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Max Pianura
(Autor do Método)
Max Pianura já trabalhou com grandes nomes da
música nacional, internacional e também já lecionou pra
uma gama de artistas que fazem sucesso atualmente na
mídia. Músico multi-instrumentista, cantor, arranjador e
compositor, iniciou seus estudos com apenas 5 anos de
idade, sendo que com 8 anos já se apresentava na
televisão espanhola e com 16 anos em teatros como o
Teatro Municipal de São Paulo acompanhado por orquetra.
Max teve a oportunidade de estudar no Brasil e no
exterior com grandes mestres da música, um deles, o seu próprio pai, o
mestre Robson Miguel, considerado um dos melhores músicos da atualidade.
Hoje, com mais de 20 anos de experiência ensinando através de seus cursos
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presenciais e on-line para um número incontável de alunos, muitos dos
discípulos de Max Pianura atuam hoje como professores e músicos atuantes.
APRESENTAÇÃO DO TECLADO
O teclado é um instrumento derivado do antigo órgão (este surgido 250 anos a.C). O órgão é
um dos instrumentos musicais mais antigos da tradição musical do Ocidente. Foi
o primeiro instrumento de teclas.
O antepassado do órgão é o hydraulos, ou órgão hidráulico, inventado
no século III a.C. pelo engenheiro grego Ctesíbio de Alexandria, responsável
pelo cruzamento da flauta típica grega, o aulos, com o sistema hidráulico de
injecção de ar comprimido nos tubos.
A mecânica consistia em abrir a passagem do ar para os tubos através
de uma válvula parecida com uma tecla. Para que tal acontecesse
o ar era mantido em pressão por processos hidráulicos (pressão de
água). O órgão possuía apenas uma fila com 7 tubos de diferentes
comprimentos, correspondendo cada tubo a uma nota.
Este instrumento esteve muito em voga no Império Romano.
Alcançando uma forte amplitude sonora (volume), era apto para ser
usado ao ar-livre: em jogos, no circo, nos anfiteatros. Nesta altura
o hydraulos era já denominado organum
hydraulicum em latim ou organon hydraulikon em grego.
A fila de tubos duplicou e triplicou, até que foi incorporado um mecanismo de selecção dessas
filas de tubos, que mais tarde se vêm a chamar registos. O conjunto de tubos de uma fila tem o
mesmo formato e características, emitindo um timbre próprio. Assim sendo, num órgão
existem tantos timbres diferentes, quanto o número de registos (filas) existentes.
O sistema hidráulico usou-se até ao século V, tendo surgido no século IV o sistema pneumático
de foles. Trata-se do órgão pneumático. Como já não havia a componente hidráulica, o
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instrumento passou simplesmente a ser denominado Organus.
Mas como tudo um dia evolui, em janeiro de 1934 Laurens Hammond,
um inventor e engenheiro dos Estados Unidos, patenteou um novo tipo
de instrumento musical elétrico. A invenção foi revelada ao público em
abril do ano seguinte, e o primeiro modelo (modelo A) foi
disponibilizado em junho do mesmo ano. Vários outros modelos foram
produzidos pelos próximos vinte anos, mas nenhum foi mais conhecido
ou usado que os modelos de 1955: B-3 e C-3. Junto com o A-100,
produzido em 1959, esse trio de órgãos compartilhavam uma mecânica
similar de produção de som.
Ao final dos anos 80 a companhia foi comprada pela japonesa Suzuki e
revigorada com o lançamento de órgãos portáteis e novos
modelos com tecnologia de tonewheel digital.
