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(Intervenção)
Autor: Prof. Ricardo Granata
Colaboradores: Profa. Patrícia Scarabelli
Prof. José Carlos Morilla
Professor conteudista: Ricardo Granata
Ricardo Granata é arquiteto formado pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Fundação Álvares Penteado
– Faap (1996). Possui mestrado em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo – USP (2004). É docente,
com ênfase em tecnologia e projeto, em diversas instituições de ensino superior de Arquitetura e Urbanismo e em
cursos superiores tecnológicos de Design de Interiores no estado de São Paulo. É arquiteto e sócio-diretor de empresa
de Arquitetura com ênfase em projetos de Arquitetura e Urbanismo, Design de Interiores e em gerenciamento de obras.
64 p., il.
CDU 74
U501.48 – 19
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem
permissão escrita da Universidade Paulista.
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Comissão editorial:
Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
Apoio:
Profa. Cláudia Regina Baptista – EaD
Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
Projeto gráfico:
Prof. Alexandre Ponzetto
Revisão:
Ingrid Lourenço
Lucas Ricardi
Sumário
Design de Interiores (Intervenção)
APRESENTAÇÃO.......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO............................................................................................................................................................7
Unidade I
1 ESTRUTURA DE UM PROJETO DE DESIGN DE INTERIORES: ELEMENTOS
E BASES PARA O PROJETO.................................................................................................................................9
1.1 Coleta e interpretação de dados e seus objetivos: conhecimento do
usuário e do espaço de intervenção.......................................................................................................9
1.2 Briefing do cliente e Programa de Necessidades: premissas indispensáveis
e objetivos iniciais..........................................................................................................................................9
1.3 Conhecimento do espaço de intervenção: o levantamento de medidas
e o levantamento fotográfico................................................................................................................ 11
2 DIAGNÓSTICO E CONCEITUAÇÃO DE PROJETO .................................................................................. 14
2.1 Diagnóstico de programa e espaço: a interpretação profissional ................................... 14
2.2 Conceituação do projeto.................................................................................................................... 15
2.3 Prancha conceitual ou painel semântico ou mood board................................................... 17
Unidade II
3 FASES DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO......................................................................................... 21
3.1 Estudo Preliminar – Layout inicial................................................................................................. 21
3.2 Anteprojeto.............................................................................................................................................. 23
3.3 Projeto Executivo.................................................................................................................................. 24
3.4 Memorial Descritivo............................................................................................................................. 27
4 PROJETOS COMPLEMENTARES: INTRODUÇÃO AO CONHECIMENTO.......................................... 28
4.1 Projeto Estrutural.................................................................................................................................. 28
4.2 Projeto de Instalações Hidrossanitárias....................................................................................... 28
4.3 Projeto de Instalação de Gás............................................................................................................ 29
4.4 Projeto de Instalações Elétricas, Telefonia, Dados/Voz........................................................... 29
4.5 Projeto de Luminotécnica.................................................................................................................. 30
4.6 Projeto de Climatização...................................................................................................................... 31
4.7 Projeto de Instalações de Segurança (CFTV, alarmes etc.).................................................... 32
4.8 Projeto de Automação........................................................................................................................ 32
4.9 Projeto de Proteção contra Incêndio............................................................................................ 32
Unidade III
5 PROJETO DE INTERIORES DE SERVIÇOS, INSTITUCIONAL E COMERCIAL................................... 36
5.1 Projeto de Interiores de Serviços e Institucional: estrutura organizacional
e espacial.......................................................................................................................................................... 36
5.1.1 Entrada, recepção e sala de espera................................................................................................... 37
5.1.2 Banheiros.................................................................................................................................................... 39
5.1.3 Escritórios e áreas de staff................................................................................................................... 41
6 PROJETO DE INTERIORES DE SERVIÇOS E INSTITUCIONAL: OUTRAS FORMAS
DE ESCRITÓRIO...................................................................................................................................................... 45
6.1 Home office............................................................................................................................................. 45
6.2 Coworking................................................................................................................................................ 46
Unidade IV
7 PROJETO DE INTERIORES DE SERVIÇOS E INSTITUCIONAL: CONSULTÓRIOS........................... 50
8 O PROJETO DE INTERIORES COMERCIAL................................................................................................ 52
8.1 O Projeto de Interiores Comercial: lojas....................................................................................... 52
8.2 Restaurantes, bares e lanchonetes................................................................................................. 54
8.2.1 Zonas de preparo e controle............................................................................................................... 56
APRESENTAÇÃO
INTRODUÇÃO
São apresentados elementos e bases para o projeto de forma geral e estratégias para interpretação
dos dados e conceituação de um projeto. Dessa forma, são expostos métodos de coleta de bases para
o desenvolvimento projetivo, os quais abrangem o conhecimento do usuário e o conhecimento do
espaço de intervenção. Também são reveladas estratégias para interpretação desses dados e para
fundamentação de um projeto através do estabelecimento de um conceito a ser apresentado ao cliente.
