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Ferrovia Tereza Cristina S.A.

Demonstrações Financeiras encaminhadas à ANTT, referentes ao


exercício encerrado em 31 de dezembro de 2017
Circunstanciado
SUMÁRIO

1 MENSAGEM DA DIREÇÃO ......................................................................................... 5


2 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 6
3 AMBIENTE COMERCIAL ............................................................................................ 7
3.1 Fatores externos ........................................................................................................ 7
3.2 A Operação do Complexo Termelétrico (CTJL) ................................................. 11
3.3 Transporte do carvão mineral para o CTJL ....................................................... 12
3.4 Transporte Acessório – Pátio Auxiliar ................................................................. 13
3.5 Transporte de contêineres ..................................................................................... 14
3.6 Locação de material de transporte........................................................................ 15
3.7 Participação junto às Entidades Representativas ............................................... 15
3.8 Informações do Setor Ferroviário ......................................................................... 16
3.8.1 A expansão da malha .......................................................................................... 16
3.8.2 Ferrovias em Santa Catarina .............................................................................. 16
4 MANUTENÇÃO FERROVIÁRIA ............................................................................... 18
4.1 Via Permanente ...................................................................................................... 18
a) Trabalhos na superestrutura e desvios ferroviários .............................................. 18
b) Infraestrutura ........................................................................................................ 20
c) Aparelhos de mudança de via – AMV’s ............................................................... 21
d) Obras de arte especiais ......................................................................................... 21
e) Passagens em Nível (PN) ..................................................................................... 22
f) Manutenções preditivas ........................................................................................ 22
g) Novos projetos ...................................................................................................... 23
4.2 Máquinas e Equipamentos de Via Permanente ................................................... 23
a) Outras atividades .................................................................................................. 25
4.3 Vagões ...................................................................................................................... 26
4.4 Locomotivas ............................................................................................................ 28
a) Manutenção Preventiva ........................................................................................ 28
b) Manutenção Corretiva (Falha) .............................................................................. 29
c) Disponibilidade de Locomotivas .......................................................................... 29
d) Reparo Geral ......................................................................................................... 30
e) Reparos Médios .................................................................................................... 30
5 OPERAÇÃO FERROVIÁRIA...................................................................................... 31
5.1 Transporte e Tração ............................................................................................... 31
5.2 Tráfego Mútuo e Direito de Passagem.................................................................. 32
5.3 Atividades de Segurança ........................................................................................ 32
5.3.1 Segurança Operacional ....................................................................................... 32
5.3.2 Sinalização Ativa de Passagens em Nível ........................................................... 35
5.3.3 Segurança Patrimonial........................................................................................ 35
6 ATIVIDADES DE SUPORTE....................................................................................... 37
6.1 Tecnologia da Informação ..................................................................................... 37
6.2 Telecomunicações ................................................................................................... 37
6.3 Controle Patrimonial.............................................................................................. 38
a) Controle de Bens Patrimoniais: Bens arrendados e Bens próprios ...................... 38
6.4 Contratos ................................................................................................................. 39
7 ADMINISTRAÇÃO FERROVIÁRIA ......................................................................... 40
7.1 Sistema da Qualidade ............................................................................................. 40
a) Sistema de Gestão Corporativo ............................................................................ 40
b) Programa 5S ......................................................................................................... 43
7.2 Meio Ambiente ........................................................................................................ 44
a) Mutirões de Limpeza ............................................................................................ 44
b) Monitoramento de Efluentes ................................................................................ 44
c) Gerenciamento de Resíduos ................................................................................. 45
d) Outras Ações ........................................................................................................ 45
7.3 Saúde e Segurança no Trabalho ............................................................................ 46
7.4 Gestão de Pessoas ................................................................................................... 48
a) Pesquisa de Clima Organizacional ....................................................................... 49
b) Remuneração ........................................................................................................ 49
c) Benefícios ............................................................................................................. 49
d) Treinamento e Desenvolvimento .......................................................................... 50
e) Responsabilidade Social ....................................................................................... 50
f) Quadro de Pessoal ................................................................................................ 52
7.5 Ações Jurídicas e Legais ........................................................................................ 53
7.6 Comunicação Empresarial .................................................................................... 54
8 ANÁLISE DE DESEMPENHO .................................................................................... 56
8.1 Transporte, Comercialização e Faturamento ...................................................... 56
8.2 Transporte Realizado exercícios 2016 x 2017 ...................................................... 56
9 CONTROLADORIA ...................................................................................................... 58
9.1 Desempenho Econômico ........................................................................................ 58
9.2 Pagamento do Arrendamento e Concessão .......................................................... 59
9.3 Valor Adicionado .................................................................................................... 60
9.4 Política de Distribuição de Dividendos ................................................................. 60
9.5 Controle Orçamentário .......................................................................................... 60
a) Investimentos ........................................................................................................ 60
10 METAS DA CONCESSÃO ........................................................................................... 62
10.1 Metas de Produção por Trecho ............................................................................. 62
10.2 Meta de Redução de Acidentes .............................................................................. 63
11 FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS – ANTT .............................................................. 65
11.1 Inspeções Programadas .......................................................................................... 65
a) Fiscalização Econômica e Financeira 2017 .......................................................... 65
b) Fiscalização de Transporte Ferroviário de Cargas – 2017 ................................... 65
11.2 Inspeções Eventuais ................................................................................................ 66
11.3 Informações à ANTT .............................................................................................. 66
11.4 Autuações e Penalidades ........................................................................................ 67
12 A CONCESSIONÁRIA EM NÚMEROS ..................................................................... 68
12.1 Indicadores Operacionais ...................................................................................... 68
12.2 Índices de Produtividade........................................................................................ 73
13 PALAVRAS FINAIS ...................................................................................................... 74
14 ANEXOS ......................................................................................................................... 75
1 MENSAGEM DA DIREÇÃO

Senhoras e Senhores Acionistas,

A Ferrovia Tereza Cristina Sociedade Anônima – FTC, no cumprimento das prescrições


legais e estatutárias, apresenta o RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO – 2017,
em conjunto com as Demonstrações Contábeis elaboradas de acordo com as práticas contábeis
aceitas no Brasil e demonstrações do fluxo de caixa, as quais consideramos importantes para
divulgar o desempenho da Ferrovia Tereza Cristina S.A. para a sociedade, parceiros,
investidores e usuários dos seus serviços.
Evidencia, também, as atividades da operação ferroviária, o cumprimento das
obrigações regulatórias, as metas contratuais, as ações de responsabilidade social e ambiental,
o cumprimento das funções empresariais, assumidas com o Poder Concedente ou por ele
estabelecidas nos Contratos de Concessão e Arrendamento e através das suas Resoluções e
legislação específica.

Benony Schmitz Filho


Diretor Presidente

Luis Mário Novochadlo Paulo Eduardo Canalles


Diretor de Operações Diretor de Administração e Finanças

5
2 INTRODUÇÃO

A Ferrovia Tereza Cristina, concessionária do serviço público de transporte ferroviário


de cargas, desempenhou suas atividades empresariais alicerçadas nos contratos de concessão e
arrendamento, na legislação pertinente e nas diretrizes de negócio estabelecidas por seus
acionistas.
Foram priorizadas as ações para atendimento das obrigações contratuais da concessão,
do arrendamento e Resoluções da ANTT, principalmente o cumprimento das metas de produção
e de segurança, obrigações contratuais da concessão pública.
A condução do negócio é pautada no Sistema de Gestão Corporativo (SGC), conjunto
de normas e práticas internacionais de Qualidade, Meio Ambiente e Saúde, Segurança e
Medicina do Trabalho – normas ISO9001, ISO14001 e OHSAS18001.
O modelo de gestão adotado visa a continuidade, a competitividade, a inovação,
estimulando o empreendedorismo e a inovação e direcionada a vencer os desafios.
As particularidades da malha ferroviária concedida limitam as possibilidades
operacionais e da ampliação do transporte de outras cargas, além do carvão mineral. A partir
das oportunidades favorecidas pelo Porto de Imbituba, o transporte de contêineres teve
continuidade, com os mais variados produtos industrializados. Apesar do contexto econômico
do País, apresentou crescimento no exercício, conforme será evidenciado e contextualizado nas
páginas deste relatório.
Em resumo, a Ferrovia Tereza Cristina encerrou o seu vigésimo primeiro exercício
operacional transportando o volume de 2.677.962,48 toneladas, sendo 2.391.920,04 toneladas
de carvão mineral e 286.042,44 toneladas de produtos acondicionados em contêineres, que
resultou numa produção de 207,36 milhões de toneladas/quilômetros úteis. Comparado ao ano
anterior, tivemos uma redução de transporte de 7,61% e produção de 8,45%, medida em TKU.
Essa queda no desempenho foi causada, principalmente, por fatores decorrentes da
recessão econômica do País, complementado pela regularidade do regime de chuvas nas regiões
dos grandes reservatórios das barragens das usinas hidrelétricas nas regiões sul, sudeste e centro
oeste, que favorece a geração hídrica e pelo crescimento de participação das energias
renováveis, como a fotovoltaica e a eólica.
Com o estoque elevado de carvão mineral dos pátios do CTJL, não se fez necessário
compras adicionais para suprimento dos níveis de despacho do Complexo Termelétrico –
ENGIE Brasil Energia S.A.
6
3 AMBIENTE COMERCIAL

3.1 Fatores externos

O exercício 2017, foi encerrado, com uma redução do transporte, e, por consequência,
com resultados inferiores aos anos anteriores. Esse desempenho foi decorrente do ambiente de
negócios no qual a FTC está inserida, a cadeia produtiva do carvão mineral para geração de
energia elétrica e a região de abrangência da ferrovia, com poucas possibilidades de captação
de cargas ferroviárias.
No caso do desempenho do transporte de carvão mineral, o resultado é influenciado por
fatores que afetam esse sistema produtivo e o seu mercado, como a economia, a produção
industrial, o consumo de energia elétrica no Brasil e o seu preço por fonte, o nível dos
reservatórios, os estoques de carvão na usina, etc.
Quanto ao transporte de contêineres, o desempenho depende da comercialização dos
produtos transportados, da operação do Terminal Intermodal Sul e do Porto de Imbituba. O
nível de atividade está atrelado a dinâmica desses usuários.
A seguir, analisamos o ambiente e fatores que influenciam a cadeia produtiva do carvão
mineral, o mercado de atuação e reflexos sobre a concessionária.
O gráfico a seguir apresenta o comportamento da energia elétrica em 2017, por setor de
consumo, e o gráfico seguinte acompanha esse consumo ao longo dos anos.
Variação do consumo mensal de energia elétrica no ano de 2017:

Gráfico 1: Acompanhamento do consumo energético nacional


Fonte: www.epe.gov.br Resenha Mensal do Mercado de Energia Elétrica
7
Uso da energia elétrica por setor de consumo, de 2004 a 2017:

Gráfico 2: Acompanhamento do consumo energético nacional


Fonte: www.epe.gov.br

O regime de chuvas apresentou comportamento conforme identificado no quadro e


gráfico a seguir:
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
SUBMERCADO
31 28/29 31 30 31 30 31 31 30 31 30 31
Sudeste - 2016 44,44 50,89 58,28 57,55 56,65 56,05 51,49 45,99 40,13 34,77 33,43 33,72
Sudeste - 2017 37,44 40,23 41,49 41,83 43,33 42,15 38,17 32,53 24,15 17,67 18,69 22,60
Sul - 2016 93,08 95,12 97,60 88,66 92,79 88,07 88,09 90,21 79,91 86,12 71,00 60,26
Sul - 2017 60,45 51,63 43,50 42,61 71,69 92,79 70,20 56,67 36,23 48,41 59,97 57,03
Nordeste - 2016 17,60 31,80 34,66 33,12 30,13 26,97 23,28 19,15 14,80 10,88 10,05 16,46
Nordeste - 2017 17,42 20,81 21,69 21,73 19,76 17,81 15,27 12,47 9,28 6,00 5,50 12,89
Norte - 2016 30,33 43,08 58,40 64,32 62,01 59,99 54,43 47,09 39,78 29,83 21,04 18,90
Norte - 2017 24,38 47,41 63,78 65,96 65,75 63,98 59,23 51,48 32,57 20,62 16,14 23,30
Quadro 1: Acompanhamento dos níveis dos reservatórios em 2017 x 2016 (%)
Fonte: http://www.ons.org.br/resultados_operacao/ophen.aspx

Gráfico 3: Comportamento dos Reservatórios do Sistema Interligado – 2017 X 2016


Fonte: http://www.ons.org.br/resultados_operacao/ophen.aspx

8
Como pode ser observado, no ano de 2017 os reservatórios permaneceram em níveis
ainda inferiores a 2016, porém a geração de energia hídrica não foi tão fortemente impactada
como nos anos anteriores, devido a retração do consumo decorrente da recessão econômica do
país.
Com isso, os despachos para geração pelas plantas térmicas (carvão mineral energético)
foram bastante reduzidos em 2017. E, nessas condições, o Complexo Termelétrico Jorge
Lacerda operou em carga média baixa (despacho na ordem de mérito ou inflexibilidade) na
maior parte do ano.
O preço da energia (PLD) também afeta a geração. Se o preço médio do MWh for
inferior ao custo de geração, havendo energia disponível no mercado, os compromissos de
fornecimento podem ser supridos com compras dessa disponibilidade, por preço inferior ao
custo de geração pela própria unidade (CTJL), afetando o consumo, compras e transporte do
produto.
Gráfico do Preço Médio Anual da energia por região (PLD), reflexos no consumo anual,
comparando-se com a compra mínima contratual:

Preço Médio Anual – R$/MWh


800 4.000.000

700 3.500.000

600 3.000.000

Toneladas
500 2.500.000
R$/MWh

400 2.000.000

300 1.500.000

200 1.000.000

100 500.000

0 -
2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

SE S NE N Consumo (t) Compra Mínima (t)

Gráfico 4: Preço de Liquidação das Diferenças – PLD


Fonte: www.ccee.org.br

Além destes fatores, é preciso considerar a entrada de energia nova no mercado, a


condição dos reservatórios, o desempenho da economia, entre outros.
Observa-se ainda, que com estoques elevados de carvão mineral, a geração a maior
ocorre a partir dessa reserva, postergando a necessidade de compras adicionais de carvão. No

9
gráfico a seguir apresenta-se o comportamento da compra e consumo, resultando no estoque a
disposição no CTJL ao final de cada exercício.
Gráfico de Compra, Consumo e Estoque, apresentando ainda o consumo médio:

Gráfico 5: Compra, Consumo e Estoque


Fonte: Dados primários

Em síntese, apesar dos baixos níveis dos reservatórios, energia nova entrou no sistema,
incluindo as renováveis. Isto garantiu a regularidade do suprimento energético nas principais
regiões do País.
A economia iniciou uma recuperação, aproximadamente 1% em 2017, com boas
expectativas para o próximo ano.
A atividade industrial já se manifesta positivamente, em termos de consumo de energia
elétrica (GWh), assim como os demais setores como o comercial, o residencial e outros usos
(onde se insere o consumo rural, a iluminação pública, o serviço público, o poder público e o
consumo próprio), também apresentaram um pequeno crescimento total, em relação ao ano
anterior.
Em resumo, de acordo com a EPE, o consumo industrial fecha 2017 em alta de 1,3%, o
consumo residencial com alta de 0,8%, o comercial varia 0,3% e outros tem alta de 0,7% em
2017, com um crescimento geral no Brasil de 0,8% no ano. (Resenha Mensal do Mercado de
Energia Elétrica – Nº 124, de janeiro de 2018 (www.epe.gov.br)).

10
3.2 A Operação do Complexo Termelétrico (CTJL)

Em 2017, foram aditivados os contratos de fornecimento de carvão mineral entre as


empresas carboníferas e Engie Brasil Energia S.A.
Foram ajustadas as quantidades do contrato inicial das 4 (quatro) fornecedoras titulares
da cota principal, para incluir 2 (duas) pequenas carboníferas na condição de fornecimento da
cota principal (ou mínima), já que elas, no ano anterior, forneciam apenas pequenas quantidades
da compra adicional. Assim, houve cessão de percentual das cotas pelos fornecedores principais
para contemplar essas empresas. E assim, o mesmo ocorreu com os contratos de transporte
ferroviário.
Foram apenas 6 os clientes fornecedores de carvão mineral em 2017 com as quais
existem contratos de transporte.
Na operação do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda/Tractebel Energia (CTJL) o
consumo de carvão mineral foi bastante reduzido, pouco superior as aquisições no ano.
O estoque de carvão nos pátios do CTJL no início do exercício era de 900.550 toneladas.
Adquiriu 2.400.000 toneladas, consumindo 2.601.663 toneladas, resultando num estoque final
de 698.887 toneladas.
Enfim, a comercialização e utilização do carvão mineral no CTJL teve o seguinte
comportamento no ano:

Tabela 1: Recebimento de carvão no CTJL – 2017 (t. base faturamento):


Cenário Realizado 2017 Carvão Mineral (t)
Estoque Inicial (bf) 900.550
Compra com Entrega Ferroviária 2.314.630,23
Compra com Entrega Rodoviária – Bacia 85.369,77
COMPRA TOTAL 2.400.000
CONSUMO ANUAL 2.601.663
Estoque Final (bf) 698.887

O gráfico a seguir representa a comercialização e a operação do CTJL no ano de 2017:

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Gráfico 6: Movimentação de Carvão no CTJL – 2017

3.3 Transporte do carvão mineral para o CTJL

As variáveis que influenciaram a operação do complexo, refletiram diretamente na


operação da ferrovia, cujo transporte ferroviário, visa prioritariamente, atender as suas
necessidades de carvão (CTJL), conforme Contrato de Concessão.
Por isso, na tabela a seguir, apresenta-se o balanço do transporte realizado para
atendimento do CTJL, em atendimento aos clientes mineradores do carvão mineral tipo
energético.

