET E METRO ETHERNET
Neste módulo serão apresentadas as principais tecnologias utilizadas tanto em redes Ethernet
locais quanto em redes Ethernet metropolitanas.
Os principais meios físicos utilizados atualmente nas redes Ethernet são cabos de pares
trançados blindados ou não, fibras ópticas, e o próprio ar (para redes sem fio).
Os cabos de pares trançados podem ser blindados (Shielded Twisted Pair - STP) ou não
blindados (Unshielded Twisted Pair - UTP).
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Já existe a categoria 7, em fase final de padronização.
Para interligar equipamentos terminais de dados (computadores, roteadores) em equipamentos
de comunicação de dados (HUBs e switches) utilizam-se cabos de pares trançados diretos, ou
ditos um para um: o fio correspondente ao pino 1 de um lado também é o fio correspondente
ao pino 1 do outro lado, e assim por diante, com todos os 8 fios.
Para interligar equipamentos de mesma natureza, dois terminais de dados, por exemplo,
utiliza-se um cabo cruzado. Nele se cruza o par ou os pares de transmissão e de recepção, de
forma que a transmissão de um lado corresponda à recepção do outro, e vice-versa.
As fibras ópticas são fabricadas a partir da sílica (espécie de vidro purificado) e fazem uso do
fenômeno de reflexão total da luz num meio mais denso (interno) em relação a outro meio
(externo). A parte interna da fibra, por onde se confina a luz, é chamada de núcleo. A parte
externa da fibra, que possui menor densidade que a interna, é chamada de casca.
Fibras ópticas podem ser classificadas de acordo com o modo pelo qual o foco de luz a ser
transmitido incide em sua entrada: fibras multímodo e fibras monomodo. Nas fibras
multímodo a luz penetra na fibra de vários ângulos diferentes, o diâmetro do núcleo é de 50
ou 62,5 micrometros e a casca tem diâmetro externo de 125 micrometros. Nas fibras
monomodo a luz penetra na fibra somente num ângulo de 0º em relação à direção do
comprimento da fibra, o diâmetro do núcleo é de 10 micrometros, e a casca continua com
diâmetro externo de 125 micrometros.
As fibras ópticas mais comumente usadas trabalham em uma das três janelas de transmissão
pertencentes à faixa de comprimentos de onda pertencentes ao espectro magnético do
infravermelho: primeira janela: de 800 a 900 nanômetros; segunda janela: de 1260 a 1360
nanômetros; e terceira janela: de 1430 a 1580 nanômetros.
Os emissores de luz utilizados nos transmissores das interfaces de fibra óptica podem ser
classificados em três tipos:
- LEDs (Light Emiting Diode): diodos emissores de luz utilizados em fibras ópticas
multímodo. Trabalham na primeira e segunda janelas e podem trabalhar com frequências de
até 200 MHz.
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- VCSEL (Vertical Cavity Surface-Emitting Laser): lasers de baixo custo, também utilizados
em fibras multímodo, que trabalham com frequências de até 5 GHz, também nas primeira e
segunda janelas.
- ILD (Injection Laser Diode): popularmente conhecido como laser, é utilizado em fibras
monomodo, trabalhando nas segunda e terceira janelas e atingindo frequências de até 10 GHz.
Os lasers são mais sensíveis que os LEDs, trabalham com potências maiores, têm durabilidade
menor e emitem feixes de luz com menor largura espectral. Feixes de luz com menor largura
espectral possuem menor dispersão, permitindo trabalhar em velocidades maiores.
As fibras multímodo apresentam maior dispersão e maior atenuação que as fibras monomodo.
A tabela 4 apresenta um resumo de perdas típicas em cabos ópticos.
Com relação ao formato dos quadros Ethernet e IEEE 802.3, as duas únicas diferenças
referem-se ao preâmbulo e aos dois últimos bits do byte antecessor ao endereço físico da
placa de destino. Nos quadros Ethernet o preâmbulo é formado por 8 bytes iguais, do tipo
“10101010”. Nos quadros IEEE 802.3, o preâmbulo é formado por 7 bytes do tipo
“10101010”, seguido de um byte do tipo “10101011”.
