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No momento em que faz a discussão do caso, Freud refere que a objeção que se
viesse a fazer ao relato apresentado como não sendo propriamente “um caso
analisado de histeria, e sim um caso solucionado por conjeturas”, ele nada teria a
contradizer. Afinal, ainda que a paciente tenha concordado que aquilo que ele
introduziu em sua história fosse verdade, ela não estava em condições de
reconhecer como algo que houvesse experimentado. “Creio que teria sido
necessária a hipnose para conseguir isso” (Freud, s/d, p. 150).
Importante destacar que este atendimento se deu no início de sua prática clínica, e
que, apesar de destacar os limites impostos a esta intervenção, isto não o impediu
de apresentar o caso, junto a outros, em um volume de suas obras completas.
Outro setting?
No AT, por sua vez, esta configuração institucional não seria necessária para a
intervenção, sendo que o locusprivilegiado seria pensado, inicialmente, como o
espaço da Rua, fora das barreiras institucionais, psiquiatrizantes. No entanto, um
cuidado que passou a ser tomado aí foi o de que exigir que as saídas se dessem
exclusivamente na rua poderia corresponder a uma outra forma de
institucionalização da intervenção do AT.
Direção do Tratamento no AT
Portanto, a pergunta será, sempre, para qual direção seu desejo aponta. Este,
pois, me parece ser o fundamento maior do Acompanhamento Terapêutico.
Referências Bibliográficas
JABIF, Elena. “El músico que perdió y recuperó su alma”. Trabalho apresentado
nas Jornadas de 1998, na Escola Freudiana de Buenos Aires. Disponível em:
<http://www.antroposmoderno.com/textos/Freud-Mahler.html>.
[1] Período marcado pelo descaso e pelo parco investimento na área da saúde
mental e pela defesa de um modelo de tratamento exclusivamente
hospitalocêntrico.