Grupo de Estudos em Iluminação Cênica Esquema da refratação da luz branca de Newton. Espectro de comprimento de onda da radiação eletromagnética. “Goethe defende que o olhar é sempre crítico. Apenas olhar não seria um estímulo, um estímulo é uma experiência que vai além do simples observar, cria um vínculo teórico e leva o observador a tirar suas próprias conclusões. Cada olhar envolve uma observação, cada observação uma reflexão, cada reflexão uma síntese: ao olharmos atentamente para o mundo já estamos teorizando. Devemos, porém, teorizar e proceder com consciência, autoconhecimento, liberdade e – se for preciso usar uma palavra audaciosa – com ironia: tal destreza é indispensável para que a abstração, que receiamos, não seja prejudicial, e o resultado empírico, que desejamos, nos seja útil e vital. (Doutrina das Cores. Esboço de uma Doutrina das Cores – Goethe (tradução de Marco Giannotti)” In: ARAÚJO, s/d, p. 5 Disponível em: http://www.antroposofy.com.br/, último acesso em mai/2020. Jesus Rafael Soto (1923-2005). Nasceu em Bolivar, Venezuela. Pintor e escultor. Doble tranparencia, 1956. Sphère Bleue de Paris, 2000. Julio Le Parc, nascido em 1928, em Mendoza, Argentina, vive e trabalha em Paris. “ Julio Le Parc é reconhecido internacionalmente como um dos principais nomes da arte óptica e cinética. Ao longo de seis décadas, ele realizou experiências inovadoras com luz, movimento e cor, buscando promover novas relações entre arte e sociedade a partir de uma perspectiva utópica. Suas telas, esculturas e instalações abordam questões relativas aos limites da pintura a partir de procedimentos que se aproximam da tradição pictórica na história da arte, como o uso de acrílico sobre tela, ao mesmo tempo que investigam potencialidades cinéticas em assemblages, instalações e aparelhos máquinicos que exploram o movimento real e a atuação da luz no espaço. ”
Retirado de: https://nararoesler.art/artists/43-julio-le-parc/, último acesso em mai/2020
modulación 1116, 2003 acrílica sobre tela 200 x 200 cm modulation 1125, série modulations, 2003 acrílica sobre tela 200 x 200 cm sphère bleue, 2001 placas azuis de acrílico translúcido de 15 x 15 cm, fios de aço e alumínio ø 430 cm thèmes de la “longue marche”, 1974 litogravura 75 x 75 cm (cada) continuel-lumière avec formes en contorsion, 1966 madeira, plástico, motor, luz cercles virtuels 9, 1965 madeira e aço inox 143 x 118 x 36 cm cellule à pénétrer adaptée, 1963 madeira, aço inoxidável, metal e fontes de luz 300 x 320 x 328 cm continuel lumière cylindre, 1962 / 2012 madeira, metal e luz ø 460 x 102 cm / caixa 40 x 40 x 40 cm Abraham Palatnik nasceu em Natal, Brasil, em 1928 e vive e trabalha no Rio de Janeiro, Brasil. “Abraham Palatnik é figura central da arte cinética e óptica no Brasil. Seu interesse pelas possibilidades criativas das máquinas evoca a relação entre arte e tecnologia. O artista formou-se em engenharia, o que contribuiu para que desenvolvesse investigações técnicas focadas na experimentação com o movimento e a luz, realizando proposições baseadas no fenômeno visual que tornaram seu trabalho conhecido ao longo de sete décadas de produção. Destacou-se no cenário artístico a partir da criação de seu primeiro Aparelho Cinecromático(1949), peça em que reinventa a prática da pintura por meio do movimento coreografado de lâmpadas de diferentes voltagens em distintas velocidades e direções que criam imagens caleidoscópicas.” Retirado de: https://nararoesler.art/artists/29-abraham-palatnik/, último acesso em mai/2020. aparelho cinecromático sf- 4 , 1954 / 2004 madeira, metal, tecido sintético, lâmpadas e motor 61,5 X 81,5 X 20 cm Aparelho cromático, 1960 Kimsooja, nasceu em 1957 em Daegu na Coréia do Sul. To Breathe, 2015. Site-specific installation consisting of video projection To Breathe: Invisible Mirror, Invisible Needle, 2005, mirror, diffraction grating film, and sound performance The Weaving Factory, 2004, at Centre Pompidou- Metz Encounter - A Mirror Woman, 2017. Site specific installation consisting of mirror screen and mirror floor