2.2 TOPOLOGIAS
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Figura 2 – Topologia em estrela
Fonte: do autor
Embora a topologia seja fisicamente em estrela, ela funciona como se fosse um barramento
compartilhado quando o equipamento de comunicação é um HUB: um ponto de rede de cada
vez pode enviar dados e todos os outros pontos recebem. No caso de se utilizar um switch, a
topologia funciona como um barramento compartilhado apenas no início, enquanto o switch
ainda não tiver aprendido qual endereço MAC se encontra em cada porta. Depois que o switch
aprender a localização dos endereços MAC, os dados serão enviados apenas para a porta onde
se encontra o endereço MAC de destino do quadro.
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Figura 3 – Topologia em árvore com as camadas de acesso, distribuição e núcleo
Fonte: do autor
Observe-se que na figura 3 há vários laços de rede por conta da redundância física de
caminhos. Estes laços são resolvidos através de protocolos específicos. Para que não haja
gargalo nesta arquitetura, é necessário que os enlaces que ligam as camadas tenha velocidades
superiores aos enlaces utilizados na camada inferior.
Em redes Metro Ethernet é utilizada a topologia em anel. A rede Metro Ethernet funciona
como rede intermediária entre duas redes particulares de um cliente final. Dentro dela são
estabelecidos caminhos que interligam duas ou mais redes de um cliente final. A topologia em
anel provê fisicamente dois caminhos redundantes para melhor fornecer o serviço de ligação
entre pontos.
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Figura 4 – Topologia em anel
Fonte: do autor
Da mesma forma que numa rede LAN Hierárquica, a rede Metro Ethernet necessita de
protocolos que resolvam o laço formado pelo anel. O agravante aqui é que os protocolos
normalmente utilizados em redes locais não são rápidos o suficiente para reconfigurar a rede
Metro Ethernet com a velocidade que ela necessita. Para isso, foram desenvolvidos outros
protocolos para a resolução destes laços, tais como EAPS ou EPSR, que serão vistos mais
adiante.
2.3 SWITCHES L2 E L3
Nas redes Ethernet de cabo coaxial utilizavam-se dispositivos chamados de bridge (ponte)
para isolar domínios de colisão. Eram dispositivos de duas portas que aprendiam os endereços
físicos de origem dos quadros Ethernet e, a partir desta aprendizagem, só deixavam passar de
uma porta para outra se o dispositivo de origem se encontrasse de um lado da bridge, e o
dispositivo de destino, no outro lado dela.
As bridges também possuem outras funções além desta; no entanto, elas não serão
apresentadas aqui.
Quando as redes Ethernet começaram a usar cabos de par trançado com um dispositivo de
comunicação de dados no centro da rede, houve a necessidade de criar um dispositivo
equivalente à bridge, formado por ‘n’ portas ao invés de duas. A este dispositivo, que faz a
comutação de quadros entre suas várias portas, foi dado o nome de switch. Portanto,
originalmente o switch trabalhava somente nas camadas 1 e 2 do modelo OSI.
Com o surgimento das VLANs, lans virtuais distintas que coexistem num mesmo switch L2
sem se enxergarem na camada 2, houve a necessidade de executar a comutação de pacotes
entre elas. A solução trivial foi colocar roteadores para permitir o tráfego de dados entre as
VLANs.
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surgiu a ideia de colocar nos switches também as funções de comutação dos pacotes da
camada 3 (Layer 3). Assim surgiram os switches L3, que conseguem realizar a comutação
entre redes (camada 3) diferentes.
2.4 VLANs
Uma VLAN é uma rede local virtual que, apesar de habitar fisicamente um mesmo switch, é
logicamente independente. Assim, várias VLANs podem coexistir no mesmo switch sem
tomar conhecimento uma da outra. A norma que regulariza a implementação de VLANs é a
IEEE 802.1Q.
As VLANs isolam domínios de broadcast. Numa rede muito grande, o tráfego de quadros
broadcast prejudica bastante o desempenho da rede; ao dividi-la em redes virtuais melhora-se
o desempenho, pois os quadros broadcast se restringem à VLAN a que pertencem (HUCABI,
2010).
Além de melhorar o desempenho das redes, as VLANs também contribuem para a segurança
dos dados, já que o tráfego fica restrito à sua VLAN.
