Alfabetização 2 – Volume 1
Editora
Cidade de Deus
FICHA CATALOGRÁFICA
Instituto Cidade Deus
Coleção Hypomoné: Alfabetização II / Instituto Cidade de Deus – São Carlos:
Editora Cidade de Deus, 2020.
CDD – 200.71
1
2
Sumário
Estudo Sagrado............................................................................................................................ 15
Semana 1 ....................................................................................................................................... 19
Doutrina Sagrada ................................................................................................................. 19
Amizade com Deus .............................................................................................................. 21
A vida de Jesus .................................................................................................................... 21
Semana 2 ....................................................................................................................................... 25
Doutrina Sagrada ................................................................................................................. 25
Amizade com Deus .............................................................................................................. 27
A vida de Jesus .................................................................................................................... 29
Semana 3 ....................................................................................................................................... 31
Doutrina Sagrada ................................................................................................................. 31
Amizade com Deus .............................................................................................................. 33
A vida de Jesus .................................................................................................................... 34
Semana 4 ....................................................................................................................................... 36
Doutrina Sagrada ................................................................................................................. 36
Amizade com Deus .............................................................................................................. 38
A vida de Jesus .................................................................................................................... 40
Alfabetização 2............................................................................................................................. 43
Metodologia do material ............................................................................................................... 46
1 - Exercício de escrita e cópia ............................................................................................ 47
2 - Leitura em voz alta ......................................................................................................... 47
3 - Contemplação do belo .................................................................................................... 47
4 - Exercícios de memorização ............................................................................................ 48
5 - atividades de consciência fonológica e consciência fonêmica ....................................... 48
Sugestão de Aplicação .................................................................................................................. 49
Alfabetização 2 – objetivo geral.................................................................................................... 52
Antes de começar... ....................................................................................................................... 53
Semana 1 ....................................................................................................................................... 57
Atividade 1 - A Escrita do nome - Chamei-te pelo nome! .................................................. 61
Atividade 2 - Recontagem de história.................................................................................. 62
Atividade 3 - Consciência fonêmica: mesmo fonema inicial .............................................. 65
3
Atividade 4 - Memorização – Salmo 8 ................................................................................ 66
Atividade 5 - Apreciação de imagem- Jesus Misericordioso .............................................. 67
Atividade 6 - Matemática .................................................................................................... 71
Semana 2 ....................................................................................................................................... 72
Atividade 1 - Escrita - Alfabeto ........................................................................................... 72
Atividade 2 - Recontagem de história ................................................................................. 74
Muito bem, caro príncipe! .......................................................................................... 74
Atividade 3 - Consciência fonêmica: retirando um fonema ................................................ 76
Atividade 4 - Memorização – Continuação – Salmo 8 ........................................................ 77
Atividade 5 - Apreciação musical ....................................................................................... 78
Atividade 6 - Matemática – Sagrada Família ...................................................................... 80
Atividade 7 - Matemática – Sequenciamento ...................................................................... 80
Semana 3 ....................................................................................................................................... 80
Atividade 1 - Escrita - Letra A ............................................................................................ 81
Santo Afonso Maria de Ligório.................................................................................. 82
Atividade 2 - Consciência fonêmica: associando grafema e fonema – Fonema A ............. 86
Atividade 3 - Recontagem de história ................................................................................. 88
Sigamos a luz da fé .................................................................................................... 88
Atividade 4 - Memorização ................................................................................................. 90
Atividade 5 - Apreciação de imagem .................................................................................. 91
Semana 4 ....................................................................................................................................... 95
Atividade 1 - Escrita – Vogal E ........................................................................................... 95
Santo Estevão ............................................................................................................. 96
Atividade 2 - Escrita – Sequência do alfabeto ..................................................................... 98
Atividade 3 - Recontagem de história ................................................................................. 99
O segundo pedido ....................................................................................................... 99
Atividade 4 - Consciência fonêmica: associando grafema e fonema – Fonema /ê/ .......... 103
Santo André .............................................................................................................. 107
Atividade 6 - Consciência fonêmica: associando grafemas e fonemas – Letras A e E. .... 110
Atividade 7 - Memorização ............................................................................................... 111
Atividade 8 - Representação do Evangelho ....................................................................... 112
Atividade 9 - Matemática .................................................................................................. 114
Anexo .......................................................................................................................................... 116
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Apresentação do Instituto
Quem somos
O Instituto Cidade de Deus é formado por um grupo de professores católicos que deseja
educar crianças e jovens para a santidade e sabedoria.
Ao longo de nossa atividade docente, percebemos que existe um projeto global de
destruição das famílias, da inteligência e da verdade, que transforma nossos estudantes em
materialistas e ateus usando a educação para este fim. Por isso, resolvemos nos dedicar
exclusivamente à elaboração de um programa educacional tradicional, o qual servirá de base
para pais e mestres formarem seus educandos na verdadeira sabedoria.
Preparamos um material que abrange as idades de 4 a 14 anos, distribuído em dez
volumes por etapa. Seguimos o padrão curricular brasileiro, contudo, usamos um referencial
teórico totalmente fundamentado na Sagrada Escritura, na piedade, na Tradição Católica, no
autêntico Magistério, nos escritos dos Santos e intelectuais católicos.
Nosso objetivo
Nosso objetivo é, através da educação, levá-los a conhecer intimamente a Deus, a amá-Lo
acima de tudo e de todos e a desejar viver com Ele por toda a eternidade, o que se reflete
fundamentalmente nas fortes palavras de Monsenhor Gaume:
“Fazer o ensino cristão eis o intento da luta; eis a empresa que é preciso tentar, e que é
preciso realizar. Isto quer dizer:
É preciso que o cristianismo substitua o paganismo na educação.
É preciso reatar o fio do ensino católico, manifesta, sacrílega e infelizmente
quebrado na Europa (e no mundo inteiro).
É preciso pôr ao pé do berço das gerações nascentes a fonte pura da verdade, em
vez das cisternas impuras do erro; o espiritualismo em vez do sensualismo; a ordem em
vez da desordem; a vida em vez da morte.
É preciso introduzir novamente o princípio católico nas ciências, nas letras, nas
artes, nos costumes, nas instituições, para curá-las das vergonhosas moléstias que as
devoram e para as subtrair à dura escravidão em que gemem.
É preciso salvar assim a sociedade, se ela ainda pode ser salva, ou ao menos
impedir que não pereça toda a carne no cataclismo que nos ameaça.
É preciso ajudar assim os desígnios manifestos da Providência, já temperando,
como o aço, aqueles que devem suportar o embate da luta, para que avancemos
rapidamente; já conservando à religião um pequeno número de fiéis destinados a serem o
gérmen d'um reino glorioso de paz e justiça”. (Monsenhor Gaume, “Paganismo na
Educação”, 1886, p. 12-13, editado)
Somos inspirados pela encíclica Divini Illius Magistri, de Pio XI, na qual o Sumo
Pontífice exorta os católicos a educarem seus filhos para o fim último, o Céu. Para isso, a
Religião deve ser o “fundamento e a coroa de toda a instrução”, de modo que “não só em
determinadas horas se ensine aos jovens a religião, mas que toda a restante formação respire a
fragrância da piedade cristã”. Estas frases do saudoso Papa Pio XI fazem parte da essência
daquilo que Deus espera da educação.
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É cada vez maior o número de pessoas conscientes, que compreendem o modelo atual de
educação como um modelo que levará o mundo ao mais profundo abismo.
Entre tantas mentiras que as ideologias implantaram na educação, a maior delas foi
desassociar o conhecimento de Deus do entendimento e da sabedoria. Não é possível ser
verdadeiramente sábio e entendido sem conhecer a Deus.
“A sociedade está enferma, muito enferma. Sintomas cada vez mais assustadores
não nos deixam duvidar da gravidade do mal (...). É, pois, preciso um remédio
enérgico. O ponto capital não é fazer o ensino livre, é fazê-lo cristão. De outro
modo a liberdade só servirá para abrir novas fontes envenenadas onde a mocidade
virá beber a morte”. (Mons. Gaume, p. 12)
Por que fazer o ensino cristão?
“[Porque] Não se pode dar verdadeira educação sem que esta seja ordenada para o
fim último, assim na ordem atual da Providência, isto é, depois que Deus se nos
revelou no Seu Filho Unigênito que é o único ‘caminho, verdade e vida’, não
pode dar-se educação adequada e perfeita senão a cristã”. (Pio XI)
A solução para a educação não está nas ideologias vigentes, no “clássico” ou no
“conservadorismo”, pois não existe verdadeiro conservadorismo se não for católico. A solução
somente se encontra na educação católica conservadora. Muitos se digladiam com
questionamentos sobre os melhores métodos e o mais adequado modelo educacional, ficam
demasiadamente preocupados com essa ou aquela divisão do saber, enquanto a Religião
permanece em segundo plano.
Ao orientarmos todos os nossos estudos, todo nosso empenho e tudo que temos para
conhecer a Deus, nosso desejo de saber será saciado.
“Se somente Deus for visto, Ele, que é a fonte e o princípio de todo o ser e de
toda a verdade, preencherá o desejo natural de saber, a tal ponto que nada
mais se buscará; e assim se há de ser bem-aventurado”. (Santo Tomás de
Aquino)
Nosso material foi feito para reatar o fio do ensino católico rompido desde o
Renascimento. Ao mesmo tempo, nossa intenção foi presentear a Mãe de Deus com um material
verdadeiramente católico e piedoso em vista do advento do Reino de Maria, profetizado por São
Luís Grignion de Montfort.
Não será nada fácil o longo caminho que percorreremos juntos, mas Deus nunca
prometeu facilidades e sim a graça necessária para passarmos
pelas dificuldades. Você não está sozinho. Deus está com você,
Maria Santíssima está com você, seu Anjo da Guarda e os seus
Santos de devoção estão com você!
Dedicamos todas as nossas forças para elaborar um
material que leve os educandos à plena configuração a Cristo, à
santidade, ao Céu!
Quando São João Maria Vianney estava indo para Ars, a
cidade onde seria pároco, encontrou um menino e disse-lhe:
Mostre-me o caminho para Ars e eu te mostrarei o caminho
para o paraíso! Esta é a nossa meta: mostrar-lhes o caminho
para o paraíso!
6
Aos mestres
Senhores Mestres,
É de suma importância compreender a essência, a importância da Educação cristã para
educar seus filhos. De acordo com o Papa Pio XI, em sua Carta encíclica Divini Illius Magistri
(acerca da educação cristã da juventude),
Continua:
“O fim próprio e imediato da educação cristã é cooperar com a graça divina na
formação do verdadeiro e perfeito cristão (...)a fim que também a vida de Jesus se
manifeste na vossa carne mortal”.
Cabe aos pais saber, segundo o sagrado Magistério da Santa Mãe Igreja Católica, que a
família é uma comunidade privilegiada, chamada a realizar a comunhão das almas, o comum
acordo dos esposos e a diligente cooperação na educação dos filhos:
“Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos. Testemunham esta
responsabilidade primeiro pela criação de um lar onde são regra a ternura, o perdão, o
respeito, a fidelidade e o serviço desinteressado. O lar é um lugar apropriado para a
educação das virtudes, a qual requer a aprendizagem da renúncia, de sãos critérios, do
autodomínio, condições da verdadeira liberdade. Os pais têm a grave responsabilidade de
dar bons exemplos aos filhos. Sabendo reconhecer diante deles os próprios defeitos,
serão mais capazes de os guiar e corrigir.” (CIC, 2223)
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Aos estudantes
Caríssimos alunos,
É um prazer imenso para todos nós, do Instituto Cidade de Deus, poder contribuir, junto
com os seus pais, para a sua formação. Lembre-se que estudar é algo que agrada muito a Deus,
quando feito com o objetivo certo. Para que estudar? Quem irá responder é Santo Agostinho:
“Há pessoas que desejam saber só por saber, e isso é curiosidade; outras, para
alcançarem fama, e isso é vaidade; outras, para enriquecerem com a sua ciência, e
isso é um negócio torpe; outras, para serem edificadas, e isso é prudência; outras,
para edificarem os outros, e isso é caridade.”
Para que estudar? Para amar a Deus e ao próximo com a inteligência que você adquiriu.
Estude para edificar os outros e estabelecer em sua alma, em sua família e no mundo o triunfo de
Jesus Cristo e de Sua Igreja.
Não será nada fácil o longo caminho que percorreremos juntos, mas Deus nunca
prometeu facilidades e sim a graça necessária para passarmos pelas dificuldades. Você não está
sozinho. Deus está com você, Maria Santíssima está com você, seu Anjo da Guarda e os seus
santos de devoção estão com você! A Igreja Católica e os seus pais estão com você. Agora
também temos a honra de participar da sua vida e acompanhá-lo no caminho do
desenvolvimento da razão. Vamos ao trabalho!
Nossa meta e sincero desejo para você, caro aluno: encontrar o caminho do paraíso!
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Orientações para antes dos Estudos:
Sabemos que o nosso estudo agrada a Deus, mas qual seria a melhor forma de estudar?
Esta é uma pergunta muito difícil, mas muitos santos, ao longo da História, como Hugo de São
Vítor, deixaram algumas dicas preciosas que podemos seguir.
As dicas são:
1. Seja humilde: a humildade é uma virtude essencial para quem quer começar uma
verdadeira vida de estudante, cujo objetivo é a caridade e a sabedoria. Segundo Hugo de
São Vítor, a humildade é o princípio do aprendizado. Sem ela, o estudo só inchará o seu
orgulho. Uma virtude é um bom hábito, ou seja, é algo que precisa ser praticado todos os
dias para ser alcançado. O bom estudante deve ser humilde e manso, inteiramente alheio
aos cuidados do mundo e às tentações dos prazeres. Consciente de que será preciso
buscar a humildade para começar a trilhar o caminho da sabedoria, você terá Nosso
Senhor Jesus Cristo como modelo perfeito na prática da humildade.
2. Oração: Antes de qualquer coisa que fazemos, convém que rezemos para pedir a Deus as
graças que necessitamos para atingir um resultado que agrada ao Senhor. Assim também
é com os estudos. Antes de iniciar os passos para um bom estudo, se recolha em silêncio,
eleve o seu coração a Deus e Lhe dirija uma oração sincera, atenta e humilde.
3. Ouvir os ensinamentos: Ouvir o que o outro quer nos ensinar parece uma tarefa fácil,
mas nem sempre isto acontece. Algumas vezes nos distraímos com muita facilidade ou
“ouvimos apenas por ouvir”, sem nos esforçarmos para compreender o que se fala.
Quando um ensinamento lhe está sendo apresentado, coloque toda a sua atenção para
entender o assunto.
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um texto complexo. Peça ajuda do Espírito Santo, fonte da inteligência. Porém, tome
cuidado com alguns tipos de textos que “caem” em nossas mãos, pois o demônio muitas
vezes nos ataca através de más leituras.
Certa vez Dom Bosco teve um sonho no qual via um navio que representava a
Igreja sendo atacado por inimigos furiosos e, para nossa surpresa, uma das armas de
ataque eram livros incendiados que eram lançados sobre a barca de São Pedro. Vejam
que sonho impressionante e cheio de lições para nós!
São Jerônimo dedicava horas e horas de seus dias lendo, estudando e até
decorando livros de clássicos latinos (Cícero, Virgílio, Horácio, Tácito) e ainda
encontrava disposição para conhecer autores clássicos gregos. Tal era seu entusiasmo e
admiração pelos escritores clássicos que logo formou uma biblioteca só com obras deles,
chegando até a copiar a mão vários desses livros.
Um dia Jerônimo estava em oração e teve uma visão de seu julgamento. O próprio
Nosso Senhor Jesus Cristo presidia o Tribunal e perguntava sobre seu estado de alma e
sua fé:
– Sou cristão, responde Jerônimo.
Ao que o Juiz lhe replicou com severidade:
– Mentira! Tu não és cristão, mas ciceroniano…
Isso seria o mesmo que dizer: “Não és de Cristo, és de Cícero.”
O Juiz mandou que ele fosse açoitado. Os assistentes pediram clemência
argumentando que ele ainda era jovem e poderia corrigir-se, arrepender-se e salvar-se.
