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22 de Dezembro de 2020 Boletim Ciência de Verdade N.

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Boletim Ciência de Verdade


UM PASSO PARA INCENTIVAR A LEITURA

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desenvolvermos um contato mais próximo e ao mesmo tempo enviar textos traduzidos de diversas
fontes, incluindo trechos de livros, artigos entre outras informações.

Neste segundo boletim é apresentada a tradução do artigo intitulado “Mitos do Vegetarianismo”


publicado originalmente na Townsend Letter for Doctors & Patients , em julho de 2000, e apresentado de
posteriormente de forma revisada em Janeiro de 2002 pela Welston A. Price Foundation. O autor do
artigo, o Dr Stephen Byrnes foi um nutricionista e naturopata formado pela Australasian College, nos
Estados Unidos, e pelo Canadian Alternative Medicines Research Institute , no Canadá. Além disso, fez
doutorado no Alternative Medicines Research Institut . Ele teve mais de 100 artigos publicados em
revistas e periódicos profissionais, e escreveu quatro livros.

O artigo é um pouco grande, porém, as informações do mesmo são importantes nos dias de hoje,
principalmente com a grande quantidade de desinformação proliferada por propagandas e por ideologias
que se dizem pró-natureza sem avaliar as consequencias da destruição dos solos pela exploração
exagerada de grãos de forma indiscriminada.

O link para a publicação original se encontra no final do texto.

Boa leitura. Um abraço,

Afonso

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MITOS DO VEGETARIANISMO
Stephen Byrnes

Tradução revisada de: Welston Price Foundation, texto de 31 de dezembro de 2002. Esse texto foi
publicado originalmente no “Townsend Letter for Doctors & Patients”, em Julho de 2000.

Nota: O Boletim Ciência de Verdade não tem relação com a Welston A. Price Foundation,
porém, essa fundação é indicada por ser rica em conhecimentos importantes. Desta forma,
viste o site da fundação e conheça mais sobre a mesma em https://www.westonaprice.org/

Junto com o temor sem justificativa e sem embasamento científico, desenvolvido nas últimas décadas,
contra gordura saturada e colesterol, surgiu a idéia de que o vegetarianismo é uma opção alimentar
mais saudável para as pessoas. É como se todos os peritos em saúde e autoridades governamentais da
área estivessem incitando as pessoas a comer menos produtos de origem animal e a consumir mais
legumes, grãos, frutas e verduras. Estas exortações são acompanhadas de afirmações e estudos
supostamente provando que o vegetarianismo é mais saudável às pessoas e que o consumo de carne
está relacionado a doença e morte. No entanto, diversas autoridades questionaram estes dados, mas
suas objeções foram totalmente ignoradas.

Como veremos, muitas das alegações vegetarianas não possuem comprovação, e algumas são
simplesmente falsas e perigosas. Existem benefícios da alimentação vegetariana para determinados
quadros de saúde, e algumas pessoas atuam melhor com menos gordura e proteína, mas, como um
profissional que teve de cuidar de vários ex-vegetarianos e ex-veganos (vegetarianos completos), sei
muito bem os efeitos perigosos de uma alimentação isenta de produtos saudáveis de origem animal.
Espero que todos os leitores avaliem mais cuidadosamente sua postura em relação ao vegetarianismo,
após a leitura deste texto.
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Mito Nº 1: O consumo de carne é um dos responsáveis pela


crise de fome e exaure os recursos naturais da Terra.

Alguns vegetarianos alegam que a criação de animais demanda pastagens que poderiam ser usadas
para o plantio de grãos para alimentar a população faminta dos países do Terceiro Mundo. Também é
alegado que alimentar animais é uma das causas responsáveis pela fome mundial, porque a criação de
animais consome alimentos que poderiam ser direcionados para alimentar seres humanos. Portanto, a
solução à fome mundial seria as pessoas se tornarem vegetarianas. Estes argumentos são ilógicos e
simplistas.

O primeiro argumento despreza o fato de que cerca de 2/3 das terras de nosso planeta são
inadequados para o plantio. Primordialmente, são as áreas abertas, desérticas e montanhosas que
fornecem alimento para o pastoreio de animais, e a terra está atualmente sendo bem aproveitada.
[Minha Observação: Lembre-se que não é possível plantar soja ou trigo em áreas montanhosas, mas
essas mesmas áreas podem ter pastos para vacas leiteiras e gado de engorda!]

O segundo argumento também é falho, porque ignora as contribuições vitais que a criação de animais
faz ao bem-estar da humanidade. Também está equivocado ao pensar que o alimento crescido no solo
e dado como alimento à criação animal poderia ser aproveitado para alimentar seres humanos:

“Devido ao fato de a população mundial estar crescendo mais rapidamente do que o


suprimento de alimentos, há muitos pensando que estamos nos tornando cada vez menos
capazes de sustentar alimentos de origem animal, porque alimentar os animais com
produtos vegetais é um uso ineficaz do potencial como alimento humano. É verdade que é
mais eficaz humanos comerem produtos de origem vegetal diretamente, ao invés de
deixarem os animais converterem-nos em alimento humano. Na melhor das hipóteses, os
animais produzem um quilo ou menos, para cada três quilos de plantas consumidos.
Entretanto, esta ineficácia se aplica somente às plantas e produtos de origem vegetal que o
ser humano consegue utilizar. O fato é que mais de dois terços do alimento destinado
a animais são substâncias ou indesejáveis ou completamente inadequadas como
alimento humano. Assim sendo, por sua capacidade de converter materiais vegetais não
comestíveis em alimentação humana, os animais não apenas não competem com os
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humanos, mas também auxiliam enormemente, aumentando tanto a quantidade quanto a


qualidade da alimentação das sociedades humanas.”

Ademais, atualmente, existe alimento cultivado mais do que o suficiente no mundo para alimentar
todas as pessoas do planeta. O problema é que a pobreza largamente disseminada torna impossível a
muitas pessoas pobres obter a comida. Em um relatório abrangente, o Population Reference Bureau
atribuiu o problema da fome mundial à pobreza, não ao consumo de carne. Além disso, o relatório
não considerou o vegetarianismo em massa como uma solução para esse problema.

Todavia, o que realmente aconteceria, se a criação de animais fosse abandonada, a favor da


agricultura em massa, ocasionada pela adesão da humanidade ao vegetarianismo?

Se um grande número de pessoas passar ao vegetarianismo, a demanda por carne nos Estados Unidos
e Europa se declinaria, o suprimento de grãos aumentaria drasticamente, mas o poder aquisitivo das
pessoas pobres na África e Ásia não mudaria em nada.

O resultado seria bem previsível: haveria um êxodo em massa das áreas de cultivo. Enquanto que,
hoje, a quantidade total de grãos produzidos poderia alimentar 10 bilhões de pessoas, a quantia total
de grãos produzidos neste mundo pós-carne provavelmente regrediria a cerca de 7 ou 8 bilhões.

Em outras palavras, haveria menos alimento disponível para o mundo comer. Adicionalmente, a
monocultura de grãos e legumes, que é o que ocorreria se a criação de animais fosse abandonada e
mundo produzisse exclusivamente alimento de origem vegetal para sua alimentação, o solo se
exauriria rapidamente, e seria necessário o uso intensivo de fertilizantes artificiais, uma tonelada
que requer dez toneladas de óleo bruto para produzir.

Tanto quanto o impacto em nosso ambiente, um olhar mais de perto revela o grande estrago que a
plantação em massa e exclusiva faria. O produtor de laticínios orgânicos e pesquisador inglês Mark
Purdey aponta sabiamente que, se “fosse para os sistemas agrícolas veganos ganharem posição no solo,
então, o uso agroquímico, a erosão do solo, as culturas de rendimento, as paisagens de pradarias e a saúde
debilitada cresceriam vertiginosamente”.

Ray Audette, autor de Neanderthin, concorda com esta visão:

“Desde os tempos antigos, o fator mais destrutivo ao meio-ambiente tem sido a


monocultura agrícola. A produção de trigo na antiga Suméria transformou
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planícies outrora férteis em salinas que permanecem estéreis, 5.000 anos depois.
Assim como exaure tanto os recursos dos solos quanto os das águas, a
monocultura agrícola também causa danos ambientais, por alterar o delicado
equilíbrio dos ecossistemas naturais. A produção mundial de arroz, em 1993, por
exemplo, provocou 155 milhões de caos de malária, por ocasionar áreas de procriação para
mosquitos nos arrozais.”

De qualquer forma, não há muita dúvida de que os métodos de produção comercial, se de plantas ou
de animais, causam prejuízos ao ambiente. Com o uso intenso de agroquímicos, pesticidas,
fertilizantes artificiais, hormônios, esteróides e antibióticos, comuns na agricultura moderna,
necessita-se ser descoberta uma forma melhor de integrar criação animal com agricultura. Uma
possível solução poderia ser o retorno à “produção mista”, descrita abaixo.

O consumidor instruído e o produtor esclarecido, juntos, podem promover um retorno da produção


mista, onde o cultivo de frutos, verduras e grãos é combinado com a criação de animais e aves, de
maneira eficiente, econômica e ecológica. Por exemplo, os frangos criados em regime aberto, em
quintais, comendo insetos e pragas e fornecendo ovos de alta qualidade. Ovelhas pastejando em
pomares, evitando o uso de herbicidas; e vacas pastando em bosques e outras áreas marginais,
fornecendo leite puro, rico, tornando estas terras economicamente viáveis ao produtor. Não é o
cultivo que leva à fome e à inanição, mas as práticas agrícolas imprudentes e os sistemas de
distribuição.

A “produção mista” é também mais saudável ao solo, que produz mais, se cuidado conforme as
orientações tradicionais. Mark Purdey apontou com precisão que os campos de colheita em uma
produção mista proverão até cinco safras ao ano; enquanto que um “mono-plantio”, uma ou duas.
Qual produção está gerando mais alimento às pessoas no mundo? Purdey pontuou bem os horrores
ecológicos da “produção em bateria” e vislumbrou soluções futuras, dizendo:

“Nossas autoridades governamentais da área agrícola fariam muito bem em declarar


ilegal a produção obcecada pelo lucro, usando unidades de confinamento animal, com
todos os seus desperdícios, crueldade deplorável, sistema de chorume anti-ozônio,
imunotoxicidade induzida por drogas e substâncias químicas, resultando em “doença da
vaca louca” e salmonela, degradação das florestas tropicais etc. Nossa direção futura deve
abraçar o meio de produção alegre e saudável das produções mistas, ressuscitando o
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velho sistema tradicional extensivo como esquema básico e, então, reforçando a


produtividade às demandas do dia de hoje pela incorporação de uma aplicação mais
atualizada de ciência biológica nestes sistemas de produção.”

