Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Enecult
Lançamento de livros, videomapping, boa música e acarajé. Foi um pouco do que rolou na
noite de sexta-feira (02), na programação do XV Encontro de Estudos Multidisciplinares em
Cultura (ENECULT), ocorrido na UFBA. O espaço abrigou os participantes durante a última
noite do evento, que de se estendeu até a tarde de sábado (03).
Nesta ocasião, houve o lançamento de uma obra acadêmica que representa um importante
contribuição conceitual em torno das políticas culturais, produzido por Néstor García
Canclini. Com prefácio do Prof. Leonado Costa e editada pela Edufba, a obra acaba de ser
traduzida para o português e organizado pelos pesquisadores Renata Rocha e Juan
Brizuela. Constam no livro “Política cultural: conceito, trajetórias, reflexões” uma seleção de
outros artigos sugeridos por Cancline, além de uma variedade de ensaios analíticos de
pesquisadores com experiência no campo da Cultura como Alexandre Barbalho, Humberto
Cunha Filho, Isaura Botelho, Roberto Severino e Lia Calabre.
Atração Musical
A banda Ofá (nome dado ao arco e flecha usado pelo Orixá Oxossi, divindade da cultura
yorubá) embalou a noite com um som bem marcante, trazendo referências musicais que
misturam jazz, música afrobaiana e elementos de rock progressivo. Com Luan Tavares, no
vocal e violão, Paulo Pita, no sax e João Paulo Rangel na bateria, as experimentações que
a banda propôs, explorou arranjos e narrativas do universo afro-diaspórico brasileiro, se
posicionando por meio da música, como nos conta a produtora Sabrina Fiuza, com a
intenção de “trazer essas reflexões para o cotidiano e propor reflexões necessárias pra
confrontar o preconceito que as pessoas possam ter com as religiões de matrizes afro”,
afirma.
Com letras autorais, a banda Ofá animou a audiência atenta à performance musical,
montada com poesia e improvisações. O grupo existe desde 2015 e, conforme Luan, tem
procurado aproximar sua produção sonora e seu discurso à ancestralidade negra: “a gente
precisa compreender como é importante conhecermos e valorizarmos a nossa
ancestralidade”, pontua. Por conta disso, segundo o vocalista e estudante de música da
UFBA, o processo criativo “envolve uma pesquisa estética das matrizes africanas, para
além da religião, apenas, posto que conhecer a ancestralidade é uma forma de entender
nossa história, particularmente diante do país racista em que vivemos”, demarca.
Ofá lançará um novo “EP” (segundo do grupo), ainda esse ano, por meio de um edital do
PIBExA - Programa Institucional de Experimentação Artística, da Universidade Federal da
Bahia, nos conta Sabrina. “Será uma produção que seguirá a linha de representar os orixás,
como forma de homenagem” conforme a produtora. A banda ainda terá participação na
mostra SESC de Música, em Setembro desse ano.