Diante do que lhe acontecia, Jerônimo reconheceu o estado de alma em que se encontrava
e tomou a única atitude que lhe seria conveniente: reconheceu seu erro e pediu perdão.
Naquele instante, ele fez o firme propósito de emendar-se:
“Desde aquela hora eu me entreguei com tanta diligência e atenção a ler as
coisas divinas, como jamais havia tido nas humanas”, (carta de São
Jerônimo a Santa Eustáquia).
Formados pelo exemplo dos santos e movidos pela busca de santidade de vida,
sugerimos ainda dois passos importantes após a leitura: o resumo e a memorização.
Um resumo consiste em descrever as principais informações contidas no texto
lido de forma que fique somente o essencial. Se você não foi capaz de resumir o texto,
pode significar que não entendeu o mesmo. Depois de resumir as principais ideias do
texto, é necessário que você as memorize de tal modo que fiquem guardadas em sua
memória. Certamente é difícil memorizar todas as informações de um texto, mas o que se
pede é que se retenha somente as principais, pois a memória existe para guardar em nosso
interior aquilo que se aprendeu. Este passo é fundamental para chegar ao próximo.
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uma espécie de admiração das coisas estudadas, buscando dissipar tudo o que é obscuro
no que se estudou. Para meditar sobre algo é necessário você conduzir o seu pensamento
na direção de uma ideia e se esforçar para explicar as coisas que ainda não são claras.
Depois disso virá a contemplação.
Para ficar mais claro todos esses passos vamos dar um exemplo:
Imagine um quebra-cabeça cuja imagem não lhe é conhecida. Primeiramente,
você deverá conhecer as peças do jogo, virando-as de tal forma que apareçam as suas
formas e cores (leitura). Depois você deverá reunir as peças que se assemelham e separá-
las em blocos (resumo e a memorização). Após separar, você deve tentar reunir as peças,
começando pelos blocos com as cores e formas semelhantes, esforçando-se para
descobrir a imagem do quebra-cabeça (meditação). Quando as peças começarem a se
encaixar, você começará a ter maior noção do que se trata o jogo, e, depois de várias
tentativas, com erros e acertos, você descobrirá a belíssima imagem de Nossa Senhora de
Guadalupe, mas isso ainda não é a contemplação. Somente depois de terminar de
encaixar todas as peças, após muito esforço, você poderá olhar para aquela pintura feita
por mãos celestes, com riqueza de formas e cores, símbolos e significados, fitar aquela
Mulher vestida de Sol com a Lua debaixo de seus pés e se deleitar de tal modo que seu
coração se elevará até a Virgem, como se ela estivesse em pessoa ali, naquele simples
quebra-cabeça, e lhe dirigirá uma belíssima oração de agradecimento pelo seu sim, que
nos trouxe o Salvador! Isto é contemplação. Mas ainda não acabou.
8. Ensinar: Ainda resta este último e não menos importante passo. Após percorrer esse
longo trajeto proposto de Leitura, Resumo, Memorização, Meditação e Contemplação,
você precisará ensinar alguém aquilo que o estudo lhe proporcionou, recordando que
Santo Agostinho nos ensinou que edificar os outros por caridade é o motivo pelo qual se
deve estudar. Para ensinar, você deve trilhar “o caminho das pedras” e, somente assim,
poderá orientar outros sobre qual caminho tomar. Observe que você deve orientar e não
carregar aquele que se ensina. É um grande desafio. Entretanto, se esse passo não for
dado, de nada valeram os outros; e, se não se consegue ensinar, quer dizer que os passos
anteriores não foram cumpridos.
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Orações para antes dos estudos
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Introdução
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Aos queridos alunos
Q UANDO você gosta de um amigo, sua vontade é querer brincar, conversar, estar perto
dele. E, com essa proximidade, a amizade vai aumentando cada vez mais, não é verdade?
Nosso Senhor Jesus Cristo é o nosso melhor amigo. É muito importante estar próximo
d'Ele, conhecê-Lo e unir seu coração ao d’Ele. É necessário conhecer Seus ensinamentos, a
Doutrina Cristã Católica, isto é, as Verdades da fé. Para que essas verdades fiquem gravadas em
seu coração, é necessário decorá-las.
A palavra decorar vem do latim "cor" (coração), “guardar no coração”, “memorizar”.
Sabendo disso, guarde os ensinamentos de Nosso Senhor em sua memória, mas o mais
importante é guardá-los em seu coração, para que tudo o que você pensar, falar e agir seja igual a
esse grande amigo, Jesus Cristo!
“15Trouxeram-lhe também criancinhas, para que Ele as tocasse. Vendo isto, os discípulos as
repreendiam.16Jesus,porém, chamou-as e disse: Deixai vir a mim as criancinhas e não as
impeçais, porque o Reino de Deus é daqueles que se parecem com elas.17Em verdade vos
declaro: quem não receber o Reino de Deus como uma criancinha, nele não entrará.18”
(Lc 18, 15-17)
Organização da disciplina:
Organizamos a disciplina do Estudo Sagrado em três partes:
1. Doutrina Sagrada: primeiramente os alunos deverão estudar a doutrina da Igreja
Católica.
2. Amizade com Deus: nesta parte, os alunos aprenderão as práticas de piedade que devem
ser realizadas diariamente, pois “quem reza se salva e quem não reza se condena” (Santo
Afonso).
3. A Vida de Jesus: nesta parte, os alunos aprenderão história da Vida de Jesus, pois Ele é a
pessoa mais importante de toda a história do universo.
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Semana 1
Doutrina Sagrada
ORAÇÃO
É muito importante que as crianças adquiram desde pequenas o hábito de rezar, de conversar com
Deus, de se colocar na presença d’Ele, e é missão dos pais fazer crescer nas crianças este amor pela
oração.
“Não fazer rezar as crianças é roubar uma grande glória a Deus.”
“A oração não é outra coisa senão uma união com Deus. Uma suave conversa de um filho com
seu Pai”. (São João Maria Vianney)
Deus é honrado e glorificado todas as vezes que nos unimos a Ele em oração, mas Ele não precisa
da nossa oração. Pelo contrário, somos nós que precisamos da oração para nossa própria salvação:
“É preciso que nos convençamos de que da oração depende todo o nosso bem. Da oração depende a
nossa mudança de vida, o vencer das tentações; dela depende conseguirmos o amor de Deus, a perfeição,
a perseverança e a salvação eterna”. (Santo Afonso de Ligório)
“Quem foge da oração, foge de todo o bem”. (São João da Cruz)
Que é a oração?
A oração é uma elevação da alma a Deus,
para adorá-Lo, para Lhe dar graças e para Lhe
pedir aquilo de que precisamos.
19
A importância da oração
A Sagrada Escritura nos conta o episódio em que Moisés, orando em uma colina, faz com
que os Hebreus vençam seus inimigos. Leia a seguir o relato deste fato que se encontra no livro
do Êxodo:
“Amalec veio atacar Israel em Rafidim. Moisés disse a Josué: “Escolhe-nos homens e
vai combater Amalec. Amanhã estarei no alto da colina com a vara de Deus na mão.” Josué
obedeceu a Moisés e foi combater Amalec, enquanto Moisés, Aarão e Hur subiam ao alto da
colina. E, quando Moisés tinha a mão levantada, Israel vencia, mas logo que a abaixava,
Amalec triunfava. Mas como se fatigassem os braços de Moisés, puseram-lhe uma pedra por
baixo e ele assentou-se nela, enquanto Aarão e Hur lhe sustentavam as mãos de cada lado: suas
mãos puderam assim conservar-se levantadas até o pôr-do-sol, e Josué derrotou Amalec e seu
povo.” (Êxodo 17, 8-13)
Neste episódio, Deus concedeu a
vitória a Josué e ao povo de Israel por
meio da oração de Moisés. Enquanto
Moisés ficava firme na oração, com a
vara de Deus nas mãos levantadas, Deus
combatia em favor de Israel, mas
quando Moisés parava de rezar e
abaixava os braços, o povo era vencido
pelo exército de Amalec.
Outro ponto importante deste
fato é a necessidade dos amigos de
Moisés para sustentarem suas mãos
erguidas no momento de maior cansaço.
Assim deve ser a presença dos pais,
professores e responsáveis: devem dar
todo o apoio e sustento para que a
criança consiga sustentar seus passos na
fé e crescer a cada dia na vida de oração
e intimidade com Deus, para conhecê-
Lo e amá-Lo acima de tudo.
Peçamos também a Deus a graça
de sermos fiéis e perseverantes na
oração, assim como foi Moisés.
20
AMIZADE COM DEUS
21
A vida de Jesus1
A vida de Nosso Senhor Jesus Cristo neste mundo começa pelo “Sim” da Virgem Maria
ao Arcanjo Gabriel, quando este anuncia o plano de Deus de enviar ao mundo, por meio d’Ela, o
Salvador. Como afirma São Luís Maria Grignion de Montfort:
“Foi por intermédio de Maria que Jesus Cristo veio ao mundo, e é também por meio dela que
Ele deve reinar no mundo.”
“É por Maria que procuro e que vou encontrar Jesus.”
Por isso, para conhecer Nosso Senhor, é fundamental que nos tornemos íntimos d’Aquela
que lhe trouxe ao mundo, que o educou, cuidou e o amou mais que qualquer outra criatura. Neste
sentido, ao invés de começarmos este tópico do Estudo Sagrado pela vida de Jesus propriamente
dita, começaremos por estudar a vida d’Aquela que o gerou, afinal
“Ela [A Virgem Maria] é o meio mais seguro, mais fácil, mais rápido e mais perfeito de
chegar a Jesus Cristo.” (São Luís Maria Grignion de Montfort)
N
AQUELE tempo, isto é, há aproximadamente dois
mil anos, houve na Palestina duas pessoas muito
felizes: eram os pais de uma bela criancinha
que acabava de nascer.
A gente sempre acha que um recém-
nascido e bonitinho, mesmo se sua pele está um
pouco enrugada e o nariz um pouco grande,
algumas vezes.
Mas aquela criancinha era realmente
mais linda que todos os bebês que haviam
nascido até então.
Por isso, a família e os amigos vinham
felicitar aqueles que tiveram a sorte de possuir tal
tesouro.
A Tradição nos ensina que a mãe desta bela
criancinha se chamava Ana e o pai, Joaquim. Estavam
muito felizes porque esta menininha era seu primeiro
filho. Nascimento de Nossa Senhora
Primeira Infância
C
HAMARAM-NA Míriam que se traduz por Maria em português. Era um nome muito
comum entre as meninas da Palestina.
1
Texto retirado da obra “A linda história de Nossa Senhora” de Agnès Richomme.
22
Quando enfaixava e limpava sua pequena Maria, Ana se sentia cheia de prazer. O Senhor,
em vista de sua grande missão, havia concedido a Maria, desde o primeiro instante de sua
existência, o estado de graça que nós só recebemos no batismo.
Esse privilégio se chama Imaculada Conceição.
Sim, Maria era puríssima, e Deus, que deveria um dia d’Ela nascer para resgatar os
homens, a tinha resgatado em primeiro lugar.
Por enquanto, apenas sua beleza e graça a distinguiam das outras. Era tão boazinha que,
às vezes, todos ficavam admirados.
Muito cedo começou a sorrir, e não apenas com os lábios, mas com os olhos, muito
meigos e profundos, que sorriam também. Até as pessoas grandes ficavam emocionadas diante
desse belo rostinho. Só de olhá-la sentia-se alegria.
Começou logo a ficar de pé, depois a andar, segurando com a mãozinha rechonchuda, a
saia da mamãe ou o polegar do papai. E seus olhinhos riam ainda mais quando conseguiu dar
alguns passos sozinha.
Ao mesmo tempo, procurava pronunciar algumas sílabas que logo se tornaram palavras,
e, depois, frases curtas.
E o tempo passava. Do belo bebê que era nos primeiros meses de vida, a pequena Maria
se tornara uma menina tão gentil e boazinha que todos ficavam encantados. Por mais que se
observasse, não se achava nela o menor defeito.
Seja em casa com os pais, seja na rua ou na fonte, com as outras pessoas, Maria era
sempre boa, educada, serviçal. Realmente, nunca se tinha visto coisa igual.
Quanto mais crescia, mais eram notáveis essas qualidades.
23
Ora, todos do lugar se admiravam: Maria não discutia nunca, não tinha inveja de
ninguém, não faltava nunca à caridade. Pelo contrário, estava sempre pronta à ceder, a sacrificar-
se para dar prazer aos demais, a emprestar as suas coisas, a prestar algum serviço.
Era de tal modo notável que as pessoas grandes se olhavam, meneando a cabeça e
perguntavam, às vezes, uma à outra: “Que pensa a senhora a respeito desta criança? Certamente
não é como as demais e Deus deve ter algum desígnio sobre ela.” Suas companheiras, sem ter
esses pensamentos, sentiam, entretanto, por Maria, uma afeição envolvida de certo respeito.
Cada qual muito desejava parecer-se com ela.
24
Semana 2
Doutrina Sagrada
“A oração é a mais sólida e indestrutível base de todas as obras”. (São Pio de Pietrelcina)
AMOR DE UM VELHINHO 2
Um dia estava rezando, diante de uma imagem de Maria, Santo Afonso Rodríguez, irmão
leigo jesuíta, muito bom e muito santo.
Já era velhinho e passava longas horas aos pés de sua boa Mãe do céu. Às vezes punha-se
a chorar como uma criança; às vezes sorria como um anjo. Tinha algum sofrimento? Ia logo
comunicá-lo a Nossa Senhora.
Sentia alguma alegria? Depressa, ia contá-la à Mãe do céu. Tentavam-no os demônios?
Corria aos pés da Imaculada e pedia-lhe que não o desamparasse nem na vida nem na morte.
Naquele dia estava ele a dizer a Nossa Senhora que a amava muito, muitíssimo, com toda
a sua alma, com todo o seu coração. E parecia ao santo velhinho que a Virgem Santíssima lhe
sorria amavelmente. Ouviu, enfim, ou pareceu-lhe ouvir do fundo de sua alma uma voz que
dizia:
— Afonso, quanto me amas?
E o bom do velho respondeu:
— Olha, minha boa Mãe do céu: amo-te tanto, tanto, que é impossível me possas amar
tanto como eu te amo.
A Senhora, ouvindo isso, levanta a mão amorosa, dá-lhe urna leve bofetada e diz:
— Cala-te, Afonso, cala-te!... que estás dizendo? Eu te amo imensamente mais do que tu
me podes amar.
Eis por que devemos amar a Maria: ama-nos tanto que jamais poderemos compreender
toda a grandeza de seu amor.
2
História retirada do livro “Tesouro de exemplos – volume 1” Pe Francisco Alves C. SS. R. Vozes, 1958, 2a edição.
25
ÚLTIMA AVE-MARIA, ÚLTIMO SUSPIRO!
Achava-se num asilo de velhos um antigo soldado que, apesar de sua vida de caserna e
acampamento, se conservava dócil e acessível às verdades religiosas.
Um sacerdote, que o visitava com frequência, falou-lhe da devoção do rosário e ensinou-
lhe o modo de rezá-lo.
Deu-lhe a Irmã um rosário e o velho militar achou tamanho consolo em rezá-lo, que
sentia muito não o ter conhecido antes, dizendo que o teria rezado todos os dias.
— Irmã, (perguntou um dia), quantos dias há em sessenta anos?
— A Irmã fez o cálculo e respondeu:
— 21.900 dias.
— Irmã, e quantos rosários teria eu que rezar cada dia para, em três anos, chegar a esse
número?
— 20 cada dia, disse-lhe a Irmã.
Daí em diante viam-no, dia e noite, com o rosário na mão.
Após três anos de sofrimentos, suportados com grande paciência, chegou ao seu último
rosário.
Ali o esperava a morte, pois não viveu nem um dia nem uma hora a mais. Ao terminar a
última Ave-Maria, deu o último suspiro, entregou sua alma a Deus.
26
Amizade com Deus
Continuando com sugestões para adquirirmos o hábito da oração, vamos seguir o
conselho da Igreja através do catecismo de São Pio X. Ao responder à pergunta de quando
devemos rezar, o catecismo diz que “é bom que o façamos pela manhã e à noite, e no princípio
das ações importantes do dia”.