Desta forma, a criação de animais, quando adequadamente executada, não danifica o meio-ambiente.
Também não parece que adotar o vegetarianismo ou depender da agricultura para suprir o mundo
com alimento sejam idéias praticáveis ou ecologicamente sábias.

Mito nº 2: A vitamina B12 pode ser obtida de fontes de


origem vegetal.

De todos os mitos, talvez este seja o mais perigoso. Enquanto lacto e ovo-lacto-vegetarianos possuem
fontes de vitamina B12 em sua alimentação (de laticínios e ovos), os veganos (vegetarianos plenos)
não as possuem. Veganos que não suplementam sua alimentação com vitamina B12, mais adiante,
desenvolverão anemia (um distúrbio de saúde fatal), bem como danos graves aos sistemas nervoso e
digestivo. Muitos, senão todos os veganos, apresentam metabolismo debilitado de B12, e todos os
estudos com grupos veganos demonstraram baixas concentrações de vitamina B12 na maioria dos
indivíduos (Rauma et al. 1995, Crane et al. 1994, Chanarin et al. 1985, Donaldson 2000).
Diversos estudos têm documentado carência de B12 em crianças veganas, freqüentemente com
conseqüências terríveis (Ashkenazi et al. 1987, Cheron et al. 1989, Kuhne et al. 1991, Wighton
et al. 1979). Adicionalmente, alegações são feitas na literatura vegana e vegetariana de que a B12 está
presente em certas algas, no tempê (produto de soja fermentada) e no levedo de cerveja. Todos os
casos não se tratam de vitamina B12, encontrada somente em alimentos de origem animal. Levedo de
cerveja e outras leveduras nutricionais não contêm naturalmente B12. São sempre enriquecidos por
uma fonte externa.

Não existe B12 real em fontes de origem vegetal, mas análogos a B12. São parecidos à verdadeira B12,
mas não são exatamente o mesmo e, por causa disso, não são bio-disponível (Dagnelie, et al. 1991,
Lazarides 1997, Herbert 1988). Deve-se notar, neste ponto, que estes análogos à B12 podem
comprometer a absorção da verdadeira vitamina B12 pelo corpo, devido à absorção competitiva,
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colocando veganos e vegetarianos que consomem grande quantidade de soja, algas e levedos a um
risco maior de carência desta vitamina (Baille 1987, Smith 1972).

Algumas autoridades vegetarianas alegam que a B12 é produzida por certas bactérias fermentantes no
intestino delgado. Isto pode ser verídico, mas é uma forma não aproveitável pelo corpo. A B12
necessita de fator intrínseco, localizado no estômago, para sua devida absorção. Uma vez que o
produto das bactérias não possui o fator intrínseco para se ligar a ele, não pode ser absorvido ( Dunne
2001).

É verdade que veganos hindus, vivendo em certas partes da Índia, não sofrem de carência de vitamina
B12. Isto levou alguns a concluírem que alimentos de origem vegetal fornecem, sim, esta vitamina.
Esta conclusão, entretanto, é errônea, porquanto muitos insetos pequenos, suas fezes, ovos, larvas
e/ou resíduos, são deixados nos alimentos de origem vegetal que estas pessoas consomem, por causa
da abstinência do uso de pesticidas e por causa de métodos de limpeza ineficientes. Esta é a maneira
como estas pessoas obtêm sua vitamina B12. Esta querela nasceu do fato de, quando hindus indianos
veganos posteriormente migraram para a Inglaterra, eles contraíram anemia megaloblástica, poucos
anos depois. Na Inglaterra, o suprimento de alimento é mais limpo, e os resíduos de insetos são
completamente removidos dos alimentos de origem vegetal (Abrams 1980, Rose 1976).

As únicas fontes confiáveis e assimiláveis de vitamina B12 são produtos de origem animal,
principalmente carne de órgãos e ovos (Groff & Gropper 1999). Embora presente em menor
quantidade do que em carne e ovos, laticínios contêm B12. Portanto, veganos deveriam considerar
acrescentar laticínios em sua alimentação. Se estes não podem ser tolerados, ovos, preferencialmente
do tipo caipira, passam a ser uma necessidade real.

O fato da vitamina B12 ser obtida APENAS de alimentos de origem animal é um dos mais
fortes argumentos contra o veganismo ser uma forma “natural” de alimentação humana.
Hoje em dia, veganos evitam anemia pela suplementação de vitaminas ou alimentos enriquecidos. Se
estas mesmas pessoas tivessem vivido exatamente poucas décadas atrás, quando estes produtos não
eram disponíveis, eles simplesmente teriam morrido.
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Mito nº 3: Nossas necessidades de vitamina D podem


ser resolvidas com a luz solar.

Embora não seja um mito vegetariano em si, esse mito é amplamente difundido na crença de que
pode-se satisfazer as necessidades de vitamina D simplesmente pela exposição da pele aos raios
solares, por 15 a 20 minutos, algumas vezes na semana. Sempre existiram preocupações com carência
de vitamina D em vegetarianos e veganos, uma vez que este nutriente, em sua forma complexa plena,
é encontrado somente em gorduras animais (Price 1989), as quais veganos não consomem, e
vegetarianos mais moderados o fazem apenas em quantidades limitadas, devido a sua alimentação
isenta de carne.

É verdade que um número limitado de alimentos de origem vegetal, como alfafa, sementes de girassol
e abacate contêm a forma vegetal da vitamina D (ergocalciferol ou vitamina D2). Embora a vitamina
D2 possa ser usada para prevenção e tratamento do raquitismo em seres humanos, doença por
carência de vitamina D, é questionável se esta forma é tão eficaz quanto a D3, de origem animal
(colecalciferol). Alguns estudos mostraram que a vitamina D2 não é tão bem aproveitada quanto a D3
em animais (Horst et al. 1982), e estudos clínicos relataram resultados frustrantes, usando a
vitamina D2 para tratar distúrbios relacionados a carência de vitamina D (Sullivan 2002).

Embora a vitamina D possa ser criada por nossos corpos, por ação da incidência de luz solar em nossa
pele, é muito difícil obter quantidade adequada de vitamina D por uma breve exposição ao sol. Há
três faixas de radiação ultravioleta que são emitidas pelo Sol, chamadas de “A”, “B” e “C”. Apenas a
forma “B” é capaz de catalisar a conversão de colesterol em vitamina D em nossos corpos (Glerup et
al. 2000, Diffey 1991), e os raios UV-B estão presentes apenas em certos momentos do dia, em certas
latitudes e em certos momentos do ano (Sullivan 2000, Sayre et al. 1998). Além do mais,
dependendo da cor da pele, a obtenção de 200 a 400 IU de vitamina D a partir do Sol pode levar
períodos tão longos quanto duas horas de exposição contínua (Matsuoka et al. 1989). Portanto, um
vegano de pele escura achará impossível obter a melhor quantidade possível de vitamina D, expondo-
se ao Sol por 20 minutos, algumas vezes na semana, mesmo se o banho solar ocorrer durante aqueles
períodos restritos do dia e do ano, quando os raios UV-B estão disponíveis.

A dose diária recomendada para a vitamina D é de 400 IU, mas a pesquisa referencial de Dr. Weston
Price acerca de alimentação de nativos adultos saudáveis mostrou que o influxo diário de vitamina D
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(proveniente de alimentos de origem animal) era em torno de 10 vezes aquela quantia, ou seja, 4.000
IU (Price 1989). Price (1989) deu grande ênfase na vitamina D na alimentação, visto que sem esta
vitamina acaba sendo impossível utilizar minerais como cálcio, fósforo e magnésio.

Considerando que: (1) o raquitismo e/ou os índices de vitamina D foram bem documentados em
relação a muitos vegetarianos e veganos (Hellebostad et al. 1985, Zmora et al. 1979, Shinwell &
Gorodischer 1982, Millett et al. 1989, Lamberg-Allardt et al. 1993); (2) que gorduras animais ou
faltam ou são deficientes na alimentação vegetariana (bem como na das populações ocidentais em
geral que costumeiramente procuram cortar o consumo de gordura animal); (3) que a luz solar é
apenas uma fonte de vitamina D em determinados períodos de tempo e em certas latitudes; e (4) que
as recomendações nutricionais atuais para vitamina D são muito baixas; ENFATIZA-SE a necessidade
de haver fontes confiáveis e abundantes deste nutriente em nossa alimentação. As melhores fontes de
vítamina D incluem o óleo de fígado de bacalhau, a banha de porcos expostos à luz solar, o camarão,
o salmão selvagem, sardinhas, manteiga, laticínios integrais e ovos de galinhas alimentadas
apropriadamente.

[Minha Observação: Segundo a Bíblia, tanto o porco como o camarão são impuros, e por isso risquei
esses dois itens no parágrafo acima. A ciência sempre acaba se corrigindo com o tempo, e da mesma
maneira, eu penso que esses dois itens trazem mais maleficios do que benefícios. Por outro lado, esse
erro não invalida o restante do artigo.]

Mito nº 4: A necessidade do corpo por vitamina A pode


ser inteiramente satisfeita pelo consumo de alimentos
de origem vegetal.

A verdadeira vitamina A, ou retinol, e seus ésteres associados são encontrados apenas em gorduras
animais e órgãos, como fígado (Groff & Gropper 1999). Plantas contêm betacaroteno, uma
substância que o corpo pode converter em vitamina A, SE determinadas condições forem
satisfeitas (vide abaixo). Entretanto, betacaroteno não é vitamina A. É típico veganos e vegetarianos
(assim como os escritores sobre nutrição mais populares) dizerem que alimentos de origem vegetal,
como cenouras e espinafre, contêm vitamina A e que o betacaroteno é simplesmente tão bom quanto
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essa vitamina. Esse tipo de afirmação não é correta, muito embora o betacaroteno seja um fator
nutricional importante para os seres humanos.

A conversão de caroteno em vitamina A nos intestinos somente pode ocorrer com a


presença de sais biliares. Isto significa que deve ser comida gordura junto com os carotenos,
para estimular a secreção de bile. Adicionalmente, (1) crianças e portadores de hipotireoidismo, (2)
problemas de vesícula biliar ou (3) diabetes (que representam uma parcela significativa da população)
ou não podem realizar a conversão ou a fazem muito precariamente. Por último, a conversão
realizada pelo corpo de caroteno em vitamina A não é eficiente: a grosso modo, utilizam-se 6
unidades de caroteno para fazer uma unidade de vitamina A. Isto significa que uma batata-doce
(contendo cerca de 25.000 unidades de betacaroteno) proverá aproximadamente 4.000 unidades de
vitamina A, supondo que você a comeu junto com gordura, que você não é diabético, que você não é
um bebê, e que não tem problema na tiróide ou na vesícula biliar (Jennings 1970, Dunne 2001).