Por volta dos anos 60 do século XX por meio de Robert Moog,
fundador da Moog Music Inc. Os primeiros teclados eram
comercialmente inacessíveis, já que custavam acima de
U$10.000. Além disso, eram muito grandes (do tamanho de
uma parede), possuíam inúmeros cabos e eram muito difíceis
de se estabilizar uma afinação. Nesta mesma época,
instrumentos de teclas como o órgão, teclado e acordeon também ganharam maiores avanços
técnológicos. Um exemplo disso foi a criação de instrumentos eletromecânicos, como o Ondes
Martenot (um tipo de teclado eletrônico), além dos órgãos eletrônicos, os quais passaram a
usar osciladores e divisores de freqüência para produzir formas de ondas.
Hoje em dia, os teclados possuem fantásticos recursos, como o visor LCD, o que facilita
bastante o manuseio do usuário; uma gama enorme de sons e efeitos; sem contar o fato de
poderem ser conectados aos computadores, permitindo uma grande possibilidade de exploração
ainda maior dos sons.
Hoje, a palavra “teclado” tornou-se um simples termo pela quantidade de modelos que você
pode encontrar, pois hoje em dia existem inúmeros incontáveis tipos diferentes de teclados;
sintetizadores, arranjadores, controladores, workstations.
CUIDADOS COM AS
MÃOS
Como um atleta prudente que cuida do corpo, da mesma maneira deve ser um
instrumentista que se preocupa com sua principal ferramenta, “as mãos”.
Portanto o instrumentista deve:
1 - Evitar levantar pesos excessivos.
2 - Manter as unhas da mão sempre curtas e no formato do dedo. -4-
3 - Ao sentir dores no momento de treino do instrumento, pare imediatamente e
descanse o tempo necessário.
4 - Evite estalar os dedos afim de evitar problemas articulatórios.
5 – Faça os alongamentos antes, durante e depois de tocar.
1 - É melhor se dedicar meia hora por dia que 3 horas seguidas uma vez só na
semana.
2 - Não se esforce exageradamente tocando os exercícios mas quando começar
a doer, pare imediatamente e repouse a mão.
3- Repita diariamente os exercícios técnicos pois eles são o que há de mais
importante para obter a versatilidade no instrumento.
4 - Mesmo adiantando o curso, volte sempre a recordar as lições anteriores.
5 - Colecione e compre materiais áudio, vídeo, revistas e livros de temas
relativos ao seu instrumento.
6 - Interesse-se pela vida dos instrumentistas e compositores das obras que
você gosta.
7- Participe de seminários musicais, simpósios, laboratórios e master-class. Vá a
concertos musicais pois eu muito aprendi indo em concertos e observando
atentamente os grandes mestres.
CERTO ERRADO
TOCANDO EM PÉ
Em Pé → posicione o instrumento de forma que este não fique abaixo da linha
da cintura ou acima do umbigo:
SUSTENIDO
Como citado anteriormente, as notas musicais naturais são nomeadas por: Dó
– Ré – Mi – Fá – Sol – La – Si, contudo, agora aprenderemos que entre cada
nota existe uma outra que chamaremos de sustenido que será representado pelo
sinal “ # ”. Observe as notas no teclado. Portanto as notas musicais no seu todo
são:
CIFRAS
Na linguagem cifrada (por cifra) as letras substituem o nome das notas ou
acordes na música. Veja a relação da cifra com sua respectiva nota:
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EXERCÍCIOS TÉCNICOS
Pratique todos os exercícios da apostila bem devagar, e após ter decorado o
movimento da mão e as notas, acelere o andamento (velocidade) dos exercícios.
As notas dos exercícios serão repetidas por varias vezes quando aparecer o
sinal do ritornelo ao redor destas:
EXERCÍCIO
Seguindo as notas e a digitação (número dos dedos) corretamente, faça o
exercício abaixo bem devagar apenas com os dedos da mão direita:
EXERCÍCIO
Da mesma forma que o exercício anterior, você fará este, porém com os dedos
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da mão esquerda:
PRIMEIROS ACORDES
Os acordes são grupos de notas tocadas ao mesmo tempo que servem pra
acompanhar as músicas. Aprenderemos agora os acordes maiores, no qual
possuem uma sonoridade mais alegre e os acordes menores chamados também de
tons tristes. Posicione os acordes abaixo:
HARMONIA I
Pratique as seqüências abaixo tocando 4 tempos com o polegar em cada
acorde, marcando os tempos com o pé e sem parar o ritmo:
a) F | G | F | G etc... b) C | F | C | F etc... c) C | G | C | G
etc... d) C | F | G | F etc...
