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ESTUDO DA ENERGIA EÓLICA E SUA POTENCIALIDADE

NO BRASIL

Pedro Henrique Dornelles Tumelero1


Simas Ferreira Aragão2

RESUMO

Nos últimos anos a energia eólica tem se tornando cada vez mais competitiva no
cenário mundial, fazendo com que sua participação na matriz elétrica apresente forte
expectativa de crescimento. A energia eólica no Brasil passou por um período de lento
crescimento, porém, os projetos contratados nos últimos três anos deverão quintuplicar a
capacidade instalada. É a tecnologia limpa que mais tem crescido na última década, trazendo
benefícios ambientais e sociais para diversos países. O objetivo deste trabalho foi estudar a
energia eólica, sua utilização e potencial de crescimento no Brasil. Este é um trabalho de
revisão bibliográfica, com consultas a artigos específicos da área.

Palavras Chave: Energia Eólica; Energia Renovável; Potencial no Brasil

1. INTRODUÇÃO

A eminente preocupação em relação a emissão de gases poluentes na atmosfera tem


levado o mundo em busca de maior desenvolvimento em fontes de energia limpa, dentre
elas, a eólica. Carvalho (2003) relata que a geração de eletricidade eólica tem crescido nos
últimos vinte anos e representa proporcionalmente a fonte de energia que mais se desenvolve
no mundo. Ainda que animador no primeiro momento, os padrões atuais e esperados, no
ritmo em que as evoluções acontecem são insuficientes e não sustentáveis.
Conforme registros históricos, a utilização de energia eólica, remonta 4000 anos a.C.,
sendo seu uso para impulsionar embarcações, onde as grandes navegações utilizaram pela
primeira vez o pleno potencial da força dos ventos (Rodrigues, 2001).
A matriz elétrica brasileira para geração de eletricidade é predominantemente
feita por meio de fonte renovável de energia, hidroeletricidade, complementada por
termoelétricas em períodos em que os reservatórios hídricos estejam com baixos níveis. É
1
Graduando em Engenharia Civil pelo Centro Universitário Toledo Araçatuba/SP (2018)
² Docente do Centro Universitário Toledo Araçatuba/SP, Mestre em Engenharia Agronômica pela Unesp
(2008)
nesse contexto, que é possível entender a necessidade de recursos complementares na matriz
energética, capazes de substituir as térmicas, reduzindo a emissão de gases de efeito estufa
e os custos com combustíveis em períodos de reduzidos índices pluviométricos. No Brasil,
a adoção da energia eólica como fonte de energia elétrica ainda é incipiente e pequena
quando pensada em produção em larga escala e comparada com o potencial eólico
disponível. Os altos custos iniciais, aliados com a fase inicial do seu desenvolvimento
tecnológico em relação às formas comercialmente tradicionais de geração de energia
(MORELLI, 2012).
Nesse contexto complementar, destaca-se a energia eólica, originada da
transformação da energia cinética contida nos movimentos de massas de ar em energia
mecânica pelo giro de pás e depois em energia elétrica por meio de geradores. Os
movimentos de massas de ar são conhecidos como vento, e estes sofrem influência da
associação entre a energia solar e a rotação da terra, variando entre as regiões, a depender da
localização no globo terrestre (Carvalho, 2003). A energia eólica traz consigo uma incerteza
relacionada à produção final, pois o vento tem características intermitentes, que muitas vezes
limitam sua aplicação.
Por meio da crise internacional, o Brasil tem sido o único lócus de investimento para
esse setor, uma vez que Europa e Estados Unidos reduziram e, em alguns casos, cortaram
seus investimentos em fontes renováveis subsidiadas. Esses fatores fazem com que a
competição se torne ainda mais acirrada, de forma que os investidores, para ganhar mercado,
tendem a aceitar uma remuneração menor para entrar no Brasil.
Nesse sentido o governo lançou em 2004 o Programa de Incentivo às fontes
Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), em 2007 foi realizado o primeiro leilão exclusivo
para a venda de energia produzida por fontes eólicas. Segundo projeções realizadas por
especialistas, o Brasil estará entre os cincos maiores produtores de energia eólica no mundo
até o ano de 2020, resultado de vários incentivos realizados pelo governo e da capacidade
de ventos propícios em várias regiões.
Através do desenvolvimento de um estudo de Caso, a presente investigação pretende
apontar os impactos socioambientais gerados pela energia eólica, analisar o potencial da
geração de energia eólica e as políticas governamentais; identificar benefícios econômicos e
ambientais; e, avaliar os indicadores de desenvolvimento sustentável da energia eólica.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1 Primórdios dos Moinhos