O campo TCI, acrônimo de Tag Control Information, é subdividido em três campos. A figura
6 apresenta o detalhamento deste campo de 2 bytes.
Os primeiros três bits do TCI são usados para indicar o nível de prioridade do quadro. Depois
tem-se o bit CFI (Cannonical Format Indicator), que era usado nas redes FDDI e Token-Ring
e não tem uso em redes Ethernet. Por último tem-se 12 bits que são utilizados para identificar
as diferentes VLANS. Com 12 bits se poderiam criar até 4096 VLANs; como as VLANS 0 e
4095 são reservadas, restam 4094 IDentificações de VLANS a serem usadas.
- Portas de acesso são aquelas em que se conectam equipamentos terminais de dados (ETDs),
tais como computadores ou impressoras. Nas portas de acesso dos switches, pertencentes a
uma determinada VLAN, os quadros Ethernet passam sem marcação alguma, sem o Tag
Control Information.
- Portas tronco são aquelas que interconectam dois switches. Nelas passa o tráfego de várias
VLANs. É nas portas tronco que se marcam os quadros, utilizando o campo TCI, para
identificar a qual VLAN aquele quadro pertence.
2.4.3 Entroncamento
Para transportar várias VLANs por um enlace ponto-a-ponto entre dois dispositivos de rede é
preciso criar um tronco de VLANS entre os dispositivos. Este tronco possibilita que se
estendam as VLANs por toda a rede.
Para gerenciar os equipamentos utilizam-se quadros não marcados, também chamados de não
“tageados”. Os quadros passarão pelo tronco sem o campo TCI e pertencerão à VLAN de
gerenciamento, também chamada de VLAN nativa.
Como visto no item 2.2, é comum estabelecer enlaces redundantes entre switches para garantir
uma alta disponibilidade na rede. Caminhos físicos redundantes formam laços (loops) na
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camada de enlace, derrubando a rede. Para solucionar estes loops da camada de enlace
mantendo os caminhos físicos redundantes criaram-se vários protocolos, tais como STP,
RSTP e MSTP, entre outros.
Na sequência serão apresentados três protocolos para a resolução de loops padronizados pelo
IEEE.
O objetivo do STP é criar uma topologia em árvore livre de loops; para isso, são executadas
várias trocas de mensagens entre os switches. Elas são feitas através de quadros multicast
chamados de Bridge Protocol Data Units (BPDU), cujo endereço MAC é 01-80-C2-00-00-00
(HUCABI, 2010).
Para criar uma topologia em árvore, algumas portas dos switches são desabilitadas. Durante o
processo de criação da topologia as portas assumem vários estados:
Blocking: descarta os quadros recebidos.
Listening: escuta/recebe apenas os quadros BPDUs, encaminha apenas BPDUs.
Learning: aprende a topologia e preenche a tabela de encaminhamento; ainda não encaminha
quadros que não sejam BPDUs.
Forwarding: recebe e encaminha qualquer tipo de quadro.
Disabled: a porta está desativada.
Cada switch possui um identificador chamado de Bridge Identifier (BID), formado por oito
bytes. Os primeiros dois bytes indicam a prioridade daquele switch e têm como valor padrão
32768; os outros seis correspondem ao menor valor de endereço MAC que o switch possui.
Cada porta do switch também possui um identificador chamado Port Identifier (PID), que é
composto por dois bytes. O primeiro byte indica a prioridade da porta e seu valor padrão é
128; o segundo byte corresponde ao número da porta.
Velocidade Custo
10 Mbps 100
100 Mbps 19
1 Gbps 4
10 Gbps 2
No caso de empate por custo e por número de portas (switches diferentes), o critério de
desempate é o identificador de cada switch.
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Com o uso de STP, o tráfego normal de quadros só se estabelece depois de vários segundos.
As portas iniciam em estado de Blocking, onde podem permanecer até 20 s, e então mudam
para Listening. Em Listening permanecem por mais 15 s e mudam para Learning. Em
Learning permanecem outros 15 s e só então mudam para Forwarding. Portanto, pode
demorar 50 s para uma porta trocar do estado Blocking para o de Forwarding.
