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SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros

Terminologia de Segurança contra Incêndio


INSTRUÇÃO TÉCNICA Nº 03/2004

Terminologia de Segurança contra Incêndio

SUMÁRIO
1 Objetivo

2 Aplicação

3 Referências normativas e bibliográficas

4 Termos e definições
Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

1 OBJETIVO 4.4 Abrigo: Compartimento, embutido ou aparente,


dotado de porta, destinado a armazenar
Esta Instrução Técnica padroniza os termos e definições mangueiras, esguichos, carretéis e outros
utilizados na legislação de Segurança contra Incêndio do equipamentos de combate a incêndio, capaz de
CBPMESP, conforme Decreto Estadual nº 46.076/01. proteger contra intempéries e danos diversos.
4.5 Aceite: Documento em que a Prefeitura local
2 APLICAÇÃO aceita as obras e serviços realizados pelo lotea-
dor.
Esta Instrução Técnica se aplica a toda legislação de Segu-
rança contra Incêndio do CBPMESP. 4.6 Acesso: Caminho a ser percorrido pelos usuá-
rios do pavimento ou do setor, constituindo a
rota de saída horizontal, para alcançar a escada
3 REFERÊNCIAS NORMATIVAS E ou rampa, área de refúgio ou descarga para saída
BIBLIOGRÁFICAS do recinto do evento. Os acessos podem ser
constituídos por corredores, passagens, vestíbu-
Para mais esclarecimentos, consultar as seguintes biblio- los, balcões, varandas e terraços.
grafias:
4.7 Acesso de bombeiros: Área da edificação que
NBR 13860/97 Glossário de termos relacionados com a proporcione facilidade de acesso, em caso de
segurança contra incêndio; emergência para o bombeiro.

ISO 8421-1 (1987) General terms and phenomena of fire; 4.8 Acesso para viaturas e emergência: Vias
trafegáveis com prioridade para a aproximação
ISO 8421-2 (1987) Strutural fire protection; e operação dos veículos e equipamentos de
emergência juntos às edificações e instalações
ISO 8421-3 (1989) Fire detection and alarm; industriais.
ISO 8421-4 (1990) Fire extinction equipment; 4.9 Acionador manual: Dispositivo destinado a dar
partida a um sistema ou equipamento de segurança
ISO 8421-5 (1988) Smoke control; contra incêndio, pela interferência do elemento
humano.
ISO 8421-6 (1987) Evacuation and means of escape;
4.10 Acompanhante do vistoriador: Pessoa com
ISO 8421-7 (1987) Explosion detection and suppression conhecimento da operacionalidade dos sistemas
means; de segurança contra incêndio instalados na edifi-
cação, que acompanha o vistoriador, executando
ISO 8421-8 (1990) Terms specific to fire-fighting, rescue os testes necessários na vistoria.
services and handling hazardous materials.
4.11 Adutora: Canalização, geralmente de grande
diâmetro, que tem como finalidade conduzir a
4 DEFINIÇÕES água da Estação de Tratamento de Águas (ETA),
Para efeitos desta Instrução Técnica, aplicam-se os seguin- até as redes de distribuição.
tes termos e definições: 4.12 Afastamento horizontal entre aberturas:
4.1 Abafamento: Método de extinção de incêndio Distância mínima entre as aberturas nas fachadas
(parede externa) dos setores compartimentados.
destinado a impedir o contato do ar atmosférico
com o combustível e a liberação de gases ou va- 4.13 Agente extintor: Produto utilizado para ex-
pores inflamáveis. tinguir o fogo.
4.2 Abandono de edificação: Retirada organizada 4.14 Alívio de emergência: Aquele capaz de aliviar
e segura da população usuária de uma edificação a pressão interna quando submetido ao calor
conduzida à via pública ou espaço aberto, ficando irradiado que resulta de incêndio ao seu redor.
em local seguro. 4.15 Alambrado: Tela de arame ou outro material
4.3 Abertura desprotegida: Porta, janela ou qual- similar, com resistências mecânicas de 5.000 N/m.
quer outra abertura não dotada de vedação com 4.16 Alarme de incêndio: Aviso de um incêndio,
o exigido índice de proteção ao fogo ou qualquer sonoro e/ou luminoso, originado por uma pessoa
parte da parede externa da edificação com índi- ou por um mecanismo automático, destinado a
ce de resistência ao fogo menor que o exigido alertar as pessoas sobre a existência de um in-
para a face exposta da edificação. cêndio em determinada área da edificação.

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4.17 Altura ascendente: Medida em metros entre submergência; Tipo II: utiliza aplicadores que não
o ponto que caracteriza a saída ao nível da depositam a espuma suavemente na superfície
descarga, sob a projeção do parâmetro externo do líquido, mas que são projetados para reduzir
da parede da edificação, ao ponto mais baixo a submergência e agitar a superfície do líquido;
do nível do piso do pavimento mais baixo da Tipo III: utiliza equipamentos que aplicam
edificação (subsolo). a espuma por meio de jatos que atingem a
4.18 Altura da edificação: Medida em metros entre superfície do líquido em queda livre.
o ponto que caracteriza a saída ao nível de des- 4.28 Aprovado: Aceito pela autoridade competente.
carga, sob a projeção do paramento externo da
parede da edificação, ao piso do último pavimento, 4.29 Área a construir: Área projetada não edificada.
excluindo-se áticos, casas de máquinas, barrilete, 4.30 Área construída: Somatória de todas as áreas
reservatórios de água e assemelhados. Nos casos ocupáveis e cobertas de uma edificação.
onde os subsolos tenham ocupação distinta de
estacionamento de veículos, vestiários e instala- 4.31 Área da edificação: Somatório da área a cons-
ções sanitárias ou respectivas dependências sem truir e da área construída de uma edificação.
aproveitamento para quaisquer atividades ou per- 4.32 Área de aberturas na fachada de uma edi-
manência humana, a mensuração da altura será ficação: Superfície aberta nas fachadas (janelas,
a partir do piso mais baixo do subsolo ocupado portas, elementos de vedação), paredes, parapei-
(ver art. 20, parágrafo único do Decreto nº 46.076, tos e vergas que não apresentam resistência ao
de 31 de agosto de 2001). fogo e pelas quais pode-se irradiar o incêndio.
4.19 Altura de sucção: Altura entre o nível de água 4.33 Área de armazenagem: Local destinado à
de um reservatório e a linha de centro da sucção estocagem de fogos de artifício industrializado.
da bomba.
4.34 Área de armazenamento: Local contínuo
4.20 Ampliação de área: Aumento da área cons- destinado ao armazenamento de recipientes
truída da edificação. transportáveis de Gás Liquefeito de Petróleo
4.21 Análise preliminar de risco: Estudo prévio (GLP), cheios, parcialmente utilizados, e vazios,
sobre a existência de riscos, elaborado durante a compreendendo os corredores de inspeção,
concepção e o desenvolvimento de um projeto quando existirem.
ou sistema.
4.35 Área de estacionamento: Local destinado
4.22 Análise: Ato de verificação das exigências das ao estacionamento de helicópteros, localizado
medidas de segurança contra incêndio das edifi- dentro dos limites do heliporto ou heliponto.
cações e áreas de risco, no processo de seguran-
4.36 Área de pavimento: Medida em metros qua-
ça contra incêndio.
drados, em qualquer pavimento de uma edifica-
4.23 Andar: Volume compreendido entre dois pavi- ção, do espaço compreendido pelo perímetro in-
mentos consecutivos ou entre o pavimento e o terno das paredes externas e paredes corta fogo,
nível superior à sua cobertura. excluindo a área de antecâmara, e dos recintos
4.24 Anemômetro: Instrumento que realiza a medi- fechados de escadas e rampas.
ção da velocidade de gases. 4.37 Área de pouso e decolagem de emergência
4.25 Anemômetro de fio quente ou termo- para helicópteros: Local construído sobre edi-
anemômetro: Tipo de anemômetro que opera ficações, cadastrado no Comando Aéreo Regional
associando o efeito de troca de calor convectiva respectivo, que poderá ser utilizado para pousos
no elemento sensor (fio quente) com a velocida- e decolagens de helicópteros, exclusivamente em
de do ar que passa pelo mesmo. Possibilita rea- casos de emergência ou de calamidade.
lizar medições de valores baixos de velocidade, 4.38 Área de pouso e decolagem: Local do he-
em geral com valores em torno de 0,1 m/s. liponto ou heliporto, com dimensões definidas,
4.26 Antecâmara: Recinto que antecede a caixa da onde o helicóptero pousa e decola.
escada, com ventilação natural garantida por ja- 4.39 Área de pouso ocasional: Local de dimensões
nela para o exterior, por dutos de entrada e saída definidas, que pode ser usado, em caráter tempo-
de ar ou por ventilação forçada (pressurização). rário, para pousos e decolagens de helicópteros
4.27 Aplicação por espuma: Tipo I: utiliza apli- mediante autorização prévia, específica e por
cador que deposita a espuma suavemente na prazo limitado, do órgão regional do Comando
superfície do líquido, provocando o mínimo de Aéreo Regional.

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4.40 Área de refúgio para helipontos: Local 4.53 Aterramento: Processo de conexão à terra,
ventilado, previamente delimitado, com acesso à de um ou mais objetos condutores, visando à
escada de emergência, separado desta por porta proteção do operador ou equipamento contra
corta-fogo e situado em helipontos elevados, descargas atmosféricas, acúmulo de cargas
próximo ao local de resgate de vítimas, com uso estáticas e falhas entre condutores vivos.
de helicópteros para casos de impossibilidade 4.54 Atestado de brigada de incêndio: Docu-
de abandono da edificação pelas rotas de fuga mento que atesta que os ocupantes da edifica-
previamente dimensionadas. ção receberam treinamentos teórico e prático
4.41 Área de refúgio: Local seguro que é utilizado de prevenção e combate a incêndio.
temporariamente pelo usuário, acessado através 4.55 Ático: Parte do volume superior de uma edifica-
das saídas de emergência de um setor ou seto- ção, destinada a abrigar máquinas, piso técnico de
res, ficando entre esse (s) e o logradouro público elevadores, caixas de água e circulação vertical.
ou área externa com acesso aos setores.
4.56 Átrio (“Atrium”): Espaço amplo criado por
4.42 Área de risco: Ambiente externo à edificação um andar aberto ou conjuntos de andares
que contém armazenamento de produtos infla- abertos, conectando dois ou mais pavimentos
máveis, produtos combustíveis e/ou instalações cobertos, com fechamento na cobertura, exce-
elétricas e de gás. tuando-se os locais destinados à escada, escada
rolante e “shafts” de hidráulica, eletricidade, ar-
4.43 Área de toque: Parte da área de pouso e deco- condicionado e cabos de comunicação.
lagem, com dimensões definidas, na qual é reco-
mendado o toque do helicóptero ao pousar. 4.57 Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros
(AVCB): Documento emitido pelo Corpo de
4.44 Área de venda: Local destinado à permanência Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São
de pessoas para escolha e compra de fogos de Paulo (CBPMESP) certificando que, durante a
artifício. vistoria, a edificação possua as condições de se-
gurança contra incêndio previstas pela legislação
4.45 Área do maior pavimento: Área do maior
e constantes no processo, estabelecendo um
pavimento da edificação, excluindo o de des-
período de revalidação.
carga.
4.58 Autonomia do sistema: Tempo mínimo em
4.46 Área fria: Local que possui piso e paredes, nor-
que o sistema de iluminação de emergência asse-
malmente revestidos com cerâmica, possuindo gura os níveis de iluminância exigidos.
também instalação hidráulica. Ex.: banheiro, vestiá-
rio, sauna, cozinha e copa. 4.59 Autoridade competente: Órgão, repartição
pública ou privada, pessoa jurídica ou física inves-
4.47 Área protegida: Área dotada de equipamento tida de autoridade para legislar, examinar, aprovar
de proteção e combate a incêndio. e/ou fiscalizar os assuntos relacionados à segu-
4.48 Áreas de produção: Locais onde se localizam rança contra incêndio nas edificações e áreas de
poços de petróleo. risco, baseados em legislação específica local.

