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DIREITO CONSTITUCIONAL

Processo Legislativo III

PROCESSO LEGISLATIVO III

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO – PEC

O voto obrigatório é cláusula pétrea?


Não. É possível o voto facultativo, como ocorre entre os 16 e 18 anos e para os maiores
de 70 anos. Portanto, só é cláusula pétrea o voto direto, secreto e universal.

Quais são os limites circunstanciais da PEC?


Não pode haver PEC quando houver intervenção federal, estado de sítio e estado de defesa.

Promulgação da PEC
A PEC é promulgada pela Mesa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. O Pre-
sidente da República não sanciona PEC.

PL PEC
Presidente da República (48h);
Mesa da Câmara dos Deputados e
Promulgação Presidente do Senado Federal (48h);
do Senado Federal.
Vice-Presidente do Senado.
Sanção do Presidente
SIM NÃO
da República

PEGADINHA DA BANCA

Em prova, a banca costuma inverter quem deve fazer a promulgação do PL e da PEC,


afirmando que esta é promulgada pelo Presidente da República, pelo Presidente do Senado
e Vice-Presidente do Senado, e aquele é promulgado pela Mesa da Câmara dos Deputados
5m e do Senado Federal.

Reedição/reapreciação
A reedição/reapreciação ocorre quando há rejeição e arquivamento do PL ou da PEC.

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Reedição/reapreciação na mesma sessão legislativa


PL Como regra, não pode. Porém, se houver maioria absoluta de qualquer uma das Casas, é possível.
PEC Não. Sem exceções.
MP Não. Sem exceções.

Obs.: uma legislatura dura quatro anos e cada sessão dura um ano, logo, cada legislatura
tem quatro sessões legislativas.
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Art. 64. A discussão e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República, do Su-
premo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão início na Câmara dos Deputados.
§ 1º O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.
§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestarem sobre
a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias, sobrestar-se-ão todas as
demais deliberações legislativas da respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo consti-
tucional determinado, até que se ultime a votação. (Redação dada pela Emenda Constitucional n.
32, de 2001)
§ 3º A apreciação das emendas do Senado Federal pela Câmara dos Deputados far-se-á no prazo
de dez dias, observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior. § 4º Os prazos do § 2º não
correm nos períodos de recesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código.
Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discus-
são e votação, e enviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora o aprovar, ou arquivado, se
o rejeitar.
Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora.

RELEMBRANDO
Se a emenda for redacional, o projeto será encaminhado diretamente para o Presidente da
República.

Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votação enviará o projeto de lei ao Presidente da
República, que, aquiescendo, o sancionará.
§ 1º Se o Presidente da República considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou
contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, con-
tados da data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do
Senado Federal os motivos do veto.

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RELEMBRANDO

Quando o Presidente da República veta o projeto por considerá-lo inconstitucional, ocorre


o veto jurídico. Quando o Presidente da República veta o projeto por considerá-lo contrário
ao interesse público, ocorre o veto político.

§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção.

RELEMBRANDO
No caso de silêncio do Presidente da República, ocorre o que se chama de sanção tácita.

§ 4º O veto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a contar de seu recebimento,
só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados e Senadores. (Redação dada
pela Emenda Constitucional n. 76, de 2013)
§ 5º Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República.
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 4º, o veto será colocado na ordem do dia
da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final. (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 32, de 2001)
§ 7º Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas pelo Presidente da República, nos
casos dos § 3º e § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo,
caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.
Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo
projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros de qual-
quer das Casas do Congresso Nacional.

LEI DELEGADA

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Na prática, quase não é mais utilizada devido à existência da Medida Provisória. O Pre-
sidente da República solicita ao Congresso Nacional a edição de uma lei delegada. O Con-
gresso pode autorizar por meio de resolução ou não autorizar. Se o Congresso autorizar,
podem ocorrer dois tipos de delegação:
• Delegação típica: nesta, o Presidente edita, promulga e publica a lei delegada.
• Delegação atípica: nesta, o Presidente edita um projeto de lei delegada, o qual é sub-
metido ao Congresso Nacional. Este aprecia o PL delegada em votação única, vedada

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a apresentação de emendas. Depois que o Presidente apresenta o projeto de lei dele-


gada, o Congresso pode aprovar, caso em que o Presidente promulgará e publicará a
lei, ou rejeitará, caso em que o projeto será arquivado.

Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
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delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os
de competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à
lei complementar, nem a legislação sobre:
I – organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
II – nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais;
III – planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

É vedada lei delegada sobre atos relacionados a competência exclusiva do Congresso,


da Câmara ou do Senado e sobre matéria reservada à lei complementar. Também é vedada
lei delegada sobre legislação a respeito de organização do Poder Judiciário e do Ministério
Público, a carreira e garantia de seus membros; nacionalidade, cidadania, direitos individuais,
políticos e eleitorais; planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

§ 2º A delegação ao Presidente da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que


especificará seu conteúdo e os termos de seu exercício.
§ 3º Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em
votação única, vedada qualquer emenda.

Também chamada de lei delegada imprópria ou com retorno.

RELEMBRANDO
Não há hierarquia entre lei ordinária e lei complementar. Porém, se um assunto de lei
ordinária for regulamentado por lei complementar, pode existir uma lei ordinária revogando
a lei complementar, pois trata-se de lei materialmente ordinária.
25m
Se o Presidente da República apresentar um PL, este começará obrigatoriamente na Câmara
dos Deputados. Isso também se aplica ao PL de iniciativa popular. O PL começa na Câmara,
que é a Casa iniciadora, e depois segue para a casa revisora, o Senado Federal. Se este
não emendar ou se houver emenda redacional, isto é, relacionada a erros gramaticais ou

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ortográficos, por exemplo, o PL é mandado diretamente para o Presidente da República,


que o sancionará ou vetará. Se o Presidente ficar silente, haverá sanção tácita, pois não
existe veto tácito.
Após a sanção, vem a promulgação, que é feita pelo Presidente da República em até 48
horas. Se ele não promulgar a lei, o Presidente do Senado Federal promulgará. Se este
também não promulgar, o Vice-Presidente do Senado promulgará.
O veto é superável, relativo, pois quando o Presidente da República o faz, ele precisa explicar
os motivos ao Presidente do Senado Federal no prazo de 48 horas. Nesse caso, haverá
uma sessão conjunta no Congresso Nacional para apreciar o veto e decidir se ele será
mantido ou rejeitado. Se o veto for mantido, o PL será arquivado. Se o veto for rejeitado, o
PL será promulgado.
Quando o Presidente da República veta por interesse público, ocorre o veto por interesse
político. Quando o Presidente da República veta por acreditar que há inconstitucionalidade,
ocorre o veto jurídico. Quando o Presidente veta por ambos os motivos, ocorre o veto
jurídico-político ou político-jurídico.
A PEC é promulgada pela Mesa da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. A
promulgação do PL é feita pelo Presidente da República. Se este não a fizer, ela deve ser
feita pelo Presidente do Senado. Se este não a fizer, ela deve ser feita pelo Vice-Presidente
do Senado.
Se o PL for rejeitado na sessão legislativa, ele não poderá ser reapreciado na mesma
sessão, em regra. Porém, se houver maioria absoluta de qualquer uma das Casas, é possível
reapreciar o PL na mesma sessão legislativa.
A PEC e a MP não podem ser reapreciadas na mesma sessão legislativa.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Ana Paula Blazute.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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