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Trabalho de Conclusão de Curso de Comuni-

cação Organizacional/2015
Delcia Vidal
Orientação:
Tawana Costa
Textos, revisão e edição:
Vinicius Corrêa
Projeto Gráfico e Diagramação:
Delcia Vidal, Karoline Marques,
Agradecimentos: Bárbara Pina e Vinicius Corrêa
Tawana Costa


Das experiências de comuni-
cação vividas em Organizações
Não Governamentais (ONGs),
expresso neste guia os principais
aprendizados e percepções adqui-
ridos durante a minha trajetória
nessas entidades do Terceiro
Setor. Ao longo de pouco mais
de quatro anos, durante o curso
de Comunicação Organizacional
da Universidade de Brasília, vi
reacender em mim o desejo de
ser uma profissional de comuni-
cação que pudesse contribuir de
alguma forma para as mudanças
sociais. Desde meu primeiro ano
de universidade, pude unir teoria
à prática. Atuei como voluntária
e assistente de comunicação em
pequenas e médias Organizações
Não Governamentais. Planejando,
lidando com diferentes públicos,
assessorando, produzindo material
e eventos. Participando, desde o
primeiro momento, dos caminhos
de comunicação nessas organi-
zações. Sem dúvidas, a vivência
profissional e pessoal em ONGs, me
deu a certeza de que é esse o cami-
nho que desejo trilhar dentro do
infinito universo de Comunicação”.
Introdução
Do desejo de contribuir para o guia foi pensado, de maneira didá-
despertar da comunicação em pe- tica e objetiva, para auxiliar você,
quenas e médias Organizações Não que atua em pequenas e médias
Governamentais (ONGs), nasce ONGs a reconhecer os caminhos
este guia. A partir de experiências da comunicação de acordo com a
profissionais na área, percebi que realidade da sua entidade.
embora grande parte das ONGs al- A intenção não é apresentar
mejasse alcançar reconhecimento, “práticas milagrosas” de comunica-
visibilidade e apoio, pouco ou nada ção. Mas, despertar a consciência
era investido em comunicação. Não do papel indispensável da comuni-
por má vontade. Mas, por falta de cação para o alcance de melhores
conhecimento, recursos humanos, resultados, como visibilidade,
financeiros e um gigante desprepa- parcerias, doações, investimentos,
ro para lidar com a comunicação. reconhecimento, legitimidade e
Sair da zona de invisibilida- tantos outros pontos positivos.
de continua sendo um impasse Esse amadurecimento ou
para uma maioria significativa de implementação dos processos de
Organizações Não Governamentais comunicação na ONG é um longo
do país, que na maioria das vezes, caminho. Em que, gestão e comu-
não sabe se comunicar e se relacio- nicação precisam andar juntas.
nar da maneira mais eficiente. Afinal, comunicação não é
Com base nesse cenário, este atalho, é caminho.

Boa leitura!
COnteúdos
Capítulo 1
A importância da
Comunicação
03-07

Capítulo 2
As redes de relacionamento
11-25

Capítulo 3
A internet a seu favor
29-35

Capítulo 4
Os resultados
39-40

Glossário
41-43
Capít
tulo 1
A importância da Comunicação
“Quem não se comunica,
se trumbica”
Uma coisa precisa ficar clara: Assim, é preciso comunicar.
comunicar é mais do que divulgar Para transformar “causas” em
ou informar sobre ações e projetos. identidades, conquistar apoios e
É uma questão de sobrevivência. parcerias, criar uma relação mais
Uma estratégia vital para alcançar próxima com seus públicos, garan-
visibilidade, disseminar e enri- tindo participação e mobilização
quecer a causa, a organização. para ações e projetos sociais. Mas,
E, também, para potencializar tudo com eficiência.
parcerias, dialogar, engajar e mo- E isso, exige sair de um
bilizar importantes públicos. Com espaço amador para outro mais
essa e tantas outras infinidades de estratégico, percebendo o papel
funções, continuar com uma visão da comunicação para além da
secundária da comunicação é uma mensagem, da frase de impacto,
decisão amadora e ineficiente. da imagem. Porque, tudo isso é
Saiba que, para a sua ONG ser meio, instrumento, e comunica-
reconhecida não basta levantar ção não é mera ferramenta.
bandeiras ou militar. Para fazer a Comunicação é caminho, é
roda girar na busca incessante de processo, é estratégia para tornar
cumprir o papel social e manter conhecida a sua ONG e a causa por
o sustento de uma organização, a ela defendida. Ela é o elo entre a
ONG que atuar sozinha está a um sua organização e os seus públicos.
passo do fracasso. Entretanto, para Não importa o tamanho da
contar com a ajuda e mobilização entidade, a palavra-chave é comu-
de outras pessoas e instituições, nicar, mas com eficiência. Pois,
é necessário tornar a entidade e quem bem não se comunicar tem
a causa, cada vez mais visíveis. chances de trumbicar.
Não apenas na comunidade, mas Para isso, pensar em comu-
perante a sociedade em geral, nicação como estratégia para o
onde estão investidores, imprensa, alcance dos objetivos da ONG, é o
voluntários, doadores, governo e primeiro passo para se obter me-
tantos outros parceiros que, cer- lhores resultados e transformar a
tamente, podem ajudar a manter realidade de maneira planejada,
vivos os projetos da organização. monitorada e avaliada.

3 A importância da Comunicação
Comunicação não é
problema, é solução!
Comunicação não faz milagres e se relacionar, comunicar a causa,
nem tem essa pretensão. Embora, a organização, e principalmente,
a sua existência na ONG, quando para existir.
bem conduzida e aproveitada, Afinal, quem não é visto não é
abre caminhos para minimizar ou lembrado, e consequentemente,
eliminar os incontáveis problemas não existe aos olhos de parceiros,
que atrapalham e comprome- doadores, comunidade, voluntá-
tem o trabalho e a manutenção rios e tantos outros públicos com
de projetos sociais e da própria os quais a sua ONG pode contar.
organização. E, como sabemos, Contudo, vale destacar que,
são diversos os obstáculos enfren- mais do que ser vista, é preciso ser
tados, e vão desde a carência de bem vista. E, para isso, uma comu-
recursos humanos e financeiros à nicação bem planejada e executada
baixa visibilidade. faz toda a diferença e possibilita
Acredite, nem de longe à entidade adquirir credibilidade,
comunicação é problema, mas, reconhecimento, visibilidade,
certamente a sua inexistência motivar pessoas, engajar públicos
ou má execução pode gerar um. e, por último, mas não menos
Principalmente quando não há importante, fortalecer a causa e a
planejamento, em que as ações própria entidade.
são desarticuladas e improvisa- Por isso, não encare a comuni-
das. Ou seja, quando falta pensar cação como peso ou permita que
em cada passo dado no caminho essa seja uma área abandonada
da comunicação. na sua organização. Não se dar
Embora ela dependa de es- conta da sua importância para
forço, dedicação e investimentos solucionar problemas é correr o
permanentes, comunicar é de fato risco de gastar além do necessário
uma estratégia para a sua ONG para manter vivos a ONG e seus
driblar as dificuldades. Seja para projetos sociais.