4.49 Armazém de líquidos inflamáveis: Constru- 4.60 Avisador: Dispositivo previsto para chamar a
ção destinada, exclusivamente a armazenagem de atenção de todas as pessoas dentro de uma área
de perigo, controlado pela central.
recipientes de líquidos inflamáveis.
4.61 Avisador sonoro: Dispositivo que emite sinais
4.50 Armazém de produtos acondicionados:
audíveis de alerta.
Área coberta ou não, onde são acondicionados
recipientes (tais como tambores, tonéis, latas, 4.62 Avisador sonoro e visual: Dispositivo que emi-
baldes etc.) que contenham produtos ou mate- te sinais audíveis e visíveis de alerta combinados.
riais combustíveis ou produtos inflamáveis. 4.63 Avisador visual: Dispositivo que emite sinais
4.51 Arruamentos de quadras: Vias de circulação visuais de alerta.
de veículos pesados existentes entre as quadras 4.64 Bacia de contenção de óleo isolante: Dis-
de armazenamento externo de um pátio de con- positivo constituído por grelha, duto de coleta e
têineres. dreno, preenchido com pedra britada, com a fi-
4.52 Aspersor: Dispositivo utilizado nos chuveiros nalidade de coletar vazamentos de óleo isolante.
automáticos ou sob comando, para aplicação de 4.65 Bacia de contenção: Área construída por uma
agente extintor. depressão, pela topografia do terreno ou ainda

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limitada por dique, destinada a conter eventuais 4.76 Bomba com motor elétrico: Equipamento
vazamentos de produto; a área interna da bacia para combate a incêndio, cuja força provém da
deve possuir um coeficiente de permeabilidade eletricidade.
de 10-6 cm/s, referenciado à água a 20ºC. 4.77 Bomba de escorva: Bomba destinada a remo-
4.66 Balcão ou sacada: Parte de pavimento da edi- ver o ar do interior das bombas de combate a
ficação em balanço em relação à parede externa incêndio.
do prédio, tendo, pelo menos, uma face aberta 4.78 Bomba de pressurização (“jockey”):
para o espaço livre exterior. Dispositivo hidráulico centrífugo destinado a
4.67 Barra acionadora: Componente da barra manter o sistema pressurizado em uma faixa
preestabelecida.
antipânico, fixada horizontalmente na face da
folha, cujo acionamento, em qualquer ponto de 4.79 Bomba de reforço: Dispositivo hidráulico
seu comprimento, libera a folha da porta de sua destinado a fornecer água aos hidrantes ou
posição de travamento, no sentido da abertura. mangotinhos mais desfavoráveis hidraulicamente,
quando estes não puderem ser abastecidos pelo
4.68 Barra antipânico: Dispositivo de destrava- reservatório elevado.
mento da folha de uma porta, na posição de fe-
chamento, acionado mediante pressão exercida 4.80 Bomba principal: Dispositivo hidráulico cen-
no sentido de abertura, em uma barra horizontal trifugo destinado a recalcar água para os siste-
fixada na face da folha. mas de combate a incêndio.
4.81 Bombeiro profissional civil: Pessoa perten-
4.69 Barreiras de fumaça (“smoke barriers”):
cente a uma empresa especializada ou da própria
Membrana, tanto vertical quanto horizontal, tal
administração do estabelecimento, com dedica-
como uma parede, andar ou teto, que é proje-
ção exclusiva, que presta serviços de prevenção
tada e construída para restringir o movimento de incêndio e atendimento de emergência em
da fumaça. As barreiras de fumaça podem ter edificações e eventos e que tenha sido aprovada
aberturas que são protegidas por dispositivos de no curso de formação, de acordo com a norma
fechamento automático ou por dutos de ar, ade- específica.
quados para controlar o movimento da fumaça.
4.82 Bombeiro público (militar ou civil): Pessoa
4.70 Barreiras de proteção: Dispositivos que evi- pertencente a uma corporação de atendimento
tam a passagem de gases, chamas ou calor de um às emergências públicas.
local ou instalação para outro contíguo.
4.83 Bombeiro voluntário: Pessoa pertencente a
4.71 Bateria de cilindros: Conjunto de dois ou uma organização não-governamental que presta
mais cilindros ligados por uma tubulação coleto- serviços de atendimento às emergências públi-
ra contendo gás extintor ou propulsor. cas.

4.72 Bico nebulizador: Dispositivo de orifícios fixo, 4.84 Botijão: Recipiente transportável de Gás Lique-
normalmente aberto, para descarga de água sob feito de Petróleo (GLP), com capacidade nominal
pressão, destinado a produzir neblina de água de até 13 kg de GLP.
com forma geométrica definida. 4.85 Botijão portátil: Recipiente transportável de
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), com capacida-
4.73 Bocel ou nariz do degrau: Borda saliente do
de nominal de até 5 kg de GLP.
degrau sobre o espelho, arredondada inferiormen-
te ou não. 4.86 Botoeira de alarme: Dispositivo destinado
Nota: Se o degrau não possui bocel, a linha de concorrência a dar um alarme em um sistema de segurança
dos planos do degrau e do espelho, nesse caso obrigatoria- contra incêndio, pela interferência do elemento
mente inclinada, chama-se quina do degrau; a saliência do humano.
bocel ou da quina sobre o degrau imediatamente inferior
não pode ser menor que 15 mm em projeção horizontal. 4.87 Botoeira “liga-desliga”: Acionador manual,
do tipo liga-desliga, para bomba principal.
4.74 Bomba “booster”: Bomba destinada a suprir
deficiências de pressão em uma instalação hi- 4.88 Brigada de incêndio: Grupo organizado de
dráulica de proteção contra incêndios. pessoas, voluntárias ou não, treinadas e capa-
citadas para atuar na prevenção, abandono da
4.75 Bomba com motor a explosão: Equipamento edificação, combate a um princípio de incêndio
para o combate a incêndio, cuja força provém da e prestar os primeiros socorros, dentro de uma
explosão do combustível misturado com o ar. área preestabelecida.

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4.89 Camada de fumaça (“smoke layer”): d) Classe IV: até 24.960 kg de GLP (equivalente a
Espessura acumulada de fumaça abaixo de uma 1.920 botijões);
barreira física ou térmica. e) Classe V: até 49.920 kg de GLP (acima de
4.90 Câmara de espuma: Dispositivo dotado de 3.840 botijões).
selo de vapor destinado a conduzir a espuma 4.101 Chama: Zona de combustão na fase gasosa,
para o interior do tanque de armazenamento de com emissão de luz.
teto cônico.
4.102 Chuveiro automático: Dispositivo hidráulico
4.91 Canal de fuga: Canal que interliga os tanques para extinção ou controle de incêndios que
à bacia de contenção a distância, construído com funciona automaticamente quando seu elemento
material incombustível, inerte aos produtos arma- termo-sensível é aquecido à sua temperatura de
zenados e com o coeficiente de permeabilidade operação ou acima dela, permitindo que a água
mínima de 10-6 cm/s, referenciado à água a 20ºC. seja descarregada sobre uma área específica. (1)
4.92 Canalização (tubulação): Rede de tubos, Chuveiro de extinção precoce e resposta rápida
conexões e acessório, destinada a conduzir água (ESFR–Early Suppression and Fast Response):
para alimentar o sistema de combate a incêndios. chuveiro de resposta rápida utilizado para ex-
tinção (e não simplesmente controle) de alguns
4.93 Canhão monitor: Equipamento destinado a tipos de incêndios, considerados graves, típico
formar e a orientar jatos de longo alcance para em armazenagem a grande altura de material
combate a incêndio. combustível. (2) Chuveiro de cobertura exten-
4.94 Capacidade volumétrica: Capacidade total siva: chuveiro projetado para cobrir uma área
em volume de água que o recipiente pode com- maior do que a área de cobertura de chuveiros
portar. padrão. (3) Chuveiro de gotas grandes: chuveiro
capaz de produzir gotas grandes de água, utili-
4.95 Carga de incêndio: Soma das energias calorífi- zado para controle de alguns tipos de incêndios
cas possíveis de serem liberadas pela combustão graves. (4) Difusores: dispositivo para uso em
completa de todos os materiais combustíveis aplicações que requerem formas especiais de
contidos em um espaço, inclusive o revestimento distribuição de água, sprays direcionais ou outras
das paredes, divisórias, pisos e tetos. características incomuns. (5) Chuveiro de estilo
4.96 Carga de incêndio específica: Valor da carga antigo: chuveiro que direciona 40% a 60% da
de incêndio dividido pela área de piso do espaço água para o teto e que deve ser instalado com
considerado, expresso em Megajoule (MJ) por o defletor pendente ou de pé. (6) Chuveiro
metro quadrado (m2). aberto: chuveiro que não possui elementos
acionadores ou termossensíveis. (7) Chuveiro
4.97 Carretel axial: Dispositivo rígido destinado ao de resposta imediata e cobertura estendida:
enrolamento de mangueiras semi-rígidas. chuveiro de resposta rápida projetados para co-
4.98 Causa: Origem de caráter humano ou material, brir uma área maior do que a área de cobertura
relacionada com um acidente. de chuveiros padrão. (8) Chuveiro de resposta
imediata (QR–Quick-Response): tipo de chuvei-
4.99 Central de alarme: Equipamento destinado a
ro de resposta rápida utilizado para extinção (e
processar os sinais provenientes dos circuitos de
não simplesmente controle) de alguns tipos de
detecção, convertê-los em indicações adequadas,
incêndios. (9) Chuveiro especial: chuveiro testa-
comandar e controlar os demais componentes do
do e certificado para uma aplicação específica.
sistema.
(10) Chuveiro tipo spray: chuveiro cujo defle-
4.100 Central de gás: Área devidamente delimitada, tor direciona a água para baixo, lançando uma
que contém os recipientes transportáveis ou quantidade mínima de água, ou nenhuma, para
estacionário(s) e acessórios, destinados ao arma- o teto. É o chuveiro de uso mais difundido nos
zenamento de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) últimos cinqüenta anos devido à sua capacidade
para consumo. Classificação segundo sua capaci- de controlar incêndios em vários tipos de riscos.
dade máxima de armazenamento de recipientes: (11) Chuveiro resistente à corrosão: chuveiro
a) Classe I: até 520 kg de GLP (equivalente a 40 fabricado com materiais resistentes à corrosão,
botijões); ou com revestimentos especiais, para serem uti-
b) Classe II: até 1.560 kg de GLP (equivalente a lizados em atmosferas que normalmente causam
120 botijões); corrosão. (12) Chuveiro seco: chuveiro fixado a
c) Classe III: até 6.240 kg de GLP (equivalente a um niple de extensão que é provido de um selo
480 botijões); na extremidade de entrada para permitir que a

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água ingresse em seu interior somente em caso po de Bombeiros, com o objetivo de analisar
de operação do chuveiro. Definições quanto à e emitir pareceres relativos aos casos que
instalação:(a) Chuveiro oculto:chuveiro embutido necessitarem de soluções técnicas mais
coberto por uma placa que é liberada antes do complexas ou apresentarem dúvidas quantos às
funcionamento do chuveiro. (b) Chuveiro flush: exigências previstas na legislação.
chuveiro decorativo cujo corpo, ou parte dele,
4.110 Como construído (“as built”): Documentos,
incluindo a rosca, é montado acima do plano
desenhos ou plantas do sistema, que corres-
inferior do teto. Ao ser ativado, o defletor se
pondem exatamente ao que foi executado pelo
prolonga para baixo do plano inferior do teto.
instalador.
(c) Chuveiro pendente: chuveiro projetado para
ser instalado em uma posição na qual o jato de 4.111 Compartimentação de áreas (vertical
água é direcionado para baixo, contra o defletor. e horizontal): Medidas de proteção passiva,
(d) Chuveiro embutido: chuveiro decorativo cujo constituídas de elementos de construção resis-
corpo, ou parte dele, exceto a rosca, é montado tentes ao fogo, destinadas a evitar ou minimizar
dentro de um invólucro embutido. (e) Chuveiro a propagação do fogo, calor e gases, interna ou
lateral: chuveiro com defletor especial projetado externamente ao edifício, no mesmo pavimento
para descarregar água para longe da parede mais ou para pavimentos elevados consecutivos.
próxima a ele, em um formato parecido com
4.112 Compartimentação horizontal: Medida de
um quarto de esfera. Um pequeno volume de
proteção, constituída de elementos construtivos
água é direcionado à parede atrás do chuveiro.
resistentes ao fogo, separando ambientes, de tal
(f) Chuveiro em pé: chuveiro projetado para ser
modo que o incêndio fique contido no local de
instalado em uma posição na qual o jato de água
origem e evite a sua propagação no plano hori-
é direcionado para cima, contra o defletor.
zontal. Incluem-se nesse conceito os elementos
4.103 Circulação de uso comum: Passagem que dá de vedação abaixo descritos:
acesso à saída de mais de uma unidade autôno- a) paredes corta-fogo de compartimentação de
ma, quarto de hotel ou assemelhado. áreas;
4.104 Classes de incêndio: Classificação didática na b) portas e vedadores corta-fogo nas paredes de
qual se definem fogos de diferentes natureza. compartimentação de áreas;
Adotada no Brasil em quatro classes: fogo classe c) selagem corta-fogo nas passagens das ins-
A, fogo classe B, fogo classe C e fogo classe D. talações prediais existentes nas paredes de
compartimentação;
4.105 Cobertura: Elemento construtivo, localizado d) registros corta-fogo nas tubulações de venti-
no topo da edificação, com a função de protegê- lação e de ar condicionado que transpassam
la da ação dos fenômenos naturais (chuva, calor, as paredes de compartimentação;
vento etc.). e) paredes corta-fogo de isolamento de riscos
4.106 Combate a incêndio: Conjunto de ações táticas entre unidades autônomas;
destinadas a extinguir ou isolar o incêndio com uso f) paredes corta-fogo entre unidades autôno-
de equipamentos manuais ou automáticos. mas e áreas comuns;
g) portas corta-fogo de ingresso de unidades
4.107 Combustibilidade dos elementos de re- autônomas.
vestimento das fachadas das edificações:
Característica de reação ao fogo dos materiais 4.113 Compartimentação vertical: Medida de
utilizados no revestimento das fachadas dos edi- proteção, constituída de elementos construti-
fícios, que podem contribuir para a propagação vos resistentes ao fogo, separando pavimentos
e radiação do fogo, determinados nas normas consecutivos, de tal modo que o incêndio fique
técnicas em vigor. contido no local de origem e dificulte a sua pro-
pagação no plano vertical. Incluem-se nesse con-
4.108 Comissão especial de avaliação (CEA): ceito os elementos de vedação abaixo descritos:
Grupo de pessoas qualificadas no campo da
a) entrepisos ou lajes corta-fogo de comparti-
segurança contra incêndio, representativas de
mentação de áreas;
entidades públicas e privadas, com o objetivo de
b) vedadores corta-fogo nos entrepisos ou lajes
avaliar e propor alterações necessárias ao Regu-
corta-fogo;
lamento de Segurança contra Incêndio – Decre-
c) enclausuramento de dutos (“shafts”) por
to Estadual nº 46076/01.
meio de paredes corta-fogo;
4.109 Comissão técnica: Grupo de estudo do d) enclausuramento das escadas por meio de
CBPMESP, instituído pelo Comandante do Cor- paredes e portas corta-fogo;

