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LAUDO TÉCNICO DAS

CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO

TRABALHO – LTCAT

EMPRESA:

LOCAL: -

DATA:

-
-
2

IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA

CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA
RAZÃO SOCIAL:

CNPJ: CNAE: - -
ATIVIDADE: Serviços de caldeiraria, tubulação e montagem
industrial, movimentação de carga, manutenção, reparação GRAU DE RISCO: 04
de máquinas para a indústria do refino do petróleo.
Nº DE EMPREGADOS: 7 MASCULINO: 9 FEMININO:
ENDEREÇO: – –

BAIRRO: CEP: -774

MUNICÍPIO: ESTADO:

TELEFONE: ) - EMAIL:

DADOS DA CONTRATANTE
RAZÃO SOCIAL: PETROBRÁS – Petróleo Brasileiro S.A. (UN/REPLAN).

CNPJ: - GRAU DE RISCO: 03

ATIVIDADE: Fabricação de produtos do refino de petróleo (19.21-7)

ENDEREÇO: –

MUNICÍPIO: CEP: - ESTADO:

DADOS DO CONTRATO
OBJETO: Serviços de manutenção nos sistemas elétricos e de instrumentação da

Nº CONTRATO: SAP: 7504

VIGÊNCIA DO CONTRATO:

FISCAL: SETOR:

E-
3

CONTROLE DE REVISÕES

REVISÃO DATA DESCRIÇÃO SUMÁRIA

00 07/12/2018 Emissão inicial – Implantação.


4

INDICE

ITEM TÍTULO PÁG.


1 DESCRIÇÃO GERAL DAS ATIVIDADES DA EMPRESA 05
2 COORDENADOR, EQUIPE E ACOMPANHANTES. 05
3 FUNDAMENTO LEGAL 05
4 FUNDAMENTO CIENTÍFICO 05
5 ANÁLISE CRÍTICA 05
6 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 06
7 META 06
8 DEFINIÇÕES 06
9 VALIDADE 07
10 METODOLOGIAS APLICADAS 07
11 INSTRUMENTOS UTILIZADOS NAS AVALIAÇÕES AMBIENTAIS 08
12 PLANILHAS DE LEVANTAMENTO 10
13 ANÁLISE E CONCLUSÃO 15
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15
15 MEDIDAS DE CONTROLE 16
16 NÍVEL DE AÇÃO 18
17 REGISTROS E MANUTENÇÃO DOS DADOS 19
18 RESPONSABILIDADES 20
19 ANEXOS 20
5

1- DESCRIÇÃO GERAL DAS ATIVIDADES DA EMPRESA:

Serviços de manutenção nos sistemas elétricos e de instrumentação da


2- COORDENADOR, EQUIPE E ACOMPANHANTES:

Os levantamentos em campo foram realizados nos dias 05, 07 e 08 de


novembro de 2018 das 08h00min às 17h00min pela empresa
, representado tecnicamente pelo Engenheiro de Segurança do Trabalho
, , sendo supervisionado por
da empresa

3- FUNDAMENTO LEGAL:

Lei n.º 6.514 de 22/12/77, Portaria n.º 3.214 de 08/06/78, Norma


Regulamentadora - NR 9, Portaria n.º 25 de 29/12/94, republicada em 15/02/95, em
vigor a partir de 15/08/95, onde as ações do PPRA devem ser desenvolvidas no
âmbito de cada estabelecimento, IN INSS/DC nº 118 de 14/04/2005 publicado no
DOU em 18/04/2005.

4- FUNDAMENTO CIENTÍFICO:

O fundamento científico compreende as vias de absorção e excreção do


agente insalubre, o processo orgânico de metabolização, o mecanismo de patogenia
do agente no organismo humano e as possíveis lesões.

5- ANÁLISE CRÍTICA:

Fornecer para empresa ., a seu


pedido, um levantamento técnico sobre condições ambientais de trabalho, que irá
orientar o preenchimento do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), e dar
parâmetros para as ações do PPRA sob a responsabilidade do empregador e com a
participação dos trabalhadores, sendo a sua abrangência e profundidade
dependente das características dos riscos e das necessidades de controle.
A elaboração do PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, sua
avaliação e conseqüente controle dos riscos ambientais devem orientar as ações a
serem aplicadas e desenvolvidas no âmbito do estabelecimento, e articulado com as
demais Normas Regulamentadoras, em especial NR-07, Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
6

6- OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Manter uma cultura prevencionista adequada à responsabilidade social da


empresa ., em todos os níveis
hierárquicos, integrando esta cultura a sua atividade profissional e administrativa.
Monitorar a exposição dos trabalhadores aos riscos ambientais existentes no
local de trabalho.
Desenvolver ações de orientação e instrução considerando os aspectos
particulares das atividades, a partir de inspeções e das proteções coletivas e
individuais.
Fixar critérios para tratamento dos resíduos sólidos e líquidos gerados no
processo de trabalho, a fim de preservar o Meio Ambiente.