No RSTP, as portas não ligadas a outros switches, configuradas como Edge Ports, não
repassam BPDUs. Se começarem a receber BPDUs, elas sairão imediatamente da condição de
Edge Ports e passarão a atuar como as outras portas ligadas a switches. As Edge ports passam
direto do estado de Discarding para o de Forwarding. Uma porta que não seja Edge pode
demorar até 30 segundos para passar de Discarding para Forwarding.
Por conta desta falta de escalabilidade, criou-se o protocolo Multiple Instances of STP, MSTP
(IEEE 802.1Q, 2005). No MSTP é realizado o mapeamento de uma ou mais VLANs a uma
única instância de STP. Podem ser usadas várias instâncias de STP, e cada instância é
associada a um grupo diferente de VLANs (HUCABI, 2010).
O MSTP fornece diversos caminhos para o tráfego de dados. Conforme a instância de STP, o
tráfego passará por um ou outro caminho, fazendo o balanceamento de carga.
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2.6 LINK AGGREGATION
Para enlaces entre switches, pressupõe-se alto tráfego de dados, visto que agregam vários
fluxos de dados distintos. Portanto, é plausível esperar que os enlaces possuam velocidades
maiores que os enlaces das portas de acesso. Pode ocorrer que os switches utilizados não
possuam o número de portas de uplink necessário para todas as conexões entre switches. Para
esta situação, criou-se o Link Aggregation, ou Agregação de Enlaces, que coloca dois ou mais
enlaces paralelos funcionando como se fosse apenas um enlace, de maior velocidade.
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3 M3 – A REDE METRO ETHERNET
Neste módulo são descritos os principais conceitos e serviços da rede Metro Ethernet.
As principais documentações sobre Metro Ethernet podem ser obtidas no site da Metro
Ethernet Fórum (MEF), uma organização sem fins lucrativos que trabalha na conceituação,
difusão e especificação da Metro Ethernet (<http://metroethernetforum.org/>).
3.2 CARACTERÍSTICAS
A rede Metro Ethernet apresenta várias características que a deixam muito vantajosa em
relação a outras tecnologias. Vejam-se algumas características descritas por Piacentini e
Fraulob (2006):
- Interoperabilidade facilitada: o uso de Ethernet permite uma comunicação direta com outras
redes locais, já que a maioria das LANs é baseada em Ethernet. Não há necessidade de
roteador para a interconexão da rede local com a rede de longa distância. Não há
necessidade de outros protocolos para o estabelecimento do enlace com a rede de longa
distância. O cliente trabalha com uma interface bem conhecida e já usada na sua rede
interna.
- Menor custo: os equipamentos da rede Ethernet são mais baratos que os de outras redes, tais
como SDH, Frame Relay e ATM. Os custos de operação e de planejamento desta rede são
menores quando comparados com redes comutadas tradicionais.
- Aumento de banda: a flexibilidade para aumento de banda é muito maior do que a das redes
baseadas em comutação de circuitos. Na rede Metro Ethernet, é possível aumentar a banda
de 1 Mbps a 1 Gbps em passos de 1 Mbps. A largura de banda oferecida é maior do que
soluções como DSL ou Cable Modems, por exemplo.
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- Comutação de pacotes: otimiza a utilização dos recursos compartilhando os meios físicos.
Permite cobrança do serviço baseada no tráfego.
3.3 ARQUITETURA
Para que se entenda a arquitetura das redes Metro Ethernet, o MEF (Metro Ethernet Forum)
especifica um modelo de referência e um modelo de camadas de rede, que são detalhados a
seguir.
Um cliente com dois sites (A e B) geograficamente distantes usufrui dos serviços da MEN
para interligá-los. A MEN prove uma conexão virtual Ethernet entre as duas UNIs do cliente,
permitindo o fluxo de dados fim-a-fim de forma transparente, como se os sites estivessem na
mesma rede ethernet.
Plano de Gerenciamento
Plano de Controle
Camada de servicos de
Plano de Dados
aplicação( IP, MPLS, PDH, etc.)
Camada de serviços
Ethernet (Ethernet Service PDU)
Camada de servicos de
Transporte (IEEE 802.1,
SONET/SDH, MPLS)
O E-LINE faz ligações ponto-a-ponto e é usado para criar linhas Ethernet privadas, linhas
privadas virtuais e acesso à Internet via Ethernet. A figura 9 ilustra este serviço.