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e) selagem corta-fogo dos dutos (“shafts”) na 4.124 Dano: Lesões a pessoas, destruição de recursos
altura dos pisos e/ou entrepisos; naturais (água, ar, solo, animais, plantas ou
f) paredes resistentes ao fogo na envoltória do ecossistemas) ou de bens materiais.
edifício;
4.125 Degrau: Conjunto de elementos de uma escada
g) parapeitos ou abas resistentes ao fogo, separan-
composta pela face horizontal conhecida como
do aberturas de pavimentos consecutivos;
“piso”, destinado ao pisoteio, e pelo espelho que é
h) registros corta-fogo nas aberturas em cada
a parte vertical do degrau, que lhe define a altura.
pavimento dos dutos de ventilação e de ar
condicionado. 4.126 Deflagração: Explosão que se propaga à veloci-
dade subsônica.
4.114 Compartimentar: Separar um ou mais locais
do restante da edificação por intermédio de pa- 4.127 Defletor de chuveiro automático: Compo-
redes resistentes ao fogo, portas, selos e “dam- nente do bico destinado a quebrar o jato sólido,
pers” corta-fogo. de modo a distribuir a água segundo padrão es-
tabelecido.
4.115 Compartimento: Parte de uma edificação,
compreendendo um ou mais cômodos, espaços 4.128 Densidade populacional (d): Número de pes-
ou andares, construídos para evitar ou minimizar soas em uma área determinada (pessoas/m2).
a propagação do incêndio de dentro para fora de 4.129 Descarga: Parte da saída de emergência de uma
seus limites. edificação que fica entre a escada e o logradouro
4.116 Compensadores síncronos: Equipamento público ou área externa com acesso a este.
que compensa reativos do sistema, trabalhando 4.130 Deslizador de espuma: Dispositivo destinado
como carga quando o sistema está com a tensão a facilitar a aplicação suave da espuma sobre lí-
alta e trabalhando como gerador quando o siste- quidos combustíveis armazenados em tanques.
ma está com a tensão baixa.
4.131 Destravadores eletromagnéticos: Disposi-
4.117 Componentes de travamento: Componen- tivo de controle de abertura com travamento
tes da barra antipânico que mantêm a(s) folha(s) determinado pelo acionamento magnético, de-
de porta corta-fogo na posição fechada. corrente da passagem de corrente elétrica.
4.118 Comunicação visual: Conjunto de informa- 4.132 Detector automático de incêndio: Dispo-
ções visuais aplicadas em uma edificação, com a sitivo que, quando sensibilizado por fenômenos
finalidade de orientar sua população, tais como: físicos e/ou químicos, detecta princípios de in-
localização de ambientes, saídas, prestação de cêndio, podendo ser ativado, basicamente, por
serviços e propagandas, não se tratando especifi- calor, chama ou fumaça.
camente de sinalização de emergência.
4.133 Detonação: Explosão que se propaga à velo-
4.119 Contêiner: Grande caixa metálica de dimen- cidade supersônica, caracterizada por uma onda
sões e características padronizadas, para acon- de choque.
dicionamento de carga geral a transportar, com
4.134 Dique: Maciço de terra, concreto ou outro ma-
a finalidade de facilitar o seu embarque, desem-
terial quimicamente compatível com os produtos
barque e transbordo entre diferentes meios de
armazenados nos tanques, formando uma bacia
transporte.
capaz de conter o volume exigido por norma.
4.120 Cor de contraste: Aquela que contrasta com a
4.135 Dique intermediário: Dique colocado dentro
cor de segurança a fim de fazer com que a última
da bacia de contenção com a finalidade de con-
se sobressaia.
ter pequenos vazamentos.
4.121 Cor de segurança: Aquela para a qual é atri-
4.136 Dispositivo de recalque: Registro para uso
buída uma finalidade ou um significado específico
do Corpo de Bombeiros, que permite o recal-
de segurança ou saúde.
que de água para o sistema, podendo ser dentro
4.122 Corredor de inspeção: Intervalo entre lotes da propriedade quando o acesso do Corpo de
contíguos de recipientes de Gás Liquefeito de Bombeiros estiver garantido.
Petróleo (GLP) ou outros gases.
4.137 Dispositivos de descarga: Equipamentos que
4.123 Corrimão: Barra, cano ou peça similar, com su- aplicam a espuma sob forma de neblina e que
perfície lisa, arredondada e contínua, aplicada em aplicam o agente numa corrente compacta de
áreas de escadas e rampas destinadas a servir de baixa velocidade. Podem ser: dispositivos que
apoio para as pessoas durante o deslocamento. descarregam a espuma sob a forma de aspersão

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

e terminam em um defletor ou uma calha que isso, devidamente ventilados e livres de fumaça
distribui a espuma; dispositivos que descarregam em caso de incêndio.
a espuma sob a forma de uma corrente compacta
4.146 Duto de saída de ar (DS): Espaço vertical no
de baixa velocidade; podem ter ou não defletores
interior da edificação, que permite a saída, em
ou calhas incluídos como partes integrantes do
qualquer pavimento, de gases e fumaça para o ar
sistema. Esses dispositivos podem ter formas
livre, acima da cobertura da edificação.
como as de tubos abertos, esguichos de fluxo
direcional ou pequenas câmaras de geração com 4.147 Duto “plenum”: Condição de dimensiona-
bocas de saídas abertas. mento do sistema de pressurização no qual se
4.138 Distância de segurança: Afastamento entre admite apenas um ponto de pressurização, dis-
uma face exposta da edificação ou de um local pensando-se o duto interno e/ou externo para
compartimentado à divisão do lote, ao eixo da pressurização.
rua ou a uma linha imaginária entre duas edifica- 4.148 Ebulição turbilhonar (“Boil Over”): Expul-
ções ou áreas compartimentadas do mesmo lote, são total ou parcial de petróleo ou misturas de
medida perpendicularmente à face exposta da combustíveis com características similares, oca-
edificação. Com relação a líquidos combustíveis/ sionada pela vaporização brusca de água existen-
inflamáveis e GLP, distância de segurança é a dis-
te no tanque, quando atingida pela onda de calor
tância mínima livre, medida na horizontal, para
que se forma em conseqüência da combustão do
que, em caso de acidente (incêndio, explosão), os
produto. Para que este fenômeno ocorra, é ne-
danos sejam minimizados.
cessário que o tanque já tenha perdido seu teto.
4.139 Distância máxima horizontal de caminha-
mento: Afastamento máximo a ser percorrido 4.149 Edificação: Área construída destinada a abrigar
pelo espectador para alcançar um acesso. atividade humana ou qualquer instalação, equipa-
mento ou material.
4.140 Distância mínima de segurança: Afasta-
mento mínimo entre a área de armazenamento 4.150 Edificação aberta lateralmente: Edificação
de recipientes transportáveis de Gás Liquefeito ou parte de edificação que, em cada pavimento:
de Petróleo (GLP) e outra instalação necessária a) tenha ventilação permanente em duas ou mais
para a segurança do usuário, do manipulador, de fachadas externas, providas por aberturas que
edificação e do público em geral, estabelecida a possam ser consideradas uniformemente
partir do limite de área de armazenamento. distribuídas e que tenham comprimentos em
planta que somados atinjam pelo menos 40%
4.141 Distribuição de GNL a granel: Compreende
do perímetro do edifício e áreas que somadas
as atividades de aquisição ou recepção, armaze-
correspondam a pelo menos 20% da superfí-
namento, transvazamento, controle de qualidade
e comercialização do Gás Natural Liquefeito cie total das fachadas externas; ou
(GNL), por meio de transporte próprio ou con- b) tenha ventilação permanente em duas ou mais
tratado, podendo também exercer a atividade de fachadas externas, provida por aberturas cujas
liquefação de gás natural, que serão realizadas áreas somadas correspondam a pelo menos
por pessoas jurídicas constituídas sob as leis 1/3 da superfície total das fachadas externas, e
brasileiras, com sede e administração no País. pelo menos 50% destas áreas abertas situadas
em duas fachadas opostas.
4.142 Divisória ou tabique: Parede interna, baixa
Observação: Em qualquer caso, as áreas das
ou atingindo o teto, sem efeito estrutural e que,
aberturas nas laterais externas somadas devem
portanto, pode ser suprimida facilmente em caso
possuir ventilação direta para o meio externo e
de reforma.
devem corresponder a pelo menos 5% da área do
4.143 Dosador: Equipamento destinado a misturar piso no pavimento e as obstruções internas even-
quantidades determinadas de “extrato forma- tualmente existentes devem ter pelo menos 20%
dor” de espuma e água. de suas áreas abertas, com aberturas dispostas de
4.144 DSCI: Departamento de Segurança Contra In- forma a poderem ser consideradas uniformemen-
cêndio. te distribuídas, para permitir a ventilação.
4.145 Duto de entrada de ar (DE): Espaço no inte- 4.151 Edificação destinada ao comércio de fogos
rior da edificação, que conduza ar puro, coletado de artifício no varejo: Local destinado ao
ao nível inferior desta, às escadas, antecâmaras armazenamento e venda de fogos de artifício e
ou acessos, exclusivamente, mantendo-os, com estampido industrializados.

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

4.152 Edificação em exposição: Construção que 4.165 EPI de nível “A”: É o nível máximo de proteção
recebe a radiação de calor, convecção de gases para todas as possíveis vias de intoxicação, sendo
quentes ou a transmissão direta de chama. por inalação, ingestão ou absorção cutânea.
Utiliza-se roupa encapsulada de proteção
4.153 Edificação expositora: Construção na qual o
química, com proteção respiratória de pressão
incêndio está ocorrendo, responsável pela radia-
positiva.
ção de calor, convecção de gases quentes e ou
transmissão direta de chamas. 4.166 EPI de nível “B”: É o nível de proteção in-
termediário, para exposições de produtos com
4.154 Edificação importante: edificação considera-
possibilidade de respingos. Utiliza-se roupa de
da crucial em caso de exposição ao fogo. Exem-
proteção química conforme especificação da
plos: casa de controle, casa de combate a incên-
tabela de compatibilidade da roupa.
dio, edificações com permanência de pessoas ou
que contenham bens de alto valor, equipamentos 4.167 EPI de nível “C”: É o nível mínimo necessário
ou suprimentos críticos. de proteção para qualquer tipo de acidente en-
volvendo produtos químicos.
4.155 Edificação principal: Construção que abriga a
atividade principal sem a qual as demais edifica- 4.168 EPR: Equipamentos de proteção respiratória.
ções não teriam função. 4.169 Escada aberta: Escada não enclausurada por
4.156 Edificação térrea: Construção de um pavi- paredes e porta corta-fogo.
mento, podendo possuir mezaninos cuja soma- 4.170 Escada aberta externa (AE): Escada de
tória de áreas deve ser menor ou igual à terça emergência precedida de porta corta-fogo (PCF)
parte da área do piso de pavimento. no seu acesso, cuja projeção esteja fora do corpo
4.157 EFE: Extrato formador de espuma. principal da edificação, sendo dotada de guarda
corpo ou gradil (barreiras) e corrimãos em todas
4.158 Efeito chaminé (“Stack effect”): Fluxo de sua extensão (degraus e patamares), permitindo
ar vertical dentro das edificações, causado pela desta forma eficaz ventilação, propiciando um
diferença de temperatura interna e externa. seguro abandono.
4.159 Efeito do sistema: Efeito causado pelo erro 4.171 Escada à prova de fumaça pressurizada
de projeto e/ou instalação com configurações (PFP): Escada à prova de fumaça, cuja condição
inadequadas do sistema onde o ventilador está de estanqueidade à fumaça é obtida por intermé-
instalado, ocasionando redução do desempenho dio de pressurização.
do ventilador em termos de vazão.
4.172 Escada enclausurada: Escada protegida com
4.160 Elemento de compartimentação: Elemento paredes resistentes ao fogo e portas corta-fogo.
de construção que compõe a compartimentação
da edificação. 4.173 Escada enclausurada à prova de fumaça
(EPF): Escada cuja caixa é envolvida por paredes
4.161 Elemento estrutural: Todo e qualquer elemen- corta-fogo e dotada de portas corta-fogo, cujo
to de construção do qual dependa a resistência e acesso é por antecâmara igualmente enclausu-
a estabilidade total ou parcial da edificação. rada ou local aberto, de modo a evitar fogo e
4.162 Emergência: Situação crítica e fortuita que fumaça em caso de incêndio.
representa perigo à vida, ao meio ambiente e ao 4.174 Escada enclausurada protegida (EP): Esca-
patrimônio, decorrente de atividade humana ou da devidamente ventilada situada em ambiente
fenômeno da natureza que obriga a uma rápida envolvido por paredes resistentes ao fogo e
intervenção operacional. dotada de portas corta-fogo.
4.163 Entrepiso: Conjunto de elementos de constru- 4.175 Escada não enclausurada ou escada co-
ção, com ou sem espaços vazios, compreendido mum (NE): Escada que embora possa fazer
entre a parte inferior do forro de um pavimento parte de uma rota de saída, comunica-se dire-
e a parte superior do piso do pavimento imedia- tamente com os demais ambientes como corre-
tamente superior. dores, “halls” e outros, em cada pavimento, não
possuindo portas corta-fogo.
4.164 EPI: Equipamentos de proteção individual. (Ex.:
capacete de bombeiro, capa de bombeiro, bota 4.176 Escoamento (E): Número máximo de pessoas
de bombeiro, calça de bombeiro, luvas de bom- possíveis de abandonar um recinto dentro do
beiro; óculos de segurança e outros). tempo máximo de abandono.