Tawana Costa 4
O ponto de partida
é planejar
Comunicar por comunicar não para um caminho menos tortuoso,
adianta. A comunicação para que auxilie os membros da entida-
trazer bons resultados precisa ser de a se sentirem mais preparados
pensada e analisada. Ou seja, pla- no dia-a-dia para desenvolver um
nejada. Esse é o elo para fazer com trabalho mais compatível com os
que as ações da sua ONG estejam valores e a missão da organização.
cada vez mais organizadas e não É preciso planejar para a ONG não
percam a sua força, principalmente ficar restrita a esforços sob de-
na hora de se comunicar e se rela- manda, com ações intempestivas e
cionar com stakeholders. improvisadas, onde ninguém sabe
Falar de planejamento quem deve fazer o quê, como fazer
para uma Organização Não e quando fazer.
Governamental de pequeno e Compreendido isso, a primeira
médio porte não pode ser tabu. etapa que se espera para quem quer
Esse é um assunto que precisa melhorar a comunicação é saber
ser incorporado à sua realidade aonde se pretende chegar, e quais
organizacional, para que nada os caminhos seguir. Para isso, um
seja executado isoladamente, sem passo a passo precisa ser elaborado
efeito algum, gerando gastos des- e revisado constantemente. Isso é
necessários e reforçando a ideia de planejamento. Do contrário, qual-
que comunicação é problema. quer bom caminho nunca será bem
Planejar, planejar e planejar! aproveitado, e as armadilhas serão
Essa é a palavra de ordem para ser cada vez mais constantes.
uma ONG eficiente nessa e em Traçar um bom plano é o ponto
todas as outras áreas, contribuindo de partida para fazer as mudanças

Organizando o planejamento de comunicação


1 Defina os rumos dessa ca-
minhada. Coloque no papel
os objetivos que a ONG espera
os pés no chão. Afinal, um bom
planejamento é simples e realista.
Não proponha algo que não será
alcançar. Lembre-se de manter capaz de fazer.

5 A importância da Comunicação
realmente acontecerem e perpe- instrumentos de comunicação têm
tuarem, de acordo com as necessi- um papel importante na conquista
dades e os recursos disponíveis na de parcerias, posicionamento na
sua organização. sociedade e captação de recur-
Se a sua ONG ainda não tem sos. E para que funcionem como
um planejamento de comunica- multiplicadores dos esforços da
ção, está mais do que na hora de sua organização é preciso que cada
refletir sobre quais são os objetivos uma dessas escolhas, seja planeja-
organizacionais, como tem sido a da e monitorada, sempre.
caminhada até aqui para alcançar Outro fator indispensável, é
os resultados desejados e, princi- contar com a participação de to-
palmente, se há comprometimento dos os membros da instituição no
de todos para praticar e manter as processo do planejamento, para
mudanças que estão por vir. assim despertar a consciência
Tenha em mente que, toda da importância da comunicação
e qualquer ação ou produto de para a entidade.
comunicação precisa ser escolhi- Vale dizer que, um planejamen-
do antecipadamente, levando-se to não vai transformar a ONG do
em conta sempre quem se deseja dia para a noite. As mudanças acon-
alcançar. Folders, sites, vídeos, tecem devagar. Por isso, atente-se
eventos podem custar caro e para prazos, metas e orçamentos.
realmente ser um peso no bolso da E atualize ou replaneje seu plano
organização, se não forem previa- sempre que for necessário aumen-
mente planejados. De fato, esses tando as chances dele dar certo.

2 Feito isso, enumere os potenciais


da sua organização, levando em
conta todos os aspectos positivos e
contribuam ou atrapalham para
o alcance dos objetivos, cumpri-
mento de metas e estratégias de
negativos, internos e externos, que comunicação. Um levantamento »

Tawana Costa 6
Organizando o planeja- » preciso e certeiro que leve em
conta a história da organização e
mento de comunicação também tudo o que está aconte-
cendo no ambiente externo.

3 Agora, que já sabe aonde a ONG


quer chegar, mapeie quais públi-
cos farão parte do processo, visan-
do a uma comunicação eficiente e
ampla com cada um.

4 Defina ações e estratégias. Para


cada estratégia, estabeleça uma
ação que instrua de que forma a
estratégia deve ser executada.

5 Estipule metas e prazos para não


se perder.

6 Estabeleça um cronograma para


descrever as ações, com previsão
de começo e fim.

7 Indique uma pessoa para execu-


tar as ações.

8 Faça um orçamento para contro-


lar gastos e evitar desperdícios.

9 Avalie.

10 Monitore sempre.

7 A importância da Comunicação
Tawana Costa
Capít
tulo 2
Os relacionamentos
Olhando de dentro
para fora
Uma boa rede de relaciona-
mentos tem suas raízes no am-
biente interno. É o pessoal de casa,
ou seja, dirigentes, colaboradores
e voluntários, que muitas vezes
irão atuar como ponte do primeiro
networking da organização. Eles
estão por aí, agindo gratuitamente
para disseminar a causa, valori-
zar a entidade e potencializar a
entrada de novos apoiadores a
partir dos seus círculos de convi-
vência. São uma verdadeira fonte
de informações e imagem da ONG,
e merecem cuidado e informação.
Preocupar-se com a comunica-
ção interna é cuidar do primeiro, e
senão do mais importante parcei-
ro da sua organização, aquele que
está lutando diariamente para que
a ONG consiga cumprir sua fun-
ção social e colocando a entidade
para funcionar.
Do voluntário à equipe de lide-
rança, todos os membros precisam
estar bem informados para serem
multiplicadores eficientes e articu-
lados dos discursos da instituição.
O seu público interno precisa ter
muito bem assimilado o que é a
ONG, qual a sua importância na
sociedade, quem são os benefi-

11 Os relacionamentos
ciados, qual a causa defendida, recendo para uma imagem mais
suas propostas, sua capacidade de positiva, dentro e fora da ONG.
trabalho, os resultados que ela vem Tudo isso, abre caminhos para
alcançando ou pode vir a alcançar a criação de um ambiente sério,
e tantas outras questões. de duplo comprometimento, e ao
Concentrar esforços de comuni- mesmo tempo descontraído, com
cação para capacitar e informar esse um clima que favoreça o entrosa-
público é, além de investir em con- mento entre todos da organização.
teúdo e informação, essencial para Quanto mais informado,
manter os membros internos cada motivado, engajado, confiante
vez mais engajados com a causa e os e capacitado para atuar como
projetos organizacionais. agentes comunicadores, mais
Por falar em engajamento e ávido o público interno estará para
motivação, esses, são sem dúvidas sensibilizar a sociedade, legitimar
dois grandes desafios, mas, precisam a causa e prospectar novas pessoas
ser entendidos como peças chaves para a sua instituição.
e essenciais nesse processo. Afinal, Antes de divulgar a ONG por aí,
voluntários e colaboradores estão coloque a casa em ordem. Invista
ajudando a sua ONG por alguma ra- nos relacionamentos internos, nas
zão, que não está ligada a um retorno relações interpessoais dos seus
financeiro, mas a uma causa própria membros e em um diálogo proa-
ou social. Por isso, para sustentar tivo, descentralizado, de respeito
o ambiente interno é fundamental e valorização do público mais
despertar o sentimento de orgulho, próximo da organização. Acredite,
pertencimento, comprometimento se a comunicação não fluir bem in-
e importância desse público para o ternamente, a sua atuação externa
trabalho da organização. ficará comprometida.
Esse estreitamento de laços com Olhar para dentro é funda-
o pessoal de casa contribui para o mental para melhores resultados e
desenvolvimento de novos vínculos relacionamentos da organização.
de participação e incentiva relações Afinal, a união nessa caminhada
cada vez mais duradouras, favo- faz, de fato, a força.