Atualmente estão disponíveis muitos livros de orações e devocionários que apresentam
diversas orações para todos os momentos e situações do dia. Daremos aqui uma sugestão
baseado no livro “Seleta de Orações” da editora Cultor de Livros.
SENHOR Deus, Rei dos céu e da terra, Ó Senhora minha, ó minha Mãe! Eu me
dirige, santifica, conduz e governa, neste dia, ofereço todo a Vós, e, em prova de minha
nossos corações e nossos corpos, nossos devoção para convosco, Vos consagro neste
sentimentos, palavras e ações, a fim de que, dia meus olhos, meus ouvidos, minha boca,
submissos à tua lei e agindo conforme os teus meu coração e inteiramente todo o meu ser. E
preceitos, mereçamos, por teu auxílio, ser como assim sou vosso, ó boa Mãe, guardai-me
salvos e livres nesta vida e na eternidade, ó e defendei-me como coisa e propriedade vossa.
Salvador do mundo, que vives e reinas pelos Amém.
séculos dos séculos. Amém.
NÓS Vos rogamos, Senhor, que prepareis as ABENÇOAI-NOS, Senhor, a nós e a estes
nossas ações com a vossa inspiração, e as dons que da vossa liberalidade recebemos. Por
acompanheis com a vossa ajuda, a fim de todos Cristo, Senhor Nosso. Amém.
os nossos trabalhos e orações em Vós Almoço: Que o Rei da eterna glória nos faça
comecem sempre e convosco acabem. Por participantes da mesa celestial. Amém
Cristo, Senhor Nosso. Amém.
Jantar: Que o Rei da eterna glória nos conduza
à Ceia da vida eterna. Amém.
NÓS Vos damos graças, Deus onipotente, por todos os vossos benefícios, Vós que viveis e
reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.
27
Que Deus nos dê a sua paz. E a vida eterna. Amém.
Orações da noite
VISITAI, Senhor, nós vos rogamos, esta habitação, e afastai dela todas as ciladas dos inimigos.
Os vosso Anjos queiram habitar nela e nos guardar em paz. E a vossa benção esteja sempre em
nós. Pelo mesmo Cristo Senhor Nosso. Amém.
O Senhor onipotente e misericordioso, + Pai, Filho e Espírito Santo, nos abençoe e nos guarde.
Amém.
À vossa proteção recorremos, santa Mãe de Deus. Não desprezeis as nossas súplicas nas nossas
necessidades; mas livrai-nos sempre de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita! Ó Senhora
nossa, Medianeira nossa, Intercessora nossa! Reconciliai-nos com vosso Filho, recomendai-nos a
vosso Filho, apresentai-nos a vosso Filho. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores,
agora e na hora da nossa morte. Amém.
28
A vida de Jesus3
Apresentação de Maria ao templo
D
IZ-SE que, de pequena, Maria foi levada pelos pais a Jerusalém e apresentada no Templo
para ser aí educada pelos sacerdotes e pelas santas mulheres.
A Igreja festeja, no dia 21 de novembro de cada ano, sob o nome de “Apresentação de
Nossa Senhora”, a recordação deste acontecimento. O que é bem certo é que a pequena Maria
tinha uma vida cheia de amor para com Deus e para com aqueles que a rodeavam - porque é uma
coisa só: não se pode dizer que se ama de fato a Deus se não se tem amor a todos os seres
humanos.
Apresentação de Maria ao Templo. Por Robert Scott Lauder (Academia Real de Arte e Arquitetura Escocesa)
Voto de virgindade
A
MAVA tanto a seu Deus que, certo dia, resolveu
consagrar-se a Ele sem reserva. E então, sem
cerimônia exterior, mas com todo o ardor de sua
generosidade, pronunciou o voto. Devia ter nesse
momento mais de doze anos, porque era essa a idade que
tornava, para a moça judia, possível e válido um voto.
No ardor do seu coração, renunciava, pois, por esse
voto que consagrava a Deus a sua virgindade, à
possibilidade de ser mãe um dia. E assim, ela que era da
3
Texto retirado da obra “A linda história de Nossa Senhora” de Agnès Richomme.
29
raça de Davi, da qual devia muito em breve nascer o Messias, renunciava também à esperança de
ser a mãe desse Messias.
S
EM dúvida, Maria era muito humilde e muito modesta para pensar em ser a mãe do
Cristo. O que desejava era tão somente servi-lo com todas as forças por uma vida pura e
dedicada inteiramente a Ele. Logo, porém, - pois a gente se casa muito cedo em terras do
Oriente - chegou para Maria a idade de ficar noiva. Uma moça judia não se casava
segundo sua livre escolha, mas eram os pais que escolhiam o noivo conforme o gosto dos
mesmos. Pode-se, porém, admitir que, no caso de Maria, o próprio Deus inspirou a escolha que
fizeram de José.
Também ele era, o evangelho de São Lucas nos diz, descendente da família real de Davi, mas
pobre como Maria. Este herdeiro de reis era um simples carpinteiro.
Celebrou-se o casamento dos dois jovens. Maria contara a José o voto que fizera ao Senhor de
sua virgindade. José, que era muito piedoso e que tivera, talvez, o mesmo desejo, compreendeu
muito bem o caso e julgou-se muito honrado e feliz por ser o esposo e protetor de uma moça tão
bela e tão pura.
Prometeram-se então um ao outro levar juntos vida muito santa, e fazer de todas as horas do dia,
assim como de todos os seus trabalhos, uma oração e uma oferta para obter a vinda do Messias
que o mundo todo esperava.
30
SEMANA 3
Doutrina Sagrada
Que efeitos produz em nós a oração?
A oração faz-nos reconhecer a nossa dependência, em todas as coisas, de Deus, supremo
Senhor, faz-nos progredir na virtude, alcança-nos de Deus misericórdia fortalece-nos contra as
tentações, conforta-nos nas tribulações, auxilia-nos nas nossas necessidades e alcança-nos a
graça da perseverança final.
4
História de uma alma – Santa Teresinha de Menino Jesus e da Sagrada Face. (Adaptado)
31
que Ele perdoaria o pobre infeliz Pranzini, mas lhe pedia apenas um sinal de arrependimento,
para meu próprio consolo… Minha oração foi atendida ao pé da letra!
Lendo as passagens do jornal que falavam de Pranzini. no dia seguinte à sua execução,
caiu-me às mãos o jornal La Croix. Abro-o apressada e o que vejo?… Ah! minhas lágrimas
traíram minha emoção e fui obrigada a me esconder… Pranzini não se confessou, subiu ao
cadafalso e preparava-se para a morte quando, numa inspiração repentina, virou-se, apanhou
um Crucifixo que lhe apresentava o sacerdote e beijou por três vezes suas chagas sagradas!
Obtive o “sinal” pedido, e esse sinal era a reprodução fiel de graças que Jesus me fizera para
atrair-me a rezar pelos pecadores.
32
Amizade com deus
Como vimos, nesta semana, na seção de Doutrina Sagrada, o primeiro efeito da oração
em nós é o reconhecimento da nossa pequenez e dependência de Deus em todas as coisas. Isto só
acontecerá se, ao rezarmos, colocarmos as coisas em seus devidos lugares: Deus no lugar de
Deus e nós em nossos lugares. Nós somos apenas simples criaturas de Deus, à sua imagem e
semelhança, mas, mesmo assim, criaturas, e Deus é o criador de todo o Universo e Jesus é o Rei
do Universo.
Peçamos a Jesus Rei do Universo um coração manso e humilde como o Dele, para que
nossas orações possam ser atendidas naquilo que mais precisamos para nossa salvação.
Ó Cristo Jesus, eu Vos reconheço como Rei do Universo, sois o autor de toda a criação,
exercei sobre mim todos os vossos direitos. Renovo as minhas promessas do Batismo,
renunciando a Satanás, suas pompas e suas obras; e de modo especial comprometo-me a lançar
mão de todos os meios ao meu alcance para fazer triunfar os direitos de Deus e de vossa Igreja.
Ó Sagrado Coração de Jesus, eu Vos ofereço minhas pobres ações para que os homens
reconheçam vossa Realeza Sagrada e o reino de vossa paz se estabeleça por todo o universo.
33
A vida de Jesus 5
Anunciação
C
ERTO dia, Maria estava em seu quarto rezando. De súbito, o quarto - que é sempre um
tanto escuro no Oriente, porque não há janelas por causa do calor - ficou iluminado de
modo incompreensível.
Antes que Maria tivesse tempo de dar-se conta do que se passava, um Anjo estava diante
dela. Era o Arcanjo Gabriel, encarregado por Deus de uma missão única no mundo. Ele lhe
disse: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo, bendita és tu entre as mulheres”. Maria estava a
olhá-lo, toda perturbada, a perguntar-se o que significavam aquelas estranhas palavras.
Gabriel continuou: “Não temas, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. Eis que
serás mãe de um menino ao qual darás o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado o Filho
do Altíssimo. O Senhor lhe dará o trono de Davi, seu pai, e o seu reino não terá fim.”
A Virgem Maria escutou
atentamente e com tranquilidade
toda esta declaração. Mas, ao
mesmo tempo, refletia no que
acabava de ouvir: anuncia-lhe o
Anjo que ela vai ter um filho;
ora, consagrando-se a Deus,
renunciara à possibilidade de ser
mãe.
Entretanto, sabe muito
bem que Deus é todo poderoso e
pode tudo quanto quer.
Então, humilde e
modestamente, pergunta: “Como
se fará isto?” O Anjo, cheio de
admiração pela discrição e
humildade desta moça, explica-
lhe com bondade que é o
Espírito Santo que fará tudo Anunciação. Por Beato Frá Angélico
nela, sem tocar em sua
virgindade. “O Espírito Santo virá sobre ti, e a virtude do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. É
por isso que o menino que de ti há de nascer será chamado Filho de Deus.”
Então Maria, que desde sempre vivera para Deus aceita o que lhe é proposto dando uma
resposta cheia de humildade: “Sou a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra.”
No mesmo tempo cumpriu-se o milagre: o Messias tão esperado pelos Judeus, Jesus, o
Cristo, é misteriosamente formado pelo Espírito Santo no corpo puríssimo da Santíssima
Virgem, que, dentro de nove meses, O dará ao mundo.
E Maria aí fica, as mãos juntas sobre o coração, enquanto Gabriel, terminada sua missão,
se retira respeitosamente, deixando-a sozinha em sua adoração.
5
Texto retirado da obra “A linda história de Nossa Senhora” de Agnès Richomme.
34
Esta visita, que se passou em singelo aposento de uma cidadezinha da Palestina, é a mais
importante do mundo: é a Anunciação. Pois da resposta que a Santíssima Virgem deu ao Anjo
dependia a sorte da humanidade.
Nem se ousa pensar no que teria acontecido se tivesse dito “não”. Mas disse “sim”, e por
causa disso, apesar de todos os nossos defeitos, de todas as nossas faltas, de todos os nossos
pecados, podemos ainda ser filhos de Deus, pois Jesus que, ao mesmo tempo é filho de Maria e
também filho do Pai celeste, nos resgatou e quer considerar-nos como irmãos.
Pode-se dar um grande “muito obrigado” à meiga e corajosa donzela de Nazaré, que não
pensou em si um instante sequer e aceitou de boa mente uma missão que lhe havia de acarretar
muitos sofrimentos. Ela bem o sabia, pois conhecia sua religião e estava a par do que tinham
escrito os profetas. Dizendo “sim” ao Anjo, a Santíssima Virgem tornou-se a mãe do Messias.
Mas ia tornar-se também a mãe de todos nós. E de todo o coração aceitou mais este encargo.
Somos, pois, verdadeiramente, seus filhos. Que alegria por lhe podermos dizer: “Minha Mãe!”.
35
Semana 4
Doutrina Sagrada
Que disposições precisamos ter para bem rezar?
Para rezarmos bem é preciso de recolhimento, humildade, confiança, perseverança e
resignação.
Recolher-se é pensar que estamos falando com Deus; e, por isso, devemos rezar com todo
o respeito e devoção possível, evitando as distrações.
É necessário humildade para reconhecer sinceramente nossa indignidade, incapacidade e
miséria, acompanhando a oração com a postura do corpo.
Pela confiança nós temos a firme esperança de sermos atendidos, se daí provier a glória
de Deus e o nosso verdadeiro bem.
Pela perseverança não nos cansamos de rezar, se Deus não nos atender imediatamente,
devemos continuar a orar ainda com mais fervor.
E a resignação nos conforma à vontade de Deus, que conhece melhor do que nós quanto
nos é necessário para a nossa salvação eterna.
36
VINDE ADOREMOS AO SENHOR!
(História retirada do livro Novo Manual do Catequista)
Um monge, que na oração estava mais atento do que os outros e parecia que falava com o
próprio Deus como uma pessoa visível, foi interrogado pelo seu superior como conseguia tanto
recolhimento e tão grande devoção. Respondeu: “No princípio da oração recolho com grande
diligência o meu coração e os meus pensamentos e digo-lhes: “Vinde, adoremos o Senhor e
prostremo-nos diante dele.”
37
Amizade com Deus
Ensinar as crianças a terem as disposições corretas para bem rezar não é e não será algo
fácil, principalmente, porque nós mesmos não temos estas disposições interiores. Por isto temos
que, primeiro, pedir a graça para bem rezarmos.
A Igreja sempre recomendou que antes de iniciarmos qualquer atividade humana invocar
o Espírito Santo para que Ele nos ajude a fazer o que precisamos da melhor forma possível, ou
seja, a fazer como Jesus faria.
Contudo, devemos sempre nos lembrar daquela que tem a maior intimidade possível com
o Espírito Santo, aquela que está plena do Espírito Santo e quer que nós recorramos sempre a ela,
pois ela é a medianeira de todas as graças: Nossa Senhora!
Ó boníssima Mãe, dai-nos o que Vos pedimos e inspirai-nos a Vos pedir o que nos quereis
dar.
Ó minha Mãe, olhai misericordiosamente minha alma e obtende-me o espírito de oração, pelo
qual eu recorra sempre a Vós. E tanto mais recorra quanto mais me atenderdes, pois vossos dons
nos incitam a pedir dons maiores.
Peço-Vos ainda outra graça: é a de Vos pedir tanto mais quanto menos parecerdes me
atender. Pois Vós amais a oração insistente e confiante, e quanto maior for a aridez ou a demora,
mais apreciável será a graça que desde já nos preparais. Amém.
Ó Divino amor, ó vínculo sagrado que unis o Pai e o Filho, Espírito onipotente, fiel consolador
dos aflitos, penetrai nos abismos profundos de meu coração e fazei aí brilhar vossa
resplandecente luz. Derramai vosso doce orvalho sobre esta terra deserta, a fim de fazer cessar
sua longa aridez. Enviai os dardos celestes de vosso amor até o santuário de minha alma, de
modo que nela penetrando acendam chamas ardentes que consumam todas as minhas fraquezas,
minhas negligências e meus langores.
Vinde, vinde doce Consolador das almas desoladas, refúgio no perigo e protetor na
aflição desamparada.
Vinde, Vós que lavais as almas de suas sordícies e que curais suas chagas.
Vinde, força dos fracos, apoio daqueles que caem.
Vinde, doutor dos humildes e vencedor dos orgulhosos.
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Vinde, pai dos órfãos, esperança dos pobres, tesouro dos que estão na indigência.
Vinde, estrela dos navegantes, porto seguro dos náufragos.
Vinde, força dos vivos e salvação dos moribundos.
Vinde, ó Espírito Santo, vinde e tende piedade de mim. Tornai minha alma simples, dócil
e fiel, e condescendei com minha fraqueza. Condescendei com tanta bondade, que minha
pequenez ache graça diante de vossa grandeza infinita, minha impotência diante de vossa força,
minhas ofensas diante da multidão de vossa misericórdia. Amém.
39
A vida de Jesus6
Viagem de Nossa Senhora a Hebron
O
Anjo Gabriel dera outra boa notícia a Maria. Ele lhe dissera que sua prima Isabel
esperava um filho para breve. Isabel e seu marido Zacarias eram já idosos e, desde muito,
se lamentavam por envelhecer sozinhos, sem descendência. Já não tinham mais
esperanças.