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

4.177 Esguicho: Dispositivo adaptado na extremidade 4.187 Estação de carregamento: Instalação


das mangueiras, destinado a dar forma, direção e especialmente construída para carregamento de
controle ao jato, podendo ser do tipo regulável caminhões-tanques ou de vagões-tanques.
(neblina ou compacto) ou de jato compacto. 4.188 Estação fixa de emulsificação: Local onde se
4.178 Esguicho regulável: Acessório hidráulico que situam bombas, dosadores, válvulas e reservató-
dá forma ao jato, permitindo o uso d’água em rios de extrato formador de espuma.
forma de chuveiro de alta velocidade. 4.189 Estação móvel de emulsificação: Veículo es-
4.179 Esguicho universal: Esguicho dotado de vál- pecificado para transporte de extrato formador
vula destinada a formar jato sólido ou de neblina de espuma (EFE) e o seu emulsionamento com a
ou fechamento da água. Permite ainda acoplar água.
um dispositivo para produção de neblina de 4.190 Estado de flutuação: Condição em que a
baixa velocidade. bateria de acumuladores elétricos recebe uma
4.180 Espaçamento: É a menor distância livre entre corrente necessária para a manutenção de sua
os equipamentos, unidades de produção, instala- capacidade nominal.
ções de armazenamento e transferência, edifica- 4.191 Estado de funcionamento do sistema:
ções, vias públicas, cursos d’água e propriedades Condição na qual a(s) fonte(s) de energia
de terceiros. alimenta(m), efetivamente, os dispositivos da
4.181 Espaço confinado: Local onde a presença hu- iluminação de emergência.
mana é apenas momentânea para prestação de 4.192 Estado de repouso do sistema: Condição
um serviço de manutenção em máquinas, tubula- na qual o sistema foi inibido de iluminar propo-
ções e sistemas. sitadamente. Tanto inibido manualmente com
4.182 Espaço livre exterior: Espaço externo à edifi- religamento automático ou por meio de célula
cação para o qual abram seus vãos de ventilação fotoelétrica, para conservar energia e manter a
bateria em estado de carga para uso em emer-
e iluminação. Pode ser constituído por logra-
gência, quando do escurecimento da noite.
douro público ou pátio amplo.
4.193 Estado de vigília do sistema: Condição em
4.183 Espaços comuns (“communicating spa-
que a fonte de energia alternativa (sistema de ilu-
ce”): Espaços dentro de uma edificação com co-
minação de emergência) está pronta para entrar
municação com espaços amplos adjacentes, nos
em funcionamento na falta ou na falha da rede
quais a fumaça proveniente de um incêndio pode
elétrica da concessionária.
propagar-se livremente. Os espaços comuns po-
dem permitir aberturas diretamente dentro dos 4.194 Estanqueidade: (1) Propriedade de um vaso
espaços amplos ou podem conectar-se por meio de não permitir a passagem indesejável do fluido
de passagens abertas. nele contido. (2) Propriedade de um elemento
construtivo em vedar a passagem de gases quen-
4.184 Espaços comuns e amplos (“large volu- tes e/ou chamas, por um período de tempo.
me spaces”): Espaço descompartimentado,
geralmente com dois ou mais pavimentos que 4.195 Exaustão: Princípio pelo qual os gases e produtos
se comunicam internamente, dentro do qual a de combustão são retirados do interior do túnel.
fumaça proveniente de um incêndio, tanto no 4.196 Exercício simulado: Atividade prática realizada
espaço amplo como no espaço comum, pode periodicamente para manter a brigada e os ocu-
mover-se ou acumular-se sem restrições. Os pantes das edificações com condições de enfren-
átrios e shoppings cobertos são exemplos de tar uma situação real de emergência.
espaços amplos.
4.197 Exercício simulado parcial: Atividade prática
4.185 Espaços separados (“separated spaces”): abrangendo apenas uma parte da planta, respei-
Espaços dentro de edificações que são isolados tando-se os turnos de trabalho.
das áreas grandes por barreiras de fumaça, os
4.198 Expedidor: Pessoa responsável pela contra-
quais não podem ser utilizados no suprimento de
tação do embarque e transporte de logística
ar, visando a restringir o movimento da fumaça.
envolvendo produtos perigosos expressos em
4.186 Espuma mecânica: Agente extintor constituí- nota fiscal ou conhecimento de transporte inter-
do por um aglomerado de bolhas produzidas nacional. É responsável pela segurança veicular,
por agitação da água com extrato formador de compatibilidade entre os produtos e a identifica-
espuma (EFE) e ar. ção de seus riscos.

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

4.199 Explosão: Fenômeno acompanhado de rápida 4.210 Fluxo luminoso residual: Fluxo luminoso
expansão de um sistema de gases, seguida de medido após o tempo de autonomia garantida
uma rápida elevação na pressão; seus principais pelo fabricante no funcionamento do sistema.
efeitos são o desenvolvimento de uma onda de 4.211 Fogo: é uma reação química de oxidação (pro-
choque e ruído. cesso de combustão), caracterizada pela emis-
4.200 Explosivos: Substâncias capazes de rapidamen- são de calor, luz e gases tóxicos. Para que o fogo
te se transformarem em gases, produzindo calor exista, é necessário a presença de quatro ele-
intenso e pressões elevadas. mentos: combustível, comburente (normalmente
o Oxigênio), calor e reação em cadeia.
4.201 Extinção ou supressão de incêndio: Redu-
ção drástica da taxa de liberação de calor de 4.212 Fogo classe A: Fogo em materiais combustíveis
um incêndio e prevenção de seu ressurgimento sólidos, que queimam em superfície e profundi-
dade, deixando resíduos.
pela aplicação direta de quantidade suficiente
de agente extintor através da coluna de gases 4.213 Fogo classe B: Fogo em líquidos e gases infla-
ascendentes gerados pelo fogo até atingir a su- máveis ou combustíveis sólidos, que se liquefa-
perfície incendiada do material combustível. zem por ação do calor e queima somente em
superfície.
4.202 Extintor de incêndio: Aparelho de aciona-
mento manual, portátil ou sobre rodas, destinado 4.214 Fogo classe C: Fogo em equipamentos de insta-
a combater princípios de incêndio. lações elétricas energizadas.

4.203 Fachada: Face de uma edificação constituída 4.215 Fogo classe D: Fogo em metais pirofóricos.
de vedos e aberturas, que emitirá ou receberá a 4.216 Fogos de artifício e estampido: Artefato piro-
propagação de um incêndio. técnico, que produz ruídos e efeitos luminosos.
4.204 Fachada de acesso operacional: Face da 4.217 Fonte de energia alternativa: Dispositivo des-
edificação localizada ao longo de uma via públi- tinado a fornecer energia elétrica ao(s) ponto(s)
ca ou privada com largura livre maior ou igual de luz de emergência na falta ou falha de alimenta-
a 6 m, sem obstrução, possibilitando o acesso ção na rede elétrica da concessionária.
operacional dos equipamentos de combate e
4.218 Fonte de ignição: fonte de calor (externa) que
seu posicionamento em relação a ela. A fachada inicia a combustão.
deve possuir pelo menos um meio de acesso ao
interior do edifício e não ter obstáculos. 4.219 Formulário de segurança contra incêndio:
Documento que contém os dados básicos da
4.205 Faixa de estacionamento: Trecho das vias edificação, signatários, sistemas previstos e trâ-
de acesso que se destina ao estacionamento e mite no Corpo de Bombeiros da Polícia Militar
operação das viaturas do Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo (CBPMESP).
da Polícia Militar do Estado de São Paulo
4.220 Formulário para atendimento técnico
(CBPMESP).
(FAT): Instrumento administrativo utilizado
4.206 Fator de massividade (“fator de forma”) pelo interessado para sanar dúvidas, solicitar
(m-1): Razão entre o perímetro exposto ao in- alterações em Processo e Auto de Vistoria do
cêndio e a área da seção transversal de um perfil Corpo de Bombeiros, solicitar juntada de do-
estrutural. cumentos, solicitar reconsideração de ato em
vistoria, entre outros.
4.207 Filtro de partículas: Elemento destinado a
realizar retenção de partículas existentes no 4.221 Fotoluminescência: Efeito alcançado por
escoamento de ar e que estão sendo arrastadas meio de um pigmento não radioativo, não tóxico,
por este fluxo. o qual absorve luz do dia ou luz artificial e emite
brilho (luz) por no mínimo 10 min. O pigmento
4.208 Fluxo (F): Número de pessoas que passam por armazena fótons claros (como energia) que exci-
unidade de tempo (pessoas/min) em um deter- ta as moléculas de sulfeto, aluminato, silicato etc
minado meio de abandono, adotando-se para o e emite brilho intenso, em ambiente escuro, de
cálculo do escoamento, fluxo igual a 88 pessoas cor amarelo-esverdeado.
por minuto (F=88), contemplando duas unidades
4.222 Fumaça (“smoke”): Partículas de ar trans-
de passagem.
portadas na forma sólida, líquida e gasosa, de-
4.209 Fluxo luminoso nominal: Fluxo luminoso me- corrente de um material submetido a pirólise ou
dido após 2 min de funcionamento do sistema. combustão, que juntamente com a quantidade de

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

ar que é conduzida, ou de qualquer outra forma, 4.232 Heliponto: Área homologada ou registrada, ao
misturada formando uma massa. nível do solo ou elevada, utilizada para pousos e
decolagens de helicópteros.
4.223 Gás limpo: Agentes extintores na forma de gás
que não degradam a natureza e não afetam a 4.233 Heliponto civil: Local destinado, em princípio,
camada de ozônio. São inodoros, incolores, maus ao uso de helicópteros civis.
condutores de eletricidade e não corrosivos. Di- 4.234 Heliponto elevado: Local instalado sobre edi-
videm-se em compostos halogenados e mistura ficações.
de gases inertes. Nota: o CO2 não é considerado
4.235 Heliponto militar: Local destinado ao uso de
gás limpo por sua ação asfixiante na concentra-
helicópteros militares.
ção de extinção.
4.236 Heliponto privado: Local destinado ao uso
4.224 Gás Liquefeito de Petróleo (GLP): Produto
de helicópteros civis, de seu proprietário ou de
constituído de hidrocarbonetos com três ou pessoas por ele autorizadas, sendo vedada sua
quatro átomos de carbono (propano, propeno, utilização em caráter comercial.
butano, buteno), podendo apresentar-se em mis-
tura entre si e com pequenas frações de outros 4.237 Heliponto público: Local destinado ao uso de
hidrocarbonetos. helicópteros em geral.

4.225 Gás Natural Liquefeito (GNL): Fluido no es- 4.238 Heliportos: Helipontos públicos dotados de
tado líquido em condições criogênicas, compos- instalações e facilidades para apoio de helicóp-
teros e de embarque e desembarque de pessoas,
to predominantemente de metano e que pode
tais como: pátio de estacionamento, estação de
conter quantidades mínimas de etano, propano,
passageiros, locais de abastecimento, equipamen-
nitrogênio ou outros componentes normalmen-
tos de manutenção etc.
te encontrados no gás natural.
4.239 Heliportos elevados: Heliportos localizados
4.226 Gerador de espuma: Equipamento que se sobre edificações.
destina a facilitar a mistura da solução com o ar
para a formação de espuma. 4.240 Hidrante: Ponto de tomada de água onde há uma
(simples) ou duas (duplo) saídas contendo válvulas
4.227 Gerenciamento de risco: São os procedi- angulares com seus respectivos adaptadores, tam-
mentos a serem tomados em uma edificação ou pões, mangueiras de incêndio e demais acessórios.
área de risco, visando ao estudo, planejamento
4.241 Hidrante de coluna: Aparelho ligado à rede
e execução de medidas que venham a garantir a
pública de distribuição de água, que permite a
segurança contra incêndio desses locais.
adaptação de bombas e/ou mangueiras para o
4.228 Grelha de insuflamento: Dispositivo utilizado serviço de extinção de incêndios.
nas redes de distribuição de ar, posicionado no final 4.242 Hidrante de parede: Ponto de tomada de
de cada trecho. Esse elemento terminal é utilizado água instalado na rede particular, embutido em
para direcionar e/ou distribuir do modo adequado parede, podendo estar no interior de um abrigo
o fluxo de ar de determinado ambiente. de mangueira.
4.229 Grupo motoventilador: Equipamento com- 4.243 Hidrante para sistema de espuma: Equi-
posto por motor elétrico e ventilador, com a pamento destinado a alimentar com água ou
finalidade de insuflar ar dentro de um corpo de solução de espuma as mangueiras para combate
escada de segurança para pressurizá-la e evitar/ a incêndio.
expulsar a possível entrada de fumaça.
4.244 Hidrante urbano: Ponto de tomada de água
4.230 Grupo motogerador: Equipamento cuja provido de dispositivo de manobra (registro) e
força provém da explosão do combustível mis- união de engate rápido, ligado à rede pública de
turado ao ar, com a finalidade de gerar energia abastecimento de água, podendo ser emergente
elétrica. (de coluna) ou subterrâneo (de piso).

4.231 Guarda ou guarda-corpo: Barreira protetora 4.245 Ignição: Iniciação da combustão.


vertical, maciça ou não, delimitando as faces 4.246 Iluminação auxiliar: Iluminação destinada a
laterais abertas de escadas, rampas, patamares, permitir a continuação do trabalho, em caso
acessos, terraços, balcões, galerias e assemelha- de falha do sistema normal de iluminação. Por
dos, servindo como proteção contra eventuais exemplo: centros médicos, aeroportos, metrô
quedas de um nível para outro. etc.