Tawana Costa 12
Comunique-se e interaja
com o público interno
Aqui vão algumas dicas para você troca de experiências e boas his-
trabalhar a comunicação com os tórias. Ou seja, para a criação de
colaboradores da sua organização. vínculos e laços pessoais.
Mais adiante, haverá uma aborda-
gem voltada especificamente para
voluntários, e por isso nos próximos
tópicos eles não estarão incluídos.
3 Faça uma avaliação do relaciona-
mento interno, verificando se o
tratamento dispensado ao pessoal
de casa é compatível com a política

1 Invista em murais, eles são uma


excelente forma de manter todo
mundo bem informado. Com um
da organização. Afinal, sua ONG não
pode e nem deve ser contraditória.

espaço para divulgar informações


internas, de interesse da ONG, agen-
da de eventos, datas de aniversário e
4 Incentive a formação pessoal e
profissional do público interno.
Com palestras, grupos de discus-
etc. Ter um quadro bem localizado, sões e dinâmicas para promover
organizado e atraente desperta o além da integração, a capacitação
interesse e a atenção de todos. interna. Um público interno bem
informado e capacitado pode legi-

2 Do cafezinho a almoços.
Promova a integração entre os
timar a causa e a organização.

membros, com encontros infor-


mais e eventos descontraídos.
Tudo isso contribui para um
5 Tenha sempre uma lista atuali-
zada de todos os contatos inter-
nos, e desenvolva um relaciona-
clima agradável, que favoreça a mento frequente e transparente.

13 Os relacionamentos
Você sabe com quem
está falando?
Se o reconhecimento é um dos ou a ausência dele, é um fator que
pilares para uma ONG obter êxito e compromete toda a trajetória.
sustentabilidade, mais importante Para facilitar essa identificação de
ainda é desenvolver relacionamen- públicos, pense em dois ambien-
tos com quem poderá contribuir tes: interno e externo, que abrigam
para o alcance desses objetivos, ou grupos de pessoas com diferentes
seja, os públicos da organização. papéis na organização.
Mas, considerando a diversidade de Como dito anteriormente, o
stakeholders da sua ONG, antes de público interno inclui colabo-
se comunicar é preciso saber com radores remunerados ou não, e
quem está falando. O motivo é que, são: voluntários, colaboradores
para estabelecer uma comunicação e dirigentes. Já o público externo
mais eficaz, é essencial compreen- abrange a comunidade, apoiado-
der quem é seu o público para lidar res, investidores privados, impren-
da melhor maneira com cada um. sa, governo, ONG relacionadas
Mais do que saber o que falar, à causa. Ter um relacionamento
ao identificar e reconhecer com eficiente e duradouro com esses
quem está falando deve-se pensar públicos é essencial para impactar,
também em como falar, onde falar, engajar e fidelizar contatos.
quando falar e porque falar. Isso Mas, para esse relacionamento
faz toda a diferença para criar e ser eficiente não basta enviar car-
manter um relacionamento cada tões de agradecimento ou realizar
vez mais promissor e confiante. contatos esporádicos. Para conser-
Entenda que, o canal de comuni- var parcerias, essa relação precisa
cação e a linguagem precisam ser ser de permanente credibilidade,
diferentes e adaptados de acordo confiança e que transmita a impor-
com as demandas e necessidades tância da parceria para a existência
de cada alvo, do contrário, há des- da ONG e defesa da causa.
perdício de informação. Com as ações personalizadas e
Sem dúvidas, o mau relaciona- segmentadas, fica mais fácil man-
mento com os diversos públicos, ter uma imagem positiva »

Tawana Costa 14
Você sabe com quem
está falando?
» perante todos os públicos. Um é vital para manter uma relação
bom relacionamento interno e ex- de mão dupla e de comunicação
terno contribui para a formação de frequente, que preste contas aos
uma rede de atuação e contatos da parceiros, doadores, disponibi-
sua organização, potencializando lize dados e informações para a
esforços nesses dois ambientes. imprensa, e crie assim, relaciona-
Uma boa lista de contatos de mentos duradouros, transparente e
todos os públicos da organização de confiança com stakeholders.

Estabelecendo contato
Invista em um relaciona- Tenha um canal de infor-
mento permanente, mações para esses
seja de modo virtu- públicos, como site,
al ou conversas blog corporativo,
presenciais. redes sociais.

Faça conta- Estabeleça


tos pessoais, parcerias em
com e-mails, diversas áreas.
telefonemas Na área de pro-
jetos, por exemplo,
você pode firmar par-
cerias com outras ONGs¹ que
possuem projetos semelhantes e
defendam a mesma causa.

1 No site da ABONG há uma lista das principais entidades do país, divididas


por região e estados. Consulte: http://www.abong.org.br/associadas.php

15 Os relacionamentos
Dê importância à
Imprensa
Tão importante quanto fazer sua ONG para divulga-la. Contudo,
um trabalho social, é comunicar precisa de um bom release, de uma
os resultados bem-sucedidos para fonte segura e uma ótima relação.
agregar valor, notoriedade e reco- Conquistar um espaço nesses meios
nhecimento. Um bom caminho para não é tão difícil quanto parece,
alcançar multidões com credibilida- desde que seja estabelecida uma
de é a imprensa, que pode ser uma parceria permanentemente cultiva-
forte aliada para mediar a comuni- da. A ONG que esperar que somente
cação da ONG frente a tantos pú- a mídia busque a organização está
blicos. Ter o trabalho nos holofotes fadada ao fracasso nessa relação.
da mídia legitima a organização, Um importante passo é reco-
abrindo espaço para discussões que nhecer o que pode ser considerado
fortaleçam a causa e deem visibi- notícia, pois saiba que nem tudo o
lidade à ONG. Mas, para que essa que a sua organização realizar é de
parceria dê certo é preciso, além de interesse da imprensa e do público,
um bom relacionamento com os sobretudo se for algo estritamente
profissionais da área, conhecer as relacionado apenas à organização.
regras do jogo, como saber abordar Assim, identificar conteúdos de in-
e sensibilizar o jornalista, entender teresse midiático da sua organização,
a dinâmica que envolve o processo definir um fluxo de informações e
de construção de notícias até a sua de atendimento à imprensa econo-
veiculação ou não. Ter um profissio- miza tempo e faz toda a diferença na
nal capacitado para atuar nessa área relação com esse público que atua
é fundamental. nos meios de comunicação.
Vale dizer que, o espaço na Para um relacionamento cada
mídia existe, só precisa ser bem vez mais eficiente, é essencial
aproveitado. Afinal, as temáticas conhecer as rotinas de produção
sociais, por si só, já despertam o in- e os tipos de mídia, para que toda
teresse da imprensa. Saiba que, um escolha de comunicação seja estu-
jornalista não precisa ser militante dada, planejada, considerando o
da sua causa ou simpatizar com a resultado que se deseja alcançar. »