Não se sabe com clareza a data certa da criação de qualquer dispositivo eólico,
existindo assim especulações de sua origem histórica. Segundo Pinto (2014), as primeiras
menções do uso de energia gerada pelos ventos são do Oriente: Índia, Tibete, Afeganistão e
Pérsia (Irã). Porém alguns historiadores relatam terem descoberto os restos de um moinho
de vento no Egito, próximo a cidade de Alexandria, com aproximadamente 3000 anos,
entretanto não existe uma convicção de que os egípcios conhecessem essa técnica. As
primeiras referências de algum componente acionado pelo vento vêm de Alexandria a cerca
de 2.000 anos, com a máquina pneumática e o órgão acionado pelo vento de Heron.

Figura 1. Ilustração descrita por Heron de Alexandria

Contudo há historiadores que atribuem a invenção de Heron como um brinquedo, por


conta disso não o consideram o inventor do primeiro moinho de vento. Por volta de 400 d.C.,
na Ásia central, existem referências de rodas de trações tracionadas pelo vento e pela água,
levando a crer que os primeiros moinhos criados com a finalidade de trabalho foram
construídos na China há 2.000 anos, só que mesmo assim não há sequer um registro de sua
existência (CHESF-BRASCEP, 1987).
Durante as Cruzadas, que ocorreram durante dois séculos desde 1.095, os
conquistadores europeus da Palestina provavelmente conheceram os moinhos de vento do
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Oriente Médio, fazendo assim com que essa tecnologia chegasse até a Europa, tendo como
seu primeiro moinho registrado na França no ano de 1105. Alguns anos depois em 1180 os
ingleses implantaram a mesma tecnologia, porém ambos nessa época usavam os moinhos
para bombear água e irrigar a terra. Rodrigues (2001) cita que as grandes navegações
utilizaram pela primeira vez o pleno potencial da força dos ventos. Contudo os europeus
fizeram uma mudança em relação ao moinho persa. Ao invés de utilizarem as pás no eixo
vertical colocaram na horizontal. Ao certo ninguém sabe o porquê dessa técnica adotada
pelos conquistadores, mas se tem hipótese de que fizeram isso a partir dos desenhos das
rodas d’água dá época.
A primeira referência registrada de um moinho de verdade é datada na Pérsia do
século VII.

Figura 2. Moinho de vento localizado na Pérsia século XII (modificada de SHEFHERD, 1994)

A Revolução Industrial trouxe melhorias na configuração dos moinhos de vento,


entretanto a quantidade de moinhos de vento começou a diminuir com o egresso da máquina
a vapor, mesmo assim, ainda existiu uma alta concentração dos tradicionais moinhos na
Holanda (SHEFHERD, 1994). Na América o primeiro exemplar de moinho de vento foi
construído no ano de 1.854 no estado de Connecticut, nos Estados Unidos, desenvolvido e
patenteado pelo mecânico Daniel Halladay, seu protótipo inicial tinha quatro pás de madeira.

2.2 Os primeiros geradores eólicos

O início da adaptação dos cata-ventos para geração de energia elétrica teve


início no final do século XIX Em 1888, Charles F. Bruch, um industrial voltado para
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eletrificação em campo, ergueu na cidade de Cleveland, Ohio, o primeiro cata-vento
destinado a geração de energia elétrica. Tratava-se de um cata-vento que fornecia 12 kW em
corrente contínua para carregamento de baterias as quais eram destinadas, sobretudo, para o
fornecimento de energia para 350 lâmpadas incandescentes (SCIENTIFIC AMERICAN,
1890 apud SHEFHERD,1994).

2.3 Começo da Energia Eólica no Brasil

A crise do petróleo de 1973 levou a comunidade internacional a buscar novos meios


de geração de energia. Devido a isso, entre 1973 e 1983, o IEA/CTA (Instituto de
Aeronáutica e Espaço/Centro de Tecnologia Aeroespacial) construiu 15 protótipos de
turbinas eólicas, em São José dos Campos. O primeiro protótipo foi montado em 1976, com
potência de 20 kW e operou apenas por algumas semanas até apresentar fadiga nas estruturas
das pás. No entanto o primeiro aerogerador a entrar em operação no Brasil foi oriundo de
uma parceria entre o Grupo de Energia Eólica da Universidade Federal de Pernambuco
(UFPE) e a Companhia Energética de Pernambuco (CELPE), financiada pelo instituto de
pesquisas dinamarquês Folkecenter, em 1992 (ANEEL, 2005). Este aerogerador possuía
apenas 75 Kw e foi instalado no arquipélago de Fernando de Noronha (Pernambuco)
(TOLMASQUIM, 2016). Como sistema complementar ao anterior movido a diesel, o
sistema eólico representou 10% de economia no combustível fóssil, além das vantagens
ambientais da redução na emissão de poluentes (ANEEl, 2005).