E eis que Isabel ia ser mãe. E isto
porque, acrescentou o Anjo, “nada é impossível
a Deus”. Que alegria devia reinar em casa de
Zacarias, em Hebron!
Maria, que gostava muito dos primos,
ficou muito satisfeita também. E logo depois
que o Anjo a deixou, decidiu-se a ir, bem
depressa, à casa de Isabel.
Queria estar lá para partilhar da alegria
comum. E, sobretudo, queria anunciar à sua
prima a vinda do Messias prometido por Deus
para salvar o povo de Israel.
Às pressas, portanto, como diz o
Evangelho, Maria se pôs a caminho rumo à
cidade dos primos. Era numa província
diferente, longe de Nazaré. Maria, porém, é
jovem e gosta de caminhar. E sobretudo, sabe
que tem em suas entranhas o Criador de tudo
quanto existe.
E, ao mesmo tempo que se apressava – porque anseia por ajudar a prima Isabel – reza e
canta sem cessar o hino do seu agradecimento.
Oferece a Jesus, que já vive nela, toda essa bela natureza. Toma as flores, os pássaros, as
árvores, as montanhas, como testemunhas de sua felicidade. Oferece ao Senhor os lugares que
atravessa, as pessoas que encontra. E oferece-se a si própria, sempre mais intensamente, para
ajudá-lo, com todas as forças, a realizar a Redenção.
Assim o caminho lhe parecia curto e não perdia nenhum minuto de tempo. Podemos, nós
também, a exemplo de nossa Mãe do Céu, fazer de todas as nossas ações, de todos os nossos
passos, até mesmo de nossos jogos, um oferecimento e uma oração.
Visitação
Eis que Maria está chegando diante da casa dos primos. Vê Isabel e apressa o passo para,
em primeiro lugar, dar-lhe um delicado “bom dia”. Que acontece, porém? Isabel, ao invés de
6
Texto retirado da obra “A linda história de Nossa Senhora” de Agnès Richomme - Adaptado.
40
responder simplesmente ao bom dia da jovem prima, começa a dizer-lhe que é “bendita entre
todas as mulheres”, e que é “feliz por ter acreditado na palavra do Anjo”.
Como pôde adivinhar o que se passara em Nazaré? Explica a Maria que, desde que ouviu
sua saudação, compreendeu tudo porque seu filhinho (que, entretanto, ainda não nascera) lhe o
fizera sentir, exultando de alegria em seu ventre.
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Introdução
“Nesta idade (as crianças) devem ser exercitadas em ouvir pequenas histórias e fábulas
(...) e em tudo em que as crianças forem acostumadas, movimentos, ações, brincadeiras e
histórias que ouvem e também que veem, sejam imagens das coisas que depois deverão tratar
seriamente, e como que um caminho para as coisas que depois deverão estudar ou em que se
ocupar, pois as coisas que por primeiro nos acostumamos mais inclinam posteriormente, já
que aquilo de que temos costume nos é mais deleitável. Deve-se evitar que ouçam, nesta idade,
coisas torpes”.
Para a criança desta idade é fundamental uma educação pautada nos bons exemplos, no
que é belo e virtuoso, na vida dos santos e na escuta de histórias católicas que a formem
com seus testemunhos. Será cultivando o gosto pelo que é santo que as conduziremos
adiante neste caminho. Este material tem o objetivo de realizar a alfabetização inicial do aluno,
capacitando-o a desenvolver o pensamento linguístico através da leitura e da escrita. Queremos
que o aprendizado dessas habilidades seja base para efetiva aquisição de virtudes, para que
busquem o bem, o belo e a verdade, frutificando em uma vida autenticamente cristã, de busca
de santidade. Tem por fundamento o ensino católico.
Através da escuta, da leitura e da escrita, o aluno irá desenvolver a busca pelas virtudes
como humildade, paciência, temperança, caridade e fé; terá o conhecimento e saberá o
Evangelho e a vida dos santos; irá compreender a importância do silêncio no processo de
aprendizado; chegará à reflexão e ao pensamento sobre o que aprende, sendo capaz de ensinar de
maneira que outros consigam compreender o seu raciocínio; desenvolverá o senso de respeito às
autoridades, aos pais, professores, aos amigos e a sociedade em geral.
~† ~
45
Metodologia do material
A metodologia deste material tem por meta que a criança desenvolva o seu pensamento
abstrato, de forma a ser ensinada a vislumbrar não apenas o mundo material, mas as realidades
que estão além dela, que é a vida eterna. Para isso, não vamos nos apoiar em atividades cheias de
recursos visuais, que apenas subestimam seu aprendizado. O que desejamos é que a criança seja
levada a ouvir, imaginar, explicar o que aprendeu, para que desenvolva sua oralidade e
imaginação.
É de suma importância um ensino que não sobrecarregue de conteúdos o aprendiz, mas
que desenvolva atividades em que ele seja capaz de utilizar os princípios e as informações que
recebeu. Queremos que a criança faça de forma bem feita, repetindo, aperfeiçoando, fazendo
até o final, sem desanimar!
Para isso, os pais serão os seus mestres, apresentando os conhecimentos ao filho de forma
simples e gradual, até que a criança aprenda aquele conteúdo. Não precisamos de pressa para
ensinar muitas coisas, mas de paciência e persistência para aprofundar cada conhecimento. No
ensino das letras não pretendemos fazer a criança correr, se ela ainda não aprendeu a dar os
primeiros passos!
Letra a letra, forma a forma, repetindo, corrigindo-lhe e mostrando o que errou, de modo
que ela se sinta capaz de realizar aquilo que está sendo proposto. Esta será a proposta de
metodologia deste material! Queremos formar crianças aptas a contemplar, dedicadas ao que
se propõem a fazer, caprichosas, virtuosas e disciplinadas!
Alfabetização III (1º ano) – Leitura de sílabas complexas, frases e pequenos textos.
Escrita com a letra cursiva maiúscula e minúscula.
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1- Exercício de escrita e cópia:
“Nesta idade (as crianças) devem ser exercitadas em ouvir pequenas histórias e
fábulas”. Eis uma das principais atividades das crianças nesta idade: a leitura! Este material
propõe um conto por semana, contendo uma proposta de reflexão e recontagem para a família.
Releiam em diversos momentos essas histórias e aproveitem para refletir e conversar. Além do
papel importante da leitura como desenvolvimento da linguagem, será através dela que entenderá
como traduzir em suas atitudes aquilo que para ela ainda é muito abstrato, como as virtudes da
bondade, gentileza, gratidão, etc. Para isso, após cada leitura, faça perguntas sobre
acontecimentos da história, personagens, fatos acontecidos, etc.
Mas não pare por aí. A prática da leitura em voz alta deve ser diária na vida dos
pequenos. Leia todos os dias para a criança, se possível em diferentes momentos. Consulte
nossas sugestões na bibliografia complementar (plano de Ensino da disciplina no site), com
livros de santos, histórias da Bíblia, contos católicos, etc. Durante a leitura, procure manter uma
boa entonação e fluência. Comece com histórias menores, para a criança adquirir o hábito, e
depois vá acrescentando contos maiores e mais rebuscados.
3- Contemplação do belo:
“As coisas que por primeiro nos acostumamos mais inclinam posteriormente, já que
aquilo de que temos costume nos é mais deleitável”.
Precisamos habituar nossas crianças a deleitar o que é belo, para que depois se sintam
declinadas a este gosto, ao que eleva a alma para a contemplação de Deus! Faremos isso através
da escuta das músicas gregorianas, da representação e contemplação da arte sacra (litúrgica) /
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religiosa (aborda tema dos santos, das escrituras, etc.). Para isso, sugerimos ao longo do material,
exercícios de apreciação de imagens e músicas, exercitando o silêncio e a escuta. Ajude a criança
a apreciar as obras, fazendo-lhe observar os detalhes, as cores, as paisagens, as personagens,
utilizando perguntas como: As pessoas nesta imagem estão felizes? Como é o lugar onde estão?
Como são suas roupas? Etc. As imagens de contemplação deverão ser utilizadas em momentos
diversos durante a semana. Quanto à música, propomos sugestões de atividades de escuta e
memorização. Que ela também esteja presente, sempre que possível, na rotina da criança, num
momento de concentração ou que exija seu silêncio, para que se torne um hábito agradável.
4- Exercícios de memorização:
Propomos uma série de frases de santos e pequenos poemas que deverão ser
memorizados pelas crianças, de forma crescente, de acordo com o desenvolvimento de sua
memorização. Pratique um pouco por dia, lendo várias vezes o texto na mesma semana e
pedindo para que a criança repita com você, palavra por palavra, acrescentando mais uma à
anterior. A prática da memória será um auxílio na aprendizagem da criança e na sua oralidade,
através da declamação desses textos aos seus familiares.
Este material trabalhará com o método fônico de alfabetização. Este método pressupõe
que a criança chegue a dominar o princípio alfabético, ou seja, entenda o fato de que as letras
(grafemas) representam um fonema (diferentes “sons”).
Para que esse processo ocorra, o primeiro passo é que a criança desenvolva a consciência
fonológica, através de exercícios orais que farão com que manipule os sons da fala, de forma a
tomar consciência de suas características, pressuposto este para ser um leitor/escritor hábil.
Através desses exercícios de consciência fonológica, a criança aprenderá a segmentar os sons,
compreendendo as frases, palavras, sílabas, rimas até chegar aos fonemas (menor unidade da
fala), ou seja, ‘o som de cada letra’ (Utilizaremos o termo “som das letras”, apenas para facilitar
a compreensão da criança).
Entrarão aí os exercícios de consciência fonêmica, que consistem na capacidade de
reconhecer os fonemas que compõem uma palavra. A criança deverá ser capaz de perceber a
menor unidade sonora presente dentro de uma sílaba, o que a permitirá perceber, por exemplo,
que a palavra “nó” é diferente da palavra “dó”: ao mudar apenas um fonema, muda-se a palavra.
Serão utilizadas técnicas de análise e síntese de fonemas nos exercícios de consciência
fonêmica. Estes exercícios segmentarão palavras em seus fonemas, bem como comporão
palavras reunindo fonemas. Este processo será fundamental para que a criança consiga transpor
as realidades auditivas para a forma escrita.
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O próximo passo neste processo de alfabetização será a decodificação de palavras, ou
seja, a criança conseguirá converter os grafemas em fonemas, as letras em seus respectivos
“sons”. Esse processo só acontecerá com exercícios de instrução direta, que é o que propomos ao
longo do material de Alfabetização I e II.
6 – Atividades de Matemática
~† ~
49
SUGESTÃO DE APLICAÇÃO
Os conteúdos de cada volume do material didático de Alfabetização 1 e 2, estão
distribuídos pelas quatro semanas. Sugerimos um cronograma de aplicação que pode ser alterado
de acordo com o desenvolvimento de cada criança ao longo da semana, a critério e organização
dos responsáveis.
Orientações gerais:
- Antes de iniciar cada semana, o responsável deverá verificar os conteúdos propostos para
organizar sua distribuição ao aluno. Observe, especialmente, os quadros azuis, em destaque ao
final das atividades, que sugerem aquelas que devem ser repetidas mais de uma vez.
- Comece a semana revisando o que foi dado nas semanas anteriores, verificando se existe algo a
ser retomado. Por exemplo: se na semana anterior o aluno aprendeu as letras do seu nome, peça-
lhe que repita e escreva. Ou então, que repita a sequência de letras que aprendeu até o momento
etc.
- O primeiro dia da semana deve sempre contemplar as Atividades de Escrita e estas devem ser
repetidas todos os outros dias da semana, para que a criança desenvolva sua habilidade de
escrever, memorizar e aperfeiçoar seu traçado. Por exemplo: se naquela semana será ensinada a
escrita da letra A, peça que a criança treine uma linha ou mais todos os dias, até verificar que
alcançou o objetivo. No caso da Alfabetização 2, as atividades de escrita são mais exigentes,
devendo ser divididas um pouco por dia, até comtemplar todas elas. Mas é importante que,
diariamente, a criança realize atividade escrita no caderno, inclusive, copiando a data, títulos,
respostas das atividades etc (quando assim conseguir).
50
- As atividades de Conciência Fonológica e Fonêmica também podem ser apresentadas no
primeiro dia para que haja uma continuidade ao longo da semana. Com relação à Alfabetização
1, ao longo do ano, a criança aprenderá um fonema por semana. O responsável pode introduzir
no primeiro dia a história do Santo e as palavras com aquele fonema e ir lembrando ao longo da
semana o nome do Santo aprendido, pedindo que ela pense em palavras que comecem com
aquele som etc. Na Alfabetização 2, as Atividades de Conciência Fonêmica serão mais extensas
e envolverão ditados, cópia de palavras, leitura e escrita. Sendo assim, o adulto poderá dividir os
exercícios desta seção um pouco por dia até concluir o objetivo da semana.
- O texto da Memorização deve ser introduzido no primeiro dia da semana e repetido todos os
dias pela criança, para que o memorize. Pode ser que ela necessite de mais tempo para
memorizar o que foi solicitado, ou memorize um trecho menor. O responsável poderá continuar
a memorização por mais tempo, ou delimitar trechos menores, para que vá se habituando.
- Do segundo ao quinto dia da semana, devem ser divididas as Atividades de Matemática, que,
com o decorrer dos volumes se estenderão para 3 ou 4 atividades, sendo uma por dia. Assim,
como no caso das atividades de escrita, os exercícios de matemática que exigem o treino dos
números, podem ser repetidos ao longo da semana. Por exemplo: se a criança aprendeu a escrita
do número 1, deverá treinar escrevê-lo em uma linha ou mais do caderno, todos os dias, para
aperfeiçoar sua escrita, observando o traçado correto do número.
- A Recontagem de História pode ser iniciada no segundo dia da semana. O responsável fará a
leitura da história, bem como o roteiro de perguntas para a criança, que depois fará uma
ilustração. Nos dois dias subsequentes, ela deverá fazer a recontagem da história, sendo que o
adulto poderá retomar a leitura novamente, para que ela aperfeiçoe o vocabulário e a narrativa
dos fatos, devendo observar a sequência temporal do começo, meio e fim. Pode ser que o adulto
julgue necessário mais ou menos dias para encerrar a recontagem, de acordo com o interesse ou
desenvolvimento da criança. Uma dica é pedir que a criança conte para outra pessoa da família a
história que aprendeu.
- A atividade de Contemplação do Belo representa apenas uma aula da semana, que pode ser
realizada no último dia da semana, ou como o responsável preferir. Sugerimos que esta atividade
seja especialmente verificada antes, pois pode necessitar do preparo antecipado de materiais de
artes ou demandar um tempo maior.
- O Estudo Sagrado, que compreende a parte inicial do material didático, pode ser realizada
num horário alternativo aos estudos, para que a rotina da criança não fique sobrecarregada. O
responsável pode priorizar um momento em que a família se reúne, para que todos aprendam
juntos. Os responsáveis devem ler e explicar o texto para a criança, fazendo-a memorizar o que
for possível e rezando com ela quando proposto. Esta disciplina possui três seções (Doutrina
Sagrada, Amizade com Deus e a Vida de Jesus), que podem ser divididas em três aulas durante a
semana, ou, caso prefira, dadas todas em um dia só.
- Sugerimos ainda, que seja feito um momento diário de leitura para a criança, além das
histórias previstas no conteúdo. Que seja em um horário alternativo, como antes da criança
dormir, por exemplo. Para estas leituras, os pais deverão adquirir um acervo próprio. Entre em
contato com o serviço de ajuda dos professores e solicite nossa lista de livros sugeridos para a
faixa etária.
51
Alfabetização 2 – objetivo geral
Alfabeto: MAIÚSCULO
Alfabeto: minúsculo
~† ~
52
Antes de começar...
Apresentando os fonemas – “sons” das letras
Na alfabetização pelo método fônico a criança conhecerá não apenas os nomes das letras,
mas os seus respectivos fonemas. A letra (grafema) é uma representação visual, enquanto o
fonema é uma realidade acústica. Cada fonema é uma representação abstrata de um padrão da
fala. É preciso que ela entenda que o nome da letra não significa o seu som (utilizaremos o
termo “som das letras”, apenas para facilitar a compreensão da criança).
Exemplo: A palavra DEUS é formada pelas letras D-E-U-S, que representam os fonemas
/d/ /e/ /u/ /s/.
