Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
(/) | (/contato)
BUSCAR
Ir para...
RESUMO
A utilização das redes PROFIBUS DP em ambientes industrias, apesar de simples, exige alguns cuidados
para o seu correto funcionamento. Alguns detalhes técnicos devem ser observados na de nição, projeto e
instalação destes barramentos de campo, e este trabalho procura apresentá-los, buscando facilitar o
trabalho dos projetistas de instalações industriais utilizando redes PROFIBUS DP.
Palavras-Chave: Automação Industrial, Barramento de Campo, Controlador Lógico Programável, Redes de
Comunicação.
1. INTRODUÇÃO
http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/diretrizes-para-projeto-e-instalacao-de-redes-profibus-dp 1/14
A utilização
1/9/2019 de redes PROFIBUS em
Diretrizes ambientes
para industriais,
Projeto e Instalação apesar
de Redes de DP
PROFIBUS simples, exige
| Associação algunsBrasil
PROFIBUS cuidados
importantes para o seu funcionamento efetivo e e ciente. Existem vários critérios técnicos que devem ser
observados pelo projetista na concepção e instalação destes barramentos de campo e a
PROFIBUS International tem despendido um grande esforço na criação de regras que, quando seguidas,
facilitam este trabalho. Este trabalho procura basicamente apresentar estas orientações, entretanto,
focando a versão DP da família de redes PROFIBUS.
2. INFORMAÇÕES GERAIS
A Tabela 2.1 contém algumas informações básicas para o dimensionamento de uma instalação utilizando o
padrão PROFIBUS.
Número
máximo de
estações FMS: 127 estações (endereços de 0 a 126)
participando na DP: 126 estações (endereços de 0 a 125)
rede
PROFIBUS
Número
máximo de
estações por
32 estações
segmento
(incluindo
Repetidores)
Velocidades de
9,6 / 19,2 / 45,45 / 93,75 / 187,5 / 500 / 1.500 / 3.000 / 6.000 /
transmissão
12.000
[kbit/s]
Conforme norma EN 50170, é permitido um número máximo de 4
Número
Repetidores, totalizando 5 segmentos em série. Dependendo do
máximo de
tipo e fabricante, mais de 4 repetidores podem ser utilizados.
segmentos em
Nestes casos, é necessário consultar a documentação técnica do
série
fabricante.
Tabela 2.1: Informações gerais para dimensionamento de redes PROFIBUS [PRO98]
O padrão elétrico de transmissão RS-485 é o mais aplicado em instalações utilizando PROFIBUS DP. Neste
padrão, cada segmento de rede pode conter até 32 dispositivos ativos. Portanto, quando existe a
necessidade de conexão de um grande número de estações DP (acima de 32 estações) faz-se necessário
dividir a rede em segmentos. Estes segmentos são interconectados através de Repetidores, que fornecem
isolação galvânica entre os segmentos e a regeneração do sinal passado de um segmento para outro. Na
prática, cada Repetidor permite que o sistema PROFIBUS seja ampliado por um segmento adicional com o
tamanho máximo admissível do cabo e com o numero máximo de dispositivos permitidos (32 estações).
Segundo a norma CENELEC EN 50170, um máximo de 4 Repetidores são permitidos entre duas estações
quaisquer. Entretanto, dependendo do fabricante e das características técnicas do Repetidor, a utilização
de uma quantidade maior de Repetidores é possível. Existem casos em que até 9 Repetidores são
utilizados [MIT04]. Não se recomenda a utilização de um número maior de Repetidores devido aos atrasos
que são embutidos na rede e o comprometimento do Slot Time, que consiste no tempo máximo que o
Mestre irá esperar uma resposta do Escravo.
A Figura 2.1 mostra um exemplo de segmentação da rede PROFIBUS DP através da utilização de
Repetidores. Nota-se a existência de 3 segmentos de rede PROFIBUS interligados por 2 Repetidores. É
importante observar a existência de uma terminação nas extremidades de cada segmento de rede.
http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/diretrizes-para-projeto-e-instalacao-de-redes-profibus-dp 2/14
1/9/2019 Diretrizes para Projeto e Instalação de Redes PROFIBUS DP | Associação PROFIBUS Brasil
3. TAMANHO DA REDE
O comprimento máximo do cabeamento RS-485 em um segmento de rede PROFIBUS depende da
velocidade de transmissão. Em altas velocidades de transmissão, o sinal é atenuado mais rapidamente do
que em velocidades mais baixas implicando, portanto, em um comprimento máximo menor para os
segmentos de rede com velocidades maiores. Os Repetidores podem ser também utilizados nestes casos,
permitindo ao projetista manter velocidades mais altas, mesmo em redes sicamente maiores, através da
segmentação da mesma.