Portanto, depender de fontes de origem vegetal para a vitamina A não é uma idéia prudente. Isto
fornece mais uma razão para se incluírem alimentos de origem animal e gorduras em nossa
alimentação. A manteiga e laticínios integrais, principalmente os feitos com leite de vacas criadas em
pastos, são boas fontes de vitamina A, assim como o óleo de fígado de bacalhau.

A vitamina A é indispensável em nossa alimentação, visto que possibilita o corpo a (1) usar proteínas
e minerais, (2) ajuda a manter uma boa visão, (3) melhora o sistema imunológico, (4) ajuda na
reprodução e (5) combate infecções (Jennings 1970, Groff & Gropper 1999). Assim como para o
caso da vitamina D, Price (1989) descobriu que a alimentação de pessoas saudáveis, com hábitos
alimentares primitivos, fornecia quantias substanciais de vitamina A, novamente enfatizando a
grande necessidade que os seres humanos possuem por este nutriente para manutenção de uma boa
condição de saúde no presente e no futuro, quando o mesmo vai envelhecendo.

Mito nº 5: O consumo de carne causa osteoporose,


doenças renais, doenças cardíacas e câncer.

Costumeiramente, veganos e vegetarianos tentam assustar as pessoas para que evitem alimentos de
origem animal e gorduras alegando que alimentação vegetariana promove proteção contra
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determinadas doenças crônicas, como as listadas no título acima. Entretanto, tais alegações SÃO
DIFÍCEIS DE SEREM CONCILIADAS COM FATOS HISTÓRICOS E ANTROPOLÓGICOS.

Todas as enfermidades mencionadas acima são, principalmente, ocorrências do século XX, embora as
pessoas consumam carne e gordura animal por muitos milhares de anos! Ademais, como mostrou a
pesquisa de Price (1989), existiram e existem diversos povos nativos ao redor do mundo (inuítes,
maasais, suíços etc.), cuja alimentação tradicional era e é muito rica em produtos de origem animal,
mas que, todavia, não sofriam e não sofrem dos males mencionados acima (Price 1989). Os estudos
independentes do Dr. George Mann sobre os maasais, realizado muitos anos após os de Price (1989),
confirmou o fato de que aquele povo, a despeito de ser constituído quase exclusivamente de pessoas
que se alimentam de carnes, apresentavam pequena ou nenhuma incidência de doenças com
problemas cardíacos ou enfermidades crônicas (Mann 1972). Isto evidencia que outros fatores, que
não alimentos de origem animal, causam estas doenças.

Diversos estudos supostamente mostraram que o consumo de carne é a causa de várias


enfermidades, PORÉM tais estudos, se avaliados de forma HONESTA, não revelam tal coisa, como
mostra a seguir…

OSTEOPOROSE

A pesquisa do Dr. Herta Spencer sobre a ingestão de proteína e perda óssea mostrou que o consumo
protêico, na forma de carne real, não apresenta impacto na densidade dos ossos. Estudos que
supostamente provaram que consumo excessivo de proteína redundava em maior perda óssea não
foram realizados com carne de verdade, mas com farelo de proteínas fracionadas e aminoácidos
isolados (Spencer & Kramer 1986, 1988). Estudos recentes também mostraram que aumento da
ingestão de proteína animal contribuía para maior densidade óssea em homens e mulheres (Munger
1999, Hannan et al. 2000, Cooper et al. 1996). Todavia, alguns estudos atuais sobre alimentação
vegana e vegetariana indicaram que este tipo de alimentação predispõe mulheres a osteoporose
(Chiu et al. 1997, Lau et al. 1998).

DOENÇAS RENAIS

Embora uma alimentação com restrições a proteínas seja útil para pessoas com doenças renais, não
há evidências de que consumir carne cause tais doenças (Dwyer 1994). Vegetarianos também,
tipicamente, alegam que proteína animal causa acidose, resultando em lixiviação do cálcio dos ossos
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e, por conseguinte, maior tendência a cálculos renais. Entretanto, esta opinião é incorreta.
TEORICAMENTE, o enxofre e o fósforo, presentes na carne, podem formar ácido, quando
depositados na água, mas isto não significa que é isso que acontece dentro do corpo. Na verdade, a
carne contém proteínas e vitamina D completas, e ambas auxiliando a manter o equilíbrio de pH da
corrente sanguínea. Ademais, se alguém pratica uma alimentação que inclua magnésio e vitamina B6
o suficiente e restringe o uso de açúcar refinado, tem pouco a temer de cálculos renais, comendo ou
não carne (Rattan et al. 1994, Blacklock 1987). Alimentos de origem animal, como carne bovina,
suína e carne de peixe e de carneiro são boas fontes de magnésio e de e B6, como nenhum outro
alimento. Qualquer tabela nutricional pode mostrar isto.

[Minha Observação: Novamente risquei o item “carne suína” pela mesma ser considerada impura pela
Bíblia, tendo possivelmente mais maleficios do que benefícios.]

DOENÇAS CARDÍACAS

É popular a CRENÇA de que proteína animal ajuda a causar doenças cardíacas, porém, isso NÃO
TEM FUNDAMENTO NA CIÊNCIA. Descontando estudos questionáveis, há poucos dados para
sustentar a idéia de que o consumo de carne leva a esse tipo de enfermidades. Por exemplo, os
franceses possuem uma das mais altas taxas per capita de consumo de carne e apresentam baixas
taxas de doenças cardíacas. Na Grécia, o consumo de carne é maior do que a média, mas as taxas de
doenças cardíacas também são baixas naquele país. Por fim, na Espanha, um aumento no consumo de
carne (juntamente com a redução da ingestão de açúcar e carboidrato) ocasionou declínio nas
doenças cardíacas (Renauld & DeLorgeril 1992, Ulbright & Southgate 1991, Serra-Majem et al.
1995).

CÂNCER

A CRENÇA de que a carne, especialmente a vermelha, é uma das causas de câncer, bem como de
doenças cardíacas, é uma concepção popular que não possui embasamento nos fatos. Embora seja
verdade que alguns estudos mostraram relação entre o consumo de carne e alguns tipos de câncer
(Willett et al. 1990, Giovannucci et al. 1994), é importante examinar cuidadosamente os estudos
para se determinar qual tipo de carne foi analisada, assim como os métodos de preparação
empregados. Como, em inglês, temos apenas a palavra “carne”, freqüentemente é difícil de saber qual
“carne” está sendo debatida em um estudo, a não ser que seus autores a especifiquem.
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O estudo que deflagrou a teoria carne = câncer foi realizado por Dr. Ernst Wynder, durante a década
dos anos de 1970. Wynder alegou que existia uma conexão direta, causal, entre ingestão de gordura
animal e incidência de câncer de cólon (Wynder et al. 1975). Os dados desse pesquisador sobre
“gorduras animais” eram na verdade sobre gorduras vegetais (Enig 2000). Em outras palavras, a
teoria carne = câncer está baseada em um estudo FALSO.

Se alguém examinar atentamente a pesquisa, rapidamente perceberá que são as carnes processadas,
como frios e salsichas, que geralmente estão implicadas em causa de câncer (Gaard et al. 1996) e não
a carne em si. Além do mais, os métodos de cozimento parecem merecer consideração no tocante a
carne se tornar ou não carcinogênica (Gaard et al. 1996, Stefani et al. 1997). Em outras palavras,
possivelmente adicionam-se substâncias químicas à carne e escolhem métodos de cozimento que
deixam a desejar para evidenciar algo que esta incorreto no contexto geral, sendo que a carne em si
não é o problema.

No final das contas, embora algumas vezes tenha sido encontrado alguma conexão entre carne e o
câncer, o mecanismo real de como isso acontece enganou os cientistas (Forman 1999, Baghurst et
al. 1997). Isto significa que, possivelmente, outros fatores que não a carne participam ativamente em
alguns casos de câncer nesses estudos. Lembre-se: estudos científicos de pessoas que tradicionalmente
consomem carne mostram que elas apresentam muito pouca incidência de câncer. Isto demonstra que
outros fatores são atuantes quando o câncer surge em um consumidor de carne nestes tempos
modernos. Certamente, não é cientificamente correto apontar somente um fator alimentar como
causador de câncer, e ao mesmo tempo ignorar os outros fatores possíveis.

Deve-se notar, neste ponto, que os Adventistas do Sétimo Dia são costumeiramente estudados em
análise populacional para se provar que uma alimentação vegetariana é mais saudável e está
relacionada a menor risco de câncer (vide parágrafo posterior, nesta seção). Ao mesmo tempo em que
é verdade que a maioria dos membros desta denominação cristã não consome carne, eles também não
fumam ou ingerem bebida alcoólica, café ou chá, todos estes sendo provavelmente fatores que podem
promover câncer (Abrams 2000, Dwyer 1979).

Além disso, os mórmons são um grupo religioso frequentemente negligenciado pelos estudos
vegetarianos. Embora sua Igreja estimule a moderação, os mórmons não se abstêm de carne, mas,
assim como os adventistas, os mórmons evitam cigarros, álcool e cafeína. Neste cenário, mesmo
sendo pessoas que se alimentam de carne, um estudo sobre os mórmons de Utah mostrou que eles
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tinham taxa de incidência de câncer 22% menor do que a incidência geral e uma taxa 34% menor de
mortalidade devido a câncer de cólon do que a média dos EUA (Lyon et al. 1976). Um estudo
realizado com porto-riquenhos, que consomem grande quantidade de carne suína, revelou taxas
muito baixas de câncer de cólon e de mama (Enig et al. 1978). Resultados similares podem servir de
exemplo para demonstrar que o consumo de carne e de gordura animal não está relacionado com
câncer (Erikson & Hubbard 1990). Desta forma, fica claro que outros fatores podem ser os
verdadeiros causadores de câncer, e não a carne.

Normalmente, alega-se que vegetarianos apresentam taxas de câncer mais baixas do que a das
pessoas que se alimentam de carne, mas um estudo de 1994 sobre Adventistas vegetarianos da Igreja
do Sétimo Dia, na Califórnia, mostrou que, enquanto os Adventistas apresentavam taxas menores
para alguns tipos de cânceres (por exemplo, de mama e de pulmão), eles apresentavam taxas maiores
de diversos outros (doença de Hodgkin, melanoma maligno; câncer de cérebro, pele, de útero, de
próstata; endometrial, cervical e ovariano), alguns, de forma significativa. Naquele estudo, seus
autores admitiram que:

“Todavia, o consumo de carne NÃO foi associado com um maior risco [de câncer].”

E também admitiram que:

“No geral, não foi observada associação significativa entre câncer de mama e alto
consumo de gorduras animais ou produtos de origem animal. (Mills et al. 1994,
Phillips 1975)”

Ademais, costuma-se alegar que alimentação rica em alimentos de origem vegetal, como grãos
integrais e legumes, reduz o risco de câncer, PORÉM pesquisa analisando o século passado demonstra
que uma alimentação com base em carboidratos é a principal instigadora de câncer, e não a
alimentação baseada em alimentos de origem animal minimamente processados (Francheschi et al.
1996, 1997, Lutz 1995, Witte et al. 1997, Seely et al. 1985, Stefansson, 1960).