2.4 Atlas Eólicos Brasileiro

Elaborado pelo Cepel – Centro de Pesquisas de Energia Elétrica, o Atlas Potencial


Eólico Brasileiro foi publicado em 2001, tendo como bases de dados os anos de 1983 e 1999,
sendo desenvolvido por um software chamado MesoMap – um software de modelamento
numérico que simula as dinâmicas dos ventos. Estimando um potencial de 143,47 GW, o
atlas demonstra o potencial do vento nas cinco regiões do país e as áreas mais propensas
para geração de eletricidade, tendo como melhores localizações para gerar eletricidade o
litoral do Rio Grande do Norte e Ceará, o litoral do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina
e igualmente algumas regiões do estado de Minas Gerais e no Centro-Oeste. (Cresesb, 2002).

2.5 Transporte de Equipamentos

Com o eminente crescimento do desenvolvimento eólico no Brasil, tem dificuldade


na logística de transportes e na implantação dos equipamentos necessitou-se desenvolver
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uma estrutura capaz de transportar torres, geradores e pás das turbinas pelo país tanto por
mar quanto terrestre. Existem restrições impostas pelo Ministério dos Transportes/Dnit
limitando o transporte em rodovias com relação à carga transportada, no caso da eólicas
limitando-se em apenas duas carretas por dia, não sendo permitido trafegar durante a noite,
e ainda existe algumas pendências em portos brasileiros como em Natal, Fortaleza e
Salvador, sendo todos eles incompatíveis para a realização de desembarque no país.
Dependendo da distância a ser percorrida pode-se levar 30 dias. Outro fator envolvido no
transporte das eólicas é o alto valor dos equipamentos, levando em conta as atuais condições
das rodovias brasileiras havendo uma alta preocupação com seu transporte.

2.6 Impacto Ambiental

2.6.1 Vantagens

Segundo a ABEEólica, a fonte eólica é renovável e possui baixo impacto ambiental,


sendo:
• Não-emissão de gases do efeito estufa (na geração da energia): Com
a redução da dependência de petróleo ou mesmo como principal energia limpa a ser
explorada;
• Os ventos são recursos abundantes e renováveis;
• Centrais eólicas ocupam pequeno espaço físico: Ao contrário de
outras matrizes onde a exploração destas envolvem a perda de grandes áreas.
• Ser um dos melhores custo-benefício na tarifa de energia, gera renda
e melhora de vida para proprietários de terra com arrendamento para colocação das
torres, não prejudicando as continuidades dos exercícios realizados na terra como
criação de gado e o plantio.

2.6.2 Desvantagens

Dentre as desvantagens da utilização da energia eólica, destacam-se:


• Impacto visual pelos fatores da paisagem em si, as cores, o
número de pás, a quantidade e o design das turbinas, para minimizar esse
efeito costuma-se pintar as turbinas com a mesma cor da paisagem local;

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• Geração de ruídos: O barulho gerado pelas pás em movimento
não é um motivo para impedir a instalação dos aerogeradores, até mesmo
porque estes não devem ser instalados em áreas onde a concentração de
pessoas é muito alta. Por conta disso há recomendação para que ruído de 40
dB corresponde a uma distância dos aerogeradores de 200 m.
Albadó (2002) destaca que os equipamentos modernos de geração resolvem boa parte
do problema dos ruídos, bastante reduzidos em comparação com equipamentos antigos. Em
relação aos pássaros, o autor menciona que o choque de aves com o equipamento é inferior
ao choque dos animais com os fios das redes de alta tensão, embora em áreas próximas ao
litoral os impactos sejam mais elevados. Em alguns casos de parques localizados em zonas
de migração de aves, tem-se observado um elevado número de aves mortas pelo movimento
de rotação das pás. No entanto, estes incidentes não constituem um caso sério na grande
maioria dos parques. A forma de evitar estes incidentes é uma correta planificação na
localização dos parques evitando as rotas de migração.
Outra preocupação é o processo de fabricação das turbinas e o processo de eliminação
no seu fim de ciclo da via útil, sendo de apenas 20 anos, pesando em média 7 toneladas.
Entretanto a partir de 2020 está previsto uma geração de aproximadamente 50 mil toneladas
anuais, a grande preocupação é com o material contido nas pás: plástico, fibra de carbono,
materiais compostos à base de petróleo. Conforme as pás atingirem sua vida útil representará
um enorme problema, sendo ele pesado e caro, fazendo com que possivelmente os
proprietários das usinas transfiram tal responsabilidade aos fabricantes, porém ainda não há
legislação internacional que obriguem o destino adequando das pás.
Tendo como alternativa para tais resíduos a reciclagem convencional, entretanto a
complexidade do material encontrado nas pás torna-se técnica e economicamente inviável.
Dentre os métodos térmicos, tem-se a pirólise, que é a degradação térmica de produtos
orgânicos na ausência de oxigênio, podendo produzir carvão, óleo e gases combustíveis,
deixando um resíduo sólido do qual metais e outros materiais sólidos e/ou líquidos podem
ser recuperados (WILLIAMS, 2010).

