Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO DE LETRAS
PROJETO INTEGRADOR
LEITURA E ESCRITA:
A oralidade como elemento transformador
LEITURA E ESCRITA
A oralidade como elemento transformador
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 3
JUSTIFICATIVA.......................................................................................................... 4
PROBLEMA ................................................................................................................ 5
OBJETIVOS ................................................................................................................ 6
METODOLOGIA ......................................................................................................... 7
CRONOGRAMA ......................................................................................................... 8
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 9
3
INTRODUÇÃO
JUSTIFICATIVA
PROBLEMA
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
METODOLOGIA
CRONOGRAMA
2. Pesquisa bibliográfica x x x
3. Pesquisa documental x x x
4. Pesquisa de campo x x x
6. Redação do artigo x x
7. Finalização do artigo x
REFERÊNCIAS
PROJETO INTEGRADOR
LEITURA E ESCRITA:
A oralidade como elemento transformador
LEITURA E ESCRITA:
A oralidade como elemento transformador
O foco deste artigo é trazer reflexões sobre a realidade no que diz respeito ao ensino
da oralidade nas escolas. O artigo apresenta, inicialmente, os pressupostos teóricos
de vários pesquisadores atuantes na área, como Bahktin e Vigotski, a concepção
dos documentos oficiais, principalmente os Parâmetros Curriculares Nacionais com
relação ao ensino da oralidade. Após a exposição da teoria, o documento traz o
relato de experiências vividas durante a realização dos estágios supervisionados
praticados ao longo dos últimos dois anos. Considerando a produção discursiva em
seu todo com uma prática social, será abordada também a necessidade dos
educadores de enfatizar a linguagem oral como instrumento de construção
individual, como formadores de caráter e opiniões, possibilitando que o estudante
seja capaz de se preparar para as mais adversas realidades, principalmente, fora de
uma sala de aula. Por isso, o objetivo deste artigo é, principalmente, discutir novas
estratégias de ensino para reduzir a retração do aluno, não somente com o bloqueio
na produção de textos e leitura, mas como na oralidade na sua forma mais bruta em
sala de aula, como apresentar um seminário perante a classe, por exemplo. Como
objetivos secundários, temos de analisar e encontrar os gaps no ensino-
aprendizagem da oralidade e repará-los o mais rápido possível, colocando o docente
na linha de frente como facilitador e mediador deste conhecimento, com novas
práticas para a desinibição dos alunos, a inserção da segurança que eles podem
obter com as palavras e até mesmo entonação de voz e postura. Após a
identificação destes problemas na aprendizagem, faz-se necessária soluções e,
novamente, cabe aos professores e equipe pedagógica da escola, trabalhando em
conjunto, desenvolver uma aproximação mais humana para com a prática da
oralidade, deixando de ser apenas uma cláusula em um documento oficial, passando
para a realidade da escola e comunidade, pois transformando o aluno em um ser
falante e consequentemente pensante, o resultado é claro e serve de força motora
para o grupo em que ele está inserido. Em síntese, a pesquisa pretende contribuir
academicamente na perspectiva de que a oralidade seja vista como objeto de
pesquisa, quebrando o mito da leitura e gramática como elemento supremo no
ensino da Língua Portuguesa, proporcionando aos estudantes um ensino-
aprendizagem de qualidade, em que eles possam obter este conhecimento sem
constrangimento e aplica-lo em diferentes contextos, seguindo todas as
necessidades de um mundo globalizado, que precisa de pessoas capacitadas e
funcionais, críticas e racionais, com compreensão do uso de sua língua, com
fluência verbal, poder de convencimento e significativamente comunicativos. Sendo
assim, cabe a escola e equipe pedagógica vigente, planejar esta mudança e aos
poucos inseri-la no dia a dia da escola, ultrapassando aspectos teóricos e penetrar
no campo prático, ampliando os conhecimentos e abrindo um novo mundo de
significado aos estudantes, sendo o intermédio para a superação de obstáculos que
perpassam o ambiente escolar.
INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 1
DESENVOLVIMENTO ................................................................................................ 2
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................................ 5
MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................... 7
RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................................... 8
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 10
1
INTRODUÇÃO
DESENVOLVIMENTO
redor, são frutos de aprendizagem. Estes frutos, devem ser levados ao longo da vida
como lição para o aluno, e cabe ao docente expô-lo a esta aprendizagem. Ao longo
de toda a vida escolar o aluno pratica a leitura, a escrita e a oralidade, embora só
enxergue este aspecto quando o docente trabalha assuntos específicos, como a
produção de um texto narrativo ou apresentação oral (sem direito a uma “cola”)
perante toda a turma.
No que tange ao trabalho docente, muitos estudantes chegam ao ensino
médio e até mesmo superior, com sequelas adquiridas por professores que os
afetaram negativamente. Durante o meu tempo como estagiário, pude notar várias
situações desta natureza: professores discutindo com alunos por eles falarem muito
baixo, por falarem olhando para baixo ou até mesmo por ficarem nervosos,
chegando a se tremer. Este tipo de exposição e constrangimento perante a sala e
aos colegas, gera um tipo de retração, fazendo com que o estudante perca esta
vontade de se mostrar, de expor um seminário e até mesmo se sentir inseguro
durante a leitura compartilhada em sala (leitura onde cada um lê um parágrafo, por
exemplo). Será que esta “prática” educativa valoriza o ensino da oralidade,
possibilitando o desenvolvimento da capacidade da expressão oral?