A ação predominante da propaganda midiática sobre saúde e vegetarianismo realizou um trabalho


eficiente de “surrar a carne”, a ponto de a maioria das pessoas chegar a pensar que não existe nada de
saudável quanto à carne, principalmente a vermelha. PORÉM, A VERDADE É QUE a carne vermelha,
como a carne bovina e de carneiro, são fontes excelentes de uma variedade de nutrientes, como
qualquer tabela nutricional pode mostrar. Nutrientes, como vitaminas A, D, diversas do complexo B,
22 de Dezembro de 2020 Boletim Ciência de Verdade N. 2 15

ácidos graxos essenciais (em pequenas quantidades), magnésio, zinco, fósforo, potássio, ferro e selênio
são abundantes nas carnes bovina, de carneiro, de porco, de peixe, nos frutos do mar e na carne de
aves. Fatores nutricionais, como coenzima Q10, carnitina e ácido alfa-lipóico também estão presentes.
Alguns destes nutrientes são encontrados somente em alimentos de origem animal.

Mito nº 6: As gorduras saturadas e o colesterol


consumido causam doenças cardíacas, arterosclerose
e/ou câncer. Alimentação com baixo teor de gordura e
de colesterol é a mais saudável para as pessoas.

Este, também, não é um mito exclusivo do vegetarianismo, PORÉM, muitas pessoas são
frequentemente instigadas a aderir à alimentação vegetariana ou vegana porque acreditam que tal
alimentação oferece proteção contra doenças cardíacas e câncer, uma vez que ela provém menor
quantidade, ou abstinência, de alimentos de origem animal e gorduras animais.

Embora seja muito comum se acreditar que gorduras saturadas e o colesterol “entupam artérias” e
causem doenças cardíacas, tais idéias provaram-se falsas por cientistas como Linus Pauling, Russell
Smith, George Mann, John Yudkin, Abram Hoffer, Mary Enig, Uffe Ravnskov e outros pesquisadores
proeminentes (Yudkin 1972, Pauling 1985, Hoffer & Walker 1995, Smith & Pinckney 1991,
Mann 1993, Enig 2000, Ravnskov 2000, Stehbens 2001a, 2001b). Ao contrário, estudos
mostraram que placa arterial é, primordialmente, composta de gorduras insaturadas, principalmente
as poli-insaturadas, e não de saturadas, vindas de animais, da palma ou do coco (Felton et al. 1994).

Ácidos trans-graxos, E NÃO ÀS GORDURAS SATURADAS DAS CARNES, provaram-se, por


pesquisadores como Enig, Mann e Kummerow, serem fatores causais de arterosclerose acelerada,
doenças cardíacas coronárias, câncer e outras enfermidades (Mann 1994, Enig et al. 1978,
Kummerow 1983, Oomen et al. 2001). Ácidos trans-graxos são encontrados em alimentos
modernos, como margarina, gordura vegetal e alimentos feitos com elas. Enig e seus colegas também
mostraram que a ingestão excessiva de ácido graxo poli-insaturado ômega-6, proveniente de óleos
vegetais refinados, é um dos maiores culpados por detrás de câncer e doenças cardíacas, e NÃO as
gorduras animais.
22 de Dezembro de 2020 Boletim Ciência de Verdade N. 2 16

Em estudo recente com milhares de mulheres suecas, sustentaram-se as conclusões e dados de Enig,
mostrando NÃO EXISTIR CORRELAÇÃO ALGUMA ENTRE O CONSUMO DE GORDURA
SATURADA E AUMENTO DE RISCO DE CÂNCER DE MAMA. Entretanto, o estudo, sim, mostrou,
como o fez os trabalhos Enig, forte ligação entre o uso de óleos vegetais e maior incidência de câncer
de mama (Wolk et al. 1998).

Os principais estudos populacionais que supostamente comprovam a teoria de que gorduras animais
e colesterol causam doenças cardíacas, na verdade, não se manteriam, se sob uma inspeção mais
minuciosa. O Estudo Cardíaco de Framingham é frequentemente mencionado como prova de que a
ingestão de colesterol e gordura saturada causa doenças cardíacas e debilitação da saúde. Este estudo,
realizado com 6.000 pessoas, comparou dois grupos, durante muitos anos, em intervalos de cinco
anos. Um grupo consumiu pouco colesterol e gordura saturada; enquanto o outro, alta quantia.
Surpreendentemente, Dr. William Castelli, o diretor do estudo, disse:

“Em Framingham, Massachusetts, quanto mais gordura saturada consumida, quanto


mais colesterol consumido, quanto mais calorias consumidas, menor o colesterol
sérico… descobrimos que as pessoas que mais se alimentaram de colesterol, mais de
gordura saturada e de mais calorias apresentaram menor peso e eram as mais ativas
fisicamente.” (Castelli 1992)

Os dados de Framingham mostraram que os voluntários com maiores índice de colesterol e maior
peso corriam risco LEVEMENTE maior de doenças cardíacas coronárias. Mas o ganho de peso e o
colesterol sérico apresentavam relação inversa com a ingestão de gordura e colesterol. Em outras
palavras, não houve relação alguma (Hubert et al. 1983).

Na mesma linha, o US Multiple Risk Factor Intervention Trial patrocinou o National Heart and Lung
Institute e comparou as taxas de mortalidade e hábitos alimentares de mais de 12.000 homens. Os que
consumiram menos gordura saturada e colesterol mostraram uma taxa LEVEMENTE menor de
doenças cardíacas, PORÉM, apresentaram uma taxa de mortalidade muito maior do que a dos demais
homens do estudo (J Amer Med Assoc 1982).

Alimentação com baixo teor de gorduras e colesterol, portanto, não é saudável às pessoas. Estudos
mostraram reiteradamente que tal alimentação está relacionada a depressão, câncer, distúrbios
psicológicos, fadiga, violência e suicídio (Golomb 1998, Muldoon et al. 1990, Stemmermann et
22 de Dezembro de 2020 Boletim Ciência de Verdade N. 2 17

al. 1981, Morris et al. 1983, Winawer et al. 1990). Mulheres com baixo colesterol sérico vivem
menos do que mulheres com maior (Jacobs et al. 1992, Forette et al. 1989). O mesmo se deu no
caso dos homens (Schatz et al. 2001).

Crianças com alimentação com baixo teor de gorduras e/ou veganas podem sofrer de problemas de
crescimento, subdesenvolvimento e transtornos de aprendizagem (Kerr 1974, Erhard 1973, Smith &
Lifshitz 1994, Lentze 1992). Apesar disto, Dr. Benjamin Spock recomendou ao American Heart
Association a alimentação com baixo teor de gorduras para as crianças! Há que somente lamentar-se
pelos jovens desafortunados, que serão criados por pais ignorantes, levados por tamanha má
informação.

Existem muitos benefícios à saúde pelas gorduras saturadas, dependendo da gordura em questão.
Óleo de coco, por exemplo, é rico em ácido láurico, uma poderosa substância anti-fúngica e anti-
microbial. O coco também contém quantia apreciável de ácido caprílico, outro anti-fúngico eficiente
(Enig 1999, 2000). A manteiga de vacas criadas em pasto é rica em minerais-traço, especialmente
selênio, bem como em todas as vitaminas lipossolúveis e ácidos graxos benéficos que protegem contra
câncer e infecções fúngicas (Fallon & Enig 1999).

De fato, o corpo necessita de gorduras saturadas, para utilizar apropriadamente ácidos graxos ( Garg
et al. 1988, Oliart Ros et al. 1998). Gorduras saturadas também reduzem os índices sanguíneos de
lipoproteína (a), danosa aos vasos sanguíneos (Dahlen et al. 1998, Khosla & Hayes 1996,
Clevidence et al. 1997). Além disso, as gorduras saturadas são necessárias para utilização devida do
cálcio para os ossos (Watkins et al. 1996, Watkins & Seifert 1996), e estimulam o sistema
imunológico (Kabara 1978). As gorduras saturadas também são o alimento preferido do coração e
órgãos vitais (Lawson & Kummerow 1979, Garg 1989), e, junto com o colesterol, acrescenta
estabilidade estrutural às células e parede intestinal (Fallon & Enig 1999, Alfin-Slater & Aftergood
1980). São excelentes para cozinhar, uma vez que são quimicamente estáveis e não se degradam pelo
calor, diferentemente do caso dos óleos vegetais poli-insaturados. Desta forma, remover as gorduras
saturadas da alimentação não é algo recomendado.

Em relação à arterosclerose, sempre se alega que vegetarianos possuem taxas muito menores deste
problema do que as das pessoas que se alimentam de carne. Entretanto, o International
Atherosclerosis Project, de 1968, que examinou mais de 20.000 cadáveres de diversos países, concluiu
que vegetarianos possuíam exatamente tanto arterosclerose quanto pessoas que se alimentam de
22 de Dezembro de 2020 Boletim Ciência de Verdade N. 2 18

carne (McGill et al. 1968). Outros estudos populacionais revelaram dados similares (Groom et al.
1961, Enos et al. 1955, Laurie et al. 1958, Robertson 1959, Gordon 1957). Isto se deve pelo fato
de que a arterosclerose não é, em grande parte, relacionada à alimentação, e sim, é uma consequência
do envelhecimento. Existem coisas que podem acelerar o processo arterosclerótico, devido a danos
excessivos por radicais livres às artérias, por causa de exaurimento de antioxidantes (causado por
coisas como fumo, alimentação precária, excesso de ácidos graxos poli-insaturados na alimentação,
diversas carências nutricionais, remédios etc.), mas isto é diferente do estriamento das gorduras e
enrijecimento das artérias que ocorrme com todas as pessoas, com o decorrer do tempo.

Também não parece que alimentação vegetariana protege contra doenças cardíacas. Um estudo sobre
veganos, em 1970, mostrou que mulheres veganas possuíam maiores taxas de mortalidade por
doenças cardíacas do que suas contrapartes não vegetarianas (Ellis et al. 1970). Um estudo recente
mostrou que os indianos, a despeito de serem vegetarianos, apresentam taxas elevadas de doenças
arteriais coronárias (Enas 2000). Alimentação com baixo teor de gorduras e alto teor de carboidrato
(o que é o caso da alimentação vegetariana) também pode trazer risco maior de doenças cardíacas,
diabetes e câncer, devido a efeitos hiperinsulinêmicos no corpo (Jeppesen et al. 1997, Zavaroni et
al. 1989, Reaven 2001, Goodwin et al. 2000). Além disso, estudos recentes também mostraram que
vegetarianos possuem maior índice de homocisteína no sangue (Herrmann et al. 2001, Mazzano et
al. 2000), sendo que a homocisteína é uma causa conhecida de doenças cardíacas. Para finalizar, é
valido salientar que a alimentação com baixo teor de gordura/colesterol, geralmente preferida para
prevenir ou tratar de doenças cardíacas, não atende a nenhum dos dois objetivos e pode, na verdade,
aumentar determinados fatores de risco deste problema (Corr & Oliver 1997, Taubes 2001, Dreon
et al. 1999).