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DESIGN DE INTERIORES (INTERVENÇÃO)
Unidade I
1 ESTRUTURA DE UM PROJETO DE DESIGN DE INTERIORES: ELEMENTOS E BASES
PARA O PROJETO
O Projeto de Interiores deve ser desenvolvido a partir de dois subsídios básicos: o físico e
o humano. Ou seja, para se iniciar um projeto, o profissional – designer de interiores – deve
conhecer os dois sujeitos protagonistas deste universo projetivo: o usuário – cliente – e o local
de intervenção. Deve, portanto, conhecer o perfil desse cliente e suas necessidades e o local para
o qual o projeto será proposto.
O perfil do cliente está intimamente relacionado a sua personalidade e/ou a modalidade. No caso
de residencial, o perfil do cliente refere-se à idade, ao temperamento, à sociabilidade, aos gostos,
à profissão, à idade etc. No caso de um cliente institucional, prestador de serviços ou comercial,
refere-se à identidade da empresa ou instituição – história, ramo ou ramos de atividades, identidade
corporativa etc.
Além dessa informação primária, três documentos fundamentais, que constituem a base para o
início do desenvolvimento do projeto, devem ser produzidos: o Briefing, o Programa de Necessidades e
o Levantamento de Medidas/Fotográfico.
Após o primeiro contato com o cliente e depois de terem sido realizados os trâmites iniciais contratuais,
que variam da prática e do método de cada profissional, deve-se entender o briefing e desenvolver um
programa de necessidades com o cliente. Um Briefing inicial e um Programa de Necessidades muitas
vezes precedem o contrato, pois em alguns momentos, para se estabelecer um contrato de projeto,
é necessário que seja conhecido o escopo de trabalho, mas isso pode variar conforme a prática do
designer de interiores e deverá ser estudado em disciplina específica.
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Unidade I
De qualquer forma, num primeiro contato de trabalho mais amplo, o profissional deve solicitar,
indagar ou ao menos entender qual é o perfil e o briefing deste cliente, pois assim terá acesso às
primeiras intenções e aos reais objetivos dele, seja em um projeto residencial, comercial ou institucional.
No briefing inicial, o cliente informará qual é o espaço de intervenção e quais são as suas intenções,
objetivos iniciais e suas pretensões.
• adquiriu um apartamento de 90 m², com três dormitórios – sendo um deles uma suíte –, sala de
estar, cozinha americana, banheiro social e área de serviço;
• no terceiro dormitório ele pretende que seja feito um escritório, que também poderá servir como
um quarto de hóspedes.
No caso do projeto comercial – uma loja, por exemplo –, o profissional deve entender a quem se
destina o projeto, a que público ou a que consumidor ou, no caso de uma empresa ou instituição,
a que setor se destina. Cada setor desenvolve atividades e possui necessidades específicas, inclusive
de espaços, de equipamentos e de mobiliários. Sendo assim, como coloca Gurgel (2014, p. 197), os
diversos setores possuem “necessidades distintas quanto à distribuição, circulação, peças de mobiliário,
materiais, iluminação etc., cabendo ao designer a identificação de todas as características que devem
estar presentes em cada um individualmente”.
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DESIGN DE INTERIORES (INTERVENÇÃO)
Por fim, e tão importante quanto os demais itens, é o conhecimento do budget, ou seja, o orçamento
disponível para o projeto.
Conhecer o espaço físico de intervenção, nesse momento, se faz necessário. A aproximação inicial é
feita por meio de dois procedimentos, conhecidos como levantamento de medidas e levantamento
fotográfico. Deve-se medir tudo e fotografar tudo!
Observação
Antes da medição, é necessário realizar um croqui em planta (figura 2) – além de cortes e elevações
internas –, para que se possa anotar as dimensões do espaço, além de croquis também dos mobiliários
existentes, se for o caso.
Caso o cliente tenha uma planta ou um projeto do local, ambos são de grande utilidade e servem de
base para as medições. Na planta do levantamento, deve-se também anotar as “vistas” de onde foram
feitas as fotos. Elas têm muita serventia para sanar possíveis dúvidas quando a planta base for realizada
para o trabalho. Lembre-se de que após a medição o levantamento é “passado a limpo” em escala, para
que se possa dar sequência ao projeto.
Lembrete
Observação
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DESIGN DE INTERIORES (INTERVENÇÃO)
Além do espaço físico – das dimensões físicas propriamente ditas –, é importante que o profissional
perceba o espaço, que levante as demais qualidades da arquitetura, tendo contato, assim, com os “[…]
predicados especiais – campo visual, sonoro, olfativo e sinestésico […]” (ALMEIDA, 2011, p. 30), além das
configurações geométricas.
