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Caracterização

da redação UERJ
1.
Informações
gerais
Como construir a
dissertação
argumentativa
da UERJ?
Dissertação argumentativa

01 Posicionar-se
02 Argumentar

Definir um ponto de vista Apresentar fatos, ideias,


a ser defendido razões lógicas, provas
etc. que comprovem o
ponto de vista

03 Concluir

Resumir os argumentos e
reiterar o ponto de vista
01 Introdução

1° parágrafo

02 Desenvolvimento

2º e 3º parágrafos
(Pode haver um 4º)

03 Conclusão

4º ou 5º parágrafo
2021

Livro para a redação


1984, de George Orwell
●. A história passa em um 1984 distópico, no qual
o Estado impõe um regime extremamente
totalitário sobre a sociedade.
● Grande Irmão (Big Brother): líder do Partido.
Apesar de nunca ter sido visto pessoalmente, o
Grande Irmão tudo vê e controla.
● Personagem principal: Winston Smith, que faz
parte do Ministério da Verdade.
● Enredo: Winston parte da indiferença perante
à sociedade totalitária em que vive e passa à
revolta, levado pelo amor por Júlia e
incentivado por O'Brien, um membro do
Partido Interno.
Eixos temáticos possíveis
● Totalitarismo, autoritarismo e controle social;
● O medo da repressão;
● O poder estatal no cotidiano;
● Controle social por veículos de comunicação;
● A importância de se questionar governos
autoritários e totalitários;
● O controle de governos totalitários sobre os
documentos históricos;
● Língua e poder;
● Etc.
A proposta de redação

2019 e
2020
2020
O que leva pessoas, em condições
semelhantes às de Fabiano, a se
considerarem inferiores às demais?

● Quais as condições de Fabiano?


● Quem são os Fabianos da vida real?
● O que significa ser inferior? Qual a
minha opinião?
● Por que as pessoas se consideram
inferiores?
2019
2019
É justificável cometer um crime para
vingar outro crime?
● O que é vingança?
● O que a sociedade, em geral, acha
sobre a vingança? E eu?
● A vingança é uma espécie de justiça?
O que é justiça?
● Qual a diferença entre Justiça (Lei) e
vingança?
Redação exemplar
TÍTULO: Em busca da justiça
A justiça costuma ser representada por meio de uma figura feminina que
traz em uma das mãos uma balança, que tem de estar equilibrada como
símbolo de ponderação, equilíbrio e retidão. Essa representação costuma
estar sobre as mesas dos escritórios de advocacia, dentro de instituições
públicas e em muitos outros lugares onde se procura evidenciar a busca
pelo que é justo. No entanto, na vida cotidiana, aquela que acontece no dia a
dia do mundo, parece haver certa distorção do conceito de justiça, que,
agora, passou a pesar de um dos lados da balança. Muitos acreditam que a
prática de um crime como superação de outro é uma forma possível de
exercício cidadão. Ledo engano. Isso apenas comprova nossa direção rumo
ao caos.
Aquele que se vinga por meio de um crime destrói a estrutura democrática
de uma sociedade. Quando alguém toma para si a responsabilidade de
julgar e aplicar uma penalização a alguém em função de um crime cometido,
fragmenta os poderes do Executivo, Legislativo e Judiciário. Em outras
palavras, abandona a organização social em função de critérios criados sem
qualquer razoabilidade. Um crime deve ser submetido à legalidade vigente
em um espaço social. Do contrário, cada um estaria habilitado a criar seus
próprios princípios e próprias convicções sobre o que pode ou não fazer.
Assim, tudo aquilo que as sociedades levaram anos para construir
democraticamente estaria sendo jogado pelo ralo a partir de uma ideia
irrefletida de vingança.
A vingança como forma de resposta a um crime comprova, também,
nossa total falência moral. A vingança é, em essência, uma demonstração
de que o vingador é igual àquele que pratica o primeiro crime. Parece clichê
– e pode até ser realmente –, mas não há outra forma de comprovar a
elevação em relação a atos criminosos senão a partir da tentativa de
ressocialização do criminoso, afinal, a lógica da vingança pode até criar
certo temor naqueles que cometerem crimes, mas certamente é apenas um
curativo com um curto prazo de validade. Mudança profunda, consistente,
convincente e contundente só ocorrerá com a mudança dos valores que
parecem ter ido para o lixo junto com a balança da justiça.
Verifica-se, assim, que a vingança é um prato que pode até ser delicioso
no primeiro momento, mas que reserva um gosto amargo no final. A
superação do caos passa, necessariamente, pelo respeito às instituições
democráticas. Valorizá-las não é apenas uma questão de escolha, mas
um dever. Enquanto a sociedade não constatar isso, estaremos apenas
vivendo – ou sobrevivendo – no caos. Alguns parecem já ter percebido
isso; outros continuam vivendo no obscurantismo de suas próprias
verdades absolutas. Aqueles estão mais próximos do que se entende
como esclarecimento; estes ainda precisam retirar as vendas confortáveis
da ilusão.
Aspectos importantes
● Título é obrigatório;
● Mencionar o livro NÃO é obrigatório;
● O uso da 1ª pessoa do plural (NÓS) é preferível;
● Figuras de linguagem são bem-vindas;
● Valorizam-se criatividade e autoria;
● Permite-se analisar situações hipotéticas;
● NÃO há necessidade de proposta de
intervenção.

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