Tawana Costa 16
Dê importância à
Imprensa
» Outro fator fundamental é se gia faz parte da luta pela inclusão.
relacionar preferencialmente com Dito isso, fica evidente que
os jornalistas que atuam ou estejam não dá para ignorar a impor-
em editorias ligadas à temática tância desse relacionamento na
defendida pela organização. Por sua organização, e muito menos
exemplo, se a sua entidade defende manter-se resistente à exposição
os direitos das crianças e dos ado- midiática. Estar na imprensa não
lescentes, dependendo da notícia, é privilégio, é necessidade para
pode ser enviada para jornalistas da conferir notoriedade e ampliar a
editoria de saúde, educação, cida- visibilidade da sua ONG perante a
des, e render um emplacamento. sociedade, reforçando o laço com
Em algumas ONGs, mais do seus diversos públicos.
que divulgar e promover a sua mis- Mas, lembre-se é de vital
são nos grandes meios de comuni- importância ter uma pessoa me-
cação, é necessário conscientizar diadora entre a ONG e os veículos
os jornalistas sobre as abordagens de comunicação, para investir na
corretas de terminologias e temá- criação de uma parceria dinâmica,
ticas, visando a uma abordagem harmoniosa, proativa e de mão
cada vez mais eficaz na imprensa. dupla, com o jornalista que real-
Como exemplo, temos as ONGs mente terá interesse nas pautas da
que atuam em defesa das pessoas ONG. E, saiba que ter um relacio-
com deficiência física, intelectual, namento amistoso não garante
dos LGBTTs e tantas outras frentes espaço e visibilidade a ONG. É
que têm suas peculiaridades nas preciso uma dose de paciência e
nomenclaturas, onde a terminolo- outra grande de planejamento.

17 Os relacionamentos
Dicas para não 1 Estabeleça uma relação de
confiança, de mão dupla
atrapalhar
o relacionamento 2 Seja ágil e eficiente no atendi-
mento à imprensa

com a imprensa 3 Nada de sensacionalismo ou


espetacularização

4 Convide jornalistas para even-


tos de importância social

5 Nada de coisas inventadas ou


exageradas para despertar o
interesse da mídia

6 Mantenha contato com o jor-


nalista certo

7 Não ligue em cima da hora,


nem depois de 17h para pedir
uma divulgação. Planeje esta ação.

8 Avalie se seu release realmente


é uma notícia

9 Seja claro e objetivo

10 Tenha um bom mediador


nesse relacionamento

Fonte: (MURAD, disponível emreposcom.portcom.intercom.org.br)

Tawana Costa 18
Um bom texto interessa e sensibiliza
Para despertar o interesse do jor- beneficiadas e a opinião sobre as-
nalista não basta contar uma boa suntos relacionados à causa. Tudo
história ou apresentar fatos extra- isso pode virar notícia desde que
ordinários. É preciso apresentar não estejam reduzidos a um grupo
informações objetivas, confiáveis de pessoas da sua organização ou
e de qualidade. Um bom texto da comunidade.
atrai o olhar jornalístico e sensi- É importante saber que, agir
biliza os públicos leitores para a com antecedência, pode não ser
causa, resultando em possíveis suficiente para emplacar. Antes de
retornos positivos. sair enviando seu release por aí,
A estrutura do texto deve tenha em mãos um bom mailing,
responder às seguintes perguntas: uma lista de contatos dos prin-
o quê, quem, quando, onde, como, cipais veículos e jornalistas que
por quê. Essas são informações terão interesse em divulgar a sua
essenciais que tornam o texto uma notícia. E, então ligue um a um,
verdadeira notícia. O caminho para reforçar o email enviado. Esse
ideal é fazer um texto breve, com follow up é crucial.
conteúdo, veracidade e zero sen- Uma boa dica para as organiza-
sacionalismo. Além disso, invista ções que não sabem onde encontrar
em informações adicionais sobre esses contatos, é ligar nos telefones
o assunto, anexe imagens de boa gerais dos veículos de comunicação
qualidade, personalize o texto com e pedir o nome, telefone e email dos
um personagem que tenha vivido jornalistas que têm relação com a
ou participado do contexto, e sua área de atuação.
outros materiais. Tudo isso facilita Tenha em mente que, sem
a vida do jornalista, e consequen- um bom título, lead, follow, é
temente seu relacionamento. bem provável que seu destino
Saber o que interessa ser nas mãos de um jornalista seja a
divulgado pela ONG nos meios de lixeira mais próxima.
comunicação também é impor- E não se esqueça, ao final do
tante. São exemplos de assuntos texto, inclua informações sobre a
que podem ser noticiados: a ONG e os principais contatos da
inauguração de um novo espaço, pessoa responsável pela mediação
a realização de um evento social, com a imprensa, como telefone, e-
relatórios. As histórias de pessoas mails e os contatos da organização.

19 Os relacionamentos
exemplo
Aviso de Pauta ¹
Título Dia do Orgulho Autista: Grupo de pais promove ação
para divulgar o autismo no DF

Lead No dia 18 de junho, será comemorado o Dia Mundial


do Orgulho Autista. Em homenagem à data, um
grupo de pais da Associação Brasileira de Autismo,
Comportamento e Intervenção do Distrito Federal –
Abraci-DF irá promover uma ação social para desmis-
tificar o autismo e conscientizar a população local
sobre a importância da inclusão de pessoas com a
síndrome. O evento acontece no dia 16 de junho, às
9h, no Parque da Cidade.
Um estande será montado em frente ao antigo
pedalinho. Os frequentadores do Parque e interessados
pelo projeto poderão tirar dúvidas sobre o transtorno
com os pais da Associação e com os voluntários no
local. Além disso, serão expostos folders, camisetas,
apostilas explicativas sobre a temática e materiais di-
dáticos utilizados no tratamento do autismo. A diver-
são está garantida para a criançada, com cama elástica,
pinturas e algodão doce.

