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Homologia entre a mais valia da economia política e o mais de gozar na

economia de gozo.

Depois Lacan faz o matema do discurso capitalista. Tem discussão sobre se o

discurso capitalista se sustentaria como um discurso.

Noção de "hápax" - tem o registro da palavra, esse registro é inequívoco, mas só tem

aquele registro. O matema do discurso capitalista é um hápax, porque só tem uma

aparição em Lacan.

O hápax é quando se está pesquisando uma civilização e encontra um registro, uma

expressão, que você não tem como contestar que surgiu, há aquele registro, está

nítido. Porém, em nenhuma pesquisa posterior surgiu essa expressão, esse símbolo,

esse registro.

O matema do discurso capitalista é meio isso, porque não se discute que houve, mas

não há nenhum outro registro em Lacan onde aparece esse matema.

Relação do S1 com S2 e de a com o sujeito barrado fica alterada. A relação do a com

o sujeito barrado nos interessa mais aqui.

Com o matema do discurso capitalista ele burla o impossível - o que é impossível, por

isso talvez o discurso capitalista não se sustente enquanto discurso.

O que o capitalismo propõe é a foraclusão da castração - que para o Fábio não se dá,

a castração segue.

Interessante a leitura da castração como estruturante, não localizando isso como a

perda do pênis - localizar isso como a perda do pênis é uma leitura, neurótica. O

complexo de édipo é uma maneira neurótica para lidar com a castração, que é algo

mais primitivo e inerente ao encontro com a linguagem. O édipo é uma historinha do

neurótico para lidar com isso.

A promessa do capitalismo é que a mercadoria contém o mais de gozar.

Lacan fala que o capitalismo está fadado ao fracasso, concordando com Marx.
Marx diz que cada modo de produção produz a condição de sua própria ruptura.

O capitalismo produz concentração de capital. Nesse processo, os capitalistas maiores

engolem os menores. A desigualdade vai ficar tamanha que a massa explorada vai

promover uma revolução, é isso que Marx fala em “O Capital”.

Mais de gozar como renúncia ao gozo.

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