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UNIVERSIDADE WUTIVI

Faculdade de Engenharia, Arquitectura e Planeamento Físico

Engenharia de Minas

Sistema de Carga e Transporte

Memoria Descritiva

Discentes: Amelia Nhanissane

Anicha Ibraimo

Chaquila Ussene

Cleidy Nuvunga

Edilson Magaia

Luísa Chacha

Do
cente: Edson Nhanombe

Boane, Dezembro de 2020


Índice

1. Introdução
2. Método em Cava
3. Deposito hidrotermal
4. Desmonte
5. Sistema de Carga e Transporte
6. Equipamentos
7. Beneficiamento Mineral
8. Sistemas de esgotos
9. Higiene e Segurança
10.Impactos Ambientais
11.Conclusão
12.Referencia bibliográfica
1. Introdução

O presente trabalho aborda sobre uma memoria descritiva de uma mina a ceu aberto onde se
realiza a extracção de um sulfeto de cobre. Memoria descritiva é um documento que consta todas
as operações, processos e equipamentos usados na Mina. Desde as Operações unitárias, as
auxiliares ate o Beneficiamento do nosso minério extraído. A memoria descritiva baseia-se em
uma mina em cava. A lavra em cava esta abaixo da cota topográfica original, tomando a mina
um grande reservatório, necessitando de bombeamento para o esgotamento de agua.
2. Método em Cava

As escavações usando o método de cava a extração é feita na superficíe de cima para baixo. A
lavra em cava esta abaixo da cota topográfica original, tomando a mina um grande reservatório,
necessitando de bombeamento para o esgotamento de agua.

Este método é aplicado a minérios ou minerais relativamente perto a superficíe, os minérios que
podem ser extraidos atrávez deste método são: Betume, Argila, carvão, cobre, coquina,
diamantes, ferro, Ouro, Cascalho e rocha firme, granito, gritstone, gesso, calcário, Mármore,
Molibdênio, Prata, Urânio, Fosfato.

Segundo Angolo American a cava em bancadas normalmente apresenta um tamanho entre quatro
e sessenta metros dependendo das máquinas usadas para extracção.

Fig.1. Lavra em bancadas(Cavas)


3. Deposito hidrotermal

Os depósitos originados a partir de soluções quentes são muito abundantes, mineralizações


desse tipo normalmente ocorrem a grandes profundidades, seja na crosta continental ou no
fundo do mar. Milhões de anos depois de formados, quando as rochas são expostas a superfície
pela ação dos processos de soerguimento do terreno e erosão, as soluções hidrotermais
responsáveis pela formação e deposição dos metais deixam de existir.

Os depósitos hidrotermais são classificados em:

(i) singenéticos, são formados ao mesmo tempo que as rochas hospedeiras;

(ii) epigenéticos, o minério é depositado após a formação das rochas hospedeiras ou após
outros eventos mineralizantes.

Os depósitos minerais em veios de quartzo são epigenéticos e apresentam geometrias


complexas e distribuição errática de teores. Incluem a maioria dos depósitos de ouro e de prata
do mundo e alguns depósitos de cobre e zinco. Os minerais de minério são Au e Ag nativos,
sempre acompanhados de sulfetos (pirita, calcopirita, arsenopirita, bismutinita, molibdenita) e
teluretos (calaverita – AuTe2 e silvanita – Ag, Au Te2).

4. Desmonte
4.1. Desmonte por explosivos

Realizado por meio de dispersao de gases ocorrida no interior dos furos das bancadas apos a
combustao do explosivo. O desmonte de rochas tem como sua principal caracteristica e a
fragmentacao e distribuicao granulometrica do macico rochoso adequadas, permitindo o
carregamento, transporte, manuseio e benefeciamento eficientes e apropriados.

