Você está na página 1de 4

alfaconcursos.com.

br

SUMÁRIO
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO ................................................................................................................ 2
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ................................................................................................... 3
CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS ............................................................................................................... 3

MUDE SUA VIDA!


1
alfaconcursos.com.br

REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO


Regime jurídico administrativo é o conjunto de normas e princípios de direito público que
regulam a atuação da administração pública.
Por normas, deve-se entender os comandos estatais positivados, tais como a Constituição
Federal, as leis, as medidas provisórias, os decretos, regulamentos, instruções normativas,
resoluções, etc.
Já os princípios são as ideias centrais do regime jurídico administrativo. São os princípios
que dão sentido ao ordenamento jurídico. Eles servem de baliza para a produção e para a
interpretação das normas que compõem o regime jurídico administrativo.
O regime jurídico administrativo se funda em dois pilares básicos: prerrogativas e
restrições.
As prerrogativas do Estado são os poderes que o regime jurídico administrativo confere
à administração pública para que ela tenha meios de defender os interesses públicos.
Essas prerrogativas têm como fundamento o princípio da supremacia do interesse
público.
O princípio da supremacia do interesse público determina que quando houver conflito
entre o interesse público e o interesse particular, o interesse público deve prevalecer.
O defensor dos interesses públicos é o Estado, e quando ele age por meio de sua
administração pública, é necessário que essa tenha prerrogativas (poderes especiais) para
impor sua vontade aos administrados.
Todavia, o uso de suas prerrogativas pela administração pública não é ilimitado. A falta
de limites pode levar a situações de abuso, de desrespeito aos direitos e garantias individuais e
coletivas.
Logo, da mesma forma que o regime jurídico administrativo confere prerrogativas
especiais à administração pública, ele também limita essas prerrogativas, restringindo o seu
uso, exclusivamente, à satisfação do interesse público.
Surge então as restrições a que se submete a administração pública.
As restrições a que se submete a administração pública tem fundamento no princípio da
indisponibilidade do interesse público.
O princípio da indisponibilidade do interesse público determina que os poderes da
administração pública são indisponíveis, irrenunciáveis. Esse princípio impõe que o uso dos
poderes administrativos está restringido à defesa do interesse público.
Toda e qualquer norma ou princípio do direito administrativo tem origem na ideia de
supremacia do interesse público e indisponibilidade do interesse público.
Por fim, destaca-se o fato de que todas as entidades da administração pública, direta e
indireta, dos 3 (três) poderes (executivo, legislativo e judiciário), ministério público e ainda os
particulares no exercício da função pública, devem obediência ao regime jurídico
administrativo na condução de suas atividades.

MUDE SUA VIDA!


2
alfaconcursos.com.br

PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA


Os princípios fundamentais da administração pública apresentam as ideias centrais do
regime jurídico administrativo. Eles dão sentido ao ordenamento jurídico e vão servir de baliza
para a produção e para a interpretação das normas que orientam a atuação da administração
pública.
Todas as entidades da Administração Pública Direta e Indireta dos três poderes, do
ministério público e ainda qualquer particular que esteja no exercício da função pública devem
obediência aos princípios que orientam a atuação administrativa do Estado.
CLASSIFICAÇÃO DOS PRINCÍPIOS
Os princípios da administração pública são classificados em princípios expressos
(explícitos) e em princípios implícitos.
O que determina se um princípio da administração pública é expresso ou implícito é a sua
localização no ordenamento jurídico.
Os princípios explícitos ou expressos são aqueles que estão descritos no caput do art. 37
da CF, são eles:
• Princípio da Legalidade;
• Princípio da Impessoalidade;
• Princípio da Moralidade;
• Princípio da Publicidade;
• Princípio da Eficiência.
Art. 37 caput da CF: “A administração pública direta e indireta de
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...)”
A lista acima apresenta um rol taxativo de princípios que são classificados como
expressos. Logo, todos os demais princípios que você ouvir falar que orientam a atuação da
administração pública são princípios implícitos.
Os princípios implícitos são aqueles que não estão descritos no caput do art. 37 da CF.
Eles estão descritos nas demais normas da Constituição Federal, Constituições Estaduais, Leis
Orgânicas Municipais e demais leis que orientam a atuação administrativa dos entes da
administração pública, tais como, lei de licitação e contratos, lei de serviço público, lei do
processo administrativo, etc.
São várias as normas que apresentam princípios implícitos e por isso é impossível tentar
apresentar um rol taxativo de princípios implícitos, logo, veja um rol exemplificativo de
princípios implícitos:
• Princípio da Supremacia do Interesse público;
• Princípio da Indisponibilidade do interesse público;
• Princípio da Motivação;
• Princípio da Razoabilidade;
• Princípio da Proporcionalidade;
• Princípio da Autotutela;
• Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos;
• Princípio da Segurança Jurídica;
• Princípio da Motivação;
• Princípio da Especialidade;
• Princípio do Controle ou Tutela;

MUDE SUA VIDA!


3
alfaconcursos.com.br

• Princípio da Licitação;
• Princípio do Concurso Público;
• Princípio da Responsabilidade Civil do Estado, entre outros.

É importante apontar que não existe relação de subordinação e de hierarquia


entre os princípios, sejam eles expressos ou implícitos, sendo assim, a aplicação de
um princípio não anula o dever de observar outro princípio.
Ao administrador público cabe agir de forma que harmonize os princípios.

Também é válido destacar que é comum a doutrina apresentar uma regra


qualquer do direito administrativo e atribuir a essa regra a classificação de princípio.
Nesse sentido, é comum encontrar expressões do tipo: princípio do concurso,
princípio da licitação, princípio da descentralização, princípio da responsabilidade do
Estado, entre outros.
As expressões acima aparecem com bastante frequência em questões de
concurso, e nesses casos, não se preocupe com a expressão, somente avalie se a
afirmação em relação à regra apresentada é verdadeira ou falsa.
Exemplo de questão:
A investidura em cargos efetivos e empregos públicos dependem do respeito
ao princípio do concurso público.
Resposta: Questão correta. Segundo o artigo 37 inc. II da CF, a investidura em
cargos efetivos e emprego público dependem de prévia aprovação em concurso
público.

MUDE SUA VIDA!


4

Você também pode gostar