Point-to-Point EVC
O E-LAN faz ligações multiponto e é usado para criar VPNs L2 Multiponto, serviços
transparentes de LAN, base par redes Multicast. A figura 10 ilustra este serviço.
Multipoint-to-Multipoint
Os serviços Ethernet conectam a ponta cliente (CE - Customer Edge) à MEN (Metro Ethernet
Network) através da interface de rede do usuário (UNI). A conexão é realizada através de uma
interface Ethernet comum de 10 Mbps, 100 Mbps ou 1 Gbps.
Tanto os clientes quanto os provedores de serviços são atraídos aos serviços Metro Ethernet
pelos seguintes fatores (SANTIDORO, 2003):
- facilidade de uso: a interface utilizada é padrão para todas as velocidades, facilitando a
interconexão, operação e administração;
- custo baixo: com interfaces padronizadas de baixo custo, produção de equipamentos em
larga escala e pagamento somente da banda utilizada, o custo da solução é baixo;
- flexibilidade: é possível alterar fácil e rapidamente a banda contratada e vários tipos de
serviços numa única interface.
33
A figura 11 resume os atributos e seus respectivos parâmetros dos dois tipos de serviços
Metro Ethernet definidos pelo MEF.
Ethernet
Ethernet Service
Service
Service Parameters
Type (2)
Attributes
A seguir, são apresentados três dos principais parâmetros dos serviços Metro Ethernet.
34
Figura 12 – Tipos de perfis de largura de banda
Fonte: ROCHOL, 2009
Cada perfil de largura de banda possui quatro parâmetros de tráfego: CIR, CBS, EIR e EBS,
definidos a seguir conforme Piacentini e Fraulob (2006):
- CIR (Committed Information Rate): taxa média garantida e conforme os objetivos de
performance contratados (jitter, atraso, perda) e especificados em um SLA (Service Level
Agreement).
- CBS (Committed Burst Size): definido como o número máximo de bytes permitidos para os
quadros de serviços que entram, contados dentro do CIR.
- EIR (Excess Information Rate): taxa média, excedente ao CIR, para a qual os quadros de
serviços são entregues sem nenhuma garantia de desempenho.
- EBS (Excess Burst Size): definido como o número máximo de bytes permitidos para os
quadros de serviços que entram, contados dentro do EIR.
A soma de todos os CIRs deve ter uma banda menor ou igual à taxa de transmissão UNI.
Exemplo: se UNI = 100 Mbit/s, então: ΣCIRi ≤ 100 Mbit/s (ROCHOL, 2009).
Ao passarem pela UNI, os quadros podem ser marcados (ou coloridos) segundo três cores
(ROCHOL, 2009):
- verde (dentro das especificações), aceito;
- amarelo (dentro do excesso tolerado), condicional; e
- vermelho (fora das especificações), descartado.
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As classes de serviço (CoS) possuem os seguintes identificadores:
- porta física: nesse caso, uma única classe de serviço pode ser fornecida;
- CE-VLAN CoS (802.1p): a classe de serviço é identificada pelos bits de prioridade do tag de
VLAN do cliente; nesse caso, o SLA deve especificar o Bandwidth Profile e os parâmetros
de desempenho para cada classe de serviço;
- DiffServ / IP TOS: o segundo byte do cabeçalho IP pode ser usado para definir classes de
serviço. Para o caso do TOS, podem ser definidas até oito classes, e no caso do Diffserv,
podem ser fornecidas capacidades mais robustas de QoS através dos padronizados PHBs
(Per-Hop Behaviors).
O provedor de serviços vai utilizar um desses identificadores para, por exemplo, separar um
tráfego que estará sujeito a um determinado CIR.
Carrier Ethernet é um serviço de classe Carrier, ou seja, fornece transporte de dados a longas
distâncias. A Carrier Ethernet fornece as vantagens de baixo custo da LAN Ethernet para
redes metropolitanas e geograficamente distribuídas (ROCHOL, 2009).
A Carrier Ethernet fornece serviços através de uma rede Metro Ethernet com a mesma
qualidade de serviços das redes comutadas tradicionais (ATM, frame relay etc.), mantendo a
simplicidade e o baixo custo das redes LAN Ethernet.