No material de Alfabetização I a criança memorizou os fonemas da nossa língua. No
entanto, ainda não realiza a junção do grafema ao fonema. Isso será realizado neste
material. Se o seu filho não teve contato com o método fônico, antes de iniciar este material será
necessário que primeiro lhe ensine cada fonema, até que se familiarize com todos, para depois
dar continuidade às atividades (explicação nas páginas seguintes).
Nesta etapa, você deverá explicar à criança que cada letra possui um ou mais “sons”
(chamados fonemas), que ela precisará conhecer sistematicamente. Mas, atenção, não
ensinaremos os fonemas na ordem alfabética, mas na ordem dos mais simples para os mais
complexos: as vogais e depois as consoantes (das mais simples para as mais complexas). Isso
significa que numa mesma semana você encontrará atividades de escrita de uma letra (grafema)
e atividades de consciência fonêmica que relacionam o fonema ao grafema aprendido (do
som mais simples para o mais complexo).
Para que você conheça mais sobre o método e a pronúncia de cada fonema que for
ensinar, sugerimos que consulte ao site: www.fonologia.org (clique em fonética articulatória/
sons do português / consoantes/ vogais).
53
Memorizando os fonemas
Caso a criança não saiba ainda os fonemas de nossa língua, você deverá ensiná-la antes
de começar este material. Introduza um fonema por vez, repetindo várias vezes durante a
semana. Para a memorização, vamos relacionar o fonema com o nome de um santo.
Diga para a criança que assim Deus chamou-lhe pelo nome, a criou para ser santa! Diga o
quanto é importante conhecer a vida dos santos, aqueles que já estão no céu, pois souberam viver
a vontade de Deus e nos ensinam como seguir esse caminho. Nesta atividade vamos aprender os
nomes de alguns santos e os sons que começam esses nomes. Diga que existem muitos santos,
que podemos recorrer todos os dias do ano!
Faça o mesmo com cada fonema, relacionando com os respectivos santos abaixo. Lembre-
se de ir acrescentando um por vez, sempre retomando os anteriores. Você pode ir
perguntando, conforme ela for memorizando: qual o som do nome Expedito? E do nome
Agostinho? E assim por diante.
54
Fonema /ô/ – SANTA ODÍLA
Observações:
55
As vogais nasais (/am/em/im/om/um/) e os fonemas /lh/ e /nh/ serão trabalhadas
mais adiante neste material.
~† ~
56
Semana 1
Leitura
Comece cada dia com as orações introdutórias e a leitura do evangelho do dia.
Organização do material
A organização, capricho e zelo do material da criança são fundamentais para que ela
cultive bons hábitos e saiba valorizar seus estudos como um precioso caminho de glorificar a
Deus! Sugerimos que todas as atividades escritas propostas neste material sejam realizadas num
caderno brochura de caligrafia – capa dura (Inicialmente, pode-se optar pelo modelo que
possui a pauta colorida - como a do modelo abaixo: azul – até que a criança se acostume com a
escrita de letra minúscula, pois este tipo de linha ajuda a delimitar o espaço necessário para a
escrita). Quando perceber que a criança se habituou a escrita minúscula, pode-se optar por um
caderno brochura comum, sendo que ela deverá fazer a letra maiúscula ocupando a altura da
linha toda e a minúscula cerca de metade da linha.
A linha central (demarcada em azul) servirá para escrever as letras de forma minúsculas.
A criança deverá sempre ocupar a altura da linha toda, encostando a letra em cima e embaixo da
linha azul.
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Exemplo - Escrita das letras minúsculas:
A linha superior, em cima da linha central-azul, servirá para fazer as letras maiúsculas e
as letras minúsculas que são de altura maior, como o l, t, h, etc. Estas letras devem começar pela
linha azul e encostar-se à linha superior.
A linha inferior, abaixo da linha central-azul, servirá apenas para puxar partes de
algumas letras minúsculas, como no caso do g e do p. A criança deverá sempre começar
escrevendo pela linha central e depois puxar a parte debaixo da letra até encostar-se à linha
inferior.
A cada atividade que a criança for realizar no caderno é importante que se inicie sempre
escrevendo um cabeçalho, contendo a descrição da atividade e a data, para o adequado
registro daquilo que a criança está realizando. Inicialmente, o adulto deverá fazer este registro e
aos poucos pedir que a criança copie, ao menos, a data.
Exemplo:
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Para as demais atividades de artes e ilustrações sugeridas no material, sugerimos que
sejam feitas em folhas sulfite e depois arquivadas em uma pasta catálogo (que possui plásticos
no seu interior para organizar as folhas). Procure decorar a pasta e o caderno com uma imagem
sacra e o nome completo da criança.
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DICA PARA A ESCRITA:
A criança deverá aprender a segurar o lápis de forma firme e bem posicionada, para que
consiga escrever e desenhar corretamente. A forma mais usual de segurar o lápis é utilizando os
dedos: médio, indicador, junto com o polegar, formando uma espécie de triângulo, que dá apoio
ao lápis. Observe a maneira como a criança posiciona as mãos e oriente-a a não segurar nem
muito em cima, nem muito próximo a ponta. Observe, também, se ele mantém uma boa postura
encostada na cadeira, com os pés apoiados no chão, pois isso é importante para formar bons
hábitos.
Outra boa dica para utilizar com a criança que está iniciando o processo de escrita é
utilizar o lápis em formato triangular, pois este formato condiciona-a a segurar corretamente,
apoiando nos três dedos
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Atividade 1- A Escrita do nome - Chamei-te pelo nome!
A motivação inicial da aprendizagem do nome será a passagem de Isaías 43, 1:
“E agora, eis que diz o Senhor, aquele que te criou, Jacó, e te formou,
Israel: Nada temas, pois eu te resgato, eu te chamo pelo nome, és Meu”.
1 - Procure esta passagem na Bíblia, junto com a criança, e faça a leitura em voz alta.
2 - Releia e peça para que a criança repita com você.
3 - Converse com ela sobre o que significa o versículo “és meu”. Explique-lhe sobre o amor que
Deus tem por ela, de forma particular, conhecendo-lhe pelo nome. Diga que seu nome foi
proclamado em seu batismo e está escrito na mão de Deus, no livro da vida! Conte-lhe também
como foi a escolha do seu nome.
4 - Escreva o nome da criança, em letras grandes no início de seu caderno. Verifique que ela
sabe todas as letras do seu nome. Senão, será necessário lhe dizer.
5 - Caso ela já tenha aprendido, mostre-lhe a escrita de seu sobrenome e diga as letras que o
compõem.
Em seguida, peça que copie seu nome completo em uma linha do caderno. Você deverá
ensinar-lhe o traçado de cada letra, explicando-lhe a direção da escrita (esquerda para direita) e
a forma de escrever cada letra. Nas atividades de escrita, o adulto sempre será o mestre a ensinar
aquela criança, até que aprenda. Não é necessário pressa e nem uma série de recursos visuais.
Aprender as letras é um exercício de treino, no qual a criança precisará exercitar a humildade
para aprender e ser corrigida, a perseverança e a disciplina, pois a alfabetização é um processo
sistemático, em que deverá obedecer às normas da língua.
Ensine-a utilizar os espaços entre as linhas e margens. Crianças por volta dos cinco anos
já conseguem escrever dentro de uma linha. Se a criança ainda tiver necessidade, ajude-a a
delimitar a linha do caderno com uma régua, grifando-as com uma caneta de outra cor, para que
perceba o espaço em que deverá escrever. A escrita do seu nome deve ser feita sempre que
possível em sua rotina, como a assinatura de um desenho, uma carta, etc...
Exemplo no caderno: Com o nome Maria:
Durante a semana: A cada dia desta semana a criança vai treinar a escrita do seu nome
completo. Peça que ela copie uma linha do caderno por dia, ou o quanto conseguir.
Atividade Complementar: No ANEXO 2 (final do material), a criança deverá fazer um
desenho dela nas mãos de Deus e escrever seu nome da linha de cima do desenho. Depois,
deverá recortar e colar no início de seu caderno.
61
Atividade 2- Recontagem de história
1-Leia em voz alta o texto abaixo para a criança. Ouvir uma história não é só um entretenimento.
Nos momentos de leitura sugeridos é importante desenvolver na criança o silêncio e a disciplina.
Peça que ela se acalme, sente-se para ouvir, preste atenção no que será lido para depois
conversarem.
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Um tio da menina procurou o Padre Leopoldo, narrou-lhe o triste estado da pequena e
pediu que dali mesmo lhe desse uma benção. O bom Padre ficou muito penalizado, inclinou a
cabeça até os joelhos e ficou por longo tempo nessa posição. Depois, erguendo-se, com o rosto
todo radiante de alegria, disse:
— Espere-me um pouco; eu volto logo.
Saiu do confessionário e, depois de cinco minutos, voltou alegre e disse:
— Senhor, fique tranquilo. Sua sobrinha ficará boa.
No mesmo instante chegava um empregado do convento, trazendo uma linda maçã, que o
Pe. Leopoldo benzeu e entregou ao senhor, dizendo:
— Leve esta maçã à menina: depois que ela a comer, venha dizer-me como está
passando.
O homem voltou para casa e encontrou a sobrinha na mesma: imóvel, olhos vidrados e
parados. Aproximou-se do leito e mostrou à menina a
maçã, dizendo:
— Olha, que bela maçã me deu o Padre
Leopoldo...
Coisa maravilhosa! A menina desprendeu as mãos
da cabeça, tomou a maçã, sentou-se na cama e comeu com
avidez aquela fruta benzida. Estava curada. Todos os
presentes choraram de emoção e deram graças a Deus e a
Nossa Senhora por aquela grande graça.
O tio retornou imediatamente a Pádua para dar a
agradável notícia ao Padre Leopoldo, que, cheio de
alegria, exclamou:
— Foi Nossa Senhora... Demos-lhe graças e louvores...7
7
Retirado do livro: “Tesouro de Exemplos II”
63
Sobre a leitura...
2 – Agora, converse com seu filho sobre a história. Faça algumas perguntas, por exemplo:
3 – Peça para a criança dizer com suas palavras o que aprendeu desta história.
4 - Peça para criança fazer um desenho sobre a História.
Para a semana: durante esta semana, faça a releitura em voz alta e peça para a criança recontar
com suas palavras. Depois de se familiarizar bem com a recontagem, peça que reconte para
alguém da família, ressaltando o que aprendeu com esta história.
~† ~
64
Atividade 3 - Consciência fonêmica: mesmo fonema inicial
Antes de iniciar as atividades que relacionam as letras com seus fonemas, vamos retomar
todos os fonemas de nossa língua, através deste exercício. (lembrando que você já deverá ter
apresentado todos os fonemas para a criança). Nesta atividade você utilizará palavras que
tenham o mesmo fonema inicial, misturadas com outros diferentes, para que a criança identifique
os similares. Utilizaremos a lista de nomes de santos.
1- Você dirá para a criança três nomes de santos. Lembre-se de salientar o som do fonema
inicial de cada palavra:
Faça o mesmo com a sequência abaixo. Sugerimos que divida esta atividade ao longo da semana,
de forma a repetir e retomar o que foi feito no dia anterior.
1. ESTEVÃO – CATARINA - EXPEDITO
2. INÊS – DOMINGOS – ISIDORO
3. FRANCISCO – ODÍLA - ONÉSIMO
4. GABRIEL – ÚRSULA –URBANO
5. VERÔNICA – ISABEL – VALENTINA
6. JOÃO – FRANCISCO –FELIPE
7. LUCAS – PIO – LEONARDO
8. NICOLAU – RITA –NARCISO
9. MIGUEL – MÔNICA – DAVI
10. AGOSTINHO – JOÃO – JERÔNIMO
11. INÊS – TEREZINHA – TÁRCISIO
12. BENEDITO – PIO – BENTO
13. DOMINGOS – JOÃO – DIMAS
14. PIO – PAULO – MÔNICA
15. CATARINA – BENEDITO – CAMILO
16. GABRIEL – FRANCISCO – GABINO
17. NICOLAU -RITA – RAFAEL
18. ZITA – ZENAIDE - HELENA
19. SUZANA – SEBASTIÃO – PAULO
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Atividade 4: Memorização – Salmo 8
SALMO 8
( ¹Ao mestre de canto. Com a gitiena. Salmo de Davi)
2Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra! Vossa majestade se
estende, triunfante, por cima de todos os céus.
3Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor que confunde vossos adversários,
e reduz ao silêncio vossos inimigos.
4Quando contemplo o firmamento, obra de vossos dedos, a lua e as estrelas que lá fixastes:
5Que é o homem, digo-me então, para pensardes nele?
Que são os filhos de Adão, para que vos ocupeis com eles?
6Entretanto, vós o fizestes quase igual aos anjos, de glória e honra o coroastes.
7Destes-lhe poder sobre as obras de vossas mãos, vós lhe submetestes todo o universo.
8Rebanhos e gados, e até os animais bravios,
9pássaros do céu e peixes do mar, tudo o que se move nas águas do oceano.
10Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra!
Durante esta semana: releia este Salmo, como uma oração antes da criança dormir, e peça que
ela memorize ao menos a primeira estrofe. Peça que ela repita várias vezes até conseguir sozinha.
Caso consiga, prossiga para a memorização da próxima estrofe, e assim por diante, até quanto ela
conseguir. Depois, peça que declame num momento de oração em família!
Para memorizar: O Salmo 8 foi divido em duas partes. Na semana seguinte, o aluno continuará
a memorizar os próximos versículos deste Salmo.
66
Atividade 5 – Apreciação de imagem- Jesus Misericordioso
“Uma alma pura é uma pérola preciosa. Enquanto está escondida na
concha no fundo do mar, ninguém pensa em admirá-la. Mas se a
trouxermos para a luz, esta pérola brilhará e atrairá todos os olhares.
Portanto, a alma pura que está escondida aos olhos do mundo um dia irá
brilhar ante os anjos no sol da eternidade”. (São João Maria Vianney)
As atividades de contemplação têm por objetivo fazer com que a criança perceba, através
da Arte Sacra, a beleza como reflexo de Deus; que contemplando tais obras possa purificar seu
olhar. As artes, mas, sobretudo, a arte sacra ou religiosa, tem em vista, por natureza, exprimir de
alguma forma, nas obras humanas, a beleza infinita de Deus e procuram aumentar Seu louvor e
Sua glória na medida em que não tiverem outro propósito senão o de contribuir poderosamente
para encaminhar os corações humanos a Deus.
2-Leia o texto abaixo e explique para o aluno o que significa esse quadro, qual sua
origem. Explique, também, que a pintura desse quadro foi um pedido do próprio Senhor Jesus, à
Santa Faustina Kowalska.
História do Quadro de Jesus Misericordioso
A
imagem de Jesus misericordioso foi revelada a Santa
Faustina Kowalska, na Polônia, a partir de 1931. O
próprio Jesus Cristo apareceu a ela e pediu que fosse
pintado um quadro exatamente como ela via, para que o mundo
conhecesse a misericórdia de Deus. Trata-se de uma imagem
sagrada, cuja simples contemplação nos traz grandes graças. O
próprio Jesus disse: 'Por meio dessa Imagem concederei muitas
graças às almas; que toda alma tenha, por isso, acesso a ela.'
(Diário de Santa Faustina, 570).
Significados da imagem
→ A túnica branca de Jesus
A túnica branca de Jesus significa o amor de Deus e a sua
pureza. O amor de Deus é puro e eterno e está sempre disposto a
nos receber.
→ A mão direita levantada
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A mão direita de Jesus levantada neste quadro da Divina Misericórdia é o gesto de
abençoar. Significa a bênção que o Senhor quer dar a toda humanidade, derramando sobre nós
sua misericórdia.
→ A mão esquerda de Jesus sobre o peito
A mão esquerda de Jesus sobre o peito aponta para o seu Sagrado Coração, de onde
emana todo o seu amor. É de lá que saem os raios que exprimem sua infinita misericórdia.
