MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

MECÂNICA

DIAGRAMAS DE FASES
 DIAGRAMAS DE EQUILÍBRIO OU DE FASES
• Quando combinamos dois elementos... Qual o estado de equilíbrio?

• Em particular, então...
se nós especificarmos... Quantas fases o sistema tem?
--uma composição e Qual a composição de cada fase?
--uma temperatura Quanto de cada fase está em equilíbrio?

Fase B

Fase A

átomo Ni
átomo Cu
DIAGRAMA DE FASES – O QUE É?
 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS FASES PRESENTES EM UM
SISTEMA MATERIAL DE ACORDO COM AS CONDIÇÕES DE
PRESSÃO, TEMPERATURA E COMPOSIÇÃO
 FASE EM TERMOS DE MICROESTRUTURA É UMA REGIÃO QUE
DIFERE DE OUTRA EM RELAÇÃO À ESTRUTURA CRISTALINA
E/OU COMPOSIÇÃO
 MAIORIA DOS DIAGRAMAS DE FASE É OBTIDA EM CONDIÇÕES
DE EQUILÍBRIO

Equilíbrio
Equilíbrio Estável
Equilíbrio
Instável
Metaestável
 COMPONENTES E FASES
• Componentes:
Os elementos ou componentes que estão presentes na mistura

• Fases:
Regiões resultantes, física e quimicamente distintas.

a (fase clara)

Liga Al-Cu b (fase escura)

INFORMAÇÕES OBTIDAS DE DIAGRAMAS
DE FASES

 FASES PRESENTES EM DIFERENTES

CONDIÇÕES
 LIMITE DE SOLUBILIDADE NO ESTADO
SÓLIDO DE UM COMPONENTE NO OUTRO
 TRANSFORMAÇÕES DE FASES
 FORMAÇÃO DE NOVAS FASES
LIGAS METÁLICAS

◼ MAIORIA DOS PRODUTOS METÁLICOS É COMBINAÇÃO DE DOIS OU MAIS

ELEMENTOS, COM O OBJETIVO DE APRIMORAR PROPRIEDADES

◼ TIPOS DE LIGAS EM FUNÇÃO DA MICROESTRUTURA:

◼ LIGAS MONOFÁSICAS
◼ EXISTE SOLUBILIDADE TOTAL DO SOLUTO NO SOLVENTE
◼ NÃO OCORRE A FORMAÇÃO DE PRECIPITADOS

◼ LIGAS POLIFÁSICAS
◼ SOLUBILIDADE DO SOLUTO NO SOLVENTE É ULTRAPASSADA, FORMANDO
UMA SEGUNDA FASE QUE PODE SER: SOLUÇÃO SÓLIDA OU COMPOSTO
INTERMETÁLICO
DIAGRAMAS DE FASES

◼ ALÉM DA PRESSÃO E TEMPERATURA, A COMPOSIÇÃO É A OUTRA VARIÁVEL

DO SISTEMA
◼ INTERPRETAR DIAGRAMAS DE FASES EM FUNÇÃO DAS TRÊS VARIÁVEIS
EXIGE O EMPREGO DE FIGURAS TRIDIMENSIONAIS, O QUE TORNA TAL
TAREFA COMPLEXA
◼ SOLUÇÃO: REDUÇÃO DO NÚMERO DE VARIÁVEIS
◼ EM METALURGIA, O ESTADO DE VAPOR É IMPORTANTE EM APENAS
POUCAS OCASIÕES
◼ NA MAIORIA DOS PROCESSOS INDUSTRIAIS APENAS OS ESTADOS
SÓLIDO E LÍQUIDO ESTÃO PRESENTES
◼ ASSIM, MANTER A PRESSÃO CONSTANTE E IGUAL A 1 atm É UMA
ALTERNATIVA INTERESSANTE NA ANÁLISE DOS DIAGRAMAS DE FASE.
DIAGRAMA DE FASES
 LIMITE DE SOLUBILIDADE

• Limite de Solubilidade:
Concentração máxima do
componente sólido em solução
Açúcar e água
onde uma única fase ocorre.
100
Solubilidade

Temperature (°C)
Limite L
80
Questão: Qual o limite de
60 L +
solubilidade a 20°C?
S
40
65 % açucar. 20
Se Co < 65 % açúcar: solução
Se Co > 65 % açúcar: solução + 0 20 40 6065 80 100
açúcar.
açúcar
 EFEITO DA TEMPERATURA E DA COMPOSIÇÃO
• Mudando a temperatura pode-se
variar o número de fases:
Linha A B. linha B D.
• Mudando composição pode-se
variar o número de fases: B (100°C,70) D (100°C,90)
1 fase 2 fases
100

80 L

Temperatura (°C)
(liquido)
Sistema 60 +
L
água + açúcar S
40 (solução líquida) (sólido
açúcar)
20 A (20°C,70)
2 fases

Adapted from Fig. 0

9.1, 0 20 40 60 70 80 100
Callister 7e.
% açúcar
 DIAGRAMA FASES NÍQUEL - COBRE

estrutura eletronegatividade r (nm)

cristalina
Ni CFC 1.9 0.1246
Cu CFC 1.8 0.1278

• Ambos tem a mesma estrutura cristalina (CFC),

eletronegatividade similares e raios atômicos próximos
proporcionando alta solubilidade (Regras de Rothery ) .