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

4.247 Iluminação de emergência de balizamento 4.256 Inertização: Redução do porcentual de


ou de sinalização: Iluminação de sinalização Oxigênio no ambiente de modo a não ocorrer a
com símbolos e/ou letras que indicam a rota de combustão.
saída que pode ser utilizada neste momento.
4.257 Inibidor de vórtice: Acessório de tubulação
4.248 Iluminação de emergência: Sistema que destinado a eliminar o efeito do vórtice dentro
permite clarear áreas escuras de passagens, hori- de um reservatório.
zontais e verticais, incluindo áreas de trabalho e
4.258 Instalação: Toda montagem mecânica, hidráuli-
áreas técnicas de controle de restabelecimento
ca, elétrica, eletroeletrônica, ou outra, para fins
de serviços essenciais e normais, na falta de ilu-
de atividades de produção industrial, geração ou
minação normal.
controle de energia, contenção ou distribuição
4.249 Iluminação de emergência de aclaramento: de fluídos líquidos ou gasosos, ocupação de toda
Sistema composto por dispositivos de iluminação espécie, cuja montagem tenha caráter perma-
de ambientes para permitir a saída fácil e segura nente ou temporária, que necessite de proteção
das pessoas para o exterior da edificação, bem contra incêndio previsto na legislação.
como proporcionar a execução de intervenção
4.259 Instalação de Gás Liquefeito de Petróleo
ou garantir a continuação do trabalho em certas
(GLP): Sistema constituído de tubulações, aces-
áreas, em caso de interrupção da alimentação
sórios e equipamentos que conduzem e utilizam
normal.
o GLP para consumo, por meio da queima e/ou
4.250 Iluminação não permanente: Sistema no outro meio previsto e autorizado na legislação
qual, as lâmpadas de iluminação de emergência competente.
não são alimentadas pela rede elétrica da con-
4.260 Instalações fixas de aplicação local: Dis-
cessionária e, só em caso de falta da fonte nor-
positivos com suprimento de gás permanente-
mal, são alimentadas automaticamente pela fonte
mente conectados a uma tubulação que alimenta
de alimentação de energia alternativa.
esguichos difusores distribuídos de maneira a
4.251 Iluminação permanente: Sistema no qual descarregar o gás diretamente sobre o material
as lâmpadas de iluminação de emergência são que queima. Podem ser de comando automático
alimentadas pela rede elétrica da concessionária, ou manual.
sendo comutadas automaticamente para a fonte
4.261 Instalações fixas de mangotinhos: Disposi-
de alimentação de energia alternativa em caso de
tivo com suprimento fixo de gases compreen-
falta e/ou falha da fonte normal.
dendo um ou mais cilindros que alimentam um
4.252 Incêndio: é o fogo sem controle, intenso, o qual mangotinho acondicionado em um carretel de
causa danos e prejuízos à vida, ao meio ambiente alimentação axial, equipado na sua extremidade
e ao patrimônio. livre um esguicho difusor com válvula de coman-
do manual de jato. Esse equipamento é de coman-
4.253 Incêndio natural: Variação de temperatura
do manual.
que simula o incêndio real, em função da geo-
metria, ventilação, características térmicas dos 4.262 Instalações industriais: Conjunto de equipa-
elementos de vedação e da carga de incêndio mentos que não se enquadram como depósitos,
específica. postos de serviço ou refinarias, mas onde líqui-
dos inflamáveis são armazenados e processados.
4.254 Incêndio-padrão: Elevação padronizada de
temperatura em função do tempo, dada pela 4.263 Instalação interna de gás: Conjunto de tubu-
seguinte expressão: lações, medidores, reguladores, registros e apa-
␪g=␪o + 345 log (8t+1) relhos de utilização de gás, com os necessários
onde: complementos, destinado à condução e ao uso
t é o tempo, expresso em minutos; do gás no interior da edificação.
␪o é a temperatura do ambiente antes do início
4.264 Instalações sob comando: O agente extintor
do aquecimento em graus Celsius, geralmente
fica armazenado em depósitos fixos e é condu-
tomada igual a 20ºC; e
zido através de tubulações rígidas até pontos
␪g é a temperatura dos gases, em graus Celsius
táticos, onde existem válvulas terminais (difuso-
no instante t.
res). Desses pontos, por meio da intervenção do
4.255 Índice de propagação de chamas: Produto homem, as tubulações são complementadas com
do fator de evolução do calor pelo fator de pro- mangotinhos até o local do foco de incêndio
pagação de chama. onde o agente é aplicado.

145
Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

4.265 Instalações temporárias: Locais que não 4.276 Jato de fumaça sob o teto (“ceiling jet”):
possuem características construtivas em Fluxo de fumaça sob o teto, estendendo-se
caráter definitivo, podendo ser desmontadas e radialmente do ponto de choque da coluna de
transferidas para outros locais. fogo contra o teto. Normalmente, a temperatura
do jato de fumaça sob o teto será maior que a
4.266 Instalador: Pessoa física ou jurídica responsável
camada de fogo adjacente.
pela execução da instalação do sistema de prote-
ção contra incêndio em uma edificação. 4.277 Jato de linha de mangueira: Jato de espuma
de um esguicho que pode ser segurado e dirigido
4.267 Instrução Técnica (IT): Documento técnico,
manualmente. A reação do esguicho usualmente
elaborado pelo CBPMESP, que regulamenta as
limita o fluxo da solução a aproximadamente
medidas de segurança contra incêndio nas edifi- 1.000L/min no máximo.
cações e áreas de risco.
4.278 Jato de neblina: Jato d’água contínuo de gotícu-
4.268 Interface da camada de fumaça (“smoke las finamente divididas e projetadas em diferen-
layer interface”): Limite teórico entre uma ca- tes ângulos.
mada de fumaça e a fumaça provinda do ar externo
(livre). Na prática, a interface da camada de fumaça 4.279 Lance de mangueira: Mangueira de incêndio
é um limite efetivo dentro da zona de diminuição de comprimento padronizado (15 m ou 30 m).
de impacto, que pode ter vários metros de espes- 4.280 Lanço de escada: Sucessão ininterrupta de
sura. Abaixo desse limite efetivo, a densidade da degraus entre dois patamares sucessivos.
fumaça na zona de transição cai a zero. Nota: Um lanço de escada nunca pode ter menos de três
degraus, nem subir altura superior a 3,70 m.
4.269 Interligação entre túneis: Abertura entre
túneis, sinalizada, provida de porta de passagem 4.281 Largura do degrau (b): Distância entre o bo-
que em caso de incidente possa ser utilizada cel do degrau e a projeção do bocel do degrau
como rota de fuga. imediatamente superior, medida horizontalmente
sobre a linha de percurso da escada.
4.270 Inundação total: Descarga de gases por meio
de difusores fixos no interior do recinto que 4.282 Laudo: Peça na qual o profissional habilitado
contém o equipamento protegido, de modo a relata o que observou e dá as suas conclusões.
permitir uma atmosfera inerte com uma con- 4.283 Leiaute (“layout”): Distribuição física de ele-
centração determinada de gás a ser atingida em mentos num determinado espaço.
tempo determinado.
4.284 Limite de área de armazenamento: Linha
4.271 Isolamento de risco: Medida de proteção fixada pela fileira externa de recipientes trans-
passiva por meio de compartimentação (vedos portáveis de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP),
fixos resistentes ao fogo) ou afastamento entre em um lote de recipientes, acrescida da largura do
blocos, destinado a evitar a propagação do fogo, corredor de inspeção, quando este for exigido.
calor e gases, entre os blocos isolados.
4.285 Limite do lote de recipientes: Linha fixada
4.272 Isolante térmico: Material com característica pela fileira externa de recipientes transportáveis
de resistir à transmissão do calor, impedindo que de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), em um lote
as temperaturas na face não exposta ao fogo de recipientes.
superem determinados limites.
4.286 Linha de espuma: Tubulação ou linha de man-
4.273 Itinerário: Trajeto a ser percorrido pelas guar- gueiras destinada a conduzir a espuma.
nições do Corpo de Bombeiros na ida ou no
4.287 Linha de percurso de uma escada: Linha
regresso do atendimento de uma emergência,
imaginária sobre a qual sobe ou desce uma pessoa
previamente estabelecido por meio de croqui. que segura o corrimão, estando afastada 0,55 m
4.274 Jato compacto: Tipo de jato de água caracteri- da borda livre da escada ou da parede.
zado por linhas de corrente de escoamento pa- Nota: Sobre essa linha, todos os degraus possuem piso de
largura igual, inclusive os degraus ingrauxidos nos locais em
ralelas, observado na extremidade do esguicho. que a escada faz deflexão. Nas escadas de menos de 1,10 m
4.275 Jato de espuma de monitor (canhão): Jato de largura, a linha de percurso coincide com o eixo da escada,
ficando, pois, mais perto da borda.
de grande capacidade de esguicho, que está
apoiado em posição e que pode ser dirigido por 4.288 Linha de solução: Tubulação ou linha de man-
um homem. O fluxo de solução de 1.200 l/min gueiras destinada a conduzir a solução de espu-
ou mais pode ser usado. ma mecânica.

146
Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

4.289 Líquido combustível: Líquido que possui (GLP) sem que haja corredor de inspeção entre
ponto de fulgor igual ou superior a 37,8ºC, estes.
subdividido como segue:
4.298 Maior risco (para dimensionamento de
a) Classe II: líquidos que possuem ponto de
sistemas): Aquele que requer a maior demanda
fulgor igual ou superior a 37,8ºC e inferior a do sistema a ser projetado em uma determinada
60 ºC; edificação ou área de risco.Ver também “Risco”.
b) Classe IIIA: líquidos que possuem ponto de
fulgor igual ou superior a 60ºC e inferior a 4.299 Mangotinho: Ponto de tomada de água onde há
93,4ºC; uma simples saída contendo válvula de abertura
c) Classe IIIB: líquidos que possuem ponto de rápida, adaptador (se necessário), mangueira semi-
fulgor igual ou superior a 93,4ºC. rígida, esguicho regulável e demais acessórios.

4.290 Líquido inflamável: Líquido que possui ponto 4.300 Mangueira de incêndio: Tubo flexível, fabri-
de fulgor inferior a 37,8ºC, também conhecido cado com fios naturais ou artificiais, usado para
como líquido Classe I, subdividindo-se em: canalizar água, solução ou espuma.
a) Classe IA: líquido com ponto de fulgor abai- 4.301 Mangueira flexível: Tubo flexível de material
xo de 22,8ºC e ponto de ebulição abaixo de sintético com características comprovadas para
37,8ºC; uso do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), poden-
b) Classe IB: líquido com ponto de fulgor abaixo do ou não possuir proteção metálica ou têxtil.
de 22,8ºC e ponto de ebulição igual ou acima
4.302 Manômetro: Instrumento que realiza a medi-
de 37,8ºC;
ção de pressões efetivas ou relativas.
c) Classe IC: líquido com ponto de fulgor igual ou
acima de 22,8ºC e ponto de ebulição abaixo 4.303 Manômetro de líquido ajustável: Tipo de
de 37,8ºC”. manômetro que permite a realização da avalia-
ção da diferença de pressão entre dois ambien-
4.291 Líquidos instáveis ou reativos: Líquidos que
tes por meio da comparação entre alturas de
no estado puro ou nas especificações comer-
colunas de líquido dito manométrico. Permite o
ciais, por efeito de variação de temperatura,
ajuste do valor inicial, antes do início da medição
pressão ou de choque mecânico, na estocagem
(ajuste do “zero”).
ou no transporte, tornam-se auto reativos e, em
conseqüência, se decomponham, polimerizem ou 4.304 Mapeamento de risco: Estudo desenvolvido
venham a explodir. pelo responsável por uma edificação em con-
junto com o Corpo de Bombeiros, visando a
4.292 Listagem confiável: Relação de dados e carac- relacionar os meios humanos e materiais dispo-
terísticas de projeto de equipamentos ou dispo- níveis por uma empresa, seguido da qualificação
sitivos, publicada pelo fabricante e reconhecida e otimização da capacidade de reação.
por órgãos regulamentadores ou normativos,
aceita pelo proprietário da instalação ou seu 4.305 Materiais combustíveis: Produtos ou subs-
preposto legal designado. tâncias (não resistentes ao fogo) que sofrem
ignição ou combustão quando sujeitos a calor.
4.293 Local de abastecimento: Área determinada
pelo conjunto de veículo abastecedor, mangueira 4.306 Materiais de acabamento: Produtos ou
flexível de abastecimento e central de Gás Lique- substâncias que, não fazendo parte da estrutura
feito de Petróleo (GLP). principal, são agregados à mesma com fins de
conforto, estética ou segurança.
4.294 Local de risco: Área interna ou externa da edi-
ficação, onde haja a probabilidade de um perigo 4.307 Materiais fogo-retardantes: Produtos ou
se materializar causando um dano. substâncias que, em seu processo químico, rece-
bem tratamento para melhor se comportarem
4.295 Local de saída única: Condição de um pa- ante a ação do calor, ou ainda aqueles protegidos
vimento da edificação, onde a saída é possível por produtos que dificultem a queima.
apenas em um sentido.
4.308 Materiais incombustíveis: Produtos ou subs-
4.296 Loteamento: Parcelamento do solo com tâncias que, submetidos à ignição ou combustão,
abertura de novos sistemas de circulação ou não apresentam rachaduras, derretimento, de-
prolongamento, modificação ou ampliação dos formações excessivas e não desenvolvem eleva-
existentes. da quantia de fumaça e gases.
4.297 Lotes de recipientes: Conjunto de recipien- 4.309 Materiais semicombustíveis: Produtos ou
tes transportáveis de Gás Liquefeito de Petróleo substâncias que, submetidos à ignição ou com-

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

bustão, apresentam baixa taxa de queima e de risco constante da tabela de classificações das
pouco desenvolvimento de fumaça. ocupações prevista neste Regulamento.
4.310 Máximo enchimento: Volume máximo de Gás 4.320 Neblina de água: Jato de pequenas partículas
Liquefeito de Petróleo (GLP) em estado líquido que d’água, produzido por esguichos especiais.
um recipiente pode armazenar com segurança.
4.321 Nível de acesso: Ponto do terreno em que
4.311 Medidas de segurança contra incêndio: atravessa a projeção do parâmetro externo da
Conjunto de dispositivos ou sistemas a serem parede do prédio ao se entrar na edificação.
instalados nas edificações e áreas de risco neces- Nota: É aplicado para a determinação da altura da edificação.
sários para evitar o surgimento de um incêndio, 4.322 Nível de descarga: Nível no qual uma porta
limitar sua propagação, possibilitar sua extinção externa conduz a um local seguro no exterior.
e ainda propiciar a proteção à vida, ao meio am-
biente e ao patrimônio. 4.323 NAT: Núcleo de Atividades Técnicas.

