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Auxilio Doença

Benefício concedido ao segurado impedido de trabalhar por doença ou acidente por


mais de 15 dias consecutivos. No caso dos trabalhadores com carteira assinada, os
primeiros 15 dias são pagos pelo empregador, exceto o doméstico, e a Previdência
Social paga a partir do 16º dia de afastamento do trabalho. Para os demais segurados
inclusive o doméstico, a Previdência paga o auxílio desde o início da incapacidade e
enquanto a mesma perdurar. Em ambos os casos, deverá ter ocorrido o requerimento do
benefício. Clique aqui para mais informações sobre pagamento.

Para concessão de auxílio-doença é necessária a comprovação da incapacidade em


exame realizado pela perícia médica da Previdência Social.

Para ter direito ao benefício, o trabalhador tem de contribuir para a Previdência Social
por, no mínimo, 12 meses (carência). Esse prazo não será exigido em caso de acidente
de qualquer natureza (por acidente de trabalho ou fora do trabalho) ou de doença
profissional ou do trabalho.

Terá direito ao benefício sem a necessidade de cumprir o prazo mínimo de contribuição


e desde que tenha qualidade de segurado quando do início da incapacidade, o
trabalhador acometido de tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, neoplasia
maligna, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, doença de Paget em estágio
avançado (osteíte deformante), síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS),
contaminação por radiação (comprovada em laudo médico) ou hepatopatia grave.

Não tem direito ao auxílio-doença quem, ao se filiar à Previdência Social, já tiver


doença ou lesão que geraria o benefício, a não ser quando a incapacidade resulta do
agravamento da enfermidade.

O trabalhador que recebe auxílio-doença é obrigado a realizar exame médico periódico


e, se constatado que não poderá retornar para sua atividade habitual, deverá participar
do programa de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade, prescrito e
custeado pela Previdência Social, sob pena de ter o benefício suspenso.

Quando o trabalhador perder a qualidade de segurado, as contribuições anteriores só


serão consideradas para concessão do auxílio-doença se, após nova filiação à
Previdência Social, houver pelo menos quatro contribuições que, somadas às anteriores,
totalizem, no mínimo, a carência exigida (12 meses).
O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e retorna
ao trabalho ou quando o benefício se transforma em aposentadoria por invalidez.
A empresa poderá requerer o benefício de auxílio-doença para seu empregado ou
contribuinte individual que lhe preste serviço e, nesse caso, terá acesso às decisões
referentes ao benefício.

Nota: A Previdência Social processará de ofício o benefício, quando tiver


conhecimento, por meio de documentos que comprovem essa situação, de que o
segurado encontra-se incapacitado para o trabalho e impossibilitado de se comunicar
com o INSS. Nesse caso, será obrigatória a realização de exame médico-pericial pelo
INSS para comprovação da alegada incapacidade.
Auxílio-doença acidentário

Benefício concedido ao segurado incapacitado para o trabalho em decorrência de


acidente de trabalho ou de doença profissional. Considera-se acidente de trabalho aquele
ocorrido no exercício de atividades profissionais a serviço da empresa (típico) ou
ocorrido no trajeto casa-trabalho-casa (de trajeto)

Têm direito ao auxílio-doença acidentário o empregado, o trabalhador avulso, o médico-


residente e o segurado especial. A concessão do auxílio-doença acidentário não exige
tempo mínimo de contribuição.

Ao trabalhador que recebe auxílio-doença, a Previdência oferece o programa de


reabilitação profissional.

A comunicação de acidente de trabalho ou doença profissional será feita à Previdência


Social em formulário próprio (veja como preencher o CAT), preenchido em quatro vias:
1ª via (INSS), 2ª via (segurado ou dependente), 3ª via (sindicato de classe do
trabalhador) e 4ª (empresa).

A CAT deverá ser emitida pela empresa ou pelo próprio trabalhador, por seus
dependentes, pela entidade sindical, pelo médico ou por autoridade (magistrados,
membros do Ministério Público e dos serviços jurídicos da União, dos estados e do
Distrito Federal e comandantes de unidades do Exército, da Marinha, da Aeronáutica,
do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar). O formulário preenchido tem que ser
entregue em uma Agência da Previdência Social pelo emitente.

A retomada de tratamento e o afastamento por agravamento de lesão decorrentes de


acidente de trabalho ou doença profissional têm de ser comunicados à Previdência
Social em formulário próprio. Nessa CAT deverão constar as informações da época do
acidente e os dados atualizados do novo afastamento (último dia trabalhado, atestado
médico e data da emissão).

Também devem ser informadas à Previdência Social por meio da CAT mortes de
segurados decorrentes de acidente de trabalho ou doença ocupacional.

A empresa é obrigada a informar à Previdência Social acidentes de trabalho ocorridos


com seus funcionários, mesmo que não haja afastamento das atividades, até o primeiro
dia útil seguinte ao da ocorrência. Em caso de morte, a comunicação deve ser imediata.
A empresa que não informar acidentes de trabalho está sujeita à multa.