• Portanto Ni e Cu são totalmente mísciveis em todas as proporções.

DIAGRAMAS
ISOMORFOS OU
MONOFÁSICOS

COMPONENTES TÊM A
MESMA ESTRUTURA
CRISTALINA

RAIOS ATÔMICOS TEM

VALORES PRÓXIMOS

COMPATIBILIDADE
ELETROQUÍMICA

AS FASES SÓLIDAS SÃO DESIGNADAS POR LETRAS GREGAS: a, b, .....

 DIAGRAMA MONOFÁSICO

• Exemplo sistema binário Cu-Ni .

-variáveis independentes: temperatura e composição (pressão constante= 1 atm).
T(°C)
1600 • 2 fases:
L (liquido)
1500 L (liquido) a (CFC solução sólida)
1400
• 3 campos de fases:
1300 L
L+a
1200 a
a
1100 (CFC solução sólida)

1000
0 20 40 60 80 100 % em peso Ni
DIAGRAMA MONOFÁSICO
Conhecendo-se a temperatura e a composição, pode-se determinar as fases
presentes bem como a sua proporção

T(°C)
1600

1500 Ponto: A(1100°C, 60% Ni):

B (1250°C,35)
1 fase: a
1400
B (1250°C, 37% Ni):
2 fases: L + a
1300

1200 a

1100 A(1100°C,60)

1000
0 20 40 60 80 100 % em peso Ni
DIAGRAMA MONOFÁSICO
Conhecendo-se a temperatura e a composição nominal, pode-se determinar a
composição química das fases presentes
Diagrama Cu-Ni
T(°C)
C o = 35% Ni TA A
linha
Em TA = 1320°C: 1300 L (liquid)
Liquido (L)
CL = Co ( = 35 % Ni) B
TB
Em TD = 1190°C: a
Sólido ( a ) 1200 D (solid)
TD
Ca = Co ( = 35 % Ni )
20 3032 35 40 4 3 50
Em TB = 1250°C:
CLCo Ca % Ni
aeL
C L = C liquidus ( = 32 % Ni )
C a = C solidus ( = 43 % Ni )
 A REGRA DA ALAVANCA
 Linhas de amarração conectam as fases em equilíbrio uma com a outra,
essencialmente uma isoterma.
T(°C) Quanto de cada fase?
linha Pense nessa situação como uma
1300 L alavanca/gangorra em equilibrio
ML Ma
B
TB
a
1200
R S R S
20 30C C 40 C
L o a
50
M a S = M L R
% Ni
ML S C − C0 R C − CL
WL = = = a Wa = = 0
M L + M a R + S C a − CL R + S C a − CL
 FRAÇÃO EM PESO DAS FASES
• Se conhecemos T e Co, então podemos
determinar a quantidade (%) de cada fase

T(°C) Sistema Cu-Ni

C o = 35 % Ni
TA A
Em TA : Sòmente liquido (L) linha
1300
W L = 100 %, W a = 0
Em TD: Sòmente sólido ) a B
TB R S
W L = 0, Wa = 100 % a
Em TB : Ambos a e L 1200 D
TD
S 43 − 35
WL = = = 73 %
R +S 43 − 32 20 3032 35 40 4 3 50
CLCo Ca % Ni
R
Wa = = 27 %
R +S
 RESFRIANDO UMA LIGA BINÁRIA Cu-Ni

•O sistema é: T(°C) L L: 35%Ni

--binário - 2
componentes: Cu e Ni. 130 0 A
L: 35 % Ni
--isomorfo - completa a: 46 % Ni
35 B
46
C
solubilidade de um 32
43
componente no outro; fase 24 D
36 L: 32 % Ni

a se extende de 0 a 100 % 120 0 E

a: 43 % Ni

Ni. L: 24 % Ni
a: 36 % Ni
a

110 0
• Considerar 20 30 35 40 50
Co = 35 %Ni. Co % Ni
NUCLEAÇÃO x EQUILÍBRIO DE FASES
• Ca muda com a a velocidade da solidificação.
• No caso do Sistema Cu-Ni: Co = 35%