As diferenças de uma Carrier Ethernet para uma LAN Ethernet são apresentadas pelo MEF
como sendo os cinco atributos a seguir (MEFPRESS, 2010):
- Serviços padronizados: os equipamentos utilizados são padrão e não há necessidade de
alteração nos equipamentos LAN dos usuários.
- Escalabilidade: tem capacidade de servir milhares de clientes atuando em áreas metropo-
litanas e regionais; trabalha com vários valores de banda, que podem ser incrementados com
grande granularidade.
- Confiabilidade: capacidade de detectar e resolver falhas sem impactar os clientes; tempo de
recuperação abaixo de 50 ms na ocorrência de falhas.
- Qualidade dos serviços (QoS): granularidade de banda; vários SLAs (Service Level Agreements)
que fornece desempenho fim-a-fim para transporte de voz, dados e vídeo.
- Gerenciamento de serviços: capacidade de monitorar, diagnosticar e centralizar a gerência
da rede usando padrões que não sejam dependentes de um fornecedor. Rápido
provisionamento de serviços.
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3.6 LABORATÓRIOS
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4 M4 – TECNOLOGIAS UTILIZADAS EM METRO ETHERNET
Para que a rede Metro Ethernet garanta os níveis de confiabilidade exigidos, é necessária a
utilização conjunta de várias tecnologias.
Para permitir uma diferenciação de tráfego dentro das redes Metro Ethernet foram propostos
vários padrões, que são descritos a seguir.
Uma forma simples e tradicional de isolar tráfegos dentro de uma rede Ethernet é utilizar lans
virtuais, conforme o padrão 802.1Q. Cada lan virtual é identificada por um número de 12 bits.
Numa rede Metro Ethernet este conceito não é escalável, já que cada usuário possuiria suas
VLANs, e dois usuários não poderiam escolher o mesmo número (identificador/ VLAN-ID)
para suas respectivas VLANs. Para estes casos foi criada uma forma de colocar Vlans dentro
de uma Vlan: 802.1ad – Provider Bridge, Stacked VLAN, VLAN Tunneling, QinQ. Assim,
uma VLAN do cliente (C-VLAN – Customer VLAN) é encapsulada (tunelada) dentro de
outra VLAN (S-VLAN – Service VLAN), a VLAN do provedor.
Neste caso, são acrescentados 4 bytes no quadro original do cliente: 2 bytes correspondentes
ao tipo de S-VLAN (88A8H) e outros 2 bytes correspondentes ao TCI da VLAN do provedor.
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A solução de Provider Bridge, embora forneça 4096 VLANs de Servidor (S-VLANs), ainda
limita a quantidade de circuitos virtuais para uma rede metropolitana. Além disso, a
quantidade de endereços MAC que os switches da rede Metro Ethernet precisam armazenar é
enorme, implicando em gigantescas quantidades de memória e gasto enorme de tempo para
consultá-las.
O PBB provê a segurança da rede, dos serviços e das aplicações, já que isola os
endereçamentos do cliente e do servidor. A operação fica simplificada pela independência das
VLANs e dos endereços MAC dos clientes e dos servidores. O custo dos switches
intermediários diminui, pois precisam aprender apenas os endereços MAC do backbone. E
ainda, como já foi visto, o PBB resolve o problema de escalabilidade que havia no QinQ
(PIACENTINI; FRAULOB, 2006).
Numa rede Ethernet com vários switches e caminhos redundantes utilizam-se variantes do
protocolo STP para eliminar os loops. O uso de MSTP, por exemplo, limita a Engenharia de
Tráfego a usar os caminhos determinados pelo MSTP. Além disso, nessas redes as tabelas de
encaminhamento “MAC-porta_de_destino” são confeccionadas com mecanismos de flooding
e broadcasting.
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Esta proposta foi chamada de PBB-TE (Provider Backbone Bridged Traffic Engineering) pelo
IEEE (802.1Qay) e de PBT pela Nortel. Foi a Nortel quem inicialmente propôs esta
tecnologia (CECHIN, 2009).
O PBT provê túneis Ethernet que permitem entrega de serviçõs determinísticos, Traffic
Engineering, Qualidade de Serviço, Resiliência e OAM (Operation Administration and
Maintenance) (CECHIN, 2009).