No ato do levantamento, devem-se verificar outras questões além da geometria e das perceptivas,
que é o levantamento analítico – a análise propriamente dita do espaço. Como colocado por Ching
(2013), deve-se verificar
• mobiliários fixos;
• pontos de gás;
• instalações mecânicas;
Lembrete
É importante também levantar informações sobre elementos que possivelmente possam ser
reutilizados, como acabamentos e acessórios. Quando fizer o levantamento dos materiais e mobiliários
existentes que serão reaproveitados, anote marcas, modelos e séries, pois isso facilitará a execução
do projeto.
Lembrete
Saiba mais
A interpretação profissional funciona como uma programação (CHING, 2013): o que existe? O que
se deseja? O que é possível?
• “O que é possível?” relaciona-se também à análise crítica do espaço físico, suas materialidades
e sistemas construtivos. Trata-se de uma investigação do que se pode ou não alterar; do que
se pode controlar, do que é permitido por legislações internas ou públicas, normas e instruções
normativas; ou seja, os limites técnicos, legais e os prazos, e, por fim, o budget.
14
DESIGN DE INTERIORES (INTERVENÇÃO)
Saiba mais
Todo projeto inicia – dada a fase de levantamentos – por uma determinação de um conceito. A
conceituação de projeto é muito particular de cada profissional e relaciona-se ao processo individual
de trabalho de cada profissional – cada designer tem seu próprio método criativo para atender às
necessidades do cliente.
Alguns autores listaram as fases de conceituação e estipularam um processo. Ching (2013), por
exemplo, sugere um brainstorming (“tempestade de ideias”), seguido por um esboço de definição de
conceito e pelo desenvolvimento de desenhos esquemáticos. Na primeira fase, Ching coloca a feitura de
diagramas dos principais relacionamentos funcionais e espaciais seguidos pelas atribuições de valores
a questões e elementos-chave. Neste processo é fundamental a busca por formas combinando várias
ideias em uma única melhor e manipulando o todo. O importante em todo o projeto e amadurecimento
profissional é a constituição de um senso crítico projetivo. Na sequência, Ching sugere esboços para
definição de um conceito, onde o profissional deve verbalizar a ideia de projeto de maneira concisa
para na sequência desenvolver os desenhos esquemáticos (figuras 3 e 4) que estabelecem as principais
relações funcionais e espaciais expressadas em diversas alternativas para estudos comparativos.
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Unidade I
Gibbs (2014) diz que alguns profissionais se baseiam em um fato concreto na conceituação e análise de
um projeto. Podem se basear, por exemplo, tanto nas características desejadas pelo cliente, como conforto,
elegância e leveza, quanto podem partir de elementos naturais próprios da região. Os próprios dados
do programa de necessidades podem servir como referência. Como menciona Gibbs (2014, p. 62), ainda
“[…] ao estabelecer o conceito, o designer deve levar em consideração as limitações de fatores como o
orçamento, o próprio imóvel e o estilo de vida do cliente […]”, ou seja, os dados obtidos na documentação
inicial – no Levantamento de Medidas, no Levantamento Fotográfico e no Programa de Necessidades.
A prancha conceitual ou painel semântico ou mood board (figuras 5 e 6) são peças gráficas utilizadas
por alguns designers para transmitir a ideia, a atmosfera conceitual, a essência do design proposto.
Os painéis são formados com “colagens” de informações coletadas pelo designer e têm o objetivo de
transmitir a mensagem projetiva – fotografias, panfletos, recortes em geral podem ser coletados para
transmitir a ideia, o estilo ou a temática do projeto.
Exemplo de aplicação
Pesquise um projeto de interiores cujo conceito seja divulgado e tente encontrar as relações entre as
referências e o projeto realizado.
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Unidade I
Resumo
Exercícios
Questão 1. O Projeto de Interiores deve ser desenvolvido a partir de dois subsídios básicos: o físico
e o humano. Ou seja, para se iniciar um projeto, o designer de interiores deve conhecer os dois sujeitos
protagonistas do universo projetivo: o usuário (cliente) e o local de intervenção. Deve, portanto, conhecer
o perfil desse cliente e suas necessidades e o local para o qual o projeto será proposto.
Para isso, além das informações iniciais, devem ser produzidos três documentos fundamentais, que
constituem a base para o início do desenvolvimento do projeto, que são:
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DESIGN DE INTERIORES (INTERVENÇÃO)
A) Alternativa incorreta.
B) Alternativa incorreta.
C) Alternativa incorreta.
Justificativa: o orçamento deve estar no Memorial Descritivo, o qual só está disponível quando o
projeto já está estabelecido.
D) Alternativa correta.
E) Alternativa incorreta.
I – A prancha conceitual ou painel semântico ou mood board são peças gráficas utilizadas por alguns
designers para transmitir a ideia, a atmosfera conceitual, a essência do design proposto.
Porque
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