• Baixa taxa de resfriamento:

estrutura em equilíbrio
Primeiro a solidifica
• Com alta taxa de com Ca = 46 % Ni.
resfriamento: estrutura Composição uniforme C a
nucleada No final a solidifica 35 % Ni
com Ca = 35 % Ni.
 PROPRIEDADES MECÂNICAS:
SISTEMA Cu-Ni
• Efeito da solução sólida na resistência:
-- Resistência à tração (RT) -- Ductilidade (A)
60
Resistência Tração (MPa)

%A Cu puro

Alongamento (%)
400 50 A%
RT Ni puro
Ni puro 40
300
RT Cu puro 30
200 20
0 20 40 60 80 100 0 20 40 60 80 100
Cu Ni Cu Ni
Composição, % Ni Composição, % Ni

--Pico em função de Co --Minimo em função de Co

Adapted from Callister 7e.
 LIGA BINÁRIA-SISTEMA EUTÉTICO

2 componentes Tem uma composição especial com

uma temperatura de fusão minima.

T(°C) Sistema Cu-Ag

1200
• 3 regiões de fase única L
(L, a, b) 1000
• Solubilidade limitada: a L + a
T 800 TE 779°C L +b b
a: principalmente Cu E 8.0 71.9 91.2
b: principalmente Ag 600
• TE : nenhum liquido abaixo TE a + b
• CE : Min. T fusão TE 400

200
0 20 40 60 CE 80 100
• Transição Eutética Co , % Ag
L(CE) a(CaE) + b(CbE) Adapted from Fig. 9.7,
Callister 7e.
 EXERCÍCIO 1

• Para uma liga com 40 % Sn à 150°C, encontre... as fases presentes:

T(°C) Sistema Pb-Sn

Fases presentes :
300
a+b L

a L+a
200 183°C L +b b
18.3 61.9 97.8
Composição das fases: 150
R S
CO = 40 % Sn 100
a + b
Ca = 11 % Sn
Cb = 99 % Sn
0 11 20 40 60 80 99100
Ca Co Cb
% Sn

Adapted from Fig. 9.8,

Callister 7e.
 EXERCÍCIO 2

• Para uma liga 40 % Sn a 220°C, encontre... as fases presentes:

T(°C) Sistema Pb-Sn

a+L 300 L
L+a
220 a
200 R S L +b b
183°C
--composição das fases:
100
CO = 40 % Sn a + b
Ca = 17 % Sn
CL = 46 % Sn
0 17 20 40 46 60 80 100
Ca Co CL % Sn

Adapted from Fig. 9.8,

Callister 7e.
 MICROESTRUTURAS NO SISTEMA PB-SN

T(°C) L: Co % Sn
400

• Co < 2 % Sn L
a
300 L

• Resultado: L+ a
a
--policristal de 200
TE a: Co % Sn

grãos a, ou seja,
100
somente uma fase a+ b

sólida.
0 10 20 30
Co % Sn
2
(limite de solubilidade
à temperatura ambiente) Adapted from Fig. 9.11,
Callister 7e.
MICROESTRUTURAS NO SISTEMA PB-SN

L: Co % Sn
T(°C)
400
L
• 2 % Sn < Co < 18.3 % Sn 300
L
a
• Resultado: L +a
inicialmente L + a
a: Co % Sn
▪ a
200
TE
▪ depois a sozinho a
b

▪ finalmente 2 fases 100

a+ b

➢ a policristal
0 10 20 30
➢ inclusões fase b 2 Co
18.3
% Sn
refinada Adapted from Fig. 9.12,
Callister 7e.
ESTRUTURA EUTÉTICA LAMELAR

LÍQUIDO

CRESCIMENTO
DO EUTÉTICO

Adapted from Figs. 9.14 & 9.15, Callister 7e.

MICROESTRUTURAS NO SISTEMA EUTÉTICO

• 18.3 % Sn < Co < 61.9 % Sn

• Temos: cristais a em microestrutura eutética

T(°C) L: Co % Sn
• Logo acima da TE :
a L
L C a = 18.3 % Sn
300 L a CL = 61.9 % Sn
L+a
a
200 R S L+b b
TE S
R
• Logo abaixo da TE :
100 a+b C a = 18.3 % Sn
primario a C b = 97.8 % Sn
eutectico a
eutectico b
0 20 40 60 80 100
18.3 61.9 97.8
Adapted from Fig. 9.16,
% Sn Callister 7e.
MICROESTRUTURAS HIPOEUTÉTICAS E HIPEREUTÉTICAS

300
L
T(°C)
a L+ a
200 L+b b (Sistema Pb-Sn)
TE

a+b
100

0 20 40 60 80 100 Co, % Sn
eutetica
hipoeutético: Co = 50 wt% Sn 61.9 hipereutético)

eutético: Co = 61.9 % Sn
a b
a b
a a b b
a b
a b
175 mm 160 mm
microconstituintes eutéticos

Adaptado Callister 7e.

