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GINÁSTICA NAS ESCOLAS

Acadêmico:
Kleyanderson e Souza Silva
Tutor externo: Cristovam Crispim de Carvalho Filho

RESUMO

Mesmo com a Ginástica Escolar sendo praticada desde 1808 aqui no Brasil, podemos
observar que ainda á muita resistência por parte dos professores de Educação Física, uns por não
terem intimidade com tal atividade, outros alegando falta de condições para a realização da
mesma, sendo que nesse caso a sempre a possibilidade de está adaptando matérias,
confeccionando, uma forma de ter vontade para desempenhar tal questão.
A ginástica acaba englobando vários aspectos físicos no homem, já que ela acaba fazendo
com que a pessoa acabe pulando, correndo, saltando, o que ajuda e muito na forma de um
preparo físico, e que isso era utilizando antigamente como uma forma de treinamento militar e
hoje em dia pode ser utilizado para proporcionar a educação, não só a educação do seu corpo,
mas, também, a educação de um todo não ser que pratica essa atividade, uma atividade prazerosa
e viável para os alunos. Uma atividade que ainda ajuda a manutenção da saúde do corpo, a
verdadeira cultura do corpo.

Palavras-chave: Educação Física, Ginástica, Movimentos, Aptidão.

1. INTRODUÇÃO

J.C. Guts Muts (1759/1839), que é considerado o pai da Ginástica Escolar, ele que acabou
adotando a ginástica nas escolas, ele abordou um novo conceito de exercício físico, agora com
finalidade educativa.
A ginástica passou de ser apenas treinamento militar, para tratar da saúde, acabou se
tornando um meio de preparar também alunos a ficarem mais saudáveis. O que era apenas para
1 Fabricio Gonçalves Santos, João Gonçalves de Queiroz Neto, Kleyanderson e Souza Silva, Roselcy Benevides
Monteiro
2 Cristovam Crispim de Carvalho Filho
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso BEF0077/4 - Itabuna/BA – Prática do Módulo III-
07/12/19
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tropas guerrilheiras, acabou se transformando em um meio de promover a saúde entre a


população, tendo destaques também nas escolas francesas, dinamarquesas, alemãs.
Em 1808, com a vinda da família real ao Brasil, foi iniciada um precário investimento na
educação do país. Em 1834, foi acrescentado na Lei da Educação Suplementar, dividindo a
educação em três níveis, primário, secundário e superior.
O Colégio Pedro II, introduziu no ensino público carioca as práticas de ginástica. Mas só
em 1851, a lei nº 630 incluiu a ginástica nos currículos escolares, tendo Ruy Barbosa
O objetivo desse trabalho é mostrar que a ginástica pode ser uma atividade inclusiva nas
escolas, já que ela produz movimentos que nós fazemos em nosso dia a dia, a ginastica bem
organizada irá fazer com que o aluno obtenha uma condição física melhor.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Percebemos que a ginástica é inerente ao ser humano, pois, ela engloba todos os
movimentos de pular, correr, saltar, pendurar e lançar, essas atividades sempre foram praticadas
em busca de um propósito, mesmo que as vezes sendo praticadas inconscientemente, digo isso
porque em alguns momentos da história essas atividades eram praticadas apenas com intuito de
sobrevivência como por exemplo na pré-história onde os homens usavam os movimento da
ginástica como correr, pular e lançar para caçar e pescar. Depois na idade média, quando
perceberam que as atividades de ginástica, como jogos e lutas praticadas como treinamento
ajudavam os guerreiros que faziam parte dos exércitos a ficarem mais fortes e abeis, em seguida
com o surgimento da indústria quando aconteceu o êxodo rural onde uma grande massa de
pessoas se deslocaram para a cidade, desenvolvendo grandes centros sem estrutura para tal,
neste momento percebeu-se que a ginástica tornaria essas pessoas mais fortes e mais produtivas
para o mercado de trabalho.