panels, installation view at Nijo Castle, Kyoto, Japan. Lotus: Zone of Zero, 2019. Instalação site-specific, The Rubin Museum of Art, New York. To Breathe, 2019. Mixed media installation with with diffraction film, mirror, and sound performance Installation view at Yorkshire Sculpture Park Chapel, 2019. James Turell, nascido em 1943 em Los Angeles, California. “Meu trabalho é mais sobre a sua visão do que sobre a minha, mesmo sendo produto do que eu vejo. Eu também me insteresso na sensação da presença do espaço, esse espaço onde você sente uma presença, quase uma entidade – esse sentimento físico e poder que o espaço pode dar.” Retirado de: http://jamesturrell.com/about/introduction/, último acesso em mai/2020. Traduzido livremente do inglês. TYCHO WHITE, 1967. AFRUM (PALE PINK), 1968. RAEMAR PINK WITHE, 1969 WIDE OUT, 1998 PELA PASSAGE, 2005 ARROWHEAD, 2009 Thomas Wilfred (1889 – 1968), nascido na Dinamarca, viveu nos E.U.A. onde faleceu, foi músico e inventor conhecido por seus trabalhos leves (os lumias). https://youtu.be/LZkmYS5eG5s https://youtu.be/gbs3NQ2mf4c https://www.youtube.com/watch?v=-1qc0yqSM1Y Carolee Schneemann (1939 – 2019), artista visual experimental estadunidense. https://youtu.be/smo4OR3Gvq8 “A minha exploração de uma imagem em movimento significa apenas que sua realização ultrapassa (ou coincide com) a minha evocação dela. Este não é um processo previsível, predeterminado: na pressão de exteriorizar uma sensação ou qualidade de forma específica, outras circunstâncias ou “atributos” podem ser descobertos, sendo tão claros e exatos que a função do impulso original é compreendida como pedra fundamental e guia ao inesperado. O “acaso” passa a ser um aspecto de um processo que vim a reconhecer como necessidade – o caminho para avanços imprevisíveis, incalculáveis no âmbito da minha própria intenção consciente.” SCHNEEMANN, 2014 (1962-1963), p. 5. Cinema Expandido “Proposto de forma visionária por Gene Youngblood , na década de 70, o termo cinema expandido expressa esse alargamento que a concepção de cinema vem sofrendo nas últimas décadas, priorizando a convergência das linguagens no meio audiovisual. O kinema, entendido em sua etimologia de (escrita do) movimento, se desterritorializa, reaparece em novos cenários e amplia sua abrangência para além das salas tradicionais de exibição. Ambientes virtuais, vídeo-arte, sites specifcs, instalações, generative art, entre tantas outras formas de manifestações, desenham o complexo território cinemático contemporâneo. As idéias de expansão e convergências desdobraram-se nas últimas décadas no campo arte-mídia e fora dele. Em oposição a Youngblood, o pesquisador André Parente concebe o cinema expandido restrito à esfera das instalações. Para ele há duas vertentes: as instalações que reinventam as salas de cinema em outros espaços e as instalações que radicalizam processos de hibridização entre diferentes mídias. “O cinema expandido é o cinema ampliado, o cinema ambiental, o cinema hibridizado” . Em tal acepção e levando em consideração a relação do espectador com as obras, cinema expandido pode ser pensado também como Transcinemas – conceito criado por Kátia Maciel – que focaliza a recepção das artes audiovisuais, o lugar no qual “o espectador experimenta sensorialmente as imagens espacializadas de múltiplos pontos de vista, bem como pode interromper, alterar e editar a narrativa em que se encontra imerso”. “ SATT, 2009, p. 10 Chris Salter, é artista e professor universitário em Montreal. https://vimeo.com/260467476 Dissense, 2017 (Crhis Salter + TeZ) Nessa performance a dançarina está conectada a uma máquina de eletroencefalograma que converte suas ondas cerebais em sons ao vivo. Video: https://www.mirilee.nl/Dissense http://www.chrissalter.com/ilinx/ “O ato performativo se inscreveria assim contra a teatralidade que cria sistemas, do sentido e que remete à memória. Lá onde a teatralidade está mais ligada ao drama, à estrutura narrativa, à ficção e à ilusão cênica que a distancia do real, a performatividade (e o teatro performativo) insiste