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Lei Maria da Penha, uma mulher era espancada a cada quinze minutos. O
número divulgado em 2001 pela Fundação Perseu Abramo retrata, segundo o advogado e
professor de Direito Penal, Ricardo Souza Pereira, uma realidade que tem ficado cada vez mais
no passado. Apesar de não ter dados absolutos, o cenário pós Lei Maria da Penha é animador
com redução significativa de agressões.
Um balanço do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) divulgado em 2011 revela que desde 2006,
quando a Lei entrou em vigor até julho do ano passado, sua aplicação produziu mais de 330 mil
processos nas varas e juizados especializados da Justiça brasileira. Desse total de ações, 111
mil sentenças foram proferidas e mais de 70 mil medidas de proteção à mulher foram tomadas
pela Justiça.
"A Lei Maria da Penha veio para ficar porque ela é totalmente necessária", ressaltou o advogado
e professor de Direito Penal, Ricardo Souza Pereira durante palestra nesta quinta-feira na
Assembleia Legislativa na audiência pública sobre a Aplicabilidade e Eficácia da Lei Maria da
Penha.
De acordo com Ricardo, em 2001, em uma população de 61,5 milhões de mulheres, 11%, o que
corresponde a quase 7 milhões, já haviam sido espancadas. Destas, 31% tinham sofrido alguma
agressão nos últimos 12 meses.
Ele ressaltou o avanço conquistado pela legislação que está, segundo as Nações Unidas, entre
as três de maior relevância no mundo, pelo seu caráter social e de defesa de direitos humanos.
Não interessa uma sociedade com mulheres submissas, mas sim uma sociedade igualitária que
distribui oportunidades iguais a todos", declarou o palestrante.
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