A GINÁSTICA EM CADA PERIODO DA HISTÓRIA:

Pré-história Antiguidade Idade Média Idade Moderna Idade contemporânea


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Característica Característica Preparação Preocupação com primeiras sistematizações


Utilitária guerreira militar a educação dos exercícios físicos

Hoje a ginástica está presente nas escolas, ao perceberem que os movimentos praticados
são inerentes ao ser humano e que está presente em todo o mundo envolvendo diferentes
culturas, então, por que não trazer para dentro da escola onde apesar de estarem presentes
pessoas de uma mesma comunidade, porém com culturas diferentes uma atividade que agregue
valores e gere benefícios para o indivíduo.
A ginastica escolar sempre se fez presente como a disciplina responsável pela
educação corporal da juventude passando por diversas modificações, seus objetivos e seus
métodos, sua importância e presença no sistema formal de ensino, foram alterados sempre de
acordo com os interesses da organização social do país.
Para a escola, a pedagogia pedia uma atividade inclusiva onde todos pudessem
participar, com diversidade de variações e combinações, que tivesse o princípio da complexidade
começando do mais fácil para o mais difícil e que fosse adequada ao aluno levando em conta as
características, capacidade e interesse do aluno, nas perspectivas motoras, afetiva, cognitiva e
social. Para isso foi criada a Ginastica Geral que tinha como objetivo o desenvolvimento do aluno
de forma integral, visando a sua melhora em relação a ele próprio no desenvolvimento cognitivo,
sócio afetivo e psicomotor. A Ginástica Geral não busca movimentos perfeitos ou a
competitividade entre alunos, mais sim a participação irrestrita buscando o divertimento o prazer
tendo como principal objetivo o sujeito e a sua integração no meio em que vive.
A ginástica está situada num plano diferente das modalidades competitivas, com abertura
para o divertimento, o prazer à simplicidade de movimentos, a participação irrestrita;
tendo como principal alvo o sujeito, a integração entre as pessoas e grupos. Pode ser
diversificada e não ter regras rígidas preestabelecidas, o que implica respeito aos limites e
possibilidades de cada um e onde os festivais são sua principal forma de manifestação, o
que não significa expressão artística que se vincula à composição coreográfica, à
apresentação e ao espetáculo (AYOUB, 2003).

A ginastica na escola bem organizada e sistematizada traz melhorias física, afetivas e


psicomotoras, pois por se tratar de movimentos cotidianos como correr, saltar, equilibrar, rolar,
girar, movimentos constantemente presentes nas atividades infantis, há uma melhora na
qualidade da coordenação motora, da flexibilidade, da agilidade e da força, desenvolvendo assim
diferentes habilidades motoras e condicionamento físico.
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“A ginastica estimula a eficiência fisiológica, a força, flexibilidade, resistência e agilidade,


estimula a criatividade, perseverança e coragem, ou seja, um desenvolvimento multilateral na
criança” (SANTOS et al., 2015).
Hoje as atividades de ginástica são desenvolvidas com o propósito de tornar o aluno mais
crítico, criativo, autônomo e humano, um ser participativo capaz de fazer mudanças no meio social
em que vive.
A ginástica na escola pode enriquecer as experiências dos educandos, possibilitando uma
educação comprometida com a formação humana e a educação física escolar, é
responsável por proporcionar aos alunos essa vivencia, em um universo da cultura
corporal dos movimentos da ginástica, de forma que eles possam agir de forma autônoma
e critica (RINALDI e SOUZA, 2003).

A ginastica na escola pode ser trabalhada através de jogos, danças, lutas e corridas, a
atividade escolhida ficará a critério do professor que verá qual modalidade mais se encaixa aos
seus planos de aulas e a qual os alunos têm mais afinidade.
A pedagogia apresenta como primeiro passo identificar a prática social dos
sujeitos. Nesse sentido, professor e alunos tomarão consciência sobre essa prática levando-os a
buscar um conhecimento teórico acerca desta realidade para que assim possam obter uma
reflexão sobre a sua prática cotidiana. O segundo passo consiste em teorizar sobre a prática social
buscando um suporte teórico que desvele, explicite, descreva e explique essa realidade,
possibilitando assim que se passe para além do senso comum, tendo uma única explicação da
realidade e busque os conceitos científicos que permitirão a compreensão crítica da realidade em
todas as suas dimensões. O terceiro passo consiste em retornar a prática para transformá-la, pois
após utilizar-se de conceitos científicos no processo de teorização, o educando poderá adquirir em
seu pensamento uma nova perspectiva da realidade, podendo ter uma posição diferenciada em
relação a sua prática.