Nos primeiros 15 dias de afastamento, o salário do trabalhador é pago pela empresa.


Depois, a Previdência Social é responsável pelo pagamento. Enquanto recebe auxílio-
doença por acidente de trabalho ou doença ocupacional, o trabalhador é considerado
licenciado e terá estabilidade por 12 meses após o retorno às atividades.

O auxílio-doença deixa de ser pago quando o segurado recupera a capacidade e retorna


ao trabalho ou quando o benefício se transforma em aposentadoria por invalidez.
Requerimento de Auxílio-Doença

O benefício pode ser solicitado via Internet. Para requerer diretamente na


Agência da Previdência Social apresente os seguintes documentos:
 Atestado Médico e/ou Exames de Laboratório (se houver);
 Atestado de Afastamento de Trabalho preenchido pela empresa
com as informações referentes ao afastamento do trabalho - se for
segurado(a) empregado(a);
 Documento de identificação (Carteira de Identidade/Carteira de
Trabalho e Previdência Social - CTPS);
 Cadastro de Pessoa Física- CPF (não obrigatório);
 PIS/PASEP;
 Certidão de Nascimento dos filhos menores de 14 anos;
Exigências cumulativas para recebimento deste tipo de benefício:
1. Parecer da Perícia Médica atestando a incapacidade física e/ou mental para o trabalho ou
para atividades pessoais (Art. 59, Lei nº 8.213/91);
2. Comprovação da qualidade de segurado (Art.15 da Lei nº 8.213/91 e Art. 13 e 14 do
Regulamento aprovado pelo Decreto nº 3.048/99 e
3. Carência de no mínimo 12 contribuições mensais (Arts. 24 a 26 da Lei nº 8.213/91 e Arts. 26
a 30 do Regulamento citado no item anterior).
Nota: Para o auxílio-doença acidentário não é exigida a carência do item 3.
Informações complementares:
A Apresentação de Atestado(s) Médico(s), Exames de Laboratório e de Atestado(s) de
Internação hospitalar, é opcional e não obrigatória;
No caso do segurado requerer o benefício após 30 dias o início do benefício será na data do
requerimento.

Auxílio-Doença ou Aposentadoria por Invalidez

Segurado(a) Empregado(a)/Desempregado(a)

• Número de Identificação do Trabalhador – NIT (PIS/PASEP);


• Atestado médico, exames de laboratório, atestado de internação hospitalar,
atestados de tratamento ambulatorial, dentre outros que comprovem o
tratamento médico;
• Documento de identificação (Carteira de Identidade, Carteira de Trabalho e
Previdência Social, entre outros);
• Cadastro de Pessoa Física – CPF.

Documentos complementares, quando necessários para a regularização dos dados


do Cadastro Nacional de Informações Sociais – CNIS:

• Carteira de Trabalho e Previdência Social ou outro documento que comprove o


exercício de atividade e/ou tempo de contribuição.

Formulários:

• Requerimento de Benefício por Incapacidade, assinado pela empresa e pelo


segurado, com as informações referentes ao último dia de trabalho – se for
segurado(a) empregado(a);
• Declaração da empresa, caso o requerimento não esteja assinado por ela,
devendo constar informação sobre a data do último dia de trabalho e
dependentes de cota de salário-família, se for o caso;
• Procuração (se for o caso), acompanhada de documento de identificação e CPF
do procurador.

NOTA: As informações sobre seus dados no CNIS poderão ser obtidas na Agência
Eletrônica de Serviços aos Segurados no portal da Previdência Social, na opção
“Extrato de Informações Previdenciárias”, mediante senha de acesso, obtida através de
agendamento do serviço pelo telefone 135 ou solicitada na Agência da Previdência
Social de sua preferência.

De acordo com o Decreto 6.722, de 30 de dezembro de 2008, os dados constantes no


Cadastro Nacional de Informações Sociais - CNIS valem para todos os efeitos como
prova de filiação à Previdência Social, relação de emprego, tempo de serviço ou de
contribuição e salários-de-contribuição, podendo, em caso de dúvida, ser exigida pelo
INSS a apresentação dos documentos que serviram de base à anotação. Da mesma
forma, o segurado poderá solicitar, a qualquer momento, a inclusão, exclusão ou
retificação das informações constantes do CNIS com a apresentação de documentos
comprobatórios dos dados divergentes, conforme critérios definidos pelo INSS.

(ATENÇÃO: A apresentação do CPF é obrigatória para o requerimento dos


benefícios da Previdência Social. Caso não possua o Cadastro de Pessoa Física -
CPF, providencie-o junto à Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil ou
Empresa de Correios e Telégrafos - ECT e apresente-o à Previdência Social no
prazo máximo de até 60 dias após ter requerido o benefício, sob pena de ter o
benefício cessado).

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