Os estudos que chegaram à conclusão de que vegetarianos correm menor risco de doenças cardíacas
são tipicamente baseados em marcadores falsos de menor ingestão de gordura saturada, menor índice
de colesterol sérico e taxas de HDL/LDL. Como vegetarianos tendem a comer menos gordura
saturada e geralmente possuem menor índice de colesterol sérico, concluiu-se que estão em menor
risco de doenças cardíacas. Tão logo se perceba que estas medições não são preditores precisos de
inclinação a doenças cardíacas, a suposta proteção do vegetarianismo se mostra falsa (Ravnskov
2000, Ascherio et al. 1996).
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Sempre deve ser lembrado que uma série de coisas influenciam uma pessoa a desenvolver doenças
cardíacas ou câncer. Ao invés de se focar em afirmações FRAUDULENTAS sobre gordura saturada,
colesterol ingerido e consumo de carne, as pessoas deveriam prestar mais atenção a outros fatores
mais realistas, como ácidos trans-graxos, ingestão excessiva de gordura poli-insaturada, de açúcar e
de carboidrato, fumar, carência de determinadas vitaminas e minerais e obesidade. Estas coisas todas
eram ausentes nos povos tradicionais saudáveis que Dr. Price estudou.

Mito nº 7: Vegetarianos vivem mais tempo e possuem


mais energia e resistência do que pessoas que se
alimentam de carne.

Em um livro de orientações vegetariano, publicado na Grã Bretanha, havia a seguinte alegação:

“Você e seus filhos não devem comer carne para permanecerem saudáveis. Com efeito,
os vegetarianos afirmam que estão entre as pessoas mais saudáveis do mundo e podem
ter expectativa de vida de nove anos a mais do que pessoas que se alimentam de carne
(isto porque, comumente, doenças cardíacas e vasculares são mais raras). Atualmente,
quase metade da população na Bretanha procura evitar carne, de acordo com uma
pesquisa da Food Research Association, em janeiro de 1990.” (McConville 1990)

Comentando sobre esta alegação de maior duração de vida, o autor Craig Fitzroy perspicazmente
salienta que:

“O “benefício dos nove anos” é repetido com frequência, mas se trata, invariavelmente,
de indício causal sem qualquer fonte de informação confiável por parte do
vegetarianismo. Todavia, qualquer um que acredite que, desprezando o assado
dominical da mamãe, acrescerá uma década em sua vida neste planeta está, quase com
certeza, rendendo-se a um desejo um tanto impossível de ser realizado.” (Fitzroy 2001)

E é isto o que muitas das alegações sobre aumento de longevidade dos vegetarianos são:
BOATOS. Não há prova de que uma alimentação vegetariana saudável, comparada a uma
alimentação onívora saudável, resulte em vida maior. Ademais, pessoas que optam por um
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estilo de vida vegetariano também escolhem, tipicamente, não fumarem, exercitarem-se. Em resumo,
viver um estilo de vida mais saudável. Estas coisas também influenciam na longevidade de alguém.

Na literatura científica, existem surpreendentemente poucos estudos realizados a respeito da


longevidade de vegetarianos. O PhD Russell Smith, em sua grandiosa revisão de estudos sobre
doenças cardíacas, mostrou que, quanto maior o consumo de produto de origem animal entre alguns
grupos de estudo, menor a taxa de mortalidade (Smith & Pinckney 1991)! A afirmação de que
vegetarianos vivem mais não foram obtidos entre pessoas vegetarianas estudadas! Como exemplo,
pode-se citar um estudo publicado por Burr e Sweetnam, em 1982, sobre análise de dados a respeito
de mortalidade, revelou-se que, embora vegetarianos possuíssem uma taxa ligeiramente menor
(0,11%) de doenças cardíacas, em relação à dos não vegetarianos, a taxa de mortandade, considerando-
se todas as causas, era muito maior, no caso dos vegetarianos (Burr & Sweetnam 1982).

Não obstante as alegações mostradas dos ditos estudos que dizem que o consumo de carne aumentou
o risco de doenças cardíacas e reduziu o tempo de vida, os autores destes estudos, na verdade,
encontraram o oposto. Por exemplo, em uma análise, em 1984, de um estudo de 1978 dos adventistas
vegetarianos do Sétimo Dia, H. A. Kahn concluiu:

“Embora nossos resultados acrescentem alguns fatos substanciais à questão das


doenças relacionadas à alimentação, reconhecemos quão distantes eles estão, por
exemplo, de estabelecer que homens que consomem carne frequentemente ou
mulheres que raramente comem salada estejam, destarte, encurtando suas vidas.”
(Kahn et al. 1984)

Snowden et al. (1984) chegaram em uma conclusão similar. Não obstante estas admissões
estarrecedoras, os estudos concluíram no final, por algum motivo, o exato oposto e aconselharam as
pessoas a reduzirem a presença de alimentos de origem animal em sua alimentação.

Ademais, ambos os estudos lançam mão de certos dados alimentares que claramente não mostraram
conexão entre ovos, queijo, leite integral, gordura presente na carne (todos alimentos ricos em
gordura e colesterol) e doenças cardíacas. Segue comentário do Dr. Smith:

“Em vigor, o estudo de Kahn [e Snowden] é mais outro exemplo de resultados


negativos que são MANIPULADOS E INCORRETAMENTE INTERPRETADOS para
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sustentar afirmações politicamente corretas de que vegetarianos vivem mais.”


(Smith & Pinckney 1991)

Geralmente, afirma-se que pessoas que consomem carne possuem tempo de vida menor, mas os
aborígenes da Austrália, que tradicionalmente consomem grande quantidade de produtos de origem
animal, são famosos por sua longevidade (ao menos, antes da colonização pelos europeus). Na
sociedade aborígene, existe uma casta especial dos anciãos (Price 1989). Obviamente, se não
houvesse pessoas idosas, tal grupo não existiria. Em seu livro Nutrition and Physical Degeneration,
Dr. Price apresenta inúmeras fotografias de pessoas nativas anciãs do mundo todo. Exploradores
como Vilhjalmur Stefansson relataram grande longevidade entre os inuítes antes da colonização
(Stefansson 1956).

Igualmente, os russos das montanhas do Cáucaso vivem até idade muito avançada, sob alimentação
com carne de porco gordurosa e derivados de leite cru. Os hunzas, também conhecidos por sua saúde
vigorosa e longevidade, consomem porções substanciais de leite de cabra que possui teor de gordura
saturada maior do que o de leite de vaca (Pitskhelauri 1982, Moore 1990). Em contrapartida, de
forma predominante, os vegetarianos hindus da região sul da Índia possuem o menor tempo de
duração de vida do mundo, em parte devido a falta de alimentação, mas também por causa de
carência específica de proteína animal em sua alimentação (Abrams 1979). Os comentários de Leon
Abrams elucidam isso:

“Vegetarianos comumente sustentam que uma alimentação de carne e gordura


animal leva a morte precoce. Os dados antropológicos de sociedades primitivas
não corroboram tais alegações.” (Abrams 1980)

Em relação à resistência e níveis de energia, Dr. Price viajou ao redor do mundo, durante as décadas
dos anos 1920 e 1930, investigando a alimentação nativa, e sem nenhuma exceção, ele encontrou forte
correlação entre alimentação rica em gorduras animais, saúde vigorosa e habilidade atlética.
Incluíam-se nos alimentos especiais para atletas suíços, por exemplo, tigelas de nata fresca e crua. Na
África, Dr. Price descobriu que grupos, cuja alimentação era rica em carnes gordurosas e peixe, como
fígado, regularmente ganhavam os prêmios em competições atléticas e que tribos que consumiam
carne sempre dominavam tribos cuja alimentação era, em grande medida, vegetariana (Price 1989).
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É popular em nutrição esportiva recomendar-se o “carregamento de carboidrato” para atletas


aumentarem seus níveis de resistência. Entretanto, estudos recentes realizados em Nova Iorque e
África do Sul mostraram que o oposto é verdadeiro: atletas que faziam o “carregamento de
carboidrato” possuíam resistência significativamente menor do que os que faziam o “carregamento de
gordura” antes de eventos atléticos (Raloff 1996).

Mito nº 8: A alimentação do “homem das cavernas” era


com baixo teor de gordura e/ou vegetariana. Seres
humanos evoluíram como vegetarianos.

Nossos ancestrais paleolíticos eram caçadores-coletores, e três escolas de pensamento


desenvolveram-se sobre como era sua alimentação. Um grupo defende alimentação com alto teor de
gordura e se embasa em produtos de origem animal, suplementada com frutas de estação, bagas,
castanhas, raízes comestíveis e gramíneas silvestres. O segundo argumenta que povos primitivos
consumiam sortimento de carnes magras e grande quantidade de alimentos de origem vegetal. O
terceiro advoga que nossos ancestrais evoluíram como vegetarianos.

A abordagem da alimentação paleolítica “sem gordura” foi defendida de forma muito voraz pelos
doutores Loren Cordain e Boyd Eaton em diversas publicações populares e profissionais (Cordain et
al. 2002, Eaton et al. 1986). Cordain e Eaton crêem na Hipótese Lipídica das doenças cardíacas, a
crença (derrotada no mito número seis, acima) de que gordura saturada e colesterol consumido fazem
parte das causas de doenças cardíacas. Por causa disto e pelo fato de que povos paleolíticos e seus
equivalentes modernos não sofriam/não sofrem de doenças cardíacas, Cordain e Eaton adotaram a
teoria de que os povos paleolíticos consumiam a maior parte de suas calorias de gordura de fontes
mono-insaturadas e poli-insaturadas, ao invés de gorduras saturadas.

Acreditando que gorduras saturadas são perigosas para nossas artérias, Cordain e Eaton não
arredaram o pé do pensamento nutricional atualmente estabelecido e estimulam populações
modernas a consumirem uma alimentação semelhante à que eles acreditam ser a de nossos ancestrais.
Esta alimentação, crêem, era rica em carnes magras e em uma variedade de vegetais, mas pobre em
gordura saturada. Entretanto, as evidências que eles apresentam para sustentar esta teoria são muito
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seletivas e capciosas (Fallon & Enig 2001). Gorduras saturadas não causam doenças cardíacas, como
mostrado acima, e nossos ancestrais paleolíticos consumiam uma boa quantidade de gordura saturada
de uma variedade de plantas e de fontes de origem animal.