7- META:

Evitar ou reduzir os índices de acidentes de trabalho e doenças profissionais/


ocupacionais.
Eliminar ou minimizar a níveis compatíveis com os limites de tolerância da NR
15, da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho, ou com os da ACGIH.

8- DEFINIÇÕES:

Riscos Físicos: são formas de energia a que possam estar expostos os


trabalhadores, tais como os agentes de ruído, vibrações, pressões anormais,
temperaturas extremas, radiações não ionizantes ou ionizantes, bem como o infra-
som e ultra-som.

Riscos Químicos: são substâncias, compostos ou produtos que possam


penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de poeiras, fumos, névoas,
neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade e exposição, possam
ter contato ou serem absorvidos pelo organismo através da pele ou por ingestão.

Riscos Biológicos: são bactérias, fungos, bacilos, parasitas, protozoários,


vírus, entre outros.

Risco: é a exposição do trabalhador a um agente de perigo.

Agente: é a fonte de energia, substância, organismos vivos, condições de


trabalhos ou ainda condições dos equipamentos e instalações que podem provocar
danos à saúde do trabalhador.

Fonte Geradora: é a causa da presença do risco ou a fonte que o produz.


Inclui também a trajetória se couber.
7

Tipo de exposição: é como o trabalhador está exposto ao agente de perigo,


que pode ser na atividade/ operação ou no local onde ele exerce a sua função, ou
seja, no ambiente.

Tempo de exposição: é o tempo que o trabalhador fica exposto ao agente


durante a sua jornada de trabalho diária.

9- VALIDADE:

A validade desta IMPLANTAÇÃO é de 01 ano a partir da data de emissão e


deve ser antecipada a sua reavaliação, juntamente com as medições e avaliações
dos riscos ambientais, quando houver quaisquer alterações no ambiente laboral que
venham a modificar o layout, total ou parcial, quando houver acréscimo ou
diminuição de máquinas e equipamentos, transferências de seção, introdução de
novos processos de trabalho, e quando da Implementação de novas medidas de
proteção coletiva e individual para o trabalhador.

10- METODOLOGIAS APLICADAS

Primeiramente foi consultado o PPRA onde se identificou os grupos de


trabalhadores que apresentam iguais característica de exposição (Grupo
Homogêneo de Exposição – GHE ou Grupo Similar de Exposição ao Risco – GSER),
ou seja, que corresponde a um grupo de trabalhadores que experimentam exposição
semelhante, de forma que o resultado fornecido pela avaliação da exposição de
parte do grupo seja representativo da exposição de todos os trabalhadores que
compõem o mesmo grupo.

- RUÍDO

Os dosímetros de ruído foram calibrados com calibrador acústico, com


intensidade de 114 dB e freqüência de 1000 Hz. Logo em seguida foram instalados
os equipamentos, com microfone posicionado próximo a zona auditiva dos
trabalhadores a uma distância aproximada de 15 cm, de forma a fornecer dados
representativos da exposição ocupacional diária ao ruído a que está submetido o
trabalhador no exercício de suas funções.
O dosímetro de ruído executará o monitoramento durante toda a jornada de
trabalho do colaborador, no período de aproximadamente de 8 horas, onde serão
armazenados os dados de toda a medição.
Quando a medição não cobrir toda a jornada de trabalho, a dose determinada
para o período medido deve ser projetada para a jornada diária efetiva de trabalho,
determinando-se a dose diária – NHO 01.
Após o término da dosimetria de ruído, realiza a verificação da calibração do
equipamento com o calibrador acústico, tolerando uma variação na faixa de +/- 1dB.
8

Caso apresente valores fora da faixa tolerada de +/- 1 dB, a dosimetria de ruído será
invalidada.
Os equipamentos atendem as exigências da Norma ANSI S1. 25-1991
classificação tipo 02 e ajustado de forma a atender aos seguintes parâmetros:

 Circuito de ponderação – “A”;


 Circuito de resposta – Lenta (slow);
 Critério de referência – 85 dB(A), que corresponde à dose de 100% para
uma exposição de 8 horas;
 Nível limiar de integração – 80 dB(A);
 Faixa de medição mínima – 80 a 115 dB(A);
 Incremento de duplicação de dose – 05 (NR 15) e 03 (NHO-01);
 Indicação da ocorrência de níveis superiores a 115 dB(A).
“O calibrador acústico utilizado na calibração do dosímetro de ruído, atende
as especificações da Norma ANSI S1. 40-1984 e IEC 942-1988” conforme NHO-01.