2.7 Solo

Estudar a topografia e a orografia do terreno a ser realizada a instalação da energia


eólica é de extrema importância. As correntes de ar existentes em nosso planeta sofrem atrito
ao tocarem sua superfície, resultando numa força horizontal contrária ao fluxo incidente e à
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altura, até uma região conhecida como camada-limite, local onde circula o vento através das
linhas de mesma pressão. A camada-limite atmosférica pode ser dividida em três camadas:
a Camada Superficial (50 m ≥ superficial ≤ 150 m), onde o cisalhamento com a superfície
exerce a maior influência, a Camada Misturada (1000 m ≥ planetária ≤ 2000 m), onde a
concentração de escalares é aproximadamente constante, e a Região de Entranhamento,
região de transição entre a Camada Limite Atmosférica e a Atmosfera Livre (Kaimal et al.,
1976).
Contudo para a eólica o que interessa está localizado dentro da camada-limite
superficial, ou seja, ventos próximos à superfície, no máximo de 150 m sendo considerada
uma boa altura em relação as turbinas mais modernas e de grande porte. Sendo próxima ao
solo a variação da direção do vento é praticamente nula, desconsiderando assim a variação
vertical do vento. Em pesquisa realizada por um gerente de operações do parque eólico da
cidade de Palmas – PR, gerenciado pela empresa Copel, os melhores horários para obtenção
de ventos mais fortes estão localizados nas partes da manhã e da noite tendo ventos de até
14.5 m/s, com turbinas a mais de 100 m, caindo pela metade durante a parte da tarde.

2.8 Proteção contra raios e aterramento

2.8.1 Proteção contra Raios

Possuindo a maior incidência de raios do mundo, cerca de 50 milhões por ano, o


Brasil tem se preocupado em proteger suas eólicas contra os mesmos (Pinto, 2015). Capazes
de afetar as linhas de transmissão de energia e telefonia, causar incêndios em florestas, e
ainda matam pessoas, os raios são inevitáveis nas grandes turbinas eólicas. Tendo a ponta
da pá como maior ponto de contato entre ambos, provoca-se assim danos consideráveis,
podendo levar a períodos de interrupções de gerações e uma redução financeira. Turbinas
eólicas mais antigas normalmente apresentam danos no sistema de controle, enquanto as
mais modernas apresentam danos com mais frequência nas pás. Esta mudança se leva em
relação ao aumento das turbinas e a melhora no sistema de controle na proteção. Inicialmente
se pensou-se que por conta do material utilizado, a fibra de vidro, pudesse ser dispensado
um sistema de proteção, porém se mostrou o contrário. Às turbinas eólicas possuem
diferentes tipos de proteção contra raios:
➔ Sistemas de captação aérea nas pás;
➔ Fitas de altas resistência e desviador;
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➔ Condutores instalados dentro das pás;
➔ Material condutor na superfície das pás.
Este sistema de proteção consiste em um receptor de metal localizado na ponta da
pá, sendo ela parafusada e de fácil acesso para eventuais trocas, sendo um fio metálico
conectado ao receptor ligado a uma fita metálica flexível e assim ao sistema de aterramento
do mesmo. Atribuído a isso leva-se em consideração a localização da turbina em relação à
frequência e intensidade dos raios no local, sendo isso uma avaliação de risco. Possuindo a
norma IEC 61400-24: 2010, da ABNT como principal orientação a ser seguida para
asseguras a integridade de engenharia dos aerogeradores, a proteção de um sistema elétrico-
eletrônico é realizada conforme as áreas e zonas onde se situa o gerador, sendo dividido em
quatro zonas de proteção.
● Zona de proteção 0a: Zona exposta ao risco de impactos diretos, corrente plena e
campos eletromagnéticos não atenuados. Os sistemas internos poder estar expostos à
corrente completa do raio.
● Zona de proteção 0b: Zona protegida sem impactos diretos provenientes de raios,
corrente plena e campos eletromagnéticos não atenuados. Os sistemas internos poder estar
expostos à corrente parciais do raio.
● Zono de proteção 1: Zona sem impactos diretos das descargas, corrente reduzida e
campos eletromagnéticos atenuados. As correntes transitórias são limitadas mediante
dispositivos de proteção contra sobretensões - DPS (Surge Protection Devices) nos limites
de zonas.
● Zona de proteção 2: Zonas com maior redução das correntes, maior atenuação dos
campos eletromagnéticos. As correntes transitórias são limitadas mediante dispositivos de
proteção contra sobretensões - DPS (Surge Protection Devices), os quais assegurem que os
componentes elétricos e eletrônicos situados no interior do aerogerador trabalhem sem
interferências.
Zonas as de proteção contra raios de uma turbina eólica e os seus elementos
associados:
❖ Zona de proteção 0a: Pás e torre; Cubo; Linhas aéreas; Cabos condutores no
solo:
Comunicação do parque; Ligação com a estação de medição; Conexão com o
transformador.