No PBT são criados dois caminhos entre as duas pontas do enlace, um caminho principal e
outro de proteção. Em intervalos de 10 ms (configurável) as pontas do enlace enviam e
escutam mensagens de checagem de conectividade. Se não receber três mensagens
consecutivas pelo caminho principal, será ativado o caminho de proteção. Desta forma, a
solução atua com tempos inferiores aos 50 ms típicos de redes SDH (PIACENTINI;
FRAULOB, 2006).
O PTB não oferece o serviço de E-LAN, já que estabelece links ponto-a-ponto, e este serviço
pode ser feito através de um conjunto de links ponto-a-ponto.
O Resiliant Packet Ring foi apresentado em 2004 pelo IEEE (802.17). Trata-se de uma
solução de dois anéis de comunicação para o transporte de quadros Ethernet.
O RPR pode atender LANs, MANs e WANs. É constituído de dois anéis contradirecionais
sempre ativos. No anel oposto aos dados são transmitidas mensagens de controle. O tamanho
dos pacotes vai de 80 a 16 quilobytes, e as estações são identificadas por endereços MAC.
Ocorrem transmissões simultâneas nos dois anéis segundo um algoritmo de menor distância,
conforme exemplificado na figura 14, na página a seguir. O pacote é retirado no destino
(ROCHOL9, 2009).
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roteadores IP. É simples e econômico, eliminando redundâncias de protocolos intermediários
herdados, como Frame Relay, ATM e IP over SDH (ROCHOL, 2009).
Ringlet 0
2
1 Ringlet 1
3
9
Conceito de Reutilização Espacial
O EAPS foi padronizado tanto pelo IETF (RFC 3619) quanto pelo ITU-T (G.8031/Y.1342).
Trata-se de uma solução de redundância e, portanto, de alta disponibilidade para redes Metro
Ethernet com chaveamento de caminho muito mais rápido que as variantes do STP. Cada
VLAN possui dois caminhos: o primário e o secundário. EAPS só funciona em circuitos em
anel.
Num anel são criados vários domínios, e cada domínio possui um “nó principal” e vários nós
de trânsito. Cada nó possui uma porta principal e uma secundária. As duas portas enviam
tráfego de controle para o nó principal, mas só a porta primária envia tráfego de dados para o
nó principal. Se ocorrer uma falha no caminho principal, ela será comunicada ao nó principal,
que habilitará receber dados pela porta secundária e avisará todos os nós trânsito sobre a
mudança de topologia. A alteração de rota ocorre num tempo de aproximadamente 50 ms. Um
switch pode pertencer a mais de um domínio e, por conseguinte, a vários anéis.
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Maiores detalhes sobre EAPS podem ser obtidos em http://tools.ietf.org/html/rfc3619.
4.6 LABORATÓRIOS
4.6.1 QinQ
4.6.2 PBB
4.6.3 EAPs
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REFERÊNCIAS
BARRET, Diane; KING, Todd. Redes de Computadores. Rio de Janeiro: LTC, 2010.
FURUKAVA. Redes FTTH: GePON da Furukawa chegam para atender a nova demanda do
mercado de TV a Cabo no Brasil. 9 ago. 2011. Disponível em:
<http://www.furukawa.com.br>. Acesso em: 15 ago. 2011.
______. Media Access Control (MAC) Bridges, Standard 802.1d, Edição 1998.
______. Media Access Control (MAC) Bridges, Standard 802.1d, Edição 2004.
______. Media Access Control (MAC) Bridges, Standard 802.1Q, Edição 2005.
______. Media Access Control (MAC) Bridges, Standard 802.1w, Edição 2001.
PIACENTINI, Edgar J.; FRAULOB, Davi M. Metro Ethernet. 2006. Disponível em:
<http://www.sj.ifsc.edu.br/~msobral/RCO2/docs/casagrande/MODULO3/cap11/Metro_Ether
net_2006.pdf>. Acesso em: abr. 2011.
______. 9. Resiliant Packet Ring. Apostila do Curso de Extensão Metro Ethernet – Fatec,
2009.
SANTIDORO, Ralph. Metro Ethernet Services: a technical overview. 2003. Disponível em:
<http://metroethernetforum.org/PDF_Documents/metro-ethernet-services.pdf >. Acesso em:
abr. 2011.
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