12
Tabela 2: Elementos de transporte para o CTJL em 2017 (b.f.):
TRANSPORTE CARVÃO MINERAL TOTAL (t) FATURAMENTO (t) SALDO A
Mês Um idade FATURAR
bu bs bf ROD (bf) FTC (-) Rejeito
(Perdas)
dez/16 - 2.536,39
Jan 217.251,81 197.240,07 209.829,86 (7.421,95) 8.756,03 199.993,97 3.616,25
Fev 210.558,95 192.010,58 204.266,57 (6.292,38) 9.834,66 198.356,71 (308,54)
Mar 209.864,43 191.606,20 203.836,38 (6.028,05) 8.529,35 192.470,65 2.527,84
Abr 207.066,70 188.450,37 200.479,12 (6.587,58) 9.754,96 191.018,68 2.233,32
Mai 208.237,80 189.266,77 201.347,63 (6.890,17) 12.332,00 187.668,00 3.580,94
Jun 205.805,65 187.558,68 199.530,51 (6.275,14) 9.748,55 191.036,44 2.326,46
Jul 206.419,16 188.172,29 200.183,29 (6.235,87) 9.947,42 189.802,58 2.759,75
Ago 206.334,63 188.376,99 200.401,05 (5.933,58) 2.472,82 198.277,18 2.410,80
Set 205.637,36 188.028,05 200.029,84 (5.607,52) 1.274,30 198.475,70 2.690,65
Out 207.915,22 188.994,74 201.058,23 (6.856,99) - 200.835,35 2.913,53
Nov 209.276,68 190.322,67 202.470,93 (6.805,75) 6.528,04 195.721,96 3.134,45
Dez 182.781,14 165.101,39 175.639,78 (7.141,36) 6.191,63 170.973,02 1.609,58
Total 2.477.149,53 2.255.128,80 2.399.073,19 (78.076,34) 85.369,76 2.314.630,24 1.609,58

Assim, comparando o nível de atividades 2017 x 2016, para o CTJL, temos:

Entrega Entrega Recebimento


Ano Consumo Estoque
Ferroviária Rodoviária TOTAL

2016 2.506.584,24 103.415,56 2.609.999,80 2.633.528,40 900.550


2017 2.315.990,23 84.009,77 2.400.000,00 2.601.663,01 698.887
Var. % -7,60% -18,76% -8,05% -1,21% -22,39%
Quadro 2: Atividades CTJL 2017 x 2016

Houve variação quanto aos elementos que se referem ao atendimento do Complexo


Termelétrico. Os números representam retração da atividade, com redução de 7,60% do
transporte de carvão mineral em 2017, em comparação ao ano anterior.

3.4 Transporte Acessório – Pátio Auxiliar

Como atividade eventual, por conta do contrato com a Engie Brasil Energia S.A.
(Contrato REJL.NAJL.16.144374), a realização da operação acessória nos pátios de descarga,
foi entregue e faturado 3.301,98 toneladas de carvão mineral, pela descarga no pátio auxiliar de
sua propriedade.
O resumo da atividade realizada em 2017 está apresentado no quadro a seguir:

13
Transporte Transporte Transporte
Mês
realizado (bu) Faturado (bs) Faturado (bf)
Jan ... ... ...
Fev 3.362,08 3.103,86 3.301,98
Mar - Dez ... ... ...
Total 3.362,08 3.103,86 3.301,98
Quadro 3: Transporte Acessório – Pátio Auxiliar

3.5 Transporte de contêineres

No exercício foi realizado transporte de contêineres para atendimento do cliente


Terminal Intermodal Sul, no fluxo Criciúma – Imbituba e vice-versa. Transportou-se
contêineres carregados e vazios, nos dois sentidos. As mercadorias transportadas foram as mais
variadas, entre produtos industrializados, matérias primas para indústrias e produtos do
agronegócio. Na movimentação de mercadorias em 2017, destacamos: Arroz: 77%; Cerâmica:
4%; Plásticos descartáveis: 11%; Caulim: 4%; Telhas: 3%; e, outros produtos: 1%.
Este transporte apresentou os seguintes dados operacionais:

Tabela 3: Elementos de transporte para o Terminal Intermodal Sul – 2017:


Cont. Cont. Cont. Cont. Total
Mês TU TKU
Cheios 20" Vazios 20" Cheio 40" Vazio 40" Contêineres

Jan 627 553 117 44 1.341 21.552 2.219.861


Fev 619 527 100 4 1.250 21.296 2.193.438
Mar 744 746 164 26 1.680 26.387 2.717.858
Abr 488 415 157 21 1.081 19.011 1.958.112
Mai 607 604 129 6 1.346 21.977 2.263.590
Jun 739 737 264 35 1.775 29.741 3.063.288
Jul 659 655 288 19 1.621 28.385 2.923.677
Ago 713 776 199 114 1.802 27.759 2.859.225
Set 515 504 232 37 1.288 21.254 2.189.177
Out 593 614 173 54 1.434 22.971 2.366.059
Nov 647 579 212 40 1.478 25.452 2.621.560
Dez 482 504 198 116 1.300 20.258 2.086.529
Soma 7.433 7.214 2.233 516 17.396 286.042 29.462.375

O desempenho do transporte de contêineres é, de certa forma, diretamente ligado as


atividades do Terminal Intermodal Sul (TIS), que por sua vez, é influenciado pelo desempenho
e captação de cargas e navios pelo Porto de Imbituba.

14
Assim, comparando o transporte de contêineres de 2017 com 2016, para o TIS, temos:

Cont. Cont. Cont. Cont. Total


Mês TU TKU
Cheios 20” Vazios 20” Cheio 40” Vazio 40” Contêineres

2016 7.615 7.168 1.147 608 16.538 263.710 28.038.472


2017 7.433 7.214 2.233 516 17.396 286.042 29.462.375
Var. % -2,39% 0,64% 94,68% -15,13% 5,19% 8,47% 5,08%
Quadro 4: Transporte de Contêineres 2017 x 2016

Comparados os exercícios, houve um crescimento de 8,47% no transporte de


contêineres, medido em toneladas e 5,19% de crescimento de contêineres transportados.

3.6 Locação de material de transporte

Continua em vigência o contrato de locação de 50 vagões do tipo FHC para a


Transnordestina Logística S.A. (TLSA) e a requisição de 47 vagões do tipo GHD para a Estrada
de Ferro Paraná-Oeste (Ferroeste), com base no Decreto No. 10, de 09/01/2007 do Governo do
Estado do Paraná, cuja relação de vagões está informada no sistema SAFF/CAFEN, da ANTT.

3.7 Participação junto às Entidades Representativas

A FTC participou da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF),


através de seus comitês, além de colaborar com órgãos como a Confederação Nacional dos
Transportes – CNT, a Revista Ferroviária, a Fundação Getúlio Vargas – FGV, a Fundação
Instituto de Pesquisas Econômicas – FIPE, Pesquisas de Mercado conduzidas por institutos de
pesquisa, bem como aos órgãos federais, estaduais, municipais e instituições de ensino e
pesquisa.
Participou das ações da Associação Brasileira do Carvão Mineral – ABCM, que
congrega a cadeia produtiva, aliando os interesses ferroviários aos da cadeia produtiva do
carvão mineral e do Complexo Termoelétrico Jorge Lacerda.
Acompanhou as ações dos portos catarinenses, em especial o Porto de Imbituba, alvo
de interesse comercial, que já apresenta resultados com o transporte de contêineres.

15
Da mesma forma, participou de eventos dos principais órgãos empresariais, como a
Federação das Indústrias (FIESC), Sindicatos Patronais e das Associações Empresarias dos
Municípios, acompanhando e influenciando no desenvolvimento regional.
Participou também das ações no âmbito do Poder Concedente relativo ao tema
repactuação antecipada dos contratos de concessão.

3.8 Informações do Setor Ferroviário

3.8.1 A expansão da malha

A dinâmica das atividades de mineração resulta na exaustão de unidades de produção e


na abertura de novas minas, sempre mais afastada da malha ferroviária existente. Os novos
projetos, muitas vezes, são condicionados a licença de instalação e operação mediante
transporte do carvão mineral pelo meio ferroviário. O mesmo ocorrendo paras os novos
complexos termelétricos em planejamento na região carbonífera sul catarinense, como o caso
da USITESC e de Maracajá. Este cenário não se alterou no último exercício.
Com a expansão do setor carbonífero, a ferrovia também precisará expandir a sua área
de atuação e construir linhas de acesso aos novos pontos de carregamento e descarga.
O setor carbonífero continua a demandar os seguintes trechos de expansão da malha:

Item Ramal de Acesso Extensão Clientes Trecho Município


1 Mina 101 4,5 km Carboníferas/Usinas Esperança - Santa Cruz Içara – Içara
2 Minas e USITESC 12 km Carboníferas/Usinas Rio Fiorita - Treviso Siderópolis – Treviso
Forquilhinha –
3 Mina Maracajá 13 km Carboníferas/Usinas Sangão - Maracajá
Maracajá
4 Minas de Lauro Muller 12 km Carboníferas/Usinas Treviso - Lauro Muller Treviso - Lauro Muller
Quadro 5: Trechos de Expansão da Malha

3.8.2 Ferrovias em Santa Catarina

Os Estudos para a Ferrovia Litorânea Sul (EF-451), Corredor Ferroviário de SC (EF-


280) e Ferrovia Norte Sul – Etapa SC (EF-151) continuam sem avanços significativos nas suas
etapas contratadas.

16
Há problemas quanto as questões de travessia de parque ambiental e área indígena.
Alternativas estão sendo avaliadas pela VALEC e DNIT.
Os projetos da ferrovia litorânea devem ser concluídos em breve e o corredor ferroviário
depende de definição de traçado. Aguardam-se os próximos passos.

17
4 MANUTENÇÃO FERROVIÁRIA

4.1 Via Permanente

As atividades da Via Permanente estão divididas em: Trabalhos de superestrutura;


Infraestrutura; Conservação da faixa; Desvios; Aparelhos de mudança de via; Obras de arte
especiais; Passagens em nível; e atendimento às ocorrências ferroviárias.

a) Trabalhos na superestrutura e desvios ferroviários

Constituem os serviços de substituição de dormentes e trilhos; Nivelamento contínuo


manual; Nivelamento mecanizado (máquina Plasser); Lubrificação, ajustes e reaperto de juntas;
Substituição de talas; Limpeza e acabamento de banqueta de lastro; Quadramento e
reespaçamento de dormentes; Revisão de fixação, etc. São todos serviços necessários à
manutenção do lastro, dormentes, fixações, trilhos e suas conexões. Ocorrem como RT, FRT
ou em desvios.
A Tabela 4 evidencia os principais materiais prospectados para os trabalhos de RT.
Observa-se que foram executados serviços acima do que o previsto. Tal situação ocorreu por
uma decisão de aprimorar mais os trabalhos em RT em detrimento do planejamento de serviços
em desvios e locais menos críticos de FRT. Soma-se também ao melhor reaproveitamento de
materiais, situação observada para dormentes e tirefonds.

18
Tabela 4: Atividades em Superestrutura RT
%
SERVIÇOS Previsto Realizado
Realizado
Substituição de dormentes 6.943 un. 8.391 un. 120,9
Substituição de trilhos 275 m 400 m 145,5
Reforço de lastro 1.276 m³ 1.392 m³ 109,1
Substituição de placa de apoio 2.263 un. 2.346 un. 103,7
Substituição de tirefond 24.614 un. 16.979 un. 69,0
Fonte: Dados Via Permanente

Tabela 5: Atividades em Superestrutura FRT


%
SERVIÇOS Previsto Realizado
Realizado
Substituição de dormentes 9.949 un. 5.464 un. 54,9
Substituição de trilhos 3.255,5 m 2.625,2 m 80,6
Reforço de lastro 1.769 m³ 1.334 m³ 75,4
Substituição de placa de apoio 2.297 un. 3.817 un. 166,2
Substituição de tirefond 15.307 un. 13.664 un. 89,3
Substituição de grampo elástico Fist 3.382 un. 3.514 un. 103,9
Substituição de pino de retenção 3.498 un. 3.653 un. 104,5
Substituição de placa amortecedora 3.453 un. 3.613 un. 104,6
Limpeza de Lastro 560 m 357,5 m 63,8
Nivelamento/reaperto e Lubrificação de Juntas 4.456 J. 3.738 J. 83,9
Nivelamento e alinhamento manual/mecanizado 41,35 km 22,65 km 54,8
Fonte: Dados Via Permanente

Principais atividades realizadas nos desvios:

Tabela 6: Atividades em Desvios


%
SERVIÇOS Previsto Realizado
Realizado
Substituição de dormentes 874 um 846 un 96,8
Substituição de trilhos 932 m 1.095 m 117,5
Substituição de tirefond 7.144 um 3.492 un 48,9
Fonte: Dados Via Permanente

19
b) Infraestrutura

Serviços caracterizados por limpeza e alargamento de cortes, drenagem com abertura e


limpeza de valetas, bueiros, entre outros. Esse item também está incluso os serviços do grupo
“Construção e Conservação da faixa”, que envolve a roçada e capinas de toda malha ferroviária,
regularização da plataforma e construção e manutenção de contenções e cercas.
A tabela a seguir apresenta o quantitativo das atividades, previsto e realizado:

Tabela 7: Serviços em infraestrutura e conservação da faixa


%
SERVIÇOS Previsto Realizado
Realizado
Limpeza/Abertura de valetas/bueiros 34.128 m 15.654 m 45,9
Capina manual 45.310 m 16.496 m 36,4
Roçada manual 315.455 m² 164.512 m² 52,2
Roçada mecanizada 122.300 m² 44.750 m² 36,6
Construção e reparação de cercas/Contenção 750 m 514 m 68,5
Fonte: Dados Via Permanente

Destacam-se os serviços de capina e roçada manual. Estão relacionados com o corte de


vegetação à beira da linha férrea, para maior visibilidade e segurança.
Também são representativos e fundamentais os serviços de drenagem, caracterizados
pela limpeza e abertura de valetas. Esses serviços evitam e, por vezes, eliminam o problema da
formação de bolsões de lama sob lastro (refervidos ou laqueados), sendo um dos principais
causadores de desnivelamento da linha férrea.
Outro serviço de fundamental importância para a conservação da faixa de domínio e
preservação da superestrutura ferroviária, mesmo não incluído na tabela, são os serviços
realizados com retroescavadeira, no apoio a manutenção da via, resumidos na limpeza da faixa
de domínio, regularização da plataforma, abertura e limpeza de valetas, visando melhorar a
drenagem.
A partir de 2017 – com a aquisição do dispositivo para roçar com retroescavadeira em
2016 – a área passou a executar a roçada mecanizada da faixa. Foram realizados 44.750,00 m²
de roçada com a retroescavadeira.
O ciclo de capina química foi realizado com 4 aplicações na linha principal e ramais.
Alguns pátios tiveram apenas 3 aplicações e, portanto, não foi atingido a metragem definida no
plano.
20
c) Aparelhos de mudança de via – AMV’s

A tabela a seguir apresenta as intervenções nos aparelhos de mudança de via realizados:

Tabela 8: Atividades em AMV’s


%
SERVIÇOS Previsto Realizado
Realizado
Substituição de dormentes AMV 484 un 479 un 99,0
Substituição de ferragens 9,8 t 7,8 t 79,5
Nivelamento e alinhamento geral 3 un 2 un 66,7
Limpeza de lastro 4 un 2 un 50,0
Regulagem da caixa de manobra 58 un 51 un 87,9
Fonte: Dados Via Permanente

A prioridade dá-se aos AMV´s das linhas principais e desvios onde há um fluxo maior
e diário de trens. Os AMV’s de maior importância, das linhas principais e desvios, foram
atendidos conforme prospecção. Também, foram atendidos AMV’s que não estavam incluídos
na previsão de manutenção, mas que, devido ao uso vieram a sofrer avarias.

d) Obras de arte especiais

Constitui-se da substituição de dormentes e limpeza da estrutura. A realização dos


trabalhos com a utilização da mão de obra está apresentada na tabela a seguir:

Tabela 9: Atividades em Obras de Arte Pontes


%
SERVIÇOS Previsto Realizado
Realizado
Substituição de dormentes especiais 97 un 65 un 67,0
Entalhação de dormentes especiais 97 un 65 un 67,0
Assentamento de contratrilhos 220 m 213 m 96,8
Limpeza de estrutura 158 un 1 un 0,6
Fonte: Dados Via Permanente

Nesse grupo, são mais importantes os serviços de substituição de dormentes em pontes


e pontilhões, bem como a sua limpeza.