De fontes abalizadas, sabemos que humanos pré-históricos do continente norte-americano


consumiam animais como mamute, camelo, preguiça terrestre, bisão, carneiro montanhês,
antilocabra, castor, alce, gazela e lhama (Stanford & Day 1992). “Mamute, preguiça terrestre, carneiro
montanhês, bisão e castores são animais com teor de gordura, na acepção moderna de que possuem uma
camada delgada de gordura subcutânea, da mesma maneira que muitas espécies de ursos e porcos
selvagens, cujos restos mortais foram encontrados nos sítios paleolíticos ao longo de todo o mundo”
(Fallon & Enig 2000). Análise de muitos tipos de gordura de animais selvagens como antílope, bisão,
caribu, cão, alce, alce americano, foca e carneiro montanhês mostra que eles são ricos em gorduras
saturadas e mono-insaturadas, mas relativamente pobres em poli-insaturadas.

Ademais, ao mesmo tempo em que búfalo e animais selvagens podem prover carnes de músculo
magro e não-estriado, é um erro assumir que apenas estas partes destes aniamais eram consumidas
pelos grupos de caçadores-coletores, como os americanos nativos que frequentemente caçavam
animais, de acordo com sua gordura e órgãos com gordura, como mostrará a seguir.

Antropologistas/exploradores como Vilhjalmur Stefansson relataram que os inuítes e tribos indígenas


norte-americanas se preocupavam, quando suas presas de caribu eram muito magras: eles sabiam que
poderiam se suceder doenças, se não consumissem gordura suficiente (Stefansson 1956, Fallon &
Enig 1997). Em outras palavras, estes povos primitivos não gostavam de comer carne magra.

Indígenas da região norte do Canadá também caçavam deliberadamente caribus e alces mais velhos,
porque esses animais portavam uma placa de mais de 22 quilos de gordura dorsal que os índios
comiam com gosto. Esta “gordura dorsal” é altamente saturada. Nativos norte-americanos se
abstinham de caçar bisões durante o verão (quando os depósitos de gordura nos animais estão baixos,
devido a escassez de suprimento de comida durante o inverno), preferindo caçar, matar e consumi-los
no outono, quando estavam mais gordos (Hearne 1768).

O explorador Samuel Hearne, escrevendo em 1768, descreveu como as tribos nativas norte-
americanas com quem entrara em contato caçavam seletivamente caribus, de acordo precisamente
por suas partes com gordura:
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“Aos vinte e dois do mês de julho, encontramos diversos forasteiros, que nos
acompanharam na perseguição dos caribus, os quais estavam, naquela época,
tão abundantes que, todos os dias, conseguíamos número suficiente para nosso
sustento e, deveras, mui amiúde, matávamos muitos, meramente por suas
línguas, tutano e gordura.” (Price 1989)

Enquanto Cordain e Eaton estão certamente corretos ao dizerem que nossos ancestrais consumiam
carne, suas alegações acerca da ingestão de gordura, bem como do tipo de gordura consumida, estão
simplesmente incorretas.

Ao mesmo tempo em que muitas autoridades vegetarianas e veganas gostam de pensar que evoluímo-
nos como espécie sob alimentação vegana ou vegetariana, essa ideia não tem respaldo em estudos
antropológicos de cunho nutricional.

Para início de conversa, em suas expedições, Dr. Price jamais encontrara uma cultura totalmente
vegetariana. Deve ser lembrado que Dr. Price visitou e investigou diversos grupos populacionais que
eram, para todos os efeitos, os equivalentes, no século XX, de nossos ancestrais caçadores-coletores.
Dr. Price estava em busca de uma cultura vegetariana, mas voltou de mãos vazias. Price declarou:

“Até o momento, não encontrei um grupo étnico sequer que construa e


mantenha corpos excelentes, vivendo inteiramente de alimentos de origem
vegetal.” (Price 1989)

Os dados antropológicos corroboram isto: ao longo do mundo, todas as sociedades apresentam


preferência por alimentos de origem animal e gorduras, e nossos ancestrais apenas se tornaram
produtores agrícolas em grande escala, quando tiveram de sê-lo, devido a aumento de pressões
populacionais (Bronowski 1972, Martin 1967). Abrams e outras autoridades mostraram que a busca
do homem pré-histórico por mais alimentos de origem animal foi o que incitou sua expansão pela
Terra, e que ele, ao que tudo indica, caçou determinadas espécies em extinção (Abrams 1979,
Allport 2000).

Price também descobriu que estes povos que, em caso de necessidade, consumiam mais grãos e
legumes, possuíam taxas de cáries dentárias maiores do que às daqueles que consumiam mais
produtos de origem animal. Em seus escritos a respeito do vegetarianismo, Abrams apresenta
evidências arqueológicas que sustentam esta descoberta: crânios de povos antigos que eram, em
22 de Dezembro de 2020 Boletim Ciência de Verdade N. 2 25

grande parte, vegetarianos, com dentes contendo cáries e abscessos, bem como mostra evidências de
tuberculoses e outras doenças infecciosas (Abrams 1986). O aparecimento do plantio e o aumento da
dependência a alimentos de origem vegetal para nossa subsistência foram claramente prejudiciais
para nossa saúde.

Por fim, é simplesmente impossível nossos ancestrais pré-históricos terem sido vegetarianos, porque
não seriam capazes de obter calorias ou nutrientes suficientes para sobreviverem com os alimentos de
origem vegetal disponíveis, porque os seres humanos não sabiam como cozinhar ou manipular o fogo
naqueles tempos, e a grande maioria dos alimentos de origem vegetal, principalmente grãos e
legumes, precisa ser cozida, para se tornar comestível aos seres humanos (103). Muitas pessoas não
sabem que muitos dos alimentos de origem vegetal que consumimos são atualmente venenosos em
seu estado cru (House & Welch, 1984).

Baseando-se em todas estas evidências, é certo que nossos ancestrais, os genitores da humanidade,
consumiam deveras uma alimentação NÃO vegetariana, rica em ácidos graxos saturados.

Mito nº 9: Consumo de carne e gordura saturada


cresceu no século XX, com correspondente aumento
de doenças cardíacas e câncer.

AS ESTATISTICAS SIMPLESMENTE NÃO SUSTENTAM TAIS FANTASIAS. O consumo de


manteiga declinou, de 18 libras (8,165 kg) por pessoa ao ano, em 1900, para menos de 5 libras (2,27 kg)
por pessoa ao ano, nos dias de hoje (Rizek et al. 1974, Enig 1995). Ademais, os ocidentais,
instigados pelas agências governamentais de saúde, reduziram seu consumo de ovos, nata, banha e
carne suína. O consumo de carne de frango se elevou nas últimas poucas décadas, mas a carne de
frango contém menor quantidade de gordura saturada do que a carne bovina ou suína.

Ainda, uma pesquisa sobre livros de culinária publicados nos Estados Unidos, no último século,
mostrou que as pessoas dos tempos mais antigos consumiam grande quantia de alimentos de origem
animal e gorduras saturadas. Por exemplo, no Baptist Ladies Cook Book (Monmouth, Illinois, 1895),
praticamente em todas as receitas havia manteiga, nata e banha. Receitas para vegetais com creme de
nata também eram numerosas. Um exame do Searchlight Recipe Book (Capper Publications, 1931)
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também apresenta receitas semelhantes: fígado com creme de nata, pepino com creme de nata,
corações cozidos com creme de leite etc. Judeus ingleses, conforme o Jewish Housewives Cookbook
(London, 1846), também possuíam alimentação rica em nata, manteiga, ovos e sebo de boi e de
cordeiro. Em uma receita de waffles alemães, por exemplo, havia dúzias de gemas de ovos e mais de
450g de manteiga. Em uma receita de torta de ostra do Baptist cookbook, havia um litro de nata e
uma dúzia de ovos. E assim por diante.

Não parece, então, que as pessoas consumiam alimentação com menos gordura no último século. É
verdade que o consumo de carne bovina se elevou nas últimas décadas; todavia, o que também se
elevou, de maneira abrupta, foi o consumo de margarina (de origem VEGETAL) e outros produtos
contendo ácidos trans-graxos (Enns et al. 1997), alimentos destituídos de vida, “alimentos”
embalados, óleos VEGETAIS processados, carboidratos (Beasley & Swift 1989, Yudkin et al. 1986) e
açúcar refinado (Tiney 1989, Anderson & Wolf 1995). Como não são encontradas doenças crônicas,
como câncer e enfermidades cardíacas, em povos nativos que se alimentam de carne bovina, como os
maasais e samburus, não é possível ser o consumo desta carne o culpado por detrás destas epidemias
modernas. Certamente, isto desvia o dedo acusatório, de forma honesta, para outros fatores
nutricionais como as causas mais prováveis.

Mito nº 10: Produtos de soja são substitutos apropriados


para carne e laticínios.

É comum veganos e vegetarianos ocidentais confiarem em diversos produtos de soja para suas
necessidades protêicas. Há pouca dúvida de que a indústria BILIONÁRIA da soja lucrou
imensamente, desde a doutrinação anti-colesterol e anti-carne do pensamento nutricional vigente.
Levando em consideração que, não muito tempo atrás, a soja era um alimento asiático
primordialmente utilizado como condimento, atualmente, uma variedade de produtos processados de
soja se prolifera no mercado norte-americano. Enquanto os alimentos tradicionais à base de soja,
como missô, tamari, tempê e natto são claramente saudáveis em determinadas quantias, os
“alimentos” hiper-processados à base de soja, consumidos por grande parte dos vegetarianos, NÃO
são saudáveis.
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Grãos de soja não fermentados e alimentos feitos deles são ricos em ácido fítico (Bedarova et al.
2000, Freeland-Graves et al. 1980, Rauma et al. 2000, Ginter et al. 2001, Simoncic et al. 1997,
Lowik et al. 1990, Bhattacharya et al. 1985, Hunt et al. 1998, Krajcovicova-Kudlackova et al.
2000), um anti-nutriente que se liga a minerais no trato digestivo e os conduz para fora do corpo.
Vegetarianos são famosos por sua propensão a carências de minerais, principalmente zinco ( Harland
et al. 1988, Ellis 1987, Gibson 1994), e é o alto teor de fitato na alimentação à base de grãos e
legumes que é o possível culpado disto. Embora diversas técnicas tradicionais de preparo de alimento,
como o repouso em água, germinação e fermentação podem reduzir significativamente o teor de
fitato em grãos e legumes (Fallon & Enig 2000), tais métodos não são comumente conhecidos ou
usados por populações modernas, incluindo vegetarianos. Isto os deixa (assim como outros que se
alimentam com grande quantia de grãos integrais) em risco maior de carência de minerais.

[Minha Observação: Todas as sementes tem o ANTI-nutriente chamado de ácido fítico, incluindo o
arroz e o feijão. Desta forma, para quem gosta do tradicional arroz e feijão de todo dia, muitos
especialistas indicam deixar o arroz de molho, antes de cozinha-lo, para reduzir o ácido fítico!]