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❖ Zona de proteção 0b: Luzes de sinalização; Antenas de rádio; Sensores para
medição das condições ambientais; Parte interna com cobertura não condutora: Gerador;
Sistema de Refrigeração; Sistema hidráulico; Caixa de engrenagens.
❖ Zono de proteção 1: Parte interna com cobertura condutora: Gerador;
Gerador; Sistema de Refrigeração; Sistema hidráulico; Caixa de engrenagens; Sistema de
iluminação da torre; Transformador; Cabos de conexão entre a nacele e a base da torre.
❖ Zona de proteção 2: Componente no quadro de comando principal na base da
torre; Equipamento de comunicação na base da torre; Quadros de comando na parte interna
da nacele; Quadros de comando para regulagem pitch e stall. (International Electrotechnical
Commission, IEC 61400-24: 2010).

2.8.2 Aterramento

Em turbinas eólicas o aterramento típico é disposto em formal de anel ao redor da


base da fundação. Geralmente os eletrodos são disponíveis, tanto na horizontal quanto na
vertical, são incluídos para alcançar as metas de baixa resistência de aterramento, baixa
tensão de passo e toque. Em cada turbina eólica, é instalado um cabo terra local normalmente
fornecido pelo assentamento de um anel condutor desencapado ao redor da fundação, há 1
m de profundidade, dispondo de hastes de aterramento nas verticais no solo.

2.9 Fundação

A fundação da torre está diretamente relacionada ao tamanho da turbina e pelas


condições locais do terreno, devendo ser consideradas as maiores cargas atuantes do vento.
A maior velocidade assumida pelo vento, é conhecida como velocidade de sobrevivência do
vento, sendo assim o fator determinante. Outro fator determinante que influencia no
dimensionamento da fundação é o tipo de turbina a ser instalada.
É necessário ser verificado um caso de carga relacionada as elevadas cargas durante
o funcionamento, sendo o máximo momento de inclinação para fundação determinado pelo
empuxo rotor. Em turbinas com controle de passo, atuadores de controle de passo cumprem
o objetivo essencial de colocar as pás da turbina eólica no melhor ângulo para que o vento
gire o rotor. Segundo a CRESESB (2018) estes redutores são os preferidos pelos fabricantes
de turbinas devido: controle de potência ativo sob todas as condições de vento, alcançam a
potência nominal mesmo sob condições de baixa massa específica do ar, maior produção de