mais no aspecto lúdico do discurso sob suas múltiplas formas – (visuais ou verbais: as do perfomer, do texto, das imagens ou das coisas). Ela os faz dialogar em conjunto, completarem-se e se contradizerem ao mesmo tempo, como nos espetáculos de A. Platel ou nos de Gómez Pena e Coco Fusco. Mas é realmente possível escapar de toda a referencialidade e, assim, à representação? A questão permanece aberta.” FÈRAL, 2009, p. 207. “Pode-se então descrever assim o teatro pós-dramático: os membros ou ramos do organismo dramático, embora como material morto, ainda estão presentes e constituem o espaço de uma lembrança “em irrupção”. [...] Portanto, “teatro pós-dramático” supõe a presença, a readmissão e a continuidade das velhas estéticas, incluindo aquelas que já tinham dispensado a ideia dramática no plano do texto ou do teatro. A Arte simplesmente não pode se desenvolver sem estabelecer relações com as formas anteriores. O que está em questão é apenas o nível, a consciência, o caráter explícito e o tipo específico dessa relação.” LEHMAN, 2000, p. 34. “O que surge é uma “comunidade” não dos semelhantes, ou seja, dos espectadores assemelhados por motivações partilhadas (o humano em geral), mas dos diferentes, que não fundem suas perspectivas específicas num todo, conquanto compartilhem certas afinidades apenas em grupos ou grupelhos. Nesse sentido a estratégia da eliminação da síntese significa a proposição de uma comunidade das fantasias diversificadas, singulares.” (p. 140) “A sinestesia imanente ao acontecimento cênico, que desde Wagner – e desde o entusiasmo de Baudelaire por Wagner – se tornou um dos principais temas dos modernos, não mais consiste em um elemento implícito do teatro como obra de encenação oferecida à contemplação, mas em uma oferta explicita da atividade no teatro como processo de comunicação” (p. 141) LEHMAN, 2000 https://youtu.be/kYswTsuzDFQ “A encenação é mais uma proposta radical da companhia paulistana Phila 7, com concepção e direção de Rubens Velloso, responsável por experimentos pioneiros como “What’s Wrong With The World”, apresentada no Oi Futuro, em 2008, e “Play On Earth”, que acontecia simultaneamente em Londres, Cingapura e São Paulo. A montagem envolve uma equipe de mais de cem pessoas, inclusive em Brasília e na Paraíba, além de imagens e projeções mapeadas do coletivo BiJari e foi planejada para contar com a participação do público. “Profanações” começará no Largo do Machado, perto do centro cultural do Flamengo, com uma performance de dois atores inspirada em Samuel Beckett. Em seguida, o público será guiado para o Oi Profanações – o êxtase dos começos, Coletivo Phila7, Futuro, em um passeio poético com a presença de um “homem banda”.” 2012. Retirado de: https://oifuturo.org.br/historias/profanacoes-o-extase-dos- comecos/, último acesso em mai/2020. “É teatro, mas também faz uso de elementos audiovisuais e da internet. É performance, mas se constitui em interação com o espaço, como se compusesse uma instalação. Espetáculo híbrido, Aparelhos de Superar Ausências, do coletivo Phila 7, articula diversas linguagens artísticas para promover uma experiência cênica que ressignifique o "humano". Convida o espectador a destituir-se de sua natureza e condição de homo sapiens e vivenciar a sensação de vazio de si mesmo – a ausência a que se refere o título da obra. Mas essa não seria uma ausência necessariamente definitiva ou negativa, e sim um estado prévio e imprescindível para o surgimento de uma outra condição, a do homo poeticus.” Retirado de: Aparelhos de Superar Ausências, Coletivo Phila7, https://epoca.globo.com/regional/sp/cultura/noticia/2013/10/bp 2013 hila-7b-mistura-teatro-performance-e-tecnologia.html, último acesso em mai/2020. Hamlet, The Wooster Group, 2007-2012. Teaser: https://www.youtube.com/watch?v=_10u984AvzE Mirella Brandi, artista multimídia e designer de luz, italiana radicada em São Paulo. OP1, 2006. https://youtu.be/Xf1DqQCqTx4 https://youtu.be/C2fedcW0WgY https://youtu.be/smnbquwHzt8 https://youtu.be/lE5q40y4cE4 https://youtu.be/2x9gnLD3KU8