Alimentos processados de soja também são ricos em inibidores de tripsina, atrapalhando a digestão
de proteínas. Proteína texturizada de soja (TVP), “leite” de soja e pó de proteína, substitutos populares
de carne e do leite aos vegetarianos, são alimentos completamente montados, advindos do tratamento
dos grãos de soja com calor e diversos banhos alcanilizantes para extração do conteúdo de gordura
dos grãos ou para neutralizar seus potentes inibidores enzimáticos. Tais práticas desnaturam
inteiramente o elemento protêico dos grãos, deixando-o muito difícil de ser digerido. O glutamato
monossódico (MSG), uma neurotoxina, é rotineiramente adicionado à proteína texturizada para
deixá-la saborosa como os vários alimentos que ela imita.

Em um âmbito estritamente nutricional, os grãos de soja, da mesma forma que os legumes, são
deficientes em cisteína e metionina, aminoácidos vitais contendo enxofre, assim como em triptofano,
outro aminoácido essencial. Além disso, grãos de soja não contêm vitaminas A ou D, necessárias para
o corpo assimilar e aproveitar as proteínas dos grãos. É, provavelmente, por esta razão que as culturas
asiáticas que consomem grãos de soja os combinam com peixe ou caldos de peixe (abundantes em
vitaminas lipossolúveis) ou outros alimentos com gorduras.

Pais que alimentam seus filhos com fórmula infantil à base de soja devem se conscientizar
de seu teor de fito-estrógeno extremamente elevado. Alguns cientistas estimaram que uma
22 de Dezembro de 2020 Boletim Ciência de Verdade N. 2 28

criança sendo alimentada com fórmula de soja está ingerindo a quantia hormonal
equivalente a cinco pílulas contraceptivas por dia (Fitzpatrick 1998). Tal ingestão elevada
poderia redundar em resultados desastrosos. Além disso, a fórmula do leite infantil à base de soja não
contém colesterol, vital para o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso.

Embora a pesquisa ainda esteja em andamento, alguns estudos recentes indicaram que os fito-
estrógenos da soja poderiam ser causa de algumas formas de câncer de mama (Petrakis et al. 1996,
Dees et al. 1997), defeitos penianos congênitos (Brit J Urology Int 2000) e leucemia infantil (Abe
1999). Independentemente disto, têm-se claramente mostrado que fito-estrógenos, ou isoflavonas,
deprimem a função tiroidiana (Ishizuki et al. 1991, Divi et al. 1997) e causam infertilidade em
todas as espécies animais estudadas até o momento (Setchell et al. 1987, Leopold 1976, Drane et
al. 1980, Kimura et al. 1976, Braden et al. 1967). Certamente, produtos modernos de soja e
suplementos de isoflavona isolada não são alimentos saudáveis para vegetarianos, veganos ou
qualquer outro tipo de pessoa, embora sejam exatamente os mais consumidos.

Mito nº 11: O corpo humano não é estruturado para


consumo de carne.

Alguns grupos vegetarianos alegam que, como os seres humanos possuem dentes moedores, como
animais herbívoros, e intestinos mais longos do que os de animais carnívoros, isto prova que o corpo
humano está mais bem adaptado para o vegetarianismo (Ballantine 1994). Este argumento falha em
considerar diversas características fisiológicas humanas, que claramente indicam uma arquitetura
para o consumo de produto animal.

Em primeiro lugar e acima de tudo, está nossa produção estomacal de ácido clorídrico, algo
não encontrado em herbívoros. O HCl ativa enzimas decompositoras de proteínas. Ademais,
o pâncreas humano fabrica toda uma gama de enzimas digestivas para operar sobre uma ampla
variedade de comidas, de origem tanto animal quanto vegetal. Além disso, a comparação minuciosa,
feita por Dr. Walter Voegtlin, entre o sistema digestivo humano, o canino (um carnívoro) e o de uma
ovelha (um herbívoro) mostra claramente que, anatomicamente, somos mais próximos de um cão
carnívoro do que de uma ovelha herbívora (Voegtlin 1975).
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Ao mesmo tempo em que seres humanos possuem intestinos mais extensos do que os de animais
carnívoros, não são tão longos quanto os de herbívoros, nem possuímos estômagos multi-
compartimentados como o dos herbívoros, e muito menos ruminamos! Nossa fisiologia indica
claramente que somos um consumidor misto ou um onívoro, da mesma forma que os gorilas
monteses e chimpanzés, todos observados consumindo pequenos animais e, em alguns casos, outros
primatas (Abrams 1978, Goodall 1971).

Mito nº 12: Consumir carne animal causa comportamento


violento e agressivo em seres humanos.

Algumas autoridades da alimentação vegetariana, como Dr. Rudolph Ballantine (Ballantine 1994),
alegam que o medo e o terror (veja posteriormente o Mito nº 15) que um animal vivencia durante o
processo de morte, de alguma forma, são “transferidos” para sua carne e órgãos e “se tornam” parte
da pessoa que os consome.

Adicionalmente ao fato de que não existem estudos científicos para sustentar tal teoria,
estes pensadores fariam bem em se lembrarem do fato de que tendência a raiva irracional é
um sintoma de baixo índice de vitamina B12, que, como vimos, é comum em veganos e
vegetarianos. Ademais, durante suas viagens, Dr. Price sempre observou extrema felicidade e
caráteres agradáveis nas pessoas que encontrara, todas elas, pessoas que se alimentam de carne.

[Minha Observação: Nem do ponto de vista Bíblico esse MITO faz sentido, visto que o vegetariano
Caim matou o pastor de ovelhas Abel!]

Mito nº 13: Produtos de origem animal contêm numerosas


toxinas nocivas.

Um informativo vegetariano recente alegou o seguinte:

“A maioria das pessoas não percebe que derivados de carne são carregados de
venenos e toxinas! Todos eles, carne, peixe e ovos se decompõem e se putrefam
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de forma extremamente rápida. Tão logo um animal é morto, são liberadas


enzimas auto-destruidoras, causando a formação de substâncias
desnaturadas chamadas ptiloaminas, que causam câncer.”

Então, o artigo prosseguiu, mencionando a “doença da vaca louca” (BSE), parasitas, salmonela,
hormônios, nitratos e pesticidas como toxinas presentes em produtos de origem animal.

Se carne, peixe e ovos, realmente, liberam “ptiloaminas”, é muito estranho que pessoas não tenham
morrido em massa de câncer, pelos últimos milhares de anos. Tamanhas alegações sensacionalistas e
disparatadas não podem se sustentar por fatos históricos.

Hormônios, nitratos e pesticidas estão presentes em produtos de origem animal CRIADOS


COMERCIALMENTE (bem como em frutas, grãos e verduras produzidas comercialmente) e
são claramente coisas com que devemos nos preocupar. Entretanto, há como evitar estas substâncias
químicas, tomando o cuidado de consumir carne, ovos e laticínios orgânicos, de animal criado em
área aberta com pasto, que não contenham toxinas nocivas feitas pelo homem.

Evitam-se facilmente parasitas por precauções normais no preparo dos alimentos. Carnes em
conserva ou fermentadas, um costume em sociedades tradicionais, sempre são protegidas de
parasitas. Em suas viagens, Dr. Price sempre encontrou pessoas saudáveis, isentas de doenças e sem
parasitas, comendo carne e laticínios crus, como parte de sua alimentação.

Igualmente, Dr. Francis Pottenger, em seus experimentos com gatos, demonstrou que os gatos mais
saudáveis e felizes eram os com alimentação completamente crua. Gatos consumindo carnes cozidas e
leite pasteurizado adoeciam, morriam e apresentavam diversos parasitas (Pottenger 1997). Além
disso, a Salmonela TAMBÉM pode ser transmitida por produtos de origem vegetal.

Vegetarianos constantemente alegam que carne é nociva a nossos corpos porque ocorre liberação de
amônia, devido à decomposição de suas proteínas. Embora verdade que a produção de amônia seja
causada pela digestão da carne, nossos corpos rapidamente a converte em inofensiva uréia. A suposta
toxicidade da carne é sempre EXAGERADA pelos vegetarianos.

“Doença da vaca louca” ou encefalopatia espongiforme bovina (BSE), provavelmente, não é causada
por vacas se alimentando de partes animais em sua comida, sendo esta uma prática alimentar
realizada há mais de um século. O produtor orgânico inglês Mark Purdey defendeu, de maneira
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convincente, que vacas com doença da vaca louca eram exatamente as tratadas com aplicação de um
inseticida organofosfatado particular em suas lombas ou que pastejavam em solos deficientes de
magnésio e com níveis elevados de alumínio (Purdey 1994). Pequenos surtos de “doença da vaca
louca” também ocorreram entre pessoas que residem próximas a fábricas de cimento e de produtos
químicos e em determinadas áreas com solos vulcânicos.

[Minha Observação: O Joel Salatim, que é um fazendeiro dos Estados Unidos que escreveu inumeros
livros sobre boas práticas de tratamento de animais, e que é contra o engorde e abate industrial, mas
ao mesmo tempo e a favor da engorda e animais de forma mais caseira, também é contra alimentar
gado com ração feita com carnes, porém, ele também acredita que não foi isso que gerou a doença da
vaca louca, e sim, contaminações do solo, pois alguns animais selvagens também já contrairam essa
doença em determinadas regiões.]

Purdey desenvolveu a teoria de que pesticidas organofosfatados adentravam a gordura da vaca por
meio da pulverização e, então, eram ingeridos pelas vacas, cumulativamente, alimentadas com partes
de animais. Visto desta forma, são os pesticidas, através dos animais que se contaminavam com ele (e
não os animais em si ou seus “príons” associados), que causaram este surto. Como observado
anteriormente, alimentar vacas com partes animais ocorre por mais de 100 anos. Nunca foi problema,
antes da introdução destes inseticidas específicos.

Recentemente, Purdey obteve apoio de Dr. Donald Brown, bioquímico inglês que também defende
causa não infecciosa de BSE. Brown atribui BSE a toxinas ambientais, principalmente sobrecarregadas
de manganês (Brown 2001).

Mito nº 14: Consumir carne ou produtos de origem


animal é menos “espiritual” do que consumir apenas
alimentos de origem vegetal.