4.2. Perfuratriz DM45/HP

Uma perfuratriz rotativa de passos multiplos, com cabeçote hidráulico e montada sobre esteiras
especificamente projectada para perfuração de rotativa/percussiva do furo de detonacao com
profundidade maxima de ate 54,9 m e diametro maximo de 5-7polegadas.
4.3. Explosivo

O ANFO é um explosivo granulado universalmente conhecido, sigla em inglês que significa


Nitrato de Amônio + Óleo Combustível (Diesel). A sua proporção ótima para mistura pura e
simples é 94,5 % de nitrato de amônio a 5,5 % de óleo diesel, em peso. As vantagens da
utilização do ANFO são: ocupar por inteiro o volume do furo, altamente insensível ao choque,
reduzida produção de gases tóxicos e minimização do custo dos explosivos.

4.4. Malha de Perfuração


Triangular
 Um modo de malha estagiada mais com uma relcao porpria de E/A
 Mais dequado para rochas duras
 Boa distribuicao de enrgia do explosive
 Os espacoes vazios recebem igual aos furos circundantes

4.5. Perfuração inclinada

Vantagens

 Melhor fragmentação
 Redução de falhas
 Mais estabilidade da face das bancadas

Desvantagens

 Menor produtividade da perfuratriz


 Maior desgaste da broca, haste e estabilizadores
 Maior custo de perfuração
4.6. Elementos de uma bancada

Berma: é feita para a divisão do talude geral, quebra sua continuidade e possui
dimensões e posicionamento em níveis adequados. Serve de acesso aos diferentes
níveis.

Ângulo de talude entre bermas: é o ângulo que a face do banco faz com a
horizontal. O seu valor é definido em função do equipamento de escavação e do
material a ser escavado, no caso do ferro o valor varia entre os 60-70º .

• Largura da berma: é dimensionada de maneira tal que permita o acesso de


equipamentos destinados à remoção dos materiais desmontados, no caso da
exploração de ferro possui um valor entre 18-30 m.

• Altura da bancada: deve ser tal que qualquer perturbação do equilíbrio dos níveis
tenha efeitos apenas locais, além de adequado ajuste entre a escala de produção
desejada e os equipamentos de lavra disponíveis. Varia entre os 9-14 m na exploração
de ferro.

• Pé do banco: Intersecção da fase do talude com as bermas inferiores.

• Crista do banco: Intersecção da fase do talude com as bermas superiores.

Para reduzir a relação estéril/minério, o ângulo de talude deve ser o mais íngreme possível, sendo
atendidos os critérios de segurança estabelecidos pelos estudos geotécnicos. Algumas das
dimensões usuais dos bancos em minas a céu aberto para maciços rochosos bem consolidados,
de acordo com os tipos de minério, são mostradas na tabela.
Tab.1.

A nossa bancada compreende uma altura de 15m, largura de 31m e o Angulo da face de talude
54⁰.

É importante salientar também que para manter a estabilidade dos taludes na lavra, cada bancada
deve ser desenvolvida com uma abertura ou raio menor que aquela situada imediatamente acima.

5. Sistema de Carregamento e Transporte


5.1. Pás carregadeiras e Shovel

A força de escavação é uma das maiores vantagens que uma pá carregadeira pode oferecer. Pois,
é esta força que proporciona a possibilidade do peso suportado, podendo ser pego directamente
do solo e carregado posteriormente a seu destino.

5.2. Fora de Estrada e Caminhões Basculantes

O tipo de transporte que foi usado é o rodoviário no qual foram aplicados caminhões comuns e
fora de estrada porque são unidades de transporte de baixo volume, média distância e alto custo
unitário e a sua limitação no raio da operação aproximadamente 6km.

A área a ser extraída apresenta uma estrada estabilizada, contudo aplicou-se o transporte com
pneus.

O transporte por caminhões consiste basicamente de um ciclo produtivo em que o equipamento


viaja carregado e vazio durante a operação de transporte de material da mina.
6. Equipamentos

Para o abatimento total das árvores incluindo as suas raízes, o tractor de lâmina(Buldózer) foi o
equipamento seleccionado para essa tarefa.