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energia sob as mesmas condições, partida simples do rotor pela mudança do passo, fortes
freios desnecessários para paradas de emergência do rotor.
Enquanto isso, na turbina com controle por estol. tal aumento continua depois de a
potência nominal ter sido alcançada, um sistema passivo que reage à velocidade do vento.
Aerogeradores com controle estol são mais simples do que nas de controle de passo porque
elas não necessitam de um sistema de mudança de passo. Através de dados divulgados pelo
CRESESB (2018) em comparação com os aerogeradores com controle de passo, em
princípio, as seguintes vantagens são: inexistência de sistema de controle de passo, estrutura
de cubo do rotor simples, menor manutenção devido a um número menor de peças móveis,
auto confiabilidade do controle de potência. A maioria dos fabricantes utiliza esta
possibilidade simples de controle de potência, que sempre necessita de uma velocidade
constante do rotor, geralmente dada pelo gerador de indução diretamente acoplado à rede.
Dependendo das condições geológicas do terreno, podem ser utilizadas fundações
em superficiais ou fundações profundas, tendo como fator decisivo que a distribuição das
camadas do solo absorverá as cargas.
Na fundação superficial, também denominada como fundação rasa ou direta, a
transmissão das cargas da superestrutura para o solo é feita através da base. É escolhida em
situações onde a resistência do solo é considerada alta, ou seja, o solo é suficientemente
resistente. Os tipos de fundações superficiais mais conhecidos são: sapata, bloco e radier. As
formas das sapatas de torres eólicas podem variar em cada projeto podendo ser circulares,
anulares, retangulares ou poligonais. O momento de tombamento da estrutura, que é resistido
pelo peso de todos os elementos estruturais (a turbina, a torre e a fundação) determina as
dimensões e a massa da sapata (HAU, 2006).
A seção circular para as sapatas (figura 3) é a mais comum, pois apresenta as
seguintes vantagens: a distribuição das forças é uniforme, independendo da direção do vento;
o volume de concreto e a quantidade de aço necessários para a construção são menores,
sendo, portanto, mais econômica. Entretanto, também possuem uma desvantagem: a mão-
de-obra para confeccionar as armaduras radiais é mais cara em comparação à mão de obra
necessária para executar armaduras de outras seções, pois se necessita de mão de obra mais
qualificada (SILVA, 2014).

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Figura 3. Fundação circular dos aerogeradores do parque 3 do Complexo Eólico Cerro Chato,
RS (modificada de MASSA CINZENTA, 2011).

Na fundação profunda, a transmissão das cargas ocorre pela base e, pela superfície
lateral dos elementos de fundação. A carga resistida pelo contato de sua área lateral com o
solo recebe o nome de resistência de fuste ou atrito lateral. Já a carga resistida pela base é
denominada resistência de ponta. Somando-se essas duas resistências temos como resultado
a carga total resistida pela fundação profunda (CINTRA; AOKI, 2010).
Este tipo de fundação é normalmente utilizado quando o solo próximo à superfície é
pouco resistente. Os tipos de fundação que atendem estes requisitos e são classificadas como
profundas são: estaca e tubulão. A estaca e o tubulão podem ser diferenciados a partir da
forma de execução da seguinte forma: a estaca é executada inteiramente por equipamentos
e ferramentas, enquanto que o tubulão requer a descida de pessoas às escavações durante
alguma etapa de sua construção (CINTRA; AOKI, 2010).

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Figura 4. Bloco de fundação (modificada de VIEIRA & JUNIOR, 2015)

2.10 Custos da Energia Eólica

A análise dos empreendimentos eólicos em operação ou já contratados, mas ainda


não instalados, principalmente em função do PROINFA, já concluído, e dos leilões de
energia, pode motivar diversas conclusões a respeito da evolução da energia eólica no Brasil.
Antes do PROINFA, havia no país apenas um fabricante de aerogeradores, que foi o
responsável por grande parte das primeiras instalações de usinas eólicas no país, ainda de
forma tímida. A capacidade nacional instalada antes da primeira usina do PROINFA, em
Osório, no Rio Grande do Sul, entrar em operação, era de apenas 28,1 MW, o que resume o
cenário naquele momento. A capacidade da usina eólica de Osório, uma das 3, de 50 MW
cada, do complexo que inclui também as usinas de Sangradouro e de Índios, quase que
duplicava a potência instalada no país antes do programa. Entre o PROINFA e o primeiro
leilão exclusivo de energia eólica, em 2009, apenas uma segunda fábrica de aerogeradores
foi posta em operação no país. Atualmente, a maioria dos grandes atores do mercado de
energia eólica no mundo já possui fábricas no Brasil, e a indústria eólica também se expandiu
através de novas fábricas de torres e pás, também crescentes no país. Ao final de 2012,
estudos indicavam uma capacidade de produção no Brasil da ordem de 4.400 a 4.600