Para o mestre: Passe para o aluno algumas canções que tenham os acordes praticados nos
exercícios anterior.
DÓRÉ MIFA
Toque a música Dó – Ré – Mi – Fa falando o nome e decorando as notas.
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SEMIBREVE
As figuras redondas abaixo ( ) são chamadas semibreves e estas valem quatro
tempos, ou seja, você irá contar 1 – 2 – 3 – 4 em cada nota até que troque para a
próxima:
Os dois números que aparecem depois da clave de sol indicam:
4→ Cada compasso possui apenas quatro tempos (Quaternário)
4→ A semibreve vale quatro tempos
a)
b)
c)
d)
e)
MÍNIMA - 11 -
As figuras redondas com uma haste acima ou abaixo ( ) são chamadas
mínimas e valerão metade do tempo da semibreve, ou seja, você irá contar 1 – 2
em cada nota até que troque a próxima nota:
a)
b)
c)
d)
e)
OUTROS ACORDES
Aprenderemos agora mais 2 acordes no qual o possibilitará tocar uma quantidade ainda
maior de músicas populares:
EXERCÍCIO HARMÔNICO
Pratique as sequências abaixo usando o ritmo geral, marcando os tempos com o
pé e sem parar o ritmo:
a) G | D | G | D etc... b) G | D | C | D etc... c) D | A | G | A
etc... d) A | E | D | E etc...
Para o mestre: Passe para o aluno algumas canções que tenham os acordes praticados nos
exercícios anterior.
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PONTO DE AUMENTO
É um ponto ao lado direito da nota que aumenta metade do seu tempo.
MINHA
PRIMEIRA VALSA (Mário Mascarenhas)
Uma dica legal para a execução da mão esquerda nessa música é, que você
pode ao invés de tocar o acorde de C em sua forma fundamental (Dó – Mi – Sol),
você pode fazer invertendo as notas (Sol – Dó – Mi). Isso tudo facilitará na troca
do acorde C para o G.
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SEMÍNIMA
As figuras pretas com uma haste acima ou abaixo ( ) são chamadas
semínimas e valerão metade do tempo da semínima, ou seja, você irá contar 1 em
cada nota até que troque a próxima nota:
a)
b)
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c)
d)
RÍTMICA
Pratique os ritmos contando em voz alta os tempos do compasso e
considerando os seguintes sinais:
EXERCÍCIOS DE DEDILHADO
Faça os exercícios bem devagar, marcando os tempos com o pé e falando o
nome da nota que está sendo executada: - 15 -
OUTROS ACORDES
Aprenderemos agora o acorde de Si Maior (B) no qual possibilitará você tocar
uma quantidade ainda maior de músicas populares:
EXERCÍCIO HARMÔNICO
Pratique as sequências abaixo usando o ritmo geral, marcando os tempos com o
pé e sem parar o ritmo:
a) G | D | G | D etc... b) G | D | C | D etc... c) D | A | G | A
etc... d) G | Em | C | D etc.
Para o mestre: Passe para o aluno algumas canções que tenham os acordes praticados nos
exercícios anterior.
MARCHA TRADICIONAL
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EXERCÍCIO HARMÔNICO
Pratique as sequências marcando os tempos com o pé e sem parar o ritmo:
a) A | E | A | E etc... b) A | E | D | E etc... c) E | A | B |
A etc... d) E | B | A | B etc...
Para o mestre: Passe para o aluno algumas canções que tenham os acordes praticados nos
exercícios anterior.