De seguida é aplicado o destocador para a remoção da parte que permanece enterrada depois da
árvore ter sido removida. E por final usa-se a corrente para a retirada de arbustos e/ou árvores de
pequeno porte, para este fim é usado dois tractores do mesmo modelo que trabalham em
paralelo.

O método de descobertura aplicado foi o Truck-shovel pelas seguintes razões:

 A cobertura é a rocha que quebra em pedaços angulares e largos.


 Existe um acesso limitado à frente de operação.
 As estradas existentes são pequenas e com inclinações íngremes.
 É necessária extrema mobilidade e flexibilidade nas operações.
 O transporte é de média distância

7. Instalações auxiliares
8. Processamento/Beneficiamento Mineral
8.1. Britagem

Na mineração de cobre o circuito típico de cominuição é constituído por britagem primária.


A britagem primária é a primeira etapa de cominuição na planta de beneficiamento. A
maioria dos britadores primários empregados na mineração de cobre é do tipo giratório,
por possuir grande capacidade e receber todo o fluxo, não necessitando de escalpes
(prévia separação da fração grossa).
A alimentação da britagem primária é realizada através da descarga de caminhões fora
de estrada diretamente na moega de alimentação do britador. A moega faz o
direcionamento do minério para a boca do britador e geralmente tem volume suficiente
para comportar 2 descargas de caminhões. O britador fica localizado logo
abaixo da moega.
A função principal do britador é possibilitar a redução de grandes blocos com
dimensões em torno de 1m para tamanho próximo a 200 mm de modo a propiciar o
transporte através de correias transportadoras e possibilitar a alimentação da moagem
SAG.
O material britado é recolhido na moega inferior e então retomado através de
alimentador de placas que transfere o minério britado para o sistema de transportadores.

8.2. Moagem (bolas/SAG)


A moagem é a etapa necessária para propiciar a liberação dos minerais de cobre
presentes no minério. Os minerais de cobre devem estar fisicamente independentes dos demais
minerais sem interesse, como sílica, pirita.
O produto da britagem primária constituí a alimentação nova do moinho SAG. O
material moído, produto da moagem SAG é descarregado em peneira classificadora
(vibratória inclinada). O corte da peneira é geralmente de 12 mm. O objetivo é retirar os
pebbles, que ficam retidos e seguem para a britagem de pebbles, realizada em britadores
de cone. Por facilidade de manuseio através de transportadores (em função da
granulometria) e pelo fato do moinho de bolas ser alimentado com polpa, o produto da
britagem de pebbles retorna para alimentar a moagem SAG, fechando o circuito. O
passante da peneira é bombeado para alimentar a classificação realizada em
hidrociclones. O overflow segue para a flotação. O underflow alimenta a moagem de
bolas por gravidade. O produto da moagem de bolas se junta com o passante do
peneiramento para alimentar a classificação em ciclones (Rosa, 2006).
No beneficiamento de minérios de cobre, o moinho SAG é muito utilizado. Para
liberação dos minerais de cobre antes da etapa de flotação, é necessário reduzir todo o
minério até tamanhos próximos entre 200 e 100 μm e até menores dependendo da
liberação mineral.
O moinho SAG trabalha com corpos moedores, na faixa de 6% a 15% em volume, o
que aumenta a capacidade de moagem e a energia necessária para o acionamento. O
volume total ocupado pela carga (minério, bolas e água) chega a 30% do volume do
moinho.

8.3. Flotação de Sulfetos


A flotação é a etapa de concentração mais utilizada nos processos de enriquecimento
mineral. A etapa de flotação é a base do processo de beneficiamento mineral de vários
metais.
A flotabilidade da calcopirita (CuFeS2) é influenciada pelo nível de oxidação da
superfície mineral que está diretamente ligada ao grau de aeração a que a polpa mineral
é submetida.