→ Os raios que saem do Coração de Jesus
Os raios que saem do Coração de Jesus têm um significado maravilhoso revelado pelo
próprio Senhor. Eles relembram o sangue e a água que jorraram de seu Coração quando este foi
perfurado pela lança. Os raios vermelhos simbolizam o sangue de Jesus, que salva o homem. O
raio azul claro simboliza a Água Viva, o Espírito Santo, que brota do Coração de Jesus e nos
purifica de todo pecado. Segundo as palavras do próprio Jesus, 'Os dois raios representam o
Sangue e a Água: o raio pálido significa a Água que justifica as almas; o rato vermelho significa
o Sangue que é a vida das almas. Ambos os raios jorraram das entranhas da Minha misericórdia,
quando na Cruz, o Meu Coração agonizante foi aberto pela lança. Estes raios defendem as almas
da ira do Meu Pai. Feliz aquele que viver à sua sombra, porque não será atingido peio braço da
justiça de Deus. Desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia.'
(Diário de Santa Faustina nº 299)
→ A inscrição "Jesus, eu confio em vós"
A inscrição 'Jesus, eu confio em vós' é uma jaculatória, ou seja, uma pequena oração que
deve ser repetida com frequência, com fé e devoção. Jesus também falou sobre ela: 'Pinta uma
Imagem de acordo com o modelo que estás vendo, com a inscrição: Jesus, eu confio em Vós.
Desejo que esta Imagem seja venerada, primeiramente, na vossa capela e, depois, no mundo
inteiro. Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na
Terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte. Eu mesmo a defenderei
como Minha própria glória.' (Diário de Santa Faustina nº 47-48). Jesus ainda disse: 'Ofereço aos
homens um vaso, com o qual devem vir buscar graças na fonte da misericórdia. O vaso é a
Imagem com a inscrição: 'Jesus, eu confio em Vós.' (Diário de Santa Faustina nº 327)
→ O olhar de Jesus Misericordioso
O olhar de Jesus Misericordioso nesta imagem tem um significado maravilhoso. Ele
mesmo disse: 'O Meu olhar, nesta Imagem, é o mesmo que eu tinha na cruz.' (Diário de Santa
Faustina nº 326.
A imagem de Jesus Misericordioso e as obras de misericórdia
A imagem de Jesus Misericordioso não teria o mesmo valor espiritual sem as obras de
misericórdia que devem ser praticadas por nós. As obras de misericórdia são aquelas que
fazemos em favor de nossos irmãos necessitados: visitar os doentes, vestir os nus, libertar os
aprisionados, etc. Sobre isso, Jesus disse: 'Por meio desta Imagem concederei muitas graças às
almas. Ela deve lembrar as exigências da Minha misericórdia, porque mesmo a fé mais forte de
nada serve sem as obras.' (Diário de Santa Faustina nº 742) Os verdadeiros devotos de Jesus
misericordioso devem se esforçar para, diariamente, praticar as obras de misericórdia.
As graças concedidas através da imagem
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Sobre as graças concedidas através da imagem, Jesus disse: "O valor da Imagem não está
na beleza da tinta nem na habilidade do pintor, mas na Minha graça." (Diário de Santa Faustina
nº 313)
3- Faça com que o aluno aprecie novamente a imagem, agora, ajudando-lhe a observar os
detalhes presentes na pintura, conforme lidos no texto:
Detalhes da pintura para serem observados:
- A túnica branca de Jesus
- A mão direita levantada
- A mão esquerda de Jesus sobre o peito
- Os raios que saem do Coração de Jesus
- A inscrição "Jesus, eu confio em vós"
- O olhar de Jesus Misericordioso
4 – Peça para criança fazer uma representação, com um desenho, do quadro de Jesus
Misericordioso. Utilize a folha que se encontra no ANEXO 3: Quadro de Jesus Misericordioso.
Ela contém a moldura do quadro igual à imagem apreciada. O aluno deverá desenhar no espaço
dentro da moldura.
Durante a semana: peça que ela reveja a obra e apresente para seus familiares, contando os
detalhes que aprendeu e mostrando sua representação do quadro.
69
Imagem – jesus misericordioso
70
Atividade 6 – Matemática
No processo de desenvolvimento do pensamento abstrato, o pensamento lógico-
matemático possui um papel de destaque para favorecer esta habilidade de refletir e raciocinar
logicamente. As primeiras atividades propostas neste volume serão feitas oralmente, de forma a
desenvolver a abstração, através da imaginação.
- Medição: Com isso você descobre a distância entre sua casa e a Igreja que você vai à
Missa aos domingos.
2- Após essa conversa, ensine oralmente a sequência numérica para criança, começando
do 0 ao 10 e depois do 0 ao 20. Para isso, utilize um terço. Mostre para ela que o terço que
utilizam para rezar auxilia na contagem das dezenas de cada mistério. Cada bolinha representa
uma ave-maria. Utilize as bolinhas para que a criança conte. Depois, peça para que ela decore
uma sequência por dia, contando no primeiro dia: 11,12,13. No dia seguinte, peça para ela
lembrar até que número parou e diga para prosseguir com a contagem: 14,15,16. Junte com o dia
anterior. No próximo dia ela lembrará da contagem. Então, 11,12,13...20. Observe se ela já sabe
oralmente a sequência do 0 ao 20, se inverte ou repete algum número, e treine com ela durante
esta semana.
~† ~
71
Semana 2
A motivação para que a criança aprenda a ler deverá ser dada através da explicação de
que Deus se revela a nós de forma particular através da Palavra: o “Verbo de Deus se fez carne”.
Inspire a criança a desejar a ler como fonte de conhecimento de Deus e de Sua vontade, através
da leitura das Sagradas Escrituras, dos documentos da Igreja e dos escritos dos santos!
No material anterior (Alfabetização I) a criança conheceu os nomes das letras e sua
escrita em forma maiúscula. Continuaremos agora com o treino da letra maiúscula, introduzindo
também a minúscula. Você deverá repetir o nome de cada letra e ensinar sua grafia de forma
repetida, progressiva, procurando o aperfeiçoamento da escrita e da memorização. Lembre-se
que é um trabalho de disciplina, ordem, repetição, de forma a não exigir nem pouco, para que a
criança não se acomode, nem muito, para que ela não desanime! Sugerimos que ela repita o
treino da cópia das letras diariamente.
A sequência do alfabeto
Exemplo:
72
Alfabeto minúsculo:
5-Escreva o nome da criança em letra minúscula e peça que tente copiar no caderno, sendo
apenas a primeira letra maiúscula.
Exemplo:
6-Memorização: Você pode pedir para que ela repita, diariamente, a sequência do alfabeto para
você, até memorizá-la, oralmente, por completo. A criança poderá memorizar a sequência de três
letras por vez, acrescentando à sequência já memorizada anteriormente. Diga a ela que três é a
Santíssima Trindade, e de três em três vamos aprender o alfabeto.
Exemplo:
1º dia = memorizar ABC
2º dia = memorizar DEF e repetir a sequência unindo à anterior = ABC + DEF
3º dia = memorizar GHI e repetir a sequência unindo à anterior = ABCDEF + GHI
E assim por diante.
No final desta semana peça que ela tente repetir a sequência completa para você. Pode ser que
ela ainda não tenha memorizado totalmente. Será necessário repetir esta atividade por um tempo
maior, até que ela consiga.
Para a semana: A criança deverá memorizar a sequência alfabética (oralmente) e treinar sua
escrita em letra maiúscula no caderno.
Atividade Complementar - Discriminação visual: No ANEXO 4 a criança encontrará um
quadro que contém as letras na sequência alfabética. Porém, a criança deverá usar sua percepção
e memória para perceber a parte da letra que está faltando e completar seu traçado. Para ajudá-la
a verificar a letra de cada quadrado, ajude-a dizer a sequência alfabética, apontando cada um.
Depois, deixe que recorte o quadro e arquive em sua pasta.
73
Atividade 2- Recontagem de história
1- Leia em voz alta para a criança a história abaixo. Repita a motivação para o momento
de leitura, pedindo que se acalme, sente-se para ouvir, preste atenção no que será lido para
depois conversarem.
C
ERTO DIA estavam à mesa de Frederico - o
Grande - numerosos convidados. A conversa
tratava sobre Jesus Cristo. O rei, cada vez que
pronunciava esse nome, acrescentava uma blasfêmia.
O príncipe Carlos de Hesse, neto de Jorge II da
Inglaterra, que estava presente, baixou os olhos e
permaneceu silencioso. Quando o rei o percebeu,
dirigiu-se a ele e perguntou-lhe com vivacidade:
— Diga-me, caro príncipe, você acredita
nessas coisas?
— Majestade, replicou o príncipe, estou certo
de que Jesus Cristo morreu na cruz como meu
Salvador, como estou certo de falar neste momento
com Vossa Majestade.
O rei ficou algum tempo concentrado em seus pensamentos; depois, disse a Carlos:
— Muito bem, caro príncipe, você é o primeiro homem inteligente que encontrei nesse
reino.
— Majestade, respondeu o príncipe, mesmo que seja eu o último, morrerei feliz nesta
minha crença inabalável!
O resto da refeição decorreu em silêncio.
À noite, quando Carlos de Hesse passava por um
corredor do castelo, o general Tanenzien, um homem forte,
colocou suas mãos sobre os ombros e, cobrindo-o de
lágrimas, exclama:
— Bendito seja Deus que me deu vida bastante para
ver um homem confessar, de coração, o Cristo perante o rei.
Carlos de Hesse, que narra essa passagem,
acrescenta: “As lágrimas e as felicitações daquele nobre
ancião recordam-me um dos mais belos instantes de minha
vida”. Oh! Se todos tivessem a fé e a coragem desse
príncipe!
(Retirado do livro: “Tesouro de Exemplos II”)
74
2 – Agora, converse com seu filho sobre a história. Faça algumas perguntas, por exemplo:
3 – Peça para que a criança diga com suas palavras o que aprendeu desta história.
Para a semana: durante esta semana, faça a releitura em voz alta e peça para a criança recontar
com suas palavras. Depois de se familiarizar bem com a recontagem, peça que reconte para
alguém da família, ressaltando o que aprendeu com esta história. Mostre seus desenhos.
~† ~
75
Atividade 3 - Consciência fonêmica: retirando um fonema
Neste exercício, a criança será exercitada a perceber o som do fonema que você retirar nas
palavras. Esta atividade deixa evidente o papel de cada fonema em uma palavra. Apenas uma
letra faltando e aquela palavra não será a mesma! Você deverá utilizar novamente os nomes dos
santos. Utilize um por vez.
Para a semana: Esta atividade deverá ser repetida durante a semana. Você pode
variar, utilizando os nomes de pessoas da família ou outras palavras.
76
Atividade 4 – Memorização – Continuação – Salmo 8
SALMO 8
6
Entretanto, vós o fizestes quase igual aos anjos, de glória e honra o coroastes.
7
Destes-lhe poder sobre as obras de vossas mãos, vós lhe submetestes todo o universo.
8
Rebanhos e gados, e até os animais bravios,
9
pássaros do céu e peixes do mar, tudo o que se move nas águas do oceano.
10
Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra!
Durante esta semana: Releia este Salmo num momento de oração diário e peça que ela
memorize. Peça que ela repita várias vezes até conseguir sozinha. Depois, peça que declame num
momento de oração em família!
Adulto: - “Ó Senhor”
Criança repete: - “Ó Senhor”
77
Atividade 5 – Apreciação musical
78
Miserere mei (Latim)
Miserere mei, Deus: secundum magnam misericordiam tuam.
Et secundum multitudinem miserationum tuarum, dele iniquitatem meam.
Amplius lava me ab iniquitate mea: et a peccato meo munda me.
Quoniam iniquitatem meam ego cognosco: et peccatum meum contra me est semper.
Tibi soli peccavi, et malum coram te feci: ut justificeris in sermonibus tuis, et vincas cum
judicaris.
Ecce enim in iniquitatibus conceptus sum: et in peccatis concepit me mater mea.
Ecce enim veritatem dilexisti: incerta et occulta sapientiae tuae manifestasti mihi.
Asperges me hysopo, et mundabor: lavabis me, et super nivem dealbabor.
Auditui meo dabis gaudium et laetitiam: et exsultabunt ossa humiliata.
Averte faciem tuam a peccatis meis: et omnes iniquitates meas dele.
Cor mundum crea in me, deus: et spiritum rectum innova in visceribus meis.
Ne proiicias me a facie tua: et spiritum sanctum tuum ne auferas a me.
Redde mihi laetitiam salutaris tui: et spiritu principali confirma me.
Docebo iniquos vias tuas: et impii ad te convertentur.
Libera me de sanguinibus, deus, deus salutis meae: et exsultabit lingua mea justitiam tuam.
Domine, labia mea aperies: et os meum annuntiabit laudem tuam.
Quoniam si voluisses sacrificium, dedissem utique: holocaustis non delectaberis.
Sacrificium deo spiritus contribulatus: cor contritum, et humiliatum, deus, non despicies.
Benigne fac, domine, in bona voluntate tua sion: ut aedificentur muri ierusalem.
Tunc acceptabis sacrificium justitiae, oblationes, et holocausta: tunc imponent super altare tuum
vitulos.
79
Atividade 6 – Matemática – Sagrada Família
“Após ter exposto as parábolas, Jesus partiu. Foi para a sua cidade e
ensinava na sinagoga, de modo que todos diziam admirados: Donde lhe
vem esta sabedoria e esta força miraculosa? Não é este o filho do
carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José,
Simão e Judas? E suas irmãs, não vivem todas entre nós? Donde lhe vem,
pois, tudo isso?
(Mateus 13, 53-56)
2-Converse com a criança sobre o versículo. Diga-lhe que fala sobre a família de Jesus.
Explique-lhe que a palavra irmãos, refere-se aos seus parentes, primos, e não irmãos de sangue.
Jesus possuía uma Sagrada família: sua mãe, Maria, e seu pai, o carpinteiro São José. Quantas
pessoas formam a sagrada família?
3- Agora, a criança deverá pensar e dizer quantas pessoas formam sua própria família. Pergunte-
lhe:
- Quantos irmãos você tem?
- Quantos avós você tem?
- Quantos primos você consegue pensar e contar?
- Quantos tios você consegue pensar e contar?
80
Semana 3
Maiúscula Minúscula
Mostre para ela que a letra maiúscula ocupa a altura da linha toda, enquanto a minúscula
deve ocupar cerca de metade da linha. Para isso, utilize o caderno de brochura de caligrafia, ou,
no caso de um caderno comum, trace uma reta de outra cor dividindo uma linha do caderno.
2-Peça para a criança copiar no caderno uma linha da letra maiúscula e uma linha da letra
minúscula, seguindo o modelo. Deixe que copie sozinha. Observe seu traçado, se está da forma
correta. Senão, corrija, mostrando a forma correta.
Para a semana: será necessário um treino diário. Peça que ela copie uma linha da letra A
maiúscula e minúscula no caderno, conforme o modelo, ou o quanto conseguir. Vá lhe
mostrando, para que aos poucos observe a demarcação e o espaço da linha.
81
Santo Afonso Maria de Ligório
No dia 1º de agosto se comemora a festa de Santo Afonso Maria de Ligório, Bispo,
Confessor e Doutor da Igreja. Fundador da Congregação do Santíssimo Redentor é o tratadista 8
por excelência da moral católica, e se destacou por sua profunda devoção a Nossa Senhora, em
louvor da qual escreveu uma de suas mais belas obras, as Glórias de Maria.
8
Tratadista: pessoa que escreve tratado sobre assunto científico
82
clero. Ele continuava a dirigir seu Instituto e o das religiosas que tinha fundado para servir de
apoio, por sua oração contemplativa, a seus filhos missionários.
Em 1765, demitiu-se do ministério episcopal e voltou a viver entre seus filhos. Porém,
aconteceu produziu no Instituto dos Redentoristas uma divisão e Santo Afonso se viu expulso de
sua própria família religiosa. A provação foi muito grande, mas ele não perdeu a coragem e
predisse mesmo que a unidade se restabeleceria depois de sua morte. Mesmo com tudo, seu amor
a Deus não fez senão crescer.
Enfim, no dia 1º de agosto de 1787, entregou sua alma ao Senhor, na hora em que os
sinos tocavam o Ângelus. Gregório XVI o inscreveu no catálogo dos Santos em 1839, e Pio IX o
declarou Doutor da Igreja.