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MW/ano, valor semelhante ao incremento de demanda verificado nos Estados Unidos no
ano de 2010 (CGEE, 2012).
Os contratos do PROINFA têm duração de 20 anos e neles a Eletrobrás assegura ao
empreendedor receita mínima de 90 % da energia contratada pela fonte eólica durante o
período de financiamento. A Eletrobrás cumpriu o papel de agente executora, realizando a
celebração dos contratos de compra e venda de energia e encarregada de elaborar o Plano
Anual do PROINFA (PAP), um relatório anual sobre os fatos principais relativos ao
programa, que deveria conter o montante de energia gerada e contratada e o demonstrativo
dos custos administrativos, financeiros e tributários do programa (Lopes, 2011).
O PROINFA apresentou incentivos do tipo feed-in para os empreendimentos
contratados, estipulando uma tarifa de compra de energia chamada Preço Premium, dada em
R$/MWh, que corresponde ao valor econômico de cada fonte corrigido anualmente pelo
índice geral de preços do mercado (IGP-M) de acordo com o mês de aniversário do contrato.
Em dezembro de 2012, por exemplo, este valor esteve em R$ 303,97 para empreendimentos
com menores fatores de capacidade, e R$ 344,74 para empreendimentos com maiores fatores
de capacidade.
Segundo Dutra (2007), os leilões são um processo mais competitivo, onde o
regulador define as reservas de mercado para um montante de energia elétrica e organiza o
processo de competição entre os produtores para fornecimento do montante previamente
reservado. As concessionárias de energia elétrica ficam então obrigadas a pagar aos
produtores vencedores do leilão o montante de energia gerada pela tarifa definida no
certame. Revista Brasileira de Energia Solar .

2.11 Mercado Eólico

O Conselho Global de Energia Eólica (GWEC, na sigla em inglês) divulgou em 2017,


o mundo instalou um total de 52,57 GW de potência à produção mundial, totalizando 539,58
GW de capacidade instalada global. Líder mundial em instalações, a China adicionou quase
20 GW em projetos eólicos à sua matriz energética. Na sequência aparecem os Estados
Unidos, que tiveram outro ano forte, com 7,1 GW instalados, e boas perspectivas para os
próximos anos, em grande medidas favorecidas pela compra corporativa de energia
renovável por gigantes domésticas, como Google, Apple, Nike, Facebook, Walmart e
Microsoft.

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Apesar das crises políticas e econômicas, o Brasil instalou mais de 2 GW em
capacidade de energia eólica no ano passado (2017). No ranking dos dez países com mais
capacidade de energia eólica no acumulado, o país subiu uma posição e aparece agora em
oitavo na lista, com 12,76 GW, ultrapassando o Canadá, que está com 12,39 GW.
Aquecido durante anos de forte expansão e grandes investimentos, o mercado de
energia eólica no Brasil deverá sofrer uma retração vertiginosa a partir de 2019, em função
da queda na demanda por eletricidade e da interrupção dos leilões de contratação de novos
projetos. De acordo com a European Wind Energy Association, (EWEA, 2015) a associação
de energia eólica europeia, estima-se que no ano de 2020 seja instalada cerca de 230 GW de
potência eólica, fazendo com que o investimento na área passe de 6 bilhões em 2006 para
60 bilhões, e há projeção para o ano de 2030 de 400 GW.

Figura 6. Líderes mundiais em capacidade acumuladas em 2015 (Fonte: GWEC, 2015)

China é o país que lidera a expansão do setor, com 75,5 mil megawatts (MW)
instalados (26,8 % da participação global) até final de 2012. Trata-se de 30 vezes a
capacidade eólica total do Brasil, de 2,5 mil MW. De acordo com o relatório do GWEC
(2015), o Brasil é o décimo quinto país com o maior potencial eólico instalado no mundo e
o maior da América Latina. O Estado brasileiro adota duas políticas fundamentais para
incentivar o desenvolvimento de fontes alternativas de energia no país. Desenvolveu-se o
Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (PROINFA) em 2004 e,
posteriormente, os Leilões de energia. Em termos de produção, o mercado eólico brasileiro

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está em plena expansão. Apesar do Brasil ser o 10º colocado no ranking mundial em
capacidade eólica acumulada, o país adicionou, em 2015, 2.754 MW de capacidade instalada
(em relação a 2014), foi o 4º no mundo, ficando atrás apenas da China, Estados Unidos e
Alemanha (GWEC, 2015; ABEEÓLICA, 2015).
A energia eólica ultrapassou a marca de 14,34 GW (gigawatts) de capacidade
instalada no Brasil, patamar equivalente a uma usina de Itaipu —a segunda maior
hidrelétrica do mundo. Ao todo, são 568 parques eólicos, em 12 estados do país. A energia
gerada nos últimos 12 meses é suficiente para abastecer 25 milhões de residências por mês,
ou cerca de 75 milhões de brasileiros, segundo dados da Abeeólica (Associação Brasileira
de Energia Eólica, 2015).