Neste sentido, as escolas deveriam ensinar aos alunos qual o significado e a
importância da fala, expondo aos mesmos a variedade do uso da fala. É importante
que o docente dialogue, ajudando-os a se expressar, apresentando-lhes diversas
formas de comunicar o que desejam, sentem e necessitam. Essa interação deve ser
feita com bastante maturidade, tendo cuidado com a própria fala, sendo claro, sem
infantilizações e sem imitar o jeito do aluno de falar, com a consciência de que nós
somos os modelos de falantes para eles. Entretanto, não basta que os alunos falem,
apenas o falar não garante a aprendizagem necessária. É preciso o uso de atividade
que instiguem este novo conhecimento adquirido em diferentes situações.
Durante o planejamento de aulas, se faz necessário que o docente insira nas
atividades recursos que os façam por exemplo, escrever bilhetes, pedir informações,
dar recados, elaborar avisos, ou seja, possibilitar os alunos ao uso contextualizado
da linguagem oral mediante a formas comuns de se iniciar uma conversação,
fazendo pedidos, perguntas, expressões; e deve-se atentar para que todos os
alunos sejam incentivados a falar.
Mais do que ensinar os estudantes a aprender, precisamos nos atentar a
como temos ensinado nossos docentes a ensinar. Uma primeira medida para isso, é
4
uma abordagem mais sistemática, uma estratégia que deve permear todas as fases
da escolarização, iniciar o trabalho pelas situações comunicativas praticadas
naturalmente, ou seja, ainda que a exposição oral seja mais comum nas séries finais
do ensino fundamental, ela pode ter lugar desde o primeiro anos, estendendo-se até
os anos finais do ensino médio.
Dito isso, as aulas precisam ser repensadas, a fim de promover e possibilitar
seu caráter socio interativo, dado principalmente pela modalidade oral, de forma que
haja de fato, o ensino do uso desse modo de interação com o mundo, fazendo com
que o aluno socialize seus pontos de vista, posicione-se nas comunidades das quais
participa, incluindo é claro, a escola, consciente das condições de produção em
cada contexto, especialmente, da adequação linguística necessária em qualquer
atividade; isso por que a língua é uma atividade constitutiva, com a qual podemos
construir sentidos, como também é uma atividade cognitiva, em que podemos
expressar nossos sentimentos, ideias, ações e representar o mundo; por fim é uma
atividade social pela qual podemos interagir com nossos semelhantes e apresenta
características essencialmente dialógicas.
Nós, professores de línguas, precisamos aprender a líder com a linguagem do
nosso aluno, evitando preconceitos linguísticos, que são, acima de tudo,
preconceitos sociais. É importante, neste processo, saber avaliar a oralidade do
aluno, explicando em que contexto deve-se usar uma linguagem formal e informal
por exemplo. Segundo Fávero et al. (2000), a partir de textos orais produzidos e
gravados pelos próprios alunos, é possível propor atividades de identificação de
tópicos e subtópicos, relacionando-os posteriormente à elaboração de textos escritos
para observar como se estruturam os parágrafos. Outra sugestão das autoras é
identificar marcas de oralidade em textos jornalísticos, percebendo os efeitos de
sentido, e em crônicas, para caracterizar a construção dos personagens. Comparar
textos orais e escritos produzidos por uma mesma pessoa e dois textos orais
produzidos por pessoas diferentes, em situações distintas de comunicação, também
são sugestões das autoras para um efetivo trabalho com a compreensão e produção
textual. Já Castilho (1998: 24) propõe a combinação de textos (como conversação
simétrica e textos teatrais; conversação assimétrica e cartas, crônicas, noticiários de
jornais e revistas; aulas e conferências, narrativas e descrições contidas em
romances e contos) para que se faça o “emparelhamento da língua falada e da
língua escrita”. Assim, pode-se perceber como se constroem esses textos e o que
5
Uma das principais funções da escola é formar o futuro cidadão, regido pelo
exercício dos direitos e deveres do indivíduo. Muitos estudiosos da linguagem, nos
últimos anos, têm discutido a importância do desenvolvimento da oralidade no
ambiente escolar, como fator de extrema importância na construção do
conhecimento. De acordo com Rangel (2010), tal fato somente é possível,
entretanto, se dois eixos centrais, ratificados pelos Parâmetros Curriculares
6
reflexões dos fatores que provocam as diferenças nestes modelos de falar” (LEAL,
BRANDÃO & E LIMA, 2012, p,18).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça & TRAVAGLIA, Luiz Carlos. A coerência textual.
5ª ed. – São Paulo: Contexto, 1993.
LEAL, T.F., BRANDÃO, A.C.P., LIMA, J.D.M. A oralidade como objeto de ensino
na escola: o que sugerem os livros didáticos? In: LEAL, T. F.; GOIS, S. A
oralidade na Escola: a investigação do trabalho docente como foco de reflexão. Belo
Horizonte: Autêntica Editora, 2012.
MARCUSCHI LA. Oralidade e ensino de língua: uma questão pouco “falada”. In:
Dionísio AP, Bezerra MA (Orgs.). Livro didático de português: múltiplos olhares. Rio
de Janeiro: Lucerna; 2001a