Informações Abraci-DF – A Associação atende mais de 30 crianças e


adicionais adolescentes do Distrito Federal e Entorno. São desen-
volvidos diversos tipos de tratamentos com interven-
ções terapêuticas, atividades em grupo e orientação
psicopedagógica aos pais e familiares. Um grupo de pais
autistas fundou a Abraci em 2010, com o objetivo de
promover a inclusão social e melhoria da qualidade de
vida de autistas por meio de um projeto voluntário, com
acolhimento e troca de experiências. Só no Brasil, são
mais de 500mil pessoas com autismo. »

Tawana Costa 20
exemplo

» 18 de junho - A iniciativa de instituir o Dia do


Orgulho Autista é da organização americana Aspies for
Freedom. Fundada em junho de 2004, a Aspies luta pelo
fortalecimento dos direitos civis dos autistas e tem co-
mo objetivo combater todas as formas de discriminação.

Serviço Evento: Ação Social Abraci – Juntos Somos Mais!

Data: 16/06/2013 - Domingo

Hora: 9h às 12h

Local: Parque da Cidade


(Próximo ao antigo pedalinho)

Contato: Assessoria de Imprensa – Tawana Costa


(61) 9306 6363/9294-7345

Diretora da Abraci –DF – Lucinete


(61) 8122 1947

1 Release feito para a Associação Brasileira de Autismo, Comportamento e Intervenção do


Distrito Federal – Abraci-DF durante a disciplina de Instrumentos de Comunicação do 4ºse-
mestre de Comunicação Organizacional da Universidade de Brasília

21 Os relacionamentos
8 erros que prejudicam o seu release ¹
1 Falta de informação de que o jornalista não tem tempo
Se alguém te ligar para pedir algu- para gastar com textos longos
ma informação sobre seu release, e desnecessários. Quanto mais
você o escreveu errado. Um release objetivo você for, mais chances
deve ser completo e conter todas as tem de lerem seu texto. Então,
informações sobre o assunto trata- quando tiver seu release pronto,
do. Para te ajudar a contemplar tudo leia-o de novo e corte palavras.
no seu release, faça um checklist Com certeza há algumas que não
antes de escrevê-lo. Enumere tudo precisam estar ali.
que é importante contar e depois
do release pronto confira se faltou 4 Não tem contato
alguma informação. Um release deve sempre conter
todas as informações de conta-
2 Título vazio to da parte de quem o escreveu.
A função de um título é resumir em Pode ser que não precisem falar
uma linha tudo que contém em seu com você, mas se alguém precisar,
release. Você deve responder em até como entrará em contato? Sempre
duas linhas as 5 perguntas jorna- coloque em seus releases o e-mail,
lísticas mostradas acima. Quanto o telefone, o nome e o endereço da
mais informação você conseguir empresa, caso necessário. Esse tipo
colocar no título, mais assertiva é de informação é essencial.
sua comunicação. Afinal, o jornalis-
ta não precisará ler tudo para saber 5 Sem imagens
exatamente do que você falará. Para enriquecer seu release co-
loque fotos junto da informação.
3 Enrolação Se não houver imagens não tem
Um pecado gravíssimo na hora de problema, mas lembre-se que elas
escrever um release é a falta de aumentam as chances de o seu
objetividade. Use sempre sen- release ser bem compreendido.
tenças curtas e nada de repetir Então, sempre que puder, anexe
raciocínios com outras palavras. fotos, os jornalistas adoram, pois
Você deve partir do pressuposto isto evita a perda de tempo deles.

1 Informações acessadas no dia 06/06/15, em http://portal.comunique-se.com.br/index.php/


artigos-colunas/74003-8-erros-mortais-que-voce-deve-evitar-ao-trabalhar-um-release

Tawana Costa 22
8 erros que prejudicam o seu release
6 Falar diretamente ao leitor para a lixeira ou caixa de spam e a
“Caro, jornalista”, “conto com sua chance de conseguir emplacar suas
participação”. Caso o jornalista te- pautas literalmente pro lixo.
nha recebido seu release, sabe que
a ele foi endereçado por se tratar 8 Metralhadora de e-mails
de um release, sem a necessidade Certo, concordamos que enviar
de pedidos, conversas ou falas ale- e-mails é simples, rápido e pode
atórias. O release deve ter foco na gerar resultado, mas não seja um
comunicação e informação, com disparador compulsivo, enchen-
linguagem clara, direta e dados do as caixas de jornalistas e
suficientes para que o jornalista virando um “spammer”. Procure
entenda sobre quem é, o que se conhecer o básico sobre os jorna-
passa, quando acontecerá, onde e listas para os quais costuma en-
porque será realizado. viar seus e-mails, assim chegará
cada vez mais perto de conseguir
7 Conteúdo publicitário publicações, atendendo às ne-
As pessoas que receberão seu cessidades dele e evitando enviar
comunicado estão esperando con- conteúdo que pode não ser de
teúdo relevante que possam passar seu interesse. Todo conteúdo é
a diante e informar outras pessoas. importante a um determinado
Publicidade é a última coisa que grupo de pessoas, saber onde
eles desejam em suas caixas de estão e quem são os interessados
e-mail. Não destrua seu relacio- pelo seu material é fundamental.
namento com o jornalista, suas
mensagens futuras podem ir direto

O que fazer com o que falam de nós?


Uma questão que sempre surge conteúdo encontrado, como fotos,
é o que fazer com as notícias que vídeos e textos. Esse material
saem sobre a organização. Mais do facilita o acompanhamento da
que acompanhar constantemente repercussão dos resultados dos
o que está sendo divulgado pela esforços da sua ONG nos veículos
imprensa, deve-se organizar todo o de comunicação. O clipping é um

23 Os relacionamentos
poderoso instrumento para isso, e sua ONG, para saber o que tem
que está muito além de um simples despertado o interesse da mídia
recorte ou relatório. e ficar por dentro dos cenários
Ao enviar um release, con- externos à organização.
ceder uma entrevista é preciso Se a sua organização está apa-
ficar atento se as notícias foram recendo na mídia, use isso a seu
realmente publicadas e veicula- favor. Disponibilize no seu mural
das, para que possam ser poste- e envie aos colaboradores, volun-
riormente documentadas. tários, comunidade, doadores e
Também é importante acom- tantos outros apoiadores da ONG o
panhar o que a imprensa tem resultado desses esforços, para que
publicado sobre assuntos que todos tomem conhecimento e se
envolvem a temática da causa da sintam parte dessa conquista.

Comunicar para juntar e fidelizar gente boa


Mais do que atrair voluntários, voluntário faz toda diferença e
é preciso construir um relacio- reflete como a sua organização vê
namento capaz de despertar o voluntário: importante, valori-
nessas pessoas um sentimento de zado e reconhecido.
pertencimento e identificação com Com certeza, o voluntario é
a causa e a organização. Esses são uma força de trabalho vital para a
dois elos importantes para juntar e sobrevivência de diversas áreas e
manter gente boa em prol de uma projetos da sua ONG. Assim, é im-
causa. Entretanto, essa atuação não portante criar um relacionamento
pode e nem deve ser feita de forma de duplo comprometimento entre
aleatória. Isso exige causa tempo, organização e voluntário, levando
planejamento, gestão e principal- em consideração a real motivação
mente comunicação, para motivar de ambos os lados.
e engajar esse público. Os motivos para a desistência de
O motivo pela qual a sua um voluntário são vários, mas a au-
organização deseja atrair volun- sência de um relacionamento ativo
tários precisa estar muito bem e uma comunicação ineficiente são
delimitado, bem como as áreas em fatores que contribuem para »
que esse público poderá ajudar. » este fim. A correria do dia-a-dia
Adotar um bom programa de não pode atrapalhar essa relação.