2.12 Oportunidades para o Setor Eólico Brasileiro

Tendo como base o período de 2009 até 2014 observa-se que o Brasil foi o terceiro
maior contratante mundial de energia eólica no primeiro semestre de 2014, atrás apenas de
China e Alemanha e à frente dos EUA e dos demais países europeus. A arrancada brasileira
no cenário internacional na geração de energias eólicas em tão pouco tempo se dá em relação
aos ventos brasileiros com uma alta média anual em muitas regiões (próxima a 8,5 m/s em
boa parte dos Estados da região Nordeste e acima de 7,0 m/s no RS). Um segundo fator
contribuiu em muito para o boom da indústria eólica nacional neste período: a recessão
mundial, que freou fortemente os investimentos nos EUA e na Europa em 2008-10 e que
elevou o nível de ociosidade nas plantas de aerogeradores, partes e peças ao redor do mundo.
Por conta disso, estes fabricantes aportaram no Brasil, atraídos por um mercado com elevado
potencial e em franca expansão. Comparados aos ventos europeus e norte-americanos, os
ventos no Brasil têm características que permitem que as máquinas operem com maior
eficiência.

2.13 Desafios da Energia Eólica no Brasil

Em 2015, o World Wide Fund for Nature (WWF-Brasil), o Brasil possui pela frente
muitos desafios importantes e tendo como a cadeia de suprimentos um enorme obstáculo,
devido à falta de regularidade nas contratações, existindo um baixo volume de novas
contratações em 2012 e logo em seguida havendo forte concentração em outros anos como
2013, o que tem prejudicado o planejamento é não ter havido escalonamento nas datas de
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entrada em operação de usinas leiloadas num mesmo ano com excesso de unidades que
precisam entrar em operação nos meses de janeiro de cada ano. Com isso, os pedidos chegam
ao mesmo tempo aos elos anteriores da cadeia de suprimento, prejudicando a capacidade de
atendimento da demanda. Ou geram períodos de ociosidade em que não há pedidos
suficientes nas fábricas de boa parte dos fornecedores de insumos ou equipamentos.
Há também gargalos em alguns segmentos da cadeia de suprimentos, como em
chapas especiais de aço, fibras de vidro e resina epóxi para pás e materiais forjados de aço
para rolamentos e outros componentes da nacele, que abriga o equipamento de geração.
Pressões de preço ao longo do período de construção ou indisponibilidade de alguns
materiais vêm dificultando o plano de trabalho e de entrega de alguns fabricantes. Casos de
atraso no licenciamento e na construção de linhas de transmissão têm ilhado alguns parques,
que não conseguem despachar sua energia na rede. Outro fator crítico diz respeito a
problemas de logística ao longo do trajeto entre a fábrica de equipamentos e insumos e os
parques eólicos. As condições são precárias em diversos trechos, incluindo estradas federais
de grande porte e, principalmente, trechos vicinais no interior das áreas de construção dos
parques.
Descontinuidades e mudanças em alguns programas de incentivos fiscais voltados
para o setor, a exemplo do Convênio ICMS 101, que isenta do ICMS os equipamentos
utilizados na geração de energia eólica e solar e que solicitou prorrogação recentemente; ou
do REIDI, que excluiu diversos itens da regra de isenção do PISCofins e há pouco voltou a
incluir apenas parte do conjunto de equipamentos antes desonerados, criam desequilíbrios e
incertezas desnecessárias, que tendem a afugentar investidores.

3. CONCLUSÃO

O desenvolvimento econômico depende substancialmente de energia, precisando ser


identificadas fontes renováveis e não poluentes, com vistas à sustentabilidade das operações.
Neste sentido a obtenção da energia por meio de sistema eólico pode ser extremamente eficaz
para suprir a crescente demanda crescente, frente às necessidades de desenvolvimento
econômico de toda a sociedade.
Dentre as alternativas disponíveis, a energia eólica apresenta pontos positivos como,
por exemplo, contar com o recurso inesgotável da força dos ventos e vem experimentando
crescimento rápido no Brasil. Desde o primeiro aerogerador instalado no país, em 1992,

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houve grande avanço regulatório no cenário nacional, com a inclusão de políticas de
incentivo para o crescimento dessa tecnologia.
Outra potencialidade da energia eólica está na geração de empregos diretos,
com estimativas de geração de mais de 195 mil empregos-ano até 2020. Além da geração de
empregos, a energia eólica traz benefícios sociais, como exemplo o aumento da renda total
das comunidades atingidas pelos parques e o oferecimento de oportunidades de empregos
fixos e temporários ou ainda no ramo turístico.

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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