21
Em 2017 foi executado uma obra de grande porte na ponte do Km 84+041 da linha
principal. A ponte estava em avançado estado de corrosão com pontos frágeis e risco de perda
de estabilidade. A obra foi executada por empresa especializada que reforçou as peças
estruturais, removeu todos os pontos de corrosão, limpou e pintou toda estrutura da ponte.
Adicionalmente foram substituídos todos os dormentes e eliminado um defeito superficial grave
de trilho.

e) Passagens em Nível (PN)

A tabela a seguir mostra os serviços em passagens em nível:

Tabela 10: Atividades em Passagem em Nível


%
SERVIÇOS Previsto Realizado
Realizado
Substituição de dormentes plástico 101 un 71 un 70,3
Substituição de dormentes madeira 121 um 105 un 86,8
Substituição de contratrilhos 795 m 322 m 40,5
Assentamento de contratrilhos 0m 144 m -
Limpeza 39 un 8 un 20,5
Fonte: Dados Via Permanente

Foram realizados trabalhos de substituição de dormentes de madeira por plástico,


assentamento de contratrilhos, manutenção da sinalização das passagens em nível, realizada por
equipe contratada (HAGAB); e os serviços de roçada, não considerados no índice. Também
foram eliminadas três passagens em nível no ano: no Km 79 e Km 34 da linha principal e no
Km 15 de MRF.
Atualmente, todas as PN’s ao longo da malha da FTC possuem sinalização adequada e
contratrilhos instalados.

f) Manutenções preditivas

No ano de 2017 a área consolidou a implantação de duas rotinas de manutenção


preditivas: inspeção de ultrassom e o rodeiro de detecção de bitola.

22
· Ultrassom
O ultrassom de trilhos consiste em um aparelho que detecta falhas internas nos trilhos
instalados na via. O plano de 2017 contemplava inspeção de 81,40 quilômetros de trilho. Foram
realizados 78,63 quilômetros, com a eliminação de 59 defeitos.

· Rodeiro de detecção de bitola


A partir da recorrência de ocorrências por abertura de bitola, a área passou a realizar
inspeções com um rodeiro dimensionado para detectar situações em que a bitola está abrindo.
Foram criados parâmetros de manutenção para identificar a necessidade e urgência de reparo
da bitola, antes da ocorrência. A inspeção ocorreu em 4 ciclos, detectados e corrigidos 48 pontos
onde a bitola já estava acima dos limites de manutenção.

g) Novos projetos

O departamento iniciou em 2017 um novo projeto de monitoramento. Trata-se de um


dispositivo de leitura remota instalado no pátio de MPF que possibilita ler e registrar a
temperatura do trilho a cada 30 minutos. O projeto tem dois objetivos principais. O primeiro é
que servirá como base de dados para analisar as variações de temperatura na região e, com essas
informações, definir as melhores condições para substituição de trilhos, principalmente em
relação às folgas de juntas. O segundo objetivo é servir como alerta para riscos de flambagem
ou fraturas de trilho: em temperaturas extremas podemos alertar a equipe do transporte para
redobrar a atenção e a equipe da VP realizar rondas de auto de linha.

4.2 Máquinas e Equipamentos de Via Permanente

A atividade principal da oficina de via permanente refere-se à manutenção dos


equipamentos utilizados pelas turmas de via permanente para auxiliar na manutenção da malha
ferroviária. Os principais equipamentos utilizados pela via permanente estão listados no Quadro
6.

23
Autos De Linha
Auto de Linha 07
Subtotal 07
Equipamento Terraplanagem
Guindaste 01
Pá Carregadeira 03
Trator de Esteira 01
Retroescavadeira 01
Subtotal 06
Equipamentos Ferroviários
Reguladora de Lastro 01
Socadora e Niveladora 01
Caminhão de Linha 01
Subtotal 03
Equipamentos Leves
Tirefonadora 08
Furadeira de Dormente 07
Policorte de Trilho 06
Furadeira de Trilho 06
Esmerilhadeira 06
Roçadeira 12
Subtotal 45
TOTAL 61
Quadro 6: Equipamentos Oficina de Via Permanente
Fonte: Dados Secretaria OVP

Para garantir a confiabilidade desses equipamentos há planos de manutenções


preventivas, e caso ocorra manutenções fora desses planos considera-se como manutenções
corretivas.
Em relação as manutenções preventivas, o plano não foi atendido devido demanda das
manutenções corretivas. Dentro das manutenções destaca-se a revisão do motor do Auto de
linha 9070.
Quanto as manutenções corretivas em 2017 houveram atendimentos acima da previsão
em todos os grupos de máquinas. Tendo em vista esse aumento de manutenções desde 2015,
iniciou-se um projeto para 2018 em conjunto com a Via Permanente, no qual visa analisar de
forma criteriosa o quanto essas manutenções corretivas implicam na programação dos trabalhos
da Via e os planos de ações necessários que devem ser tomados pela Oficina de Via Permanente
para diminuir este índice.
Este projeto engloba novos indicadores para a área. As manutenções corretivas serão
classificadas em três categorias: Críticas, Não críticas e Inspeções preventivas. As manutenções
consideradas críticas influenciam diretamente na programação da Via Permanente, como por
24
exemplo, atraso nos trabalhos, geração de ocorrências ferroviárias, hora extra das equipes, entre
outros. As manutenções consideradas não críticas são justamente o contrário, normalmente são
correções pequenas e rápidas, mas que são necessárias para o bom andamento dos trabalhos. E
por último, as manutenções corretivas oriundas de inspeções preventivas, essas ocorrem em
conjunto com os planos de manutenções preventivas. Após análises verificou-se que as duas
últimas categorias se destacam na quantidade, mas que os trabalhos da oficina devem ser
intensificados para diminuir as manutenções consideradas críticas.
Como destaque no ano de 2017, foi realizada a revisão do motor da Reguladora de
Lastro Plasser, troca do motor da Socadora de Lastro Plasser e desmontagem das bancas de
socaria para troca de rolamentos, retentores e ajustes.
Além dos equipamentos acima que são utilizados para a manutenção da malha
ferroviária de forma direta, também se executa reformas e manutenções em outros
equipamentos de apoio, como carretas para transporte de materiais e para trilho, vagonetas
sanitárias, capina química e equipamentos de pequeno porte utilizados pelas turmas de via. Nos
equipamentos da oficina, como torno, máquinas de solda, maçaricos e demais equipamentos,
também são realizadas manutenções preventivas.
Também houve o apoio para outros setores da empresa, como departamento de vagões
e locomotivas, quanto aos atendimentos de manutenções corretivas e preventivas de
empilhadeiras, totalizando 5 equipamentos.

a) Outras atividades

No decorrer do ano de 2017, além da manutenção de equipamentos houve grande apoio


ao setor de Via permanente, através da reforma de caixas de manobra, reforma e instalação de
correntes de segurança nas carretas para transporte de materiais, criação da broca
descompactadora de lastro (1º lugar no prêmio de melhorias), instalação de suportes nas carretas
de Tirefonadora para colocação de tirefons, treinamentos com as turmas de via quanto a
utilização dos equipamentos, recuperação da ferramenta de socaria da Socadora Plasser, entre
outras atividades.

25
4.3 Vagões

A atividade principal do departamento de vagões refere-se à manutenção da frota,


demonstrada na Tabela 11. As atividades executadas estão relacionadas com a recuperação e
modernização, garantindo o índice de disponibilidade de vagões para atendimento da demanda
de transporte.

Tabela 11: Frota de vagões


Situação Local Tipo DNIT Locofer Total
FTC GHD 97 83 180
Em Operação
FTC PDD 34 - 34
Em Reserva FTC GHD 10 - 10
Não
FTC PNC/HAD (VP) 9/8 - 17
Remunerados
GHC/GHD/GNB/HNB/ 24/147/2/2/ 0/0/0/0/
Imobilizados FTC GTC/PNB/PDC/PNC/PND/ 1/5/2/1/3/ 0/0/0/0/0/ 191
HAD 0 4
FTL PEC - 40
FTL FHC 50 35
Fora Malha –
FTL PDD/PED - 5/1 191
Locado
FERROESTE FHC/HFC - 3/10
FERROESTE GHD 47 -
TOTAL - 442 181 623
Obs.: Dos 190 vagões Gôndola em operação (180 em operação e 10 em reserva), 167 possuem revestimento de
plástico e 23 de madeira.
Na Malha Fora da Malha
PROPRIEDADE Total
Madeira/Outros Plástico Subtotal Subtotal
Frota DNIT 261 84 345 97 442
Frota LOCOFER 4 83 87 94 181
TOTAL 265 167 432 191 623
Fonte: Dados Secretaria de Vagões

Para garantir a confiabilidade dos vagões há um plano de manutenção preventiva. Caso


ocorra a necessidade de realizar manutenções fora deste plano, são consideradas como
manutenções corretivas. A Tabela 12 quantifica essas manutenções.

26
Tabela 12: Manutenção Preventiva 2017 – Vagões GHD
Tipo de intervenção Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Total
Quinquenal 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2
Anual 6 4 25 13 19 20 24 13 12 13 22 15 186
Reparo Geral 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 1 3
Corretivas 37 26 21 17 19 16 22 30 37 18 24 22 289
Total 44 31 46 30 38 36 46 43 49 33 46 38 480
Fonte: Dados Primários – Secretaria de Vagões.

As manutenções preventivas anuais dos vagões GHD foram atendidas de acordo com o
previsto. Quanto as manutenções quinquenais (a cada 5 anos) foram programadas dezoito
unidades para 2018. As seis unidades previstas para a manutenção de reparo geral (RG) também
foram reprogramadas.
Além das manutenções preventivas, houve a necessidade de realizar manutenções
corretivas, totalizando 480 atendimentos em vagões GHD.
Além dos vagões modelo GHD, sendo específicos para o transporte de carvão, foram
executadas manutenções em vagões plataformas, responsáveis pelo transporte de contêineres,
vagões modelos hopper e plataformas utilizadas pelo setor de via permanente, da qual auxiliam
no transporte de trilhos, dormentes e lastro.
Nos equipamentos da oficina, como torno, máquinas de solda, maçaricos, entre outros,
também são realizados manutenções preventivas.
O compromisso de transformar vagões GHD em plataformas não teve continuidade em
2017, faltando dezoito vagões para conclusão deste trabalho.
Para atender as atividades citadas, o Departamento de Vagões continuou com as
atividades internas de recuperação de componentes, tais como: revisão em rolamentos do tipo
auto-compensadores, recuperação de travessas central e lateral do truque, recuperação de
engates, revisão em componentes de freio (válvula de freio do tipo ABS e ABSD, coletor de
pó, torneiras angulares, ajustador de folga, entre outros acessórios).

27
4.4 Locomotivas

a) Manutenção Preventiva

A FTC dispõe de uma frota de 17 locomotivas: 12 locomotivas GM-G12, 01 locomotiva


GM-G22U, 03 locomotivas GM-GL8 e 01 locomotiva GM-B12 que pertence à Sociedade dos
Amigos Locomotiva a Vapor (SALV), locada para a FTC.
A área de locomotivas segue um plano de manutenção, que é base das manutenções
preventivas que foram realizadas durante o ano. Esse plano é elaborado conforme a tipicidade
de operação adotada e o tempo de operação das locomotivas, bem como as especificações
disponibilizadas pelo fabricante.
O plano é composto de diversas classes de manutenções preventivas, contendo um
agrupamento de serviços e atividades aos quais as locomotivas devem ser submetidas para
prevenção de ocorrência de falhas, garantindo o bom desempenho e operacionalidade.
A tabela a seguir descreve a realização das manutenções por locomotiva.

Tabela 13: Quantidade de manutenções preventivas realizadas em 2017


Número
MPS MP2 MP3 MP6 MP12 MP24 MP48 Aluguel Preventivas
Locomotiva
4008 - - - - - - - - -
4160 42 1 - - - 1 - - 44
4193 44 1 - - 1 - - - 46
4207 47 1 - - 1 - - - 49
4210 - - - - - - - - -
4216 41 - - 1 - - - - 42
4267 - - - - - - - - -
4269 42 2 - - - 1 - - 45
4287 - - - - - - - - -
4409 45 1 - - - 1 - - 47
6001 31 2 - - - - - - 33
8689 10 - - - 1 - - - 11
8690 37 2 - - 1 - - - 40
8744 8 - - - 1 - - - 9
8745 - - - - - - - - -
9133 23 - - - 1 1 - - 25
9615 31 - - 1 - - - - 32
TOTAL 401 10 - 2 6 4 - - 423
Fonte: Dados Secretaria de Locomotivas

28
b) Manutenção Corretiva (Falha)

As manutenções corretivas são divididas em dois grupos: fora da oficina ou oficina.


As manutenções fora da oficina são realizadas na grande maioria na Estação Tubarão,
onde há um mecânico e um eletricista a disposição para atender as locomotivas avariadas.
Também podem ser realizadas manutenções na oficina de locomotivas, em outras estações ou
ao longo da linha férrea, e em alguns casos durante a realização de manutenções preventivas, o
que diminui o risco de danos de maior grandeza.
Na tabela a seguir podem ser verificadas as manutenções corretivas realizadas nas
locomotivas.

Tabela 14: Manutenções corretivas nas locomotivas


Número Locomotiva Corretiva
4008 -
4160 33
4193 25
4207 26
4210 -
4216 27
4267 -
4269 32
4287 -
4409 30
6001 32
8689 13
8690 20
8744 04
8745 -
9133 17
9615 32
TOTAL 291
Fonte: Dados Secretaria de Locomotivas

c) Disponibilidade de Locomotivas

A meta da disponibilidade de locomotivas é definida de modo variável, sendo calculada


conforme a quantidade de locomotivas operando na malha ferroviária. A disponibilidade média
para o ano de 2017 foi de 78,80%, sendo a meta não alcançada para o ano.

29
d) Reparo Geral

Durante o ano de 2017 não houve liberação de locomotiva.

e) Reparos Médios

Não houve liberação de Reparos Médios durante o ano de 2017.

30
5 OPERAÇÃO FERROVIÁRIA

5.1 Transporte e Tração

O departamento de transportes possui uma estrutura responsável pelo transporte das


mercadorias contratadas pela divisão comercial, composta pelos colaboradores operacionais
pertencentes às equipes das estações, do centro de controle operacional (CCO) e da tração,
constituindo-se de 53,78% do quadro de colaboradores próprios, distribuídos ao longo da malha
ferroviária.
A estrutura física-operacional do departamento de transportes está distribuída ao longo
dos 164 km da linha férrea. As estações em atividade e sua localização são assim identificadas:
MCP/Capivari de Baixo; MPF/Paz Ferreira/Criciúma e o CCO/Centro de Controle
Operacional/Tubarão.
O CCO realiza o planejamento e o controle da produção, comandando o tráfego
ferroviário. Neste local, está localizada a coordenação das atividades operacionais e a
supervisão de operação e do relacionamento direto com o cliente.
Em 2017, atendeu-se a demanda ferroviária de transporte de carvão, solicitada pelos
clientes. O transporte de contêineres, através do TIS – Terminal Intermodal Sul, ocorreu
conforme estatística de transporte e produção apresentada em capítulo próprio.
Além do transporte, executaram-se outras demandas operacionais, como a operação
adicional que permite a liberação dos lotes de carvão para descarga visando o alcance das cotas
global e individuais no período mensal.
Foram ainda executadas atividades de transporte não remunerado, correspondente a
materiais de uso interno, para atendimento das necessidades de manutenção da via permanente,
como dormentes, trilhos, pedra de lastro e material retirado das frentes de trabalho.
A FTC trabalha basicamente com três trens-tipo, para melhor aproveitamento das
locomotivas e das equipagens, que estão especificados na tabela a seguir.
Tabela 15: Trem-tipo
Número de Número de
Trem-tipo Tonelagem Útil Tonelagem Bruta
Locomotivas Vagões
Tração Simples 1 19 1.140 1.539
Tração Dupla 2 38 2.280 3.078
Tração Tripla 3 57 3.420 4.617
Fonte: Dados CCO

31
A condução dos trens é realizada por um maquinista e acompanhada por um
manobrador, que dá assistência nas operações de manobra e nos procedimentos de segurança
operacional. Em geral, são alocados por estação de trabalho:
a) Estação de Capivari de Baixo: Responsável pelas manobras de descarga dos trens no
Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, pela distribuição de vagões vazios, por efetuarem
carregamentos nas caixas de embarque, efetuar manobras em geral na estação e pátios,
responsável por efetuar os carregamentos e descarga de contêineres no Porto de Imbituba,
formação dos trens para viagem a Tubarão;
b) Estação Paz Ferreira (Criciúma): Responsável por manobras no pátio, distribuição dos
vagões para as carboníferas e carregamentos de contêineres no TIS – Terminal Intermodal Sul,
formação dos trens para viagem a Tubarão.
As estatísticas de produção, resultado direto da atividade operacional, estão em capítulo
próprio.

5.2 Tráfego Mútuo e Direito de Passagem

A Ferrovia Tereza Cristina é uma ferrovia de malha isolada, não ocorrendo Tráfego
Mútuo e Direito de Passagem.