- AGENTES QUÍMICOS

Foram efetuadas as avaliações colocando-se o coletor gravimétrico fixo na


lapela de cada uma das pessoas, próximo às áreas respiratórias durante o intervalo
de tempo representativo da jornada completa de trabalho.
Utilizou-se a metodologia de coleta e análise das amostras conforme
estabelecidos na NIOSH – National Institute for Occupational Safety and Health e da
portaria 3.214 do Ministério do Trabalho – NR 15 anexo 11.
Foram realizados a análise preliminar da exposição dos colaboradores, antes
do início das medições.
Os medidores foram instalados nos pontos de medição para a obtenção dos
resultados.

11- INSTRUMENTOS UTILIZADOS NAS AVALIAÇÕES AMBIENTAIS

- Dosimetria de Ruído
Certificado de
Marca Modelo N° Série Data Laboratório
Calibração
Quest
Edge 5 ESP070079 5.818 17/10/2018 Almont
Technologies 3M
Quest
Edge 5 ESP030348 4.062 24/07/2018 Almont
Technologies 3M
Quest
Edge 5 ESL010055 2.424 03/05/2018 Almont
Technologies 3M
Quest
Edge 5 ESM110482 3.927 18/07/2018 Almont
Technologies 3M
Quest
QC-10 QIJ030112 120 10/01/2018 Almont
Technologies 3M

-
9

- Agentes Químicos

Certificado de
Marca Modelo N° Série Data Laboratório
Calibração
Gilian BDX II 20110701089 164.827 24/01/2018 PolyAfer
Gilian BDX II 20120102119 164.829 24/01/2018 PolyAfer
Gilian BDX II 20120102050 166.247 28/02/2018 PolyAfer
Gilian BDX II 20111005116 166.248 28/02/2018 PolyAfer
Gilian BDX II 20111005115 166.356 07/03/2018 PolyAfer
Dwyer Baixa vazão P-1935 167.630 13/04/2018 PolyAfer
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PLANILHAS DE
LEVANTAMENTO TÉCNICO DAS
CONDIÇÕES AMBIENTAIS DO
TRABALHO – LTCAT
11

RESUMO DOS RESULTADOS

CONCENTRAÇÃO LIMITE DE
GHE AGENTE CONCENTRAÇÃO UNIDADE
MÉDIA TOLERÂNCIA
59,5
5 Ruído 45,9 dB(A) 60,25 85,0
65,1
78,6
6 Ruído 76,7 dB(A) 77,72 85,0
77,6
82,5
Ruído 85,2 dB(A) 83,44 85,0
82,1
<0,01
8
<0,01
Benzeno <0,01 ppm <0,01 0,5
<0,01
<0,01
12

GHE 05

FUNÇÃO Auxiliar Técnico de Segurança (1), Técnico de Segurança (2), Coordenador de SMS (1), Anotador de Produção (1).

RISCO Físico Químico Biológico

AGENTE Ruído Não identificado Não identificado

Ruído externo, máquinas e


FONTE GERADORA Não identificado Não identificado
equipamentos do processo

VIA DE EXPOSIÇÃO Ar Não identificado Não identificado

PERIODICIDADE DE EXPOSIÇÃO Intermitente Não identificado Não identificado

METODOLOGIA E PROCEDIMENTO
NHO-01
DE AVALIAÇÃO DO AGENTE --- ---
NR 15
NOCIVO

CONCENTRAÇÃO 60,25 dB(A) --- ---

LIMITE DE TOLERÂNCIA 85,0 dB(A) --- ---

DESCRIÇÃO DAS TECNOLOGIAS


DE PROTEÇÃO COLETIVA E Protetor Auricular CA 18.189 --- ---
INDIVIDUAL
Com base no levantamento dos riscos, conclui-se que os trabalhadores deste GHE, realizam as atividades em
CONCLUSÃO
condições SALUBRE. Não tem direito a aposentadoria especial.
13

GHE 06

Eletricista de Força e Controle (12), Eletricista de Força e Controle Líder (2), Encarregado de Elétrica (1), Eletricista
FUNÇÃO Industrial (12), Técnico Elétrica (8), Técnico Elétrica Pleno (3), Supervisor de Elétrica (3), Supervisor de Elétrica Jr. (1),
Supervisor de Elétrica Pleno (1), Supervisor de Elétrica Sênior (1), Supervisor Geral (1), Auxiliar de Serviços Gerais (2).