MICROESTRUTURAS NO SISTEMA EUTÉTICO
• C o = CE
Microestrutura eutética (estrutura lamelar)
• Resultado:
--camadas alternadas (lamelas) de cristais a e b.

T(°C)
L: Co % Sn Microestrutura eutética
300 L
L+a Sistema
a
Pb-Sn
200 183°C L+b b
TE

100 160 mm
a+b b: 97.8 % Sn
a: 18.3 %Sn

0 20 40 60 80 100
18.3 CE 97.8
61.9 C, % Sn Adapted from Fig. 9.14, Callister 7e.
 COMPOSTOS INTERMETÁLICOS

Adapted from
Fig. 9.20, Callister 7e.

Mg2Pb

Compostos intermetálicos formam uma linha- não uma área –

porque a estequiometria (composição) é exata.
PONTOS EUTETÓIDE E PERITÉTICO

 Eutético – líquido em equilíbrio com dois sólidos

resfriamento
L aquecimento
a +b

• Eutetóide – fase sólida em equilíbrio com duas fases sólidas

S2 S1+S3 resfriamento
 aquecimento
a + Fe3C (727ºC)
composto intermetálico -
cementita

• Peritético - líquido + sólido 1 → sólido 2

• S1 + L S2 resfriamento
+L  (1493ºC)
aquecimento
Outras reações invariantes

Eutética

Peritética

Monotética

Eutetóide

Peritetóide
DIAGRAMA FERRO-CEMENTITA
 FERRO-CEMENTITA (Fe3-C)

• 2 pontos T(°C)
importantes 1600

-Eutético (A): 1400 L
L   + Fe3C   +L A
1200 1148°C L+Fe3C
-Eutetóide (B): (austenita)
R S

Fe3C (cementita)
  a + Fe3C 1000  
   +Fe3C
800
a B 727°C = T eutetóide

R S
600
a+Fe3C
400
0 1 2 3 4 5 6 6.7
(Fe) 0.76 4.30 Co, % C
120 mm Ceutectoide
Resulta: Perlita = Fe3C (cementita-dura)
Camadas alternadas de a (ferrita-macia)
a e Fe3C
Adaptado Callister 7e.
 AÇO HIPOEUTETÓIDE

T(°C)
1600

1400 L
  (Fe-C
  +L
  1200 1148°C L+Fe3C Sistema)
(austenita)

Fe3C (cementita)
  1000
   + Fe3C
a
a  800 r s 727°C
 a a R S
w a =s /(r+s ) 600
w  =(1- wa )
a + Fe3C
Adaptado do Callister 7e.
400
a 0 1 2 3 4 5 6 6.7
(Fe) C0 %C
0.76

perlita
w perlita = w
Hipoeutetóide
w a =S /(R +S ) 100 mm
aço
w Fe3C =(1- w a )
perlita Ferrita proeutetóide
 AÇO HIPEREUTETÓIDE

T(°C)
1600

1400 L
    +L
1200 L+Fe3C
  (austenita)
1148°C

Fe3C (cementita)
  1000
   +Fe3C
Fe3C
  800 r s
Adaptado do Callister 7e.
  a
R S
600
w Fe3C =r/(r+s ) a +Fe3C
w  =(1- w Fe3C )
400
0 1 Co 2 3 4 5 6 6.7
0.76

perlita(Fe) %C
w perlita = w 
w a =S /(R +S )
w Fe3C =(1- w a ) 60 mm Aço hipereutetóide

perlita proeutetóide Fe3C

DIAGRAMA DE FASES – AÇO 4340
LIGA TERNÁRIA
AL7SIXMG
DIAGRAMA PARCIAL
DE FASES

Ferro (Fe) e ACM

Carbono (C)
A3
Ou A1

Ferro Cementita
POLIMORFISMO DO FERRO
 TEMPERATURAS CRÍTICAS
A1 – Mínima temperatura para a
existência da fase 
A3 – Máxima temperatura para a
existência da fase a
ACM – Máxima temperatura para a
existência do Fe3C
 Austenita 
Solução sólida de C
em Fe CFC solubilidade
máx.
C =2,11% a 1148 °C.
 Ferrita α

Solução sólida
de C em Fe CCC
solubilidade
máx.
C =0,0218%
a 727 °C.
 CEMENTITA
Cementita
Fe3C

Carboneto de Ferro,
PERLITA
estrutura
ortorrômbica e
PERLITA alta dureza.
 OBRIGADO!