Tawana Costa 24
Comunicar para juntar e fidelizar gente boa
Um importante passo é ter um identificar os perfis de voluntários
programa de voluntário planejado que a organização mais precisa, de
e organizado que desenvolva um forma que as pessoas ao entrarem
relacionamento de engajamento possam realmente contribuir para
e motivação. Outro ponto fun- o trabalho da organização e se
damental nessa relação, é saber manterem entusiasmadas.

dicas Evento também é


comunicação
1 Comunique-se com rapidez A realização de eventos beneficentes,
como bazares, festas ou ações de
mobilização social, como caminhadas

2 Tenha um responsável para se


relacionar com os voluntários
e campanhas amplificam a atuação da
organização, colaborando e muito pa-
ra a divulgação da causa e da própria

3 Invista em um processo de vo-


luntariado, que possa selecionar
e orientar esse público da melhor
ONG. Antes, durante e depois de um
evento é preciso comunicar, para ad-
quirir investimento e parcerias na rea-
maneira possível lização, mostrar resultados e convocar
a sociedade para participar. Uma ação

4 Motive as pessoas
constantemente
não pode ser realizada sem pensar
nos públicos que irão participar e
trabalhar, na imagem que esse evento

5 Promova eventos de integração


entre os novos membros
poderá agregar e os benefícios que ela
trará. Isso tudo, depende de uma boa
e eficiente comunicação, em todos os

6 Dê retornos positivos meios onde a ONG estiver inserida,


que seja capaz de transmitir a missão,
os valores nessa divulgação para que
se conquiste cada vez parceiros para a
organização e visibilidade.

Fonte: Cartiha de voluntário dos Atados


http://pt.slideshare.net/andrecervi/cartilha-de-voluntariado

25 Os relacionamentos
Capít
tulo 3
A Internet a seu favor
A presença digital
Não marcar presença online é contra uma comunicação direta com seus
a regra, afinal praticamente todos os stakeholders, que estão ansio-
seus públicos, provavelmente, estão sos por conteúdos atualizados e
ocupando um espaço em impor- relevantes, capazes de chamar a
tantes plataformas digitais. Logo, atenção para a causa, despertar o
minimizar a importância e o efeito interesse e a afinidade das pessoas
dessa rede de possibilidade para dentro e fora da rede, potenciali-
interagir e prospectar virtualmente zando suas relações e contribuindo
pode significar muitas perdas. Mas, para melhores resultados.
sair por aí criando perfis e páginas Mas, antes de mergulhar nesse
sem compromisso de mantê-las com espaço gratuito de relacionamento e
informações desatualizadas é uma exposição, avalie se a sua ONG está
postura tão ruim quanto não estar preparada para lidar com a gigan-
presente em nenhuma delas. tesca gama de obrigações para ter
Estar na Internet é mais do que uma comunicação nas redes sociais.
ter um site, um blog ou uma série Embora elas sejam um canal facili-
de perfis e fanpages. Exige tempo, tador para divulgar as informações,
planejamento e disposição. Pois a mobilizar pessoas, criar eventos,
atuação online também reflete os é preciso encará-las como estraté-
esforços da ONG para a comunica- gias para contribuir no processo de
ção, e se não for bem planejada, há comunicação entre parceiros, e não
o risco de agregar uma imagem de apenas como ponto de fuga para
descompromisso por parte da orga- evitar gastos financeiros. Lembre-se,
nização perante os públicos. que estamos falando de relaciona-
Para isso, é preciso entender a mento virtual com os públicos como
dinâmica das coisas, e fazer esco- estratégia para fortalecer o com-
lhas planejadas e direcionadas das promisso de quem já está com a sua
redes e mídias sociais que podem ONG e quem pode vir para somar.
favorecer a realização dos objetivos E, lembre-se, uma boa atua-
da organização, como captação de ção na rede online não substitui o
recursos, voluntários, prestação de contato o presencial. A Internet para
contas e prospecção de apoio. estar a seu favor precisa ser utiliza-
Não se pode mais abrir mão da da como uma das estratégias para
presença digital para estabelecer divulgar a ONG e estreitar laços.

29 A internet a seu favor


As possibilidades de redes online
Depois de tanta reflexão sobre a para que haja um bom aproveita-
necessidade de existir no mundo mento deste espaço. Elas são uma
digital, eis que surge uma grande e espécie de cartões de visitas online
importante questão. Qual o melhor e devem transmitir os valores e a
meio de divulgar informações e identidade organizacionais.
se relacionar com tantos públi- O resultado de uma boa presen-
cos? Uma fanpage, um site, um ça online gera maior visibilidade,
blog, um twitter? Na verdade, a posicionamento destacado, aumenta
resposta está mais em como essas o número de contatos e interações.
ferramentas escolhidas podem se Os seus públicos estão em di-
encaixar às necessidade e reali- versos espaços da web, e por isso,
dades da organização. Um blog você precisa conhecer esse vasto
institucionalizado pode funcionar território e as redes de possibili-
muito bem como um site oficial, dade online, e assim, selecionar
uma página no pode ajudar na a que será mais útil para divul-
mobilização de voluntários e doa- gação da entidade e manter um
ções, por exemplo. bom relacionamento.
Uma coisa é certa: parceiros, São várias as redes sociais
apoiadores, imprensa, voluntá- utilizadas atualmente, mas existem
rios, colaboradores e a própria aquelas que podem trazer melho-
comunidade beneficiada pelo res resultados, como visibilidade,
trabalho irão acessar esses meios recursos e engajamento para a
para obter informações e divulga sua organização. A maioria das
-las em suas redes sociais. ONGs utilizam redes sociais para
Mas, tenha em mente que, compartilhar conteúdos, vídeos,
independentemente da escolha, fotos, textos, frases e etc. São elas:
essas redes sociais não andam Facebook, Twitter, Instagram, Blog
sozinhas. Precisam de conteúdo, e Youtube. Seja qual for, a sua esco-
atualizações e monitoramento, lha, saiba que este é um caminho
virtual sem volta.