5.3 Atividades de Segurança

5.3.1 Segurança Operacional

A Ferrovia Tereza Cristina trabalha a segurança de forma ampla, envolvendo


colaboradores e comunidade, aliando tecnologia e ações de conscientização.
As principais atividades relacionadas à segurança operacional estão destacadas a seguir:
a) Realização de 50 inspeções no material rodante (locomotivas, vagões, auto de linha e
máquinas especiais), detectando e eliminando as condições inseguras e os comportamentos
inseguros nas estações, equipagens, pátios, via permanente e segurança nos trabalhos de
manutenção da superestrutura da via;

32
b) O total de inspeções realizadas corresponde a 102% da meta para o ano de 2017, sendo de
47 inspeções;
c) Instauração de 31 sindicâncias operacionais, com apuração das causas e recomendações
necessárias a prevenção, através da comissão de sindicância operacional;
d) Realização de palestras do programa de conscientização e prevenção, “Paz na Linha –
Todos Atentos com a Vida”, em escolas da rede municipal e estadual de ensino, atingindo 2.466
alunos. O programa é uma comunicação direta com a comunidade para reduzir acidentes
ferroviários. O programa tem também o objetivo de conscientizar os condutores rodoviários e
em 2017 realizaram-se 06 panfletagens nos municípios ao longo da linha férrea, atingindo 8.611
motoristas. Obteve-se o importante apoio dos Jornais, emissoras de TV e Rádios e outdoors
posicionados estrategicamente nas cidades de abrangência da linha férrea;
e) Acompanhamento diário das atividades do tráfego ferroviário, inspecionando a segurança
nos trabalhos das turmas de manutenção da via; das condições das plataformas das estações;
pátios, autos de linha e nos trens; nas operações e as transposições nos AMV´s; na carga e
descarga de vagões; e no monitoramento dos procedimentos na condução de veículos
rodoviários e ferroviários operacionais;
f) Participação na revisão, atualização e organização do QOF – Qualificação Operacional
Ferroviária e atuação como facilitador do treinamento ministrado aos colaboradores
operacionais, bem como aos colaboradores terceirizados, com atividades relacionadas à
operação.
O conjunto das atividades citadas fez com que a operação ferroviária obtivesse um
índice de mais de 60 dias sem acidentes de trabalho com afastamento.
Em relação aos acidentes ferroviários, a tabela a seguir apresenta a estatística quanto a
essa meta de desempenho.

33
Tabela 16: Acidentes ocorridos em 2017 segundo as causas
CAUSAS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOT

Atos de Vandalismo - - - - - - - - - - - - -
Casos Fortuitos - - - - - - - - - - - - -
Falha Humana - - - - - - - - - - - - -
Força Maior - - - - - - - - - - - - -
Infraestrutura - - - - - - - - - - - - -
Interferência de Terceiros - - - 03 - 01 - 02 01 01 - 01 09
Material Rodante - - - - - - - - - - - - -
Outras Causas - - - - - - - - - - - - -
Sinalização, Telecom. e Eletrotécnica - - - - - - - - - - - - -
Via Permanente - - - - - - - - - - - - -
TOTAL DE ACIDENTES - - - 03 - 01 - 02 01 01 - 01 09
Fonte: Dados Segurança Operacional

Tabela 17: Acidentes ocorridos em 2017 – por consequências


CAUSAS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ TOT

Descarrilamento - - - - - - - - - - - - -
Colisão /Abalroamento - - - 03 - 01 - 01 01 01 - 01 08
Explosão - - - - - - - - - - - - -
Incêndio - - - - - - - - - - - - -
Atropelamento - - - - - - - 01 - - - - 01
Outros Tipos - - - - - - - - - - - - -
TOTAL DE ACIDENTES - - - 03 - 01 - 02 01 01 - 01 09
Fonte: Dados Segurança Operacional

Tabela 18: Comparativo de acidentes nos últimos cinco anos – segundo as causas
CAUSAS DOS ACIDENTES 2013 2014 2015 2016 2017
FH – Falha Humana - - - 03 09
VP – Falha Via Permanente 02 01 - 01 -
MR – Falha Material Rodante. - - 01 - -
ST – Falha Sinal/Telecom/Eletrotécnica - - - - -
OC – Outras Causas 01 02 01 02 -
TOTAL ANUAL 03 03 02 06 09
Fonte: Dados Segurança Operacional

Tabela 19: Cálculo do Indicador de Acidentes para verificação do alcance da meta


ACIDENTES 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

TREM KM 300.067 260.751 206.998 217.653 256.897 281.078 346.256 348.336 320.505 298.843
NÚMERO DE ACIDENTES 3 3 2 3 1 3 3 2 6 9
INDICADOR LIMITE – ANTT 20 20 20 20 20 20 20 20 20 20

INDICADOR FTC 10,00 11,51 9,66 13,78 3,89 10,67 8,66 5,74 18,72 30,12
Fonte: Dados Segurança Operacional

34
5.3.2 Sinalização Ativa de Passagens em Nível

No ano de 2017 foram realizadas duas reformas em sinalizações ativas existentes na


malha ferroviária, na Rua Antônio Serafim (Km 005+788) na cidade de Criciúma e na Avenida
Nereu Ramos (Km 045+647) na cidade de Capivari de Baixo. Estas reformas visaram a
padronização dos sistemas, novas tecnologias, melhor eficiência, menor custo de manutenção,
maior confiabilidade e segurança para o tráfego local.
Os trabalhos de manutenção e melhorias nas sinalizações ativas se estenderam por toda
a malha da FTC, executadas por duas empresas especializadas em sinalização semafórica, sob
a orientação e supervisão da FTC.
Foram realizadas 446 inspeções preventivas e 09 manutenções de ocorrências
ferroviárias nas sinalizações no decorrer do ano, na totalidade das 36 sinalizações ativas.

5.3.3 Segurança Patrimonial

Algumas ações da Segurança Patrimonial no ano de 2017:


a) Colocação de tubos para demarcação da faixa de domínio ao longo da linha férrea, sendo
29 na Linha Principal e 02 no Ramal Rio Fiorita;
b) Apoio ao setor de transporte para troca de equipagens;
c) Apoio na limpeza da faixa de domínio;
d) Investigações de atos de vandalismos de terceiros, por jogarem pedras nas composições
ferroviárias;
e) Rondas preventivas evitando invasões ao longo da faixa de domínio;
f) Registro de Boletim de Ocorrências em Delegacias e Polícia Militar, referente às
Ocorrências Ferroviárias;
g) Apoio ao setor Jurídico em contratos de comodato e Prefeituras;
h) Inspeções operacionais na linha férrea e de PN’s, com a Segurança Operacional;
i) Investigação de furtos e atos de vandalismo na ferrovia;
j) Condução de colaboradores e acompanhamento dos depoimentos nas Delegacias, em
questões relacionadas aos acidentes rodo ferroviários;
k) Representação da FTC em eventos públicos na região da AMUREL e AMREC;

35
l) Acompanhar trabalhos referentes à solicitação de terceiros junto à faixa de domínio da
Ferrovia.

36
6 ATIVIDADES DE SUPORTE

6.1 Tecnologia da Informação

As principais atividades desenvolvidas estão relacionadas à manutenção dos sistemas


(software) existentes, dos equipamentos disponíveis (hardware) e o acompanhamento das novas
tecnologias disponíveis no mercado.
Além dos computadores desktops, trabalha-se com sete servidores e uma Storage com
as seguintes funções: dois servidores de gerenciamento de Storage; dois servidores de backup
de dados; um firewall; um servidor de impressões e gerenciamento de antivírus; dois servidores
de rede (validação de senha de segurança); e servidor de e-mail.
Entre os trabalhos realizados em 2017, destaca-se o desenvolvimento de rotina do CT-
e 3.0, que tornou possível o atendimento às exigências da Secretaria da Fazenda, automatizando
os processos referentes ao transporte de contêineres e integrações nos sistemas para agilizar a
operação ferroviária.
Foi desenvolvido também um Sistema para a Via Permanente, proporcionando a
melhoria nos controles informatizados para gestão do departamento.
O Departamento de TI atuou também na atualização dos sistemas Protheus e Banco de
Dados Oracle.

6.2 Telecomunicações

As atividades principais estão relacionadas à manutenção dos equipamentos de


Telecomunicações (antenas de sistema de voz e dados) e o acompanhamento das novas
tecnologias disponíveis no mercado.

a) Devido ao prazo de extinção das licenças analógicas, o estudo de viabilidade do projeto de


rádio digital fez-se necessário para atender a demanda de novas funcionalidades e tecnologia
apresentadas pelos fabricantes. No decorrer do ano de 2017 houve um estudo, com
levantamento de custos de viabilidade de implantação, na modalidade de aquisição ou locação;

37
b) Foi feito a ligação por fibra óptica entre a Estação de Capivari, Oficina da Transferro,
Laboratório e Balança Ferroviária, aumentado a disponibilidade dos sistemas para descarga de
carvão e outras atividades essenciais no local.

6.3 Controle Patrimonial

a) Controle de Bens Patrimoniais: Bens arrendados e Bens próprios

Ações realizadas e relacionadas à área de controle patrimonial:


a) Cadastramento e controle dos bens do ativo imobilizado e dos bens arrendados, com
atualização periódica dos bens através dos sistemas SISPAT e Protheus – Módulo Ativo Fixo,
e, colocação de etiquetas adesivas para identificação dos bens;
b) Controle do veículo rodoviário com relação à manutenção, consumo de combustível,
licenciamento anual, multas, entre outros. Atualmente, a FTC conta com apenas um veículo;
c) Atendimento junto às prefeituras, quanto às negativas de débitos, alvarás de funcionamento
e IPTU dos terrenos;
d) Acompanhamento e controle do consumo mensal das utilidades: água, energia, telefonia
fixa e móvel;
e) Apoio à Segurança Patrimonial no registro e arquivamento das ações realizadas e boletins
de ocorrências;
f) Renovação de seguro de veículos, equipamentos e instalações, responsabilidade civil geral
de terceiros, firmados com as Corretoras de Seguros;
g) Informação à Corretora de Seguros, para conhecimento, das ocorrências ferroviárias
registradas no ano;
h) Controle e monitoramento dos contratos de prestação de serviços de vigilância e limpeza;
i) Análise de solicitações de terceiros que buscam a anuência desta Concessionária para
regularizar seu imóvel perante Cartórios de Registro de Imóveis ou Prefeituras, buscando
preservar a Faixa de Domínio;
j) Atuação no Comitê de Patrimônio junto à Associação Nacional dos Transportadores
Ferroviários – ANTF;
k) Atuação direta junto à Assistência Jurídica com o objetivo de resguardar os bens arrendados
a esta Concessionária.
38
6.4 Contratos

No ano de 2017, foram elaborados 90 (noventa) instrumentos contratuais, entre novos


contratos e termos aditivos.
Os serviços são monitorados e avaliados segundo o procedimento corporativo de
avaliação de serviços terceirizados do Sistema de Gestão Corporativo para assegurar que
atendam aos requisitos especificados na busca pela melhoria contínua da qualidade dos
mesmos. A avaliação engloba os quesitos:
a) Qualificação Técnica;
b) Segurança, Medicina e Higiene do Trabalho e Segurança Patrimonial;
c) Meio Ambiente e Programa 5S;
d) Administrativas e legais.

39
7 ADMINISTRAÇÃO FERROVIÁRIA

7.1 Sistema da Qualidade

a) Sistema de Gestão Corporativo

O objetivo foi manter e aprimorar o Sistema de Gestão Integrado – Qualidade, Meio


Ambiente, Saúde e Segurança no Trabalho. Para mantê-lo, no ano de 2017 foram realizadas
diversas ações ligadas às normas NBR ISO 9001, ISO 14001 e OHSAS 18001, descritas a
seguir:
a) Manutenção e controle da documentação do SGC com a revisão dos seguintes documentos:
Objetivos, Metas e Programas do SGC; 23 Instruções de Trabalho; 07 Procedimentos
Operacionais; 05 Procedimentos Corporativos;
b) Realização mensal das reuniões de análise de dados (indicadores) da operação, manutenção
e administração;
c) Realização de treinamentos e conscientizações em diversas áreas da empresa, com destaque
para as integrações que são realizadas com todos os colaboradores efetivos, jovens aprendizes,
estagiários e terceirizados. Em 2017 foram 115 participantes. Na integração da área de
qualidade são tratados, além do Programa 5S, os seguintes procedimentos: PC_000 – Política
Corporativa; PO_FTC_009 – Programa de Gerenciamento de Resíduos; PC_011 –
Levantamento de Aspectos e Impactos Ambientais e de Perigos e Riscos a Saúde e Segurança
no Trabalho; PC_013 – Comunicação; OD_FTC_CM_001 – Política de Conservação da
Imagem da Empresa e Colaboradores;
d) Realização de 2 (dois) simulados de atendimento a situações de emergência, contemplando
colaboradores efetivos e terceiros de acordo com o PAE – Plano de Atendimento a Emergência
(PO_FTC_011);
e) Inclusão, acompanhamento e controle de planos de ações oriundos das auditorias interna e
externa, e de cada área, de acordo com a necessidade, visando a melhoria contínua dos diversos
processos;
f) Realização do Prêmio de Inovações e Melhorias Implementadas – a inscrição dos
participantes foi feita mediante a ficha de inscrição, com relato do problema, da justificativa e
registro da solução implementada, data da implantação, frequência que se realiza a atividade,

40
número do plano de ação registrado no módulo de Não Conformidades do sistema próprio. Os
critérios de avaliação de cada trabalho inscrito foram: redução de custo, custo/benefício,
produtividade e melhorias relacionadas à segurança e meio ambiente. Foram inscritos e
premiados 05 trabalhos.
A seguir, listagem dos trabalhos premiados:
Colocação/
Setor Título Trabalho
Prêmio
1º lugar Oficina de Via
Broca Descompactadora de Lastro
R$ 3.000,00 Permanente
2º lugar Administração
Bancada para Tambores
R$ 2.000,00 (Almoxarifado)
3º lugar Remodelação no Processo para Carga e Descarga de Trilhos
Via Permanente
R$ 1.500,00 no Trecho
4º lugar Aprimoramento do Mecanismo de Trava dos AMV’s / Trava
Transporte
R$ 900,00 Trinco
5º lugar Segurança
Sinalização Ativa com Energia Solar Fotovoltaica
R$ 600,00 Operacional

1º Colocado – Broca Descompactadora de Lastro


O lastro quando compactado dificulta os trabalhos de limpeza, remoção de dormentes
danificados e nivelamento mecanizado/manual. Para realizar o afrouxamento do lastro exige
um grande esforço físico dos colaboradores e demanda várias horas de trabalho utilizando a
Picareta.
Com a Broca Descompactadora em operação, acabaram consideravelmente as
reclamações dos colaboradores quanto aos esforços físicos e ergonômicos, houve um aumento
na produtividade e a diminuição em 50% no custo da mão de obra, devido a maior agilidade no
processo de descompactação do lastro.

2º Colocado – Bancada para Tambores


Após o fracionamento de 200 litros do tambor de óleo, ficava uma quantidade de óleo
que se perdia, sendo enviado para área de reciclagem. Quando não tinha essa bancada, eram
desperdiçados de 4 a 5 litros de óleo, cerca de 2,5% de óleo do latão.
Foi utilizado uma válvula no valor de R$ 50,00 e uma barra de ferro de 6 metros no
valor de R$ 75,00, outros pedaços de chapa (sucata) e pintura com tinta preta.
O equipamento permite em 2,5 tambores esvaziados (12,5 litros de óleo x R$ 9,95 = R$
124,38) retirar o valor investido de R$ 125,00. A cada 40 tambores, perdia-se 1 tambor, ou seja,
R$ 1.990,00. Como são consumidos em média 120 tambores, ganha-se ao final 3 tambores, R$
5.970,00.

41
3º colocado – Remodelação no Processo para Carga e Descarga de Trilhos no Trecho
A mecanização e aprimoramento dos processos de manutenção da via é o caminho mais
assertivo na busca de resultados sustentáveis, tanto para eficiência como para segurança. A
remodelação no processo para carga e descarga de trilhos no trecho representa uma evolução
nos conceitos de manutenção de via com retorno certo para o resultado da área.
O serviço de descarga de trilhos no trecho necessitava que as equipes de manutenção
subissem nas plataformas e com auxílio de alavancas descarregassem as barras de trilho que,
devido ao peso, normalmente rolavam caindo afastadas do local de substituição, tendo que ser
reposicionada posteriormente de forma manual. Já para a carga do trilho usado, os
colaboradores, também utilizando alavancas, impulsionavam as barras para cima das
carretinhas de transporte de trilhos. Esse serviço, por ser manual impactava na produtividade
das equipes, além disso, era totalmente desfavorável para a saúde e segurança dos
colaboradores, devido ao esforço e postura necessários para a atividade, com o risco da barra
de trilho “chicotear”.
Neste projeto foi confeccionado um acessório com duas pontas de encaixe presas por
uma corrente, onde uma das pontas será acoplada no trilho em cima da plataforma e a outra no
trilho assentado no trecho, por meio de tração da locomotiva puxará as barras de trilho de cima
da plataforma para que elas caiam já posicionadas próximo ao local da substituição. Já para a
carga dos trilhos usados, uma das pontas será acoplada no trilho solto no chão e a outra no para-
choque da locomotiva onde será arrastado até um ponto onde a pá carregadeira possa acessar
as mesmas para então fazer a carga nas plataformas.
A redução de custos teve reflexo na quantidade de homem hora necessário para este
serviço, disponibilizando mão de obra para outras atividades. Com o novo dispositivo, o serviço
é realizado em aproximadamente 96% menos tempo. Houve também redução significativa do
risco de doenças ocupacionais, além de outros riscos como “chicoteamento” das barras, torções
e esmagamento de membros.

4º Colocado – Trava de Trinco


O foco deste projeto foi a melhoria na maneira de travamento do AMV sem alterar as
características do mesmo, trazendo mais segurança a via e reduzindo a quantidade de esforço
por agachamento na execução dessa tarefa, aumentando a eficiência do processo e diminuindo
o risco de doenças ocupacionais e picadas de animais ou insetos que possam trazer risco ao
colaborador.