A metodologia dialética do conhecimento perpassa todo o trabalho docente-discente,


estruturando e desenvolvendo o processo de construção do conhecimento escolar, tanto
no que se refere a nova forma de o professor estudar e preparar os conteúdos e elaborar
a executar seu projeto de ensino, como a respectivas ações dos alunos (GASPARIN, 2002:
6-8).

A utilização dos materiais tradicionais e não tradicionais, a partir do momento que são
utilizados numa aula de Ginástica Geral podem estar servindo de meios auxiliares, estimulando a
brincadeira das crianças, nesse sentido, também pode favorecer no desenvolvimento, pois, a
partir do que ela já conhece sobre determinado material, podemos propor novos conhecimentos,
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para que ela possa partir para a zona de desenvolvimento potencial por meio da brincadeira. Para
complementar, a criança ao aproximar-se de conhecimentos relacionados à ginástica geral, e
considerando o que ela já conhece sobre esta manifestação por meio da sua história de vida, e
que compartilhados com o outro no seu ambiente cultural, no caso a escola, institui intervenções
com o meio externo, possibilitando mudanças internas na sua história de vida.
Por meio desta abordagem, acreditamos que podemos desenvolver um trabalho
diferenciado com a ginástica abordando este tema de forma que não se evidencie a modalidade
somente em seus moldes competitivos e institucionalizados, podendo levar os alunos a entrar em
contato com o conhecimento a partir de suas vivências cotidianas e de sua realidade social,
estando diretamente ligado com o processo de construção dos saberes.
No que diz respeito à Educação Física escolar, nosso entendimento é de que a mesma se
constitui como prática pedagógica, que trata política e pedagogicamente dos temas da
cultura corporal (jogos, danças, esportes, lutas, ginásticas), visando apreender a expressão
corporal como linguagem. Desta forma, pode contribuir para a formação de indivíduos
críticos e criativos e intervir de forma significativa em sua realidade social. (COLETIVO DE
AUTORES, 1992).

Os materiais devem ser explorados intensamente a fim de promover a descoberta de


novas possibilidades de ação, favorecendo a inventividade e o enriquecimento do contexto
educativo, além de ampliar o leque de opções de trabalho.
Essas considerações a respeito da ginástica geral permitem-nos visualizá-la como
um espaço possível e viável para a vivência do componente lúdico da cultura corporal,
redescobrindo o prazer, a inteireza e a técnica/arte da linguagem corporal. Daí a sua grande
relevância no contexto da educação física escolar. Assim como Sousa, Vago (1997, p.140; grifos
meus),

“Pensamos numa educação física que não está preocupada em produzir ‘corpos
esculturais’, mas em participar da construção de ‘corpos culturais’ das crianças, dos
adolescentes, dos trabalhadores, enfim, dos homens e das mulheres, que com eles
sentem, pensam, desejam, sofrem, agem, produzem, brincam, jogam...”.

Portanto a ginástica geral no contexto escolar está centrada na ideia de escola como
lugar de relações humanas, de construção de conhecimento, de diversidade cultural; espaço em
que as pessoas se encontram para conhecer, conviver, compartilhar saberes, construir novos
olhares acerca do mundo.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS

O material utilizado para a realização dessa pesquisa foram livros e arquivos retirados da
internet. Foi feita uma revisão literária observando o posicionamento de cada autor sobre o tema.
Foram comparadas as ideias de cada autor e fazendo ligação como é, hoje em dia, a prática da
ginastica nas escolas, para a obtenção dos resultados que estará exposto nesse trabalho.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Segundo o PCN, a ginástica é conhecida como o conjunto de técnicas que podem ser usadas
para inicialização de outras atividades, relaxamento, para melhor interação, competição e melhora
da saúde, utilizando materiais ou seu corpo em diversos espaços proporcionando conhecimento
sobre o corpo. A primeira questão diretamente ligada aos objetivos já nos mostra que apesar da
determinação no PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) de que a ginástica deve ser inserida nas
aulas de Educação Física, ainda há casos onde ela não é ensinada. Podemos observar que o próprio
PCN, que é o Parâmetro Curricular para muitos dos professores obtém a ginástica como momento
de preparação de outras atividades. Isso segundo Ayoub demonstra o quanto historicamente a
ginástica foi sendo utilizada apenas como suporte de outros esportes.
Traz também Garanhani a mesma realidade em que segundo a autora, “a ginástica é a
forma pela qual é proporcionado aos alunos momentos de diversas experimentações com ou
sem materiais pedagógicos, fazendo com que o mesmo atinja o conhecimento do próprio corpo”.
De acordo com Garanhani os professores devem compreender que tanto os alunos como os próprios
professores têm limitações, capacidades e peculiaridades, pois cada um possui as suas
experiências na prática social. Com isso, a aula deve propiciar aos alunos, momentos de criação que
deem ênfase a criatividade e experiências próprias. Examinando a questão que tratava do
conhecimento das propostas de ginástica geral constatou-se que os professores não conheciam a
mesma. Nomeada por Ayoub, a proposta de ginástica geral (GG) deve estar inserida num todo, e
não separada por categorias.
Objetivando a assimilação dos alunos, a mesma cita que todas as manifestações gímnicas
devem estar inseridas nas escolas e também serem temas das aulas de Educação Física. Segundo
Ayoub1a GG é uma prática corporal que inclui as diversas modalidades de ginástica, aliadas a
discussão com o meio científico, e a exploração das manifestações gímnicas da contemporaneidade.