8.4. Separação Sólido/Líquido


O concentrado obtido na etapa de flotação é uma polpa com geralmente 25-30% de sólidos em
peso e deve ser processado para facilitar o manuseio, ser estocado e transportado
economicamente para posteriormente alimentar a etapa de extracção metalúrgica. O objectivo é
produzir um concentrado em torno de 8-10% de umidade. Na unidade de beneficiamento mineral
são utilizadas as operações unitárias de espessamento e filtragem. O espessamento recebe polpa
diluída, 25-30% de sólidos em peso e com a ajuda de floculantes, consegue processar o
concentrado até 60-65% de sólidos em peso, e com consequente recuperação de água para o
processo.
8.5. Metalurgia Extractiva
Dependendo do tipo de minério de cobre encontrado na natureza, o beneficiamento e o
seus tratamentos metalúrgicos terão rotas diferentes de processamento. De forma geral
existem dois meios para extração do cobre. O processo pirometalúrgico, aplicado para
minerais sulfetados, e o processo hidrometalúrgico que pode ser utilizado para os
minerais oxidados e também para os sulfetados.

8.5.1. Pirometalurgia

As plantas pirometalúrgicas também conhecidas como Smelters produzem cobre metálico


através de várias etapas com transformações químicas. A primeira etapa é chamada de redução e
tem por objectivo oxidar o enxofre e o ferro presentes no concentrado para formar uma fase
fundida rica em cobre, chamada mate e outra fase fundida, pobre em cobre chamada de escória.
A redução é realizada em fornos específicos com injecção de ar enriquecido com oxigénio.

Como produtos da redução são obtidos o mate, liga com o máximo possível de cobre (45-75% de
Cu), a escória com o mínimo possível de cobre e o gás SO2 que na maioria dos casos é
aproveitado para a produção de ácido sulfúrico. O mate segue para a etapa de conversão e a
escória é tratada para a recuperação de cobre, sendo depois reaproveitada ou descartada.

O blister (cobre metálico) segue então para a etapa de refino a fogo e posteriormente para o
refino eletrolítico. Em seguida o cobre segue para as etapas de conformação para produção dos
semi-acabados.

9. Sistemas de Esgotos

10. Higiene e Segurança


11. Impactos ambientais numa mina de cobre
A produção do metal de alto teor requisitado utiliza métodos altamente poluentes. Assim, a
maior demanda por cobre refinado também aumenta a pressão sobre o meio ambiente. O
processo de fundação utiliza temperaturas de 200˚C para separar o Cobre do Sulfeto e dos óxidos
que eles contem, restando somente o metal.
O produto refinado é então colocado em um molde e transformado em um pó preto concentrado
ou e embarcado em blocos. Esse processo emite grandes quantidades de resíduos, partículas e
óxidos de enxofre, que podem ter efeitos nocivos a saúde e ao meio ambiente e pode vir a causar
doenças aos habitantes próximos e aos trabalhadores.
Impacto visual;
Poeira;
Vibrações;
Ruídos;
Ultralaçamentos;
Geração de grandes volumes de estéril-rejeito.

Formas de mitigação
Planeamento de lavra;
Plano de reabilitação;
Recuperação;
Monitoramento.
12. Conclusão

A lavra por bancos constitui um método de produção de grande escala, proporciona altas taxas de
produção e é responsável por mais de 60% de toda a produção a céu aberto. Esse método se
adequa à utilização de equipamentos de grande porte, de produção em massa (método altamente
mecanizado), mas, por outro lado, requer altos investimentos iniciais e elevados custos para a
manutenção satisfatória das operações.
13. Referencias Bibliográficas

https://www.ofitexto.com.br/comunitexto/lavra-por-bancadas/

https://www.passeidireto.com/arquivo/44270084/apostila-de-planejamento-de-lavra/20

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