RISCO Físico Químico Biológico

AGENTE Ruído Não identificado Não identificado

Máquinas e equipamentos do
FONTE GERADORA Não identificado Não identificado
processo

VIA DE EXPOSIÇÃO Ar Não identificado Não identificado

PERIODICIDADE DE EXPOSIÇÃO Intermitente Não identificado Não identificado

METODOLOGIA E PROCEDIMENTO
NHO-01
DE AVALIAÇÃO DO AGENTE --- ---
NR 15
NOCIVO

CONCENTRAÇÃO 77,72 dB(A) --- ---

LIMITE DE TOLERÂNCIA 85,0 dB(A) --- ---

DESCRIÇÃO DAS TECNOLOGIAS


DE PROTEÇÃO COLETIVA E Protetor Auricular CA 18.189 --- ---
INDIVIDUAL
Com base no levantamento dos riscos, conclui-se que os trabalhadores deste GHE, realizam as atividades em
CONCLUSÃO
condições SALUBRE. Não tem direito a aposentadoria especial.
14

GHE 08

FUNÇÃO Técnico de Instrumentação (17), Supervisor de Instrumentação (2).

RISCO Físico Químico Biológico

AGENTE Ruído Benzeno Não identificado

Eventuais emissões fugitivas durante a


Máquinas e equipamentos do
FONTE GERADORA liberação e/ou montagem de Não identificado
processo
equipamentos para manutenção

VIA DE EXPOSIÇÃO Ar Ar e contato Não identificado

PERIODICIDADE DE EXPOSIÇÃO Intermitente Intermitente Não identificado

METODOLOGIA E PROCEDIMENTO
NHO-01
DE AVALIAÇÃO DO AGENTE NR 15 ---
NR 15
NOCIVO

CONCENTRAÇÃO 83,44 dB(A) 0,01 ppm ---

LIMITE DE TOLERÂNCIA 85,0 dB(A) 0,5 ppm ---

DESCRIÇÃO DAS TECNOLOGIAS


Respirador semifacial CA 4115
DE PROTEÇÃO COLETIVA E Protetor Auricular CA 18.189 ---
Luva de PVC CA 34.570
INDIVIDUAL
Com base no levantamento dos riscos, conclui-se que os trabalhadores deste GHE, realizam as atividades em
CONCLUSÃO
condições SALUBRE. Não tem direito a aposentadoria especial.

-
15

13- ANÁLISE E CONCLUSÃO

Com base nos resultados apresentados nas planilhas, podemos obter a


seguinte conclusão:

 As concentrações que apresentam o quantitativo na cor VERDE referem-se a


resultados abaixo do nível de ação e dos limites de tolerância. Recomenda-se
no mínimo a manutenção da condição existente e realização de exames
médicos regularmente conforme cronograma do PCMSO.

 As concentrações que apresentam o quantitativo na cor AMARELO referem-


se a resultados acima do nível de ação e abaixo dos limites de tolerância,
portanto devem ser tomadas medidas preventivas e corretivas visando à
redução do nível de exposição. Sugerimos que para este grupo sejam
aplicadas as medidas de controle na ordem coletiva, administrativa ou
individual e realização de exames médicos regularmente conforme
cronograma do PCMSO, para que possa atender os limites de exposição de 8
horas diárias, sem que ofereça riscos à Saúde Ocupacional.

 As concentrações que apresentam o quantitativo na cor VERMELHO referem-


se a resultados acima dos limites de tolerância, portanto devem ser tomadas
medidas corretivas imediatas visando à redução do nível de exposição.
Sugerimos que para este grupo sejam aplicadas as medidas de controle na
ordem coletiva, administrativa ou individual e realização de exames médicos
regularmente conforme cronograma do PCMSO, para que possa atender os
limites de exposição de 8 horas diárias, sem que ofereça riscos à Saúde
Ocupacional.

14- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 FUNDACENTRO; NHO 01 – Avaliação da Exposição Ocupacional ao Ruído;


São Paulo, 2001.
 PORTARIA 3.214 de 08/06/1978 – NR15 Atividades e Operações Insalubres;
74° Edição, 2014.
 KROEMER, K.H. E – Manual de Ergonomia; 5° Edição, São Paulo, 2005.
 SANTOS, UBIRATAN DE PAULA – Ruído Riscos e Prevenção; 3° Edição,
São Paulo, 1999.
 SALIBA, TUFFI MESSIAS – Manual Prático de Higiene Ocupacional e PPRA;
3° Edição, 2011.
 ACGIH, Threshold Limit Values for Chemical Substances and Physical Agents
and Biological Exposure Indices for 2018.
 MARCIA ANGELIM CHAVES CORRÊA, TUFFI MESSIAS SALIBA – Manual
Prático de Avaliação e Controle de Gases e Vapores PPRA; 3° Edição, 2009.
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15- MEDIDAS DE CONTROLE

A NR 9 estabelece que as medidas de controle dos riscos ambientais


deverão ser adotadas na seguinte ordem de prioridade:

A) MEDIDAS COLETIVAS

1- Projeto adequado: é etapa mais completa e eficaz do ponto de vista


econômico e prevencionista para estabelecer os meios pelos quais os
riscos são controlados através da Engenharia de Segurança.

2- Proteção de Máquinas: As partes móveis e de transmissão de força de


máquinas e equipamentos em geral. Tais como, correias, hélices, polias,
engrenagens, correntes, esteiras e outros, recomendam-se que sejam
enclausurados dentro da sua estrutura ou devidamente isolados por
anteparos adequados, tais como, a colocação de telas, grades de
proteção ou outros dispositivos feitos de arame trançado, metal
expandido, perfurado ou laminado, plástico ou equivalente, ou qualquer
outro material que ofereça resistência à segurança dos trabalhadores. O
objetivo é evitar que as pessoas não sejam apanhadas nos dedos,
mãos, braços e pernas bem como suas roupas e seus cabelos não
sejam puxados contrapontos perigosos das máquinas. Servem também
para evitar choques elétricos e reter qualquer ruptura ou projeção de
materiais, partículas ou respingos contra o corpo do trabalhador.

3- Manutenção Adequada: medida fundamental para que a emissão dos


contaminantes seja mantida em um nível mínimo e sob controle.

4- Confinamento ou Enclausuramento: consiste em isolar determinada


operação do resto da área, diminuindo assim, o número de pessoas
expostas (por exemplo: poeiras). Através do confinamento, impede-se a
dispersão do contaminante por todo o ambiente de trabalho.

5- Ventilação: pode ser exaustora, retirando-se o ar contaminado no local


de formação do contaminante, ou diluidora, que é aquela que joga ar
limpo dentro do ambiente diluindo o ar contaminado.

6- Ordem e Limpeza: aparentemente triviais, evitam a acumulação dos


poluentes no ambiente laboral.

B) MEDIDAS ADMINISTRATIVAS/ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

1- Educação e Treinamento do Pessoal: deve ser aplicada sempre,


independente da utilização de outras medidas preventivas e de controle.
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2- Limitação do Tempo de Exposição: é o recurso final que se dispõe


para controlar os riscos de ambiente. Aplicado quando as demais
medidas são inexeqüíveis, insuficientes para eliminar o risco ou de
aplicação difícil, a limitação do tempo de exposição ao agente pode ser
a solução indicada. Consiste em adotar um sistema de rodízio ou
revezamento dos trabalhadores.

3- Substituição do Contaminante: esta medida é uma das mais


indicadas, embora não seja sempre aplicada por motivos técnicos.
Consiste em substituir-se o contaminante por outro não tóxico.
É importante lembrar que o material substituído não deve criar outros
riscos adicionais, por exemplo, uma substância de toxidade menor,
porém altamente inflamável, não serve como substituto.

4- Modificações dos Processos: é outra medida cuja viabilidade deve ser


sempre estudada pelas empresas. Certas modificações introduzidas em
determinados processos industriais, podem contribuir para uma redução
ou mesmo eliminação dos riscos envolvidos.
Exemplos:
a. Utilização de pintura a imersão ao invés de pintura a pistola,
diminuindo a formação de vapores dos solventes.
b. Mecanização ou automação dos processos.
c. Rebitagem substituída por solda (menor barulho).