42
Foi realizada a confecção de um dispositivo para acoplar no trinco (Macaquinho) que
por meio de uma chave específica vai realizar o travamento total do braço do AMV, não mais
permitindo a movimentação da caixa de manobras onde possa deixar abrir parcial ou total as
agulhas.
Houve a diminuição do risco de doenças ocupacionais por esforço e picadas de animais
peçonhentos que se encontram embaixo do patim do trilho, além de outros riscos como projeção
a frente das máquinas rodo ferroviárias, torções e atropelamento por falha de equipamentos ou
operacionais.

5º Colocado – Sinalização Ativa com Energia Solar Fotovoltaica


O foco deste projeto foi desenvolver um sistema para Sinalização Ativa das Passagens
em Nível que pudesse aliar viabilidade econômica e desenvolvimento sustentável, tendo como
carro chefe a energia solar fotovoltaica.
O funcionamento dá-se da seguinte forma: A placa solar fotovoltaica capta os raios
solares, gera energia elétrica e envia ao controlador de carga que armazena em uma bateria.
A energia gerada passa por um regulador de tensão de entrada e é transformada na tensão de
trabalho do micro controlador sendo então acionados os Leds, laços e campainhas no período
planejado.
Com a implantação deste projeto, haverá uma redução de custo no processo.

g) Realização de auditoria interna por auditores internos da FTC no período de 15 a


31/05/2017;
h) Acompanhamento da auditoria externa no período de 17 a 21/07/2017 na FTC com o
registro e tratamento de 03 pontos fortes, 02 potencial de melhoria e 08 comentários;
i) Após auditoria externa, manutenção dos certificados da FTC nas normas NBR ISO 9001,
ISO 14001 e OHSAS 18001.

b) Programa 5S

Todas as atividades do programa 5S’s realizadas no decorrer do ano de 2017 tiveram


por intuito melhorar o ambiente de trabalho e as relações interpessoais.

43
Foram realizados, no decorrer do ano, trabalhos de conscientização, esclarecimento,
motivação e melhorias, abrangendo todas as áreas, incluindo as empresas parceiras, que
compreendem empreiteiras de mão-de-obra e limpeza terceirizada.

Tabela 20: Melhor nota 5S – 2017


BIMESTRE SETOR NOTA
Jan/Fev Transporte 9,50
Mar/Abr Locomotivas 9,75
Mai/Jun Via Permanente 9,62
Jul/Ago Administração 9,68
Set/Out Transporte 9,60
Nov/Dez Locomotivas 9,55
Fonte: Dados Qualidade

7.2 Meio Ambiente

a) Mutirões de Limpeza

Como forma de esclarecer sobre os perigos e riscos do lixo depositado ao lado da linha,
foram realizados alguns trabalhos de educação ambiental na empresa e em comunidades
próximas a linha férrea, e mutirões em comunidades lindeiras. Foram recolhidas 363 toneladas
de entulhos, sendo 264 em Tubarão (Bairro Comasa, do km 048+000 ao 049+000) e 99
toneladas em Criciúma (km 000+000 ao 001+500). O objetivo foi informar colaboradores,
terceiros e comunidade dos riscos causados pelo descarte inadequado do lixo.

b) Monitoramento de Efluentes

Após a realização do levantamento dos pontos de efluentes de todas as áreas da FTC,


conhecimento da estrutura sanitária e dos pontos de análise da água e adequações para
atendimento da legislação ambiental pertinente, foram realizados inspeções e o monitoramento
através das coletas e análises dos efluentes e manutenção nos equipamentos nos diversos setores
(ETE – Estação de Tratamento de Efluentes, filtro de água, caixas de gordura e fossas sépticas)
da empresa.
44
Em 2017, foram realizadas 788 inspeções, sendo 288 nas seis caixas separadoras de
água e óleo, 24 nas seis caixas de gordura, 48 na Estação de Tratamento de Efluente, 336 nos
seis filtros de água potável e 140 nas fossas. Também foram contabilizadas 52 manutenções
nesses sistemas e 80 análises de água, reforçando o comprometimento da Ferrovia com o meio
ambiente.

c) Gerenciamento de Resíduos

Após a tarefa de conscientização, a segunda parte do programa de gerenciamento de


resíduos resultou em destinar corretamente os resíduos selecionados.

Tabela 21: Destino dos resíduos selecionados


Tipo de Resíduo Quantidade Destino Final
Classe I 25 Toneladas Aterro Industrial
Madeira 121 m³ Reutilização
Óleo Lubrificante 5.400 mil Litros Reciclagem
Papel e Plástico 5 Toneladas Reciclagem
Sucata Metálica 11,5 Toneladas Reciclagem
Fonte: Dados Setor de Meio Ambiente

d) Outras Ações

a) Medições de ruídos a fim de seguir as normas, prevenindo e controlando os impactos


socioambientais;
b) Monitoramento do atendimento a legislação federal, estadual e municipal, pertinente a
Saúde e Segurança do Trabalho;
c) Processos de licenciamento ambiental para o transporte ferroviário, posto de abastecimento,
corte de vegetação e terraplenagem ao longo da linha férrea;
d) Renovação das licenças ambientais junto a FATMA, que permitem a continuidade das
atividades operacionais da FTC;
e) Controle das licenças e certificados ambientais dos fornecedores e prestadores de serviço;
f) Controle da entrada e saída de resíduos na central de resíduos e destinação, controle das
licenças das empresas onde são destinados e controle dos certificados de destinação;
45
g) Armazenagem temporária de resíduos (central de resíduos) e destinação dos resíduos
sólidos perigosos, através de contrato firmado com a empresa catarinense de engenharia
ambiental, administradora do aterro industrial de Joinville – SC;
h) Controle e monitoramento de efluentes de filtros, estação de tratamento de efluentes – ETE
e caixas separadoras de água e óleo – CSAO;
i) Treinamentos, diálogos setoriais e murais, com temas como: coleta seletiva; produtos 3R’s;
produtos químicos; tratamento de efluentes; ficha de emergência; consumo consciente de água,
energia e recursos naturais; responsabilidade ambiental; dia internacional da água e dia
internacional da árvore;
j) Conscientização ambiental nas turmas de via permanente;
k) Suporte técnico para capinas químicas realizado ao longo da malha ferroviária;
l) Suporte ao setor de compras referente a produtos químicos, utilizados pelos diversos
processos da ferrovia;
m) Acompanhamento e participação em Audiências Públicas relacionadas ao meio ambiente,
que envolvem a FTC e os clientes;
n) Realização de simulados de emergências;
o) Controle e monitoramento das caixas de gordura e fossas.

7.3 Saúde e Segurança no Trabalho

A área de Segurança do Trabalho da FTC tem como missão garantir a integridade física
e a saúde dos colaboradores, e para atingir a Meta do Acidente Zero, a empresa implantou um
sistema de gestão integrado, que engloba os temas saúde e segurança, meio ambiente e
qualidade. A disseminação de conceitos e práticas de prevenção de acidentes é permanente.
De acordo com a pesquisa de clima organizacional – Geral, obteve-se um índice de
satisfação de 90% (Administração, Manutenção de Locomotivas, Transporte), no que tange a
Saúde e Segurança do Trabalho. Na pesquisa, os setores apontaram como ponto forte os
investimentos na Segurança do Trabalhador.
Em 2017, a FTC juntamente com as empresas parceiras, atingiram a marca de 191 dias
sem acidentes de trabalho com afastamento.

46
Apesar de todas as ações preventivas realizadas, no mês de junho, um manobrador teve
uma torção no tornozelo esquerdo e no mês de setembro, outro manobrador teve uma batida no
tórax/abdome.
Destaca-se a seguir as estatísticas, indicadores e principais atividades desenvolvidas em
2017:

a) Estatísticas de Acidentes do Trabalho com afastamento, por setor, em 31/12/2017;


DIAS SEM ACIDENTES COM AFASTAMENTO
SETOR DIAS
Administração 1.212
Oficina de Locomotivas 5.631
Transportes 181
Quadro 7: Acidentes do Trabalho com afastamento
Fonte: Dados Segurança do Trabalho

b) Reavaliação do Mapeamento de Riscos Ambientais;


c) Atualização do PPRA – Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais e do LTCAT –
Laudo Técnico das Condições Ambientais do Trabalho 2017/2018;
d) Acompanhamento e realização das reinvindicações da CIPA – Comissão Interna de
Prevenção de Acidentes / Gestão 2016/2017 e Gestão 2017/2018;
e) Realização da SIPAT – Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho, com o
Tema “Vida: Conduza com Segurança”, a FTC reuniu mais de 527 colaboradores, parceiros
e visitantes durante os cinco dias de evento;
f) Participação na realização de 52 Diálogos Setoriais envolvendo 1.071 colaboradores,
abordando temas relacionados com a prevenção de acidentes, qualidade, Meio Ambiente e
doenças relacionadas ao trabalho;
g) Capacitação dos 33 colaboradores voluntários da Brigada de Emergência, sendo 19 FTC,
05 Transferro, 07 Railfer, 01 Locofer e 01 Prolincon. Realização de 08 simulados para
atendimento de emergências;
h) Nos programas de gestão corporativa SST:
· Conservação Auditiva: foram realizadas 29 ações de conscientização e
monitoramento;
· Proteção Respiratória: 26 ações de conscientização e monitoramento;
· Lesão nas Mãos: 18 ações de conscientização e monitoramento;
· Ergonomia: 20 ações de conscientização e monitoramento.
47
i) Realização de 196 inspeções anuais nas áreas: Locomotivas, Vagões, Oficina de Via
Permanente e Turmas de Conservação de Via, avaliando e orientando os colaboradores sobre a
utilização dos EPI’s, práticas preventivas e as condições de segurança nos ambientes de
trabalho;
j) Investimentos em equipamentos de proteção individual, com distribuição e treinamento
para o correto uso;
k) Levantamento dos riscos nos locais de trabalho, identificando-os através de colocação de
placas e pinturas de faixas;
l) Inspeção mensal de extintores de incêndio nos ambientes da empresa, efetuando a recarga
de 109 extintores portáteis e 18 testes hidrostáticos;
m) Realização de 12 campanhas educativas de prevenção de acidentes e doenças relacionadas
ao trabalho, com a participação de 540 colaboradores que executam atividades na manutenção
da linha férrea e manutenção de Locomotivas e Vagões;
n) Participação na instrução de treinamentos relacionados às normas regulamentadoras – NR’s
do MTE, tais como: proteção auditiva, proteção respiratória, proteção das mãos, ergonomia,
trabalhos em altura, direção defensiva e nos treinamentos do DS – Diálogo Setorial, Brigada de
Emergência, PAE – Plano de Atendimento à Emergência, MAIAPRSST – Matriz de Aspectos
e Impactos Ambientais Perigos e Riscos à Saúde e Segurança do Trabalho e QOF –
Qualificação Operacional Ferroviário;
o) Monitoramento do atendimento a legislação federal, estadual e municipal, pertinente a
Saúde e Segurança do Trabalho.

7.4 Gestão de Pessoas

Alinhada aos objetivos estratégicos da empresa, a área de Gestão de Pessoas oferece


subsídios técnicos operacionais aos demais setores, com foco na atração, adequação,
desenvolvimento e manutenção de profissionais comprometidos com as metas organizacionais.
Destaque às ações de capacitação, estímulo à educação e diálogo com as equipes, com vistas à
retenção de profissionais e evolução contínua dos resultados.
O exercício de 2017 encerrou com efetivo de 120 colaboradores e 11 estagiários.

48
Gráfico 7: Efetivo de pessoal
Fonte: Dados Gestão de Pessoas

a) Pesquisa de Clima Organizacional

Uma importante ferramenta de gestão capaz de identificar de maneira estruturada a


opinião dos colaboradores sobre as práticas adotadas pela empresa. Aplicada anualmente, em
2017 alcançou o importante índice de 85% de satisfação dos colaboradores.

b) Remuneração

Pesquisas salariais e negociações com o sindicato da categoria norteiam a política de


remuneração praticada pela empresa. Anualmente são avaliadas as necessidades de
alinhamento, considerando a realidade de mercado regional com vistas à competividade na
atração e retenção de profissionais.

c) Benefícios

Proporcionar qualidade de vida é prioridade para a empresa. Para tanto, manteve-se o


pacote de benefícios que compreende Plano de Saúde, Auxílio Alimentação, Auxílio Material
49
Escolar, Auxílio Materno/Paterno Infantil, Programa de Participação nos Resultados, Seguro
de Vida, Pró-saúde, além do acompanhamento com exames admissionais, periódicos, consultas,
atendimentos de emergência e preventivo.

d) Treinamento e Desenvolvimento

O desenvolvimento dos profissionais está constantemente em pauta, a fim de qualificar


para o desempenho das funções atuais e maximizar as potencialidades para que novas
responsabilidades sejam assumidas. Esta é a diretriz para a elaboração do Plano Anual de
Treinamento e Desenvolvimento que superou a meta de 45,43 horas, acumulando neste
exercício o índice de 48,64 horas de treinamento por colaborador.

e) Responsabilidade Social

O Programa de Responsabilidade Social se consolida por meio de projetos


fundamentados na promoção do bem-estar e elevação da qualidade de vida do público interno
e externo. Desta forma, são tratadas como prioridade ações e atividades que incentivem hábitos
saudáveis e ressaltem a importância dos cuidados com a saúde e a valorização da vida. Destaque
para:
a) Metas Saudáveis: As campanhas mundiais de caráter preventivo também são
consideradas na programação das ações internas. Em 2017, o calendário da empresa
registrou a passagem do dia 07 de abril, dia mundial da Saúde, por meio da Feira da
Saúde, que compreende apresentações e orientações de diversos parceiros expositores e
registrou a participação de 141 profissionais entre diretos e indiretos. Já a Campanha
contra a gripe sazonal e H1N1 imunizou, durante o mês de abril, 192 colaboradores e
profissionais de empresas parceiras. Nos meses de outubro e novembro as ações
preventivas ficaram por conta de palestras com abordagem dos temas Outubro Rosa e
Novembro Azul, com foco na importância de atitudes prevencionistas;
b) Carnaval com mais saúde: Igualmente com foco em prevenção a Campanha itinerante
que antecede ao carnaval, com vistas à conscientização do público interno, considerando
nossos colaboradores e parceiros, com orientações sobre os temas: alimentação, doenças

50
sexualmente transmissíveis, uso de álcool e drogas, para que todos curtam as festividades
de forma saudável e segura;
c) Ginástica Laboral e Treinamento Funcional: O incentivo à prática frequente de
atividade física é uma constante na empresa, que disponibiliza aos colaboradores e
parceiros no início da jornada de trabalho aula de ginástica laboral e ao término
treinamento funcional. Ambas acontecem duas vezes por semana nas dependências da
empresa e são conduzidas por técnicos capacitados;
d) Datas Comemorativas: A valorização dos colaboradores e o fortalecimento de
vínculo entre a equipe são consolidados por meio de ações de confraternização e
reconhecimento;
e) FTC Visita: O nascimento de um membro da família merece ser celebrado e
registrado, assim como a perda de um parente próximo merece solidariedade. Por meio
do Programa FTC Visita, 12 ações foram registradas no decorrer do exercício de 2017;
f) Sociedade de Assistência aos Trabalhadores do Carvão (SATC): Por meio do
convênio firmado entre as empresas, 15 alunos de baixa renda do ensino fundamental,
médio e cursos técnicos foram beneficiados com bolsas de estudo;
g) Casa Aberta: Como forma de fortalecer o relacionamento com a comunidade,
demonstrar a importância econômica e social do setor ferroviário, bem como as políticas
e práticas adotadas, a empresa abriu suas portas para 77 visitantes entre estudantes e
profissionais de outras empresas;
h) Projeto Tração: Comprometida com a transformação social e estreitamento do
vínculo com as comunidades onde está inserida, a empresa desenvolve projetos sociais
com foco no atendimento às crianças no contra turno escolar. Foram realizadas atividades
esportivas e culturais para uma média mensal de 2.390 participantes em oficinas de
capoeira, dança, futsal, voleibol, futebol, entre outras. Em parceria com as instituições
Joanna de Angelis, Escola Aderbal Ramos da Silva, Escola Municipal de Educação
Básica Faustina da Luz Patrício, Escola Municipal de Educação Básica Manoel Rufino
Francisco, Prefeitura Municipal de Tubarão, por meio do Centro de Referência de
Assistência Social (CRAS), Projeto Pequenos Leoninos no Município de Tubarão, CRAS
Tereza Cristina no Município de Criciúma, CRAS Morro Grande no Município de Sangão
e Associação Sideropolitana dos Amigos do Esporte (ASAME) de Siderópolis, além da
parceria firmada durante o ano com Projeto Tigrinhos de Criciúma. Todas com o principal

51
propósito de atrair e reter estas crianças em ações de educação e cidadania, com vistas à
melhoria da qualidade de vida;
i) Trem de Natal: Durante dois dias a emoção e o brilho no olhar tomam conta dos 40
colaboradores que fazem o Trem de Natal. Milhares de crianças e adultos de 30
comunidades entre os Municípios de Siderópolis e Imbituba esperam ansiosamente pela
passagem do Papai Noel ferroviário e seus ajudantes, responsáveis por atender 10.822
crianças, distribuindo sorriso, balas, bonecas, carrinhos, bolas e o desejo de um Feliz
Natal.

f) Quadro de Pessoal

Colaboradores Efetivos:
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Administrativo 26 25 26 25 27 28 28 28 28 28 28 26
Manutenção Material
17 18 19 19 19 18 18 18 18 18 18 18
Rodante
Manutenção Via
01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01
Permanente
CCO 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05 05

Tração, Tráfego 48 47 48 48 48 48 47 47 47 47 47 47

Estação, Pátios, Terminais 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11 11

Outros Operacionais 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12 12

Total Colaboradores 120 119 122 121 123 123 122 122 122 122 122 120

Afastados 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08 08

Licenciados 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01 01

Total Operacional 111 110 113 112 114 114 113 113 113 113 113 111

Movimentação Pessoal Efetivo:


JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
Admissões 1 2 5 - 2 1 - - - - - -

Demissões - 3 2 1 - 1 1 - - - - 2

Aposentadorias - - - - - - - - - - - -

52
Estagiários:
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Estagiários 9 8 4 5 10 11 11 11 11 12 12 11

Colaboradores Terceirizados:
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Administração/Seg. 45 45 45 45 45 45 46 46 46 47 47 48

Manut. Mat. Rodante 31 33 33 34 32 32 35 35 35 35 34 33

Sinaliz. Eletr. Telec. - - - - - - - - - - - -

Tração Tráf. Movto. - - - - - - - - - - - -

Via Permanente 79 78 82 82 81 77 80 79 79 81 79 77

Total 155 156 160 161 158 154 161 160 160 163 160 158

Movimentação do Pessoal Terceirizado:


JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Entradas - 2 4 1 - - 7 - - 3 - 1

Saídas 1 1 - - 3 4 - 1 - - 3 3

7.5 Ações Jurídicas e Legais

A Assessoria Jurídica da Cia. nesse ano de 2017 contou com o trabalho profissional de
advogados contratados e de consultores externos a fim de atender as referidas demandas afetas
ao setor.
Administra um contencioso composto de lides administrativas e judiciais, de natureza
cível, trabalhista, administrativa e tributária (execuções fiscais e mandados de segurança), em
tramitação nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais e no Distrito Federal.
Soma-se à administração do contencioso antes mencionado, a comunicação com
Acionistas e órgãos públicos, como Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
(DNIT) e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e apoio e consultoria à todas as
Diretorias da Cia. Dedicou tratamento técnico-jurídico de temas relacionados aos contratos
celebrados com o poder público, contratos mercantis, contratos de prestação de serviços,
pareceres internos, negociação coletiva, entre outros.
53
Em nível de representação institucional, a Assessoria Jurídica se mantém integrada ao
Comitê Jurídico da ANTF – Associação Nacional dos Transportes Ferroviários, entidade que
congrega as ferrovias transportadoras de carga do Brasil.

