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Proposta de Redação

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos
ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade
escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Os desafios no combate à fuga
de cérebros no Brasil”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos
humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos
para defesa de seu ponto de vista.

TEXTO I

Fuga de cérebros: os doutores que preferiram deixar o Brasil para continuar


pesquisas em outro país

Os jovens pesquisadores brasileiros Bianca Ott Andrade, Eduardo Farias Sanches,


Gustavo Requena Santos e Renata Leonhardt têm mais em comum do que apenas o
pouco tempo de carreira e a nacionalidade.

Todos são doutores recentes e resolveram deixar o país em busca de melhores


oportunidades para desenvolver seu trabalho em um ambiente mais favorável à ciência.
Eles seguem uma tendência, não registrada nas estatísticas oficiais, mas que aparece nos
muitos relatos de migração de talentos para outros países, que vem aumentando,
conforme pesquisadores chefes de grupos no país e jovens que foram embora, ouvidos
pela BBC Brasil. Uma espécie de diáspora de cérebros, que vem preocupando a
comunidade científica nacional, por causa das consequências disso para o
desenvolvimento do Brasil.

A pesquisadora Ana Maria Carneiro, do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (NEPP),


da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), está iniciando uma pesquisa que
tentará entender as trajetórias de migração da diáspora brasileira de Ciência, Tecnologia
e Inovação e também as motivações e locais de inserção. “Entretanto, não há fontes de
dados sistemáticas que permitam mensurar o tamanho deste fenômeno, pois é
necessário ter informações sobre a saída, local de estabelecimento, tipo de inserção
profissional e perfil sociodemográfico, especialmente a escolaridade”, explica.

Disponível em: <https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51110626>. Acesso em: 2 fev. 2020.

TEXTO II

Os obstáculos para a prática da ciência no Brasil impulsionam o brain drain – expressão


em inglês que significa a saída de cientistas de um país para trabalhar em instituições
estrangeiras. E a tendência é que a fuga de cérebros aumente. Recentemente, uma das
pesquisadoras brasileiras de maior destaque mundial, a neurocientista Suzana
Herculano-Houzel, deu adeus ao país. Ela trocou o Instituto de Ciências Biomédicas da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) pela Universidade Vanderbilt, nos Estados
Unidos. Em carta, disse “ter-se cansado do ambiente que incentiva a mediocridade”. “A
ciência brasileira está agonizante”, escreveu ela na revista Piauí.

Principal autora de uma das raras pesquisas brasileiras divulgadas na revista Science, ela
diz que existe uma penúria tão grande no país que ela já precisou tirar dinheiro do
próprio bolso para bancar suas pesquisas. “Todo o establishment (sociedade) científico
do Brasil está dominado por uma visão anacrônica que desestimula inovação, desperdiça
recursos e não dá esperança a uma geração talentosa de pesquisadores que está
deixando o país em massa, em busca de oportunidades melhores”, afirmou. Para Suzana,
mudanças profundas são urgentes, uma vez que sem ciência de ponta não há saída para
a crise.

Disponível em: <http://www.geografia-ensinareaprender.com/2016/06/fuga-de-cerebros-


nobrasil.html>. Acesso em: 2 fev. 2020.

TEXTO III

Disponível em: <https://fernandonogueiracosta.wordpress.com/2018/05/07/vergonha-


dosbrasileiros-fuga-de-cerebros/>. Acesso em: 2 fev. 2020.

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