4.312 Meio defensável (“tenable environment”): 4.324 Ocupação: Atividade ou uso da edificação.
Meio no qual a fumaça e o calor estão limitados e 4.325 Ocupação mista: Edificação que abriga mais
restritos, visando a preservar os ocupantes num de um tipo de ocupação.
nível que não exista ameaça de vida.
4.326 Ocupação predominante: Atividade ou uso
4.313 Memorial: Conceitos, premissas e etapas utili- principal exercido na edificação.
zados para definir, localizar, caracterizar e deta-
4.327 Ocupação temporária: Atividade desenvolvida
lhar o projeto do sistema de hidrantes e mango-
de caráter temporário, tais como circos, feiras,
tinhos de uma edificação, desde a concepção até
espetáculos e parques de diversões.
a sua implantação e manutenção. É composto de
parte descritiva, cálculos, ábacos e tabelas. 4.328 Ocupações temporárias em instalações
permanentes: Instalações de caráter temporá-
4.314 Mezanino: Pavimento que subdivide parcial-
rio e transitório, não definitivo em local com ca-
mente um andar em dois andares será considera- racterísticas de estrutura construtiva permanente,
do andar mezanino; deve possuir área maior que podendo ser anexadas ocupações temporárias.
1/3 (um terço) da área do andar subdividido.
4.329 Operação automática: Atividade que não
4.315 Módulo habitável: Contêiner adaptado, que depende de qualquer intervenção humana para
recebeu portas e janelas, além de instalação elé- determinar o funcionamento da instalação de gás.
trica e/ou hidráulica; empregado como escritório,
sala de reuniões, sala de treinamento ou de aula, 4.330 Operação de abastecimento: Atividade de
depósito, almoxarifado ou guarita. O módulo transferência de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)
habitável pode ser formado por um ou mais con- entre o veículo abastecedor e a central de GLP.
têineres conjugados, dispostos horizontalmente 4.331 Operação manual: Atividade que depende da
(afastados ou não entre si) ou verticalmente, ação do elemento humano.
havendo comunicação entre os módulos, através
de portas, com ou sem emprego de escadas. 4.332 Operador: Profissional habilitado a executar a
operação de transferência de Gás Liquefeito de
4.316 Monitor: Equipamento destinado a formar e Petróleo (GLP) entre o veículo abastecedor e a
orientar jatos de água ou espuma de grande central de GLP, podendo acumular a função de
volume e alcance. motorista, desde que reúna as habilitações ne-
4.317 Monitor fixo (canhão): Equipamento que cessárias.
lança jato de espuma e está montado num su- 4.333 Órgão competente: Órgão público, federal,
porte estacionário fixo ao nível do solo ou em estadual, municipal, ou ainda autarquias ou en-
elevação. O monitor pode ser alimentado com tidades por estes designadas capacitadas legal-
a solução mediante tubulação permanente ou mente para determinar aspectos relevantes dos
mangueiras. sistemas de proteção contra incêndio.
4.318 Monitor portátil (canhão): Equipamento que 4.334 Orientado: termo utilizado após a análise de
lança jato de espuma e encontra-se num suporte um processo de segurança contra incêndio.
móvel ou sobre rodas, de modo que pode ser
4.335 Painel repetidor: Equipamento comandado
transportado para cena do incêndio.
por um painel central, destinado a sinalizar de
4.319 Mudança de ocupação: Alteração de uso que forma visual e/ou sonora, no local desejado, as
motive a mudança de divisão da edificação e áreas informações do painel central.

148
Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

4.336 Parede corta-fogo de compartimentação: 4.346 Pé direito: (1) distância vertical que limita o
Elemento estrutural resistente ao fogo por um piso e o teto de um pavimento. (2) altura livre de
determinado período de tempo, mantendo um andar de um edifício, medida do piso à parte
sua integridade e as características de vedação inferior do teto (ou telhado).
contra gases e fumaça. Pode possuir abertura(s), 4.347 Peitoril: Muro ou parede que se eleva à altura
desde que provida(s) de porta(s) corta-fogo, e do peito ou pouco menos.
chega até o teto da edificação, não necessitando
que o ultrapasse. 4.348 Porcentual de aberturas em uma facha-
da: Relação entre a área total (edificações não
4.337 Parede corta-fogo de isolamento de risco: compartimentadas) ou área parcial (edificações
Elemento construtivo que, sob a ação do fogo, compartimentadas) da fachada de uma edifica-
conserva suas características de resistência ção, dividido pela área de aberturas existentes na
mecânica. É estanque à propagação da chama e mesma fachada.
proporciona um isolamento térmico tal que a
temperatura medida sobre a superfície não ex- 4.349 Perigo: Propriedade de causar dano inerente a
posta não ultrapasse 140ºC durante um determi- uma substância, a uma instalação ou a um proce-
nado período de tempo. Não possui abertura(s) dimento.
e deve ultrapassar um metro acima dos telhados 4.350 Pesquisa de incêndio: Apuração das causas,
ou das coberturas quando possuírem materiais desenvolvimento e conseqüências dos incêndios
combustíveis em seus elementos construtivos. atendidos pelo CBPMESP, mediante exame técni-
co das edificações, materiais e equipamentos, no
4.338 Parede, divisória ou porta pára-chamas:
local ou em laboratório especializado.
São aquelas que atendem às exigências de estabi-
lidade (resistência mecânica) e estanqueidade. 4.351 Piso: Superfície superior do elemento cons-
trutivo horizontal sobre a qual haja previsão de
4.339 Parque de tanques: Área destinada à arma-
estocagem de materiais ou onde os usuários da
zenagem e transferência de produtos, onde se
edificação tenham acesso irrestrito.
situam tanques, depósitos e bombas de transfe-
rência; não se incluem, de modo geral, as insta- 4.352 Pista de rolagem: Pista de dimensões defini-
lações complementares, tais como escritórios, das, destinada à rolagem de helicópteros entre
vestiários etc. área de pouso ou de decolagem e a área de esta-
cionamento ou de serviços.
4.340 Passarela de emergência: Passagem estreita
para pedestres que corre ao longo da pista ou 4.353 Planilha de levantamento de dados: Instru-
dos trilhos do túnel, servida exclusivamente para mento utilizado para a catalogação de todas as
rota de fuga, manutenção ou resgate, sendo ilu- informações e dados da empresa, indispensável à
minada, sinalizada e monitorada. elaboração de um PPI.

4.341 Passagem subterrânea: Obra de construção 4.354 Plano de auxílio mútuo (PAM): Plano que
civil destinada à transposição de vias, em desnível tem por objetivo conjugar os esforços dos órgãos
subterrâneo, e ao uso de pedestres ou veículos. públicos (Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Polí-
cia etc.) e brigadas de incêndio e de abandono das
4.342 Passarela: Obra de construção civil destinada à empresas privadas, em caso de sinistro.
transposição de vias, em desnível aéreo, e ao uso
de pedestres. 4.355 Plano de intervenção de incêndio: Plano es-
tabelecido em função dos riscos da edificação para
4.343 Pavimento: Plano de piso. definir a melhor utilização dos recursos materiais e
4.344 Pavimento de descarga: Parte da saída de humanos em uma situação de emergência.
emergência de uma edificação que fica entre a 4.356 Plano global de segurança: Integração de to-
escada e o logradouro público ou área externa das as medidas de prevenção contra incêndios e
com acesso a este. pânico que garantam a segurança efetiva das pes-
4.345 Pavimento em pilotis: Local edificado de uso soas (aspecto humano) e do edifício, envolvendo
comum, aberto em pelo menos três lados, de- as medidas de proteção ativa e passiva.
vendo os lados abertos ficarem afastados, no mí- 4.357 Plano particular de intervenção (PPI):
nimo, 1,50 m das divisas. Considera-se, também, Procedimento peculiar de atendimento de
como tal, o local coberto, aberto em pelo menos emergência em locais previamente definidos,
duas faces opostas, cujo perímetro aberto tenha, elaborado por profissionais de grupo multidis-
no mínimo, 70% do perímetro total. ciplinar (engenheiros ou técnicos que atuem na

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

área de segurança contra incêndio e ambiental), do em contato com uma chama e não mantê-la
em conjunto com o Corpo de Bombeiros. após a retirada da chama.
4.358 Planta de bombeiro: Representação gráfica 4.366 Ponto de ignição ou auto-ignição: Menor
da edificação, contendo informações através de temperatura na qual um combustível emite va-
legenda específica da localização, arranjo e pre- pores em quantidade suficiente para formar uma
visão dos meios de segurança contra incêndio e mistura com o ar de entrar em ignição quando
riscos existentes. em contato com o ar.
4.359 Planta de risco: Mapa simplificado no formato 4.367 Ponto de luz: Dispositivo constituído de
A1, A2, A3 ou A4, em escala padronizada, poden- lâmpada(s) ou outros dispositivos de iluminação,
do ser em mais de uma folha, devendo indicar: invólucro(s) e/ou outros(s) componente(s) que
a) principais riscos; têm a função de promover o aclaramento do
b) paredes corta-fogo e de compartimentação; ambiente ou a sinalização.
c) hidrantes externos; 4.368 População: Número de pessoas para as quais
d) número de pavimentos; uma edificação, ou parte dela, é projetada.
e) registro de recalque;
f) reserva de incêndio; 4.369 População fixa: Número de pessoas que per-
g) armazenamento de produtos perigosos; manece regularmente na edificação, consideran-
h) vias de acesso às viaturas do Corpo de Bom- do-se os turnos de trabalho e a natureza da ocu-
beiros; pação, bem como os terceiros nessas condições.
i) hidrantes urbanos próximos da edificação (se 4.370 População flutuante: Número de pessoas que
houver). não se enquadra no item de população fixa. Será
sempre pelo número máximo diário de pessoas.
4.360 Planta: Desenho onde estão situadas uma única
ou mais empresas, com uma única ou mais edifi- 4.371 Porta corta-fogo (PCF): Dispositivo cons-
cações. trutivo (conjunto de folha(s) de porta, marco e
acessórios), com tempo mínimo de resistência
4.361 Poço de instalação: Passagem essencialmente
ao fogo, instalado nas aberturas da parede de
vertical deixada numa edificação com finalidade
compartimentação e destinado à circulação de
específica de facilitar a instalação de serviços
pessoas e de equipamentos. É um dispositivo
tais como dutos de ar-condicionado, ventilação,
móvel que, vedando aberturas em paredes, re-
tubulações hidráulico-sanitárias, eletrodutos,
tarda a propagação do incêndio de um ambiente
cabos, tubos de lixo, elevadores, monta-cargas, e para outro. Quando instaladas nas escadas de
outros. segurança, possibilitam que os ocupantes das
4.362 Poço de sucção: Elemento construtivo do edificações atinjam os pisos de descarga com as
reservatório, destinado a maximizar a utilização suas integridades físicas garantidas. Deve atender
do volume de água acumulado, bem como para às exigências de resistência mecânica, estanquei-
evitar a entrada de impurezas no interior das dade e isolamento térmico.
tubulações. 4.372 Posto de abastecimento e serviço: Ativida-
4.363 Ponto de abastecimento: Ponto de interliga- de onde são abastecidos os tanques de combus-
ção entre o engate de enchimento da mangueira tível de veículos automotores.
de abastecimento e a válvula do recipiente que 4.373 Posto de abastecimento interno: Instalação
deve ser abastecido. interna a uma indústria ou empresa, cuja finali-
4.364 Ponto de combustão: Menor temperatura na dade é o abastecimento de combustível e/ou
qual um combustível emite vapores em quantida- lubrificantes para sua frota.
de suficiente para formar uma mistura com o ar 4.374 Posto de comando: Local fixo ou móvel, com
na região imediatamente acima da sua superfície, representantes de todos os órgãos envolvidos
capaz de entrar em ignição quando em contato no atendimento de uma emergência.
com uma chama e manter a combustão após a
4.375 Prevenção de incêndio: Conjunto de medidas
retirada da chama.
que visam: a evitar o incêndio; a permitir o aban-
4.365 Ponto de fulgor (“flash point”): Menor tem- dono seguro dos ocupantes da edificação e áreas
peratura na qual um combustível emite vapores de risco; a dificultar a propagação do incêndio; a
em quantidade suficiente para formar uma mis- proporcionar meios de controle e extinção do
tura com o ar na região imediatamente acima da incêndio e a permitir o acesso para as operações
sua superfície, capaz de entrar em ignição quan- do Corpo de Bombeiros.

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

4.376 Processo de segurança contra incêndio: material combustível), para uma outra edificação
Documentação que contém os elementos adjacente.
formais exigidos pelo CBPMESP na apresentação
4.386 Proporcionador: Equipamento destinado a
das medidas de segurança contra incêndio de
misturar em quantidades proporcionais preesta-
uma edificação e áreas de risco que devem ser
belecidas de água e líquido gerador de espuma.
projetadas para avaliação em análise técnica.
4.387 Proteção ativa: São medidas de segurança con-
4.377 Produtos perigosos: Substâncias químicas
tra incêndio que dependem de uma ação inicial
com potencial lesivo à saúde humana e ao meio
para o seu funcionamento, seja ela manual ou
ambiente. automática. Exemplos: extintores, hidrantes, chu-
4.378 Profissional habilitado: Toda pessoa com veiros automáticos, sistemas fixos de gases etc.
formação em higiene, segurança e medicina do 4.388 Proteção contra exposição: Recursos perma-
trabalho, devidamente registrada nos Conselhos nentemente disponíveis, representados pela exis-
Regionais competentes ou no Ministério do tência de medidas de segurança contra incêndio
Trabalho, e os militares das Forças Armadas, das dentro da empresa, capazes de resfriar com água
Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros as estruturas vizinhas à armazenagem de líquidos
Militares, com o 2° grau completo e que possuam inflamáveis e combustíveis e as propriedades adja-
especialização em prevenção e combate a incên- centes, enquanto durar o incêndio.
dio (carga-horária mínima de 60 h) e técnicas de
emergências médicas (carga-horária mínima de 4.389 Proteção estrutural: Característica construti-
40 h), conforme sua área de especialização. va que evita ou retarda a propagação do fogo e
auxilia no trabalho de salvamento de pessoas em
4.379 Profissional legalmente habilitado: Pessoa uma edificação.
física ou jurídica que goza do direito, segundo as
leis vigentes, de prestar serviços especializados 4.390 Proteção passiva: São medidas de segurança
de proteção contra incêndio. contra incêndio que não dependem de ação
inicial para o seu funcionamento. Exemplos: com-
4.380 Profundidade de piso em subsolo: Profundi- partimentação horizontal, compartimentação
dade medida em relação ao nível de descarga da vertical, escada de segurança, materiais retar-
edificação. dantes de chama etc.
4.381 Projetista: Pessoa física ou jurídica responsável 4.391 Quadra de armazenamento de contêine-
pela elaboração de todos os documentos de um res: Área descoberta, não contruída, possuidora
projeto, assim como do memorial. de demarcação de solo indicativa da disposição
4.382 Projeto: Conjunto de peças gráficas e escri- de contêineres em pátio externo.
tas, necessárias à definição das características 4.392 Quadro de áreas: Tabela que contém as áreas
principais do sistema de combate a incêndio, individualizadas das edificações e seus pavimentos.
composto de plantas, seções, elevações, detalhes
e perspectivas isométricas e, inclusive, das espe- 4.393 Rampa: Parte construtiva inclinada de uma rota
cificações de materiais e equipamentos. de saída, que se destina a unir dois níveis ou se-
tores de um recinto de evento.
4.383 Propagação por condução: Decorrente do
contato direto de chamas pela fachada ou pela 4.394 Recipiente estacionário: Recipiente fixo, com
cobertura (em colapso) de um incêndio em uma capacidade superior a 0,25 m³.
edificação, que se propaga para outra edificação 4.395 Recipiente transportável: Recipiente que
contígua. pode ser transportado manualmente ou por
4.384 Propagação por convecção: Decorrente de qualquer outro meio. É considerado transpor-
gases quentes emitidos pelas aberturas existen- tável, para efeito de segurança contra incêndio, o
recipiente com volume máximo de 500 l.
tes na fachada ou pela cobertura da edificação
incendiada, que atingem a fachada da outra edifi- 4.396 Rede de alimentação: Conjunto de conduto-
cação adjacente. res elétricos, dutos e demais equipamentos em-
pregados na transmissão de energia do sistema,
4.385 Propagação por radiação térmica: Aquela
inclusive a sua proteção.
emitida por um incêndio em uma edificação,
que se propaga por radiação por meio de aber- 4.397 Rede de detecção, sinalização e alarme:
turas existentes na fachada, pela cobertura (em Conjunto de dispositivos de atuação automática
colapso) ou pela própria fachada (composta de destinados a detectar calor, fumaça ou chama e