A Tabela 3.1 mostra as distâncias máximas para um segmento de rede e para uma rede contendo 9
Repetidores, em diferentes velocidades de transmissão.
Velocidade de Tamanho Máximo de um Expansão Máxima da Rede (9
Transmissão [kbit/s] Segmento [m] Repetidores) [m]
9,6 1200 10000
19,2 1200 10000
93,75 1200 10000
187,5 1000 10000
500 400 4000
1500 200 2000
3000 100 1000
6000 100 1000
12000 100 1000
Tabela 3.1: Comprimento máximo para segmento e expansão em redes PROFIBUS utilizando RS-485[CAS07, MIT04]
Pela Tabela 3.1, segundo [CAS07] e [MIT04], a expansão máxima da rede PROFIBUS utilizando 9
Repetidores nas velocidades de 9,6 / 19,2 / 93,75, seria de 10 km. Entretanto, segundo [PRO98] e mesmo
[CAS07], o cálculo para determinação da máxima distância entre duas estações em uma rede PROFIBUS é
dada pela equação abaixo:
(3.1)
Onde,
http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/diretrizes-para-projeto-e-instalacao-de-redes-profibus-dp 3/14
1/9/2019 Diretrizes para Projeto e Instalação de Redes PROFIBUS DP | Associação PROFIBUS Brasil
É importante salientar que as distâncias apresentadas acima consideram a utilização de cabo padrão
PROFIBUS tipo A, cujas características são apresentadas na Tabela 3.2, a seguir.
Parâmetros Cabo Tipo A
Área do condutor > 0,34 mm² (AWG 22)
Tipo do cabo Par trançado, 1x2, 2x2 ou 1x4 condutores
Impedância do cabo 135 a 165 Ohms nas freqüências de 3 a 20 MHz
Capacitância do cabo < 30 pF / m
Resistência de Loop Específica < 110 Ohms / km
Tabela 3.2: Parâmetros do cabo PROFIBUS tipo A [CAS06, PRO98, WEI03]
Na prática, são utilizados ainda os OLMs (Módulos de Link Ótico), para aplicações em ambientes com alta
interferência eletromagnética (EMI), fornecendo isolação galvânica entre as estações ou entre os
segmentos de rede em RS-485 através do uso de bra ótica. A utilização de bra ótica também possibilita a
construção de topologias de redes mais complexas e permite um comprimento máximo do barramento
com taxas de transmissão elevadas. Os OLMs são similares aos Repetidores utilizados em RS-485 e
normalmente possuem dois canais para RS-485 e um ou dois canais para bra ótica. Os OLMs podem ser
conectados entre si através dos canais óticos, sendo os canais RS-485 utilizados para conexão com
estações individuais ou segmentos de rede PROFIBUS.
4. RAMAIS OU CONEXÕES T
500 380 20
6000 100 0
12000 100 0
Tabela 4.1: Comprimento máximo da linha principal e ramais em redes PROFIBUS utilizando RS-48 [MIT04]
Para evitar as re exões de sinal, devem ser utilizados resistores de terminação. Estes resistores são
adicionados em paralelo entre as linhas de sinal RxD/TxD-POS e RxD/TxD-NEG, nas extremidades de cada
segmento de rede. Os resistores de terminação em uma rede RS-485 buscam casar a impedância
característica do cabo, que é dependente do seu diâmetro, distância entre os condutores, tipo de isolação,
etc. Estes resistores ajudam absorver a energia do sinal e deste modo impedem a re exão do mesmo no
barramento. Eles possuem o valor de 220 Ohms.
Existem também os resistores de polarização que são utilizados para manter as linhas de sinal RxD/TxD-
POS e RxD/TxD-NEG no estado inativo, quando nenhum transmissor está ativo na linha. No PROFIBUS, um
dos resistores de polarização é conectado entre a linha de sinal RxD/TxD-POS e a tensão +5Vcc (VP),
enquanto que o outro resistor é conectado entre a linha de sinal RxD/TxD-NEG e o terra (DGND). Manter as
linhas de sinal no estado inativo impede a recepção de falsos Start Bits pelos receptores, evitando deste
modo, a recepção de falsas mensagens. Estes resistores possuem o valor de 390 Ohms.
O diagrama de conexão dos resistores de terminação e de polarização pode ser visualizado na Figura 5.1, a
seguir.
http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/diretrizes-para-projeto-e-instalacao-de-redes-profibus-dp 5/14
1/9/2019 Diretrizes para Projeto e Instalação de Redes PROFIBUS DP | Associação PROFIBUS Brasil
90º entre os cabos que cruzam) para diminuir a possibilidade de acoplamento indutivo.