5. CONCLUSÃO
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A ginástica trabalha aspectos afetivos, psicomotor, físicas nos alunos, ela pode ser passada
em forma de jogos, dança, luta para os alunos, ela ajuda no trabalho corporal, promovendo um
aspecto físico, como mencionado a cima, melhor para o seu praticante, ela engloba vários
movimentos que são feitos no dia a dia, promove uma inclusão cultural, social entre as pessoas.
Também se nota que a falta de espaço físico faz com que fique inviável dá aulas com esse
conceito.
A ginástica traz para o aluno vivências em grupo, trabalha seu lado emocional, psicomotor, é
uma atividade cultural de inclusão, ela apresenta grande diversidade e combinações de movimentos
que ajuda no desenvolvimento de quem a pratica
Começar a criar alternativas, improvisar, é um meio para que acabe sendo incluído as aulas
de ginástica escolar nas escolas, uma vez que o próprio professor pode fazer os matérias a serem
utilizados junto com os alunos, partindo de um ponto zero, ou até mesmo reciclando matérias para
que seja confeccionada os objetos que serão utilizados durante essa prática, uma forma de incluir a
ginástica durante suas aulas, uma questão de querer por parte dele e o ambiente pode ser a própria
sala de aula, afastando as carteiras, fazendo círculo com os alunos.

REFERÊNCIAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6023. Informação e documentação –


Referências – Elaboração. Rio de Janeiro, 2002.
CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São Paulo:
Ed. Pearson, 2006.
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Atlas, v. 5, 2011.
MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013.
PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Ed.
Intersaberes, 2016.
Educação Física, o desporto é fixe, disponível em
https://jogapedro.webnode.pt/products/historia-da-ginastica/ (ACESSO EM 01/12/2019).
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Revista Pensar na Prática, disponível em https://www.revistas.ufg.br/fef/article/view/97/92


(ACESSO EM 03/12/2019).
Fórum Internacional de Ginástica, disponível em
https://www.forumgpt.com/2016/arquivos/anais/01-forum-internacional-de-ginastica-geral-
2001.pdf#page=32 (ACESSO EM 03/12/2019).
Livro metodologia do ensino de ginástica escolar pg. 163 (SANTOS et al., 2015).
Livro metodologia do ensino da ginástica escolar pg. 163 (AYOUB, 2003).
Livro metodologia do ensino de ginastica escolar pg. 159 (RINALDE E SOUZA, 2003).
SCHIAVON, L. M. parte 11 – Materiais alternativo para a ginástica artística. In: NUNOMURA, M.;
NISTA-PICCOLO, V. L. Compreendendo a ginástica artística. São Paulo: Phorte, 2005, p. 169-181.
SOUZA, E. P. M. De. Ginástica geral: uma área do conhecimento na educação física. Campinas
1997. 163f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Faculdade de Educação Física, Universidade de
Campinas.
TOLEDO, E. De. A ginástica geral como um conteúdo procedimental da ginástica escolar. In:
SOUZA, E. P. M. De.; AYOUB, E. Anais do I Fórum Internacional de Ginástica Geral. Campinas: SESC:
Faculdade de Educação Física, Unicamp, 2001, p. 56-60.
THOMAS, J. R. NELSON; J. K. Métodos de pesquisa em atividade física. 3. ed.

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