(Síntese biográfica, escrita por Dom Guéranger)
83
inclinada; essa postura foi representada em alguns retratos que dele fizeram. Além das doenças,
tentações fortíssimas lhe atacaram, tudo para fazer-lhe cair, perder a fé e deixar de viver sua
vocação.
Porém, era este exatamente o prêmio máximo para coroar
a sua existência. Era a crucifixão depois de um longo apostolado
e uma incansável ação em benefício do próximo.
Assim age, o mais das vezes, a Providência em relação às
almas que Ela ama. São situações que purificam essas almas.
Depois, a alma purificada, lavada pelo sofrimento, volta a gozar
da graça de Deus. Então ela respira, sente-se outra,
transformada.
Naturalmente, essa foi a última nota da santificação, o
derradeiro esforço que Nosso Senhor exigiu de Santo Afonso de
Ligório.
84
de-ligorio-2-143600
85
Atividade 2 - Consciência fonêmica: associando grafema e
fonema – Fonema A
Agora daremos início às atividades em que a criança fará a relação entre os grafemas (letras)
e fonemas (som). Para cada letra, apresentaremos seu nome e seu “som”. A série de atividades
abaixo deve ser dividida um pouco por dia.
1- Peça para a criança se recordar do nome Santo Afonso (diga o som /a/ de forma mais
saliente).
6- Escreva o nome AFONSO em seu caderno, e mostre-lhe que começa com a letra A, que
representa o som /a/.
Lista de palavras:
1- Peça para a criança pensar em palavras que começam com a letra A. Escreva em uma
lousa e peça para copiar, repetindo em cada uma: essa é a letra A, e seu som é /a/.
2- Leia para a criança a lista de palavras que terminam com a letra A (abaixo) e peça para
ela copiar, repetindo em cada final de palavra: essa é a letra A, e seu som é /a/.
ANA
MARIA
HELENA
SUZANA
CATARINA
CECÍLIA
TEREZA
FAUSTINA
ROSA
ÁGATA
86
3-Peça para a criança pensar em mais palavras que terminam com o som A e escreva em
seu caderno, repetindo o mesmo exercício anterior.
1-Peça para a criança pensar em 10 palavras aleatórias e escreva em seu caderno. Leia
cada palavra para a criança e peça que ela identifique se o som /a/ está no começo, no
meio ou no fim da palavra.
2-Agora você dirá palavras para a criança e ela deverá identificar, oralmente, se o som /a/
está no começo, no meio ou no final da palavra. Peça para ela levantar a mão quando
escutar o som /a/ na palavra que você disser (algumas palavras podem não ter a letra A,
para que a criança treine a escuta):
1. MISSA
2. PADRE
3. TERÇO
4. VELA
5. AMOR
6. IGREJA
7. BATISMO
8. AMIGO
9. CRUZ
10. BÍBLIA
11. JESUS
12. ALTAR
13. HÓSTIA
14. LUZ
15. EVA
3-Agora peça para a criança copiar a lista no caderno, apontando onde aparece a letra A,
e dizendo seu som.
~† ~
87
Atividade 3- Recontagem de história
Sigamos a luz da fé
S
ÃO SEVERINO, apóstolo da Noruega, pregava a
fé cristã entre aqueles idólatras. Porém, poucos se
convertiam.
Um dia, então, para confirmar a uns e converter a
outros, convidou a todos, cristãos e idólatras, para uma
assembleia na igreja. Cada um devia trazer uma vela.
Quando os viu todos reunidos, com suas velas apagadas
nas mãos, o santo Bispo ajoelhou-se diante do altar e
rezou em voz alta:
─ “Óh Senhor e Deus verdadeiro, dignai-vos
manifestar a estes fiéis a luz do vosso conhecimento e
fazei-lhes compreender como se diferenciam os que vos
conhecem dos que nunca vos conheceram”.
Ao terminar a oração, e no mesmo instante,
acenderam-se por si mesmas as velas dos cristãos,
continuando apagadas as dos idólatras. Esse prodígio
converteu aquele povo a fé crista.
***
88
2 – Agora, converse com seu filho sobre a história. Faça algumas perguntas, por exemplo:
- A história “Sigamos a luz da fé”, narra um fato acontecido na vida de um santo. Quem é esse
santo?
- O que estava acontecendo com a pregação de São Severino? As pessoas estavam se
convertendo?
- O que ele resolveu fazer?
- Qual foi a oração que ele fez?
- E o que aconteceu depois de sua oração?
3 – Peça para que a criança diga com suas palavras o que aprendeu desta história.
Para a semana: durante esta semana, faça a releitura em voz alta e peça para a criança recontar
com suas palavras. Depois de se familiarizar bem com a recontagem, peça que reconte para
alguém da família, ressaltando o que aprendeu com esta história. Mostre seu desenho.
~† ~
89
Atividade 4 – Memorização
1 – Faça a criança se lembrar da história de São Severino: “Sigamos a luz da fé”. Em seguida,
faça-o lembrar da oração que São Severino fez para que as velas acendessem.
2 - Leia a oração abaixo para o aluno em voz alta e peça que ele repita:
Durante a semana: peça para a criança repetir esta oração até memorizá-la. Para a
memorização dessa semana, providencie uma vela; a cada momento que o aluno for decorar a
oração, acenda a vela, dessa forma, ao mesmo tempo em que decora a oração, pensa no milagre
que Deus realizou pelas mãos de São Severino.
90
Atividade 5 – Apreciação de imagem
1-Diga para a criança que ela apreciará a imagem de Nossa Senhora do Rosário. Primeiramente,
leia o Hino de Nossa Senhora do Rosário abaixo e converse com o aluno sobre Nossa Senhora e
a oração do Rosário. Aproveite para ressaltar na leitura a sonoridade das rimas.
HINO
Nossa Senhora do Rosário
Laudes - Liturgia das Horas
Na terra recordamos
teu gozo e tua dor,
ó Mãe, que contemplamos
em glória e resplendor.
91
2-Agora, a criança deverá contemplar a imagem de Nossa Senhora do Rosário (página
seguinte). Ela deverá observar em silêncio para depois comentar sobre o que viu.
Durante a semana: retome a apreciação da imagem durante as orações da semana. A cada dia,
peça para a criança rezar a Nossa Senhora, escolhendo um elemento da imagem como
inspiração.
~† ~
92
Imagem de Nossa Senhora do Rosário
93
Atividade 6 – Matemática - Números e quantidades
2-Passaremos, agora, a relacionar o número com a quantidade que ele representa. Faça algumas
perguntas:
- Quantos anos você tem?
- Pode mostrar usando os dedos da mão?
- Sua idade é maior ou menor que 10? Vamos contar?
- Qual a idade de seus irmãos? É maior ou menor que 10? Vamos contar?
4-Pergunte:
- Quantos dedos você tem em um pé? Peça para que conte.
- Quantos dedos têm em uma mão? Peça para que conte.
5-Depois deverá localizar o algarismo cinco na sequência escrita no caderno. Faça outras
perguntas ao longo da semana para que a criança utilize a contagem com as mãos (Quantos
livros você tem? Quantos crucifixos têm em casa? Quantas bíblias? Etc.).
Utilizando a imaginação:
Após essa atividade, combine com a criança que você dirá alguns objetos e suas quantidades
para ela imaginar. Depois, deverá representar com um desenho essas quantidades, escrevendo na
frente o numeral correspondente:
- Imagine uma casa.
- Imagine dois padres.
- Imagine três livros.
- Imagine quatro passarinhos.
- Imagine cinco crianças.
Em seguida, diga um numeral e peça que ela continue contando até dez, de onde você começou:
Exemplo:
Adulto: dois...
Criança: três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove e dez.
Adulto: cinco...
Criança: cinco, seis, sete... até chegar ao dez.
Siga utilizando os demais numerais.
94
Semana 4
Diga para a criança que ela aprenderá a escrita e o som da letra E. Esta é letra de um dos
santos de Nossa Igreja: SANTO ESTEVÃO! Leia uma história do santo nas páginas a seguir e
relacione com a letra E, para que a criança memorize. Trace no caderno a forma da Letra E,
primeiro em letra maiúscula, repetindo seu nome e seu traçado. Em seguida, Faça a letra E
minúscula, mostrando-lhe seu traçado. Diga que a forma maior é a letra maiúscula e a menor é
chamada minúscula.
Maiúscula Minúscula
Mostre para ela que a letra maiúscula ocupa a altura da linha toda, enquanto a minúscula
deve ocupar cerca de metade da linha (apenas a linha azul no caderno de caligrafia). Para isso,
utilize um caderno brochura de caligrafia, ou trace uma reta de outra cor dividindo uma linha do
caderno comum.
2-Peça para a criança copiar no caderno uma linha da letra maiúscula e uma linha da letra
minúscula, seguindo o modelo. Deixe que copie sozinha. Observe seu traçado, se está da forma
correta. Senão, corrija, mostrando a forma correta.
Para a semana: será necessário um treino diário. Peça que ela copie uma linha da letra E
maiúscula e minúscula no caderno, conforme o modelo, ou o quanto conseguir. Vá lhe
mostrando, para que aos poucos observe a demarcação e o espaço da linha.
Atividade complementar – Coordenação motora: No ANEXO 7 a criança deverá colorir o
desenho de Santo Estevão e preencher a borda utilizando um pedacinho de esponja cortada,
molhar na tinta guache e dar batidinhas no papel até cobrir toda borda.
95
Santo Estevão
Observação: Durante a leitura do texto, você encontrará algumas citações bíblicas; procure-as em sua Bíblia e
faça a leitura das passagens no momento indicado.
Milagres
Além de prestar toda a assistência aos necessitados da Igreja como diácono e de pregar e
defender a Palavra de Deus com sabedoria e poder, Santo Estêvão também foi canal de Deus
para a realização de vários milagres grandiosos no meio do povo, como vemos em Atos 6, 8.
Assim, numerosas conversões ao cristianismo vinham acontecendo por causa do poderoso
ministério de Santo Estêvão. Por outro lado, a força da pregação de Santo Estêvão incomodou os
líderes judeus de Jerusalém.
96
Preso
Por causa do grande número de conversões provocadas pela pregação de Santo Estêvão,
as autoridades judaicas, pertencentes ao Sinédrio, mandaram prender Santo Estêvão. No
Sinédrio, ele foi julgado. Lá, diante de todas as autoridades e de Saulo, o fariseu que se tornaria
São Paulo, ele defendeu a fé cristã de maneira que não puderam contradizê-lo. Por isso, sem
razão, condenaram Estevão à morte por Blasfêmia.
Relíquias e culto
Por toda a força de sua história e de seu testemunho, Santo Estêvão passou a ser cultuado
desde o início da Igreja. No ano 415 seus restos mortais foram encontrados para grande comoção
por parte dos fiéis. A festa de Santo Estêvão é celebrada sempre no dia seguinte ao Natal de
Nosso Senhor Jesus Cristo, para marcar o fato de ele ter sido o primeiro Mártir da Igreja. A
história completa de Santo Estevão encontra-se no Livro do Atos dos apóstolos, capítulos 6, 7 e
no 8, 1 – 3 (A eleição dos diáconos; a prisão do diácono Estevão; Discurso de Estevão e sua
morte; o corpo de Santo Estevão é enterrado.
Santo Estevão, rogai por nós!
97
Atividade 2 - Escrita – Sequência do alfabeto
1-Peça que a criança faça sequência do alfabeto, contendo uma letra no início de cada linha.
Exemplo:
Y– ZITA
98
Atividade 3 - Recontagem de história
1- Leia em voz alta para a criança:
O segundo pedido
F
REI MARTINHO, sacristão de um convento franciscano, na
Itália, cumpria suas funções com a maior perfeição.
Esmerava-se em deixar alvíssimas e bem engomadas as
toalhas do altar. Nunca se via sequer um resto de cera ou de pó no
presbitério, e os cálices e cibórios estavam sempre reluzentes.
"A limpeza é o luxo do pobre", dizia a si mesmo, enquanto
trabalhava com redobrado empenho, por tratar-se do culto a Nosso
Senhor. Na vida de voluntária pobreza, abraçada por amor a Ele,
queria servi-Lo da forma mais excelente, pois, além do senso do
dever, brilhava na alma de Frei Martinho uma profunda devoção a
Jesus Eucarístico.
Quando o sacristão terminava seus afazeres, dirigia-se
invariavelmente aos pés do tabernáculo e lá ficava rezando, em
colóquios íntimos com o Senhor. Às quintas-feiras, havia no
convento Adoração solene ao Santíssimo Sacramento, e ele sempre
conseguia organizar o serviço de forma a passar longo tempo
ajoelhado aos pés do ostensório.
Aproximava-se, por aqueles dias,
a festa do Padroeiro do convento. Frei
Martinho estava encarregado de preparar
as alfaias litúrgicas e decorar a igreja
para a Missa solene. Sempre ativo e
dedicado, conseguira belas flores para
ornar o altar, o que não era fácil naquela
estação do ano. Já na noite anterior,
deixara tudo pronto para a Celebração.
Queria ter nesse dia o mínimo possível
de ocupações, pois assim poderia assistir
à Santa Missa com maior recolhimento e
receber mais fervorosamente Jesus em
Alfaias litúrgicas sua alma.
Mas qual não foi sua surpresa
quando o Padre Guardião o escalou para a função de pedir alimentos para festa! Era preciso
conseguir sem demora um reforço de provisões, pois a casa estava lotada: além dos frades vindos
de outros conventos, havia um grupo de peregrinos carentes. E a despensa estava quase vazia...
Corria-se o risco de servir um frugal almoço aos visitantes e despedi-los sem jantar.
99
Como bom religioso, Frei Martinho obedeceu prontamente e com alegria. Apenas pedia a
Nosso Senhor Sacramentado a graça de retornar a tempo para assistir à Missa da tarde e recebê-
Lo em seu coração.
Acompanhado por Frei
Salomão, bateu de porta em porta
durante várias horas. Porém, as almas
caridosas pareciam ter desaparecido da
região! Somente ganharam alguns
velhos pãezinhos, não conseguiram
sequer os legumes necessários para uma
humilde sopa...
Começava a cair a tarde quando
entraram numa pequena capela próxima
do lugar onde estavam. Ali pediram
com muita confiança à Virgem Maria que os ajudasse não só a obter os mantimentos necessários
para a comunidade, mas também a retornar a tempo para assistir à Missa e receber o Corpo de
Jesus.
Pouco depois de recomeçarem seu trabalho, encontraram um camponês guiando uma
pequena carroça, o qual, depois de cumprimentá-los com respeito e pedir-lhes a bênção,
perguntou:
─ Meus bons frades, os senhores parecem preocupados... Precisam de alguma ajuda?
Frei Martinho explicou-lhe a dificuldade pela qual passavam, e logo o camponês deu a
solução:
─ Vejam como Nossa Senhora é boa por fazer-me passar por esta rua justamente agora!
Aqui está um saco com batatas, cenouras, rabanetes e tomates. E neste outro estão dois grandes
pernis. Agora entendo por que não consegui vender tudo na feira... É que Nossa Senhora decidiu
reservar isto para o convento. Pois bem, podem levar tudo. Dou de muito bom gosto.
100
Os dois frades agradeceram de coração ao generoso camponês, prometeram-lhe orações
por ele e sua família, e tomaram alegres o caminho de volta.
Contudo, era longa a distância a percorrer e chegaram ao convento quase no fim da tarde.
Entregaram as provisões ao irmão cozinheiro, limparam-se da poeira do caminho e rumaram
apressadamente para a igreja, onde ainda ressoavam as melodias eucarísticas.
Entretanto, a Missa havia terminado... Não tiveram sequer o consolo de receber a
Comunhão! Nossa Senhora havia atendido tão generosamente o primeiro de seus pedidos. Por
que não quisera fazer o mesmo com o segundo?
Consternados, puseram-se de joelhos aos pés do tabernáculo e fizeram a Jesus um
amoroso queixume:
─ Senhor, por que nos abandonastes? Quanto queríamos participar desta Missa!
Entretanto, por amor à obediência, ficamos privados de Vos receber na Eucaristia!
Aos poucos, a igreja foi se esvaziando, mas os dois religiosos lá ficaram em oração. De
repente, viram surgir no presbitério um varão alto, cheio de nobreza e com uma fisionomia
reluzente.