Frequentemente, alega-se que os que se alimentam de carne ou produtos de origem animal são, de
alguma forma, menos “espiritualizados” do que os que não o fazem. Embora esta não seja uma
questão nutricional ou acadêmica, quem inclui produtos de origem animal em sua alimentação é
comumente levado a se sentir inferior de alguma forma. Esta questão, portanto, merece ser abordada.
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Diversas religiões não impõem restrições no consumo de animais, assim como não o fizeram seus
fundadores. Judeus consomem carne de cordeiro em sua festividade mais sagrada, o Pessach (Páscoa).
Muçulmanos também celebram Ramadan com o mesmo tipo de carne, antes de adentrarem seu jejum.
Jesus Cristo, assim como outros judeus, partilhou da carne na Última Ceia (de acordo com os
evangelhos canônicos). É verdade que algumas formas de budismo dispõem de óbices ao consumo da
carne, mas laticínios são sempre permitidos. Doutrina semelhante é encontrada no hinduísmo. Como
parte da celebração samhain, pagãos celtas abatiam o animal mais fraco do rebanho e curavam sua
carne para o inverno vindouro. Não é verdade, portanto, que consumir alimentos de origem animal
sempre está relacionado a “inferioridade espiritual”.

Todavia, sempre se alega, uma vez que consumir carne envolve a derrubada de uma vida, que, de
alguma forma, equivale-se a assassinato. Deixando de lado as filosofias religiosas que geralmente
permeiam esta questão, o que parece ser é uma incompreensão da força vital e como ela atua.
Populações modernas (vegetarianas e não-vegetarianas) perderam seu contato com o que é necessário
para sobreviver em nosso mundo – algo o que os povos nativos jamais perderam de vista. Nós não
necessariamente caçamos ou limpamos nossa carne: compramos filés e peças no supermercado. Não
necessariamente labutamos em arrozais: compramos sacos de arroz integral. E assim por diante.

Quando um norte-americano nativo matava um animal selvagem para alimentação, ele


costumeiramente oferecia uma oração de agradecimento ao espírito do animal por prover sua vida, de
forma que ele pudesse viver. Em nosso mundo, a vida se alimenta de vida. Destruição sempre é
equilibrada com geração. Isto é uma coisa boa: se descontrolada, a força vital se torna cancerígena. Se
o consumo de alimento de origem animal é concebido desta maneira, dificilmente se tratará de
assassinato, mas de sacrifício. Populações modernas fariam bem em se lembrarem disso.

Mito nº 15: Consumir alimentos de origem animal é


desumano.

Indubitavelmente, algumas crias animais para finalidades comerciais vivem em condições deploráveis
em que enfermidades e sofrimento são corriqueiros. Em países como Coréia, animais destinados a
alimentação, como cães, são, às vezes, mortos de forma horrorosa, por exemplo, espancados até a
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morte com um porrete. Nossas recomendações por alimentos de origem animal muito certamente não
endossam tais práticas.

Como observado em nosso debate sobre o mito nº 1, produção comercial de crias animais resultam
em produto alimentar não saudável, seja o produto carne, leite, manteiga, nata ou ovos. Nossos
ancestrais não consumiam tais gêneros alimentícios de baixa qualidade, nem nós deveríamos fazê-lo.

É possível criar animais humanamente. Eis o motivo por que se deve estimular a criação orgânica,
preferencialmente biodinâmica: é mais limpa e mais eficiente e produz animais mais saudáveis, bem
como os alimentos originários de tais animais. Assim, cada um deve fazer todo esforço possível para
comprar alimentos de origem animal produzidos organicamente (bem como alimentos de origem
vegetal da mesma maneira produzidos). Isto não apenas provém melhor nossos corpos, uma vez que
alimentos orgânicos apresentam maior concentração de nutrientes (Worthington 2001) e são
isentos de resíduos de hormônios e pesticidas, mas também se apóiam pequenos produtores e,
portanto, melhor para a economia (Fallon 1999).

Todavia, muitas pessoas enfrentam problemas filosóficos com o consumo de carne, e tais sentimentos
devem ser respeitados. Laticínios e ovos não são resultantes de morte animal e são boas alternativas
para tais pessoas.

Também não deve ser esquecido que a agricultura (vegetariana) envolve o desmatamento da terra
para plantar as lavouras e a proteção e manutenção de tais plantios, resultando em muitas mortes de
animais (Audette 1999). Portanto, a crença de que se “nos tornarmos vegetarianos”, de alguma
forma, pouparemos a vida de animais não é fundamentada em fatos.

O Mérito do Vegetarianismo

Enquanto uma alimentação purificadora, o vegetarianismo é, em alguns casos, uma boa opção.
Diversos problemas de saúde (por exemplo, gota) podem ser frequentemente aliviados por uma
redução TEMPORÁRIA no consumo de produtos de origem animal, com aumento do consumo de
produtos de origem vegetal. Mais tais medidas não devem ser permanentes ao longo da vida: existem
nutrientes vitais encontrados somente em alimentos de origem animal que precisamos ingerir para
termos a melhor saúde possível. Ademais, não existe uma alimentação que funcione para todas as
22 de Dezembro de 2020 Boletim Ciência de Verdade N. 2 34

pessoas. Alguns vegetarianos e veganos, no zelo de se manterem convertidos, são cegos para este fato
bioquímico.

A “individualidade bioquímica” é um assunto que merece esclarecimento. Concebido pelo bioquímico


nutricional Roger Williams, PhD, o termo se refere ao fato de que pessoas diferentes necessitam de
nutrientes diferentes, com base em sua respectiva constituição genética particular. Fatores étnicos e
raciais também figuram neste conceito. Uma alimentação que funcione para um pode não funcionar
tão bem para outro. Como médico, presenciei diversos clientes seguindo alimentação vegetariana com
problemas de saúde sérios, incluindo obesidade, candidíase, hipotireoidismo, câncer, diabetes,
síndrome do intestino solto, anemia e fadiga crônica. Por causa da retórica amplamente difundida de
que uma alimentação vegetariana é “sempre mais saudável” do que uma que inclua carne ou produtos
de origem animal, estas pessoas não viram motivos para mudar sua alimentação, embora aquela fosse
a causa de seus problemas. O que estas pessoas realmente necessitavam para a melhor saúde possível
era mais alimentos de origem animal e menos carboidratos.

Ademais, devido a peculiaridades na genética e bioquímica individuais, algumas pessoas


simplesmente não podem seguir alimentação vegetariana, por causa de coisas como intolerância a
lectina e deficiência de enzimas desnaturalizantes. As lectinas presentes em legumes, uma
característica saliente na alimentação vegetariana, não são toleradas por muitas pessoas. Outras
apresentam sensibilidade a grãos, principalmente ao glúten, ou a proteínas de grãos em geral.
Novamente, uma vez que grãos são o principal recurso na alimentação vegetariana, algumas pessoas
não podem ser bem sucedidas nela (Sullivan 2002, Freed 1999).

Carência da enzima dessaturase ocorre comumente em pessoas com ascendência de povos como
inuítes, escandinavos, norte-europeus e costeiros. Essas pessoas não tem capacidade para converter
ácido alfa-linolêico em EPA e DHA, dois ácidos graxos ômega-3 profundamente relacionados ao
funcionamento dos sistemas imunológico e nervoso. A razão para isto é porque os ancestrais de tais
pessoas conseguiam abundância de EPA e DHA de grandes quantias de peixes de água fria que
consumiam. Com o passar do tempo, devido à falta de uso, eles perderam a capacidade de fabricar a
enzima necessária para criar EPA e DHA em seus corpos. Para tais pessoas, o vegetarianismo é
simplesmente impossível. Elas PRECISAM obter seu EPA e DHA de alimentos, e EPA somente é
encontrado em alimentos de origem animal. DHA está presente em algumas algas, mas a quantidade
é muito menor do que em óleos de peixe (Ross 1999).
22 de Dezembro de 2020 Boletim Ciência de Verdade N. 2 35

Também é evidente que a alimentação vegana não é adequada para todas as pessoas, devido à
produção insuficiente de colesterol no fígado, e o colesterol é encontrado somente em alimentos de
origem animal. Frequentemente, é dito que o corpo produz colesterol o bastante para sua
sobrevivência e que não há razão para se consumirem alimentos que o contenham (alimentos de
origem animal). Entretanto, uma pesquisa recente indica o contrário. O trabalho de Singer, na
Universidade da Califórnia, em Berkeley, mostrou que o colesterol dos ovos melhora a memória em
pessoas com mais idade (Enig, 2000). Em outras palavras, o próprio colesterol das pessoas idosas não
era suficiente para melhorar sua memória, mas o acrescentado pela alimentação de ovos era.

Embora pareça que algumas pessoas se dêem bem com apenas um pouco de carne ou sem carne
alguma e permanecem saudáveis, como lacto-vegetarianos ou ovo-lacto-vegetarianos, a razão para
isto é porque estes tipos de alimentação são mais saudáveis para estas pessoas, não porque são mais
saudáveis em geral. Todavia, a ausência total de produtos de origem animal, como carne, peixe,
insetos, ovos, manteiga e laticínios, deve ser evitada. Embora possa demorar anos, problemas
seguramente surgirão devido a tal alimentação, e certamente se propagarão nas gerações futuras. A
pesquisa crucial de Dr. Price demonstrou inequivocamente isto. A razão para tal é evolução simples: a
humanidade evoluiu, consumindo alimentos de origem animal e gorduras como parte de sua
alimentação, e nossos corpos estão adaptados e acostumados a eles. Não se pode mudar a evolução
em poucos anos.

Dr. Abrams bem disse, quando escrevera:

Os seres humanos sempre alimentaram de carne. O fato de nenhuma


sociedade humana ser inteiramente vegetariana e de as pessoas inteiramente
vegetarianas sofrerem de problemas de debilitação de saúde parece
inequivocamente provar que uma alimentação com vegetais deve ser
suplementada com, ao menos, uma quantia mínima de proteína animal para
sustentar a saúde. Os seres humanos se alimentam de carne e sempre fizeram
assim. Também consomem vegetais e sempre assim o fizeram, mas alimentos
de origem vegetal devem ser suplementados por ampla quantia de proteína
animal, para se manter a melhor saúde possível (137).
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Notas do autor do Artigo da Welston Price Fundation:

O autor gostaria de agradecer Sally Fallon, assistente médica; Lee Clifford, cirurgião mestre,
nutricionista clínico certificado; e Dr. H. Leon Abrams Jr., por seu generoso auxílio na preparação e
revisão deste artigo.

Este artigo NÃO foi patrocinado ou pago pela indústria da carne e/ou de laticínios.

Nota: O Boletim Ciência de Verdade não tem relação com a Welston A.


Price Foundation, porém, essa fundação é indicada aqui por ser rica
em conhecimentos importantes, como o texto acima. Desta forma, viste
o site da Welston A. Price Foundation e conheça mais sobre a mesma
em https://www.westonaprice.org/

O texto original pode ser encontrados nos links abaixo:

https://www.westonaprice.org/health-topics/vegetarianism-and-plant-foods/myths-of-vegetarianism/

https://www.westonaprice.org/pt-br/health-topics/myths-vegetarianism-portuguese-translation/
22 de Dezembro de 2020 Boletim Ciência de Verdade N. 2 37

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