7.6 Comunicação Empresarial

A Comunicação Empresarial é uma ferramenta estratégica de planejamento que aplica


a comunicação interna e a comunicação externa para melhorar o fluxo de informações e o
relacionamento organizacional, com o objetivo de garantir sua sustentabilidade no mercado em
que está inserida. O ano de 2017 foi desafiador, o Planejamento Estratégico e o Plano de Ação
das Atividades foram construídos pautados no fortalecimento da imagem e posicionamento da
empresa com seus diversos públicos de relacionamento.
Com o apoio dos colaboradores, o setor investiu no aprimoramento das ferramentas já
existentes, a Comunicação desenvolveu uma série de trabalhos para garantir a satisfação dos
setores, se fazendo presente na promoção de diversas ações da empresa, com a confecção de
materiais e suporte na organização dos eventos, como a Semana Interna de Prevenção de
Acidentes de Trabalho (SIPAT), Trem de Natal, entre outros.
O Relatório Operacional Ferroviário, contemplando uma das ações do ano, recebeu uma
nova formatação. O layout atual facilita a leitura e incentiva o uso diário do material. Além
disso, o conteúdo foi atualizado, com novos termos e orientações, que devem auxiliar os
colaboradores do setor Operacional.
O Balanço Social, que também faz parte do Plano de Ação das Atividades, recebeu um
formato mais moderno e dinâmico, que além de valorizar a história e os eventos da FTC, relatou
a transformação nos 20 anos de administração privada. Foram desenvolvidos e aprimorados os
catálogos e os sites próprios.
No âmbito externo, a Ferrovia Tereza Cristina reforçou sua importância no
desenvolvimento econômico e social da região Sul, garantindo solidez da marca e o
comprometimento nos trabalhos que executa. Para reforçar as ações nas áreas de Segurança e
Meio Ambiente, o setor de Comunicação intensificou a veiculação do VT e Spot da Campanha
Institucional “Paz na Linha” e “Faixa de Domínio: Segurança é nossa Prioridade”, além de
cobrir junto à imprensa às ações de conscientização e prevenção, que são promovidas pela
empresa.

54
O comprometimento da Ferrovia, com o público externo, pôde ser reforçado com as
duas campanhas, cujos propósitos são orientar a população, nas cidades onde atua, sobre os
cuidados ao transpor a linha férrea, além de destacar, de forma dinâmica, dicas de preservação
no entorno da faixa de domínio.
A divulgação de ações socioambientais da FTC não ficou de fora. O envio de releases,
artigos, relatórios institucionais, produção de Press Kit e o intenso atendimento à demanda
externa, destacaram atividades como a Escola Futsal, Projeto TrAção com aulas de dança e
capoeira, Trem de Natal, mutirões de limpeza, eventos institucionais, entre outros.
O agendamento e acompanhamento de entrevistas, para produção das séries de
reportagens especiais sobre a FTC, também estiveram no calendário do setor. Garantir o bom
posicionamento e orientar os porta-vozes (diretores, gerentes e gestores) da empresa foi
primordial para o sucesso nas publicações. Este acompanhamento também se estendeu em
reuniões, entrevistas de jornais, rádio e TV.
Em 2017, o setor continuou atuando junto ao Grupo de Comunicação e ao Grupo de
Comunidades da ANTF, bem como, com a Assessoria de Comunicação da ANTT, na produção,
execução e acompanhamentos dos trabalhos das Associações e Concessionárias. Os Grupos
garantiram bons resultados nas coletivas de imprensa, feiras e eventos, desdobramentos de
notícias, entre outros.
O balanço do ano em relação às publicações de matérias espontâneas, relacionadas à
FTC, somou 625 (seiscentas e vinte e cinco) notícias, sendo 535 (quinhentas e trinta e cinco)
positivas, 84 (oitenta e quatro) neutras e 12 (doze) negativas, além de 04 (quatro) capas,
veiculadas nos cinco jornais clipados diariamente, e outros veículos semanais e mensais. O
retorno em mídia espontânea impressa 1 resultou em R$ 826.039 (oitocentos e vinte e seis mil
e trinta e nove reais). Se somados os números de inserções em rádio e televisão com entrevista
e divulgação de notícias enviadas, contabilizou 686 (seiscentos e oitenta e seis), além de outras
146 (cento e quarenta e seis) entrevistas e aproveitamento de mídia em portais/sites e revistas.
Dentre os trabalhos realizados pelo setor também teve destaque a elaboração das
apresentações institucionais, a criação de anúncios, para reforçar a importância da Ferrovia no
crescimento e desenvolvimento sustentável da região Sul de Santa Catarina. A veiculação de
peças em veículos-chave também garantiu bons resultados à imagem da empresa.

1
Vale lembrar que a empresa não tem acesso a todos os periódicos e que a margem de erro para mais é de 12% de
publicações, segundo dados da Associação Brasileira de Imprensa (ABI).
55
8 ANÁLISE DE DESEMPENHO

8.1 Transporte, Comercialização e Faturamento

O recebimento de carvão mineral útil (base faturamento) no CTJL/Tractebel Energia em


2017 totalizou 2.400.000,00 toneladas, proveniente de 6 clientes fornecedores da região
carbonífera catarinense, com os eventos comerciais apresentados na tabela a seguir:

Transporte Análise Faturamento Umidade


Transporte Realizado (t) – 2017
t (bu) t (bs) t (bf) % t
Saldo Inicial – Crédito de 2016 (fer.) 2.536,39 2.384,21 2.536,39 - 0,00
Transporte Ferroviário – SC 2.386.538,99 2.174.881,22 2.313.703,43 8,87% (72.835,56)
Transporte Rodoviário – bacia de finos 90.610,54 80.247,58 85.369,77 11,44% (5.240,77)
Saldo Final – Cr. Futuro (ferroviário) -1609,59 -1.513,01 -1.609,59 6,00% 0,00
Total para Faturamento 2.478.076,33 2.256.000,00 2.400.000,00 8,96% (78.076,33)
Quadro 8: Transporte realizado 2017

Todo o transporte oriundo das minas foi realizado pela ferrovia, excluindo-se o carvão
mineral marombado, que totalizou 85.369,77 toneladas, produzido na bacia de finos localizado
próximo ao complexo termelétrico, em Capivari de baixo – SC, onde não se tem acesso
ferroviário.
Como está estabelecido no contrato de fornecimento do carvão mineral (Minerador x
ENGIE) e no contrato de transporte (Minerador x FTC), o faturamento é realizado em base
faturamento, ou seja, com 6% de umidade. Houve uma perda em relação a carga transportada,
78.076,33 toneladas, sobre os quais não há faturamento, devido a correção de umidade.

8.2 Transporte Realizado exercícios 2016 x 2017

Tabela 22: Movimentação e estoque no CTJL


Análise do Cliente (t) 2016 2017 %
Estoque Inicial 924.078 900.550 97,45%
Compra SC 2.610.000 2.400.000
91,95%
Compra RS - -
Consumo 2.633.528 2.601.663 98,79%
Estoque Final 900.550 698.887 77,61%
Fonte: Dados Primários
56
Na comparação dos dados relacionados ao CTJL nos exercícios 2017 x 2016, percebe-
se que houve uma redução da compra de 8,45% e redução do consumo de 1,21%. Os estoques
foram reduzidos em 201.663 toneladas.

Tabela 23: Desempenho do Transporte comparado (bf):


Análise do Transporte (t.bf) 2016 2017 %
Transporte para o CTJL 2.609.999,80 2.400.152,18 91,96%
Transp. Ferroviário – MSA/MRF 1.800.717,54 1.548.385,85 85,99%
Transp. Ferrov. Especial - MUR 578.383,54 566.738,72 97,99%
Transp. Ferroviário Esp - MNH 130.019,55 198.731,04 152,85%
Produção Bacia de Finos - Rod (t) 103.415,56 85.369,77 82,55%
Saldo ano anterior – Crédito exercício - 2.536,39 -
Saldo ano seguinte – Crédito Futuro - 2.536,39 - 1.609,59 -
Transportes Especiais 263.709,72 286.042,44 108,47%
Transporte de Contêineres 263.709,72 286.042,44 108,47%
Total Transportado 2.873.709,52 2.686.194,62 93,47%
Fonte: Dados Primários

Da tabela anterior, verifica-se que o transporte (bf) em 2017, foi 6,53% menor que no
ano anterior.

57
9 CONTROLADORIA

9.1 Desempenho Econômico

São apresentados a seguir os principais indicadores econômicos da empresa, que


mostram o desempenho e a situação econômica, contábil e financeira da Ferrovia Tereza
Cristina S.A. no exercício de 2017.

Tabela 24: Indicadores econômicos FTC


INDICADOR
2017 2016
(Valores expressos em milhares de reais)

Receita Operacional Líquida 54.428 55.689


Custos e Despesas Operacionais 27.939 32.321
Despesas Administrativas 11.497 11.873
EBITDA-LAJIDA 19.138 16.659
MARGEM EBITDA-LAJIDA (%) 35% 30%
EBIT 16.863 13.614
EBIT (%) 31% 24%
Despesas Financeiras 8.940 18.069
Lucro Líquido 6.052 (6.574)
Ativos Totais 175.041 165.259
Patrimônio Líquido 14.236 8.184
Endividamento (Pas.Circ. + Exig. Longo Prazo/Total Ativo) - % 92% 95%
Liquidez Corrente (Ativo Circulante/Passivo Circulante) 0,85 0,58
Fonte: Setor de Contabilidade

Analisando os dados, verifica-se que em 2017 houve uma redução na receita líquida de
2,26% em relação a 2016, motivado pela redução de transporte de carvão no período.
O EBITDA apresentou um aumento de 14,88% em relação a 2016, totalizando R$
19.138 mil. Isto significa que, não considerando os encargos financeiros, os impostos e as
depreciações e amortizações, a empresa apresentou um lucro nas suas operações de R$ 19.138
mil.
Em 2017 a Companhia apresentou um lucro de R$ 6.052 mil, já no exercício de 2016
houve um prejuízo de R$ 6.574 mil.
Dos demais indicadores pode-se ter a seguinte análise:

58
No exercício de 2017 o EBITDA aumentou em R$ 2.479 mil e a margem EBITDA
também aumentou em 5 pontos percentuais, comparado ao exercício de 2016. A medição
econômica EBITDA é feita tomando-se por base o resultado da companhia, antes dos encargos
financeiros, impostos, depreciações e amortizações. A margem do EBITDA é calculada
tomando por base o resultado EBITDA sobre a receita operacional líquida.
Houve uma pequena redução no percentual de endividamento, de 95% em 2016 para
92% em 2017. O Endividamento avalia se a empresa está operando com recursos de terceiros
em demasia e representa riscos ao negócio. Quanto maior o endividamento, maior o risco.
Limites de normalidade: de 35% a 75%.
Já no índice de liquidez corrente houve aumento, comparando ao exercício de 2016, de
0,58 em 2016 para 0,85 em 2017. Para cada R$ 1,00 gerado pela empresa a mesma possui R$
0,85 para saldar suas dívidas. A Liquidez Corrente mede a capacidade da empresa em saldar os
seus compromissos financeiros e dívidas de curto prazo. Limite de normalidade: de R$ 0,75 a
R$ 2,00.

9.2 Pagamento do Arrendamento e Concessão

Conforme estabelece o CONTRATO DE CONCESSÃO – CLÁUSULA QUARTA e


CONTRATO DE ARRENDAMENTO – CLÁUSULA TERCEIRA, a Empresa cumpriu com
as obrigações de pagamento das parcelas do Arrendamento e Concessão, vencidas no exercício
de 2017, conforme se apresenta na tabela a seguir.

Tabela 25: Quitação das parcelas do arrendamento e concessão


PARCELA DATA VENCIMENTO DATA DO PAGAMENTO VALOR R$
75ª 15.03.2017 15.03.2017 2.936.889,81
76ª 15.06.2017 13.06.2017 2.925.973,76
77ª 15.09.2017 18.09.2017 2.925.973,76
78ª 15.12.2017 15.12.2017 2.905.443,64
TOTAL 11.694.280,97
Fonte: Setor de Contabilidade
As parcelas do arrendamento foram pagas à Coordenação Geral de Gerenciamento de
Fundos e Operações Fiscais – COFIS, da Secretaria do Tesouro Nacional.

59
As parcelas correspondentes à concessão foram pagas à Agência Nacional de
Transportes Terrestres.

9.3 Valor Adicionado

Por ser uma Companhia de Capital Fechado, a mesma deixou de informar o DVA –
Demonstração do Valor Adicionado, conforme orientação do Manual de Contabilidade do
Serviço Público de Transporte Ferroviário de Carga e Passageiros, item 8.1.2 – Divulgações
Gerais, página 294.

9.4 Política de Distribuição de Dividendos

Aos acionistas é garantido um dividendo mínimo de 25% calculado sobre o lucro líquido
do exercício, ajustado em conformidade com a legislação societária vigente.

9.5 Controle Orçamentário

a) Investimentos

Os investimentos realizados no ano totalizaram R$ 3.254.165, considerando o valor


investido na superestrutura da Via Permanente existente. Destaque à revitalização da Ponte do
Km 84+041 da Linha Principal, executada pela Construtora Roca.