Se o espaço é insu ciente para manter o espaçamento requerido conforme Tabela 6.1, então os cabos
devem ser encaminhados em canaletas metálicas separadas. Cada canaleta metálica deverá conter
apenas cabos da mesma categoria (mesmo nível de tensão).
Para instalações externas, é recomendável a utilização de cabos de bra ótica, pois permitem maior
imunidade às interferências eletromagnéticas (EMI), isolação elétrica e maiores distâncias.
Conforme já mencionado anteriormente, as linhas de dados do PROFIBUS são designadas A e B.
Apesar de não existir nenhuma obrigatoriedade, na prática tem-se adotado utilizar o condutor verde
para linha de dados A e o condutor vermelho para linha de dados B. E para facilitar a manutenção do
sistema, é conveniente que se utilize as linhas A e B de forma continuada ao longo de toda rede
PROFIBUS, evitando-se inversões.
Caso sejam utilizados dispositivos PROFIBUS não certi cados, é recomendável deixar pelo menos um
metro de cabo entre os dispositivos. Quando o dispositivo não é certi cado, pode gerar um nível de
re exão acima do permitido e o cabo maior ajuda na atenuação desta re exão. Ainda segundo [MIT04],
é recomendável a utilização de pelo menos um metro de cabo entre dispositivos PROFIBUS, em
qualquer caso, se a rede for funcionar em 12 Mbit/s.
Espaçamento [mm]
Cabo PROFIBUS e Sem separação ou Separação Separação
cabo para... com separação metálica de metálica de
não-metálica alumínio aço
...transmissão de sinais
- Redes de
comunicação
- Dados digitais para
computadores,
0 0 0
impressoras, etc.
- Blindado para
entradas e saídas
analógicas
... fonte de alimentação
- Não blindado 200 100 50
- Blindado 0 0 0
Tabela 6.2: Espaçamento mínimo para cabos, conforme EN 50174 [PRO06]
7. BLINDAGEM E ATERRAMENTO
O cabo PROFIBUS possui uma blindagem constituída por uma malha e por uma lâmina de alumínio. Esta
blindagem deve ser conectada ao terra funcional do sistema e deve permitir uma ampla área de conexão
com a superfície condutiva aterrada. Entretanto, o modo como este aterramento é realizado depende de
alguns fatores, sendo que existe ainda muita controvérsia sobre este tema.
A recomendação básica é que a blindagem do cabo seja aterrada em ambas extremidades do segmento de
rede, para permitir um caminho de baixa impedância para os sinais de alta freqüência, bem como fornecer
uma referência de terra para fonte de alimentação +5Vcc do padrão RS-485.
Entretanto, na con guração proposta acima, pode ocorrer a passagem de corrente pela blindagem
(loop de corrente), caso exista uma signi cativa diferença de potencial entre os dois pontos de
aterramento, localizados nas extremidades do segmento de rede. Neste caso, recomenda-se a utilização
de um condutor para equalização do potencial (cabo AWG 10 ou 12) que interligará os dois pontos de
aterramento e minimizará a passagem de corrente através da blindagem. A própria canaleta metálica
http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/diretrizes-para-projeto-e-instalacao-de-redes-profibus-dp 8/14
p g g p p
responsável
1/9/2019 pelo trajeto do cabo PROFIBUS
Diretrizes para Projeto e pode serdeutilizado
Instalação como DP
Redes PROFIBUS um| Associação
pseudocondutor de equalização
PROFIBUS Brasil
(ou linha de equipotencial), sendo interligada aos pontos de aterramento [MIT04]. A Figura 7.1 mostra um
exemplo de conexão de uma linha de equipotencial [PRO98, PRO06].
http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/diretrizes-para-projeto-e-instalacao-de-redes-profibus-dp 9/14
1/9/2019 Diretrizes para Projeto e Instalação de Redes PROFIBUS DP | Associação PROFIBUS Brasil
http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/diretrizes-para-projeto-e-instalacao-de-redes-profibus-dp 10/14
Ê Á
9. REFERÊNCIAS
1/9/2019 BIBLIOGRÁFICAS
Diretrizes para Projeto e Instalação de Redes PROFIBUS DP | Associação PROFIBUS Brasil
[CAS06] CASSIOLATO, César; TORRES, Leandro H.B.; CAMARGO, Paulo R. PROFIBUS – Descrição
Técnica. Associação PROFIBUS Brasil, São Paulo, 2006.