Tawana Costa 30
As possibilidades de redes online
Facebook: perfil ou página. De acordo com os termos de
serviço do próprio site de relacionamento, cada pessoa
pode ter um único perfil e este deve ter caráter pessoal.
Isso quer dizer que qualquer perfil de empresa está ferin-
do os termos de serviço e, portanto, pode ser removido a
qualquer momento. Levando essa informação em consi-
deração, é melhor a ONG criar uma página no facebook e
não um perfil. Além disso, uma fanpage, não tem limite
de mensagens, pode ser visualizada por uma infinidade
de pessoas que curtam a página, e compartilham ima-
gens, textos, vídeos, tudo de maneira interativa, dinâmica
e rápida. O facebook é uma boa estratégia para mobilizar
voluntários, trocar informações com outras ONGs e
adquirir recursos. Esteja ciente de que, os beneficiados da
comunidade, voluntários, outras ONGs e outros poten-
ciais parceiros estarão de olhos atentos a essa rede da sua
organização, à espera de um conteúdo para compartilhar,
curtir e inspirar novas postagens pessoais. Praticamente
todos os públicos utilizam essa rede social.

Twitter: Nessa plataforma, o seu espaço é ainda mais


ágil e direto, com mensagens curtíssimas. Os seguidores
do twitter, como são chamados o usuário dessa rede,
compartilham os conteúdos e interagem em tempo real.
As postagens são acompanhadas de #hashtags, para
categorizar os assuntos importantes da mensagem. Criar
um perfil nessa rede exige mais tempo e pessoas para mo-
nitorar, responder e relacionar com os usuários. Do con-
trário, não vale à pena, e o resultado pode ser desastroso.

Instagram: Se você tem vídeos e fotos da ONG para


divulgar esse é um excelente espaço. Ainda que as fo-
tos não estejam em alta qualidade, o Instagram oferece

31 A internet a seu favor


edições para tornar as fotos mais atraentes. Os vídeos
também podem ser compartilhados, e geralmente têm
pouca duração. Essa é uma rede que pode sensibili-
zar e engajar os usuários, com conteúdos interativos
e #hashtags. Voluntários são um público que atuam
fortemente nessa plataforma e têm o costume de vira-
lizar ações sociais das quais participam em suas redes
sociais. Nesse espaço, uma boa legenda com #hashtags
fazem toda a diferença.

Blog: A presença online nessa rede traz mais credibili-


dade perante a sociedade, pois adota um tom mais sério,
mas não distante do público. É um espaço que possibilita
ao usuário conhecer a ONG, obter informações sobre a
causa, os trabalhos realizados por ela, os resultados, a
equipe. Geralmente é uma plataforma que permite uma
maior abrangência de púbicos. É um espaço que permite
interação, com postagens, comentários, fotos, vídeos,
textos, notícias. Possuir um site ou um blog é um meio
de demonstrar aos stakeholders que sua ONG é séria e
profissional. Quem é a ONG? O que ela faz? Como posso
ajudar? Onde tem informações sobre a causa? Como
posso entrar em contato, onde ela está localiza?, são
informações que precisam ser respondidas nesse canal.
A pessoa responsável pelo blog precisa estar atenta aos
comentários, ser ágil e eficiente nesse feedback.

Youtube: Se a sua ONG tiver um bom vídeo institu-


cional, esse é um excelente espaço para divulgá-lo. Essa
plataforma possibilita a criação e acompanhamento
de vídeos, e possibilita a divulgação em outras redes
sociais, como Facebook e Twitter, aumentando então o
alcance do material.

Tawana Costa 32
Conteúdo, linguagem
e frequência
Sem planejamento para atuar na vídeos do espaço, da comunidade.
web não vai funcionar. É preciso Mensagens convidativas para atrair
ter um norte na construção de voluntários, assuntos relacionados
relacionamentos por meio das à causa e etc. As datas celebrativas
ferramentas digitais. Uma atuação relacionadas à causa também são
que escolha as plataformas mais uma excelente oportunidade. Os
úteis, a linguagem mais adequada, conteúdos não precisam seguir
os conteúdos capazes de despertar uma estrutura rígida. Conforme
maior interesse e engajamento do as demandas, novos conteúdos
seguidor. Cada rede social funcio- podem ser criados.
na melhor com determinado públi-
co, mas dependendo do conteúdo, Dicas
estratégias e linguagem pode al-
cançar um número cada vez maior
de parceiros em um mesmo espaço. 1 Chame a atenção para
uma causa

Conteúdo: Os conteúdos preci-


sam ser definidos a partir do obje-
tivo estabelecido, seja para atrair
2 Inspire pessoas a fazer
uma doação

voluntários, conseguir doações


ou disseminar a causa. O fato é: as
mensagens precisam despertar a
3 Recrute voluntários

atenção e o interesse dos inter-


nautas, para que esses compar-
tilhem, curtam e comentem as
4 Evite o excesso/carência
de atualização

publicações, favorecendo uma


maior visibilidade dentro e fora da
rede. Bons exemplos de conteúdo
5 Releia sempre suas postagens
para evitar erros ortográficos

são a história da ONG, a divul-


gação de eventos e ações, fotos e 6 Use fotos interativas, textos
curtos e objetivos.

33
Linguagem: Uma legenda, post
ou comentários nessas redes
exige antes de tudo uma boa
correção gramatical, objetivida-
de, simplicidade e coerência com
os posicionamentos e valores da
organização. De forma geral, a lin-
guagem deverá mostrar simpatia e
o conteúdo deverá buscar engajar
os fãs da página.

Frequência: As postagens
precisam ter um cronograma e
um padrão. Para isso, defina os
dias e os horários que terão um
maior alcance e interação. Fique
por dentro dos horários de maior
interação nas redes.

Responsáveis pela Atualização:


É essencial ter uma pessoa respon-
sável pela comunicação online, que
irá postar, acompanhar e respon-
der a todo tipo de interação.

Sobre frequência de postagens: http://bit.ly/1wC0yuH


http://abr.ai/1q4Xne8

Tawana Costa 34
E aí, funcionou?
Para saber se a presença online rada, organizada e eficiente, é
tem propiciado um retorno posi- preciso considerar a realidade,
tivo para a organização é preciso planejar e agir. De nada adiantará
monitorar. Algumas redes pos- criar contas em inúmeras redes e
suem os próprios mecanismos não conversar com seus públicos
de acompanhamento, como o al- ou não atuar como fontes de in-
cance das publicações, o número formação. Não deixe que esses es-
de curtidas, o número de pessoas paços se tornam vazios. Por isso,
que falam sobre a página, entre acompanhe de perto essas redes
outros. Mas, ao investir na comu- sociais para fazer a diferença.
nicação virtual é preciso acessar Um conselho é, se a sua ONG
diariamente todas as páginas e possui poucas pessoas para
monitorar, principalmente os trabalhar a comunicação digital,
comentários, dando um feedback invista em uma ou duas redes,
sempre ágil e eficaz. que exigirá menos atualizações
Independente da rede social e interatividade, assim você terá
escolhida, o ideal é que ela seja fôlego para disponibilizar con-
um canal provedor de conteúdo teúdo com qualidade, periodici-
organizado. Afinal, se queremos dade e eficiência. Do contrário,
comunicar de maneira estrutu- trabalhe com o essencial.