60
Tabela 26: Demonstrativo dos investimentos em 2017 – previsto X realizado
DESCRIÇÃO Previsto Realizado Variação Var. %
EQUIPAMENTOS DE SINALIZACAO 97.290 73.524 -23.766 -24,43 %
APARELHOS E EQUIP. DE TELECOM. 27.500 30.884 3.384 12,31 %
MAQ, APARELHOS E EQUIP. OFICINAS - 10.400 10.400 -
MAQ, APARELHOS E EQUIP. SEGURANCA 40.000 911 -39.089 -97,72 %
MOVEIS E UTENSILIOS - 24.014 24.014 -
EQUIPAMENTOS ELETRONICOS DE DADOS 24.000 23.748 -252 -1,05 %
SISTEMAS APLICATIVOS E SOFTWARE 8.000 1.138 -6.862 -85,78 %
VAGÕES 118.800 - -118.800 -100,00 %
VIA PERMANENTE 2.207.731 2.634.625 426.894 19,74 %
Infraestrutura 827.200 944.272 117.072 14,15 %
Superestrutura 1.380.531 1.690.353 309.822 22,44 %
BENFEITORIAS EM INSTALAÇÕES 105.000 433.120 328.120 312,49 %
OUTROS PROJETOS EM ANDAMENTO 150.000 21.800 -128.200 -85,47 %
TOTAL 2.778.321 3.254.165 475.844 17,13 %
Fonte: Controle Orçamentário (base contábil)

61
10 METAS DA CONCESSÃO

10.1 Metas de Produção por Trecho

A produção global realizada no exercício foi de 204,87 milhões de TKU, de acordo com
o registro no SAFF, realizando 131,28% da meta global estabelecida pela Resolução No.
4137/2013, de 156,06 milhões de TKU. Há uma pequena diferença na produção da
concessionária, uma vez que as distâncias dos fluxos divergem em alguns trechos.
Com relação as metas por trecho estabelecidas pela Resolução 4137/13, para o ano de
2017, a FTC alcançou as metas, exceto uma, a do Trecho Sangão a Paz Ferreira. Neste caso, foi
devido a problemas com os clientes desse local, que deixaram de produzir carvão para o
CTJL/ENGIE, a partir de 2016. Dos 10 fornecedores, apenas 6 foram habilitados pela Tractebel
Energia. A opção do comprador foi por clientes que apresentassem as devidas certidões de
regularidade fiscal das empresas, possuíssem capacidade técnica, reservas suficientes para
fornecimento regular e preços competitivos. Todos os clientes instalados ao longo do trecho
ferroviário de Sangão não conseguiram se habilitar ao processo. O fornecimento do carvão
mineral e o transporte desse local se deu a partir dos demais clientes, nos demais trechos
ferroviários.
No entanto, a concessionária agregou mais um trecho a sua produção, não previsto para
as metas, o trecho Capivari – Imbituba, melhorando o desempenho das metas.
O desempenho está apresentado na tabela a seguir:

TRECHO PÁTIO A PÁTIO B DISTÂNCIA


META 2017 (ANTT) PRODUÇÃO 2017 (FTC) REALIZAÇÃO
Carga TU TKU Carga TU TKU TU TKU
1 MUR MEX 25,585 280.560 280.560 7.178.128 586.584 586.584 15.007.739 209,08% 209,08%
2 MTB MCP 4,655 - 2.220.000 10.334.100 - 2.677.962 12.465.915 120,63% 120,63%
3 MEX MTB 34,316 - 2.220.000 76.181.520 - 2.677.962 91.896.960 120,63% 120,63%
4 MNH MEX 16,290 291.840 1.647.600 26.839.404 204.028 2.091.379 34.068.563 126,93% 126,93%
5 MCT MNH 2,000 286.042 1.887.351 3.774.702
5 MPF MCT 3,698 48.000 1.599.600 9.114.521 - 1.601.308 5.921.639 100,11% 64,97%
6 MRF MPF 17,915 1.344.720 1.344.720 24.090.659 1.600.221 1.600.221 28.667.967 119,00% 119,00%
7 MAS MPF 9,092 254.880 254.880 2.317.369 1.087 1.087 9.883 0,43% 0,43%
8 MCP MIM
45,643 - - - - 286.042 13.055.835
9 MK3 MOC 4,252 - - - - - -
- - - 163,446 2.220.000 9.567.360 156.055.701 2.677.962 13.409.898 204.869.204 140,16% 131,28%
Quadro 9: Metas por trecho FTC – 2017
Fonte: ANTT/FTC

62
Como demonstrado, de acordo com os dados do SAFF, superou-se a meta global em
31,28%, mesmo com os problemas ocorridos com os clientes do trecho de Sangão.
No gráfico a seguir está caracterizada a produção comparada à meta global, desde o
início da concessão:

Gráfico 8: Meta de Produção


Fonte: Dados Primários

10.2 Meta de Redução de Acidentes

De acordo com a Resolução No. 4.137, de 18/07/2013, a meta anual de redução de


acidentes, para o ano de 2017 o teto estabelecido era o índice até 20 acidentes por milhão de
trens.quilômetros. O índice alcançado foi 30,12 acidentes/milhão de trens.km, correspondendo
a nove acidentes ferroviários. Dos quais, um acidente é classificado como grave e oito acidentes
não graves.
O acidente grave é referente ao atropelamento de pedestre, que se jogou na linha férrea
contra a locomotiva, resultando em óbito.
Os oito acidentes não graves foram abalroamentos em passagens em nível, sem vítimas.
Todos os detalhamentos dos acidentes constam do SAFF/RAAF e as informações e a
classificação dos acidentes obedecem a Resolução No. 1.431, de 26/04/2006, e demais
diretrizes da ANTT.

63
O gráfico a seguir ilustra o desempenho na redução de acidentes pela FTC, desde o
início da concessão:

Gráfico 9: Meta Anual de Redução de Acidentes


Fonte: Dados Primários

64
11 FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS – ANTT

11.1 Inspeções Programadas

No exercício de 2017 foram realizadas a Fiscalização Econômica e Financeira e a


Fiscalização do Transporte Ferroviário de Cargas.

a) Fiscalização Econômica e Financeira 2017

Trata-se de solicitação de documentação contábil para a Fiscalização Econômica e


Financeira, conforme Ofício nº 027/2017/GEAFI/SUFER, de 16/03/2017 e Ofício nº
105/2017/GEAFI/SUFER, de 04/09/2017.
A resposta e documentação solicitada para análise foi encaminhada, respectivamente,
através das Cartas nº 042/FTC/2017, de 04/04/2017 e nº 092/FTC/2017, de 28/09/2017.

b) Fiscalização de Transporte Ferroviário de Cargas – 2017

A Fiscalização de Transporte Ferroviário de Cargas ocorreu no período de 10/04/2017


a 13/04/2017, de acordo com a programação constante do Ofício nº 033/2017/COFER-URRS,
de 13/03/2017. As informações solicitadas foram encaminhadas eletronicamente até o prazo
estabelecido pelo Ofício, bem como a indicação do representante da Concessionária para
acompanhar a realização dos trabalhos.
Um relatório completo, com as planilhas-modelo preenchidas e demais informações
solicitadas, foram encaminhadas pela Carta nº 040/FTC/2017, de 31/03/2017.
A equipe de inspeção cumpriu a programação previamente encaminhada pelo Ofício
033/2017/COFER-URRS.
Após a inspeção, a Concessionária recebeu o Ofício nº 085/2017/COFER-URRS, de 04
de julho de 2017, acompanhado do Relatório n° 011/COFER/URRS/2017 – Fiscalização de Via
Permanente e do Relatório nº 012/COFER/URRS/2017 – Fiscalização de Ativos Arrendados.

65
Neste Ofício foi determinado que fossem realizadas reparações, melhoramentos, substituições
e modificações, apresentando relatórios nos prazos de 60 e 90 dias.
Estes relatórios foram encaminhados nos respectivos prazos com as informações
pertinente ao solicitado em cada etapa, respectivamente pelas cartas: nº 084/FTC/2017 de
01/09/2017 e Carta nº 091/FTC/2017 de 27/09/2017.

11.2 Inspeções Eventuais

Ocorreu nos dias 06 e 07 de abril de 2017 uma inspeção com o objetivo de verificar a
operação de descarga/movimentação de carvão mineral nos pátios da Tractebel Energia S.A.,
informada pelo Ofício nº 022/2017/GEAFI/SUFER, de 15/03/2017.
A resposta e documentação solicitada para análise foi encaminhada através da Carta nº
039/FTC/2017, de 29/03/2017.

11.3 Informações à ANTT

Todas as informações solicitadas pelos órgãos públicos e relacionadas a concessão


ferroviária foram prestadas de acordo e nos prazos conforme determinado.
Os sistemas de coleta de dados da ANTT (SAFF) foram alimentados conforme
estabelecido (SIADE, CAFEN, RAFF, SIREF, METAS/Declaração de Rede).
Demais demandas de resoluções foram atendidas, como: Plano Anual de Treinamento,
Plano Trienal de Investimentos, Declaração de Rede, Relatório de Reclamação de Usuários,
Relatório de Monitoramento de Projetos Ferroviários, Relatório Anual Circunstanciado,
Pactuação de Metas, Projetos de Investimentos, entre outros.
Referente aos assuntos contábeis, foram prestadas todas as informações requeridas.
Destaca-se as informações anuais, trimestrais, societárias, referente a contratos de locação,
entre outras.

66
11.4 Autuações e Penalidades

Referente à Fiscalização do Transporte Ferroviário de cargas

O Ofício nº 523/2017/GECOF/SUFER, de 16 de novembro de 2017, encaminhou a


Decisão Proferida em Segunda Instância e Notificação para Alegações Finais, referente ao
Processo nº 50520.030869/2015-72, que trata da Via Permanente com Manutenção Postergada.
Foi anulada a penalidade de Advertência aplicada em Decisão de Primeira Instância e a
Concessionária notificada a apresentar alegações finais.
A Carta nº 105/FTC/2017, de 12/12/2017, apresenta as Alegações Finais da
Concessionária.
Ainda não há resposta quanto ao Recurso encaminhado.

Referente Construção de Desvio Ferroviário sem Prévia Autorização da ANTT

Por meio da Carta nº 007/FTC/2017, de 18/01/2017 a concessionária apresentou a sua


defesa.
Ainda não há resposta quanto a este Processo.

Referente à Falta de Registros de Acidentes no SAFF

A concessionária recebeu a Notificação de Autuação nº


001/2017/GECOF/SUFER/ANTT, emitida em 01/02/2017, por deixar de cumprir a norma
aplicável à ferrovia, qual seja, a Resolução ANTT nº 1.431/2006, ao deixar de comunicar três
acidentes ferroviários à ANTT. A notificação prevê a penalidade de Advertência ou Multa, e
concede o prazo de 30 (trinta) dias para apresentação de defesa.
O Ofício nº 053/2017/GECOF/SUFER, de 07/02/2017, determina que a concessionária
corrija as pendências, efetuando os devidos registros no SAFF. A FTC cumpriu a determinação
e respondeu a agência através da Carta nº 018/FTC/2017, de 02/03/2017.
A Carta nº 020/FTC/2017, de 09/03/2017, apresenta a defesa da concessionária.
Ainda não há resposta quanto a penalidade aplicada neste Processo.

67
12 A CONCESSIONÁRIA EM NÚMEROS

12.1 Indicadores Operacionais

Os dados de transporte deste capítulo obedecem ao fechamento do SAFF/SIADE – de


periodicidade mensal. Diverge dos dados do capítulo 2 e 3 que tem período base o fechamento
do faturamento da cota. Correspondem ao efetivamente realizado, sem a correção da umidade
que ocorre para fins de faturamento.

Tabela 27: Transporte de CARVÃO MINERAL – CE4500 (CTJL)


Transporte Carvão Transporte Carvão
CLIENTE % %
Embarque (t) Descarga (t)
CABONÍFERA BELLUNO LTDA 528.862,00 22,14 532.347,92 22,26
CARBONÍFERA CATARINENSE LTDA 529.254,40 22,16 529.254,40 22,13
CARBONÍFERA METROPOLITANA S.A. 596.386,64 24,97 596.402,94 24,93
CARBONÍFERA SIDERÓPOLIS LTDA 63.450,48 2,66 63.434,18 2,65
GABRIELLA MINERAÇÃO LTDA 62.954,12 2,64 62.954,12 2,63
IND. CARB. RIO DESERTO LTDA 607.526,48 25,43 607.526,48 25,40
TOTAL 2.388.434,12 100,00 2.391.920,04 100,00
Fonte: Dados Primários
Nota: A diferença de transporte das empresas entre o embarque e a descarga (3.485,92 toneladas), corresponde à
diferença de vagões carregados e não descarregados no exercício.

Tabela 28: Transporte de CARVÃO MINERAL – Total por cliente


Transporte Carvão Transporte Carvão
CLIENTE % %
Embarque (t) Descarga (t)
CARBONÍFERA BELLUNO LTDA 528.862,00 22,14 532.347,92 22,26
CARBONÍFERA CATARINENSE LTDA 529.254,40 22,16 529.254,40 22,13
CARBONÍFERA METROPOLITANA S.A. 596.386,64 24,97 596.402,94 24,93
CARBONÍFERA SIDERÓPOLIS LTDA 63.450,48 2,66 63.434,18 2,65
GABRIELLA MINERAÇÃO LTDA 62.954,12 2,64 62.954,12 2,63
IND. CARB. RIO DESERTO LTDA 607.526,48 25,43 607.526,48 25,40
TOTAL 2.388.434,12 100,00 2.391.920,04 100,00
Fonte: Dados Primários

68
Tabela 29: CARVÃO MINERAL – Indicadores Gerais de Transporte e Produção
Transporte Produção Trabalho Viagens Número de
MÊS Realizado Realizada Bruto Realizadas Vagões Utilizados
TU TKU TKB CARLOAD
JAN 210.761,10 15.663.463,60 26.011.764,10 3.457 196
FEV 204.632,26 15.264.035,60 25.315.623,00 3.349 199
MAR 215.946,38 16.104.465,10 26.788.952,60 3.556 196
ABR 176.309,48 13.060.405,00 21.733.911,20 2.910 194
MAI 196.339,34 14.536.922,50 24.200.816,90 3.237 197
JUN 197.798,96 14.745.956,70 24.551.468,60 3.262 193
JUL 194.644,40 14.472.898,10 24.076.385,10 3.205 194
AGO 204.754,10 15.244.134,00 25.414.807,50 3.387 193
SET 206.759,80 15.454.724,70 25.794.154,20 3.425 192
OUT 205.613,12 15.299.474,30 25.483.948,40 3.390 192
NOV 207.811,02 15.428.400,70 25.721.850,00 3.422 195
DEZ 170.550,08 12.618.601,60 21.039.825,40 2.811 191
TOTAL 2.391.920,04 177.893.481,90 296.133.507,30 39.411 -
Fonte: Dados Primários

Tabela 30: Transporte de CONTÊINERES de 20 – VAZIO


Quantidade de
CLIENTE Transporte (t) % %
Contêineres
TERMINAL INTERMODAL SUL S.A. 16.594,50 100,00 7.214,00 100,00
TOTAL 16.594,50 100,00 7.214,00 100,00
Fonte: Dados Primários

Tabela 31: Transporte de CONTÊINERES de 20 – CARREGADO


Quantidade de
CLIENTE Transporte (t) % %
Contêineres
TERMINAL INTERMODAL SUL S.A. 206.526,81 100,00 7.433,00 100,00
TOTAL 206.526,81 100,00 7.433,00 100,00
Fonte: Dados Primários

Tabela 32: Transporte de CONTÊINERES de 40 – VAZIO


Quantidade de
CLIENTE Transporte (t) % %
Contêineres
TERMINAL INTERMODAL SUL S.A. 1.754,40 100,00 516,00 100,00
TOTAL 1.754,40 100,00 516,00 100,00
Fonte: Dados Primários

Tabela 33: Transporte de CONTÊINERES de 40 – CARREGADO


Quantidade de
CLIENTE Transporte (t) % %
Contêineres
TERMINAL INTERMODAL SUL S.A. 61.166,73 100,00 2.233,00 100,00
TOTAL 61.166,73 100,00 2.233,00 100,00
Fonte: Dados Primários

Tabela 34: Transporte de CONTÊINERES – Total por Cliente


Quantidade de
CLIENTE Transporte (t) % %
Contêineres
TERMINAL INTERMODAL SUL S.A. 286.042,44 100,00 17.396,00 100,00
TOTAL 286.042,44 100,00 17.396,00 100,00
Fonte: Dados Primários

69
Tabela 35: CONTÊINERES – Indicadores Gerais de Transporte e Produção
Transporte Produção Trabalho Viagens
Número de
MÊS Realizado Realizada Bruto Realizadas
Vagões Utilizados
TU TKU TKB CARLOAD
JAN 21.552,05 2.219.861,30 4.685.099,30 755 31
FEV 21.295,52 2.193.438,40 4.426.249,00 683 32
MAR 26.386,96 2.717.857,80 5.815.233,70 943 31
ABR 19.010,81 1.958.112,20 4.023.883,60 635 27
MAI 21.976,58 2.263.589,60 4.688.183,30 743 33
JUN 29.740,68 3.063.288,20 6.465.895,14 1.041 30
JUL 28.385,22 2.923.676,90 6.075.922,20 966 28
AGO 27.759,45 2.859.244,70 6.296.601,30 1.063 30
SET 21.254,14 2.189.177,20 4.756.548,90 784 30
OUT 22.971,45 2.366.059,40 5.101.066,10 837 30
NOV 25.452,03 2.621.559,70 5.453.402,70 870 31
DEZ 20.257,55 2.086.529,30 4.770.077,95 812 32
TOTAL 286.042,44 29.462.374,70 62.558.163,19 10.132 -
Fonte: Dados Primários

Tabela 36: TRANSPORTE TOTAL – Indicadores Gerais de Transporte e Produção


Transporte Produção Trabalho Consumo
MÊS Realizado Realizada Bruto Combustível (²)
Trem.Km
TU TKU (¹) TKB (litros)
JAN 232.313,15 17.883.324,90 30.696.863,40 124.743 26.921
FEV 225.927,78 17.457.474,00 29.741.872,00 123.033 23.289
MAR 242.333,34 18.822.322,90 32.604.186,30 128.624 27.857
ABR 195.320,29 15.018.517,20 25.757.794,80 105.703 22.372
MAI 218.315,92 16.800.512,10 28.889.000,20 122.754 25.400
JUN 227.539,64 17.809.244,90 31.017.363,74 116.741 25.870
JUL 223.029,62 17.396.575,00 30.152.307,30 114.242 25.181
AGO 232.513,55 18.103.358,70 31.711.408,80 126.483 26.038
SET 228.013,94 17.643.901,90 30.550.703,40 130.030 24.151
OUT 228.584,57 17.665.533,70 30.585.014,50 119.691 25.403
NOV 233.263,05 18.049.960,40 31.175.252,70 130.788 24.835
DEZ 190.807,63 14.705.130,90 25.809.903,35 100.928 21.526
TOTAL 2.677.962,48 207.355.856,60 358.691.670,49 1.443.760 298.843
Fonte: Dados Primários
(¹) Há uma diferença de (1.665.002,60) de produção de TKU da Concessionária para o SAFF/SIADE, devido a
Agência utilizar distâncias do cadastro (CAFEN) para os trechos, que diverge das distâncias efetivas dos fluxos.
(²) Refere-se somente ao consumo das locomotivas.