RÍTMICA
Pratique o ritmo lentamente, contando em voz alta os tempos do compasso e
marcando os tempos com o pé: - 17 -
MARCANDO
AS COLCHEIAS
Por valer meio tempo, nós marcaremos as
colcheias fazendo 2 notas por tempo, ou seja, você
tocará uma colcheia quando marcar o pé pra baixo e outra quando marcar o pé ara
cima:
ACORDES MENORES
Para transformar o acorde maior em menor, basta abaixar meio tom (uma
tecla à esquerda) da nota central quando este tiver em sua forma fundamental
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sem inversão (aprenderemos adiante):
MENORES
EXERCÍCIO HARMÔNICO
Pratique as sequências marcando os tempos com o pé e sem parar o ritmo:
Para o mestre: Passe para o aluno algumas canções que tenham os acordes
praticados acima.
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JINGLE BEELS (James Pierpont)
RÍTMICA
Pratique o ritmo lentamente, contando em voz alta os tempos do compasso e
marcando os tempos com o pé:
Obs: Note que o ritmo de rock pop está em compasso quaternário e possui variações
rítmicas com tempo e contra-tempo (marcação com o pé para cima no “e”).
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EXERCÍCIO HARMÔNICO 5
Pratique as sequências marcando os tempos com o pé e sem parar o ritmo:
Para o mestre: Passe para o aluno algumas canções que tenham os acordes praticados nos
exercícios anterior.
RÍTMICA
Pratique o ritmo lentamente, contando em voz alta os tempos do compasso e
marcando os tempos com o pé:
Rock Balada com Variação
• Note que o ritmo de rock balada está em compasso quaternário, possui pausa
prolongada no primeiro compasso e variações rítmicas com tempo e contra-tempo.
• No segundo compasso, a execução inicia com dois contra-tempos (pé para cima).
OH SUZANA!
(Stephen Foster) - 24 -
ESCALA
Escala é uma sequência lógica de notas que possibilitam a criação de ideias
musicais. - 25 -
Através da escala você aprenderá a criar solos, montar novos acordes e até
mesmo compor suas músicas. As escalas podem prosseguir de maneira ascendente
(do grave para o agudo) ou descendente (do agudo para o grave). Faça o exemplo
de escala de Dó abaixo:
EXERCÍCIO HARMÔNICO
Pratique as sequências marcando os tempos com o pé e sem parar o ritmo:
Para o mestre: Passe para o aluno algumas canções que tenham os acordes praticados nos
exercícios anterior.
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RÍTMICA
Pratique o ritmo abaixo bem lento, contando em voz alta os tempos do
compasso e marcando os tempos com o pé:
Reggae
• Note que o ritmo de reggae está em compasso binário e possui uma pausa no “1 – e”,
dando a sensação que o ritmo esta sempre atrasando porque ele só aparece no tempo
“2 – e “.
Frère
Jacques (Anne-Marie Besse)
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EXERCÍCIOS DE
DEDILHADO EM ESCALAS
Decore as escalas abaixo, tocando devagar ascendente e descendente sempre
marcando os tempos com o pé e falando o nome das notas:
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“ O IMPÉRIO DO SOL”
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RÍTMICA
Pratique o ritmo abaixo bem lento, contando em voz alta os tempos do
compasso e marcando os tempos com o pé:
Rock Lento
• Note que o ritmo de rock lento está em compasso quaternário e possui um contra-
tempo entre os tempos “e – 3” e entre o “3 – e”.
EXERCÍCIO PERCEPTIVO
Tire de ouvido o trecho abaixo da música Asa Branca nos demais tons
estudados na lição anterior (tom de Dó):
DÓ – RÉ – MI – SOL– SOL– MI – FA – FA--- | DÓ – RÉ – MI – SOL– SOL–
FA – MI---
PARABÉNS !!!
DE
TECLADO POPULAR I