[CAS07] CASSIOLATO, César; TORRE, Ana C.D. Uma Visão de PROFIBUS, desde a Instalação até a
Con guração Básica – Parte 2. Revista Controle & Instrumentação – C&I, São Paulo, n.130, p.92-97,
Agosto 2007.
[MIT04] MITCHELL, Ronald W. PROFIBUS – A Pocket Guide. Research Triangle Park: ISA – The
Instrumentation, Systems and Automation Society, 2004.
[PRO98] PROFIBUS User Organization – PNO. PROFIBUS – Technical Guideline – Installation
Guideline for PROFIBUS DP/FMS. Karlsruhe: PROFIBUS Nutzerorganisation e.V., 1998.
[PRO06] PROFIBUS International – PI. PROFIBUS – Installation Guideline for Cabling and Assembly.
Karlsruhe: PROFIBUS Nutzerorganisation e.V., 2006.
[SIL08] SILVA, Wladimir. Métodos para Diagnóstico de Falhas e Avaliação de Desempenho em
Redes PROFIBUS DP. Monogra a (Especialização em Automação Industrial) – Escola de Engenharia,
UFMG, Belo Horizonte, 2008.
[WEI03] WEIGMANN, Josef; KILIAN, Gerhard. Decentralization with PROFIBUS DP/DPV1 –
Architecture and Fundamentals, Con guration and Use with SIMATIC S7. Erlangen: Publicis
Corporate Publishing, 2003.
1 16
» O uso de entradas e saídas remotas em Pro bus-PA facilitando a automação de processos em sistemas
de controle (/artigos_tecnicos/o-uso-de-entradas-e-saidas-remotas-em-pro bus-pa-facilitando-a-
automacao-de-processos-em-sistemas-de-controle)
» DC303 - Entradas e Saídas Discretas em sistemas Pro bus com controle híbridos e aplicações de
bateladas. (/artigos_tecnicos/dc303-entradas-e-saidas-discretas-em-sistemas-pro bus-com-controle-
hibridos-e-aplicacoes-de-bateladas)
» LMP-100 – Solução e ciente para conexão de redes Modbus e Pro bus. (/artigos_tecnicos/lmp-100-
solucao-e ciente-para-conexao-de-redes-modbus-e-pro bus)
» Implementação de Device Type Manager para posicionador inteligente Pro bus PA (/images/arquivo/fdt-
pro bus-543ec821354ee.pdf)
» Gestão de Ativos em Pro bus – uma visão prática para a manutenção. (/artigos_tecnicos/gestao-de-
ativos-em-pro bus-uma-visao-pratica-para-a-manutencao)
» Uma visão de Pro bus, desde a instalação até a con guração básica – Parte 6 (/artigos_tecnicos/uma-
visao-de-pro bus-desde-a-instalacao-ate-a-con guracao-basica-parte-6)
» Uma visão de Pro bus, desde a instalação até a con guração básica – Parte 5 (/artigos_tecnicos/uma-
visao-de-pro bus-desde-a-instalacao-ate-a-con guracao-basica-parte-5)
» Uma visão de Pro bus, desde a instalação até a con guração básica – Parte 4 (/artigos_tecnicos/uma-
visao-de-pro bus-desde-a-instalacao-ate-a-con guracao-basica-parte-4)
» Uma visão de Pro bus, desde a instalação até a con guração básica – Parte 3 (/artigos_tecnicos/uma-
visao-de-pro bus-desde-a-instalacao-ate-a-con guracao-basica-parte-3)
» Uma visão de Pro bus, desde a instalação até a con guração básica – Parte 2 (/artigos_tecnicos/uma-
visao-de-pro bus-desde-a-instalacao-ate-a-con guracao-basica-parte-2)
» Uma visão de Pro bus, desde a instalação até a con guração básica – Parte 1 (/artigos_tecnicos/uma-
visao-de-pro bus-desde-a-instalacao-ate-a-con guracao-basica-parte-1)
» Pro bus: Por dentro da mudança de endereços das estações – Change Station Address .
(/artigos_tecnicos/pro bus-por-dentro-da-mudanca-de-enderecos-das-estacoes-change-station-address)
» Pro bus: por dentro dos Indenti er Formats. (/artigos_tecnicos/pro bus-por-dentro-dos-indenti er-
formats)
Associação Pro bus Brasil 2019 | Fone (11) 2849-3202 | pro bus@pro bus.org.br
(mailto:pro bus@pro bus.org.br)
(http://www.aroeleven.com.br)
http://www.profibus.org.br/artigos_tecnicos/diretrizes-para-projeto-e-instalacao-de-redes-profibus-dp 14/14