5- Umidificação: onde há poeira, o risco de exposição pode ser eliminado


ou diminuído pela aplicação da água ou neblina. Muitas operações feitas
a úmido oferecem um risco bem menor à saúde.
Exemplos:
 Processo úmido de polimento, ao invés de processo seco.
 Varredura a úmido.
 Lixamento a úmido.

6- Segregação: quer dizer separação. Nesta medida de controle, separa-


se a operação ou equipamento do restante, seja no tempo, seja no
espaço.

7- Exames Médicos Pré-Admissionais, Periódicos e Demissionais:


Trabalhadores que apresentam deficiências físicas, fisiológicas a
susceptibilidade individual acentuada para determinados agentes,
através dos exames médicos, não são selecionados para trabalhos que
possam acarretar danos à sua saúde, em decorrência dessas condições
individuais preexistentes.
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C) EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

1. EPI’s: quando não for possível a eliminação ou neutralização dos


riscos ou em situações excepcionais deve ser fornecidos
equipamentos de proteção individual aos funcionários, nas condições
ideais de uso e manutenção, conforme a Portaria 3214/78, observando
as NR 6 e NR 15.

2. Levar em conta a sua eficiência e o conforto. Deve ser implantado


precedido de uma campanha esclarecedora e motivadora dos
funcionários.

3. Que os mesmos sejam de boa qualidade. Tenham Certificado de


Aprovação (CA).

4. Sejam fornecidos gratuitamente aos empregados e haja treinamentos


específicos de uso, manutenção e higienização dos mesmos.

5. Que as entregas e os treinamentos sejam devidamente


documentados.

16- NÍVEIS DE AÇÃO

Irrelevantes (controle de rotina)


 Quando o agente não representa potencial de dano à saúde nas
condições usuais descritas em literatura, ou pode representar apenas
um aspecto de desconforto e não de risco.
 Quando o agente foi identificado, mas é quantitativamente
desprezível frente aos critérios técnicos.
 Quando o agente se encontra sob controle técnico abaixo do nível de
ação (subitem 9.3.5.1 alíneas “c”, 9.3.6.2 alíneas “a” e “b” e NR-15,
Anexo 1, item 6).

De atenção (controle preferencial / monitoramento)


 Quando o agente representa um risco moderado à saúde, nas
condições usuais descritas na literatura, não causando efeitos
agudos.
 Quando não há queixas aparentemente relacionadas com o agente.
 Quando a exposição se encontra sob controle técnico e acima do
nível de ação, porém abaixo do Limite de Tolerância.

Crítico (controle prioritário)


 Quando o agente pode causar efeitos agudos.
 Quando as práticas operacionais/ condições ambientais aparentem
descontrole de exposição.
19

 Quando há possibilidade de deficiência de oxigênio.


 Quando não há proteção cutânea específica no manuseio de
substância com notação a pele.
 Quando há queixas específicas indicadoras de exposição excedidas.
 Quando a exposição não se encontra sob controle técnico e está
acima do Limite de Tolerância.

Emergencial (controle de urgência)


 Quando envolve exposição a carcinogênicos.
 Quando há situações aparentes de risco grave e eminente.
 Quando há risco aparente de deficiência de oxigênio.
 Quando o agente possui efeitos agudos, concentração
imediatamente perigosa à vida/ saúde e as práticas operacionais/
situações ambientais indicam aparente descontrole de exposição.
 Quando as queixas são específicas e freqüentes, com indicadores
biológicos de exposição excedidos.
 Quando há exposição cutânea severa a substância com notação a
pele.

17- REGISTROS E MANUTENÇÃO DOS DADOS

O presente trabalho é um processo dinâmico e contínuo, com folhas


numeradas e deverão ser anexadas ao anterior, cada nova situação, ou fatos,
serão registrados, numerados, datados e arquivados na sequência.
Os dados registrados serão armazenados por um período de 20 (vinte)
anos, de modo a constituir histórico técnico e administrativo do
desenvolvimento do PPRA.
20

18- DAS RESPONSABILIDADES

, de de

 Implantação do LTCAT:

________________________________________
.

 Pela elaboração do LTCAT:

__________________________

Engenheiro de Segurança do Trabalho


CREA:
PIS: -

19- ANEXOS

 Anexo 1 - Cópia do Certificado de Calibração;


 Anexo 2 - Relatório de Campo, Resultados da Dosimetria de Ruído e
Laboratório Químico;
 Anexo 3 - Certificado de Aprovação do Equipamento de Proteção Individual;
 Anexo 4 - Anotação de Responsabilidade Técnica (ART).

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