35 A internet a seu favor


Capít
tulo 4
Os resultados
Comunicar resultados: para quem?
Se por um lado a sua ONG espera relação de credibilidade e transpa-
contar com o apoio de diferentes rência com quem já está a ajudar,
públicos para se manter funcio- mantendo vivo o relacionamento
nando, do outro, estão os volun- com parceiros e doadores.
tários, apoiadores, patrocinadores A criação de laços com esses
e simpatizante da causa e da or- importantes públicos têm o alicer-
ganização, querendo saber no que ce na informação de resultados,
resultou a ajuda dispensada, tenha que são um caminho para demons-
sido ela por meio de dinheiro, tra- trar a importância do investimento
balho ou divulgação. Um retorno pessoal e financeiro para a manu-
transparente e periódico pode tenção da organização.
ajudar no processo de captação de Ter uma lista de todos os doa-
novos apoiadores. dores, apoiadores é essencial para
Assim, no relacionamento com manter o contato cada vez mais
esses públicos, duas coisas nunca próximo, agradecendo e prestando
podem faltar: agradecimento e contas. Isso fará com que doadores
prestação de contas. de todas as dimensões se sintam
Tão importante quando arre- parte integrante dos resultados.
cadar fundos é mostrar resultado, Além disso, convide esse públi-
prestar contas. Comunicar como co a vivenciar e se envolver direta-
as ações estão sendo desenvol- mente com os projetos sociais, os
vidas, como os recursos estão beneficiados pelo trabalho da ONG.
sendo aplicados e quais são os Isso contribuirá para o despertar
resultados. São posturas que do sentimento de valorização pes-
atraem novas doações, volun- soal desse público.
tários, e ao mesmo cria uma Pessoas engajadas e mobilizadas

39
doam: tempo, recursos, atenção. bom, é essencial. Trata-se de um
Tenha em mente que, doação não é importante caminho para ampliar
caridade e precisa ser compromis- o diálogo com stakeholders, que
sada com a causa, a organização. querem se sentir úteis e importan-
As pessoas precisam ser motivadas tes. Sem falar que, disponibilizar
a doar, se sentir pertencentes, relatórios sobre os recursos rece-
integradas e identificadas. bidos afasta qualquer rumor de
Nesse contexto, ter um bom desconfiança em relação dinheiro
relatório de atividades da ONG, investido pela comunidade, em-
por menor que ela seja, não é presas, governo e voluntários.

O relatório anual está disponível ao público?


Se o relatório de atividades da organização. Mas, no caso de
ONG não está disponível ao organizações que não contam
público, esta é uma postura com esse tipo de apoio, também
que precisa ser revista. Quando é fundamental prestar feedback
uma organização recebe ajuda aos demais públicos. Seja dispo-
financeira do governo, é obri- nibilizando no canal oficial da
gada a apresentar anualmente ONG (blog institucional ou site),
seu relatório de atividades. Tais seja por correspondência, email,
informações se tornam públicas, reuniões. O retorno deve ser feito
o que contribui para conferir de maneira eficiente, acessível e
transparência e legitimidade à com periodicidade.

40
glossário
Canal de comunicação: é o
meio usado para emitir uma men-
sagem do emissor ao receptor.

Clipping: recorte de jornal ou


revista, pode ser também uma
captura da tela do computador
quando é uma publicação online
ou ainda um corte de segmento de
um vídeo ou áudio, para mensurar
os resultados obtidos.fanpages

Deadline: o prazo final para en-


viar materiais, fechar reportagens,
entrevistas, etc.

Editorias: são cadernos temá-


ticos dos meios de comunicação.
Ex: saúde, política, cidades, eco-
nomia e etc.

Emplacamento: ter publicada


uma notícia

Folders: O fôlder é um mate-


rial impresso de comunicação. É
utilizado quando se quer pas-
sar uma grande quantidade de
informações, ou então quando se
faz necessário dar uma aparência
estética a alguma mensagem de
teor informativo ou publicitário.

41
glossário
Follow up: trata-se da comunica-
ção que envolve o monitoramento
de objetivos e metas, após um con-
tato pré-estabelecido.. Utiliza-se
esta ferramenta para criar e manter
um relacionamento favorável com
os canais de comunicação.

Hashtags: palavras-chave
(relevantes) ou termos associados
a uma informação que se deseja
colocar de forma explícita nas
redes sociais. São marcadas pelo
símbolo cerquilha (#).

lead: (pronuncia-se “lid”) – É a


abertura da matéria jornalística, na
qual se deve responder as pergun-
tas básicas (como, quem, o que,
quando, onde e por quê) para atrair
a atenção do leitor e levá-lo a ler
toda a notícia. mailing: um banco
de dados (nome, email, telefone,
veículo de comunicação, editoria)
para serem utilizados no relaciona-
mento com o jornalista.

Networking: é uma rede de con-


tato, de relacionamentos
Pauta: orientação que os repór-
teres recebem descrevendo que
tipo de reportagem será feita, com

42
glossário
quem deverão falar, onde e como.
Pode ser também o enfoque sobre
algum fato. Plano de comunicação:
a estratégia que é elaborada para
alcançar um público-alvo usando
canais de comunicação.

Release: texto preparado para


divulgar um determinado assunto
para os meios de comunicação.

Stakeholders: São todos os


públicos que, de alguma maneira,
tem relação com a organização.
Ex: colaboradores, voluntários,
doadores, governo, investidores,
imprensa, comunidade e etc.

Viralizar: Termo usual da inter-


net que designa a ação de fazer
com que algo se espalhe rapida-
mente, semelhante ao efeito viral

43
referências bibliográficas
COSTA, Eduardo Homem. A
importância da Comunicação INÁCIO, Adriele Andréia.
no Terceiro Setor. Site Eduardo Assessoria de Comunicação
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PERIOTTO, Álvaro José Periotto; comunicação externa do Centro
THEODORO, José Marcos Paulo. de Convivência dos Idosos do
Uso estratégico da Internet e Tocantins. 2012. Disponível em: <
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do Terceiro Setor. Disponível santos-comunicacao-organizacio-
em: http://revistas.unoeste.br/ nal-e-terceiro-sector.pdf> Acesso
revistas/ojs/index.php/ch/arti- em junho de 2015.

45
46
Um guia para ONGs de
pequeno e médio porte
São diversas as Organizações mento organizacional, o que acaba
Não Governamentais que desco- contribuindo para o comprometi-
nhecem a importância de se co- mento da trajetória dessas orga-
municar e se relacionar de maneira nizações. Diante desse cenário,
eficiente. E, por isso, enfrentam o objetivo deste guia volta-se
frequentemente um gigante des- principalmente para a apresenta-
preparo para lidar com a comuni- ção dos caminhos que as ONGs de
cação. Para muitas lideranças desse pequeno e médio porte precisam
setor é difícil compreender os percorrer para sair de um meio
caminhos para alcançar reconhe- amador para outro mais estratégi-
cimento, visibilidade e amadureci- co no âmbito da comunicação.

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