─ A Rainha do Céu ouviu comprazida vossas súplicas - disse ele - e mandou-me para
atendê-las. Ajoelhai-vos junto à mesa da Comunhão e preparai os vossos corações para receber
dignamente Seu Divino Filho.
O Anjo de luz abriu o sacrário, tomou o cibório e
ministrou-lhes a Sagrada Comunhão. Depois, fez um
curto ato de adoração ao Santíssimo Sacramento,
recolocou-O no tabernáculo, e desapareceu.
101
2 – Agora, converse com seu filho sobre a história. Faça algumas perguntas, por exemplo:
3 – Peça para que a criança diga com suas palavras o que aprendeu desta história.
Para a semana: durante esta semana, faça a releitura em voz alta e peça para a criança recontar
com suas palavras. Nas atividades de recontagem é importante verificar se a criança obedece à
sequência lógica dos acontecimentos (começo – meio – fim). Depois de se familiarizar com a
recontagem e o vocabulário, peça para que reconte para alguém da família, apresentando sua
ilustração.
102
Atividade 4 - Consciência fonêmica: associando grafema e
fonema – Fonema /ê/
Agora a criança fará a relação entre os grafemas aprendido e seus fonemas (som). Para cada
letra, apresentaremos seu nome e seu “som”. A série de atividades abaixo deve ser dividida em
vários dias, um pouco por dia.
1- Peça para a criança se recordar do nome Santo Estevão (diga o som /ê/ de forma mais
saliente).
6- Escreva o nome ESTEVÃO em seu caderno, e mostre-lhe que começa com a letra E, que
representa o som /ê/.
Lista de palavras:
Peça para a criança pensar em várias palavras que começam com o som /ê/. Escreva em
uma lousa ou mural e peça para copiar, repetindo em cada uma: essa é a letra E, e seu
som é /ê/.
1- Peça para a criança pensar em 10 palavras, aleatórias, e escreva em seu caderno. Leia
cada palavra para a criança, e peça que ela identifique se o som /ê/ está no começo, no
meio ou no fim da palavra.
3- Agora, você dirá palavras para a criança e ela deverá identificar, oralmente, se o som /ê/
está no começo, no meio ou no fim da palavra. Peça para ela levantar a mão quando
103
escutar o som /ê/ na palavra que você disser (algumas palavras podem não ter a letra E,
para que a criança treine a escuta):
• LEITE
• ESCADA
• ESMALTE
• LEI
• CAMA
• MESA
• ELEFANTE
• RUTE
• TERÇO
• PADRE
• EDUCADO
• CASA
• PENTE
• DOENTE
• EMA
4-Agora peça para a criança copiar a lista no caderno, apontando onde aparece a letra E, e
dizendo seu som.
~† ~
104
Atividade 5 - Consciência fonêmica: associando grafema e
fonema – letra E - fonema /é/.
A letra E, além do som /ê/, também representa o fonema /é/. Será preciso que você explique
que a mesma letra pode ter dois sons, como é o caso.
As atividades abaixo podem ser divididas e retomadas ao longo da semana. Dê o exemplo do
nome de Santo André (leia sua história nas páginas a seguir).
1- Peça para a criança dizer o nome ANDRÉ (diga o som /é/ final de forma mais saliente).
-Peça que ela repita o som do fonema /é/.
Agora, escreva em seu caderno a letra E e diga:
-Essa é a letra E.
Peça que ela repita o nome da letra.
4- Escreva o nome ANDRÉ em seu caderno, e mostre-lhe que termina com a letra E, que
representa o som /é/.
Lista de palavras:
Leia para a criança a lista de palavras terminadas com o fonema /é/. Peça para ela repetir
cada palavra, salientando o fonema final. Em seguida, ela deverá copiar as palavras no
caderno, repetindo em cada uma: essa é a letra E, que representa o som /é/.
o JOSÉ
o CAFÉ
o CHULÉ
o PÉ
o PICOLÉ
o FILÉ
o MARÉ
o CHIMPANZÉ
o CHAMINÉ
105
1- Peça para a criança pensar em 10 palavras, aleatórias. Para cada palavra que a criança
disser, peça para ela identificar se o som /é/ ou o som /ê/ estão presentes. Se estiver,
escreva tais palavras no caderno e peça que ela localize se o som /é/ ou /ê/ estão no
começo, no meio ou no fim da palavra.
3- Agora, você dirá palavras para a criança, e ela deverá identificar, oralmente, se estão
presentes o som /é/ ou o som /ê/, e se estão no começo, no meio ou no fim da palavra.
o FÉ
o NOÉ
o ESCADA
o CÉU
o CAFÉ
o ESTRELA
o RÉ
o ELIAS
o RÉGUA
o EDUCADO
o DÉBORA
o VÉU
o ESTÉR
4- Agora peça para a criança copiar a lista no caderno, apontando onde aparece a letra E, e
dizendo seu som /é/ ou /ê/
~† ~
106
Santo André
André e alguns outros discípulos foram
chamados três vezes pelo Senhor. A primeira vez foi
num dia em que André, com outro discípulo, ouviu da
boca de seu mestre João: "Eis o cordeiro de Deus, que
apaga os pecados do mundo" (Jo 1, 29). E logo depois
André e aquele outro discípulo descobriram onde
morava Jesus, foram até lá e passaram o dia com ele. Ao
encontrar seu irmão Simão, André levou-o a Jesus. No
dia seguinte, voltaram a seu ofício de pescador. Mais
tarde ocorreu a segunda chamada, quando o Senhor os
convidou para viver com Ele. Foi no dia em que a
multidão se comprimia seguindo os passos de Jesus
perto do lago de Genesaré, também chamado mar da
Galiléia, e Ele entrou no barco de Simão e de André.
Após terem pescado uma enorme quantidade de peixes,
Ele chamou Tiago e João, que estavam em outro barco.
Todos o seguiram naquele dia, mas depois voltaram para
casa. Jesus chamou-os pela terceira e última vez para
serem seus discípulos quando passeava pela margem
daquele mar no qual eles se dedicavam à pesca e disse:
107
Eles largaram então suas redes para segui-Lo, e não mais se separaram Dele. A chamada
feita a André e aos outros os destinava ao apostolado, conforme relata Marcos, 3: "Chamou os
que quis e estes vieram a Ele em número de doze".
Após a Ascensão do Senhor e a separação dos apóstolos, André pregou na Cítia e Mateus
na Etiópia. Os habitantes da Etiópia recusaram-se a ouvir Mateus e o prenderam. Nesse meio
tempo, o anjo do Senhor apareceu a Santo André e ordenou-lhe que fosse à Etiópia socorrer
Mateus. À sua resposta de que não conhecia o caminho, foi-lhe ordenado que se digirisse para o
litoral e embarcasse no primeiro navio que encontrasse. Seguiu imediatamente as ordens
recebidas, e guiado por um anjo, com ajuda
de um vento favorável, chegou à cidade,
encontrou aberta a prisão de São Mateus e
ao vê-lo pôs-se a chorar muito e a orar.
Mateus partiu em seguida para Antioquia.
André ficou na Etiópia pregando. Irritados
com a fuga de Mateus, os habitantes
capturaram André, amarraram suas mãos e
arrastaram-no pelas ruas. Enquanto seu
sangue corria, o apóstolo orou por eles e por
sua prece converteu-os a Cristo. Depois
partiu para Acaia.
Tendo um jovem nobre se ligado ao apóstolo São André, contra a vontade de seus pais,
estes puseram fogo na casa em que seu filho morava com ele. Quando a chama já estava acima
do telhado, o jovem jogou um jarro de água no fogo, que logo se apagou. "Nosso filho",
disseram os pais, "é um grande mágico" Quiseram então entrar na casa por meio de escadas, mas
Deus os cegou e eles sequer viam as escadas. Então alguém exclamou:
─ "Seus esforços são inúteis, pois Deus combate por eles; desistam antes que a ira de
Deus se abata sobre vocês" Muitos dos que testemunharam esse fato passaram a crer no Senhor.
Quanto aos pais, cinquenta dias depois morreram e foram enterrados.
***
108
─ "Ele era o que de mais valioso eu possuía no mundo; dá-lo-ei a você"
O apóstolo orou, ressuscitou o menino e levou-o consigo.
***
Certo dia, quarenta homens vieram por mar encontrar o apóstolo a fim de receber dele a
doutrina da fé, mas o diabo provocou uma tormenta que matou todos. As ondas levaram seus
corpos até a praia onde estava o apóstolo, que imediatamente os ressuscitou. Eles lhe contaram
então tudo o que havia acontecido. É por isso que se lê num dos hinos de seu ofício: "Ele
restituiu a vida a quarenta pessoas que as águas haviam tragado"
***
O prefeito de uma cidade tinha se apossado de um terreno que alguém doara ao culto de
Santo André. Graças às preces do bispo local, Deus puniu o ladrão com fortes febres.
O prefeito devolveu a terra à autoridade e pediu-lhe que intercedesse a seu favor para
recuperar a saúde perdida. Mas depois de curado pela intercessão do pontífice, tomou de novo
aquela terra. Então o bispo voltou a rezar, mas de forma diferente: "Que não se acendam mais as
luzes deste templo", dizia enquanto quebrava as lâmpadas," até que o próprio Senhor se vingue
de seu inimigo e a igreja recupere o que perdeu" Novamente o prefeito voltou a ter febre, e
enviou um mensageiro para pedir ao bispo que orasse por ele, garantindo que devolveria o
campo e daria outras terras de igual valor. Como o bispo respondeu que não rezaria novamente
por ele, pois ele havia sido duas vezes infiel para com Deus e sua Igreja, o prefeito fez-se
transportar até à autoridade e obrigou-o a entrar na igreja para orar por ele. Mas no mesmo
instante em que o bispo ali entrou, o prefeito subitamente morreu e a igreja recuperou o campo.
(Legenda Áurea, p. 58-68 – texto adaptado)
***
109
Atividade 6 - Consciência fonêmica: associando grafemas e
fonemas – Letras A e E.
O objetivo desta atividade será reunir os dois fonemas aprendidos até o momento, para que a
criança faça a distinção entre um e outro.
1-Explique-lhe que você falará algumas palavras e ela terá que dizer se o som inicial é da letra A
ou da letra E. Para cada palavra, deixe que a criança faça a classificação oralmente.
Exemplo: Diga a palavra ELIAS. Lembre-se de salientar o fonema inicial. Peça para a criança
repetir a palavra e pergunte-lhe com que som começa aquela palavra. Pergunte que letra
representa aquele som, a letra A ou a letra E? Faça o mesmo com os nomes de santos abaixo:
ELIAS ADALBERTO
AFONSO ESTEVÃO
ELEUTÉRIO ATANÁSIO
ÁGATA EULÁLIA
ALBERTO ADELAIDE
ELISEU EVARISTO
ELÓI ALBINO
APOLÔNIO EVÓDIO
ESCOLÁSTICA AARÃO
ESTANISLAU ALEXANDRE
2-Agora você escreverá numa lousa toda a lista de palavras e fará a leitura de cada uma
novamente, salientando o som inicial e apontando a letra inicial. Faça uma tabela no caderno da
criança, dividindo uma coluna para palavras com a letra A e uma coluna para palavras com a
letra E. Peça para ela escolher cinco palavras com a letra A e cinco com a letra E e copiar na
coluna da respectiva letra.
Exemplo:
3-Leia a lista de nomes novamente e peça para que a criança identifique o som /é/ no meio das
palavras (como é o caso de Alberto, Adalberto e Eleutério).
110
Atividade 7 – Memorização
1 - Diga à criança que os santos escreveram muitas coisas que nos ajudam à também sermos
santos. Destes escritos também podemos tirar frases.
2-Leia as frases abaixo e peça para a criança repetir. Converse também sobre o significado das
frases.
Durante a semana: peça para que ela memorize as frases e repita num momento de oração em
família.
111
Atividade 8 – Representação do Evangelho
Essa atividade tem por objetivo despertar na criança o conhecimento dos Santos
Evangelhos e o gosto pela Arte Religiosa, através da representação ilustrativa de uma passagem
do Evangelho. Ao ilustrar o Evangelho, a criança tem a capacidade de expressar-se segundo o
que Cristo ensina.
De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, a arte é uma forma de expressão humana.
Nasce de um talento dado pelo Criador e do esforço do próprio homem. A arte é uma forma de
sabedoria prática, que junta o conhecimento e a habilidade para dar forma ao que vemos e
ouvimos. Segundo São João Paulo II, Deus chamou o homem para a vida e deu-lhe a tarefa de
ser artista. Quanto mais o homem souber que o dom que possui vem de Deus, tanto mais se sente
movido a olhar para si mesmo e para a criação inteira com olhos capazes de contemplar e
agradecer, elevando a Deus o seu hino de louvor.
41Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa.42Tendo ele (Jesus)
atingido doze anos, subiram a Jerusalém, segundo o costume da festa.43Acabados os dias da
festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o
percebessem.44Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram
caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos.45Mas não o encontrando,
voltaram a Jerusalém, à procura dele.46Três dias depois o acharam no templo, sentado no
meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.47Todos os que o ouviam estavam
maravilhados da sabedoria de suas respostas.48Quando eles o viram, ficaram admirados. E
sua mãe disse-lhe: “Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua
procura, cheios de aflição.”49Respondeu-lhes ele: “Por que me procuráveis? Não sabíeis que
devo ocupar-me das coisas de meu Pai?”50Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes
dissera.51Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas
estas coisas no seu coração.52E Jesus crescia em estatura, em sabedoria e graça, diante de
Deus e dos homens.
2- Faça perguntas sobre os detalhes da cena e releia quantas vezes for necessário, para que
a criança se atente a eles:
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Qual festa estavam comemorando?
Onde Jesus ficou?
Depois de quantos dias Maria e José encontraram Jesus?
O que Jesus ficou fazendo no Templo?
~† ~
113
Atividade 9 – Matemática
Passagem Bíblica
1 - Leia a passagem bíblica para a criança:
Também José subiu da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à Cidade de
Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi, para se alistar
com a sua esposa Maria, que estava grávida. Estando eles ali,
completaram-se os dias dela. E deu à luz seu filho primogênito, e,
envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar
para eles na hospedaria.”
(São Lucas 2, 4-7)
2 - Converse com a criança sobre o que diz o versículo – o nascimento de Jesus. Ele nasceu em
uma simples hospedaria e foi deitado em um presépio. Diga-lhe do grande amor com que José e
Maria receberam o salvador, mesmo em meio às dificuldades. Fale para a criança de quanto
amor ela recebeu de Deus, ao tê-la chamado a vida!
3 - Jesus teve uma família, onde cresceu em estatura e graça. Como é o lugar que você mora?
Peça para ela pensar e contar sobre sua casa (peça que escreva no caderno as respostas abaixo,
representando os numerais):
- Quantos quartos?
- Quantas camas?
- Quantos banheiros?
- Quantos cômodos?
- São mais ou menos do que 10?
- Qual é o cômodo maior?
- Qual é o cômodo menor?
4 - Peça para a criança fazer uma ilustração, representando como é sua casa.
~† ~
114
Retomando – VOLUME 1
Anote aquilo que a criança possivelmente apresentou de dificuldades e retome até verificar
que conseguiu alcançar o objetivo.
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ANEXO 1 – para colorir – santos católicos 9
São maximiliano
9
Todas as imagens para colorir do ANEXO 1 estão disponíveis em: http://www.catholicplayground.com
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São pio X
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São felipe neri
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São patrício
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Santa rosa de lima
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Santa bárbara
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Santa luzia
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São joão bosco
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Santa marta
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Santa teresinha
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ANEXO 2 – ATIVIDADE 1- SEMANA 1
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ANEXO 3 – ATIVIDADE 5 – SEMANA 1
Quadro de Jesus Misericordioso
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ANEXO 4 – ATIVIDADE 1 – SEMANA 1
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ANEXO 5 – ATIVIDADE 1 – SEMANA 3
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ANEXO 6 – ATIVIDADE 5 – SEMANA 3
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ANEXO 7 – ATIVIDADE 1 – semana 4
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ANEXO 8 – ATIVIDADE 5 – semana 4
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ANEXO 9 – ATIVIDADE 8 – semana 4
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