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

a atuar equipamentos de proteção e dispositivos 4.410 Reservatório de escorva: Reservatório


de sinalização e alarme. de água com volume necessário para manter
a tubulação de sucção da bomba de incêndio
4.398 Rede de distribuição: Parte do sistema de
sempre cheia d’água.
abastecimento formado de tubulações e órgãos
acessórios, destinada a colocar água potável à 4.411 Reservatório elevado: Reserva de incêndio
disposição dos consumidores, de forma contínua, cujo fundo se encontra instalado acima do nível
em quantidade e pressão recomendadas. do terreno natural com a tubulação formando
uma coluna d’água.
4.399 Rede elétrica da concessionária: Energia
elétrica fornecida pela concessionária do muni- 4.412 Reservatório enterrado ou subterrâneo:
cípio, a qual opera independente da vontade do Reserva de incêndio cuja parte superior en-
usuário. contra-se instalada abaixo do nível do terreno
natural.
4.400 Refinaria: Unidade industrial na qual são pro-
duzidos líquidos inflamáveis, em escala comercial, 4.413 Reservatório semi-enterrado: Reserva de
a partir de petróleo, gasolina natural ou outras incêndio cujo fundo se encontra instalado abaixo
fontes de hidrocarbonetos. do nível do terreno natural e com a parte supe-
rior acima do nível do terreno natural.
4.401 Reforma: Alterações nas edificações e áreas de
risco sem aumento de área construída. 4.414 Resistência à chama: Propriedade de um ma-
terial, através da qual a combustão com chama é
4.402 Registro (“damper”) de sobrepressão: Dis- retardada, encerrada ou impedida. A resistência à
positivo que atua como regulador em ambiente chama pode ser uma propriedade do material bá-
que deva ser mantido em determinado nível de sico ou então imposta por tratamento específico.
pressão, evitando que a pressão assuma valores
maiores por onde ocorra escape do ar. 4.415 Resistência ao fogo: Propriedade de um ele-
mento construtivo, de resistir à ação do fogo por
4.403 Registro de fluxo: Dispositivo com a função de um determinado período de tempo, mantendo
direcionar o fluxo de ar, normalmente utilizado sua integridade, estanqueidade e isolação e/ou
na saída dos grupos moto-ventiladores, quando características de vedação aos gases e chamas.
utilizado duplicidade de equipamentos.
4.416 Responsável técnico: Profissional habilitado
4.404 Registro de fumaça (“smoke damper”): para elaboração e/ou execução de atividades
Dispositivo utilizado no sistema de controle de relacionadas a segurança contra incêndio.
fumaça, projetado para resistir à passagem de
ar ou fumaça. Um registro de fumaça pode ser 4.417 Retardante de chama: Substância adicionada
combinado, atendendo a requisitos de resistên- a um material ou um tratamento a ele aplicado,
cia a fogo e fumaça. com a finalidade de suprimir, reduzir ou retardar
o desenvolvimento de chamas.
4.405 Registro de paragem: Dispositivo hidráulico
manual, destinado a interrromper o fluxo de 4.418 Retardante de fogo: Substância adicionada a
água das instalações hidráulicas de combate a um material ou um tratamento a ele aplicado
incêndio em edificações. com a finalidade de suprimir, reduzir ou retardar
a sua combustão.
4.406 Registro de recalque: Dispositivo hidráulico
destinado a permitir a introdução de água prove- 4.419 Risco: Probabilidade de um perigo se materiali-
niente de fontes externas, na instalação hidráuli- zar, causando um dano. O risco é a relação entre
a probabilidade e a conseqüência. O risco pode
ca de combate a incêndio das edificações.
ser físico (ruídos, vibrações, radiações, pressões
4.407 Registros corta-fogo (“dampers”): Disposi- anormais, temperaturas extremas, umidade e ilu-
tivos construtivos com tempo mínimo de resis- minação deficiente). Pode ser químico (poeiras,
tência ao fogo, instalados nos dutos de ventilação fumos, vapores, gases, líquidos e neblinas prove-
e dutos de exaustão, que cruzam as paredes de nientes de produtos químicos). Pode ainda ser
compartimentação ou entrepisos. biológico (vírus, bactérias, protozoários, fungos,
bacilos, parasitas e animais peçonhentos).
4.408 Reserva de incêndio: Volume de água destina-
do exclusivamente ao combate a incêndio. 4.420 Risco iminente: Possibilidade de ocorrência de
sinistro que requer ação imediata.
4.409 Reservatório ao nível do solo: Reserva de
incêndio cujo fundo se encontra instalado no 4.421 Risco isolado: Condição que possibilita isolar
mesmo nível do terreno natural. por todos os lados, por meio de equipamentos,

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

pessoal de combate a incêndio ou por meios do 4.431 Sapé, piaçava (ou piaçaba): Fibras vegetais de
extravasamento de produto para áreas externas fácil combustão, de largo emprego na zona rural
ao risco. para cobertura de ranchos, na fabricação de
4.422 Risco isolado de central de GLP: Distância vassouras e também utilizadas como cobertura
da central de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) à de edificações destinadas a reunião de público,
projeção da edificação. tais como bares, lanchonetes, restaurantes, casas
de espetáculos etc.
4.423 Risco predominante: Maior risco determina-
do pela carga de incêndio dentre as ocupações, 4.432 SAT: Serviço de Atividades Técnicas.
em função da área dos pavimentos. 4.433 Segurança contra incêndio: Conjunto de
Notas: a) Ocorrendo equivalência na somatória da ações e recursos, internos e externos à edifica-
carga de incêndio, adotar-se-á, para efeito da classifi- ção e áreas de risco, que permitem controlar a
cação do maior risco, a ocupação que possuir maior situação de incêndio.
carga de incêndio por m²; 4.434 Segurança: Compromisso acerca da relativa
b) Para o dimensionamento das saídas de emergên- proteção da exposição a riscos.
cia, os locais com concentração de público prevalece-
4.435 Selo hidráulico: Dispositivo que atua na forma
rão como sendo o maior risco.
de sifão, evitando a propagação de chama.
4.424 Risco primário: Risco principal do produto
4.436 Selos corta-fogo: Dispositivos construtivos
de acordo com tabela do Decreto nº 96.044, de
com tempo mínimo de resistência ao fogo, insta-
18/5/88, Regulamento Federal para o transporte
lados nas passagens de eletrodutos e tubulações
rodoviário de produtos perigosos.
que cruzam as paredes de compartimentação ou
4.425 Risco secundário: Risco subsidiário do produ- entrepisos.
to de acordo com tabela do Decreto 96.044, de
18/5/88, Regulamento Federal para o transporte 4.437 Separação corta-fogo: Elemento de cons-
rodoviário de produtos perigosos. trução que funciona como barreira contra a
propagação do fogo, avaliado conforme norma
4.426 Rolagem: Movimento do helicóptero de um existente.
ponto para outro, realizado na superfície ou
pouco acima desta, conforme o tipo de trem de 4.438 Separação de riscos de incêndio: Recursos
pouso do helicóptero. que visam a separar fisicamente edificações ou
equipamentos. Podem ser áreas livres, barreiras
4.427 Rota de fuga em túnel: Passagem para pessoas, de proteção, anteparos e/ou paredes de material
devidamente sinalizada e monitorada, dentro do
incombustível, com resistência mínima à exposi-
túnel, que conduz a abrigo ou saída segura em
ção ao fogo de 2 h.
caso de incidente, com ou sem incêndio.
4.439 Separação entre edificações: Distância se-
4.428 Saída de emergência, rota de fuga, rota
gura entre cobertura e fachada de edificações
de saída ou saída: Caminho contínuo, devi-
adjacentes, que se caracteriza pela distância
damente protegido e sinalizado, proporciona-
medida horizontalmente entre a cobertura de
do por portas, corredores, “halls”, passagens
externas, balcões, vestíbulos, escadas, rampas, uma edificação e a fachada de outra edificação
conexões entre túneis paralelos ou outros adjacente. Fachadas de edificações adjacentes,
dispositivos de saída, ou combinações desses, a que se caracterizam pela distância medida ho-
ser percorrido pelo usuário em caso de emer- rizontalmente entre as fachadas de edificações
gência, de qualquer ponto da edificação, recinto adjacentes.
de evento ou túnel, até atingir a via pública ou 4.440 Setor: Espaço delimitado por elementos cons-
espaço aberto (área de refúgio), com garantia trutivos que condicionam a circulação das pes-
de integridade física. soas para outras partes do recinto, permitindo
4.429 Saída horizontal: Passagem de um edifício ainda a lotação ordenada do local.
para outro por meio de porta corta-fogo, vestí- 4.441 Setor de prevenção de incêndio: Divisão,
bulo, passagem coberta, passadiço ou balcão. seção, ou núcleo de prevenção de incêndio dos
4.430 Saída única: Local em um setor do recinto de Grupamentos de Bombeiros responsáveis pelas
evento, onde a saída é possível apenas em um análises e vistorias de processos de segurança
sentido. contra incêndio nos municípios.

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

4.442 Severidade da exposição: Soma total da a abastece. Cada coluna de alimentação de um


energia produzida com a evolução de um incêndio, sistema de chuveiros automáticos deve contar
que resulta na intensidade de uma exposição. com um dispositivo de acionamento de alarme.
O sistema é normalmente ativado pelo calor do
4.443 “Shaft”: Abertura existente na edificação, ver-
fogo e descarrega água sobre a área de incêndio
tical ou horizontal, que permite a passagem e
em uma densidade adequada para extingui-lo ou
interligação de instalações elétricas, hidráulicas
ou de outros dispositivos necessários. controlá-lo em seu estágio inicial.

4.444 “Shopping” coberto (“covered mall”): Es- 4.452 Sistema de chuveiro automático de tubo
paço amplo criado por uma área coberta de pe- seco: Rede de tubulação fixa, permanentemente
destre em uma edificação, agregando um número seca, mantida sob pressão do ar comprimido ou
de ocupantes, tais como lojas de varejo, bares, Nitrogênio, em cujos ramais são instalados os
entretenimento e diversão, escritórios ou outros chuveiros automáticos.
usos similares, onde esses espaços ocupados são 4.453 Sistema de controle de fumaça (“smoke
abertos, permitindo comunicação direta com a management system”): Um sistema proje-
área de pedestres. tado, que inclui todos os métodos isolados ou
4.445 Simulado: Emprego técnico e tático dos meios combinados, para modificar o movimento da
disponíveis, realizados por pessoal especializado, fumaça.
em situação não real, visando ao treinamento 4.454 Sistema de detecção e alarme: Conjunto
dos participantes. de dispositivos que visa a identificar um princípio
4.446 Sinais visuais: Compreendem a combinação de incêndio, notificando sua ocorrência a uma
de símbolos, mensagens, formas geométricas, central, que repassará este aviso a uma equipe
dimensões e cores. de intervenção, ou determinará o alarme para a
edificação, com o conseqüente abandono da área.
4.447 Sinalização de emergência: Conjunto de si-
nais visuais que indicam, de forma rápida e eficaz, 4.455 Sistema de hidrantes ou de mangotinhos:
a existência, a localização e os procedimentos Conjunto de dispositivos de combate a incêndio
referentes a saídas de emergência, equipamentos composto por reserva de incêndio, bombas de
de segurança contra incêndios e riscos poten- incêndio (quando necessário), rede de tubulação,
ciais de uma edificação ou áreas relacionadas a hidrantes ou mangotinhos e outros acessórios
produtos perigosos. descritos nesta norma.
4.448 Sinistro: Ocorrência de prejuízo ou dano, cau- 4.456 Sistema fixo de espuma: Sistema constituído
sado por incêndio ou acidente, explosão etc. de um reservatório e dispositivo de dosagem do
EFE (extrato formador de espuma) e uma tubu-
4.449 Sistema de aspersão de espuma: Sistema lação de fornecimento da solução que abastece
especial, ligado à fonte da solução produtora, es-
os dispositivos formadores de espuma.
tando equipado com aspersores de neblina para
descarga e distribuição na área a ser protegida. 4.457 Solicitação de vistoria por autoridade
pública: Instrumento administrativo, utilizado
4.450 Sistema de carregamento: Dispositivo para
para atender solicitação de autoridade pública,
o abastecimento de tanques de combustível de
no setor de prevenção de incêndio do Corpo de
motores de veículos, que engloba uma ou mais
Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São
unidades de abastecimento.
Paulo, para realização de vistoria na edificação.
4.451 Sistema de chuveiros automáticos: Para
4.458 Solução de espuma: Pré-mistura de água com
fins de proteção contra incêndio, consiste de
EFE (extrato formador de espuma).
um sistema integrado de tubulações, alimenta-
do por uma ou mais fontes de abastecimento 4.459 “Sprinkler”: ver chuveiro automático.
automático de água. A parte do sistema de
4.460 Subestação atendida: Instalação operada lo-
chuveiros automáticos acima do piso consiste
calmente e que dispõe de pessoas permanentes
de uma rede de tubulações, dimensionada por
ou estacionadas.
tabelas ou por cálculo hidráulico, instalada em
edifícios, estruturas ou áreas, normalmente junto 4.461 Subestação compacta: Instalação atendida ou
ao teto, à qual são conectados chuveiros segun- não, localizada em região urbana, com os tipos
do um padrão regular. A válvula que controla descritos abaixo:
cada coluna de alimentação do sistema deve ser a) Subestação abrigada: Instalação total ou par-
instalada na própria coluna ou na tubulação que cialmente abrigada, devido a fatores diversos,