Tabela 37: Transporte e Produção realizada nos últimos cinco anos


Indicador 2013 2014 2015 2016 2017
Transporte TU (103) 3.240,28 3.854,42 3.527,06 2.898,43 2.677,96
6
Produção TKU (10 ) 241,74 291,61 276,35 226,49 207,36
Produção TKB (106) 401,57 484,40 458,98 374,83 358,69
Distância Média da Carga (KM) 74,60 75,66 78,35 78,14 77,43
Dias de Operação 308 314 307 309 304
Fonte: Dados Primários

70
Tabela 38: CARVÃO - Fluxos de Transporte por origem com destino o CTJL
SANGÃO BOA SIDERÓPOLIS NOVO Outros
FLUXO URUSSANGA CAPIVARI TOTAL
Forquilhinha VISTA Rio Fiorita HORIZONTE (*)
2001 28,49% 3,99% 51,26% 10,16% 0,00% 0,00% 6,10% 100%
2002 23,59% 1,05% 51,81% 14,04% 8,88% 0,00% 0,63% 100%
2003 19,34% 0,00% 40,71% 38,08% 1,87% 0,00% 0,00% 100%
2005 20,44% 0,00% 43,91% 35,65% 0,00% 0,00% 0,00% 100%
2006 20,25% 0,00% 36,64% 43,11% 0,00% 0,00% 0,00% 100%
2007 18,87% 0,00% 51,85% 29,28% 0,00% 0,00% 0,00% 100%
2008 8,09% 0,00% 50,73% 41,18% 0,00% 0,00% 0,00% 100%
2009 15,38% 0,00% 51,17% 32,66% 0,60% 0,19% 0,00% 100%
2010 31,61% 0,00% 48,14% 7,41% 8,36% 4,48% 0,00% 100%
2011 30,66% 0,00% 50,92% 10,79% 4,99% 2,62% 0,02% 100%
2012 24,97% 0,00% 49,35% 9,66% 14,39% 1,63% 0,00% 100%
2013 28,33% 0,00% 54,04% 15,82% 0,00% 1,81% 0,00% 100%
2014 21,85% 0,00% 57,73% 17,20% 0,00% 3,22% 0,00% 100%
2015 10,08% 0,00% 73,17% 15,83% 0,00% 0,92% 0,00% 100%
2016 0,24% 0,00% 71,54% 22,98% 0,00% 5,24% 0,00% 100%
2017 0,05% 0,00% 66,90% 24,52% 0,00% 8,53% 0,00% 100%
Fonte: Dados Primários
Obs.: Considerando os clientes de descarga – pode haver influências decorrente da blendagem.

Tabela 39: GÔNDOLAS - Desempenho dos vagões no transporte de carvão mineral


Viagens Vagões Utilizados Distância Viagens por Carga média por
ANO Realizadas Média Anual Percorrida Vagão/Ano Viagem
(qde.) (qde) (km) (qde) (t)
2002 51.103 308 6.983.302 165,92 58,58
2003 41.900 244 5.553.084 171,72 57,25
2004 43.176 249 6.246.748 173,40 56,79
2005 41.017 253 5.967.784 162,12 57,86
2006 44.030 254 6.370.726 173,35 58,77
2007 44.361 253 6.500.455 175,34 58,75
2008 51.709 257 7.278.730 201,20 58,75
2009 47.337 258 6.700.142 183,48 59,97
2010 43.522 250 6.085.892 174,09 60,04
2011 40.584 239 5.722.326 169,81 60,19
2012 49.065 243 6.358.104 201,91 60,51
2013 53.295 239 7.949.154 222,99 60,76
2014 61.600 243 9.191.828 253,50 60,61
2015 54.754 229 8.371.026 238,67 60,35
2016 43.233 205 6.589.088 210,64 60,95
2017 39.411 194 5.857.658 202,80 60,69
Fonte: Dados Primários

71
Tabela 40: PLATAFORMAS - Desempenho dos vagões no transporte de carga geral
Viagens Vagões Utilizados Distância Viagens por Carga média
ANO Realizadas Média Anual Percorrida Vagão/Ano Por Viagem
(qde.) (qde) (km) (qde) (t)
2004 369 25 69.168 14,76 23,45
2005 1.068 33 220.646 32,36 29,91
2006 1.158 24 242.914 48,25 32,87
2007 698 24 149.372 29,08 30,15
2008 - - - - -
2009 513 18 109.782 28,50 33,11
2010 759 35 165.642 21,69 31,46
2011 157 7 32.126 22,43 32,19
2012 - - - - -
2013 74 3 7.770 24,67 29,62
2014 4.106 22 506.909 186,64 29,96
2015 7.810 25 832.561 311,36 28,45
2016 9.212 32 1.041.503 292,44 28,63
2017 10.132 30 1.718.718 333,11 26,90
Fonte: Dados Primários

Tabela 41: EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – Indicadores consumo de combustível


Consumo Percurso
L/hora
ANO Óleo Diesel Locomotivas L/km L/TU L/mil TKU L/mil TKB
Operação
(Litros) (km)
2002 1.572.579 455.418 3,45 0,60 7,85 4,60 -
2003 1.209.100 357.115 3,39 0,53 8,21 4,78 -
2004 1.389.971 434.447 3,20 0,57 8,22 4,78 -
2005 1.427.856 446.648 3,20 0,59 8,41 4,92 -
2006 1.495.096 467.132 3,20 0,57 8,18 4,81 -
2007 1.437.653 434.557 3,31 0,54 7,51 4,35 40,98
2008 1.557.744 510.673 3,06 0,51 7,29 4,29 40,11
2009 1.469.022 485.595 3,01 0,51 7,21 4,26 39,64
2010 1.263.986 415.849 3,04 0,49 6,83 4,06 40,52
2011 1.186.849 391.490 3,03 0,49 6,88 4,12 41,94
2012 1.313.852 430.695 3,05 0,45 6,82 4,10 42,49
2013 1.611.075 513.333 3,14 0,50 6,66 4,01 44,34
2014 2.072.723 676.116 3,07 0,56 7,44 4,45 43,48
2015 1.973.409 673.004 2,93 0,56 7,14 4,30 42,04
2016 1.675.450 594.732 2,82 0,58 7,40 4,47 39,17
2017 1.443.760 502.261 2,87 0,54 6,96 4,03 41,41
Fonte: Dados Primários

72
12.2 Índices de Produtividade

Na tabela a seguir, apresentamos os principais indicadores operacionais de


produtividade:

Tabela 42: Indicadores Operacionais de Produtividade


Indicador Unidade 2017 (A) 2016 (B) % (A/B)
Receita do Transporte R$ 56.759.028,11 57.875.929,78 98,1%
Transporte Realizado tu 2.677.962,48 2.898.425,55 92,4%
TKU Produzida tku 207.355.856,60 226.491.435,96 91,6%
TKB movimentada tkb 358.691.670,49 374.826.215,47 95,7%
Extensão da Malha Ferroviária km 164,00 164,00 100,0%
Trem.Km km 298.843,00 320.505,00 93,2%
Distância Média da Carga km 77,43 78,14 99,1%
Produto Médio RS/Mil Tku 273,73 255,53 107,1%
Densidade Média de Tráfego Tkb/km 2.187.144,33 2.285.525,70 95,7%
Velocidade Média Comercial km/h 25,91 20,47 126,6%
Velocidade Média de Percurso km/h 32,66 26,44 123,5%
Locomotivas em Tráfego 31/12 um 17,00 17,00 100,0%
Distância Percorrida loc. km 502.261,00 594.732,00 84,5%
Consumo de Combustível l 1.443.760,00 1.675.450,00 86,2%
Indicador de Consumo I l/1000tku 6,96 7,40 94,1%
Indicador de Consumo II l/1000tkb 4,03 4,47 90,2%
Indicador de Consumo III l/tu 0,54 0,58 93,1%
Indicador de Consumo IV l/km 2,87 2,82 101,8%
Viagens de Vagões (carload) vv 49.543,00 52.445,00 94,5%
Carga Média por vagão t. 54,05 55,27 97,8%
Distância Percorrida vagões km 7.576.375,51 7.630.591,00 99,3%
Vagões em Tráfego – Média um 224,00 237,00 94,5%
Produtividade de vagões Tku/vagão 925.695,79 955.660,07 96,9%
Número de Acidentes um 9,00 6,00 150,0%
Indicador Segurança Ac/Mtremkm 30,12 18,72 160,9%
Fonte: Dados Primários

73
13 PALAVRAS FINAIS

Foram apresentadas, de forma sucinta, as principais atividades desenvolvidas pela


Ferrovia Tereza Cristina no ano de 2017.
Se compararmos os objetivos e metas propostas para o exercício, os resultados foram
alcançados, pois:
Em relação ao transporte de carvão mineral, toda a carga disponibilizada pelo cliente foi
transportada e todos os clientes foram atendidos conforme negociação comercial e plano de
entrega, e, quanto ao transporte de contêineres, com a parceria com o Terminal Intermodal Sul
– TIS, realizou-se o transporte durante todo o ano, com crescimento ao longo dos meses e em
relação ao ano anterior.
Em relação às obrigações junto a ANTT, a meta global de produção foi alcançada com
folga. Quanto à meta de produção por trecho, obteve-se sucesso em 6 (seis) dos 7 (sete) trechos
estabelecidos. Quanto ao trecho Posto Sangão a Paz Ferreira, cuja meta não foi superada,
esclarecemos que nessa região não há mais fornecedores de carvão mineral ao CTJL, portanto,
não há cliente da FTC a ser atendido no presente ano. As mineradoras dessa região não se
habilitaram no presente processo de compra pela ENGIE. No entanto, atendeu-se ao trecho
Capivari a Imbituba para o qual não há meta estabelecida, cumprindo o desempenho pactuado
com a Agência Reguladora.
Quanto a meta de segurança, esta não foi alcançada por motivos alheios a vontade da
concessionária. Apesar de todas as ações de conscientização desenvolvidas e a realização de
investimentos em equipamentos de segurança em passagens em nível, os acidentes causados
por terceiros continuam a crescer, pelo aumento do número de veículos em circulação e pelo
uso de dispositivos de comunicação que causam distração dos motoristas.
Os objetivos empresariais, como a manutenção das certificações nas normas ISO9001,
ISO14001 e OHSAS18001 também foram alcançados. As demais metas empresariais foram
buscadas e realizadas dentro das condições do mercado e da companhia, considerando uma
economia recessiva.
Enfim, entende-se que foram prospectadas, desenvolvidas e realizadas as oportunidades
que o mercado sinalizou para a Companhia, e por essa razão, considera-se cumpridos os
objetivos estabelecidos para o exercício de 2017.
Portanto, submete-se o presente relatório à apreciação da Diretoria e da Assembleia de
Acionistas.
74
14 ANEXOS

BALANÇO SOCIAL 2017

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Relatório dos Auditores Independentes


Balanço Patrimonial
Demonstrações do Resultado do Exercício
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Notas Explicativas

PUBLICAÇÃO DO BALANÇO PATRIMONIAL

75
FERROVIA TEREZA CRISTINA S.A
CNPJ Nº 01.629.083/0001-45

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 e 2016


(Valores expressos em milhares de reais)

ATIVO

2017 2016

CIRCULANTE 12.202 11.352

Caixa e equivalentes de caixa 1.205 1.005


Clientes 6.649 6.001
(-) Provisão de Créditos de Liquidez Duvidosa (1.579) (1.579)
Tributos a recuperar 3.425 3.235
Adiantamentos 151 216
Estoques 1.208 1.215
Despesas do exercício seguinte 1.143 1.259

NÃO CIRCULANTE 162.839 153.907

Realizável a longo prazo 1.924 1.938


Créditos judiciais 686 686
Depósitos judiciais 1.165 1.179
Valores a receber longo prazo 73 73

Investimento 140.329 132.428

Imobilizado 20.484 19.308

Intangível 102 233

TOTAL DO ATIVO 175.041 165.259

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das Demonstrações Contábeis




)(5529,$7(5(=$&5,67,1$6$
&13-1ž

'(021675$d®2'25(68/7$'2'26(;(5&Ì&,26(1&(55$'26(0'('(=(0%52'(H
9DORUHVH[SUHVVRVHPPLOKDUHVGHUHDLV

 

5(&(,7$23(5$&,21$/%587$  

'('8d®2'$5(&(,7$%587$    


,PSRVWRVLQFLGHQWHV  
   

5(&(,7$/Ì48,'$  

&867223(5$&,21$/    

5(68/7$'2%5872  

'(63(6$65(&(,7$623(5$&,21$,6    


'HVSHVDVDGPLQLVWUDWLYDVHJHUDLV  
   
2XWUDVGHVSHVDVRSHUDFLRQDLV  
   
2XWUDVUHFHLWDVRSHUDFLRQDLV  
  

5(68/7$'2$17(6'$(48,9$/(1&,$3$75,021,$/
 
('25(68/7$'2),1$1&(,52

5(68/7$'2'$(48,9$/(1&,$3$75,021,$/    


5HVXOWDGRGD(TXLYDOHQFLD3DWULPRQLDO  
   

5(68/7$'2),1$1&(,52    


'HVSHVDVILQDQFHLUDV  
   
5HFHLWDVILQDQFHLUDV  
  

5(68/7$'223(5$&,21$/$17(6'2,53-(&6//   

3529,6®23$5$,53-(&6//    

5(68/7$'2'2(;(5&Ì&,2   


3RUDomRGRFDSLWDOVRFLDO  
   

$V1RWDV([SOLFDWLYDVGD$GPLQLVWUDomRVmRSDUWHLQWHJUDQWHGDV'HPRQVWUDo}HV&RQWiEHLV
5

)(5529,$7(5(=$&5,67,1$6$
&13-1ž

'(021675$d®2'$6087$d¯(6'23$75,0Ñ1,2/Ì48,'2'26(;(5&Ì&,26(1&(55$'26(0
'('(=(0%52'(H
9DORUHVH[SUHVVRVHPPLOKDUHVGHUHDLV

5HVHUYDGH 5HVXOWDGRV
&DSLWDO 7RWDO
/XFURV $FXPXODGRV
6RFLDO

6$/'26(0'(-$1(,52'(    

3UHMXt]RGR([HUFtFLR     

6$/'26(0'('(=(0%52'(     

/XFURGR([HUFtFLR   

6$/'26(0'('(=(0%52'(     

As Notas Explicativas da Administração são parte integrante das Demonstrações Contábeis




)(5529,$7(5(=$&5,67,1$6$
&13-1ž

'(021675$d®2'26)/8;26'(&$,;$(0'('(=(0%52'(H
9DORUHVH[SUHVVRVHPPLOKDUHVGHUHDLV

 

&$,;$/,48,'2'$6$7,9,'$'(623(5$&,21$,6  

/XFUR$MXVWDGR  


/XFUR3UHMXt]ROtTXLGRGRH[HUFtFLR   
'HSUHFLDomRHDPRUWL]DomR  
(TXLYDOrQFLDSDWULPRQLDO  
3URYLVmRSDUDFRQWLQJrQFLDV  
5HYHUVmRGH3URYLVmR   
$PRUWL]DomRSDUFHODDUUHQGDPHQWRHFRQFHVVmR  
$WXDOL]DomRGHWLWXORVHYDORUHVPRELOLDULRV  
$WXDOL]DomRGH3DUFHODPHQWRV)LVFDLV  

9DULDo}HVQRVDWLYRVHSDVVLYRV    


&RQWDVDUHFHEHU   
(VWRTXHV   
7ULEXWRVDUHFXSHUDU    
'HSyVLWRVMXGLFLDLV  
)RUQHFHGRUHV   
2EULJDo}HVVRFLDLVHWUDEDOKLVWDV   
$UUHQGDPHQWRHFRQFHVVmRDSDJDU   
'LYLGHQGRV3DJRV    
3DUFHODPHQWR)HGHUDO    
2XWURV   

&$,;$/,48,'2'$6$7,9,'$'(6'(,19(67,0(1726    

$TXLVLo}HVGHEHQVGRLPRELOL]DGR    


$TXLVLo}HVGHWLWXORVHYDORUHVPRELOLDULRV   

&$,;$/,48,'2'$6$7,9,'$'(6'(),1$1&,$0(172    

(PSUHVWLPRV    

5('8d®2 $80(172 12&$,;$((48,9$/(17(6'(&$,;$   


&DL[DH(TXLYDOHQWHVGHFDL[DQRLQLFLRGRH[HUFtLFLR  
&DL[DH(TXLYDOHQWHVGHFDL[DQRILPGRH[HUFtLFLR  

$V1RWDV([SOLFDWLYDVGD$GPLQLVWUDomRVmRSDUWHLQWHJUDQWHGDV'HPRQVWUDo}HV&RQWiEHLV
FERROVIA TEREZA CRISTINA S.A
CNPJ Nº 01.629.083/0001-45

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO


EM 31 DE DEZEMBRO DE
(Em milhares de reais)

2017 2016

( INEXIGIBILIDADE - Empresa de capital fechado desobrigada a apresentação desta demonstração.)

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