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

como limitação de área do empreendimento, 4.474 Tanque atmosférico refrigerado:


aspectos econômicos e sociais; Reservatório equipado com sistema de
b) Subestação subterrânea: instalações que se refrigeração, que visa à controlar a temperatura
encontram situadas abaixo do nível do solo; entre – 35ºC a – 40ºC de forma a manter o Gás
c) Subestação de uso múltiplo: Instalação locali- Liquefeito de Petróleo (GLP) em estado líquido
zada em uma única área compartilhada pelo sem a necessidade de pressurização.
proprietário e por terceiros. 4.475 Tanque de consumo: Tanque diretamente
4.462 Subestação de uso múltiplo: Instalação ligado a motores ou equipamentos térmicos,
convencional, acrescida de outras edificações visando à alimentação destes.
separadas e distanciadas entre si, de único pro- 4.476 Tanque de maior risco: Reservatório conten-
prietário. do líquido combustível ou inflamável, que possui
4.463 Subestação elétrica convencional: Instalação maior demanda de vazão de espuma mecânica
de pátio se encontra ao ar livre, podendo os trans- e/ou água para resfriamento.
formadores permanecer ou não enclausurados. 4.477 Tanque de superfície: Tanque que possui a sua
4.464 Subestação não-atendida: Instalação tele- base totalmente apoiada sobre a superfície do solo.
controlada ou operada localmente por pessoas 4.478 Tanque de teto cônico: Reservatório com
não permanentes ou não estacionadas. teto soldado na parte superior do costado.
4.465 Subsolo: Pavimento situado abaixo do perfil do 4.479 Tanque de teto fixo: Tanque vertical cujo teto
terreno. Não será considerado subsolo o pavi- está ligado à parte superior de seu costado.
mento que possuir ventilação natural e tiver sua 4.480 Tanque de teto flutuante: Tanque vertical
laje de cobertura acima de 1,20 m do perfil do projetado para operar à pressão atmosférica,
terreno. cujo teto flutua sob a superfície do líquido.
4.466 Substância tóxica: Aquela capaz de produzir 4.481 Tanque elevado: Tanque instalado acima do
danos a saúde, através do contato, inalação ou nível do solo, apoiado em uma estrutura e com
ingestão. espaço livre sob esta.
4.467 Supervisão (“supervision”): Autoteste do 4.482 Tanque horizontal: Tanque com eixo hori-
sistema de controle de fumaça, na qual o cir- zontal, que pode ser construído e instalado para
cuito de condutores ou dispositivos de função operar acima do nível, no nível ou abaixo do nível
são monitorados para acompanhar a falha ou do solo.
integridade dos condutores e dos equipamentos
4.483 Tanque subterrâneo: Tanque horizontal cons-
controlam o sistema.
truído e instalado para operar abaixo do nível do
4.468 Supressão de incêndio: ver extinção de in- solo e totalmente enterrado.
cêndio.
4.484 Tanque vertical: Tanque com eixo vertical, ins-
4.469 Tambor: Grande vasilha metálica, cilíndrica, talado com sua base totalmente apoiada sobre a
usada para armazenar e transportar combustí- superfície do solo.
veis líquidos. 4.485 Taxa de aplicação: Vazão de solução de es-
4.470 Tanque: Reservatório cilíndrico estacionário puma a ser lançada sobre a área da superfície
para armazenar líquidos combustíveis ou infla- líquida em chamas.
máveis. 4.486 Temperatura crítica: Temperatura que causa
4.471 Tanque a baixa pressão: Tanque vertical pro- o colapso no elemento estrutural.
jetado para operar com pressão manométrica 4.487 Tempo de comutação: Intervalo de tempo
interna, superior a 6,9 KPa (1 psi), até 103, 4 KPa entre a interrupção da alimentação da rede elé-
(15 psi), medida no topo do tanque. trica da concessionária e a entrada em funciona-
4.472 Tanque atmosférico: Tanque vertical proje- mento do sistema de iluminação de emergência.
tado para operar com pressão manométrica 4.488 Tempo máximo de abandono (t): Duração
interna, desde a pressão atmosférica até 6,9 KPa considerada para que todos os ocupantes do
(1 psi), medida no topo do tanque. recinto consigam atingir o espaço livre exterior.
4.473 Tanque atmosférico não refrigerado: Reser- 4.489 Tempo requerido de resistência ao fogo
vatório não equipado com sistema de refrigeração. (TRRF): Tempo de duração da resistência ao

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

fogo dos elementos construtivos de uma aço, destinada à passagem de trens ferroviários
edificação estabelecido em normas. para transporte de passageiros e/ou cargas.
4.490 Terceiros: Prestadores de serviço. 4.503 Túnel metroviário: Estrutura pavimentada
com trilhos, abaixo do nível do solo, com super-
4.491 Terraço: Local descoberto sobre uma edifica-
fície protegida por estrutura de rocha, concreto,
ção ou ao nível de um de seus pavimentos acima
e/ou aço, destinada à passagem de trens metroviá-
do pavimento térreo.
rios para transporte de passageiros.
4.492 Teste: Verificação ou prova (fazer funcionar ex-
4.504 Túnel rodoviário: Estrutura pavimentada, abai-
perimentalmente), para determinar a qualidade
xo do nível do solo, com superfície protegida por
ou comportamento de um sistema de acordo
estrutura de rocha, concreto, e/ou aço, destina-
com as condições estabelecidas na Instrução
da à passagem de veículos de passageiros e/ou
Técnica. transporte de carga.
4.493 Torre de espuma: Equipamento portátil destina- 4.505 Túnel singelo: Passagem subterrânea com
do a facilitar a aplicação da espuma em tanques. tubo único para o tráfego de veículos ou trens,
4.494 Trajetórias de escape: Vazão de ar que sai dos cujo acesso é delimitado por emboques.
ambientes pressurizados, definida no projeto do 4.506 Túnel unidirecional: Túnel gêmeo com tráfe-
sistema, e é através deste fluxo de ar que são es- go em sentido único.
tabelecidas as trajetórias que serão percorridas
pelo ar que gera a pressurização. 4.507 Unidade autônoma: (1) Parte da edificação
vinculada a uma fração ideal de terreno, sujeita
4.495 Transposição: Abertura ou túnel de inter- às limitações da lei, constituída de dependências
ligação entre túneis gêmeos, sinalizada, com e instalações de uso privativo e de parcela de
pavimentação rodoviária ou trilhos ferroviários, dependências e instalações de uso comum da
servindo para desvio do tráfego de veículos ou edificação, assinalada por designação especial nu-
de trens. mérica, para efeitos de identificação, nos termos
4.496 Tubo-luva de proteção: Dispositivo no inte- da Lei Federal nº 4.591, de 16 de dezembro de
rior do qual a tubulação de gás (GLP, nafta, natu- 1964. (2) Unidades autônomas: para efeitos de
ral ou outro similar) é montada, e cuja finalidade compartimentação e resistência ao fogo enten-
é diminuir o risco de um princípio de incêndio, de-se como sendo os apartamentos residenciais;
próximo às juntas, soldas e conexões; atingir a os apartamentos de hotéis, motéis e flats; as salas
proteção contra incêndio existente nos dutos de de aula; as enfermarias e quartos de hospitais; as
sucção e/ou pressurização, visando ainda ao não celas dos presídios e assemelhados.
confinamento de gás em locais não ventilados. 4.508 Unidade de passagem: Largura mínima para a
4.497 Tubulação (canalização): Conjunto de tubos, passagem de uma fila de pessoas, fixada em 0,55 m.
conexões e outros acessórios destinados a con- Nota: Capacidade de uma unidade de passagem é
duzir água, desde a reserva de incêndio até os o número de pessoas que passa por esta unidade
hidrantes ou mangotinhos. em 1 min.

4.498 Tubulação seca: Parte do sistema de hidrantes, 4.509 Unidade de processamento: Estabelecimen-
que por condições específicas, fica permanente- to ou parte de estabelecimento cujo objetivo
mente sem água no seu interior, sendo pressuri- principal é misturar, aquecer, separar ou proces-
zada por viatura de combate a incêndios. sar, de outra forma, líquidos inflamáveis. Nesta
definição não estão incluídas as refinarias, desti-
4.499 Túneis gêmeos: São túneis singelos, interligados larias ou unidades químicas.
por transposições, para tráfego de veículos ou
4.510 Válvula de retenção: Dispositivo hidráulico
trens, cujo acesso é delimitado por emboques.
destinado a evitar o retorno da água para o re-
4.500 Túnel bidirecional: Túnel singelo com tráfego servatório.
nos dois sentidos.
4.511 Válvulas: Acessórios de tubulação destinados a
4.501 Túnel de serviço: Túnel de menor porte, in- controlar ou bloquear o fluxo de água no inte-
terligado ao principal, destinado à manutenção, rior das tubulações.
rota de fuga e acesso de socorro.
4.512 Varanda: Parte da edificação, não em balanço,
4.502 Túnel ferroviário: Estrutura pavimentada com limitada pela parede perimetral do edifício, tendo
trilhos, abaixo do nível do solo, com superfície pelo menos uma das faces aberta para o logra-
protegida por estrutura de rocha, concreto e/ou douro ou área de ventilação.

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Instrução Técnica nº 03/2004 - Terminologia de Segurança Contra Incêndio

4.513 Vaso de pressão: Reservatório que opera 4.523 Verga: Peça que se põe horizontalmente sobre
com pressão manométrica interna superior a ombreiras de porta ou de janela.
103,4 KPa ( 1,05 Kgf/cm2), fabricado conforme a
4.524 Via de acesso: Espaço destinado para as via-
norma Asme “Boiler and Pressure Vessel Code”.
turas do CBPMESP adentrarem no entorno à
4.514 Vazamento: Vazão de ar que sai do ambiente edificação, à área de risco e à faixa de estaciona-
e/ou da rede de dutos de modo não desejável mento.
causando perda de uma parcela do ar que é in-
4.525 Via urbana: Espaços abertos destinados à cir-
suflado.
culação pública (tais como ruas, avenidas, vielas,
4.515 Vedadores corta-fogo: Dispositivos constru- ou caminhos e similares), situados na área urbana
tivos com tempo mínimo de resistência ao fogo, e caracterizados principalmente por possuírem
instalados nas aberturas das paredes de compar- imóveis edificados ao longo de sua extensão.
timentação ou dos entrepisos, destinadas à passa-
4.526 Viaduto: Obra de construção civil destinada a
gem de instalações elétricas e hidráulicas etc.
transpor uma depressão de terreno ou servir de
4.516 Veículo abastecedor: Veículo especificamente passagem superior.
homologado para transporte e transferência de
4.527 Vias de acesso para atendimento a emer-
Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) a granel.
gências: Áreas ou locais definidos para passa-
4.517 Veículo transportador: Veículo que dispõe gem de pessoas, em casos de abandono de emer-
de tanque criogênico, especialmente projetado gência, e/ou para transporte de equipamentos ou
e utilizado para o transporte e transvasamento materiais para extinção de incêndios.
de Gás Natural Liquefeito (GNL) e devidamente
4.528 Vigas principais: Elementos estruturais ligados
certificado pelo Inmetro.
diretamente aos pilares ou a outros elementos
4.518 Veios: Dispositivos instalados no interior de cur- estruturais que sejam essenciais à estabilidade
vas, bifurcações ou outros acessórios com a finali- do edifício como um todo.
dade de direcionar o fluxo de ar, visando, também,
4.529 Vistoria: Ato de verificar o cumprimento das
à diminuição da perda de carga localizada.
exigências das medidas de segurança contra
4.519 Velocidade (v): Distância percorrida por uma incêndio nas edificações e áreas de risco, em
pessoa em uma unidade de tempo (m/min). inspeção no local.
4.520 Veneziana de tomada de ar: Dispositivo 4.530 Vistoriador (vistoriante): Servidor público
localizado em local fora do risco de contamina- militar, credenciado para o serviço de vistoria do
ção por fumaça proveniente do incêndio e por Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado
partículas que proporcionam o suprimento de ar de São Paulo.
adequado para o sistema de pressurização.
4.531 Vistoria periódica: Ato de verificar as edifica-
4.521 Ventilação constante: Movimentação cons- ções e respectivos sistemas de segurança con-
tante de ar em um ambiente. tra incêndio que já possuem o Auto de Vistoria
4.522 Ventilação cruzada: Movimentação de ar, que do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do
se caracteriza por aberturas situadas em lados Estado de São Paulo (AVCB) e que necessitam
opostos das paredes de uma edificação, sendo da renovação.
uma localizada junto ao piso e a outra situada 4.532 Vítima: Pessoa ou animal que sofreu qualquer
junto ao teto. tipo de lesão ou dano.

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